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Biba Arruda

GráVIDACom a força de Deus

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Arruda, Biba Grávida: com a força de Deus/ Biba Arruda. -- São Paulo: Elevação, 2000

1. Anjos 2. Auto-ajuda – Técnicas 3. Gravidez 4. Mulheres grávidas – Vida religiosa 5. Vida espiritual I. Título.

00-2771 CDD 248.8431 Índices para catálogo sistemático:

1. Mulheres grávidas: Vida cristã: Cristianismo 248.8431

Todos os direitos desta edição reservados à

Fundação José de Paiva NettoAv. Rudge, 480 – Bom Retiro – São Paulo/SP – Brasil

CEP 01134-000 – Tel.: (11) 3225-4800Fax: (11) 220-5803

ISBN

Copyright © 2000 by Ana Beatriz Tereza de Arruda

CapaLay-out: Walkiria Suleiman

Produção: Emanuel Publio Dias Grafismo: Arnoldo Escolano Coor-

denação: Mauro Salles

Fotos da Capa e da página 13Sérgio Tegon

Agente LiterárioMarco Polo Ribeiro Henriques

Ilustração InfantilAna Thereza de Arruda Simões

Produção GráficaEquipe Técnica Elevação

85 - 86623-77-6

Consagro este livro, meu trabalho, minha família e toda minha vida ao

Sagrado Coração de Jesus e de Maria

Biba Arruda

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Existem inúmeras legiões de anjos e mais anjos espalhadas por toda parte. Anjos das flores, das cores, dos amores...

Uma gráVIDA é acompanhada freqüentemente por dois lindos anjos:

o seu anjo da guarda;

o anjo da guarda do bebê!

Você já os cumprimentou hoje?! Já perguntou os seus nomes?! Experimente! Aproveite, eles são exclusivamente seus, e de mais ninguém! Converse com eles, divirta-se imaginando como são, de que cores, qual o formato.

O primeiro nome que surgir em seu pensamento é o nome dos anjos!

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Santo anjo do Senhor,Meu zeloso guardador

Se a ti me confiouA Piedade Divina

Sempre me rege, me guarda, governa e ilumina.

Eu e minha filha can-tarolamos esta oração para o nosso bebê na barriga, com uma melodia especial criada por ela.

Há dias em que vai no ritmo de rap, tem outros que vai no de cantiga de ninar, no ritmo de valsa nós já tentamos! Diver-timo-nos imaginando que, enquanto cantamos, alguns anjos tocam harpas, clar-ins, enquanto outros flau-tas. Ana Thereza, animada, diz:

“Olha, mama, Nossa Senhora esta batendo palmas e Jesus sorrindo para a gente!”

Que momento este!Claro que nosso bebê

está sentindo tudo e nós nos aproximamos cada vez mais desse amor divino.

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DedicatóriaJesus, este livro eu dedico especialmente a esses

maravilhosos anjos e mestres que o Senhor colocou em minha vida: nossos filhos muito amados.

Ofereço este tratado de amor àqueles que já conheço e os que ainda estão por vir...

Ana Thereza, a primeira desta série, foi o fio condutor que me levou a encontrar a Linha Direta com Deus. Ela é para mim a expressão viva, vibrante e alegre de quanto o Senhor me ama e confia em mim. Ser mãe dela é um privilégio! Obrigada, obrigada, profundamente obrigada, Jesus, por destinar-me tamanha missão! Por caridade, Senhor, faze-me sempre digna deste merecimento.

À medida que minha barriga cresce, preparando este novo mensageiro de Deus, meu amor por Ana Thereza também aumenta! Fico maravilhada imaginando como é possível amar tanto assim... E eu, que pensava ter alcançado a capacidade máxima de amar, surpreendo-me com a elasticidade e a imensidão deste sentimento que não se pode tocar, nem tampouco descrever ou dimensionar. Simplesmente cresce, triplica, estica como o ventre que guarda esta nova esperança de vida!

Penso então, meu Pai, no Teu amor a cada um de nós, Teus filhos tão amados! Meu coração exulta de alegria. Se eu, que sou humana, posso amar tanto assim, que dirá tu, meu Deus!

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Uma onda de ternura e confiança percorre todo o meu corpo, uma corrente elétrica toma conta de mim, então eu louvo e agradeço ao Senhor. Obrigada, Jesus! Obrigada por nos amar tanto assim e demonstrar com tantos sinais claros e concretos que está no meio de nós! É fascinante sentir a evolução de nossa menininha linda, transbordando de alegria e entusiasmo, vivendo suas descobertas, cheia de opiniões próprias e sentimentos. E pensar que, um dia, ela já esteve dentro de mim...

Estar novamente gráVIDA me faz relembrar os muitos momentos e etapas que vivemos até chegarmos aqui. Nem sempre foi fácil. Mas o que antes era um mistério, uma caixinha de surpresa, agora tem forma e fisionomia. E o melhor de tudo é que as experiências vividas nos revelam a todo instante a certeza de que o Senhor e Sua Mãe estão sempre conosco, orientando-nos sobre como proceder com estas jóias raras, generosamente a nós confiadas e por Ti guardadas.

Compartilhar com minha filha o deslumbrante milagre da vida desvendando-se mais uma vez dentro de meu ventre é um verdadeiro prêmio.

Gera em mim, Senhor, outra vez, uma infinita gratidão por Tua brilhante pedagogia e sabedoria. O Senhor é mesmo um Deus de propósitos claros, precisos e muito bem definidos. Obrigada, Pai, por esta lição e mais esta oportunidade.

Amo ainda mais minha filha por poder relembrar as emoções de tê-la carregado dentro de mim e ver quantas alegrias e conquistas vivemos nestes anos de vida. Amo incondicionalmente nossa nova criança, por tudo o que ela nos traz e proporciona, pela esperança viva desta linda promessa de vida desenhando-se diante de nós. Amo profundamente este novo ser que, antes mesmo de chegar, já presenteia nossas famílias com tamanha dádiva.

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Estas emoções serão perpetuadas através das gerações, pelos séculos dos séculos, e o que eu não consigo descrever em palavras, vocês, filhos amados, sentirão com os seus filhos.

Obrigada, Jesus, por uma arquitetura tão perfeita!!! Que fique registrado eternamente nas páginas

deste livro, nas estrelas, nas flores, nas cores e sabores quanto é divino e maravilhoso pertencer ao plano divino de Deus.

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Obrigada, obrigada, profundamente obrigada

Jesus peregrinava nos confins da Samaria e Galiléia, quando entrou numa pequena aldeia. Dez leprosos pararam a

poucos passos Dele e gritaram: – Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!Ele os viu e disse-lhes: – Ide e mostrai-vos ao sacerdote.Para surpresa deles, no meio do caminho, antes que

chegassem a qualquer lugar, todos ficaram curados. Um deles, vendo-se curado, voltou.

Glorificando a Deus em alta voz, prostrou-se aos pés de Jesus e o agradecia. E era um samaritano. Jesus indagou:

– Não ficaram curados os 10? Onde estão os outros 9? Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus!? – e acrescentou:

– Levanta-te e vai, tua fé te salvou. (Lucas 17: 11-19).

Definitivamente eu também quero pertencer à tribo deste homem que, agradecido, voltou para louvar e bendizer a Jesus. A gratidão contagia, engrandece e nos faz reconhecer a imensa misericórdia divina, nos ensina a encontrar Deus em todas as circunstâncias.

É eletrizante sentir a gratidão pulsando nas veias, dá uma vontade incontrolável de gritar para o mundo as

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bem-aventuranças, contar a todos que os milagres são possíveis e estão por toda a parte, sim! Então você sente seu coração transbordar de alegria e emoção, e descobre, finalmente: A gratidão é a grande tônica da vida! Os anjos me ensinaram a ver a vida por este prisma.

Confesso que desde então nunca mais fui a mesma. Agradeço até mesmo quando tropeço. Antes de prosseguir, pare um pouquinho. Tente lembrar-se de um momento em que se sentiu muito, muito agradecida. Não precisa ser nada mirabolante, comece com as pequenas graças, para compreender as delicadezas divinas. Por exemplo, que gratidão imensa, quando você está atrasadíssima, vem correndo pensando que não vai alcançar o elevador e alguém está esperando com a porta aberta. Ou mesmo quando precisa atravessar um cruzamento sem semáforo, exatamente no pior horário de engarrafamento, e alguém, que você não faz a menor idéia de quem seja, pára o trânsito para que você possa passar.

Lembra-se daquele trabalho de escola que seus colegas lhe ajudaram tanto?! Ou ainda... Feche os seus olhos e viaje nesta emoção. Meu Deus! É contagiante... Quanto mais agradecemos, mais percebemos como é infinita a lista de graças e arrANJOS. A gratidão nos aproxima fortemente da fé e de Deus! É o melhor caminho para aprender a louvar.

Quanto temos para agradecer! Mesmo no meio da tempestade, no olho do furacão, nos incêndios intermináveis. Sempre temos o que agradecer. Estar gráVIDA, me sentir cheia de graça, completamente preenchida pelo Espírito Santo de Deus, me dá vontade de gritar para todo o mundo como são grandes os milagres divinos!

Que máximo compactuar com esta sublime força! Certamente todos os livros que escrevo são o resultado

dos incríveis arrANJOS que vivencio. Jesus sempre escala

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um time de primeira linha para acompanhar cada obra Sua. Fico extasiada e muito agradecida diante de tantas evidências e provas de amor.

Sempre tem alguém — normalmente quem eu menos imagino — pronto para me indicar um caminho, a leitura de uma Palavra, o título de um livro, um filme ou alguma situação que inspire a seqüência do que vou escrevendo. Basta estar aberto e atento... e agradecido antecipadamente. Fico maravilhada com a vida própria que cada obra possui. Penso estar escrevendo num sentido e, quando termino, percebo que caminhei em outra direção, sob outro ponto de vista! Esta entrega incentiva-me a consagrar literalmente toda a minha vida aos divinos desígnios.

E sempre sou surpreendida por acontecimentos inebriantes, que me levam a agradecer, e agradecer.

Cada vez que assisto à premiação do Oscar, encanto-me com a emoção das pessoas revendo em segundos o valor de tantas pessoas envolvidas para chegar a um resultado final. Adoro ler os agradecimentos dos livros, os créditos… enfim, adoro sentir que o poder da gratidão renova, restaura e revigora a alma para todas as batalhas. Faz-nos perceber o imenso exército, o rebanho de Jesus, unido. Ahhh!!! quantos anjos na Terra...

Um dia ainda escrevo um livro só sobre a gratidão! Quero deixar gravado na história meu obrigada, obrigada, profundamente obrigada ao meu arcanjo e marido: Renozinho, mais uma vez, Eu te amo!!! Obrigada obrigada, profundamente obrigada por tudo, por tudo, sempre.

Obrigada a minha família, por todo o apoio, carinho e desafios!

Obrigada, querida anja na terra, Ailel, jamais esquecerei que foi você quem me ensinou que muito mais importante que falar é sentir Jesus. Obrigada, por sua entrega e dedicação, obrigada por aceitar ser este anjo designado

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por Deus e nos ensinar na prática o que é verdadeiramente o amor incondicional. Apesar da distância, aprendo com você todos os dias.

Obrigada, Cesar Romão, por sua infinita atenção e carinho. Obrigada, amigo, por viver na prática exatamente o que escreve em seus livros. Nós ainda não nos conhecíamos pessoalmente, mas falávamos pelo telefone como velhos amigos. Comentei minha alegria diante de toda sua disponibilidade, doação e generosidade ao compartilhar suas experiências profissionais e de vida. Com a maior simplicidade, Cesar foi complementando: “As pessoas gostam de construir muros ao redor de si, eu prefiro construir pontes!”

Que gratidão saber que tantas pessoas estão a postos para ligar um ponto ao outro, e formar um lindo e colorido desenho. Obrigada, obrigada, profundamente obrigada, Lídia Weber...Você é uma anja, mesmo!

Obrigada, Marco Polo, obrigada, companheiro de viagem, por abrir as velas deste nosso barco para que ele navegue com mais eficiência em tantos oceanos.

Obrigada, obrigada, profundamente obrigada a todos, todos que passaram pelo meu caminho durante minha vida e que com suas contribuições tornaram mais este livro uma realidade.

Obrigada, Dr. Cornélio de Souza Pinto, nosso obstetra, obrigada por participar durante quatro décadas do nascimento de tantas gerações, obrigada por dividir conosco tanta sabedoria.

Obrigada por responder à enxurrada de perguntas que levávamos a cada consulta, mesmo aquelas que não eram pertinentes à gravidez.

Obrigada, Walkiria Sulemain, Nininha querida, e Sérgio Tegon por embarcarem nesta linda viagem deste livro, e darem a cara da capa!

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Obrigada, Mara, Andréia, Dona Djanira, por cuidarem da nossa casa, da nossa família e sempre terem uma palavra de carinho e uma comidinha especial para nos fazer felizes!

Obrigada, Gabriela Marques, nossa querida nutricioni-sta, por desenvolver cardápio tão especial, para uma gravidez tranqüila e saudável.

Obrigada, obrigada, obrigada, profundamente obrigada ao Grupo de Oração Nossa Senhora das Graças, obrigada por tanto amor, por tanta inspiração. Vocês têm sido mais do que maravilhosas! Encontrá-las toda semana engrandece a minha alma.

Obrigada, Thereza, por ter sido a estrela guia que me conduziu a esse bonito encontro.

Obrigada, Mauro, pela poesia tão linda! Mais que isto... obrigada pelo momento sublime daquele domingo ensolarado. Eu havia deixado o original deste livro sábado à noite, vocês chegariam tarde, talvez sem oportunidade de ler prontamente. Qual não foi nossa surpresa quando o telefone tocou na manhã seguinte e fomos coroados por sua linda poesia, gráVIDA, feita no café da manhã.

Emocionada, pedi que você lesse mais uma vez, chamei o Renozinho, coloquei o som em viva-voz, para que desfrutássemos daquele instante juntos. Por um arrANJO, nosso telefone fica perto do nosso altar. Enquanto sua voz ecoava, nossos olhos contemplavam Jesus docemente, compartilhando aquela emoção conosco. De repente, lá estávamos nós, sem que esperássemos nada, surpreendidos por aquele momento precioso. Nós dois, nossa reluzente-mente barriga de nove meses contemplados por mais esta delicadeza de Jesus.

Obrigada, obrigada, profundamente obrigada, Pai, por todo dia termos tesouros divinos como este para Te agradecer!

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PrefácioBiba Arruda é uma pessoa especial em muitos aspectos!

Tornou-se, porém, verdadeiramente especial quando engravidou pela primeira vez, mais especial ainda na segunda e, imensamente especial, agora engravidando pela terceira vez, quando gerou este lindo livro.

Quando uma mulher fica grávida, ela deixa sua marca no Universo, transformando-o, pois o dom do milagre da vida foi designado às mulheres.

Uma gravidez causa grandes transformações em todos os envolvidos, deixando até o homem grávido, que, de inveja daquela barriga linda da mulher, até engorda com ela; fica louco esperando que ela tenha um desejo para poder satisfazê-lo, sem contar os insights de abobalhação que rondam seus atos masculinos durante esses mágicos nove meses.

Neste livro, Biba Arruda abre seu coração e, o mais lindo de tudo isso, ela o escreveu durante sua gravidez. Não existe nada mais belo que uma escritora elaborar um livro sobre o assunto vivendo-o.

O escritor Victor Hugo afirmava que o homem morre onde termina a terra, e que a mulher nasce onde começa o céu...

Ele estava certo, o céu é o lugar das mulheres e com certeza este caminho se abre no momento em que elas engravidam.

Veja a ecologia do Universo, é pura troca: o vento

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derruba a folha, a folha fertiliza o solo; a nuvem faz a chuva, a chuva fertiliza a terra...

Nós, homens, nos manifestamos de maneira a desejar nesta ecologia, mas a mulher...

Ah! A mulher é a luz a ser seguida, pois é ela quem fertiliza as margens desse Universo ecológico, no instante de sua gravidez.

Especialistas da genética já afirmam que em breve a mulher não precisará de um homem para gerar um filho, mas o homem sempre precisará de uma mulher para tê-lo.

Mulher, o elemento transmutador do Universo, gerador e reprodutor da maior criação do Inventor desta imensidão de mundo. Deus deixou para elas e suas lindas barrigas a missão de encantar com a geração da vida e, para nós, homens, a missão de servi-las e amá-las sobre todas as coisas.

Biba Arruda vai encantar-lhe com este livro, assim como todas as mulheres encantam em seu estado mais magnífico: o da gravidez.

Você não vai parar de ler este livro.Mas tome cuidado!Esta obra tem o poder de

engravidá-la quando chegar ao final, e tomara que você engra-vide mesmo, pois eis aí a maior manifestação do Criador.

Cesar Romão — Escritor

Nota da autora:Cesar e Thais ficaram “grávidos” pouco tempo depois dele entregar o texto acima!Bem-vindo mais um anjo do Senhor!

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— Meu Deus, que presente mais lindo!— Meu Deus, soube hoje, vou ser mãe.É este, Biba, o diálogo mais profundo que podemos ter com

nosso Deus, com nosso Pai.Que esta criança, quando nascer e depois, quando crescer,

veja sempre uma mãe de joelhos a louvar, agradecer e confiar que cada nascimento seja um ato de louvor ao Pai e à Virgem Maria, a mãe das mães.

Maricy Trussardi

Biba, Deus abençoe muito a você. Os frutos do apostolado de voce son tao pero tao grandes que das semilla dos libros agora tem un bosque de eucaliptos de virtude no desierto da humanidade, asim como o gran presidente católico de Ecuador no século pasado, levo un puñado de semillas de eucalitos para sembrar no Quito e agora todo o Ecuador tem uma superpopulacao de estos arboles.

Vocé contribuyé a construir o bosque das graças, aquele bosque que e pulmao natural do mundo para que os homens respiren o oxigeno perfumado da graca de Deus...

Aquelo jamais o esqueceréIván, O Anjo de Cali

Editor Internacional do Jornal El Ocidente Cali – Colômbia

Sumário

1. Positivo: Este é o resultado que você tem em suas mãos. Você está GráVIDA! ........28

2. O Princípio da Vida ............................34

3. Provas reais da Divina Providência: O tempo de Deus é diferente do nosso!...54

4. O milagre da criação ........................130

5. Gerar um filho é gravar na vida uma história ................................................152

6. Grávida do coração ..........................160

7. Grávida com a força de Deus ............168

ArrANJOS Visuais ...............................197

Linha Direta com Deus ........................201

MagnificatEntão disse Maria:

“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria

em Deus, meu Salvador,porque olhou para sua pobre serva.

Por isto, desde agora,me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,

porque realizou em mim maravilhas Aquele que é poderosoe cujo nome é Santo.

Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que o temem.

Manifestou o poder do seu braço:desconcertou os corações dos soberbos.

Derrubou do trono os poderosose exaltou os humildes.

Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.

Acolheu a Israel, seu servo,lembrando da sua misericórdia

conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão

e sua posteridade, para sempre.” Lucas 1: 46-56

Capítulo I

POSITIVO! Este é o resultado

que você tem em suas mãos.

Você está Grávida!

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Lá nas entranhasChega a vida

PenetradaInaugurando a alma

Confirmando visões do amanhãLá nas entranhas acorda o futuro

Faz pose para o vídeo-somDá pontapés na parede uterina

Procura a saída.Esperada

Lá nas entranhas o calor da mãeEsconde o mistério

De formas ignoradas Da voz pressentida

No choroNo canto que vai nascer

Lá nas entranhasO ser agasalhado

Amadurece novas esperançasA continuidade da família

Os segredos de Deus e do AmorLá das entranhas Partirá pequeninoNo caminho da luz

Anunciada

Que iluminou a Virgem de BelémE se reflete

Na mão que acaricia o ventreCheio de promessas.

GráVIDA,

Para Drica e Biba, por Mauro Salles

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Talvez você estivesse esperando ansiosamente para que este brilhante sonho se realizasse, talvez você tenha

sido surpreendida por esta imensa novidade...Não importa se estava esperando ou não, a partir deste

grande marco sua vida jamais será a mesma! Sua cabeça gira, o batimento do seu coração é incon-

trolável...Não existem palavras que possam descrever o turbilhão

de emoções vividas nesta hora encantada. Você não sabe se ri, se chora, se pula, se grita, se canta, se reza...

Por mais cética que possa ser, você se surpreenderá dizendo: “Meu Deus!!! Vou ser mãe!”

A confirmação deste momento único e precioso resgata dentro de nós a certeza da continuidade da vida, da preservação da espécie humana.

Sempre ouvimos falar de uma força superior, que rege a tudo e a todos...

Mas uma coisa é ouvir falar e outra bastante diferente é vivenciar a experiência do Deus vivo dentro do próprio corpo!

Estar gráVIDA é compactuar diretamente com a natureza, é a convicção plena de que realmente fazemos parte deste grande plano divino. A mulher dá à luz, assim como da terra se originam as plantas. A mãe alimenta, como fazem as plantas. Por isso, a magia da mãe e a magia da terra estão diretamente ligadas. A mulher é quem dá vida às formas e sabe de onde estas provêm. Provêm daquilo que está além do masculino e do feminino, daquilo que está além do ser e do não-ser. Aquilo que ao mesmo tempo é e não é. Está além de todas as categorias da mente e do pensamento.

Antes que seu filho nasça, certamente você presenciará o nascimento de muitas novidades ao seu redor: primeira-mente, uma nova mulher surgirá bem diante do seu nariz!

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Gradativamente, limites serão quebrados, a capacidade de doação que vivenciará no período de gestação será infinitas vezes superior à que jamais pôde imaginar. Só então será possível compreender verdadeiramente o significado da expressão: “Coração de Mãe”.

Não apenas sua barriga ou seu útero estarão flexíveis para crescer imensamente. A partir da fecundação, a mãe, o pai e as pessoas à sua volta estarão expostos à infinita “elasticidade” do grande amor universal. É fascinante descobrir quanto é possível amar incondicionalmente alguém que ainda nem conhecemos. Esta verdade faz toda a diferença: vocês estarão propensos a redescobrir a compaixão, a compreensão, o perdão, a fé... Então, sentirão o dedo de Deus em sua vida!

Neste momento especial, que é construído minuto a minuto durante os nove meses e para o resto de nossa existência, Deus nos envia uma legião de anjos, ainda que não estejamos atentos, para acompanhar cada descoberta, cada pequeno e grande milagre que certamente vivenciaremos.

A maneira de ver a vida, de se relacionar com o seu companheiro, seus pais, seus familiares e até suas experiências serão encaradas de uma nova maneira.

Estar gráVIDA é o exercício pleno de prestar atenção aos pequenos e grandes milagres da vida, às delicadezas de Jesus. É o momento ideal de descobrir a canção da sua própria Existência, é o momento divino para se encontrar com o sagrado, abrir o coração e permitir que uma revoada de anjos invada seu viver. Uma mulher gráVIDA é capaz de emanar tamanha luz a ponto de ninguém, seja na sua família, no ambiente do trabalho, no supermercado, no elevador, enfim, ninguém mesmo ficará imune ao brilho de aura daquela que está gerando uma nova vida e espalhando esperança para novos dias.

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Tive imensa alegria e a bênção de passear de mãos dadas com Deus pelas experiências divinas de mulheres que vivenciaram grandes encontros e descobertas neste período tão rico da vida que é a gravidez.

Por isso, o livro GráVIDA ajudará você a entender melhor as mudanças que ocorrerão fatalmente em sua história, trazendo Deus para mais perto e fortalecendo sua fé, fazendo você compreender a magnitude desta bênção.

Parabéns!Daqui por diante sua vida nunca mais será a mesma!

Biba Arruda

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CAPÍTULO II

O PRINCÍPIO DA VIDA

Senhor, vós me perscrutais e me conheceis, sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensam-entos. Quando ando e quando repouso, vós me vedes, observais todos os meus passos. A palavra ainda não me chegou à língua, e já, Senhor, a conheceis toda.Vós me cercais por trás e pela frente, e estendeis sobre mim a vossa mão.Conhecimento assim maravilhoso me ultrapassa,ele é tão sublime que não posso atingi-lo. Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis, se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis, também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar, é ainda vossa mão que lá me levará e vossa destra que me sustentará. Se eu dissesse: “Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como se fora luz, me há de envolver”. As próprias trevas não são escuras para vós: a noite é transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz. Fostes vós que plasmastes as entranhas do meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe. Sede bendito por haverdes feito de modo tão maravilhoso. Pelas vossas obras tão extraordinárias,conheceis até o fundo de minha alma.Nada de minha substância vos é oculto quando fui formado ocultamente, quando fui tecido nas entranhas subterrâneas.Cada uma das minhas ações vossos olhos viram,e todas elas foram escritas em vosso livro; cada dia de minha vida foi prefixado, desde antes que um só deles existisse. Ó Deus, como são insondáveis para mim vossos desígnios! E quão imenso é o número deles! Como contá-los? São mais numerosos que a areia do mar; se pudesse chegar ao fim, seria ainda com vossa ajuda.

Salmo 138

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Eu e você já passamos por este processo. Seja como filhos, seja como pais, dele ninguém escapa. Nem mesmo Jesus

Cristo, que foi gerado no ventre Imaculado de Maria. Você já deve ter estudado, lido ou alguém já lhe contou

como se dá essa evolução fantástica, mas neste instante eu desejo que você realmente se entregue, deixe-se guiar pelos caminhos deste Sábio Senhor de todas as coisas. Sinta a delicadeza da Criação divina; sem dúvida nenhuma, ela é muito mais do que perfeita. E com toda a certeza esta riqueza fortalece e alimenta nossa fé.

“Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia;antes do teu nascimento, eu já te havia consagrado,

e te havia designado profeta das nações.” Jeremias 1:5

O único meio pelo qual o ser humano alcança a imortalidade biológica é reproduzindo-se na forma dos filhos. Em vez de uma pessoa viver para sempre, uma geração segue-se à outra. É quase como uma corrida de revezamento. Antes que um corredor comece a cansar-se, homem ou mulher, passa o bastão para o que segue, e assim por diante. Mas, ao contrário de uma corrida de revezamento, em que os corredores são adultos e estão treinados e prontos para correr, a próxima geração tem de nascer durante a corrida.

Cada novo ser começa a viver quase como uma partícula invisível de gelatina implantada na parede vermelha e esponjosa do útero de sua mãe. Poucos dias depois, a diminuta partícula de vida começa a desenvolver as características de um ser vivo. Neste ponto, é algo difícil crer que esta partícula tão ínfima possa se transformar em uma

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pessoa. Durante as primeiras semanas do desenvolvimento, o ser humano se parece muito com um peixe.

À medida que cresce, a minúscula criatura começa a tomar nova forma e, em menos de doze semanas, começam a surgir as inconfundíveis características de um ser humano. Essa transformação ocorre num globo cheio d’água, chamado saco amniótico, que aumenta dia a dia para proteger o bebê em formação. (Deus sempre sabe o que é necessário para nos proteger!)

Enquanto se acha protegido no meio aquoso de sua cápsula privada, esse novo ser depende inteiramente do oxigênio e dos nutrientes que circulam no sangue materno. O novo ser está ligado a essa fonte vital por meio de um tubo formado por seus próprios vasos sangüíneos, que se chama cordão umbilical. Esses vasos saem e entram no corpo do novo ser em formação em um ponto que mais tarde se converterá no umbigo. Este sinal concreto do milagre da vida significa o elo de amor, doação, sobrevivência e gratidão. Estrategicamente, Deus o posicionou bem no centro do nosso corpo, para que não nos esqueçamos de que já passamos um dia por esse processo divino. No fim do cordão, os vasos sangüíneos penetram na espessa parede do útero, onde se ramificam para formar um sistema chamado placenta. É tudo perfeita e milimetricamente arquitetado por um Criador subli-me. O sangue do novo ser humano não se mistura com o da mãe, mas as duas correntes fluem tão perto uma da outra que o oxigênio e os nutrientes podem passar livremente entre elas. Que sabedoria! Duas vidas que correm juntas, mas separadas. Que grande ensinamento, que lição de respeito e espaço!

No fim dos nove meses, a eficiência do funcionamento desse sistema dará origem a um indivíduo capaz, então, de sobreviver sem ele.

Como pode tão pequena partícula de gelatina transfor-

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mar-se em um ser humano? Porque é uma célula viva e contém instruções codificadas dizendo-lhe o que fazer. Essas instruções estão dispostas numa série de fitas microscópicas chamadas cromossomos. O óvulo fecundado do ser humano contém 46 deles. Vinte e três são fornecidos pelo pai e 23 pela mãe. O conjunto dos 46 fornece todas as instruções que são necessárias para o crescimento e desenvolvimento de um ser humano, desde o óvulo até a fase adulta. Entre os 23 pares de cromossomos que cada célula contém, há um que determina se o bebê será um menino ou uma menina. Lá se encontram também as heranças genéticas, não somente a cor de seus cabelos e olhos, mas a história da árvore genealógica de toda a família, possivel-mente deficiências que acompanham sua linhagem. Por isso é tão importante rezar pela cura de gerações, como falaremos adiante.

Enquanto o novo ser humano está desenvolvendo os membros e os órgãos de que vai precisar para sua própria vida, fica guardado secretamente um número de células para benefício da próxima geração. (Uau! Deus pensa em tudo!!!)

Essas células chamam-se germinais e são como a semente do milho que o agricultor guarda para a colheita da próxima estação. Num menino, essas células germinais, chamadas espermatozóides, são fabricadas e guardadas num par de glândulas em forma de ameixas: os testículos. Nas etapas iniciais do desenvolvimento, os testículos estão dentro do abdôme. Mais tarde, eles descem lentamente para uma bolsa enrugada entre as pernas, — chamada escroto — fora do abdôme, já que o espermatozóide fértil não amadurece adequadamente à temperatura normal do corpo.

Meu Deus! É tudo muito pensado, nada existe sem que tenha um propósito. Se prestarmos atenção à grandiosidade

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das obras do Pai, nós nos certificaremos de que não podemos simplesmente terminar este ciclo com a morte.

Vida Nova Na menina, as células germinais chamam-se óvulos e

acham-se num par de glândulas com a forma de amêndoas chamadas ovários. Ao contrário de todas as outras células do corpo, as células germinais são as únicas capazes de criar uma nova geração. Mas para que isso possa ocorrer, o espermatozóide e o óvulo têm de se unir num processo conhecido como fecundação. Veja a riqueza e a maravilha do processo da vida: os animais que vivem em lagos, rios e mares podem lançar seus espermatozóides e óvulos na água, no qual a fecundação pode ocorrer sem dificuldade. Em terra, a fecundação exige outro caminho. O espermatozóide tem de ser introduzido no óvulo, dentro da cálida umidade do corpo da mulher. Para que isso possa ocorrer, cada testículo está unido por meio de um tubo a um órgão — o pênis — capaz de bombear o espermatozóide para dentro do corpo da mulher. Meu Deus! Que máquina absolutamente perfeita somos nós, tudo encaixa, tudo faz sentido, tudo sincronizado.

No momento da concepção, uma explosão de senti-mentos, o amor indescritível, um total encontro com Deus, o milagre da criação divina!

O resultado da explosão de amor, do encontro entre um homem e uma mulher, só pode gerar um ser absolutamente novo! Cheio do Espírito Santo de Deus, de bênçãos e glórias. Essa explicação está bem clara em Hebreus 9:25-28.

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Ele não teve que se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote que todos os anos entra no santuário com sangue

que não é seu.Se assim fosse, ele deveria ter sofrido muitas

vezes desde a criação do mundo.Entretanto, ele se manifestou uma vez por todas,

no fim dos tempos, abolindo o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E dado que os homens morrem uma só vez e depois disso vem o julgamento, assim também Cristo se ofereceu de uma vez por todas, para tirar o pecado de muitos. Ele

aparecerá uma segunda vez,sem nenhuma relação com o pecado,

para aqueles que o esperam na salvação.

Enquanto os testículos fabricam incontáveis milhões de espermatozóides, o ovário é muito mais parcimonioso no número de óvulos que produz. Quando uma menina nasce, ela tem cerca de dois milhões de óvulos armazenados dentro de si e, no decorrer de sua vida, este número reduzirá a cada ciclo menstrual. Por volta dos 50 anos, cessará completamente.

Tudo isso para resultar em uma nova vida, herdando geneticamente todo o material de pai e mãe. O útero é um órgão surpreendentemente pequeno, mas durante a gravidez seu tamanho aumenta cerca de 20 vezes. É tudo tão perfeito!

Perceba por quantos milagres passamos até chegarmos aqui! As paredes do útero são musculares; quando chega a hora do parto, elas podem impelir o bebê maduro para o mundo exterior. Na entrada do útero, uma imensa quantidade de espermatozóides inicia sua perigosa viagem pela estreita passagem do cérvix ou colo do útero. Movendo-se a uma velocidade aproximada de 2,5cm a cada vinte minutos,

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o espermatozóide avança para dentro da obscuridade. A maioria deles cai exausta, mas os sobreviventes são mais do que suficientes para alcançar o objetivo final.

Enquanto isso, na extremidade oposta do útero, soltou-se um óvulo maduro vindo do ovário. Cada óvulo é cercado por um halo de cerca de seis mil células nutritivas, que se liberam com ele durante a ovulação. Elas protegem e alimentam a preciosa carga. O óvulo cai na tuba

de Falópio, onde flutua suavemente para baixo, transportando sua preciosa carga de cromossomos. Os espermatozóides que sobreviveram à viagem reúnem-se em torno do prêmio. Embora apenas um consiga ser o vitorioso e romper as paredes gelatinosas do óvulo, substâncias químicas criadas pelos outros competidores facilitam a penetração do candidato vitorioso. Uma vez que o espermatozóide entra no óvulo, todos os cromossomos se reúnem: um grupo do pai e um grupo da mãe. Essas informações genéticas agora reunidas na célula determinam que não somente o feto vai se desenvolver como um ser humano, mas que também vai ser distinguido como um indivíduo específico e único!

As instruções necessárias para o processo de fabricação de um ser humano estão agora completas. O que se segue é a maior explosão criadora da natureza! Apoiado por seu abrigo nutritivo, o embrião se desenvolve dia a dia. Começam a aparecer pequenos botões que marcam os

Ana Thereza exatamenteno dia em que nasceu

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lugares em que vão se desenvolver quatro membros. Dentro desses botões as células se juntam em blocos de tecido que vão acabar formando os ossos e os músculos. Após 16 semanas de gravidez, esses tornaram-se tão bem-formados que a mãe pode sentir a dança do bebê em crescimento.

O pequenino coração começa a bater, bombeando o sangue pelo cordão umbilical e para a placenta. O sangue da mãe e do filho são separados na placenta por uma simples camada de células, fina o bastante para permitir que o oxigênio e o alimento passem da circulação da mãe para o bebê em crescimento.

No fim de nove meses, o bebê terá evoluído a ponto de poder sobreviver sem o sistema de apoio vital de que dependia. O útero deve então iniciar a sua segunda tarefa: o trabalho de parto. Perto da data de nascimento esperada, as paredes do útero começam a se preparar para a árdua tarefa de empurrar o bebê para a outra fase da vida. Semanas antes, a mãe já começa a sentir leves contrações musculares avisando que o dia do parto está chegando. No início do trabalho de parto, as contrações ficam mais fortes e regulares. A cabeça do bebê desce suave até pousar sobre a borda inferior do útero. Isso provoca contrações mais fortes, e a abertura do cérvix aumenta de modo a permitir a passagem da cabeça da criança. É a primeira fase do trabalho de parto. A qualquer momento dessa fase, a bolsa d’água, ou saco amniótico, na qual o bebê flutua em segurança, rompe-se. Durante o trabalho de parto, a placenta permanece firmemente unida à parede do útero, passando o oxigênio para o bebê, que ainda não começou a respirar sozinho. Este é o momento mais delicado de todo o processo, porque durante as contrações fortes a provisão de sangue materno para a placenta cessa e o bebê

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só pode obter oxigênio durante os períodos cada vez mais curtos de relaxação do útero. Durante sua descida, a cabeça do bebê mantém-se curvada para a frente com o queixo contra o peito, de modo que a parte mais estreita do crânio se apresente para a saída. Pela mesma razão, os braços e as pernas são fortemente dobrados.

Quando a cabeça emerge da vagina, limpa-se a água e a baba da boca do bebê, antes de ajudar cuidadosamente a saída dos ombros e dos braços. Então, o bebê desliza para o primeiro dia na Terra, acompanhado por muitos anjos, arcanjos e serafins, sempre sob os olhos do Senhor.

Essa seqüência de milagres fabulosos que descrevem o princípio da vida não é uma ficção. Com a tecnologia avançada de hoje, podemos ver cenas filmadas dentro do corpo humano, que comprovam cada passo descrito com extrema nitidez.

Nesse processo tão bem articulado, percebemos as inúmeras transformações e até ainda perdas que um indivíduo vive antes mesmo de respirar sua primeira arfada de ar. Uma certeza nos conforta: a mão de Deus está atenta, cuidando de cada nova etapa; se nenhuma folha cai de uma árvore sem seu consentimento, imagine os passos de um filho muito amado!

Então, você pode se perguntar: “Por que temos de passar por tamanhas tribulações?”

O plano de Deus é absolutamente perfeito, sua Misericórdia também. Se nós perdemos o paraíso por causa de Eva, nossa salvação justamente chega por outra mulher: Maria. Repare que, quando dizemos AVE, Maria, estamos praticamente dizendo o contrário de EVA. Se Eva apresentou a Adão o fruto proibido, Maria apresentou a José o fruto do profundo Amor e Salvação: Jesus Cristo.

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Como reflete e conclui sabiamente Santo Agostinho em um de seus brilhantes Sermões: A Ressurreição nos foi primeiramente apresentada por uma mulher: Madalena. Como é grande a confiança e responsabilidade que Deus conferiu à mulher!

Sementes, Flores e Frutas Se viajarmos pelo túnel do tempo, perceberemos que

nas sociedades primitivas a caça era então um ritual de sacrifício. Os caçadores encenavam atos de expiação diante dos espíritos dos animais que partiam, esperando coagi-los a retornar para serem sacrificados de novo.

As feras eram vistas como enviados do outro mundo. Assim sendo, estabelecia-se um mágico acordo entre caçador e caça, como se eles estivessem aprisionados num círculo “místico atemporal” de morte, sepultamento e ressurreição.

As pinturas nas paredes das cavernas e sua literatura oral ganharam forma e impulso, e passaram a se chamar religião. Quando nossos ancestrais descobriram novas possibilidades e da caça passaram para o plantio, as histórias que contavam para explicar os mistérios da vida mudaram também.

Então, a semente se tornou o símbolo mágico do ciclo infinito. A planta morria, era enterrada e sua semente renascia. Todas as religiões do mundo incorporaram esse símbolo da revelação da Verdade eterna: o milagre da transformação. A vida provém da morte: “A bem-aventurança provém do sacrifício”.

Jesus, o grande Mestre de todos os tempos, partilha conosco toda a sua sabedoria. Seus grandes olhos viram a magnificente realidade num grão de mostarda.

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“Em verdade, em verdade, vos digo, a menos que caiana terra e morra, o grão de trigo ficará inerte eabandonado; mas, se morrer, dará muitos frutos”

Palavras de Jesus. Evangelho de São João

Partilhar tesouros. Renascer. Conhecer o melhor do que é conhecido, criar uma corrente de idéias verdadeiras e estimulantes. Experimentar na própria consciência um emocionante frescor de vida, propiciar o crescimento da própria imaginação e contagiar todo aquele que está ao seu lado, sobretudo alguém que está intrinsecamente ligado a você por meio de um cordão umbilical.

Durante a gestação, o feto, posteriormente seu bebê, já é sensível a tudo o que o rodeia. Por isso, procure enviar boas referências, bons costumes. Leia, pesquise, interesse-se por temas construtivos e edificantes, de certa maneira isso estará sendo gravado na memória do filho que está gerando.

Dar asas à liberdade do ser. Esse é o verdadeiro milagre da transformação, é abrir-se para torrentes de bênçãos, graças e glórias.

Dançar a música dos anjos, a canção do Universo — essa música que nós dançamos mesmo quando não somos capazes de reconhecer a melodia. Este é o som que está por toda a parte; cabe a cada um de nós buscá-lo e encontrar o ritmo perfeito para bailar, conduzir sua vida consagrada a Jesus, compondo assim a letra e o arrANJO da sua própria canção.

Uma legião infinita dos anjos do Senhor está a postos com harpas e liras. Você é membro atuante desta brilhante orquestra! Ainda que os repetitivos e insistentes acordes iniciais não o agradem muito, persevere!

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Eles nem sempre são agradáveis de ouvir, mas são necessários para afinar os instrumentos, esquentar sua orquestra e finalmente começar sua sinfonia, regida pelo grande Maestro, Jesus Cristo, sob a luz do Espírito Santo.

Força, Guerreiro da Luz! Você consegue!

Debulhar o trigo, recolher cada bago do trigo,

forjar no trigo o milagre do pãoe se fartar de pão.Decepar a cana,

recolher a garapa da cana,roubar a doçura do mel e se lambuzar de mel.

Milton Nascimento

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Parábola do semeadorUm agricultor saiu para semear suas sementes. Andou, andou e andou por todo o campo, espalhando-as. Algumas caíram na estrada e não penetraram no solo, logo servindo de comida para os pássaros. Outras sementes caíram num solo pedregoso. Brotaram rapidamente, mas suas raízes não puderam se aprofundar. Logo murcharam e morreram. Algumas sementes caíram entre as plantas espinhosas que margeavam o campo. Elas brotaram, mas os espinhos não deixaram que elas crescessem. Finalmente, algumas outras sementes caíram em solo bom e fértil. Germinaram, cresceram e produziram sua safra de grãos. Jesus explicou o significado da parábola: A semente é a palavra de Deus, que chega a ouvidos diferentes. Alguns, como o solo batido, têm seu coração insensível. Outros, como o solo rochoso, recebem a palavra de Deus com alegria, mas não permitem que criem raízes, abandonando-as quando as coisas ficam difíceis. Outros, como as sementes entre os espinhos, recebem a palavra de Deus, porém deixam que as preocupações, a ganância e o egoísmo a sufoquem. Mas algumas são como o solo fértil: ouvem a Palavra de Deus e a conservam no íntimo de seus corações. Acolhem-na e dão fruto, trinta, sessenta e cem por um. Estes entendem e seguem o que Deus diz.

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A gravidez nos oferece muitos questionamentos, passamos a conviver com a sensação de acordar todos os dias com o novo, com o incontrolável. Muitas vezes pode ser complicado ultrapassar tamanha “instabilidade”.

Podemos até ter uma vaga idéia sobre os processos que estão ocorrendo internamente, conversar com o médico na hora da consulta, pesquisar em livros específicos o que está se passando, vamos encontrar: em determinado mês, estes ou aqueles órgãos estarão se desenvolvendo, logo adiante as pálpebras estarão começando a abrir e fechar, a cor dos olhinhos será definida no segundo trimestre!

Apesar de todo o nosso interesse e curiosidade, tudo é um grande e irreversível mistério, algo que não depende exclusivamente de nós, que transcende nossa vontade e controle. A barriga cresce, e a quantidade de perguntas, também!

É nesse momento que é preciso estar conectadíssimo com Deus, para não permitir que Suas Palavras sejam desperdiçadas. Por isso, vale a pena ter bastante claro em que tipo de solo esta semente divina foi plantada.

Releia a parábola do semeador, com estes olhos! Quando a terrível tentação dos pensamentos negativos

assolar — “Será que meu filho será perfeito? Como será sua saúde? Será que seremos capazes de proporcionar todos os cuidados necessários?... Como será nosso relacionamento? Como conduziremos nossa relação matrimonial e nossa família? O mundo está atravessando muita violência, como podemos estar colocando mais uma pessoa para sofrer tantas dificuldades!? Será que darei conta de parir? Será que este é o momento apropriado de ter um bebê? Nossa rotina vai mudar completamente, será que estamos preparados? E minha carreira, como fica?!” Você, com certeza, já deve ter tido a sua dose de “tentação”. Reaja! Não permita que

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a força contrária do inimigo a perturbe, com certeza ele vai encontrar inúmeras formas de apavorá-la, das maneiras mais sutis e astutas possíveis, ainda mais em circunstâncias desconhecidas e novas.

Fará tão bem feito que você pensará que é somente um questionamento pertinente às transformações que está vivendo. Refletir, meditar a respeito é saudável e faz parte da evolução; permitir que a insegurança tome conta, isso é um articulado plano diabólico. Não dê brecha, feche todas as janelas para que ele não tenha acesso. Fique firme! Como bem diz Santa Teresa: “Nada te perturbes, nada te preocupes, tudo passa”.

Só o que não passa é a Palavra de Deus. Preste atenção: Fé é acreditar naquilo que não se pode ver nem tocar... nem explicar.

Consagre sua gestação, entregue seu filho a Jesus. Peça que Ele cuide e esteja presente em cada etapa, capacitando você e seu marido, para que vocês sejam realmente uma Sagrada Família.

Rebata os maus pensamentos imediatamente com afirmações precisas:

Este filho é Teu, Senhor, toma-o em Tuas mãos,forma-o segundo Tua imagem e semelhança.

Eu Te louvo e bendigo, Senhor, por nos permitir vivenciar Tua misericórdia. Faze-nos dignos desta missão.

Obrigada, obrigada, profundamente obrigada pela oportunidade maravilhosa que estamos vivendo.

Cuide do solo para que a semente cresça linda e forte, certifique-se de fazer todos os exames pré-natais necessários, de cumprir da melhor maneira todos os requisitos para uma boa gestação, esteja atenta aos alimentos, para que sejam

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os melhores possíveis. Aproveite essa fase espetacular de cumplicidade com Deus, para alimentar também sua alma e espírito, para que vocês sejam fortalecidos e que possam atravessar os possíveis rios e incêndios, dos quais Ele nos disse (Isaías, 43) que enfrentaríamos, mas na certeza de que não nos afogaríamos, nem tampouco nos queimaríamos.

A escolha, meu amado, minha amada, é sua! Persiga a santidade, a impecabilidade, seja fiel aos princípios sagrados. À Luz Divina. Os milagres existem e esperam por você! Aliás, o seu milagre tem data marcada para acontecer: nove meses!

Quanto mais testemunhos de fé forem espalhados, mais bênçãos, glórias e graças serão colhidas.

O grão não germina sozinho: “O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele perceber. Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último o grão abundante da espiga. Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita” (Marcos, 4: 26-27).

A gravidez é assim também. Você pode desejar muito que aconteça em determinado mês, você e seu marido podem planejar, querer... mas o tempo de Deus é diferente do nosso. Às vezes, estar gráVIDA nem de longe fazia parte dos planos de vocês... Mas Nosso Senhor é um Deus de propósitos firmes.

Ele a chama pelo nome e a escolheu. Como podemos comprovar nas Escrituras: “Não fostes vós que me escolhestes, mas EU vos escolhi e vos constituí para que ide e produzis fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constitui, a fim de que, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos conceda. O que mando é que vos ameis uns aos outros”(João 15:16-17)

Estar gráVIDA é oportunidade de compreender a

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respeitar o tempo. É como receita de bolo, para ele ficar bem bonito, gostoso e fofinho não se pode abrir o forno a todo momento para ver como estão indo as coisas. A gente coloca todos os ingredientes, mistura com amor, unta a forma... depois de colocar tudo lá dentro é só esperar, acreditando que após o tempo previsto poderemos retirar a receita prontinha. O mesmo acontece com nossa semente que está guardadinha dentro do nosso forno! Claro que é nosso dever manter o fogo aceso, cuidar da manutenção enquanto está assando!

Mas o milagre não depende mais de nós, a sorte está lançada! E veremos logo o resultado! Da mesma forma que as sementes plantadas possuem seu próprio ritmo e tempo. Veja que sentido mais lindo nos ensina esta passagem transcrita antes: De apenas um grão, se faz uma espiga repleta de sementes! Pense nisso... pura sabedoria. Jesus e o Reino de Deus sempre estão nos exemplificando a fartura e abundância... Seja nesse exemplo vivo ou ainda no milagre da multiplicação dos pães, que alimentou cinco mil pessoas e ainda as sobras foram suficientes para encher doze cestos, simbolicamente representando o alimento para cada um dos meses que formam o ano. Para que haja esta colheita abundante, é preciso viver a entrega, confiar, fazer sua parte e deixar-se conduzir pela luz Divina. Sem ansiedades, permitindo-se crer completamente na Divina Providência, ela nunca falha!

A Divina Providência nunca falha!

Lembre-se:para Deus

nada é impossível

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Capítulo III

Provas Reaisda Divina

Providência: o Tempo de

DEUS édiferente do

nosso!

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Cantai ao Senhor um cântico novo,porque Ele operou maravilhas.

Sua mão fez conhecer a sua salvação.Manifestou sua justiça à face dos povos. Lembrou-se de sua bondade e de sua

fidelidade em favorda casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver a salvação de nosso Deus.Aclamai o Senhor, povos

todos da terra, regozijai-vos, alegrai-vos e cantai. Salmodiai ao

Senhor com cítara, ao som do saltério e com a lira.

Com a tuba e a trombetaelevai aclamações na

presença do Senhor rei.Que os rios aplaudam, que as

montanhas exultem em brados de alegria diante do Senhor

que chega porque ele vem paragovernar a terra.

Ele governará a terra com justiça e os povos com eqüidade.

Salmo 97

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Vou contar algumas histórias sobre como funciona a Providência Divina.

Quero que fique registrada no seu coração esta certeza: nenhuma oração volta vazia. NENHUMA!

O Som do AmorComo qualquer mãe, quando Karen soube que um bebê

estava a caminho, fez todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade, a se preparar para a chegada. Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Michael cantava perto da barriga de sua mãe. Ele já amava sua irmãzinha antes mesmo de seu nascimento.

A gravidez se desenvolveu normalmente. No tempo certo, vieram as contrações. Primeiro, a cada cinco minutos; depois a cada três; então, a cada minuto uma contração. Entretanto, surgiram algumas complicações e o trabalho de parto de Karen demorou horas. Todos discutiam a necessidade provável de uma cesariana. Até que, enfim, depois de muito tempo, a irmãzinha de Michael nasceu. Só que ela estava muito mal. Com a sirene no último volume, a ambulância levou a recém-nascida para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary. Os dias passaram. A menininha piorava. O médico disse aos pais: “Preparem-se para o pior. Há poucas esperanças”. Karen e seu marido começaram, então, os preparativos para o funeral. Alguns dias atrás estavam arrumando o quarto para esperar pelo novo bebê.

Agora, os planos eram outros.Enquanto isso, Michael todos os dias, pedia aos pais

que o levassem para conhecer a sua irmãzinha. “Eu quero cantar para ela”, dizia. A segunda semana de UTI entrou e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final dela.

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Michael continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar para sua irmã, mas crianças não eram permitidas na UTI. Entretanto, Karen decidiu: ela levaria Michael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse naquele momento, talvez não a visse viva.

Ela vestiu Michael com uma roupa um pouco maior, para disfarçar a idade, e rumou para o hospital. A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que fosse retirado dali. Mas Karen insistiu: “Ele não irá embora até que veja a sua irmãzinha!”

Então, a enfermeira levou Michael até a incubadora. Ele olhou para aquela trouxinha de gente que perdia a batalha pela vida. Depois de alguns segundos olhando, ele começou a cantar, com sua voz pequenininha: “Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...”

Nesse momento, o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e estabilizou-se. Karen incentivou Michael a continuar cantando.

“Você não sabe, querida, quanto eu a amo. Por favor, não leve o meu sol embora...”

Enquanto Michael cantava, a respiração difícil do bebê foi se tornando suave.

“Continue, querido!”, pediu Karen, emocionada. “Outra noite, querida, eu sonhei que você estava em

meus braços...” O bebê começou a relaxar. “Cante mais um pouco, Michael.” A enfermeira começou a chorar. “Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa

feliz mesmo quando o céu está escuro... Por favor, não leve o meu sol embora...”

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Na manhã seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa. O Woman’s Day Magazine chamou essa história de “O milagre da canção de um irmão”. Os médicos chamaram simplesmente de milagre.

A mãe, que tudo presenciou, chamou de milagre do amor de Deus.

O Arcanjo Gabriel anuncia a Isabel e Zacarias: — A bênção de ser agraciada na

velhiceNos tempos de Jesus, a Palestina estava ocupada pelas

legiões romanas. A região foi dividida em três partes: ao norte, a Galiléia; no centro, a Samaria; ao sul, a Judéia.

Na Judéia, a poucos quilômetros de Jerusalém, vivia um homem chamado Zacarias e sua mulher, Isabel, que era descendente de Levi, filho de Jacó, prima de Maria, que morava bem distante, em Nazaré, na Galiléia.

Apesar de se considerar o povo escolhido por Deus, as dificuldades materiais dos judeus eram muito grandes, chegando a ponto de haver fome entre eles; se não achavam como sobreviver em suas terras, decidiam procurar soluções em outros lugares, sendo sempre um povo nômade à procura da Terra Prometida. Assim, a instituição “família” sempre foi o maior patrimônio e segurança para os judeus até os tempos de hoje, a família significa o porto seguro, e o que há de mais sólido para este povo.

Zacarias e Isabel já eram bem idosos e não tinham ainda conseguido concretizar o sonho de perpetuar sua existência por meio dos filhos, formando uma família. Oravam e pediam a Deus a bênção de poder ter um filho, mas não tinham alcançado essa bem-aventurança.

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Certa vez, no templo de Jerusalém, Zacarias estava de serviço. Os sacerdotes mantinham sempre aceso o fogo sobre o altar do incenso.

Zacarias, conforme o costume, honrava o Senhor com o incenso queimado; enquanto desempenhava sua função de culto, as pessoas rezavam devotadamente em frente ao santuário.

Nesse momento, Zacarias jogou um punhado de incenso sobre as brasas do altar. Uma densa nuvem perfumada subiu para o teto do Templo. Quando a coluna de fumaça se espalhou, o velho sacerdote viu do lado direito do altar um anjo do Senhor. Foi tomado por um grande temor, mas o anjo o tranqüilizou:

— Não temas, Zacarias! Venho trazer-te uma boa notícia. Tu e Isabel sempre desejastes um filho. O Senhor ouviu a vossa prece...

O anjo falou em voz baixa, quase sussurrando. Zacarias balançou a cabeça, como para espantar um susto. Esfregou os olhos, engasgou-se e balbuciou:

— Mas eu... sou velho... Isabel também.... Um filho?O anjo sorriu. Falou de novo, e sua voz parecia o

sussurrar das folhas movidas pela brisa: — Eu sou Gabriel e estou diante de Deus para servi-Lo.

Tu terás um filho. O Senhor Deus o plenificará do Espírito Santo desde o nascimento. Tu o chamarás João. Ele anunciará ao mundo a presença do Filho de Deus. Será forte e poderoso como o profeta Elias.

Zacarias perguntou:— Como é possível tudo isso? Como posso acreditar

no que dizes?O anjo tornou a falar, mas sua voz agora fez barulho

como uma torrente de água em dia de enchente. Gabriel não sorriu mais. Seu olhar se tornou severo. Ele disse:

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— Porque não acreditaste nas minhas palavras, ficarás mudo até o dia em que se cumprir a promessa que te fiz. Nada é impossível a Deus.

Zacarias abriu a boca e disse:— Mas eu não queria duvidar do Senhor...Mas essas palavras ficaram como que pregadas em sua

língua. Ele não as ouviu, seus ouvidos não as captaram.Zacarias emitiu algumas exclamações de medo,

espanto, embaraço, mas de sua boca não saiu nenhum som inteligível: estava completamente mudo. Tentou gritar, mas não conseguiu. Zacarias estava assustado com a mudez, mas seu coração estava contente. Aquela visão era mesmo um anjo do Senhor, agora sabia que o anjo estava dizendo a verdade.

O velho sacerdote quis louvar o mensageiro celeste e jogou sobre as brasas ardentes outro punhado de incenso. Uma densa nuvem perfumada subiu pela segunda vez. Zacarias esperou a nuvem se dissipar, olhou para o lado direito do altar, mas não viu mais o anjo.

Ao sair, depois de muito tempo que estava no Templo, tentou gesticular de todas as maneiras, procurando desenhar o anjo no ar.

A postura nada cerimoniosa do sacerdote escandalizou os devotos.

Mas Zacarias estava tão exultante que só esperava que os seus dias de plantão no Templo terminassem para correr para casa, encontrar Isabel e contar-lhe. Algum tempo depois, Isabel percebeu que estava gráVIDA. Mas não contou a ninguém. Ela pensou: “Finalmente o Senhor me ouviu. Agora, não tenho mais motivo para sentir vergonha. A mim como a Sara, mulher de Abraão, o Senhor concedeu um filho na velhice!”

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Senhor de Firmes PropósitosEsta história se passou quase dois mil anos depois desta

que você acaba de ler; embora os personagens, a época, as circunstâncias, os hábitos e costumes sejam outros, Nosso Senhor continua inabalavelmente o mesmo. A Ele toda honra e glória, para sempre seja louvado!

Mariza é uma baiana que sorri com o olhar. Ela é o tipo de pessoa que você gosta antes mesmo que ela comece a falar... Pertencemos ao mesmo grupo de oração. Um dia, ela se aproximou de mim e disse com aquele sotaque encantador:

— Venha cá, Biba, quero lhe contar uma coisa. A presença de Deus na minha vida não se faz de uma maneira sutil, mas bem concreta, verdadeira, mesmo! Por isso, milagre não é um acontecimento extraordinário, que ocorre de vez em quando, e sim o poder de Deus manifestado em cada instante, desde quando peço uma coisa mais simples, como uma vaga num estacionamento, até o que consideramos impossível, como o exemplo que agora vou lhe contar.

Casei com um paulista; portanto, logo após nosso casamento e lua-de-mel, viemos para São Paulo iniciar nossa nova vida, cheios de amor, de esperança e sonhos... E nesses sonhos estava incluída a maternidade!

Daí, procuramos uma ginecologista-obstetra, uma profissional renomada indicada pela médica que me atendia em Salvador. Marcamos uma consulta e fomos ao seu consultório. Após um exame minucioso, com uma anamnese muito longa, na qual relatei que tenho diabetes do tipo I desde os nove anos de idade, ela nos deu seu diagnóstico, que na verdade não era aquilo que esperávamos: eu não poderia ser mãe: segundo ela, isso seria dificílimo ocorrer.

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Saímos de lá aos prantos, sem rumo, mas jamais me deixei levar pelo desespero, pela falta de fé. Então disse ao meu marido: “Fernando, o único que poderá nos dizer se teremos um filho ou não é Deus, mesmo que essa resposta demore 10 anos...”

Como o Criador sabe exatamente que sou muito imediatista, a sua resposta demorou somente o tempo de chegarmos em casa. Peguei a Bíblia e abri aleatoriamente. Deus escolheu nos responder através do Evangelho de São Lucas, no qual relata que Zacarias não acreditava que Isabel lhe daria um filho, e ao aparecer em sonho Ele disse: “Zacarias, o que para o homem é impossível, para Deus é possível, e terás um filho, que será chamado João”.

Então com lágrimas de fé nos olhos, disse: “Fernando, vamos ter um filho, não sei quando, se for menino se chamará Lucas, se for menina Maria”.

Fomos procurar outro médico e ele não só confirmou o diagnóstico anterior como deu início a um tratamento de fertilidade, cujo primeiro passo seria o uso de uma medicação para induzir a menstruação, pois eu não menstruava há dois meses, embora para mim isso fosse normal, pois não tinha um ciclo regular nem periódico. Após a primeira medicação, nada aconteceu, portanto o médico mandou que retornasse, a fim de aplicar uma medicação mais forte. Segundos antes dessa aplicação, creio que o Espírito Santo o ungiu e ele decidiu fazer um exame de gravidez. No dia seguinte, para nossa surpresa, ele nos telefonou dizendo o resultado: POSITIVO. Depois o Dr. Motaury Moreira Porto, médico que me acompanhou daí em diante, disse que essa criança, que ainda era do tamanho de um grão de areia, não tinha sido abortada com a medicação (o que pensaríamos que era uma simples menstruação) por obra do Espírito Santo.

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E assim prosseguiu a minha gravidez, cheia de cuidados e preocupações inerentes a uma paciente de alto risco, porém nunca perdemos a fé que o final seria feliz. Após sete meses e 23 dias nasceu LUCAS, um menino lindo — o próprio médico de Homens e de Almas: São Lucas.

Grande, bem alvo e, imagine você, com os olhos azuis, o que para nós também era impossível. Só mesmo para nós, porque para Deus tudo é possível!

Hoje, Lucas tem 16 anos e é um garoto muito especial em todos os sentidos, brilhante intelectualmente, mas acima de tudo espiritualmente. Três anos após o nascimento de Lucas, montei o meu consultório e retomei minha atividade como odontopediatra, aliás com muito empenho e dedicação.

Assim foram passando os anos, e minha esperança de ter mais um filho foi sendo desestimulada pelos meus médicos, pela minha família e até mesmo pelo Fernando, pois como portadora de Diabete Mellitus Tipo I, e devido a minha idade, os riscos de uma gravidez para minha saúde se tornavam cada vez maiores. Nas minhas condições, uma gravidez deveria ter sido planejada para logo após o nascimento de Lucas. Em meados de 1987, após a missa a que assisto diariamente na Igreja de São Pedro e São Paulo, encontrei-me com Maria Pia Trussardi Ugolini, e ela me disse que havia tido uma locução interior de Nossa Senhora. ELA dizia que eu ficaria grávida de uma menina.

Maria Pia, preocupada, recomendou-me que procurasse meu médico, pois sabia tanto do meu desejo de ter mais um filho como de meu estado de saúde. Enquanto ela me falava tudo isso, eu pensava: “Maria Pia está ficando pirada, pois é impossível que isso aconteça”.

Então, de repente, não sei por que disse à Maria Pia: “Se um dia eu tiver essa filha que você está me dizendo eu colocarei nela o seu nome”.

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Após três anos, fomos convidados por Maria Pia para passar a noite de Ano-Novo em sua casa, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Foram dias maravilhosos, cheios de atividades. Na noite da passagem do ano notei que o zíper de minha roupa fechou com dificuldade e que havia uma ‘barriguinha’ indesejada, que atribuí às qualidades culinárias da casa de Maria Pia. “Dias depois, já de férias na casa de meus pais, na Bahia, fiquei intrigada com aquela barriga que insistia em aumentar, apesar do rigoroso regime pós-Laranjeiras que me impus. Desconfiada, pedi a meu pai, que era médico, um exame de gravidez.

Depois de uma hora, ele me ligou do laboratório dando a notícia de que eu realmente estava gráVIDA. Foi uma festa! Todos ficaram muito felizes, embora um tanto apreensivos com relação a minha saúde.

Retornando a São Paulo, comecei a preparar o enxoval e o quarto do bebê, tudo em tons de rosa, apesar de não saber o sexo, o que só viemos a ter certeza no nascimento porque, pela posição do feto, os médicos não conseguiam determiná-lo. Mas minha certeza de que era uma menina era inabalável.

Aos oito meses de uma gestação cercada de cuidados médicos, nasceu de fato uma menina, que recebeu nome de Maria Pia. Prematura devido à minha diabete, Maria Pia teve ainda sérias complicações por causa do não-fechamento de uma membrana que separa o sangue venoso do arterial, normalmente aberta no feto, mas que deve se fechar após o nascimento.

Os médicos da UTI neonatal comunicaram primeiro Fernando e os avós que Maria Pia seria mantida com respiração artificial durante 72 horas para aguardar a evolução do seu caso e esperar o fechamento da tal membrana. Se nesse prazo ela não se fechasse naturalmente, deveria ser submetida a uma cirurgia, o que sempre representa um alto risco para uma criaturinha tão frágil.

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Aquele foi um momento muito difícil, mas não desanimei, pois nada me tirava a fé na misericórdia do PAI. No dia seguinte, todos queriam nos visitar e eu pedi que viessem, principalmente minhas irmãs do nosso Grupo de Oração N. Sra. das Graças, que sustentaram meus oito meses de gestação com muitas orações e que a partir daí ajudariam Maria Pia a transpor os dias de luta pela sobrevivência.

Pedi então que a cabeleireira e a manicure do hospital fossem até meu quarto e comecei a me arrumar. Foi quando Fernando chegou e me perguntou: “Você vai fazer chacrinha com sua filha entre a vida e a morte?” E eu respondi sem titubear: “Se na sua fé existe dúvida, na minha, não. Nossa Senhora demorou oito anos para me dar Maria Pia, e não é agora que ela vai me tirar”.

Dois dias depois, os médicos foram ao meu quarto e nos avisaram que a membrana tinha se fechado e que este fato era realmente um milagre diante da situação que Maria Pia se encontrava. E ainda acrescentaram: “Maria Pia vai ser uma mulher batalhadora porque ela lutou bravamente para viver e conseguiu...”

Por tudo que Mariza me contou, só me resta dizer que Maria Pia representa a vitória da graça de NOSSA SENHORA.

Na história da Humanidade, observamos várias vezes o milagre de mulheres estéreis e até idosas recebendo como graça divina de Deus a bênção de gerar um filho. A esterilidade era considerada uma grande vergonha para a mulher na antiga sociedade patriarcal judaica. A mulher era respeitada pelo que o seu ventre produzia.

Esse milagre se repete pelo menos cinco vezes no Antigo Testamento; dê uma olhada na história dessas guerreiras na batalha para conseguirem gerar um fruto em seu ventre:

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Sara, mulher de Abraão (Gn 11:10-15-18-30); Rebeca, mulher de Isaac (Gn 25:21); Raquel (Gn 29: 31) a mãe de Sansão (Jz 13:2-4); Ana, mãe de Samuel (1 Sm 1:2). Livros Apócrifos nos contam que os pais de Maria — Joaquim e Ana — também esperaram muito até terem a tão desejada filha. O Senhor ouviu ainda as preces de Isabel, e o Anjo Gabriel anunciou a Zacarias e os premiou com João Batista, que posteriormente tanto inspirou Jesus Cristo.

Os filhos não são nossos, mas filhos de Deus! Apenas a Ele é concedido o poder absoluto que nos permite a fecundidade ou não. Deus escolheu Maria para conceber seu próprio filho, Jesus, por obra do Espírito Santo. Quantas são as mulheres que ainda hoje sofrem imensamente com a esterilidade, esse vazio que nada consegue preencher — o enorme desejo de ter filhos, seus próprios filhos. A medicina se apressa tentando ajudar e até úteros externos ao colo da mãe já fabricam novos seres.

Toda luta baseada na Luz é válida; no entanto, Deus Todo-Poderoso é quem define e nomeia as mães. E muitas vezes — a maioria — o tempo de Deus é diferente do nosso tempo.

“A mulher estéril concebe sete vezes” (1 Sm 2:4-5). “Faz que a mulher estéril viva em família, e seja alegre

mãe de filhos. Aleluia.” (Salmo 112: 9).Quantos nascimentos, quantas crianças crescidas em

busca do eterno amor de mãe, que nunca tiveram. Jesus Cristo nos deu a sua Mãe, nos deu o Seu perdão e compreensão. A chance do recomeço, de uma nova etapa.

Vamos refletir sobre todos nós, sobre nossas responsa-bilidades como pais, mães e filhos de um só Pai. Quais são Seus planos para nós?

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Aproveitemos que estamos em pleno ar, voando nas asas dos anjos.

É chegada a hora de amar incondicionalmente com o coração de mãe, não apenas aqueles que tenham sido gerados em nosso ventre, mas a todos os filhos do mundo, filhos de Deus, essa é a verdadeira essência e sabedoria feminina. Este é o grande ensinamento que a maternidade, a paternidade nos traz: AMOR. Dessa maneira poderemos estar mais próximos de Deus, e então encontrar a tão sonhada paz. Quanto ao resto... siga rezando!

E acredite, afinal Jesus disse: “Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai, em meu nome, Ele vos conceda. O que mando é que vos ameis uns aos outros”.

Fernando, Mariza, Lucas e Maria Pia– Por meio dessa família, percebemos o Poder do Senhor

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Respostas DivinasEm dezembro de 1999, estávamos radiantes com

tantos milagres que vivíamos, com certeza seria um Natal maravilhoso! Minha barriguinha de cinco meses era o próprio sol, de tanta luz que irradiava.

Naquela manhã nós havíamos montado nosso pinheiro de Natal com muito capricho, cheio de anjos e muita, muita alegria. Ana Thereza e eu nos divertimos fazendo guirlandas de pipoca e decorando a árvore com estrelas pintadas por ela. Seria nosso primeiro Natal no apartamento novo... primeiro Natal esperando o novo membro de nossa família, último Natal do milênio, tínhamos tanto o que agradecer e celebrar!

Meu marido e eu chegamos tarde àquela noite. Ana Thereza já dormia, a casa estava toda apagada, exceto nosso pinheirinho, que brilhava com suas luzinhas intermitentes, imitando o pulsar dos nossos corações alegres.

Paramos na porta e por alguns instantes ficamos ali, sem palavras, vendo aquela cena encantada. Meu Deus! O Espírito Santo estava ali conosco... parecia uma daquelas típicas cenas de filme norte-americano, o casal apaixonado, o cenário perfeito, só que era absolutamente real! Nós éramos os protagonistas daquele momento precioso. Ao nos aproximarmos da árvore, meu marido notou que tinha uma caixa dourada embaixo; brincou comigo:

— Parece que Papai Noel já passou por aqui...Quem será que havia deixado aquele presente ali?

Surpresos, abrimos com interesse, sem imaginar o que pudesse ser, nem quem o tinha colocado ali. Naquela caixinha de surpresas encontrei a própria resposta de Deus: desembrulhamos primeiro um anjinho com um buquê de flores (hoje ele mora pertinho do meu computador!) e logo

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percebemos que havia mais naquela caixinha mágica. Uau!! Um livro de milagres!

Dona Laura, uma funcionária pública de 54 anos, de São José do Rio Preto/SP, era a anja que estava nos proporcionando tamanha alegria, embora não a conhecês-semos. Ela havia seguido as inspirações e escrito seu próprio livro, conforme eu havia sugerido em meu livro Milagres, Curas e Bênçãos. Bate e a porta se abrirá.

Mas que capricho! Esta leitora querida teve o cuidado de colar fotos, editar, fotocopiar trechos dos textos que a tocaram, depois encadernar mais de 90 páginas escritas à mão. Dona Laura realmente tinha seguido os passos do Sagrado, tinha materializado sonhos...

Para mim tratava-se de um retorno, uma resposta divina de como e onde as Palavras semeadas nascem e dão frutos. Foi um deleite ler seus relatos e sentir a força de Deus.

Acompanhe comigo e fortaleça definitivamente sua fé:

“21/5/82Eu estava em férias do trabalho e, como sempre faço no mês de maio, fui orar na Catedral de minha cidade. Dessa vez, não fui visitar a imagem do Cristo a caminho do Calvário. Deu-me vontade de ir ao altar de Nossa Senhora do Líbano, junto à qual nunca havia orado. Pedi-lhe iluminação para nossa vida conjugal, para que se abrisse um caminho que nos levasse à decisão certa de concretizar nosso maior desejo. Depois de muitos tratamentos que culminaram em uma cirurgia, fui informada de que haveria uma chance em mil de poder engravidar, e desde então (1977) caí numa tristeza e apatia que perdurou por muito tempo. Ter um bebê em nossa casa era tudo o que queríamos, não importava como, se nascido ou não de nós, se menino ou menina, mas que viesse com saúde e que

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tudo se desenrolasse normalmente, sem nada forçarmos. Desejava ardentemente que essa criança viesse a ser aceita e amada por todos, e, sobretudo, que me ensinasse a aceitar e a amar as pessoas com maior profundidade e, se meu pedido pudesse ser atendido, que me desse um sinal de sua graça.Disse-lhe ainda que não desejava nenhum bem material para mim, desejava simplesmente aprender a amar. Pedi-lhe proteção para mim e meu esposo; que cessassem as guerras que assolavam a Terra e desejei sinceramente que se cumprissem as Escrituras. Um dia, as armas serão transfor-madas em arados e haverá paz e fartura na Terra inteira. Silenciei meus pensamentos por alguns momentos em que ali permaneci. De repente, começaram a passar pela minha mente, como um filme, todas as coisas boas que Deus já havia nos concedido e as vezes que Ele se manifestou em nossas vidas sem que tivéssemos dado conta. Lembrei-me de um sonho em que eu olhava para o céu e via uma luz tão forte e clara como a do sol e, no meio dela, formou-se uma mancha de um azul belíssimo que aos poucos foi tomando a forma de um manto sobre a lindíssima Senhora, que trazia consigo, pela mão, uma criança loira de olhos azuis, de uns cinco anos. Não cansava de olhar tanta beleza e dizia euforicamente: ‘Ela sempre esteve aí, como é que nunca a vi antes?’Para meu espanto, nesse momento eu a reconheci na imagem de Nossa Senhora do Líbano. Imediatamente, pensei outra coisa. Quando eu era criança, morria de medo da imagem do Cristo a caminho do Calvário. Aos 17 anos, procurei quebrar as barreiras e forçar a mim mesma a me aproximar.Naquela mesma noite sonhei que estava junto à imagem e eu dizia estar com sede. Dos olhos da imagem desceram lágrimas como se fosse uma fonte, abri as mãos em concha e bebi, era um frescor inigualável, ouvi Sua voz meiga e suave me convidar: ‘Por que não vens sempre beber desta água, tu, que sentes sede?’Não sei por que todas essas lembranças brotaram em minha mente em fração de segundos, causando em mim um tremendo impacto, uma fortíssima emoção, transformada em torrente de lágrimas de gratidão por compreender de repente quanto Deus nos ama e nos

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protege em nossas vidas. Sinto ter saído da Catedral com uma enorme sensação de alegria e bem-estar, como se minhas forças tivessem sido renovadas, marcando uma nova etapa em minha vida...Há mais de um ano havíamos sido incluídos em uma grande lista de espera para a adoção em um dos hospitais da cidade. Emocionados, recebemos um telefonema perguntando se ainda estávamos interessados, porque a nossa chamada estava próxima e que ficássemos preparados para receber nosso bebê nos próximos 40 dias. Dez dias depois de minha visita ao altar de Nossa Senhora do Líbano, era muito evidente a intervenção de Maria nesta nossa história...Foram dias de grande expectativa, muita emoção e grande euforia. Corri às lojas para complementar as roupinhas necessárias para o bebê, passava as fraldas na máquina de costura, fazendo barrados decorativos, pintei algumas delas, comprei o carrinho do bebê, montamos o berço.

22/6/82Já era quase noite quando recebemos o recado por telefone para preparar a malinha de roupas do bebê e irmos para o hospital. Assim o fizemos; no trajeto, extravasamos as emoções que estávamos sentindo tão intensamente. Nunca uma noite me pareceu tão longa, tinha ímpetos de chorar e rir, tão grande era a nossa alegria. Meu marido continha as lágrimas, mas era nítida toda emoção que tinha em sua alma.A mais bela história de amor em nossas vidas estava para acontecer... A espera chegara ao fim, minhas preces foram atendidas mais rapidamente do que esperava, desde o dia em que fiz minha total entrega no altar.Era uma menina!Fomos ao berçário e a enfermeira a trouxe. Era a menina que tanto esperávamos! Meu coração saltava de alegria e, na minha emoção incontida, só sabia repetir: ‘Ela é linda! Ela é linda! Ela é linda! Muito mais do que esperávamos!’ Repentinamente, eu já havia me transformado na maior ‘coruja’ da paróquia. Meu marido,

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feliz com nossa menina, feliz com minha felicidade. Voltamos para casa e chorei várias vezes durante o dia. Era muito mais do que eu esperava!Só poderíamos buscá-la dois dias depois... Como custou a passar esse tempo!Levantamo-nos cedo e nos aprontamos, para ir buscar Graziela no hospital.Enquanto esperava no carro defronte ao hospital, vestida de calça comprida branca e blusa azul celeste (as cores que mais amo), podia ver bem à minha frente uma árvore do tamanho médio e o sol brilhando vivamente sobre sua copa, no imenso azul do céu daquela manhã maravilhosa de sexta-feira. Normalmente não consigo olhar para a luz do sol, pois meus olhos não suportam tanta claridade. Percebi que estava olhando sem nenhuma dificuldade em direção ao sol, e aquela imensa bola de luz branca foi se tornando suave aos meus olhos e lentamente foi adquirindo uma tonalidade azul. O mais belo azul brilhante, jamais visto em toda a minha vida... apenas o contorno permanecia com sua luz branca. Assustei-me, virei o rosto para outra direção, achei que estava tendo alucinações. Tornei a olhar e a bola mais azul e mais incrivelmente brilhante já vista, continuava ali, como querendo me dizer alguma coisa. Só então me dei conta do que era! Associei a lembrança do sonho que tive há tantos anos e de que estranhamente voltei a me lembrar, no altar de Nossa Senhora do Líbano. A luz brilhante no céu, que tomava a forma de manto azul sobre os ombros de uma lindíssima Senhora que trazia uma criança consigo, e a minha frase: ‘Ela sempre esteve aí, como é que eu nunca a vi antes?!’Chorei comovidamente. Ela estava ali, sim, não havia nenhuma dúvida.Meu marido veio ver se estava tudo bem comigo; vendo-me chorando não sabia o que fazer. Não tive coragem de lhe contar o que estava vendo, porque estava pasma!Logo que me propus a me acalmar, ele retornou ao hospital para terminar as providências necessárias. A luz azul ainda permanecia resplandescente, e eu a olhava como hipnotizada.‘Acordei’ com a voz da assistente social me chamando: ‘Eis aqui

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a sua filhinha, é toda sua!’E, abrindo a porta do carro, colocou aquele pedacinho de gente no meu colo. As lágrimas desciam calmamente e ainda tornei a olhar o sol... Senti que naquele instante os efeitos daqueles raios luminosos penetraram em mim, como se me dotassem de todas as forças vivificantes necessárias para cuidar do pequeno ser, por toda a vida, em quaisquer circunstâncias...Voltamos para casa e, olhando para o sol mais uma vez, pude constatar que tudo voltara à normalidade, sua luz se tornara intensamente branca e eu não conseguia mais firmar a vista, tamanha a claridade.Nesse mesmo dia voltei a olhar o sol muitas vezes, mas não havia mais nenhum vestígio do que presenciara pela manhã. Um sentimento de total gratidão a Deus e à Sua Mãe tomou conta de todo o meu ser e intimamente eu me indagava: ‘Que fiz para merecer tamanhas graças em minha vida?’Quem é você, Graziela, que chegou tão mansamente em nossas vidas, acompanhada pela Virgem Maria, portadora das cores do céu?No fundo da minha alma, pude ouvir a resposta: ‘Sou Graziela, um presente de Jesus e Maria em suas vidas’.Já se passaram 17 anos...Parece que foi ontem... Ainda vejo, em pensamento, o dia em que fui ao altar e, abrindo meu coração com toda a verdade da alma, disse: ‘Quero aprender a amar tudo e a todos com maior profundidade...’ Pedi ao Senhor e Sua mãe que colocassem uma criança em nossas vidas, que enchessem nossa casa (até então tão silenciosa e vazia) de vida, entusiasmo e alegria! Eles me atenderam! enviando Graziela, uma criaturinha tão frágil, tão linda, um presente do céu...Nesses 17 anos, reproduziram-se em nossas almas todos os fenômenos imagináveis da natureza: ‘temos tido dias de céu azul, sol irradiante, céu coberto de nuvens escuras, cortado por relâmpagos e trovões anunciando fortes temporais, vulcões em erupção, furacões, torrentes de águas, céu salpicado de estrelas cintilantes, tardes amenas e a alegria exultante da primavera, tudo, enfim, que nos faz sentir vivos e palpitantes’.

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Nos períodos de ‘turbulência’, eu costumava acender uma vela para o anjo da guarda de minha filha, para que a protegesse e nos guardasse até que a calmaria voltasse.Em meio a uma tempestade dessas, ao acender uma vela, ouvi uma doce e meiga voz que segredou em meu coração: ‘Troca a vela pela oração do rosário!’Desde essa data, passei a orar todas as manhãs, pela paz e união em nossa família.Só agora percebo que esses anos foram uma verdadeira Escola, e todos os acontecimentos e experiências foram preciosas lições para nosso crescimento espiritual. Aprendi a acreditar na força e no poder do AMOR AGAPE, e tenho perseverado no amor incondicional como Jesus nos ensinou.Alegro-me com os pontos bastante positivos do belo caráter de nossa menina.Ela é muito alegre, expansiva, sincera e explosiva, não faz discriminação de pessoas, conserva até hoje suas amizades de infância, demonstrando-lhes o mesmo carinho, interesse e dedicação. Ela tem prazer em lhes preparar surpresas carinhosas nas datas de seus aniversários, está sempre pronta a ajudá-los em tudo que for preciso e sabe ser uma amiga de verdade, solidária em todos os momentos decisivos. Nossa família tem evoluído muito. Sei que esta criança, este presente de Deus, foi o grande marco de mudança em nosso viver.”

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Ana e Joaquim

Esta é uma história que provavelmente poucas pessoas têm conhecimento, mas compreendê-la fortalece nossa fé e nos faz perceber a engenharia perfeita dos caminhos do Senhor. Ela foi ditada por Nossa Senhora no século 17, por meio de comunicações espirituais com Maria de Jesus, a quem nossa Mãe pediu que escrevesse Sua vida.

Foram 1.500 páginas escritas em 15 anos e traduzidas em quase todos os idiomas.

Maria de Jesus nasceu em 1602 na Vila de Ágreda, Espanha, por isso ficou conhecida como Maria de Ágreda. Conforme uma manifestação de Deus a sua mãe, toda sua família foi consagrada ao serviço do Senhor: Maria, sua irmã e mãe foram para a Ordem da Imaculada Conceição, fundada por Santa Beatriz, em Toledo, em 1489, onde o carisma principal destas religiosas descalças era a vida contemplativa. Receberam o véu no dia 2 de fevereiro de 1620, coincidentemente dia da Purificação. Seu pai e dois irmãos entraram para a Ordem de São Francisco. Maria de Ágreda escreveu a obra clássica Mística Cidade de Deus, dividida em três partes. Após dez anos de trabalho, por conselho de um confessor espiritual que afirmava que mulheres não deveriam escrever, queimou todos os originais. No entanto, os superiores que a acompanhavam, indignados com esse ato, pediram-lhe que retomasse os divinos desígnios de Deus e os escrevesse novamente. Nesta segunda etapa, a luz divina foi ainda mais intensa. É maravilhoso ler esse tratado de vida e analisar a força das mulheres! Tanto de Nossa Senhora, que conta sob Seu ponto de vista as passagens que vivenciou, quanto da escritora, que teve de quebrar muitos padrões da época para seguir os caminhos de Deus.

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1 – (Pedidos dessa belíssima obra: Academia Marial de Aparecida, Caixa Postal 67 – Torre da Basílica – 12.570 – Aparecida/SP).

Primeira página do manuscrito Mística Cidade de Deus,1 conservado no Mosteiro Concepcionista de Ágreda,

na Espanha.

Muito interessantes os relatos, as perguntas e os esclarecimentos entre as duas.

Mas... bem, voltemos à linda história.Joaquim morava com seus parentes em Nazaré, povoado

da Galiléia. Sempre foi um homem justo e santo. Conhecia profundamente as Escrituras e sabia muito sobre os profetas. Era um homem de muita oração, bastante ho-nesto, de valores firmes e coração puro. Ana era uma felicíssima moça

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que vivia em Belém, donzela castíssima, humilde, linda, cheia de virtudes e santa desde a infância. Sabia conduzir sua vida contemplativa de muita oração, mas também era muito ativa e laboriosa, estudava profundamente as Escrituras, portanto conhecia, por meio dos livros dos profetas, que Deus nos enviaria o Messias. Rezava incessantemente para que chegasse esse dia, e suas orações foram ouvidas pelo Senhor. Ana, essa forte e decidida mulher, rezava muito, em suas orações pediu a especial atenção do Senhor em lhe conceder, em matrimônio, esposo que a ajudasse na observância da divina lei. Ao mesmo tempo que Ana fazia seus pedidos ao Senhor, ordenou sua providência que Joaquim lhe dirigisse igual oração. (Cupidos?!! Puxa, eu não sabia que Ana e Joaquim haviam feito este pedido ao Senhor! Viu como as orações não voltam vazias? Se você ainda não encontrou seu par perfeito para ter seu filho, comece por aqui. Peça ao Senhor que encontre a esposa, o esposo ideal para, juntos, formarem uma sagrada família!)

Continuando...Unidas, as preces foram apresentadas ao tribunal da

Beatíssima Trindade, onde foram deferidas! Em seguida ficou determinado que Joaquim e Ana se casariam e seriam os pais da Mãe do mesmo Deus humanizado. O arcanjo Gabriel, promotor das Boas-Novas, foi incumbido de avisá-los.

Para Ana, Gabriel apareceu materializado quando ela se encontrava em oração pedindo a vinda do Salvador ao mundo. Quando Ana viu tamanha luz e formosura, ficou um pouco perturbada e com medo, mas sentia dentro de si uma paz inigualável. Prostrou-se diante do anjo com humildade, que logo a deteve e animou-a a se levantar. Gabriel já sabia dos planos de Deus: Ana seria a arca do verdadeiro maná, Maria Santíssima. O arcanjo conhecia essa revelação, os outros anjos que o acompanhavam ainda

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não sabiam desse grande mistério que também não seria revelado a Ana.

Gabriel disse-lhe: “O Altíssimo te abençoe e seja tua salvação. Sua Alteza ouviu teus pedidos, e quer que perseveres nelas e supliques a vinda do Salvador. É sua vontade que recebas Joaquim como esposo, homem de coração reto e agradável ao Senhor; em sua companhia ambos poderão continuar na observância da lei.

Continua tuas orações e súplicas e de tua parte não faças outra diligência, que o mesmo Senhor providenciará a realização de tudo.

Caminha pelas sendas retas da justiça, e tua atenção interior seja sempre para as tuas alturas. Pede continuamente a vinda do Messias, e alegra-te no Senhor, que é tua salvação.

Com isso, o anjo desapareceu, deixando-a maravilhada com aquela luz radiante... Imagine só o que aquela mulher sentiu! Quantas vezes a gente reza, fala e nem sempre tem certeza de que está sendo ouvida. Quando terminei de ler esse trecho, pensei: “Como será que Deus fará os dois se conhecerem se cada um é de uma cidade?”

A revelação de Joaquim

Joaquim não teve um encontro ao vivo e em cores com Gabriel. Para ele, o anjo apareceu em sonhos e lhe disse: “Joaquim, bendito sejas pela divina destra do Altíssimo, persevera em teus desejos e vive com retidão e passos perfeitos. É vontade do Senhor que recebas Ana por tua esposa, pessoa abençoada. Guarda-a e estima-a como presente do Altíssimo, e dá graças à sua Majestade, porque te confiou”.

Maria de Ágreda não descreveu o encontro de Ana e Joaquim, mas conta-nos que o casamento aconteceu

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prontamente. Nenhum deles mencionou o encontro com o Anjo e as revelações recebidas.

O casal passou a viver em Nazaré, e era muito feliz, cheio de paz e muita união, de nada eles discordavam e um completava o outro. Cada dia a doçura de Ana era mais evidente, crescia neles a vontade de ter um fruto de tamanho amor.

No entanto, passaram vinte anos sem ter filhos, coisa que, naquela época, era considerada grande infelicidade e desgraça. Por isso, sofreram muito desprezo dos vizinhos e conhecidos. Aqueles que não tinham filhos eram excluídos de participar na vinda do Messias esperado.

O Altíssimo, porém, querendo testá-los e dispô-los por meio dessa humilhação para a graça que lhes reservava, também lhes deu paciência e conformidade. (Só mesmo a graça e os dons de Deus para nos confortar...)

Juntos fizeram ardentes súplicas do fundo do coração, pedindo a especial atenção de lhes conceder um filho; prometeram ao Senhor que o fruto daquele amor seria consagrado a serviço de Deus.

Essa promessa foi a inspiração especial para o Espírito Santo. Veja o plano divino. Aquela que seria a morada do Verbo Encarnado foi consagrada a Deus, mesmo antes de ter sido gerada. Deus deseja compartilhar com a aceitação, a cumplicidade e a participação dos homens em Seu plano sagrado; essa passagem de Joaquim e Ana é mais uma demonstração.

O enamorado casal seguiu todo o tempo com suas orações. Joaquim foi ao templo de Jerusalém fazer suas orações e sacrifícios pela vinda do Messias e pelo fruto que desejava. Chegando lá, na presença do sumo sacerdote, Isacar repreendeu asperamente o ancião Joaquim por vir fazer oferendas, já que ele era infecundo.

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“Joaquim, por que vens fazer ofertas, sendo homem inútil? Afasta-te dos demais e não irrites a Deus com tuas oferendas e sacrifícios, que não são gratos aos Seus olhos.”

Joaquim, confuso e envergonhado, voltou-se para o Senhor e disse:

— Por vossa ordem e vontade vim ao templo, mas quem está em vosso lugar me despreza. Meus pecados são a causa dessa ignomínia. Aceito-a como vossa vontade, não desprezeis a obra de vossas mãos.

Joaquim foi embora, contristado, porém sereno e em paz. Refugiou-se em uma casa de campo que possuía e durante vários dias rezava. (Deixe-me fazer uma observação: já reparou que sempre, antes de um grande acontecimento, é preciso um período de retiro, de isolamento, para que se possa ouvir a voz do Senhor? Até mesmo Jesus, o Homem-Deus, ficou 40 dias e 40 noites no deserto. Será que nós temos observado esse princípio em nossas vidas? Vou transcrever a oração, a conversa de Joaquim, para que você também se inspire em sua Linha Direta com Deus.) Joaquim rezava para o Senhor assim:

“Altíssimo Deus eterno, de quem depende a existência e a salvação da linhagem humana, prostrado ante vossa real presença, suplico-vos: digne-se vossa infinita bondade a olhar a aflição de minha alma e a ouvir meus pedidos e os de sua serva, Ana. Aos vossos olhos, são conhecidos todos os nossos desejos (Sl 37:10) e, se eu não mereço ser ouvido, não desprezeis minha humilde esposa. Santo Deus de Abraão, Isaac, Jacó, nossos antigos pais, não afasteis vossa piedade em minhas oferendas como inútil, por não me dardes filhos.

“Lembrai-vos, Senhor, dos sacrifícios (Dt 9:27) e oblações de vossos servos e profetas, meus antigos pais, e tende presentes suas obras, gratas a vossos olhos. Já que

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me ordenais, Senhor meu, pedir-vos com confiança como o poderoso e rico em misericórdias, concedei-me o que por Vós desejo e peço. Pedindo, faço vossa santa vontade que deseja me conceder o que peço, e se minhas culpas impedem vossas misericórdias, afastai de mim o que vos desagrada.

“Poderoso sois, Senhor Deus de Israel, tudo quanto quereis podeis fazer, sem que nada vos impeça. Cheguem a vossos ouvidos minhas súplicas, porque, se sou pobre e pequeno, Vós sois o Rei dos reis, o Senhor dos senhores e Todo-Poderoso. A vossos filhos e servos enchestes, Senhor, de dons e bênçãos em suas gerações. A mim me ensinais a desejar esperar de vossa liberalidade o que fizestes a meus irmãos. Se for vosso beneplácito conceder meu pedido, oferecerei e consagrarei ao vosso serviço em vosso santo templo nossa descendência, fruto recebido de vossa mão. A vossa vontade entreguei minha mente e coração e sempre desejei afastar meus olhos da vaidade. Fazei de mim o que for de vosso agrado e alegrai, Senhor, nosso espírito com o cumprimento de nossa esperança. Olhai do vosso trono ao humilde pó, e levantai-o para que vos glorifique e adore, e em tudo cumpra-se vossa vontade, e não a minha.”

Enquanto São Joaquim permanecia em retiro, simul-taneamente os anjos inspiraram Ana a perseverar em suas orações pedindo-lhe os filhos tão desejados. Ambos reforçavam suas orações, cada um a seu modo, respeitando sua própria comunicação com o Senhor e pedindo que fosse cumprida a vontade de Deus, não somente a deles.

As fervorosas preces de Joaquim e Ana foram ouvidas. Deus enviou Seu mensageiro Gabriel para anunciar-lhes a grande bênção. Joaquim estava em oração quando viu a imagem linda do anjo, que lhe disse:

— Tua esposa, Ana, conceberá e dará à luz uma filha, que será bendita entre as mulheres e as nações a chamarão

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bem-aventurada. A caridade comove o coração do Todo-Poderoso e apressa Sua Misericórdias. Quer liberalmente enriquecer tua casa e família com a filha que Ana conceberá, e a quem o mesmo Senhor dá o nome de MARIA. Desde a infância Ela deverá ser consagrada ao templo como foi prometido. Essa filha, na vida e obras, será prodigiosa, grande escolhida, poderosa e cheia do Espírito Santo, e, pela esterilidade de Ana, milagrosamente concebida. Louva, Joaquim, ao Senhor por esse benefício, glorifica-o, pois como nenhuma outra nação o fez. Irás dar graças no templo de Jerusalém, e em prova de que te anuncio esta alegre e verdadeira notícia, encontrarás, na porta áurea tua irmã Ana, que, pelo mesmo motivo, irá ao templo.

Tudo isto foi revelado durante o sono que sobreveio a Joaquim numa longa oração. Do mesmo modo que depois foi revelado a São José, esposo de Maria, que a gravidez de sua esposa seria obra do Espírito Santo.

Despertou com o coração repleto de gratidão, exultante de alegria, e começou a louvar o Senhor. Ana, simultanea-mente, estava em oração e sentiu a mesma revelação. Mais formosos e refulgentes que o sol, Gabriel encontrou-a e disse:

— Boa é a oração e a confiança humilde. O Senhor ouviu tuas súplicas, porque está perto (Sl 144:18) dos que o chamam com viva fé e esperança, aguardando com resignação serem atendidos. Se adia o cumprimento dos seus clamores, e se tarda em conceder as petições dos justos, é para melhor prepará-los e obrigar-se a lhes dar muito mais do que pedem e desejam. A oração e a esmola abrem os tesouros do Rei onipotente (Tb 11: 8-9) e o inclinam a ser rico em misericórdias com os que O rogam. Tu e Joaquim pedistes descendência, e o Altíssimo determinou dar-vos admirável e santa, e por ela enriquecer-vos de dons celestiais, concedendo-vos muito mais do que pedistes.

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Porque vos humilhastes em pedir, o Senhor quer glorificar-se atendendo vossas súplicas. Deus gosta das pessoas que rezam humildes e confiantes, não limitando Seu poder infinito. Persevera em oração e pede sem cessar a salvação da linhagem humana para inclinar o Altíssimo. Moisés, com oração contínua, alcançou vitória de um povo inteiro (Êx 17:11). Ester, em oração e confiança, obteve libertação da morte (Et 4:11). Judite pela mesma oração foi destemida em ação tão difícil (Jd 9: 1-1) como a que executou para defender Israel, apesar de ser débil mulher. Davi (1Sm 17:41-51) saiu vitorioso contra Golias, porque orou invocando o nome do Senhor (II Rs 18:36). Elias obteve fogo do céu para seu sacrifício, e com a oração abria e fechava os céus. A humildade, a fé e as esmolas de Joaquim e as tuas chegam ao trono do Altíssimo, e Ele enviou-me seu Anjo para te dar alegres notícias. Terás uma filha cheia do Espírito Santo e nela se cumprirão as profecias de vossos antigos pais. Será a porta da vida e a salvação dos filhos de Adão. Joaquim recebeu a revelação de que terá uma filha ditosa e bendita, mas a ele não foi revelado que ela será a Mãe do Messias. Por isso deves guardar segredo. Irás ao templo dar graças ao Senhor que tamanha graça vos concedeu, e na porta Áurea encontrarás Joaquim, com quem conferirás essas mensagens.”

Os dois, cada um de seu lado, com o coração exultante, partiram em direção ao templo e lá se encontraram conforme a orientação do anjo.

Que momento deve ter sido este!!! Antes de continuar a ler, feche seus olhos e transporte-se para lá. Meu Deus do Céu! Que bênção, que glória, que milagre!!! Eles, que tanto esperaram pelo bendito fruto daquele amor, foram humilhados e excluídos, mas nunca se deixaram abater. Agora, estavam diante da maior manifestação divina.

Se você já está com seu filho dentro de você, agradeça, agradeça e agradeça: essa graça é divina!!! Se o seu bebê

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ainda não está dentro de seu útero, continue suas orações fervorosas. Creia, somente creia!

Mantenha seus olhos absolutamente fixos nos olhos de Jesus, no tamanho de Sua glória.

Esteja certo de que em breve você terá muito, muito o que agradecer. Minha barriga de quase nove meses me dá essa certeza!

É fascinante escrever mais este livro! Obrigada, Jesus, por tamanha prova de amor, apesar de todo o esforço e a falta de posição para me sentar diante do computador; passar a mão e sentir os calcanhares deste filho amado passeando dentro de mim me fortalece e me motiva a louvá-lo a todo instante, porque eu sei que esta gestação também é fruto de muita oração e pedidos. Obrigada, Senhor!

Quando os dois se casaram, Sant’Ana tinha 24 anos e Joaquim, 46. Depois do matrimônio, passaram 20 anos sem filhos; então, Ana encontrava-se com 44 e Joaquim, com 66. A feliz mãe Sant’Ana passava seu tempo de gráVIDA toda espiritualizada com divinos efeitos e suavidades espirituais. Milhares de anjos cuidavam daquela família tão especial.

Neste momento você também está vivendo um momento de graça... esteja em qual parte for da história. Entregue-se a esse divino deleite de permitir o roçar de asas e toque divino em seu viver. MARIA é a vitória de Deus sobre o mal.

“Então, o Senhor Deus disse à serpente: ‘Por teres feito isto, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre os animais ferozes dos campos. Rastejarás sobre o teu ventre, alimentar-te-ás de terra todos os dias da tua vida. Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça, ao tentares mordê-la no calcanhar.’ ” (Gênesis 3:14-15).

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Desde o início da humanidade, Maria recebeu de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça da serpente maligna. Deus disse à serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Ela te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.

Assim como o pecado entrou no mundo por meio da mulher, assim também a salvação haveria de chegar à humanidade pela mulher. E esta mulher, a nova Eva, a nova Virgem, desde toda a eternidade Deus escolheu que fosse MARIA.

Por isso, quando Jesus se dirige a sua mãe e a chama de “mulher”, em vez de chamá-la de mãe, em Caná e aos pés da cruz, é para nos indicar qual é a MULHER a que Deus se referiu em Gênesis. Essa MULHER é Sua Mãe, a Virgem MARIA. Momentos antes de morrer, na cruz, Jesus nos dá Sua Mãe para ser a nossa mãe e diz a ela:

– Mulher, eis aí teu filho.Deus usou Maria para ludibriar a sagacidade da serpente.

Cada uma de nós, mulheres, temos também esse incom-parável dom de Deus.

Aproxime-se! Peça orientação de como pode vivenciar integralmente a missão para a qual você foi incumbida. Gerar e criar um filho de Deus é uma imensa missão! Você pode conduzir essa tarefa, para cumprir seu divino papel, pois, se Deus quis precisar de Maria para Seu plano de salvação da humanidade, Ele também conta com você como uma guerreira da luz, mulher vestida de sol.

Maria, precedida pelo Anjo Gabriel, vem nos anunciar o nascimento da Divina Criança dentro de cada um de nós. Vem nos anunciar o nascimento da nossa consciência crística.

Ela vem nos propor a ascensão, a transformação da matéria

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da luz, para que cada um de nós encontre a si mesmo. Para que aprimoremos nosso relacionamento interno. Maria nos traz a paz, o final da dualidade, da inquietude, a integração da luz com a matéria. A luz é a fonte de toda a criação.

Fazemos parte de um processo de evolução, e isso está ocorrendo porque todos nós somos criadores. Escolhemos estar neste planeta, nesta época, para fazer parte de uma ascensão, para incorporar a luz do Espírito, a luz do equilíbrio da alma. O filho que você está gerando pertence a este Plano Divino.

Maria quer que estejamos afinados com o todo, pois cada movimento, por menor que seja, está conectado com o Universo. Uma frase poética feita por importante físico descreve a nossa interconexão: “Quando uma borboleta bate suas asas no Japão, ocorre uma tempestade em Nova York”.

É preciso muita atenção. Pense no poder de suas ações; saiba que cada ação será refletida em algum ponto. Tudo está interligado, conectado, o microcosmo está diretamente ligado ao macrocosmo. Tudo que você pensa, fala, age e atua. Principalmente este bebê que você traz no ventre, simbolizando o elo de ligação com o Sagrado, é fruto do amor, da união de duas pessoas que devem perseguir a excelência do ser.

Se uma pedra é atirada na lagoa, ela provocará ondas e tudo ao seu redor receberá suas vibrações e movimentações, desde as plantinhas da margem até o fundo de areia — tudo se moverá em função de um movimento e de uma ação. Assim, cada atitude e cada palavra têm força e vida próprias.

“Vigiai e Orai”.Por isso, cuide das palavras, não as jogue no ar impensa-

damente...As palavras poderão se perder ao vento e você poderia

esquecê-las; no entanto, elas darão a volta ao mundo e, quando você menos esperar, estarão batendo à sua porta...

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Tudo fica registrado no Universo como um imenso e potente gravador. As palavras-chave são integração, integridade, paz, amor.

Maria representa o vínculo do pai e do filho. Ela é a casa da manifestação. Está aqui para dar à luz a Criança Divina que reside em cada um de nós. É o exemplo da perfeita incorporação de Deus. Maria está aqui para mostrar o poder feminino. A feminilidade. A terra é o útero dela, que deu o nascimento a todos os filhos de Deus. E está sendo anunciado que o útero de Maria está fértil.

Dar à luz é incontestavelmente uma proeza heróica, pois é abrir mão da própria vida em benefício de outra. É uma longa jornada. A mulher tem de abandonar a segurança conhecida e convencional, e assumir o risco.

A mulher tem de se transformar de filha em mãe. É uma grande mudança, que envolve muitos riscos. E quando retorna da jornada, com a criança, ela traz alguma coisa ao mundo. Não apenas isso — ela arranjou trabalho para o resto da vida. Há um longo caminho a ser percorrido, com muitas provações.

Nós somos a imagem e a semelhança de Deus. Em cada coração habita um pouco de Maria e sua sabedoria divina. Ela tem doçura de mãe e fibra de guerreira. Está disposta a duelar com o mal e a transmutá-lo em Bem.

Generosa e magnânima, espalha luz por nossas mentes e seu supremo saber nos contagia com sua força exuberante.

Maria derrama sobre nós as bênçãos da compreensão, do amor incondicional, da bondade, da compaixão, da paz e da misericórdia infinitas. Maria vem nos anunciar que o que tanto buscamos fora é um tesouro maravilhoso escondido em nosso coração. Maria nos traz o resgate de valores. Orienta-nos a enfrentar as mudanças que suas mensagens anunciam. Como se converter, como se encontrar, como viver uma nova consciência.

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Maria está recrutando seu exército de Guerreiros da Luz, para que essa luta velada entre Mal e Bem seja vencida definitivamente, e possamos então viver unidos na santa paz de Deus, assim como era no princípio, agora e para todo o sempre.

Bendita és tu entre as mulheres!

Voltemos à história de Maria, então em plena adoles-cência...

Passam-se seis meses desde que Isabel, a mulher estéril de Zacarias, prima de Maria, recebera a visita do anjo (mas será o Gabriel?!) anunciando a ela que seria contemplada com um filho.

Deus envia Seu mensageiro, o arcanjo Gabriel, o transmissor de boas-novas a Nazaré, uma pequena aldeia da Galiléia. Gabriel, o anjo da esperança e promotor de mudanças, vai ao encontro da deslumbrante menina Maria, de aproximadamente 16 anos.

Apesar de toda a vocação religiosa, Maria deixou o templo, pois era chegada a hora de constituir sua própria família e se casar. Entre tantos candidatos que gostariam de desposar tão formosa moça, o eleito foi o carpinteiro José, descendente do rei Davi.

Tudo acordado entre as famílias, José e Maria viviam os esponsais, uma espécie de noivado, tempo em que ambos se preparam para o matrimônio. Normalmente, esse tempo chegava a quase um ano, e foi nesse ínterim que Gabriel visitou-a, e ao chegar foi logo dizendo:

— Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. O Senhor está contigo! Ele te encheu de graça.

Imagine a dimensão da luz que envolveu aquele momento sublime. Maria provavelmente deve ter ficado muito impres-sionada com a força das palavras do anjo.

Maria conhecia bem as Sagradas Escrituras que falam

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acerca do Messias. No entanto, ela talvez nunca tenha pensado que fizesse parte tão atuante dos planos divinos e fosse escolhida para ser a Mãe de Jesus.

Coloque-se no lugar dela. Imagine a surpresa de receber a visita de um anjo dizendo que é a escolhida para ser a mãe de Jesus! Quanta emoção viveu aquela moça com seus poucos 16 anos...

Será que Ela estava preparada? Será que pôde dizer que precisava pensar um pouquinho, e que o anjo voltasse depois para que Ela lhe desse a resposta?

— O que significa essa saudação? — Maria fechou os olhos e observou o anjo. Os anjos são melhor vistos se fecharmos os olhos, pois eles, sobretudo, estão dentro do coração. Gabriel fala docemente:

— Não te perturbes, Maria! Foste escolhida por Deus. Terás um filho e lhe darás o nome de Jesus. Ele será grande. O Deus que habita nos céus altíssimos o chamará Seu filho. O Senhor fará dele um rei, o colocará sobre o trono de Davi, Seu pai, e Ele reinará para sempre sobre o povo de Israel. Seu reino nunca terá fim.

Maria, emocionada, lhe perguntou:— Como isso vai acontecer? Como será isto, pois não

tenho relação com nenhum homem? O anjo respondeu:— Descerá sobre ti o Espírito Santo e o Poder do

Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o Ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua prima, que diziam estéril, espera um filho na velhice. Todos pensavam que ela não poderia mais gerar filhos, e no entanto já está no sexto mês. Nada é impossível para o Todo-Poderoso.

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“E eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês daquela que diziam estéril, porque para Deus nada é impossível” (Lc 1:36).

Maria não tinha muito tempo para refletir, precisava decidir logo. Não tinha oportunidade de dormir uma noite, e na manhã seguinte ponderar novamente. O anjo estava diante dela e aguardava a resposta — uma resposta bastante decisiva para a salvação do mundo. E Maria não hesitou nenhum instante; não se envolveu em falsa humildade, dizendo: “Não sou capaz para isso!”

Quantas vezes a gente cai nessa! O anjo vem nos anunciar, com destino certo e preces, e a gente diz que é muito para nós...

Maria não discutiu com o anjo, como Moisés diante do Senhor quando lhe ordenara que se apresentasse diante do Faraó e realizasse coisas extraordinárias, para que Ele deixasse partir o povo de Israel. E, por fim, Moisés disse: “Minha língua é pesada; Aarão deve falar em meu lugar”.

Maria de Nazaré agiu muito diferente...Com confiança, olhou profundamente para os olhos do

anjo e disse com toda a sua verdade: — Eis-me aqui! Aqui está a serva do Senhor. Faça-se

em mim segundo a tua palavra.Naqueles dias, Maria tomou a estrada e foi apres-

sadamente até a região montanhosa encontrar sua prima, Isabel, numa cidade de Judá.

Entrando na casa de Zacarias, Maria saudou Isabel. Ouvindo a saudação de Maria, a criança de Isabel lhe estremeceu no ventre. O Espírito Santo desceu sobre ela e seu tão desejado filho João Batista.

Emocionada, Isabel pronunciou as palavras que até hoje repetimos cheios de fé e amor no coração:

— Ave, Maria, Cheia de Graça, Bendita és tu entre as

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mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?

Maria ficou na casa de Isabel e Zacarias por três meses.

Com certeza, esse período foi muito importante para as duas, que geravam seus filhos de amor.

Uma, com 70 anos e toda sua bagagem de vida, sua sabedoria, e a outra com 16, no auge da juventude, cheia de esperança e entusiasmo. Irmanadas na mesma circunstância, viviam experiências de vida diferentes, e com toda a certeza aqueles três meses foram de intensas trocas e aprendizados.

Todas as mulheres mudam muito e passam a compreender e ver a vida de outra maneira, depois da extraor-dinária experiência da maternidade; com Isabel e Maria certamente não foi diferente.

No entanto, ambas esperavam filhos muito, muito especiais. Chegou a hora de Isabel e ela deu à luz um menino. Os parentes e os vizinhos se admiraram. E disseram:

— O Senhor usou de misericórdia com você. Ele lhe deu um filho na velhice. Como ele se chamará?

Isabel estreitou a criança no colo e respondeu:— Ele se chamará João.— Mas não há ninguém na sua família com esse nome!

Vejamos o que pensa Zacarias.Os vizinhos correram até o pai do menino, que há nove

meses estava mudo e surdo. Quando o anjo do Senhor o visitara no templo anunciando o grande feito, Zacarias titubeara. Dessa forma foi determinado que, durante a gravidez, ele não falasse ou ouvisse.

Com gestos, os parentes e vizinhos perguntaram-lhe o nome que pretendia dar à criança. Zacarias pegou uma prancheta de cera e escreveu as palavras: “Seu nome é João”.

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Nesse instante, desatou-se a sua língua e ele começou a falar e a ouvir. Louvou a Deus dizendo:

— Bendito seja o Senhor Deus! O anjo que me apareceu à direita do altar do incenso me revelou que esse devia ser o nome do meu filho.

Depois Zacarias começou a profetizar:— O Deus de Israel veio ao encontro do Seu povo. Para

nós fez surgir um Salvador poderoso, conforme prometera há muito tempo pela boca dos Seus profetas.

A maravilhosa Sabedoria dos divinos desígnios

No dia seguinte à Anunciação, quando José foi visitar Maria, não notou o milagre ali ocorrido, apesar de seus olhos estarem ainda mais iluminados e sua aura mais cintilante. Maria nada lhe disse, não mencionou nenhuma palavra que o pudesse levar a adivinhar o segredo divino. Disse a José que queria visitar sua prima Isabel, pois soubera de sua gravidez inesperada e tardia, e queria ajudá-la. Embora José tenha se surpreendido com sua súbita vontade de viajar imediatamente, e seu coração tenha ficado entristecido pela separação, não fez nenhuma objeção à longa viagem, nem lhe pediu maiores explicações.

Alguns autores pensam que ele a acompanhou no caminho. Isabel vivia provavelmente em Hebron ou Karen (hoje Aîn-Karin), na Judéia, a uns cinco ou seis dias de viagem de Nazaré. Segundo Michel Gasnier, em seu livro José, o Silencioso (Ed. Quadrante), parece pouco provável que José tivesse deixado Maria partir sozinha, exposta aos riscos de uma viagem de mais de 100 km por uma região perigosa, cheia de saqueadores. De toda maneira,

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José deve ter cuidado de sua segurança, confiado a alguns parentes ou a uma caravana de peregrinos que se dirigia a Jerusalém para a Páscoa.

Não há dúvida de que José não assistiu ao encontro entre as duas primas nem ouviu o Magnificat de Maria, pois nesse caso tomaria conhecimento do milagre que estavam vivendo e pouparia os sofrimentos que viriam. Maria saiu confiante estrada afora, cheia do Espírito Santo, radiante e extremamente feliz. Queria compartilhar com Isabel o milagre que estava vivendo. Um impulso sobrenatural dava-lhe ânimo e apressava-lhes os passos.

Já reparou que quando estamos exultantes e felizes parece que flutuamos, ficamos fortes e imbatíveis? Imagine Maria, esperando Jesus!

Há quem diga que ela estava tão inspirada que ao longo desse caminho foi compondo os versículos do Magnificat.

Maria, diz o Evangelho, “Ficou com Isabel cerca de três meses, e depois voltou para casa” (Lc 1:56). Estava inebriada pelas emoções fortes: os primeiros meses de gestação são momentos em que a mulher se prepara para o novo, seu metabolismo muda, novas enzimas, hormônios e humores.

Uma nova vida se descortina para toda mulher que espera. José esperou sua volta cheio de saudade, os dias custavam a passar, mas uma esperança radiosa faria com que ele suportasse a falta de sua noiva. Ao voltar para Nazaré, o entusiasmo de José pelo reencontro foi tão grande que ele sequer notou os sinais da maternidade de Maria. Logo as felicitações de amigos e habitantes da cidade começaram, e sua angústia também. Não tinha como negar, Maria trazia no ventre uma criança!

Santo Agostinho admite a hipótese de que José poderia ter questionado a conduta de Maria. Teria José suspeitado da virtude de Maria?

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São Jerônimo defende: “José, conhecendo a virtude de Maria, envolveu em silêncio aquilo cujo mistério ignorava. Penso que os seres humanos são passíveis de erros, de desconfiança, de incredulidade, não condeno a hipótese de que ele tenha duvidado. Todas as evidências poderiam levá-lo a isso: como sua amada voltara depois de três meses sozinha e gráVIDA?”

Por que Ela não dividiu com ele seu segredo? O que teria realmente acontecido?

Esse é um bom exemplo de confiar plenamente, com convicção. Acreditar nos divinos desígnios, ainda que tudo leve a pensar o contrário, se você for fiel, tiver realmente entregue sua vida ao Pai, poderá encontrar a verdade.

Mesmo que você seja vítima da maior armação, não vacile na sua fé. Entregue sua vida ao Pai e aguarde confiante a resposta!

Mas por que Maria não lhe dizia nada? Por que guardava silêncio? Não tinha ele o direito de saber a verdade? Maria teria podido tranqüilizá-lo com uma só palavra, substituir por uma infinita alegria aquele mar de angústia.

“Tempo, tempo, tempo, tempo”, como canta Caetano Veloso.

Era preciso um tempo, Maria sabia no seu coração que aquela revelação também deveria ser feita a José, por Deus Ela guardava a certeza de que o Senhor falaria no tempo oportuno e, enquanto esperava, abandonou-se à Sabedoria divina.

Mas esse abandono não deixou de fazê-la sofrer. Se guardou silêncio, é por fé heróica. Maria viu a profundidade da dor do seu noivo, e viveu assim o primeiro mistério doloroso. Na fronte enrugada do seu esposo, nos traços aflitos e casmurros, descobriu um profundo e indescritível desespero.

Nunca Deus impôs a uma alma profundamente santa,

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amada por Ele com tanto amor, uma situação tão pungente. Tamanha provação. Durante dias e noites, o carpinteiro lutou com o enigma e deu voltas e mais voltas ao problema que lhe parecia insolúvel. Primeiro, pensou em interrogar Maria. Por diversas vezes tentou falar-lhe, mas não conseguia soltar as palavras da sua garganta. José sentiu desesperadamente que era preciso respeitar sua amada, dizia a si mesmo: “Seu silêncio esconde um mistério cujo véu não me julgo autorizado a levantar”.

Meu Deus, que dilema! Que tortura!Transporte essa situação para os dias atuais, quando

queremos tudo já, agora, instantaneamente, neste momento. É muito bom refletir a sabedoria e a postura de José, por mais que todos os indícios fossem contrários, com todo seu sofrimento ainda assim ele se mantinha inabalável, corajosa-mente cheio de fibra, com respeito à privacidade.

Ainda que sua hombridade e vaidade estivessem em jogo, nem assim José perdeu a cabeça. Pense no moldes dos casamentos de hoje em dia, em que os cônjuges sentem-se “donos/proprietários” um do outro e não há o respeito de opinião, de privacidade, de limites.

José, desesperado, não quis levar sua esposa aos juízes; a única saída seria conformar-se e difamar-se a si mesmo, sendo conivente com uma situação da qual não tinha o menor conhecimento. A saída que encontrou para salvaguardar ao mesmo tempo a honra devida a Maria e a obediência devida à Lei foi separar-se de Maria, não por despeito, mas por respeito. Respeito pelo mistério que não lhe foi desvendado. José pensava em deixar a sua mulher, depois em devolver-lhe o anel e em retomar o dote que lhe havia entregue, e iria embora secretamente. Seria provável que o acusassem de traição e deslealdade, mas antes isso do que ser ele o acusador.

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Essa é uma decisão extremamente difícil, ele relutou mas a situação não pôde durar mais tempo. Preparou a trouxa com as coisas que levaria ao amanhecer e foi deitar-se perguntando ao Senhor:

— Senhor, por que me abandonaste? Por que permites que eu sofra assim?

— José, és um dos filhos prediletos do Senhor e tens de ser provado pela tentação. No pensamento do Altíssimo, estás destinado a ser um dia o advogado das causas desesperadas, aquele para quem as almas cheias de dor se hão de voltar nas horas tenebrosas e esmagadoras, e por isso é preciso que tenhas experiência do sofrimento, que tenhas sido preparado para essa missão.

José foi o eleito para ser o pai na terra do Divino Jesus. É necessário que ele seja marcado pela Cruz, sinal supremo da sua Redenção. E o que era mais valioso na vida daquele homem, senão o amor que dedicava a sua Amada. Àquela que, depois de Deus, era o próprio coração de seus pensamentos.

Tenha certeza de que as provações nos são enviadas relacionadas às coisas que nos são mais preciosas. Se o seu ponto fraco for o medo pela traição, tenha certeza de que em sua vida terá de viver um duelo que envolva esse tema. Essa será sua provação, essa será sua cruz.

Por ocupares um lugar privilegiado no drama da salvação, deves participar dele pelo sofrimento. Não estarás presente, ao lado da tua esposa, no dia em que a Cruz se erguer sobre o Gólgota, e precisamente por isso é necessário que conheças e vivas por antecipação o mistério de Getsêmani e da Sexta-feira Santa. Portanto, tranqüiliza-te, José. Um anjo está a ponto de aparecer-te para afastar a espada, e Deus contentar-se-á com a aceitação do teu holocausto, sem exigir-te que o cumpras...

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Anunciação do Anjo a JoséOs anjos chegam a nós em momentos de extrema

alegria ou quando não temos mais forças para prosseguir. Os anjos nos levantam em suas asas para que possamos ver a mesma situação sob outro prisma.

José encontrava-se absolutamente desolado, exausto e sem forças. Sendo justo, resolvera repudiar Maria secreta-mente. Para esperar o alvorecer do dia em que partiria, recostou-se sobre a esteira, e Deus permitiu que ele caísse no sono. Eis que durante seu sonho o Arcanjo Gabriel veio até ele e lhe disse:

— José, filho de Davi, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, pois o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. Dará à luz um filho ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt 1:19-21).

A visão teve lugar durante o sono, mas tudo indica que se tratou de uma visão profética, que não permitia alimentar ilusões ou dúvidas, e que trazia em si mesma a certeza de uma autêntica mensagem de Deus.

José teve consciência de que não estivera apenas sonhando: aquilo que acabara de ouvir fora Deus quem lhe dissera pela boca de Gabriel. E, então, o choque da felicidade invadiu todo o seu ser e acordou-o imediatamente. Estava tomado de uma alegria transbordante, de uma alegria tão esmagadora como as angústias que vivera. As sombras desfizeram-se, a tempestade dissipou-se; os ferros que apertavam o seu coração como um torno jaziam quebrados no chão. José estava livre dos medos e apreensões.

José rejubilou-se e exultou de felicidade pela confirmação de que estava certo confiando em sua Amada, sua felicidade

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irradiava por todos os seus poros. Deus recompensou toda a sua dignidade, respeito e justiça.

José percebeu diante de seus olhos o papel que lhe foi destinado: Ser o guardião da Sagrada Família, o esposo da Mãe de Deus, o pai de Jesus. José se perguntou: “Como é que eu, um simples artesão da aldeia, pude ser chamado a desempenhar semelhante papel?” José tem consciência de que é apenas um grão de areia no imenso oceano do Senhor. Mas disse a si mesmo: “Deus assim o quer e, portanto, deve fazer calar os meus receios e as minhas hesitações, entregando-os aos divinos desígnios”.

Quando Deus fala, Ele sabe perfeitamente o que diz, porque conhece a todos nós, profundamente.

José, ao despertar do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor (Mt 1:24). Correu para casa de Maria, com o coração aos sobressaltos. Imediatamente Maria percebeu em seu semblante desanuviado e no seu sorriso radioso que Deus lhe revelara o mistério.

José apressou-se em contar sua visão do Anjo Gabriel. Ao terminar de contar sua história emocionante, José

e Maria estavam mais unidos do que nunca. Unidos pela bênção eterna do amor que os uniu. Felizes e exultantes, pois ambos haviam confiado plenamente nas atitudes de cada um; por mais sofrimento que tivessem vivido, resistiram às tentações e provações.

“Quando acabou a narrativa a Maria, José pousou os seus olhos cheios de ternura e respeito sobre a esposa, que agora, em virtude do mistério nEla operado, lhe parecia ainda mais bela, mais pura e mais divina, e saudou-a como a flor de Jesus profetizada que trazia em germe a esperança dos séculos.” (cf. Is 11:1).

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E, pela primeira vez na História, repetindo as palavras que Maria ouvira nos dias da Anunciação e da Visitação, e que acabava de lhe referir, José entoou o louvor que os lábios humanos haveriam de pronunciar incessantemente até o fim dos tempos:

Ave, Maria, cheia de graça, O Senhor é convosco;

Bendita és tu entre as mulheres E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.

Maria, amorosamente, lhe respondeu entoando mais uma

vez os versículos do Magnificat, o Cântico de LibertaçãoO Magnificat é o espelho da alma de Maria... é o prelúdio

do Sermão da Montanha... De Maria, do seu Magnificat, surge o compromisso autêntico com os demais homens.

Deus se revela a nós e nos comunica a vida. Maria é a primeira a participar da nova revelação de Deus e, por intermédio dela, da nova autodoação de Deus. Por isso, ela proclama: “Ele fez grandes obras em mim; seu nome é santo...

Maria sabe que nela se realiza a promessa” O Magnificat é a releitura meditada do diálogo da

anunciação, no qual Deus se revela a nós e nos comunica a vida. O Magnificat assemelha-se a um salmo de louvor e gratidão. Por algum tempo questionou-se a autoria do Magnificat: se ele teria sido dito por Maria ou Isabel. Poucos ainda o vêem como poema inspirado, saído dos lábios de Maria, outros afirmam ser uma antiga oração judia, do tempo dos macabeus.

Lucas, que compôs seu Evangelho depois do ano 70, provavelmente introduziu o Magnificat numa segunda e definitiva redação dos Evangelhos da Infância. A intenção

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de Lucas, nos Evangelhos da Infância, não era tanto narrar os acontecimentos “como se deram”, mas afirmar todo o tempo: Cristo é o Senhor. O evangelista Lucas nos mostra no Magnificat que tipo de relação Maria mantinha com o Deus que a chama. Esse Deus próximo e transcendente não surge como Deus Pai, mas como um Deus de graça, querendo instaurar o Reino para trazer-lhes liberdade e alegria. Maria não estabelece com Ele uma relação filial ou esponsal, mas uma relação de profunda dependência e obediência, como expressam os termos “senhor-serva”, “grandeza-pequenez”, “poderoso-impotência”.

O Deus de Maria é, sobretudo, o libertador, o salvador, o Deus do Reino. Maria deseja profundamente participar desse acontecimento.

Maria empresta sua voz a todos aqueles que esperam o Redentor, e diz “sim” à promessa do Senhor. Lendo o Evangelho de Lucas percebemos a promessa feita a Zacarias, esposo de Isabel, a quem Gabriel anunciou a vinda de seu filho, João. Zacarias questiona a anunciação de Gabriel. Maria acolheu sem reservas o seu chamado, sua autodoação, e ficou plenamente vivificada por Deus até converter-se numa Nova Eva, proclamando a Nova Era, sendo a mãe dos vivos. Quando Isabel saudou a jovem gráVIDA que chegava de Nazaré, Maria respondeu com o Magnificat.

Aquilo que no momento da anunciação permanecia oculto na profundidade da obediência da fé, agora se manifesta como uma chama do espírito, clara e vivicante. As palavras usadas por Maria, ainda na porta da casa de Isabel, constituem uma inspirada profissão de sua fé... Nessas palavras vislumbra-se a experiência pessoal de Maria, o êxtase de seu coração” (Lc 1: 46-56).

Maria, na anunciação, recebe a nova e definitiva revelação de Deus.

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Maria, do fundo de seu ser, sua “alma” aberta para Deus, proclama que o Senhor é grande, imenso e majestoso, insondável. “Quem viu Maria, a transcendência do Senhor, só pode sair de si mesma a exclamar: Magnificat!”

Inspire-se na Mãe de Deus: escreva com suas palavras o Magnificat da sua gravidez! Qual é sua profissão de fé diante desse milagre que está vivendo? O que essa criança dentro do seu ventre está trazendo para a vida de vocês e sua família? Encontre a harmonia perfeita para ouvir sua melodia e juntos cantarem a liberdade.

Liberdade

A simples palavra liberdade faz soar um acorde na nossa mente, porque a liberdade representa uma poderosa preferência dos seres humanos. Bem no fundo de nossas almas, cada um de nós anseia por ser livre na mente, no corpo e no espírito. É importante encontrarmos nosso lugar de liberdade. Maria é justamente um sinal de liberdade!

Quando o anjo Gabriel a procurou, ela teve seu momento de escolha e livre-arbítrio. (Quantos anjos Gabriel devem ter vindo soprar nosso ouvidos com missões, e quantas vezes nós deixamos passar em branco esses movimentos...?)

O que é liberdade?Uma visão geral define liberdade como independência

em relação a tudo o que for externo, e como um movimento de auto-realização do próprio ser; no fundo, livre é a pessoa capaz de se criar a si mesma, em uma espécie de movimento imanente, sem dependências. O ser humano é livre à medida que, acolhendo a Palavra de Deus (seu mesmo ser), pode atualizá-la e desenvolvê-la como próprio, como uma opção que vai se explicitando com os anos. Os anjos são imunes

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a muitos dos problemas que tolhem nossa liberdade de espírito. Eles podem ajudar a enxergar além dos limites materiais e descobriremos enfim que as convicções humanas que bloqueiam a liberdade são ilusões, uma vez que sempre fomos livres. Você é livre agora.

O vento é o meu sinal. Eu virei no vento. Quando ele sopra,saibam que Eu estou com vocês. Eu estou, então, com vocês.

Estou com vocês no vento. Não fiquem com medo. Palavras de Nossa Senhora em Mejugorje.

Obrigada, Maria, por todo o legado instaurado por você, que hoje podemos reavaliar, questionar e, sobretudo, valorizar. Obrigada, por nos demonstrar em sua trajetória a magnitude e toda sua profunda liberdade e força, tornando-se a mulher que brilha como rainha muito amada, em nível de beleza e coração, de transparência e ternura. Maria não deve ser vista simplesmente como uma serva submissa, seja no plano religioso, sexual, seja no político.

Este enfoque é o oposto do caminho da transfor-mação e deve ser superado. Maria não deseja favorecer somente os fracos e oprimidos, nem atuar na luta de classes, justamente porque acredita no potencial de cada ser único.

Ela nos oferece o testemunho de reconciliação, que é o sinal da graça de Deus, por meio de Jesus, seu filho, que é o Cristo. Observar as palavras de Deus, pelos passos de Maria, nos proporciona uma inversão significativa de conceitos: passamos assim do serviço à liberdade; da submissão à autonomia; da luta violenta à fraternidade.

Maria é justamente um sinal de liberdade! Quando o anjo Gabriel a procurou, ela teve seu

momento de escolha e livre-arbítrio. Maria escutou a palavra

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de Deus, compreendeu e disse: “Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1:38).

Este é o testemunho mais preciso e mais profundo de realização da liberdade que encontramos em todas as Escrituras.

Deus atua no homem como Espírito, não como poder ou destino biológico que determina a concepção e a gravidez da mulher. Como Espírito, vida superior, Deus influi e atua por meio de Maria.

“Ali onde está o Espírito do Senhor, está a liberdade” (2 Co 3:17).

Deus age libertando o homem, capacitando-o para a realização plena, sem imposições. Maria se considera serva do Senhor, porque internalizou a palavra, porque se descobriu fundamentada e potencializada pelo Deus, que a respeita de forma plena.

Somente por isso, Ela se entrega em gesto de amor incondicional, em atitude de aliança. Porque sabe que Deus enriqueceu gratuitamente sua vida, Ela pode responder em estado de graça, oferecendo-lhe a vida.

Esta é a liberdade que estamos celebrando: nem Deus é o Senhor que se impõe pela força, nem Maria é a escrava que não tem remédio senão entregar-se. Esta, a verdadeira comunhão, a liberdade verdadeira: Maria escolheu.

Com transparência e verdade no coração, em que a vontade de Deus se faz a vontade de Maria, e o amor de Maria à presença plena de amor de Deus, encarna-se então o Filho, Jesus Cristo. Maria põe-se totalmente nas mãos de Deus porque descobre Deus, perfeitamente livre; assim realiza sua obra mais perfeita: é criadora de si mesma. A criação converteu-se assim em cruzamento de olhares: Deus colocou seus olhos em Maria, pondo nela sua força e ternura. Maria descobre-se, assim, olhada, transformada, enriquecida, valorizada e libertada pela graça

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de olhos que não julgam nem esquadrinham, nem condenam. Maria conserva o olhar e, conservando-o em gesto de amor e transparência, responde perante o mistério de Deus, dizendo em plena liberdade: “Eis a serva do Senhor”.

Esses olhos de Deus são o mistério do amor que cria.E Maria respondeu, sustentando o olhar: “Aquele que é

poderoso fez em mim grandes coisas” (Lc 1:49). Maria confessa ao dizer isso que: Deus me faz ser, e eu

sou pela ação de seu olhar; Deus me desperta a vida, e eu posso despertar, reconhecer-me e responder-lhe. Deus faz as coisas com o olhar de seu imenso amor. Essa formosura não é algo acrescentado, um adorno que se põe e se tira; a formosura é o próprio ser da realidade, é a graça que define Maria. Maria surge totalmente de Deus para ser ela mesma de forma plena; Deus a deixa em mãos de sua própria liberdade, deixa que ela assuma a si mesma, se reconheça como livre e responda, colaborando na própria tarefa do surgimento de seu filho no mundo. Maria é exatamente imagem e semelhança de Deus, assim como todos nós o somos também.

Deus a tem como uma colaboradora, com quem dialoga para a realização de seu mistério no mundo. Assim sendo, podemos pensar que Deus, o Todo-Poderoso, que não necessita de nada, quis precisar de Maria, para realizar humanamente (divinamente) a encarnação de seu Filho. Deus aguardou a resposta de Maria, e respeitou sua escolha, seu tempo e entrega.

Não existe liberdade humana se não houver liberdade diante de Deus. A experiência de Deus, tal como se expressa no relato acerca de Maria, é a experiência da liberdade suprema. Liberdade Suprema.

Maria é livre porque pode assumir como próprio o plano

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de Deus. Este basicamente o grande testemunho e exemplo de Maria para nós, nos dias de hoje.

Liberdade!!! Verdade em nossos corações.O que os anjos, Maria e todos os Santos, querem de

nós é que nos interiorizemos e encontremos Deus dentro de nós mesmos.

Estar gráVIDA, estar planejando um filho, é um momento ideal para se entregar! Essa comunhão só irá ocorrer no dia em que realmente nos conscientizarmos do nosso Deus interno. Ele não está em templos distantes, em religiões organizadas, em rituais. Ele está muito próximo e amigo, dando plena oportunidade de encontrá-lo, e cada um tem sua maneira... Nesse instante, Maria se manifesta em todos os continentes, de várias maneiras, sob vários nomes diferentes, e suas palavras espalham esperança, fé e conscientização. E, sobretudo, responsabilidade.

Passe a mão na sua barriga, sinta toda a força da criação concentrada, emane profundo amor e gratidão, pois vocês são bem-aventurados em poder sentir o toque de Deus. Cada um de nós é responsável em conectar-se com Deus da sua maneira. Volto a repetir: todos os Anjos, Maria e os Santos podem interceder, auxiliar, confortar, facilitar esse encontro sagrado. Mas o encontro com Deus é único e particular, e nós temos a liberdade de escolher como fazê-lo.

O Amor de José e Maria Segundo o Evangelho de São Mateus, logo depois da

Anunciação do anjo Gabriel, José recebeu abertamente Maria em sua casa e refletiu com Ela sobre todas as maravilhas que ambos estavam vivendo. Maria e José passaram por muitas provações, o que os uniu plenamente, num amor eterno selado pelas bênçãos divinas de Deus.

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Segundo historiadores, Maria certamente usou as vestes tradicionais em seu matrimônio: uma túnica ampla de cores variadas sobre a qual caía um grande manto, que a cobria da cabeça aos pés; debaixo do véu, sobre o cabelo cuidadosa-mente penteado, uma coroa de placas douradas.

Os convidados, vestidos de branco e com um anel de ouro no dedo, escoltavam a liteira; um grupo de donzelas precedia a noiva, cada uma segurando uma lamparina acesa, enquanto outras balançavam ramos de murta sobre sua cabeça.

Os habitantes de Nazaré, alertados pelo som das flautas e dos tambores, acotovelavam-se curiosamente nos terraços e nos dois lados da rua, a fim de verem passar o cortejo e aplaudirem a desposada. Ainda não suspeitavam que era a eleita de Deus, que no seu seio estava se formando o Messias.

José esperava Maria à porta da casa, também vestido de branco e coroado de brocado de ouro. Depois de terem sido conduzidos um à presença do outro e de terem trocado o anel, ambos se sentaram debaixo de um dossel voltado para Jerusalém. Maria tomou a direita de José, voltaram a ouvir o contrato que se tinha estabelecido por ocasião dos esponsais. Depois beberam do mesmo copo, que a seguir foi despedaçado diante deles, gesto que significava que deviam estar dispostos a partilhar tanto as alegrias como as tristezas.

A partir desse momento, José e Maria pertenciam um ao outro. Estavam unidos diante de Deus e diante dos homens. José sentia-se maravilhado por ser o escolhido por Deus. Seu amor por Maria crescia mais e mais. Nunca a terra viu um par de almas, chamadas a viver em comum, unidas num amor tão autêntico. Amam-se em Deus, certamente, sob inspiração do Espírito Santo. Sua relação é límpida e cristalina, cheia de respeito, consideração, admiração, profundo amor e companheirismo.

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Que bom seria se todos nós pudéssemos viver um amor eterno nessa intensidade e certeza. Evidentemente, José e Maria eram tão humanos quanto nós, mas o que é impossível para os homens é possível para Deus; assim, sempre receberam as graças necessárias para prosseguirem.

Diz São Paulo, na Epístola aos Romanos: (8:35-39) “Porque eu estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem a virtude, nem as coisas presentes, nem as futuras, nem a força, nem a altura, nem a profundidade, nem nenhuma outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor”.

Um clamor como este que vibra nos corações de Maria e José torna o amor incorruptível. Os dias que antecederam a vinda de Cristo provavelmente se resumiram à vida de um casal da época: José trabalhava como carpinteiro, Maria cozia, bordava e cuidava da casa e seus afazeres.

A espera da chegada de um filho sempre emociona, e José e Maria certamente devem ter tido passagens de incomparável ternura, afeto e amor, sabendo que esperavam um filho tão especial.

Certa manhã, um arauto imperial percorreu as ruas da aldeia, fazendo soar a trombeta e anunciando que o imperador Augusto acabava de decretar um novo recenseamento do seus súditos.

De acordo com o costume, uma vez que toda a orga-nização de Israel estava baseada na divisão dos cidadãos em tribos, raça e famílias, isso significava que todos deveriam inscrever-se, não na terra do seu nascimento ou de seu domicílio, mas no lugar de origem da família, onde conservavam os registros civis dos seus antepassados.

Então, José e Maria tiveram de ir a Belém, terra de seu antepassado Davi. De Nazaré a Belém, são cerca de 120 km,

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o que significa quatro a cinco dias de viagem no jumento, meio de transporte da época.

Assim que entraram na movimentada cidade, apresen-taram-se aos escribas rodeados por soldados de capas vermelhas e logo mostraram seus pergaminhos com toda a sua genealogia: “José, carpinteiro, da família de Davi, sua esposa Míriam, da mesma família...”

As pessoas que os ouviam e os viam levantavam seus olhos curiosos: como que os herdeiros de uma linhagem tão nobre podiam ter uma aparência tão humilde?

Depois de prestarem o juramento de fidelidade e pagarem o tributo, puseram-se à procura de um alojamento, o que era praticamente impossível, pois a cidade estava lotada de estrangeiros que tinham ido para o recenseamento. Passaram por diversas hospedarias e nada conseguiram; José, com o coração angustiado, sabia que Maria estava cansada e sua hora logo chegaria.

No entanto, não tiveram queixas nem palavras amargas; ao contrário, sentiram-se incomodados por terem de ser inoportunos. Por fim, alguém lhes indicou um abrigo provisório para passarem a noite: uma espécie de gruta aberta na rocha, semelhante a inumeráveis outras existentes nas montanhas calcárias da Judéia, que servia de estábulo para os animais e ocasionalmente de abrigo para os mendigos.

José sentia-se responsável por aquela situação, mas Maria o consolou e o confortou, dizendo-lhe que o mistério dessa humilhação correspondia a um desígnio do Senhor; era necessário que Deus, vindo livrar os homens dos seus pecados, começasse por lhes dar exemplo de desprendimento.

José deve ter feito de tudo para transformar o estábulo, varrendo o chão, e com feno preparando uma cama para Maria se deitar.

Assim nasceu Cristo durante a noite, como que para

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fazer eco à frase do Profeta: “Sobre os que moram na região da sombra da morte, uma luz se levantou” (Is 9:1).

Assim como a primeira Eva, no Paraíso, apresentou o fruto proibido a Adão, Maria entrega a José em Belém, e na pessoa dele a todos os homens que precisam de cura e salvação, o bendito fruto de seu ventre.

Anjos Mensageiros da Luz — Como a Espiritualidade Mudou a Minha VidaEmbora já tenha sido narrada em livros anteriores, decidi

fechar este capítulo contando um pouco da minha história de vida, porque esta é, sem dúvida, a maior prova que tenho da Divina Providência...

Além de ter estudado a vida toda em colégio de freira, a fé e a espiritualidade sempre estiveram presentes pela formação da minha família. Nós não éramos o que se pode chamar de católicos praticantes, raras vezes íamos à missa e pouco conhecíamos da Palavra de Deus. Mas os santos de devoção e Jesus, de alguma forma, sempre fizeram parte de nossa história.

A fé nos acompanhava, às vezes mais forte, outras nem tanto. Mas, a partir do momento em que eu e meu primeiro marido decidimos ter um filho, minha vida mudou definitivamente. Passei realmente a ver as coisas com outros olhos, passei a ver o ser humano com ternura e bondade...

Enquanto estudava livros de anatomia, para tentar compreender o que iria acontecer comigo no dia em que engravidasse, pensava, maravilhada, no milagre da vida. “Isso pode acontecer dentro do meu próprio corpo! Como Deus é poderoso: do amor e da união de duas pessoas ELE faz outra!”

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Queria estar plena e preparada para receber a grande bênção e graça de gerar um filho. Foi então que me propus a um grande desafio para mim mesma: fazer durante três sextas-feiras seguidas um jejum completo, uma espécie de comprometimento para com aquilo que eu tanto desejava. Nunca tinha feito jejum na vida e, à primeira vista, aquilo parecia humanamente impossível de cumprir. Foi uma grande descoberta! Continuava trabalhando, levando minha vida normalmente, inclusive nos dias em que o fazia.

Quando terminei o primeiro jejum, tive certeza de que somos capazes de fazer tudo a que nos determinamos. TUDO. Basta haver um profundo querer.

Eu realmente queria muito ter um filho, ser mãe. Rezava para que viesse um ser de muita luz e saúde. Sentia algo no ar, mas ainda não sabia decodificar esse sentimento. A minha fé e autoconfiança cresciam a cada dia.

Nessa época, a temporada que vivemos em Nova Iorque trabalhando e estudando chegava ao fim e voltamos para o Brasil. Estávamos casados há oito anos e, por sermos muito jovens, havíamos priorizado outras coisas antes de ter nosso primeiro filho (Esta história, que aconteceu no início da minha conversão, é contada com maiores detalhes no livro Jesus — Tudo Posso Naquele que me Fortalece, Ed. Gente, 1998).

Nós vivíamos um momento profissionalmente muito promissor. Eu era figurinista e ele, produtor. Acabávamos de ter sido contratados para produzir juntos a campanha publicitária de uma rede de supermercados no interior de São Paulo. Ficaríamos fora durante dez dias numa intensa maratona. As filmagens seriam todas noturnas, para não atrapalhar o andamento das lojas. A promessa dos jejuns já havia terminado e, felizmente, tudo correra bem. Estava

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orgulhosa de mim, tinha superado um teste de fogo. Eu havia cumprido exatamente aquilo a que me propusera.

Viajei munida de vários testes de grAVIDEZ, aqueles que dão a resposta na hora, colhendo a primeira urina da manhã. Estava louca para confirmar o resultado!

Claro que não era preciso teste nenhum. No fundo do meu coração, sabia que estava gráVIDA. Mas eu ainda precisava ver para crer. No segundo dia em que “suspeitava” da minha gravidez, fomos deitar com o céu azul carbono, quase violeta, mais um pouco e o sol chegaria, rompendo o dia.

Pouco tempo depois, levantei sonolenta, vi pela janela o espetáculo que acontece todas as manhãs e tantas vezes passa despercebido. A aurora, cheia de anjos e esperança. Mais um dia estava nascendo, um recomeço, novas esperanças. Caminhei até o banheiro para buscar o tal teste. Vi meu marido dormindo, pensei em nossas vidas, nossos caminhos. Tudo se transformaria a partir daquela resposta. TUDO.

Lembro-me de ter rezado um Pai-Nosso e agradecido antecipadamente. Segurava o nosso destino em minhas mãos; a varetinha do teste mais parecia com uma varinha mágica...

Meu Deus, desejei tanto aquele momento e ele acabara de se concretizar!

A frase que hoje uso em todos os meus trabalhos nasceu exatamente ali, diante da maior bênção que já vivi: Obrigada, obrigada, profundamente obrigada!

Através do vitrô do banheiro entravam os primeiros raios da manhã; subi na pia para assistir melhor ao amanhecer. Lembro-me de que aquela foi a primeiríssima vez em que me conscientizei das imediatas respostas de Deus: “Bate e a porta se abrirá. Procura e encontrarás”.

Eu tinha pedido com muita fé e a resposta estava ali, prontamente.

Senti Jesus do meu lado. Fiz um flash-back e aprendi ali,

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naquele banheiro, que tudo aquilo em que a gente acredita, pede com fé, quer muito e faz parte dos divinos desígnios acontece! Espiei através da janela uma imensa mangueira, com sua abóbada arredondada, as raízes grossas saltavam no chão, um perfume forte me inebriava. Meus olhos passearam por tudo ali, não queria perder um só detalhe daquele que poderia ser o dia mais importante da minha vida. O dia raiando, galos cantando e eu ali como espectadora do milagre da vida. Fora e dentro de mim. Continuei pendurada na janela, observando demoradamente aquelas mangas no pé. Elas tinham formato de coração. Umas rosadas, outras já amareladas, quase despencando, outras verdíssimas. Se todas pertenciam à mesma árvore, por que não amadureciam simultaneamente, assim como as uvas do mesmo cacho?

É... cada uma tinha seu momento. A vida ensina assim. Percebi também que todas as frutas eram presas por um tênue cabinho. Como é que as mangas, tão pesadas, não caíam e eram sustentadas por aquele elo que de longe me parecia tão frágil? Essas perguntas eram apenas o início de uma nova maneira de ver a vida.

Aprendi a observar o mundo com olhos atentos e cuidadosos, sentia-me privilegiada em partilhar com Deus Seus grandes feitos e milagres. Estava compactuando com a natureza, sendo muito amada e merecedora. Recebia exatamente o que havia pedido.

Começava ali a conscientização da minha linha direta com Deus.

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Durante a gravidez, vivi momentos de muitas bênçãos e graças. Aprendi a valorizar ainda mais a essência feminina: compactuar com Deus fabricando um novo ser dentro do próprio organismo nos faz reverenciar a natureza todo o tempo. É como se só então você percebesse o milagre da preservação humana, ao longo dos séculos. Tudo passa a ter outra dimensão e significado.

Dessa forma, cada mulher que vivencia a experiência da maternidade desvenda diante de si um grande milagre. Antes mesmo de seu filho nascer, a mulher dá à luz um novo ser: ela mesma. Só que agora mais absoluta, capaz de amar incondicionalmente. Capaz de se entregar totalmente, de proteger, de cuidar, de bem-querer. Aprender a conviver com essa nova mulher leva um certo tempo, talvez mais do que nove meses da gestação.

Na verdade, a grandiosidade desse processo de evolução é muito particular, mesmo porque cada um o vivencia à sua maneira.

Coincidentemente, nessa época, um novo produto chegava ao Brasil e com ele todo um esquema de lançamento e marketing. Foi sensacional participar dessa campanha. Um verdadeiro trabalho de equipe, no qual terminava a

Faça silêncio em seu coração: Deusquer lhe falar!

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participação de um, começava a de outro e, com certeza, o filme veiculado na TV colheu os melhores resultados. Entrei na vida e na história de mais de 50 mulheres diferentes, visitei suas casas, conheci o estilo em que cada uma morava, seus sonhos e desejos, observei suas roupas, entrei nos banheiros, na intimidade, conversamos sobre tudo. Com a mesma entrega que a gente abre o coração a um motorista de táxi ou a alguém com quem não temos o menor compromisso de impressionar ou agradar. Uma relação especialíssima, uma oportunidade espetacular de conhecer diversas versões sobre o mesmo tema — “mulheres” — além de conviver de perto com outras famílias e realidades. Um laboratório perfeito para quem estava com tanta sede de aprender mais sobre a vida.

O nascimento da nossa filha, Ana Thereza, foi abençoado, cheio de glória e luz. Senti a presença dos anjos na sala de parto, muito calor e amor no ar. Consagrei aquela coisinha linda e cabeluda que colocaram sobre mim a Nossa Senhora, de alguma forma eu A sentia por perto. Curioso... Embora nunca tivesse tido a menor proximidade com Maria, nos tempos de escola quando A via no altar, chorando e segurando Jesus ensangüentado, ficava tão impressionada com aquela imagem que preferia não passar nem perto. Sentia-me culpada por algo que nem sabia direito. Hoje sei que era Ela, Jesus e um infinito coro de anjos que estavam ao nosso lado, no nascimento de minha filha. Uma paz profunda nos tocou, foi tão bom sentir Jesus no coração. Nossa menininha nasceu forte e linda, e estreitou definitivamente minha linha direta com Deus. Um bebê traz grandes mudanças. Nunca a vida tinha exigido tanto de mim: vôo direto sem escalas, no melhor estilo non stop! Já imaginou um compromisso ininterrupto de amamentar de três em três horas? É preciso paciência (paz ciência!) para viver o desconhecido.

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Quando Ana Thereza tinha apenas dois meses, meu marido e eu nos separamos! Foi um choque! Imagine só, todos os nossos planos, juras de amor, as coisas desmoronavam e eu não conseguia fazer nada... No entanto, tinha nos braços o maior tesouro, muito mais do que poderia vislumbrar em minhas orações. Não era justo dar boas-vindas a essa princesa da paz, sofrendo e chorando... Mas o que fazer?

Dor de amor é algo difícil de explicar, é a única coisa que realmente desestrutura e abala completamente um ser humano, comprometendo terrivelmente o seu amor-próprio, confiança, crenças. Só mesmo a fé pode trazer a mansidão necessária para sobreviver às tempestades do coração.

Meu pai vivia em Portugal e nós fomos passar dez dias com ele, para comemorar seu aniversário, e sem dúvida aquietar nossos corações. Naquele momento, percebia que realmente nós não controlamos nossas vidas, mesmo! Jamais passaria pela minha cabeça fazer uma viagem como aquela com um bebê tão pequeno.

Todas as manhãs, enquanto meu pai trabalhava em Lisboa, eu passeava com Ana Thereza pelo imenso jardim de sua casa em Sintra. Em meio a dezenas de rosas, dálias, lavandas, magnólias e uma imensa árvore de louro. Um silêncio ensurdecedor que eu nunca vi igual. Nem meu bebê chorava. Ela mais parecia um anjinho me amando incondicionalmente e dando-me forças para que eu não sucumbisse àquele maremoto. Próximo dali, rodeado pelo imenso gramado verde, o imponente Palácio de Seteais. Contam as lendas que este nome se deve aos suspiros de uma mulher que sofria terrivelmente por suas dores de amores. Passaram-se os primeiros dez dias, conforme estava planejado. A saudade ardia, era uma dor que eu nunca havia experimentado. Tudo aquilo era muito diferente do que havíamos planejado durante tantos anos. Pensei que nossa

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ausência faria meu marido pensar e refletir. Afinal, nós nunca havíamos ficado separados tanto tempo. Tudo o que eu queria era que ele nos pedisse para voltar.

Aquilo tudo era estranhamente inadmissível... Não foi exatamente o que aconteceu. Prolonguei então

nossa estada para o final do mês, na esperança de que as coisas ainda pudessem se recompor e acordássemos daquele pesadelo. O tempo ia passando e as feridas todas continuavam em carne viva. Foi então que generosamente meu pai nos convidou para morar em Portugal até que as coisas se acomodassem.

Flavius, meu irmão querido, providenciou tudo e logo Ana Thereza e eu fomos instaladas num apartamento em Cascais, de frente para o mar, todo mobiliado e por coincidência tinha um lindo quartinho de criança!

Ah... os arrANJOS!!! O primeiro dia em que nos mudamos para lá foi cheio

de emoções contrastantes, a excitação de um novo recomeço, mas a certeza de que um grande passo havia sido tomado. Eu agora tinha uma nova casa, um novo endereço, de uma maneira ou outra aquilo formalizava nossa separação.

Na verdade, tudo fazia parte de uma mudança radical, tinha deixado de ser filha para aprender a ser mãe, deixado minha profissão bem-sucedida, meus amigos, minha casa, meus projetos, minha cidade, meu país, minhas origens. Eu não me conhecia mais. Não sabia quem eu era, pior de tudo é que desconfiava de que nunca soubera.

Como minha mãe estava no Brasil, e as pessoas mais próximas eram homens, meu pai e meu irmão, Nossa Senhora encarregou-se de me dar orientações quanto a cuidar daquela florzinha linda com a qual havíamos sido contemplados.

O tempo ia passando, cada vez mais me sentia à vontade e plena no papel de mãe. Se, por um lado, minha separação

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foi dificílima, por outro estar vivendo em Portugal me possibilitou estar totalmente disponível para observar o crescimento da Ana Thereza. Enquanto observava as descobertas de minha filha, ela me ensinava a fazer o mesmo. Eu estava me reencontrando, conhecendo esta nova Biba.

Quando completou três meses de vida, nós inscrevemos Ana Thereza numa aula de natação para bebês. Lá, conheci outras mães com bebês da mesma idade, a maioria estrangeiras oriundas de países distantes vivenciando sua estréia como mamães. Trocar experiências de vida com essas mulheres foi incrível, observar os valores, a forma de criação, os questionamentos, a evolução simultânea das crianças, embora cada uma tivesse suas características e ritmo próprio. Foi mesmo uma bênção e um grande aprendizado. Nesse tempo, tornei-me amiga inseparável de outras três mamães: Liz, uma austríaca americana que foi um anjo na Terra conosco, mãe do Dimitri, com apenas um mês de diferença de Ana Thereza; Johana, uma holandesa, mãe da Carlota, que nasceu exatamente no mesmo dia de minha filha (deusdência?!); e a inglesa Mareen, mãe do loirinho lindo, Jake. Foi fascinante conviver com nossas crianças e observar como é diferente o desenvolvimento entre homens e mulheres. Eu agradeço profundamente o privilégio de vivenciar um ano e meio dedicado integralmente à maternidade e, conseqüentemente, à espiritualidade que ela inspira.

Conforme você vai apresentando o mundo para seu filho, vai resgatando o encantamento. Ser mãe é a segunda chance de observar as coisas, só que com outros olhos. Coisas rotineiras e comuns que antes passavam despercebidas tornam-se fascinantes aos atentos e desbravadores olhos de um pequeno ser em desenvolvimento. Quando percebe, está extasiada, de quatro na grama do parque, acompanhando o

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vôo de uma borboleta e mostrando para seu bebê: “Olha que lindo!!!”

Esta é a sabedoria de Deus que vai realmente cuidando de tudo, aproximando Seus anjos na Terra, cuidando de todos os nossos passos, confortando-nos e amando-nos profundamente. Como disse Jesus para Paulo: “É na tua fraqueza que Eu te faço forte”.

Com minhas resistências no chão e minha guarda baixa, sem que eu pudesse racionalmente reagir muito, presenciei os anjos entrarem ativamente na minha vida neste momento de absoluta revolução e mudanças internas.

Os anjos me resgataram, me acalentaram, me divertiram e me fizeram ver a vida de outra maneira: ainda mais alegre e linda, apesar de tudo! Ensinaram-me a ter coragem e perseverança. Ensinaram-me o perdão. Ensinaram-me a gratidão, o amor incondicional, a compaixão. Os anjos presentearam-me com uma nova e cristalina percepção diante da vida, enchendo-me de vigor e entusiasmo.

As Sagradas Escrituras registram a vontade do Pai:

Cobrir-te-á com suas penas, sob suas asas estarás seguro.Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa, nem

da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia. Caiam mil ao teu lado e dez mil à tua direita; tu não serás atingido. Somente com teus olhos contemplarás e verás o castigo. Pois

disseste: ‘O Senhor é meu refúgio’.Porque aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te

guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.

Salmo 90

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Seguindo os desígnios divinos, os anjos estão presentes, acompanham-nos ao longo dos séculos. No entanto, em momentos de transição e grandes mudanças, estamos mais suscetíveis para perceber suas sutilezas. É como se algo nos fizesse despertar de um sono profundo e finalmente passássemos a perceber as maravilhas ao nosso redor.

Os anjos do Senhor estão sempre a postos, sobretudo quando existe a promessa do renascer. Os milagres em si são propostas de renascimento, de ver os mesmos fatos sob outro ponto de vista. O sol renasce todos os dias, lindo, forte, dando-nos luz, calor, amor, uma verdadeira prova, entre tantas, da presença do Deus vivo e atuante.

Um pouco antes do amanhecer é como se acontecesse um momento de silêncio, de adoração, e então o sol reluz triunfante sobre o horizonte. Nesse momento, a natureza e os homens são animados com estímulos para começar o dia. Podemos sentir a atividade dos anjos do Senhor inaugurando a manhã, mesmo antes de o sol nascer. Eles sempre antecedem a presença dos raios do sol sobre a superfície da terra. Esses anjos trazem mais amor e gratidão para nossas vidas, renovando a esperança de bênçãos, curas e milagres.

Meio-dia em ponto é a ocasião principal do dia. Nesse momento, o Sol, nossa estrela, atinge uma posição na qual pode energizar com mais eficácia os corpos e seres que estão sintonizados na recepção direta dos raios. Às seis horas da tarde, acontece a junção do dia e da noite, integração total. Não é por acaso que esta é a hora da Ave-Maria. Momentos especiais para refletirmos o que foi feito com as horas de luz que nos foram proporcionadas tão graciosamente. Momentos de puro milagre, tempo de nos aquietar — nem que seja por instantes — e interiorizar as graças recebidas, tempo de dar boas-vindas à noite que chega suavemente. Uma das cenas

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tocantes do filme Cidade dos Anjos mostra uma legião deles reunidos na praia ao entardecer, vigilantes para que o processo da natureza siga cheio de encantamento. Penso no trabalho dos anjos espalhados pelo mundo cuidando de cada minuto da vida. Nossas mentes agitadas se esquecem de reverenciar e agradecer as manifestações divinas. Estamos tão preocupados com nossos compromissos, com a sobrevivência, com essa correria desenfreada, que não percebemos que esses são alguns dos diversos sinais, milagres, provas do infinito amor de Deus por nós a todo instante. Viver o encontro com Deus resgatou em mim a atenção para “detalhes” que antes passavam despercebidos...

Se eu olhar para trás com os olhos da fé e da espiri-tualidade, e observar cada pequeno detalhe da minha vida, até mesmo aqueles mais insignificantes, serei capaz de perceber a grandeza da força divina atuando diretamente em todas as circunstâncias que nos envolve. Na verdade, essa é a grande diferença que aconteceu em minha vida depois que vivi esse grande encontro. Tudo é sagrado, divino e maravilhoso! Até as coisas mais banais, até mesmo as piores provações. Hoje consigo sentir a força de Jesus em tudo!

Parece um tanto piegas dizer isso, mas é a mais pura verdade. Depois que você vive um profundo encontro com Deus, é capaz de reconhecê-Lo em toda parte, até mesmo nas grandes dificuldades.

Eu sou a prova viva disso, tenho vivido e presenciado cada milagre!!! São inúmeros.

Em 1995, publiquei meus primeiros trabalhos sobre esse grande encontro, minha intenção àquela altura era compartilhar com as pessoas a certeza de que os milagres são reais, que esse encontro tão desejado é possível, sim!

Dos azedos limões que nos foram apresentados, degus-távamos uma divina limonada. Tudo florescia lindamente.

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Estava vivendo um encontro de amor divino e as coisas todas pareciam se encaixar.

A coleção Anjos — Tudo que Você Queria Saber vendeu dois milhões de exemplares!!! A mesma alegria, entusiasmo e descobertas que eu experimentava em minha história pessoal estavam espalhados por todo o Brasil. Cartas com lindos testemunhos contando encontros divinos começaram a chegar de toda parte, e cada vez mais ficava muito sólida a minha certeza de que estávamos no caminho certo. Para viver esse verdadeiro encontro não era preciso prática nem teoria. Nascia ali a certeza de que todos nós temos uma Linha Direta com Deus.

Quanto mais me entregava, mais graças vivia... Hoje percebo a delicadeza de Jesus e toda Sua pedagogia. Assim como o Anjo Gabriel anunciou à Virgem Maria a vinda de Jesus, os anjos anunciaram a mim a vinda de Maria. Vivi uma indescritível sensação aproximando-me desta Mulher maravilhosa, que me inspirou a seguir o caminho da santidade e a perseguir a excelência do ser. Muitas vezes me pego pensando: “Se Maria estivesse na minha situação, como agiria?”

Criamos um elo de intimidade maravilhoso. Maria, minha amiga, minha mãe, minha irmã, minha professora, minha companheira! Aprendi a conversar com Ela. Claro que minha mente racional às vezes falava alto, tentando me convencer: “Será que é minha imaginação? Como é que Nossa Senhora pode estar aqui em minha casa, conversando comigo? Estou indo longe demais... Conversar com os anjos é uma coisa, mas falar com a Mãe de Deus e sentir Sua presença e Suas respostas, ah, isso já é demais!”

Parece que eu ainda não tinha aprendido o que a Palavra nos ensina: não devemos julgar, pois lá estava eu “limitando a força de Deus”, aceitando apenas o que eu conseguia explicar...

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Compartilho nos livros que tenho publicado, desde esse encontro maravilhoso, os degraus que venho subindo e aprendendo nessa jornada da espiritualidade. Deus tem me levado a lugares inimagináveis... E pensar que fui lançar o livro Maria — Quem É Essa Mulher Vestida de Sol na Colômbia, e quando dei por mim, estava falando para uma platéia de mais de 20 mil pessoas com um espanhol fluente! Logo eu, que nunca havia falado o idioma! O livro ficou entre os primeiros da lista dos mais vendidos e lá tive a certeza de que a linguagem do amor é universal. Somos muitos e por toda parte.

Quando escrevi o livro Jesus — Tudo Posso Naquele que me Fortalece, no qual conto esse encontro, revi minha vida com os olhos da fé. E percebi que ELE sempre estivera comigo, sempre! E toda Sua turma também: Maria, os anjos, querubins e serafins, arcanjos, hoje meus amigos inseparáveis, além de todos os maravilhosos seres humanos — anjos na terra — que ELE escala e coloca no caminho como mensageiros intercessores.

Tenho certeza absoluta de que todos nós, de alguma forma, seremos pescados pelo imenso anzol de Deus para, enfim, nadarmos no infinito oceano que é a plenitude desse amor divino, da confiança na verdade, no caminho e na luz. O que eu vivi, muito provavelmente, é o que você viverá também: o encontro com a verdadeira espiritualidade. Cada um à sua maneira, no seu tempo... Costumo dizer que Deus é um roteirista imbatível, escreve roteiros sensacionais. Conhece-nos profundamente e sabe como tocar cada um de Seus filhos muito amados. Nenhum escapa! Pode demorar o tempo que for... podemos relutar, enveredar por atalhos equivocados, recusar, mas no tempo certo teremos a bênção de viver essa glória: o encontro com JESUS.

Esse encontro é um momento sublime, precioso e realmente acontece para todos, pode demorar muito, mas

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acontece. Seja por amor, seja pela dor, todo ser humano, em algum ponto de sua passagem nesta vida, irá vivenciar um grande encontro. Esse processo jamais poderá ser externo, ninguém pode convencê-lo, ou falar a respeito tentando “fazer a sua cabeça”.

Se a chavezinha do seu coração não tiver sido acionada, se não acontecer aquele clique (que nenhuma palavra pode explicar), o seu encontro, a sua hora ainda não chegou.

Vivenciar a espiritualidade, consagrar a vida a Deus — tornar sagradas todas as coisas — fez-me uma nova mulher. Deu a mim um fôlego incomparável, uma alegria genuína que vem de Jesus e nada nem ninguém poderá tirar.

Esse caminho me levou a lugares inimagináveis, torno a dizer! Presenteou-me com uma vida linda e com toda a certeza essa vibração e energia me acompanham por onde eu vou.

Hoje em dia, rebato as provações com coragem e diligência. Sei em quem deposito minha confiança. Aprendi a estudar a Palavra de Deus, que é um grande exercício e o maior best-seller de todos os tempos. A mesma passagem tem leituras e interpretações diferentes, dependendo do estágio em que você se encontra. É o próprio Deus falando com você. Uma das minhas passagens preferidas e que me faz compreender o sentido da vida é esta de Isaías:

Não tenha medo, porque eu o redimie o chamei pelo nome; você é meu!

Quando atravessar a água, eu estarei com vocêe os rios não o afogarão;

quando você passar pelo fogo, não se queimaráe a chama não o alcançará

pois eu sou o Senhor seu Deus, o Santo de Israel,seu salvador. Para

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pagar sua liberdade, eu dei o Egito,a Etiópia e Sabá em troca de você,

porque você é precioso para mim, é digno de estima e eu o amo, douhomens em troca de você, e os povos em troca de sua vida.

Não tenha medo, pois Eu estou com você.Lá no Oriente, vou buscar sua descendência,

e do Ocidente eu reunireivocê. Direi ao norte: “Entregue-o”. E ao sul:

“Não o retenha”. Traga delonge meus filhos, traga dos confins da terra as minhas filhas,

e todos os que são chamados pelo meu nome:para minha glória eu os criei, eu os

formei, eu os fiz.Isaías 43: 1-7

Ainda que passemos por rios e incêndios, Deus está conosco e é real. Nós não estamos sós. Ele nos ama, do jeito que somos, troca reinos para cada um de nós. Sentir essa certeza dentro do coração, saber que sou muito amada e protegida, faz toda a diferença. Inspira-me cada vez mais a melhorar, a buscar a excelência do ser, a me aprimorar como pessoa, a estar mais próxima de Seus ensinamentos, embora esta não seja uma condição para que Ele me ame. Essa percepção mudou minha vida. Cada encontro “casual”, cada palavra, cada situação eu vejo como um arrANJO de Deus. Procuro elaborar minha paciência, exercitar minha compreensão e seguir Suas virtudes. Cada simples ato tem um novo significado. São as pequenas coisas que fazem a grande diferença, mesmo!

Gisela, amiga querida, é quem me conta que às vezes se surpreende distraída escovando os dentes de qualquer jeito e, quando se olha no espelho, pensa logo: “Como Jesus escovaria Seus dentes? Ele faria da melhor maneira possível”, então rapidamente desperta daquela apatia e

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procura fazê-lo com entusiasmo! De minha parte, não me prendo a nada que seja muito

fanático ou radical. O encontro com a espiritualidade, com a Verdade de Jesus, é continuar sendo como sou, no entanto dando o melhor de mim, buscando discernimento, clareza nos dons do divino Espírito Santo de Deus, para vivenciar meu livre-arbítrio da melhor maneira. Jesus não quer que eu seja outra pessoa completamente diferente ou que me mude para um mosteiro ou que passe o dia inteiro em estado contemplativo... Ele quer que eu descubra quais são Seus planos para mim.

Jesus quer que eu, você, Seus filhos renasçam para uma nova vida, compactuando com Suas verdades.

Nicodemos, príncipe dos judeus, maravilhado com os mila-gres que Ele fazia, aproximou-se do Mestre e afirmou: “Sabe-mos que o Senhor vem de Deus, pois jamais ninguém conseguiria fazer tantos milagres se Deus não estivesse convosco”. Jesus falou

para ele: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem não nascer de

novo não poderá ver o Reino de Deus”.Intrigado, Nicodemos continuou:“Como pode um homem

velho renascer de novo? Será que ele deve entrar no seio da sua mãe e nascer pela segunda vez?”

Jesus, então, respondeu: “Quem não nascer da água e do Espírito Santo não poderá entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é da carne, o que nasceu do espírito é do espírito. O vento sopra onde quer, você é capaz de ouvi-lo, mas não sabe de onde vem

nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito”.

Nicodemos perguntou: “Mas como assim!!?

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Como se pode renascer?”Jesus disse:

“Você é doutor em Israel e ignora essas coisas!...”

Jesus continuou Sua explicação e vale a pena você conferir diretamente nas Escrituras João 3:1-21 e deixar que o próprio Espírito Santo sopre Seus ventos e faça você começar a compreender o que é este renascimento, o que é o Reino de Deus.

Na verdade, esta é a essência do grande plano da salvação de Deus para cada um de nós. Estar gerando um filho permite-nos a extraordinária possibilidade de renascer em todos os aspectos. Este livro pretende lançar sementes que o levem à reflexão e ao encontro do Divino.

Lembre-se sempre de que você também possui Linha Direta com Deus, ainda que não tenha percebido Sua presença. Agora, Ele se faz mais presente do que nunca. Aproxime-se!

Saiba escutar a Palavra dentro de você, não espere manifestações mirabolantes, visões estratosféricas, anjos alados voando sobre sua cabeça. Isso tudo é possível, pois Ele é o Senhor de tudo e todos. Mas Ele vem no silêncio, na quietude, na entrega, no abrir de seu coração.

Seu SIM, sua doação e entrega em consentir abrir espaço dentro de você, nos próximos nove meses, já é um grande motivo de comunhão com o Sagrado.

Você é o campo no qual o próprio Senhor permitiu que Sua semente se desenvolvesse, esteja certa de que ELE e Seus anjos estão todos a postos!

Jesus tem um plano para cada um, mas nós não somos fantoches em Suas mãos. Ele deseja que descubramos qual o caminho a seguir, que desfrutemos de nossa livre escolha.

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Para isso, é preciso estar atento e cuidar da Linha Direta com Deus. Quando descobre a espiritualidade, você percebe que, apesar da onipotência e onipresença de Deus, Ele deseja depender de sua permissão para que essa sincronicidade flua livremente, apesar de você ser totalmente amparada por ELE a cada passo. É uma dança linda! Tem gosto de quero mais; quando você sente a fé pulsando na veia (uma sensação indescritível em palavras), tem a nítida sensação de que pode andar sobre as águas! Pode vencer qualquer obstáculo, seja ele qual for.

Deus quer tocar os Seus filhos, mas você precisa permitir, estar atenta para observar seus arrANJOS. Escutar Seus chamados e seguir adiante conforme Sua Palavra transformam nosso viver.

As pessoas que ainda não sentiram a experiência do Deus vivo, aqueles que ainda não vivenciaram o sopro divino em suas histórias, talvez carreguem o preconceito de que as pessoas espiritualizadas são aquelas “carolas”, de roupas esquisitas, de comportamentos contidos e que só o fizeram porque não tiveram nenhuma outra alternativa diante dos golpes da vida.

Sinceramente, estão redondamente enganadas! Eu continuo espevitada como sempre, o entusiasmo transborda pelos meus poros, as gargalhadas continuam ecoando por onde passo, adoro dançar, festa, sol e alegria.

Tudo o que me rodeia, as pessoas que encontro ou as atitudes que tomo são sempre consagradas a Deus. Eis a grande mudança. O encontro com a verdadeira espiritualidade dá a sensação de que você ajustou com perfeição as cores do filme a que está assistindo, o enredo é bem capaz que não mude, mas a maneira de conduzi-lo certamente será outra. Aprendi que a grande tônica é a gratidão, hoje em dia eu

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agradeço até mesmo os tropeços, pois sei que fazem parte desse grande caleidoscópio de milagres ao qual nosso grande roteirista não deixa escapar nada.

A presença de Jesus em minha vida é reconhecida pelos outros não porque eu esteja a todo momento dissertando o Evangelho ou situações bíblicas, passagens e parábolas num banquinho no meio da praça. Mas porque eu tenho procurado vivê-las ao máximo e estar constantemente cuidando com carinho e atenção dessa Linha Direta com Deus, vivenciando Suas Palavras, sentindo Sua verdade, e não apenas falando teorias vazias. Esta é a grande diferença.

Aprendi com essa descoberta que realmente nada é impossível! Que a mulher vestida de sol, de uma maneira especial, linda e encantadora, está todos os dias rogando por nós e nos faz crer ainda mais nesse Homem maravilhoso que nos cobre de milagres, curas e bênçãos e nos ensina que podemos ser pescadores de homens; basta para isso querermos e acreditarmos em Jesus, pois tudo podemos naquele que nos fortalece.

CAPÍTULO IV

O Milagre

da

Criação

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Aclamai o Senhor por toda a terraServi o Senhor com alegria

Vinde, entrai exultantes em Sua presença.Sabei que o Senhor é Deus:

Ele nos fez, e a Ele pertencemos.Somos o Seu povo e as ovelhas do Seu

rebanho.Entrai cantando sob Seus pórticosvinde aos Seus átrios com cânticos;glorificai-o e bendizei o Seu nome,

porque o Senhor é bom,Sua misericórdia é eternae Sua fidelidade se estende

de geração em geração. Salmo 99

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O primeiro livro da Bíblia chama-se Gênesis e descreve os milagres da criação do mundo. Deus onipotente,

onipresente, o Todo-Poderoso, criou o mundo a partir do nada. Fez o céu, o mar, o firmamento. Pensou nos luzeiros, tanto para a noite quanto para o dia. Fez os animais, as flores, as árvores, as sementes. Povoou o Universo.

Deus, então, fez Sua grande obra de arte: “Façamos os homens à nossa imagem e semelhança, tenham eles domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais e todos os répteis que rastejam na terra”.

E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”. Deus ainda disse que todas as ervas que dão sementes, todas as aves que se acham na superfície da terra e todas as árvores com fruto que dêem semente, nos seriam dados como mantimentos.

Deus proclamou nossa abundância, nos deu infinita prosperidade, desde o início dos tempos. Ele nos ofereceu tudo. Quando disse “Multiplicai-vos”, não estava apenas se referindo aos filhos que podemos gerar, mas também aos frutos que podemos produzir. As idéias, os projetos, os trabalhos, as realizações, nossas colaborações como um todo junto a Seu reino.

É importante que, acima de tudo, cada um de nós se aposse das torrentes de bênçãos, glórias e graças destinadas a toda a humanidade. Não se trata de uma ficção, de algo distante e longínquo. É uma realidade, que está descrita no livro da vida, nas Sagradas Escrituras. É preciso crer para ver. Por isso, acredite que os milagres são possíveis, que o reino de Deus existe.

Em Provérbios 23:7, está escrito: “Porque como imagina em sua alma, assim ele é”.

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Trocando em miúdos, você é aquilo que acredita.“Faça-se segundo a sua fé!” Jesus ensinava a todos por onde passava: “Sua fé move

montanhas!”Um filho e um pai caminhavam por uma montanha. De

repente, o menino cai, machuca-se e grita:Ai!!!Para sua surpresa, escuta a sua voz se repetindo, em

algum lugar da montanha:Aiiii!!!... Curioso, pergunta:Quem é você? Recebe outra resposta:Quem é você? Contrariado, grita:Seu covarde!Olha para o pai e pergunta, aflito:O que é isso?O homem sorri e fala:Meu filho, preste atenção. Então, o pai grita em direção à montanha:Eu admiro você! A voz ressoa:Eu admiro você!De novo, o homem grita:Você é um campeão! O menino fica espantado.Não entende. O homem explica: “As pessoas chamam

isso de eco, mas, na verdade, isso é a vida. Ela lhe dá de volta tudo o que você diz, o que você faz. Se você acreditar que os milagres são possíveis, eles se tornarão realidade, todo Universo conspira a favor. E Deus vem dizendo isso por toda a eternidade. A Palavra é uma só. E Deus é fiel.

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Ele nos ordenou “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”.

É chegada a hora de aceitar definitivamente a multipli-cação do saber, por isso é tão importante que a espera de um novo ser seja o tempo de se preparar espiritualmente, de assumir definitivamente as responsabilidades que nos estão sendo designadas. É fundamental que você e sua família se conscientizem da criação que proporcionarão a esse novo mensageiro da luz.

Deus disse a Daniel: “Àquele que confiante em seu Senhor entrou na cova dos leões, apesar de muitos o esquadrinharem, chegará o tempo da multiplicação do saber”.

Este saber nos é dado pela força do Espírito Santo.Que venham a nós neste instante o Espírito da Sabedoria

e do entendimento, o Espírito do conselho e da fortaleza, o Espírito do conhecimento e do temor ao Senhor.

Que, a partir de agora, cada um que ler este livro possa sentir o mais forte vento do Espírito Santo de Deus, tocando seu coração e o fortalecendo, multiplicando o seu saber por meio de seus dons divinos, preparando cada alma para multi-plicar os milagres, as bênçãos e as glórias.

Acredite que o fato de o Senhor lhe confiar a tutela de um filho Seu, um mensageiro de luz, já define quanto Ele o ama e deseja que você se aproxime para entender Seu plano divino.

Pense bem! Veja com olhos de milagre.

Encontre a Canção da Sua VidaTalvez você já esteja carregando dentro de si uma nova

vida, ou ainda essa promessa esteja se desenhando nos sonhos e planos dessa nova família que desponta no horizonte. Não importa em qual estágio desse grande milagre vocês estejam, ele já se manifesta e é real.

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Numa tribo ao norte da África, a data de nascimento não é reconhecida como o dia do parto, tampouco a hora da concepção. Para eles o que marca o nascimento é o primeiro instante em que a criança surge em forma de um pensamento no coração da mãe. Os índios têm uma noção plena da brevidade da vida e de quanto ela deve ser respeitada e vivida intensamente a cada momento.

Quando a nativa sente o forte desejo de ser mãe, caminha sozinha ao encontro de uma frondosa árvore, sentando-se ao seu pé. Numa relação muito íntima e respeitosa de oração, aquieta sua alma e vai pedindo que Deus lhe sopre a sabedoria da música da vida daquele ser que dará à luz.

Nesse momento sublime, compactuando com a mãe natureza, a mãe biológica vai se preparando para também fazer parte do milagre da vida, da troca, da continuidade. Ali é feita uma sincera entrega de sentimentos, toda a sua pura intenção converte-se em amor, para que ela consiga estar preparada para aprender e ensinar a canção da vida.

Assim que ela a escuta, retorna feliz para a aldeia e a ensina com vigor para o futuro pai da criança, para que juntos possam cantá-la conscientes quando estiverem fazendo amor e concebendo esse novo ser. Durante nove meses, a mãe continua entoando a canção e emanando muito amor para a criança que leva no ventre.

O mesmo cântico é ensinado às velhas e sábias senhoras da aldeia e às parteiras para que na hora do nascimento cantem juntas, dando as boas-vindas à criança que está chegando.

Todos os habitantes da aldeia aprendem o hino pessoal da criança para que, quando ela cair ou se machucar, possam cantar com alegria e amor, confortando, fortalecendo, fazendo com que se sinta amada e motivada.

Por todas as festas e iniciações pelas quais essa criança

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passar ao longo da sua vida, sua canção será celebrada por todos. Ao crescer, sua música fará parte da cerimônia de seu matrimônio e, no final de sua vida, quando estiver em seu leito de morte, pela última vez será cantada por todos, celebrando sua entrada no Reino dos Céus.

A canção entoada na tribo africana representa o fio condutor de toda uma vida.

É chegada a hora de todos nós aprendermos nossa canção e amar com CORAÇÃO de mãe, para deixar fluir essa linda melodia.

Responsabilidades de MulherFeliz o homem que tem uma boa mulher, pois se

duplicará o número de seus anos. Sendo forte, ela fará a alegria de seu marido e derramará paz nos anos de sua vida. É um bom quinhão uma mulher bondosa. Na parte daqueles que temem a Deus, ela será dada a um homem pelas suas boas obras; e ele rico ou pobre, terá o coração satisfeito, e o seu rosto refletirá alegria o tempo todo.

A graça de uma mulher cuidadosa rejubila seu marido, e seu bom comportamento revigora os ossos. É um dom de Deus que ela seja sensata e silenciosa, e incomparável, se bem educada.

A mulher santa e honesta é uma graça inestimável; não há parâmetro para pesar o valor de uma alma casta. Como o sol que se levanta nas alturas de Deus, assim é a beleza do rosto na idade madura. Como colunas de ouro sobre alicerces de prata, são as pernas formosas sobre calcanhares firmes.

Como fundamentos eternos sobre pedra firme, assim são os preceitos divinos no coração de uma mulher santa (Eclesiástico 26).

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“Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à palavra, serão conquis-tados, mesmo sem a palavra de pregação, pelo simples procedimento de suas mulheres.

“Não seja o vosso adorno o que aparece externamente: cabelos trançados, ornamento de ouro, vestidos elegantes; mas tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus. Era assim que outrora se ornavam as santas mulheres que esperavam em Deus” (1 Pedro 3:5).

Sou filha da geração dos anos 60, na qual as mulheres queimaram seus sutiãs em praça pública e lutaram desespera-damente por seus valores. Minha família é caracteri-zada pela força de suas guerreiras. Todas as mulheres são inovadoras, de muita fibra e coragem.

A história do rádio no Brasil e a história da minha avó, Virginia de Moraes, se confundem. Ela foi uma das vozes mais lindas que já se ouviu. Durante 42 ininterruptos anos, esteve à frente dos microfones, começando em uma época em que, para ser radialista, era preciso tirar carteira no Dops.

Minha mãe, Cynira Arruda, também inovou bastante, inclusive em minha educação. Ela me criou para que desde muito cedo trabalhasse e fosse independente financeiramente e dona de meu nariz. Sigo esse caminho desde os 14 anos. Aos 16, fui estudar na Inglaterra, aos 20 me casei, com 23 construímos uma casa no campo, com boa parte desse meu dinheiro. Depois, passamos uma boa temporada em Nova York.

Hoje, aos 35 anos, vivenciando minha segunda gravidez, fruto de meu segundo casamento, reavalio alguns valores, sobretudo o papel da mulher.

Penso hoje não em igualdade absoluta, mas na diferença que existe entre os sexos. Na total transformação e revolução

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que o silêncio de uma mulher pode causar. Penso que está se aproximando o tempo de as coisas se encaixarem, de os papéis se tornarem mais apropriados, menos competição e mais compreensão. Evidentemente, quero seguir trabalhando, conquistando espaços, dividindo com meu marido conquistas e vitórias. Mas aprendi que, além de uma brilhante profis-sional, a mulher é o coração da família, cabe a ela a formação de novas gerações. Suas orações são capazes de apagar incêndios.

Uma mulher é capaz de mudar o contexto do mundo, como Maria o fez. A Bíblia registra em muitas passagens a virtude de sábias mulheres; por isso, quando leio os versículos anteriores sobre as virtudes da mulher, penso em quanto Deus nos valoriza e espera de cada uma de nós.

Não foi por acaso que nos concedeu a tão nobre missão de carregar Seus filhos dentro de nós. Por meio do amor e reconhecimento de Jesus pelas mulheres, repenso minha posição, inclusive como esposa.

Ser submissa não significa deixar de ter opinião e ficar oprimida sob o jugo da intemperança masculina. É simples-mente respeitar a posição de cada um, o papel de cada um. Não quero aqui fazer um discurso sobre feminismo ou machismo. Isso é complexo demais e cada pessoa tem sua opinião.

Quero compartilhar com você que, agora que carrego no ventre a graça de ser mãe, mais uma vez penso na posição do pai. Isso me leva a pensar na relação homem-mulher. Revisitei algumas mulheres na História para entender seus exemplos. Comprometi-me a buscar a excelência do ser; quero, sim, ser uma mulher virtuosa, o sustentáculo de nossa família. Mas isso não vem pronto! A gente tem de aprender, e muito!

Estar gráVIDA me faz pensar ainda mais nessa relação.

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Troca de sabedoria femininaMaria e Isabel passaram três meses juntas quando

geravam seus filhos: João e Jesus. Muitas devem ter sido as experiências que as duas trocaram diante dos diferentes momentos que atravessavam, embora estivessem vivendo situações semelhantes. Uma iniciando a sua vida, a outra colhendo o que plantara, ambas em seus caminhos pessoais, suas buscas para viver seus Planos Divinos.

João Batista nasceu de pais velhos e sábios, Jesus nasceu de Maria, uma exuberante jovem mulher, provavelmente teria 17 anos de idade, como relata Lucas.

Maria tinha a alma pura, o frescor da tenra idade, o viço da juventude, a coragem diante do inédito. Isabel, mãe de João, tinha uma ampla sabedoria, muitas experiências, muitas histórias arquivadas.

Eram seguidoras da ordem dos essênios, a mais espiritual da época do povo judeu. Ambas receberam a visita de Gabriel anunciando o plano de suas vidas e abriram seus corações para o Sagrado.

Ainda criança, João é educado para uma vida sacerdotal. Ele alcança os mais elevados graus de iniciação ainda jovem e mais tarde é chamado de Mestre da Justiça. Jesus, antes do batismo no Jordão, era chamado de Mestre do Amor.

João Batista representou exemplarmente o mestre da Justiça. Ele não trouxe a justiça da velha pedra dos Dez Mandamentos, mas a capacidade do autojulgamento interior. Ele não precisava de regras externas para se ajoelhar diante de Jesus Cristo. João abriu os caminhos para Jesus e tinha plena consciência da evolução natural, conforme fora anunciado.

A força e o poder que adquirimos são para serem

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usados para encaminhar e ajudar o próximo, como a nós mesmos. Somos todos facilitadores no curso da vida independente do ponto de evolução que estejamos. Sempre temos o que aprender e ensinar.

É importante perceber, situar qual é o momento que estamos vivenciando. Que tempo é este por qual estamos passando?

É preciso atenção para não brigar com os moinhos de vento, como Dom Quixote fez incansavelmente. É preciso aquietar e perceber as lições e os caminhos a serem percorridos. Deus nos manda Seus sinais todo o tempo.

Por intermédio de uma espiritualidade bem lapidada e trabalhada, passamos a perceber e reconhecer, com um olhar, quem é maior em sabedoria e em amor e que merece ser seguido. Quando João diz que não é merecedor de batizar Cristo, Ele pede que seja batizado. Um reconhece o outro, sem se importar quem é o maior ou o menor. Estão impulsionando o mundo a se desenvolver. Sem egos, sem inveja. Apenas aceitando o curso natural do eterno fluxo: dar e receber. As fogueiras acesas em homenagem a São João são símbolo do fogo interior que precisamos acender, para iluminar e esquentar nossas noites de inverno. Quem não acende essa luz ficará na escuridão e morrerá de frio. Lembra as coloridas pipas soltas ao vento deslizando pelos ares nas festas de São João? Símbolos que nos fazem pensar que quem não solta a própria alma para voar até as nuvens e se deleitar com o grande sopro do vento da sabedoria não vai conseguir andar sozinho.

Tudo o que nós fazemos exteriormente tem a força do fortalecimento interior. Maria, Jesus e os Anjos são nosso elo de prata, fortalecendo-nos.

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Sementes vivas: as mulheres seguidoras de Jesus

Maria acompanhava Jesus em Sua peregrinação. Em certas ocasiões se separavam por alguns dias, como quando o Senhor foi ao Tabor (Mt 17:1) ou nas ocasiões em que precisava cuidar de alguma conversão em particular. De sua parte, Nossa Senhora instruía e catequizava algumas pessoas em especial.

Maria levava gravada em seu coração toda a doutrina de Jesus, mas sempre O ouvia com atenção de uma discípula novata. Maria conhecia bem as operações da alma de seu Filho. Via que, ao mesmo tempo que Ele pregava, orava interiormente ao Pai para que a semente produzisse frutos.

Nossa Senhora também conhecia cada um dos que assistiam à pregação de Seu Filho, o estado de graça ou de pecado de suas almas, os vícios ou virtudes que possuíam.

Maria trabalhou imensamente para que todos pudessem progredir na vida espiritual, não só em contínuas orações, mas também com conselhos e advertências de mãe e mulher. Desse modo, nutriu-os e criou-os como a grande Mãe e Mestra.

Quando os apóstolos e discípulos se encontravam com alguma dúvida — evidente que tiveram muitas no começo — ou sentiam alguma oculta tentação, recorriam logo a Nossa Senhora para serem esclarecidos e aliviados. A luminosidade do olhar de Maria abrandava corações e confortava a todos.

Jesus e Maria certamente se complementavam e faziam um belíssimo trabalho juntos, unidos no poder do Espírito Santo e da Divina Trindade.

Mateus (27:55), Marcos (15:40) e Lucas (8:2) contam alguns exemplos das mulheres seguidoras de Jesus. Contagiadas

GráVIDA

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por Seu amor profundo, tornaram-se sementes vivas das verdades de Cristo, passando de geração para geração tudo o que vivenciaram.

Nós, mulheres, somos as sementes vivas da verdade de Jesus. Nosso trabalho incansável como doadoras das formas da vida continua pela eternidade de todas as gerações, a exemplo da grande Mãe.

Às vezes esquecemos, ou ainda não damos a devida importância a essa missão. Cabe a nós a mansidão, a coope-ração, a humildade, a simplicidade e a quietude.

Muitas vezes o trabalho da conversão e da restauração da Fé deve ser feito silenciosa e invisivelmente. A fé não precisa ser barulhenta e efusiva, basta que seja descoberta a verdade interior de cada um.

Jesus e Maria muito nos falam do Sagrado Coração, pois é lá que habita nosso tesouro mais precioso, onde estão as nossas sementes da vida eterna. É preciso percorrer o caminho do coração, para que a energia dessas sementes seja liberada das raízes, ao caule, das flores aos frutos, retornando à terra, adubando-a para que novas e frondosas árvores floresçam para sempre com a força de quem fala com o coração: o amor.

O Espírito Santo contemplou as mulheres com um dom especial: o jeitinho feminino. Não dá muito para descrever, mas todo mundo sabe o poder desse tal “jeitinho feminino”, capaz de colher frutos inimagináveis, trazer à tona sentimentos esquecidos e despertar sensações jamais conhecidas. Os exemplos valem mais que mil palavras. O AMOR ultrapassa todas as barreiras, e nós, mulheres, conseguiremos, sim, a exemplo de Maria, adubar essas sementes.

Jesus está contando com cada uma de nós, para transmitir Sua verdade com coração de mãe!

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Coração de MãeNo dia em que Deus criou as mães (e já vinha virando dia e noite há seis dias), um anjo apareceu-Lhe e disse:— Por que esta criação está Te deixando tão inquieto, Senhor?E o Senhor Deus respondeu-lhe:— Você já leu as especificações desta encomenda? Ela tem de ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico. Deve ter 180 partes móveis e substituíveis, funcionar à base de leite e sobras de comida. Ter um colo macio que sirva de travesseiro para as crianças. Um beijo que tenha o dom de curar qualquer coisa, desde um ferimento até as dores de uma paixão, e ainda ter seis pares de mãos. O anjo balançou lentamente a cabeça e disse-Lhe:— Seis pares de mãos, Senhor? Parece impossível!?!— Mas o problema não é esse — falou o Senhor Deus. — E os três pares de olhos que essa criatura tem de ter?O anjo, num sobressalto, perguntou-Lhe:— E tem isso no modelo-padrão?O Senhor Deus assentiu:— Um par de olhos capaz de ver através de portas fechadas, deixa quando quiser saber o que as crianças estão fazendo do outro lado das mesmas (embora já saiba); um segundo par, na parte posterior da cabeça, para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, outro para dizer aos filhos ‘Eu te compreendo e te amo!’ sem dizer uma palavra.E o anjo, mais uma vez, comentou-lhe:— Senhor, já é hora de dormir. Amanhã é outro dia.Mas o Senhor Deus explicou-Lhe:— Não posso, já está quase pronta. Já tenho um modelo que se cura sozinho quando adoece, que consegue alimentar uma família de seis pessoas com meio quilo de alimento e consegue convencer uma criança de nove anos a tomar banho...O anjo rodeou vagarosamente o modelo e falou:— É muito delicada, Senhor!...

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Mas o Senhor Deus disse, entusiasmado:— Mas é muito resistente! Você não imagina o que essa pessoa pode fazer ou suportar! O anjo, analisando melhor a criação, observou:— Há um vazamento ali, Senhor...— Não é um simples vazamento, é uma lágrima! E esta serve para expressar alegrias, tristezas, dores, solidão, orgulho e outros sentimentos.— Tu és um gênio, Senhor! — disse o anjo, entusiasmado com a criação.— Mas isso não fui eu que coloquei. Apareceu assim...

Eu só aprendi a amar ainda mais minha mãe e a respeitá-la no dia em que tive a minha filha, e entendi a imensidão desse amor. Senti o pulsar da verdadeira essência da vida, tornando-se real dentro de mim. Passei a valorizar a intimidade e a proximidade que duas pessoas, no passado intrinsecamente ligadas por um cordão umbilical, podem ter.

Ainda que as idéias possam ser divergentes, a força do amor é latente e deve superar qualquer diferença. No dia do nascimento da minha filha, Ana Thereza, senti uma gratidão enorme pelo privilégio de dar à luz e ter recebido a dádiva de ser sua tutora. Naquele momento mágico, senti todos os instintos aflorarem e um calor percorreu meu corpo no instante em que a vi pela primeira vez. Foi uma carga energética muito forte e poderosa.

Senti a bênção de um milagre divino, fui totalmente preenchida pelo Espírito Santo. Agradeci a oportunidade de estar viva, de dar vida.

Selei ali um compromisso com a alegria, com o amor, a doação e a dedicação. Senti a comunhão com Deus e todos os anjos, com o Sagrado. Não existem palavras que possam descrever a grandiosidade desse espetáculo

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divino que acontece todos os dias, por toda uma eternidade, preservando a espécie e a natureza. Existem, sim, muitos anjos acompanhando cada ser que chega e parte desta vida terrena.

Consagrei aquele tesouro, aquela vida, que então dependia só de mim, à Virgem Maria. Pensei com profundo amor e intimidade Naquela que tinha vivido tudo o que estava sentindo, e ainda mais forte por ser a Mãe de Jesus.

Fiquei feliz em ver meu leite farto, dando alimento, vida e força a ela. Lembro-me com ternura e carinho da minha surpresa diante da sincronicidade brilhante da natureza: como um balé bem ensaiado, meu leite jorrava na exata hora em que ela acordava para mamar.

Mesmo sendo nossos corpos separados, nós duas estávamos ligadas diretamente. Essa ligação pode perdurar por toda a existência, basta que nos entreguemos e nos dediquemos a ela. Agindo com coração de mãe, podemos intuir várias situações, não só com nossos filhos de sangue, mas com todas as pessoas em geral. Para isso, basta estabelecer uma conexão baseada na energia do amor. O coração de mãe sempre tem linha direta com seus filhos, ainda que morem em lugares distantes por muitos anos.

Mãe que é mãe sempre aparece ou telefona na hora certa. Por meio da meditação e, sobretudo, atenção aos nossos movimentos e aos dos outros, podemos estender esse “coração de mãe” em todas as nossas relações. Esse é o segredo. Afinal, coração de mãe não se engana!

Coração de mãe é aquele em que sempre cabe mais um, sempre dá um jeitinho e está sempre pronto para ouvir, ninar, acalentar, brincar, proteger.

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Mensagens de AmorDe: Cynira Arruda 27/3/2000 20h28

Para: biba@dialdata.com.br Assunto: Mamãe te ama!

Querida, casa de ferreiro, espeto de pau! Não fiz as fotos da capa (que, por sinal, eu não faria melhor do que as que foram feitas) e ainda não escrevi meu depoimento de avó. Estou com superfome, esqueci-me de almoçar e de jantar e, como vê, já são 20h30 e ainda estou aqui, no SBT. E tem mais: estou sem carro (foi para a revisão). Escrevo uma coisinha; caso não fique bom, amanhã mando outro texto. Quando, há uns 12 anos, fui entrevistada por Silvia Poppovic, que me perguntou se eu imaginava qual seria a minha reação ao ser avó, respondi que levaria o bebê para minha casa assim que nascesse e não o entregaria mais para a Biba. Acho que tentava dizer que o filho seria meu e que a Biba voltaria para minha casa para termos a convivência diária que, inevitavelmente, acaba quando os filhos se casam. Ao ver minha neta, quando a enfermeira me mostrou, achei que estava vendo a Biba outra vez, recém-nascida, com tanto cabelo bem escuro. Não me senti avó; tive, mesmo, a sensação de ser mãe. É, outra vez, a sensação da maternidade, só que de uma forma muito mais doce, porque não temos a responsabilidade de fato e de direito sobre a criança, mas estamos com ela só para os momentos de prazer: sem noites maldormidas e sem os infinitos encargos de uma mãe. Mas, se é extremamente doce, é também penoso, pois quando temos vontade de dar alguma orientação de acordo com o nosso modo de ver a vida, temos de ceder, aquela que gerou e que é a legítima, perfeita e amorosamente mãe é quem deve determinar como orientar o seu filho. Nós, avós, temos de entender que nossa atitude é endossar plenamente as determinações da mãe e jamais

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sermos contrárias à forma que ela escolheu para educar e conduzir a sua criança; só dessa forma o nosso filho-neto sentirá a segurança de uma única diretriz e estaremos dando a nossos filhos o direito de fazerem o que já fizemos: errar e acertar na educação de seus filhos, porque é dificílimo ser mãe. Ninguém conseguiu a perfeição. Ninguém conseguiu sequer chegar perto do caminho correto. Mas estamos fazendo, como fizeram nossos pais: tentando acertar da melhor forma que podemos.Querida, adoro vocês todos dessa casa. As coisas aqui no trabalho estão ótimas, graças a Deus. Jesus tem mostrado seu amor por mim em todos os momentos. Veja só como nossas vidas, dia-a-dia, estão sendo reestruturadas.

Love, love, love. Adoro a minha Tutuquinha e o meu Novinho. Beijos no Rei.nozinho!

Mamãe experimentandoo amor de avó com sua primeira neta.

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Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos. É que as crianças crescem, independentes

de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias: de igual maneira, crescem de repente. Um dia, sentam-se perto de você e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura. Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você, agora, está ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos... Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. E com os cabelos esbranquiçados, ali estamos nós. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes de vento, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros, que, esperamos, não repitam! Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Os filhos saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir-lhes a alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores.

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Não os levamos suficientemente ao Playcenter e ao shopping; não lhes demos suficientes hambúrgueres e refrigerantes; não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. No princípio, subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, Natais, Páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. Depois, chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudade daquelas “pestes”. Chega o momento em que só nos resta ficar de longe, torcendo e rezando muito (e, nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível. O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. Neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido com os próprios filhos e que não pode morrer conosco. É por isso que os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais antes que eles cresçam.

Texto enviado por Rail via Internet autor desconhecido

Crendo emJesus

eu possover o invisível

e crerno impossível.

CAPÍTULO V

Gerar um filho é gravar na vida uma

história

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Mãe do SilêncioMãe do Silêncio e da Humildade, tu vives perdida e encontrada no mar sem fundo do Mistério do Senhor. Tu és disponibilidade e receptividade. Tu és fecundidade e plenitude. Tu és atenção e solicitude pelos irmãos. Estás revestida de fortaleza.Resplandecem em ti a maturidade humana e a elegância espiritual. És senhora de ti mesma antes de ser nossa Senhora.Em ti não existe dispersão. Em um ato simples e total, tua alma, toda imóvel, está paralisada e identificada com o Senhor. Estás dentro de Deus e Deus dentro de ti. O Mistério total te envolve e te penetra e te possui, ocupa e integra todo o teu ser. Parece que em ti tudo ficou parado, tudo se identificou contigo: o tempo, o espaço, a palavra, a música, o silêncio, a mulher, Deus. Tudo ficou assumido em ti, e divinizado.Jamais se viu figura humana de tamanha doçura, nem se voltará a ver nesta terra uma mulher tão inefavelmente evocadora. Entretanto, teu silêncio não é ausência de presença, estás abismada no Senhor e ao mesmo tempo atenta aos irmãos, como em Caná. A comunicação nunca é tão profunda como quando não se diz nada, e o silêncio nunca é tão eloqüente como quando nada se comunica. Faz-nos compreender que o silêncio não é desinteresse pelos irmãos mas fonte de energia e de irradiação, não é encolhimento mas projeção. Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se. Afoga-se o mundo no mar da dispersão, e não é possível amar os irmãos com um coração disperso. Faz-nos compreender que o apostolado sem silêncio é alienação, e que o silêncio sem apostolado é comodidade.Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza de tua Fé, a altura de tua Esperança e a profundidade de teu Amor.Fica com os que ficam e vem com os que partem.Ó Mãe Admirável do Silêncio!

(por Inácio Larrañaga, em O Silêncio de Maria, Ed. Paulinas).

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Um antigo dito popular nos ensina quatro abençoados objetivos de vida.

Para que a vida seja completa, todo ser humano deveria:

• Plantar uma árvore;• Construir uma casa;• Ter um filho;• Escrever um livro.Você realmente está num período fértil e propício,

talvez seja a época ideal para plantar suas sementes e ver nascer uma frondosa árvore, repleta de flores e frutos. Tempo de cultivar suas raízes, afofar a terra, arar, adubar, cuidar. Tempo de construir a casa onde habita o espírito. Dar atenção ilimitada ao seu templo sagrado: seu próprio corpo. Construir com carinho cada pedacinho desse espaço que lhe foi dado com tanto amor.

Agora, você tem um hóspede muito especial dentro da sua casa! Ter um filho, resgatar valores, redescobrir o encantamento da vida e reverenciar a sublime força e o total poder de Deus. Nos próximos nove meses e, por que não dizer, para o resto da sua vida, se você estiver atenta, perceberá por meio de Suas divinas manifestações que para ELE nada é impossível!

Escrever um livro... Meu querido amigo, o grande escritor Cesar Romão, vibrou quando lhe contei sobre este novo livro e o trocadilho do título, que surgiu como inspiração mais que divina: gráVIDA. No dia seguinte, ele me telefonou todo animado e disse:

— Biba, estive pensando na sua sacada com a palavra gráVIDA e o pensamento da gente voa... Daí que percebi: engravidar é gravar na vida sua própria história!!! Não é o máximo?!

Ele tem toda razão! É mesmo o máximo!!! Gerar um

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filho, participar dessa imensidão do plano de Deus, sem dúvida alguma, é deixar gravado na vida uma história. Por que, então, não registrá-la?!

Em 1991, quando engravidei da Ana Thereza, comprei um caderno de capa dura marmorizada, com papel artesanal bem lindo, mais parecia um pergaminho. E decidi: vou escrever um livro com todas as minhas emoções, escrever cartas para esta criança, tirar fotos, colar as manchetes mais importantes de jornal, registrar os grandes acontecimentos enquanto ela estava sendo preparada. Naquela ocasião, eu jamais imaginaria que um dia seria escritora, mas eu desejava muito que aquele ser abençoado soubesse nosso momento de vida, nossos anseios, nossas conquistas. Sabe aqueles diários de adolescente, nos quais se cola tudo, inclusive um pedacinho do coração? Pois o livro da gestação de minha filha me devolveu essa brincadeira. Eu ia escrevendo tudo, colando até os orçamentos do enxoval, os desenhos das roupas que fiz para mim — eu era figurinista — as amostras de tecido. Os modelitos de camisola que gostaria de usar na maternidade! As fotos da minha barriga crescendo. Fotos de carinhas de recém-nascidos... Escrevia cartas de amor e agradecimento para ela, para o pai... Escrevia ressaltando quais as características e valores que gostaria que ela tivesse.

Incrível, mas tudo que escrevi posso perceber nela hoje! Coincidência ou deusdência?!

Aquela adorável e despretensiosa brincadeira de ser contadora de momentos especiais foi realmente o primeiro livro que escrevi na minha vida!!!

Esperando meu segundo bebê, contando com minha companheira inseparável, releio avidamente as passagens daquele precioso testemunho. Ana se enternece em imaginar que tudo aquilo foi feito especialmente para ela. Na verdade, foi um presente para mim; os momentos que desfrutamos

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hoje, folheando juntas esse tesouro, me mostram como eu evoluí, quantos degraus nessa escada eu subi. Um dia vou dar esse livro para ela, que vai ler enquanto estiver esperando a filha dela; afinal, a história continua...

Aprimorando essa evolução, seguindo os divinos desígnios de contadora de momentos, transformei-me em “escrevedora” das inspira-ções de Jesus, ou melhor, escritora, como insiste e incentiva minha mãe. No meu livro Milagres, Curas e Bênçãos — Bate e a Porta se Abrirá, da coleção Linha Direta com Deus, transcrevo em um dos capítulos os quatro passos para viver um milagre e como escrever o seu próprio livro de milagres. Penso que estar gráVIDA já é um grande milagre e aproveito para inspirar você a deixar gravada a sua história de vida.

Você está num momento extraordinário para registrar sua caminhada de fé. Sob a luz do Espírito Santo, você sentirá fortemente novas inspirações, estou certa disto. Coragem!!!

Escreva seu livro, plante uma árvore, construa sua casa, tenha seu filho!

Dê asas à sua imaginação! Divirta-se! Celebre, cante e dance. Use folhas coloridas, imagens lindas, fotos de vocês quando pequenos, das famílias. Tire uma foto da casa onde vivem, do espaço que será reservado para o bebê! Registre a transformação da casa, da vida de vocês. Peça que os familiares escrevam alguma coisa. Qual a emoção de ser avó? O que o titio espera?! Siga sua intuição! Mesmo que você trabalhe incessantemente, que sua vida seja atribulada, ache um tempinho para materializar suas emoções e gravar na vida sua história.

Ao nos dirigirmos a Deus, podemos ter essa confiança: quando pedimos alguma coisa conforme o seu projeto, Ele

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nos ouve. E, se sabemos que Ele nos ouve em tudo o que lhe pedimos, estamos certos de que já obtivemos o que lhe havíamos pedido (João 5:14-15).Um dia, se quiser, mande-me uma cópia do seu livro de milagres, da sua história! Vou amar! Recebi alguns, e muitos deles são tão sensacionais que tenho vontade de fazer uma coletânea; se Deus me ajudar, um dia irei publicá-los!

Aqueles que contam com o Senhor

renovam suas forças. Ele lhe dá asas de

águia correm sem se cansar vão para a

frente sem se fatigar. Isaías 40:31

CAPÍTULO VI

Grávida do Coração

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Seus filhos não são seus filhos,são os filhos da Vida desejando a si mesma.Eles vêm através de vocês mas não são de vocês,e, embora estejam com vocês, não lhes pertencem.Vocês podem lhes dar seu amor mas nãoseus pensamentos, pois eles têm seuspróprios pensamentos. Vocês podemabrigar seus corpos, mas nãosuas almas,pois suas almas vivemna casa do amanhã, que vocês não podemvisitar. Vocês podem lutar para ser comoeles, mas não procurem torná-losiguais a vocês, pois a vida não voltapara trás nem espera pelo passado.Vocês são o arco de onde seus filhossão lançados como flechas vivas.O Arqueiro vê o alvo no caminho doinfinito e Ele curva vocês com seu poder,para que suas flechas possam ir longee rápido. Deixem que o seu curvar-sena mão do Arqueiro seja pelaalegria, pois, enquanto amaa flecha que voa, Ele também amao arco que é firme.

Khalil Gibran

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Na verdade, para ser mãe e pai inteiramente, todos os pais devem adotar seus filhos e todos os filhos devem

adotar seus pais. Desde que somos muito pequenos, as pessoas nos ensinam somente uma história sobre como ter um filho: aquela história de duas sementinhas que se unem para formar um novo ser. Isso continua sendo sempre verdade, mas as pessoas se esquecem de contar para as crianças que existe outra maneira de ter um filho, outra maneira de ser pai e de ser mãe. As duas sementinhas que se uniram no ventre de uma mulher podem formar uma criança que não será criada por essa genitora de sangue (biológica).

Outras pessoas deverão assumir essa criança e a trans-formarão em “filho”. Elas serão “pais do coração” e o filho será “filho do coração”.

É assim que chamamos carinhosamente os pais e os filhos por adoção. O abandono de crianças e a orfandade existem na história da humanidade desde os tempos mais distantes. Dessa forma, as mais diferentes sociedades e culturas encontraram formas para acolher essas crianças abandonadas ou órfãs, criá-las e aceitá-las como filhos. Em diferentes tempos e culturas, a adoção teve significados diversos, mas nunca podemos esquecer um ingrediente fundamental para que a verdadeira relação de filiação se tornasse sólida: o amor. Ah, esse sempre esperado amor que transcende nossas ações para eternizar nossas relações e unir corações. O amor talvez não faça o mundo girar, mas faz com que nossa jornada valha a pena!

É preciso deixar claro que essa outra maneira de ser pai/mãe e filho não é menos importante do que ser mãe/pai biológicos. Também ser mãe ou pai biológico não é mais “verdadeiro” ou “legítimo” do que o parentesco por meio da adoção. Existem culturas e países nos quais a adoção é praticada de maneira muito tranqüila e sem tantos medos e

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culpas como nós geralmente temos. Na Polinésia Francesa, não existem crianças abandonadas,

pois todas as crianças são imediatamente acolhidas, sem a menor hesitação. Casais que não podem ter filhos biológicos não ficam tristes muito tempo porque sabem que seus parentes e/ou amigos lhes confiarão tantas crianças quantas eles desejarem adotar. Um comportamento semelhante existe no Havaí e na África. Em todas as culturas existem mulheres e homens que não poderão ter filhos biológicos. Mas sempre poderão gerar filhos por adoção e, portanto, ficar grávidos do coração. Referir-se ao coração na gravidez, esse órgão do amor cantado em verso e prosa desde tempos imemoriais, é compreender que uma relação de filiação é muito mais que simplesmente ter o mesmo sangue ou os mesmos genes. Quem assistiu Tarzan, dos estúdios Disney, sabe que uma das cenas mais emocionantes do filme tem como tema o “coração”. Tarzan ainda pequeno reclama para Kala, sua mãe adotiva, que ele é muito diferente dela, não tem pêlos nem consegue fazer tudo o que os outros gorilas fazem. Kala, a sábia personagem, pega a pequena mão de Tarzan e coloca sobre o lado esquerdo de seu peito. Pergunta para Tarzan se ele sente a batida do seu coração. Ele diz que sim e, então, Kala pega a mãozinha dele novamente e a coloca no lado esquerdo do peito dele. Ele sente o ritmo do seu próprio coração e ela, com um sorriso nos lábios, lhe diz que não existe diferença, pois a batida dos dois corações é igual... A arte imita a vida, pois a ciência já comprovou que o som do coração materno tem grande importância no comportamento de um recém-nascido. Um estudo realizado com mães segurando seus bebês revelaram que 80% delas embalam intuitivamente os filhos no braço esquerdo, junto ao coração. Um exame feito com pinturas de Madona com a criança, extraídas de todos os períodos da história da arte, encontrou, em 373 das 466 pinturas examinadas, a criança apoiada no braço esquerdo da

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mãe, exatamente a cifra de 80%. Na verdade, para ser mãe e pai inteiramente todos os pais devem adotar seus filhos e todos os filhos devem adotar seus pais. Amar alguém não depende de fatores biológicos. Toda relação de amor deve ser construída no dia-a-dia, como um imenso edifício sem fim, que nunca acaba e sempre está recebendo reparos, acabamentos mais resistentes, novos materiais, decoração mais moderna... Uma relação entre pais e filhos também é construída, e isso ocorre tanto com pais e filhos biológicos quanto com pais e filhos adotivos. A gravidez do coração é como as fundações do edifício, os alicerces sobre os quais todo o restante será construído. Essa relação de filiação, assim como qualquer outra de amor, sempre é um processo: ela é dinâmica e não pode parar nunca. Temos sempre de nos lembrar de que ninguém é perfeito e que nossas relações de amor também encontrarão contratempos. É por isso que o relacionamento entre pais e filhos deve ser sempre do coração, precisa ser preservado, cuidado, como a construção de um edifício que nunca tem fim.

Porque não é o fim que é importante, mas o processo, a própria construção é que é importante e que mantém o edifício vivo! Ficar grávida do coração é essencial para ter força e alegria para construir esse edifício e ultrapassar as nuvens da nossa existência. A gravidez do coração ocorre com pessoas que não podem gerar filhos biológicos ou com pessoas que podem gerar filhos, mas optam pela adoção; essa gravidez também ocorre com pessoas que têm filhos do seu sangue, mas ainda decidem adotar outras crianças e transformá-las em filhos. No entanto, a gravidez do coração deve inclusive ocorrer com pessoas que têm somente filhos biológicos ou que estão esperando seus filhos biológicos. Assim, a gravidez do coração é democrática, universal e unissex! Ela deve ocorrer tanto com a mulher quanto com

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o homem. Uma verdadeira gravidez do coração significa a compreensão de que um filho, biológico ou adotivo, é um presente. O mais belo presente de todos. É um presente de Deus, do Amor, da Vida e dos Anjos. Compreender isso faz com que a pessoa que está grávida do coração coloque todo o seu amor nessa missão sublime. A vida torna-se leve e fácil porque quem um dia ficou grávido do coração tem certeza de que sua missão de criar, educar e amar uma criança como seu filho é uma tarefa abençoada.

Com o amor no coração nenhuma tarefa é insuperável, nenhum obstáculo é grande demais. O amor ilumina nosso caminho e faz com que possamos encontrar as chaves dos materiais necessários para a construção do nosso edifício de parentesco: afeto, carinho, paciência, empatia, compreensão, tolerância, aceitação das diferenças, perdão... Não, não seremos perfeitos, porque essa não é uma qualidade humana; derramaremos lágrimas, com certeza, mas saberemos enxergar em seu brilho a esperança de um lindo arco-íris!

Em 1998, quando escrevi os fascículos Maria Rainha dos Anjos, encontrei uma pequena nota sobre um grande trabalho. Incríveis os caminhos do Senhor!

Era uma revista sobre fofocas de TV, imagine! E foi lá que, num perfeito arrANJO, conheci o livro escrito por Lídia, uma curitibana linda por dentro e por fora. Até hoje ainda não nos conhecemos pessoalmente... nossa relação já transcendeu, e nós nos tornamos irmãs de fé. Àquela altura, motivada pelo trabalho sério de Lídia, e pela certeza de que todas as nossas orações devem ser precedidas por obras concretas, lancei a campanha “Adote um anjo”: era uma pequena chamada na contracapa dos fascículos, onde colocava alguns telefones úteis para quem quisesse se aprofundar nesse caminho e o nome do livro por ela

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escrito. Lídia me contou que choveram telefonemas, e que várias edições de seu livro foram vendidas com aquela ajuda! Que lindo ligar um ponto ao outro! Pedi que ela escrevesse este aparte em nosso livro, pois ela, mais do que ninguém, sabe o que é ficar gráVIDA do coração. Obrigada, Lídia!2

2 – Lídia Natalia Dobrianskyj WeberPsicóloga; Coordenadora do Projeto “Criança: Desenvolvimento,Educação e Cidadania” do Departamento de Psicologia daUniversidade Federal do Paraná. Praça Santos Andrade,50/1º andar - 80020-300 Curitiba - PR Tels.: (41) 310-2625 / 310-2644 — Fax: (41) 310-2641. E-mail: pcdec@uol.com.br Homepage: www.members.soom.com www.members.soom.com/pcdec

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CAPÍTULO VII

Grávida,

com a

força de

Deus

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Ó, minha Senhora,E também minha Mãe,

eu me ofereço inteiramentetoda a Vós

e em prova da minha devoçãoEu hoje vos ofereço meu coração

Consagro a vósmeus olhos

meus ouvidosminha boca

e inteiramente todo o meu serIncomparável Mãe

Guardai-me e defendei-me como filha

e propriedade vossa Amém.

Consagração a Maria

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Em maio de 1998, mês das mães e, naquele ano, também da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, decidi

quebrar as barreiras e condensar em livros o que vinha fazendo por meio dos fascículos. Saí da editora escolhida com prazos estipulados por mim e aprovados por eles, mais a promessa de escrever uma coleção com quatro títulos. Para quem nunca havia escrito nenhum, este era o maior exercício da fé que eu poderia praticar. Sabia que não era apenas um plano meu, estava tranqüila e absolutamente certa de que as instruções chegariam na hora certa. Bastava acreditar e confiar.

Em agosto, lançaríamos o primeiro. Iniciar do começo! Maria foi o primeiro da série, depois veio Jesus, que chegou às prateleiras em novembro. Conforme eu escrevia e me entregava completamente a essa nova função de minha vida, experimentava milhares de provas e milagres de Deus.

Em dezembro, recebi uma proposta para lançar os fascículos dos Anjos na Colômbia. O editor colombiano marcou uma reunião comigo aqui no Brasil, presenteei-o com os novos livros. Mais uma vez, rezei para que os caminhos fossem guiados por Deus. Desde a publicação dos anjos, eu havia evoluído bastante, achava que o livro de Maria seria mais adequado e coerente com a verdade e a luz de Jesus.

Vivi um bonito encontro com o editor, estava feliz, achava que aquilo por si só já era um recado de Deus, um reconhecimento Seu de que estávamos no caminho. No entanto, estava tão entretida escrevendo o novo título, Milagres, Curas e Bênçãos: Bate e a porta se abrirá, que preferi focalizar minha atenção exclusivamente nesse novo trabalho, sem dispersar. Em fevereiro, no mesmo dia em que enviei o texto completo do novo livro, recebi via e-mail, da Colômbia, a capa e os originais do Maria, em versão na língua espanhola, e o convite oficial para o lançamento na

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Bienal Colombiana. Uau! Aquilo, sim, era verdadeiramente um milagre, uma cura, uma bênção!

Em abril, embarquei para Bogotá para o lançamento, acompanhada por uma verdadeira anja na terra, Ailel, minha orientadora espiritual, que se prontificou a estar comigo durante toda a viagem. Foi puro aprendizado. O êxito foi tamanho que, em maio, voltamos novamente, para terras colombianas, mas dessa vez para uma turnê nacional, incluindo cinco capitais. Tínhamos os dias repletos de entrevistas e apresentações.

Não sobrava tempo para nada, acordávamos às oito e trabalhávamos até tarde da noite. Mas o caleidoscópio dos milagres de Deus é perfeito. Ao chegarmos a Medellin, o chofer de táxi que nos conduzia foi logo dando a triste notícia de que o trânsito estava difícil, pois a poucas quadras dali havia sido assassinado o sobrinho de um grande traficante.

A cidade estava em polvorosa, a cada esquina o moto-rista tinha uma história trágica para nos contar sobre a guerrilha, morte, drogas e violência. Nós olhávamos pela janela, com o coração apertado. Meu Deus!

Quanta crueldade! Maria del Pilar, a assessora e anja na terra que nos acompanhava, tentava disfarçar e desviar o assunto, mas o motorista continuava persistentemente. Com tamanha agitação, nossa agenda ficou comprometida e, num arrANJO perfeito, tivemos a hora do almoço livre, tempo em que Pilar ficaria no hotel tentando replanejar nossos compromissos pelo telefone. Eu e minha anja pudemos sair. Escolhemos um passeio que nos levaria ao ponto mais alto da cidade.

Medellin está rodeada por uma grande cadeia de monta-nhas, as casas e prédios ficam como dentro de uma concha de prata. O mirante escolhido nos possibilitaria uma visão de 360 graus. Uma promessa linda, mas logo que chegamos

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o tempo fechou, e começou uma garoa fina. Alguém nos tranqüilizou:

— O tempo aqui é sempre assim, daqui a pouco abre — disse o colombiano sem dentes, tentando ser o mais gentil possível.

Não nos preocupamos mesmo, continuamos nosso passeio. Entre as pequenas lojinhas de souvenirs, logo encontramos uma capela. Despretensiosamente entramos ali, muito mais para conhecê-la e fazer uma breve oração. Eu mal podia imaginar o que viveria ali.

Sentei-me no banco da frente. Ailel ficou um pouco atrás. Fui entrando em sintonia com Jesus, conversando com Ele em voz alta, e de repente tive um extraordinário encontro.

De joelhos, vivia um momento de perdão e reflexão. Quando dei por mim, percebi que Maria e Jesus

haviam nos levado pelas mãos ao ponto mais alto daquela cidade, não para observá-la como turistas, mas para pedir perdão e encontrá-Los. Pensei em todos que, de uma forma ou de outra, se envolveram com as drogas e tiveram suas vidas danificadas, ficando nas mãos das forças negativas; pedi que o sangue de Jesus lavasse aquela cidade e que ali fosse restabelecida a paz.

Senti Jesus Vivo, atento, escutando cada uma das minhas palavras que, na verdade, não eram bem minhas; eram um grito de socorro por todos aqueles que viviam sob o temor e terror dos vícios e desencontros. Do alto daquela montanha, pensava na angústia daquele povo oprimido lá embaixo; daquele vale são espalhadas sementes do mal e ódio para o resto do mundo: estávamos no celeiro da cocaína, no meio do quartel de Medellin.

Rezei muito, com muita verdade no coração, estava

Biba Arruda

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vivendo um encontro muito real. Sabia que estava sendo escutada. Pensei nos amigos que perdi, nas pessoas que se encantavam com o falso brilhante e não conseguiam mais sair dessa armadilha satânica.

De joelhos, pedia proteção a todas as mães que sofriam com seus filhos drogados e escravizados, pedia libertação e justiça, sobretudo pedia perdão por aqueles que estavam naquela. Não sei quanto tempo ficamos ali, a intercessão de oração de Ailel era impressionantemente forte. Era como se o mundo tivesse parado.

Com a alma lavada e o coração cheio de paz, no final da oração pedi especialmente que Jesus e Maria me concedessem a glória, a plenitude da proteção divina para minha Sagrada Família. Agradeci de todo o coração ao Renozinho, meu amor, que estava no Brasil cuidando de minha filha. Embora ele não fosse seu pai de sangue, elegeu-a como filha legítima desde os dois anos de idade. Aquela era a primeira temporada que os dois passavam sozinhos; eu estava serena e segura em confiar meu tesouro a suas mãos.

Se eu podia estar ali vivendo aquele momento único e espetacular, era justamente por contar com o irrestrito apoio desse maravilhoso companheiro de vida. Senti um profundo e indescritível amor por esse homem, meu arcanjo na terra, que havia sido meu primeiro namorado, quando tínhamos apenas dez anos de idade. Nosso romance durou três anos de correspondência, já que eu morava em São Paulo e ele em Salvador; depois, ficamos 20 anos sem nos reencontrar e, após tanto sofrimento com minha separação, os anjos o trouxeram de presente para mostrar que tudo, tudo neste plano de Deus faz sentido. Lá estava eu revendo minha vida com os olhos da fé e agradecendo, agradecendo e agradecendo!

Consagrei nossa relação, celebrei nossas conquistas, todos os degraus que subimos desde nosso encontro.

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Meu Deus! Que energia aquela! Foi então que me aproximei do altar e me ajoelhei, dizendo:

Eu te louvo, bendigo e agradeço, Senhor, por ter restaurado completamente minha vida. Só eu e o Senhor sabemos o que passei...

Por isso, Pai, sei, confio e aguardo que o Senhor fará o mesmo, leve o tempo que for, com todas as pessoas que se encontram em situação de desespero.

Aproveito, Pai, no mais alto ponto desta montanha, para elevar minha alma ao Senhor e pedir, de joelhos, que, se for do Teu consentimento, possamos coroar nossa relação de amor com o maior tesouro que existe: um filho. Esta criança é Tua, Jesus, para Tua honra e Tua glória, para trazer a paz e o amor. Que ela traga em seu semblante a Tua justiça divina.

Toma, Jesus, em Tuas mãos minha família, faze-nos dignos de Tuas promessas. Quando eu atravessar a porta

Medellin, Colômbia – Altar onde foi consagrado o

nosso bebê.

Biba Arruda

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desta igreja sei que nunca mais serei a mesma, pode levar o tempo que for, mas eu sei, Pai eterno, que o Senhor ouvirá meus pedidos... todos eles!”

Ao sairmos da capela, o sol estava refulgente, as gotas de garoa nas folhas pareciam diamantes. Pensei que havíamos ficado ali por horas, e que estávamos totalmente atrasadas, mas ao olhar no relógio percebemos que foi o tempo exato que havíamos marcado para voltar ao hotel. O tempo realmente tinha parado, para vivermos aquele momento.

Registrei em fotos aquele lugar santo, colocaria em um porta-retrato para me lembrar vivamente de tudo o que havia sentido ali. Naquela mesma noite em Medellin, quando participamos de um grupo de orações, presenciamos a prova concreta das respostas de Deus. O testemunho de Bernardo, um homem de 43 anos que havia sido drogado durante anos, foi tocado enquanto rezávamos o terço e, ali mesmo, na frente daquelas 40 pessoas, viveu sua libertação.

Obrigada, Jesus!Não era a primeira vez que eu pedia a Jesus para

presentear Renozinho, meu marido, com um filho. Por eu amá-lo tanto, gostaria que ele experimentasse essa sensação divina que é ter um pedacinho seu no mundo, gostaria imensamente de perpetuar nosso amor pelas gerações. Por ele ser uma pessoa tão maravilhosa, gostaria que seus frutos espalhassem generosamente pelo mundo tantas bênçãos quantas eu mesma vinha recebendo dele. Nós já havíamos falado sobre filhos em diversas ocasiões, mas não tinha chegado a hora... ele não se sentia preparado, ainda.

Há aproximadamente dois anos, preparei uma caixinha vermelha aveludada, daquelas de guardar jóias, e depositei ali o método anticoncepcional que usávamos.

Após um solene jantar entreguei a ele. Foi um susto!

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A decisão agora estava nas mãos dele! Naquele presente, encontrava-se a sinalização evidente de que eu estava pronta, melhor dizendo, eu estava totalmente disposta a ter um filho com ele, e solidificar assim nossa sagrada família. Se pensarmos bem, prontos, completamente prontos nós nunca estaremos... Por isso que é fundamental sermos cúmplices com a força de Deus, para nos encorajar e saber que Ele é o grande encarregado de tudo, como diz a Escritura:

“Eis o que diz o Senhor: ‘Não temais, não vos deixeis atemorizar diante dessa multidão imensa, pois a guerra não compete a vós mas a Deus’ (2 Crônicas 20:15).

Não tereis de combater nesse caso. Colocai-vos lá e permanecei lá, para contemplar a salvação que o Senhor vos concederá. Não temais, nem tenhais pavor. Saí-lhes amanhã ao encontro e o Senhor estará convosco (2 Crônicas 20:17).

Ponde vossa confiança no Senhor e estareis seguros, crede nos seus profetas e tudo correrá bem”.

O tempo foi passando... Nós não tocávamos mais nesse assunto, mas esse desejo amadurecia dentro de cada um de nós. Numa noite de verão e lua cheia, sentados à beira de um lago na Bahia, balançando os pés na água, meu amor mais uma vez me surpreendeu com suas palavras doces.

O Ano-Novo se aproximava e ele foi me dizendo quais seriam seus planos... entre eles, o mais importante, já admitia claramente, que ter um filho fazia parte de seus projetos não tão longínquos.

Não consegui conter as lágrimas de alegria que transbor-daram dos meus olhos, embora, empolgadíssima, eu quisesse me pendurar no pescoço dele, enchê-lo de beijos e gritar de alegria; respeitei seu ritmo e continuei escutando tudo com atenção. Meu Deus! Que bênção poder entregar a vida ao Senhor e ver nitidamente Sua proteção divina!

Renozinho nunca havia falado de forma tão assumida

Biba Arruda

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sobre esse grande passo e tudo o mais que envolveria essa atitude. Sabia, em meu coração, que nosso filho estava nascendo ali, naquele momento de comunhão e aceitação mútua, para honra e glória do Senhor. Aleluia!!!

Decidir ter um filho é uma coisa muito importante, não se pode pensar no imediatismo, mas no compromisso de uma vida inteira! Nós já não éramos mais adolescentes, aquela era uma conversa que envolvia muita responsabilidade. E, na verdade, responsabilidade, como bem define Sônia Café em seu livrinho de anjos, é a “habilidade” em “responder” com nossos talentos e capacidades ao que nos é atribuído. Ser responsável é usar esses talentos e habilidades para o bem de todos, de modo alegre e leve.

Fomos amadurecendo a idéia aos poucos, conversando aqui e acolá sobre as mudanças e alterações que viveríamos com essa atitude.

Essa conversa, os planos, a caixinha aveludada foram bem antes de minha viagem à Colômbia, e a consagração de nosso filho no altar de Medellin. Nossas vidas transcor-riam normalmente, sem cobranças nem pressões, nossa cumplicidade era enriquecida com nosso dia-a-dia.

Poucos dias antes de Renozinho viajar para o Rio de Janeiro, onde participaria como leiloeiro de um evento beneficente, ele me disse:

— Amor, hoje pela manhã resolvi ler Salmos; encontrei um tão bonito, que falava sobre as abundantes colheitas: “Prepare seus trigais pois a colheita será farta!”

Perguntei a ele qual o número do Salmo e ele me disse:

— Acho que é o 65. Como nossas Bíblias são diferentes, ao conferir o Salmo

65 que ele mencionou, recebi o maior presentão e recado direto de Jesus. O título do Salmo já dizia tudo: “Reconheci-mento por uma grande vitória”.

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Aclamai a Deus, toda a terra,Cantai a glória de Seu nome

rendei-lhe glorioso louvorDizei a Deus: “Vossas obras são estupendas!

Tal é o vosso poder que os próprios inimigos vos glorificam.Diante de vós se prosterne toda a terra,

e cante em vossa honra e glóriade vosso nome”.

Vinde contemplar as obras de Deus;Ele fez maravilhas entre os filhos dos homens

Mudou o mar em terra firmeatravessaram o rio a pé enxuto;eis o motivo de vossa alegria

Domina pelo Seu poder para sempreSeus olhos observam as nações pagãs

Que os rebeldes não levantem a cabeçaBendizei, ó povos, ao nosso Deus

publicai Seus louvores.Foi ele quem conservou a vida de nossa alma

e não permitiu resvalassem nossos pésPois vós nos provastes, ó Deus

acrisolastes-nos como se faz com a prataDeixastes-nos cair no laço,

carga pesada pusestes em nossas costasSubmetestes-nos ao jugo dos homens

passamos pelo fogo e pela água;mas, por fim, nos destes alívio.

É pois com holocaustos que entrarei em vossa casa,pagarei os votos que fiz para convosco,

votos proferidos pelos meus lábiosquando me encontrava na tribulação

Oferecerei em holocausto as mais belas ovelhas

Biba Arruda

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com os mais gordos carneirosimolarei touros e cabritos.

Vinde, ouvi vós todos que temeis ao SenhorEu vos narrarei quão grandes coisas Deus fez à minha alma

Meus lábios o invocaram com minha língua o louveiSe eu intentasse no coração o mal

não teria ouvido o SenhorMas Deus me ouviu;

atendeu a voz da minha súplicaBendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração

nem retirou de mim a sua misericórdia.

Deus faz realmente as coisas perfeitas, Ele escreve certo por linhas tortas.

O Salmo que eu deveria ler era exatamente esse, no qual cada palavra, cada versículo parecia se encaixar completamente com o que se apresentaria em pouco tempo em minha vida. A mensagem que meu amor deveria receber estava escrita com todas as letras no Salmo 64, como relatarei depois.

Renozinho foi para o Rio, bastante animado para fazer o leilão com as obras de arte feitas por deficientes mentais. Cada tela seria acompanhada por um padrinho e simpatizante da causa, para que eles ajudassem a aumentar os lances. Foi então que um casal subiu ao púlpito para apadrinhar uma obra e emocionou a todos contando a história da espera de seu filho tão amado:

— Estávamos ali, juntos, sentadinhos com nossa vara de pescar em punho, esperando pacientemente que viesse um peixe bem graúdo. Mas qual não foi nossa surpresa quando recebemos muito mais que um peixe. Pescamos uma estrela... uma estrela muito brilhante e de cinco pontas.

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Eles estavam se referindo ao filho especial que tiveram, e quanta alegria, amor e união a família deles vive desde o nascimento desse menino, que amam incondicionalmente.

Aquela era a noite de São Pedro; liguei para Renozinho antes de o leilão começar e desejei uma chuva de bênçãos. Mencionei a data importante e lembrei o que Jesus disse: “Tu és Pedro e sobre ti edificarei minha Igreja”. Vai lá, meu amor! Boa sorte! Esse leilão vai ser de rocha!

Maravilhoso mesmo, não se esqueça do seu recado direto, prepare seus trigais, a colheita será abundante. Te amo!

Quando eu falei com ele, estava pensando no êxito do leilão, que seria revertido para entidades que cuidavam dos deficientes, estava feliz por Renozinho estar solidificando sua carreira em outras capitais... enfim.

Mas eu nunca pensei que eles fossem viver momentos tão abençoados como o que eu descrevi um pouco antes; ele me contou que no meio daquele falatório todo, entre os padrinhos, várias atrizes e atores globais, clima de festa e agito, ele sentiu a força poderosa de Deus tocando todos ali.

Logo que terminou o leilão, telefonou-me contando

Renozinho leiloando as obras das crianças no lança-mento da Bennetthon. À direita, Cristina Arcangeli

incrementa os lances.

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que realmente foi sucesso total, que iria comemorar com tio Celso, que veio de Salvador para prestigiá-lo no leilão. Pediu que eu fosse buscá-lo no aeroporto no dia seguinte, às três horas, e completou dizendo:

— Não atrasa, que eu tenho um presente especial para te dar!

Li o Salmo da vitória e fui dormir feliz, agradecendo, agradecendo, agradecendo!

Que bom acreditar nas promessas de Deus, e ver tantos resultados concretos!

Ao nos reencontrarmos com gosto de vitória, ele me pediu para tirarmos a tarde livre só para celebrar nossas conquistas. Fomos para casa e lá eu realmente ganhei o maior presente de todos. Todo o seu amor, sem restrições, nem barreiras, nem bloqueios, foi sua entrega total e absoluta. Não foi preciso trocar uma só palavra, sabíamos muito bem o que aquilo significava! Foi o melhor presente que eu poderia receber!!!

Meu aniversário foi poucos dias depois, e por um arrANJO caiu exatamente na data do retorno das férias de nosso grupo de oração Nossa Senhora das Graças. Recebi uma homenagem linda de todas as minhas irmãs de fé, com direito a presente e bolo. Maricy segurou minha mão para, juntas, cortamos a primeira fatia, e disse-me ao pé do ouvido:

— Faça um pedido que Jesus e Nossa Senhora estão Lhe ouvindo e eu vou rezar para que se realizem!

Pensei, com muita fé, que privilégio contar com a intercessão dessa mulher e ter suas mãos sobre as minhas, justo ela, que já teve dez filhos. Sabia exatamente o que queria pedir, fechei os olhos e pensei: “Que venha mais um filho abençoado para honra e glória de Jesus, trazendo muito amor, paz, harmonia e união para toda a nossa família!”

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A essa altura eu estava finalizando o livro Rogai por Nós Agora e na Hora de Nossa Morte, que fui inspirada a escrever quando estive na Colômbia. O que a princípio pensei que fosse um livro sobre a morte, Jesus foi me revelando que era um livro sobre a vida eterna, a ressurreição e seu profundo amor a cada um de nós. Fiquei fascinada em escrever esse livro, pois, se nos outros eu tinha uma noção de que caminho seguir, aquele eu não sabia nem por onde começar. O resultado foi concluído em pouco mais de um mês, e eu considero um dos livros mais lindos que já escrevi. Posso dizer sem nenhuma modéstia, pois tenho total certeza de que apenas tive o privilégio de colaborar, Jesus fez toda a obra.

Conheci Ante Klunje, um leitor panamenho que mora há muitos anos em Miami e que leu meu livro sobre Maria, lá, Jesus unindo seu Rebanho.

Como para Deus nada é impossível, Ante veio a negócios para o Brasil e me procurou. Contou-me quanto havia sido tocado com o conteúdo do que leu, trocamos histórias e testemunhos de fé; por fim, era tanto para ser dito que marcamos um encontro.

Meus amigos de fé, Gisela e Dr. Roque, me acompa-nharam. Foi uma noite espetacular. Interessantíssimo escutar dois homens, um médico e um diretor de banco, supostamente com valores mais arraigados às ciências exatas, ambos provenientes de culturas, hábitos e experiências, dife-rentes. Embora aquilo não fosse uma barreira, conversaram apaixonadamente sobre o mesmo tema: a entrega ao amor incondicional de mãe. Maria os havia transformado, eles haviam renascido. Gisela e eu aprendemos muito naquela noite, não lembro exatamente em que idioma falamos, pois nem todos dominavam a mesma língua, mas todos entendíamos fluentemente a linguagem do amor universal.

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Voltei para casa radiante, com sabor de milagre e vitória. Embora fosse um pouco tarde, parei numa farmácia. Já tinha vivido tantos sinais... quem sabe aquilo não seria

Poucos meses depois desse encontro, Ante voltou novamente ao Brasil, Gisela e Roque ofereceram um jantar para ele. Com certeza, mais uma agradável noite de fé e muitas trocas de experiências e testemunho.

Desde que comecei a escrever sobre Nossa Senhora, tenho um retrato grande da Rainha da Paz, ao lado do computador. Muitas vezes parei o que estava escrevendo para conversar com minha Mãe, pedir-Lhe opiniões. No fundo do coração, cheguei a pensar mais de uma vez: “Por que será que a maioria das imagens da Senhora está olhando para baixo? Queria tanto que a Senhora olhasse nos meus olhos!!!”

Veja os caminhos de Deus: Ante, meu amigo (ou será um anjo) trouxe um recado e um presente: a mesmíssima imagem de Maria que tenho ao lado do computador, só que os olhos fixos para quem a vê!!!!

Só eu sabia que pensava isso! Não contei para ninguém mais! Abracei a imagem e pensei efusivamente: “Mãe é mãe, sempre dá um jeitinho para tudo, mesmo!”

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prenúncio do que mais viria. Quando dei por mim, vi-me diante do balcão:

— Gostaria de um teste de gravidez!Não sabia exatamente se minha menstruação estava

atrasada ou não; para falar a verdade, nem me lembrava da data de meu último período. Era tudo tão recente! Lembro-me de ter ligado para minha amiga Carola e perguntado como é mesmo que funciona a tabelinha, como se calcula a data fértil. Ela me explicou, e eu me senti a própria adolescente, foi sugestão dela fazer o tal teste. O moço da farmácia garantiu que, se tivesse com poucos dias de atraso, o resultado já seria positivo.

Entrei no carro eufórica! A imagem de Nossa Senhora estava no banco da frente, fui conversando com Ela, com a mesma intimidade que falo com minha mãe. Cheguei em casa, tomei banho, me preparei toda! Estava com um friozinho na barrriga... Será, meu Deus?! Coloquei a imagem de Maria ao meu lado e, de joelhos, li o Salmo 64:

A vós, ó Deus, convém o louvor em Siãovós, que atendeis as preces.Todo homem acorre a vós,por causa de seus pecados.

Oprime-nos o peso de nossas faltas; vós no-las perdoais.

Feliz aquele que vós acolheise chamais para habitar em vossos átrios.

Possamos nós ser saciados dos bens de vossa casa,da santidade de vosso templo.

Vós nos atendeis com os estupendos prodígios de vossa justiçaó Deus, nosso salvador

Vós sois a esperança dos confins da terrae dos mais longínquos mares

Vós, que, com a vossa força, sustentais montanhas,

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cingindo de vosso poder. Vós, que aplacais os vagalhõesdo mar, o bramir de suas vagas e o tumultuardas nações pagãs. À vista de vossos prodígios,

temem-vos os habitantes dos confins daterra, saciais de alegria os extremos do oriente e do ocidente.

Visitastes a terra e a regastes, cumulando-ade fertilidade. De água encheu-se a divina fonte

e fizestes germinar o trigo.Assim, pois, fertilizastes a terra: irrigastes os

seus sulcos, nivelastes as suas glebas amolecendo-ascom as chuvas, abençoastes a sua sementeira.Coroastes o ano com os vossos benefícios onde

passastes ficou a fartura.Umedecidas as pastagens do deserto, revestem-se de alegria as

colinas. Os prados são cobertos de rebanhos,e os vales se enchem de trigais. Só há júbilo e cantos de alegria.

Salmo 64

Quando terminei minha oração, fiz o teste.Sim! Positivo! Bendito todo aquele que vem em

nome do Senhor! Um mês após a confirmação de nossa bem-aventurança, recebemos uma chamada da Colômbia: Maria del Pilar, nossa assessora, também estava gráVIDA. Glória a vós, Senhor!

O Senhor é um roteirista imbatível! Basta estar um pouquinho atenta para perceber sua

ação ao nosso redor. O Senhor cuida de todos os detalhes, é fenomenal

pensar que nem sequer uma folhinha de árvore, ou fruto maduro caia no chão sem Seu consentimento.

Observar a dança dos caminhos que se cruzam e se encontram, exatamente nas horas precisas e perfeitas:

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pessoas certas, nos lugares certos, no momento ideal, tudo totalmente sincronizado. Tomar consciência desse movimento sagrado fortifica nossa fé e nos aproxima cada vez mais desse Paizão maravilhoso que o Senhor é.

Prestar atenção ao desenrolar de cada vida encanta e fascina; quantas vezes nos desesperamos à toa e caímos na tentação de dar ouvidos a nossa mente limitada, que insiste em nos convencer de que não há solução para determinada situação.

O Senhor, que tudo sabe e tudo vê, espera o momento ideal, e outra vez surpreende a todos com uma guinada espetacular, inimaginável no roteiro da vida! A maneira com que os enredos das histórias humanas são apresentados realmente emociona e motiva. Jamais nenhum escritor neste mundo seria capaz de criar histórias tão magníficas, com tamanha genialidade, entrelaçando tantos caminhos e histórias, como só o Senhor é capaz de fazer.

Fortaleço-me muito, Jesus, ao sentir o poder de Sua força operando tantos milagres simultâneos, sobretudo quando a pessoa em cena participa e colabora para que Seu plano divino se realize.

Mas tenho de confessar uma coisa, Jesus: dessa vez o Senhor realmente foi muito além de todas as expectativas que um ser humano pode supor!!! (...bom ...tudo bem ...eu e o Senhor sabemos quanto eu vibro a cada maravilha que presencio, mas dessa vez, Jesus, indiscutivelmente foi demais!)

Meu coração estava absolutamente exultante pela certeza da vida eterna, da ressurreição.

Obrigada, obrigada, profundamente OBRIGADA, Jesus, por nos presentear com essa confirmação concreta, por sermos eleitos e merecedores dessa demonstração de

Biba Arruda

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amor tão grandiosa do Senhor. Tomara Deus todos possam ser contagiados por essa emoção que invade nossas vidas com festa e alegria.

Jamais vou esquecer aquele sabadão gelado no final de agosto de 1999. O frio era tanto que, para continuar escrevendo o livro Rogai Por Nós Agora e na Hora de Nossa Morte, precisei colocar um cobertor nas pernas feito uma velhinha enferrujada. Lembrei-me de minha avó e seus quase 80 anos, como ela estaria... o frio incomoda tanto as pessoas de idade! Os ossos já não são os mesmos, a agilidade, o ânimo, o vigor...

Imediatamente, Moisés resplandeceu triunfante em minha cabeça; conforme conta o Antigo Testamento, ele continuava buscando a Terra Prometida com muita fé e vontade aos 120 anos. O que teria mudado tanto de lá para cá? A busca continua sendo exatamente a mesma, mas e os caminhos? Continuei olhando através da janela de casa, embaçada pelo vapor de minha respiração...

O pensamento da gente voa, mesmo, em segundos viajei no tempo cronológico do ser humano, em suas diferentes fases de vida, de trás para frente até chegar ao momento da concepção. Comprovadamente o primeiro milagre que nos envolve. Corri até a estante e busquei um livro que descrevesse com clareza esse momento sublime. Deleitei-me olhando fotos tridimensionais e explicações sobre cada nova etapa desse processo divino. Claro que todo mundo sabe como somos feitos, em algum ponto da vida já estudou, ou então alguém contou didaticamente como funciona, mas rever com olhos de milagre toda essa riqueza de detalhes que envolvem este mistério, Jesus, foi impactante!

Renovou e enalteceu ainda mais minha fé em Deus, Nosso Salvador. Uma coisa ficou muito clara: deveria começar o livro da morte falando justamente da vida! O frio

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que eu estava sentindo passou, uma onda de calor e amor tomou conta de mim, uma profunda gratidão e amor por meus pais, senti-me bem-aventurada e muito agradecida pela possibilidade de ter gerado minha filha, Ana Thereza, e mais uma vez participado dos planos de Deus.

Obrigada! Obrigada! Continuei escrevendo feliz e cheia de vida noite adentro.

No entanto, o que eu jamais poderia imaginar, sequer desconfiar, Jesus querido, é que na próxima semana estaríamos recebendo a grande notícia: o princípio da vida que descrevi com tanto maravilhamento nas primeiras páginas daquele livro era exatamente o que estava se passando dentro de mim naquele instante!

O Senhor me deu esse presente, fruto de um sublime amor e encontro (quem leu meu testemunho no livro Jesus — Tudo Posso Naquele que me Fortalece pode avaliar o tamanho da graça e vitória que estamos vivendo! Por favor, peço-lhe, faça agora uma prece de gratidão por nossa sagrada família e por esse ser de luz que está chegando).

A total certeza da perpetuação de nossas vidas pelas gerações tornara-se realidade.

Meu Deus, que simbólico! Que perfeito! Obrigada, obrigada, Jesus, por me fazer entender que

dentro de mim cresce a certeza de um eterno recomeçar. Obrigada, Jesus, por nos dar a vida, quando eu refletia

sobre a morte. Obrigada, obrigada, profundamente obrigada por

fazer-me sentir tão cheia de graça, pelo Senhor ser comigo, por me sentir bendita entre as mulheres, por ser bendito o fruto do meu ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte, para que alcancemos a vida eterna. Glória ao Pai, Glória ao Filho,

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Glória ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e pelos séculos dos séculos, amém.

Curiosos são os caminhos de meu PaiNão é a primeira vez que me surpreendo completamente

com o rumo que as coisas acabam tomando... Viver completamente a entrega, deixar que Deus

conduza sua vida, estar de prontidão para o que der e vier é um grande exercício e aprendizado. A concretização de nossa gravidez trouxe muitas mudanças. Como se todo um processo fosse acelerado e as coisas todas ocupassem então seu devido lugar. Sempre ouvi dizer que uma criança traz para o mundo tudo o que ela precisa; tenho o privilégio de constatar pela segunda vez que isso é a mais pura verdade. Não há nada o que temer, nada! Embora durante os nove meses você seja assolada por mil questionamentos.

Essa nova pessoinha que está bem aqui, entre mim e o teclado do computador, quase prontinha para nascer, foi o grande agente modificador na vida de toda a nossa família. Inspirou-nos confiança e trouxe infinitas alegrias.

Na primeira entrevista com o médico obstetra, ele me alertou:

— Tenha mais paciência com você, uma mulher gráVIDA pode ficar com o raciocínio um pouco mais lento... isto é natural. A dança dos hormônios é muito grande e, afinal de contas, você está fabricando um novo ser humano dentro do seu organismo.

Pensei comigo: “Nossa, eu tenho tantas coisas que precisam ser organizadas antes de o bebê chegar... Como vai ser possível?! Vamos ter de nos mudar para uma casa maior, será necessário encontrar um comprador para o apartamento

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onde moramos. Adaptar-nos a novas emoções, lidar com todas as novidades que este novo estado de vida nos traz”. Havia planejado finalizar e lançar o livro Rogai por Nós, escrever o livro Pescadores de Homens para lançar em novembro... Fora uma série de outros compromissos que já havia assumido.

Nos primeiros meses, um Soooooooooonnnnnnooo sem fim.

A gravidez modifica todo o metabolismo, fazendo com que nosso organismo acelere algumas funções. O ritmo cardíaco torna-se mais rápido devido ao aumento do volume de sangue, e continua assim até o quinto mês. A respiração também muda completamente, já que precisamos mandar oxigênio para o feto. Tanta exigência, claro, causa o maior cansaço. Seria natural dormir o máximo que pudéssemos e descansar. Mas a gente também tem de driblar lá com uma culpinha que é preciso expulsar com toda força!

Como a barriga ainda não aparece, não se fez o primeiro ultra-som e não se viu o pimpolho lá dentro; por mais confirmação que exista, seu bebê ainda não é real e concreto, e você fica se sentindo meio inútil de ficar ali, dormindo, com tanta coisa para ser resolvida.

AHHH! Como eu agradeço a sensibilidade do meu marido que, no início, me telefonava no meio da tarde e pedia gentilmente:

— Vai se deitar e vê se dorme um pouquinho. Não foram poucas as vezes que ele veio pessoalmente

me fazer companhia para que eu me sentisse menos “ociosa”. Se eu pudesse falaria a todos os pais que tenham essa atitude nobre. Pura bênção e conforto contar com esse apoio. E eu, meio sem jeito, ainda insistia: “Mas gravidez não é doença, tenho tanta coisa para fazer!!! Como é que eu posso ficar dormindo assim, à toa?!”

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Ele abria um sorrisão e dizia:— Você quer fazer ainda mais do que fabricar dentro

de você uma nova vida? Para me aquietar de vez, abraçava-me apertado até

pegar no sono, o que não precisava mais do que poucos minutos.

No primeiro trimestre, há um aumento intenso dos níveis de progesterona e estradiol, dois hormônios ligados ao ciclo menstrual. A eles, junta-se um terceiro, chamado gonadotrofina, cujos níveis, muito elevados no primeiro trimestre, declinam rapidamente a partir do quarto mês. Por isso são tão freqüentes as oscilações emocionais.

Estar gráVIDA é como se as cores fossem todas mais acentuadas, sua emoção está à flor da pele, tudo o que sente é triplicado, o frio, as lágrimas transbordam por qualquer motivo, a fome...

Ah, a fome! Nos primeiros meses, cerca de 50% a 70% das mulheres sofrem de enjôo e vômitos. Eu, por exemplo, vomito durante três meses tudo o que como. Nesta segunda gravidez aprendi uma coisa bem importante: esses três meses são o tempo em que você e sua família estão se adaptando à novidade, seu organismo tem de encontrar o compasso desse novo ritmo. Se antes você comia aproximadamente três vezes ao dia, e podia ficar bastante tempo com o estômago vazio, agora precisa pôr “lenha na fogueira” para alimentar essa fornalha, para não deixar nunca seu aparelho digestivo parado. Em vez de três vezes passará a comer seis vezes, pequenos lanchinhos, entre as refeições. O que causa enjôo é ficar muito tempo sem comer, aí você fica enjoada e não quer comer, mesmo, e a primeira coisa que coloca na boca acaba vomitando; por fim vira um ciclo vicioso. Mas se você encontra o ritmo certo dessa canção, tendo atenção para a qualidade do que você irá ingerir, é capaz de extinguir ou diminuir consideravelmente

GráVIDA

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esse incômodo.Durante esses últimos nove meses realmente nossa

vida mudou completamente. Eu, que pensava que este livro seria uma coletânea de

crônicas e impressões dessas passagens reais, me surpreendi mais uma vez com seu resultado final.

A data do meu parto está se aproximando e, o que pensei que seria a introdução do livro, por fim ocupou muito mais páginas do que supunha.

Paro diante da imagem de Jesus e Maria (agora com os olhos voltados para os meus) e pergunto:

— Mas, e agora?! O que devo fazer? Cortar o texto?! Reorganizá-lo, não vai caber tudo o que queria! Faltará espaço para falar da cura das gerações na gravidez, confesso eu a Jesus toda apreensiva!!!

Tem sido tão importante rezar para nossos antepassados e quebrar cadeias sucessivas dos pecados e negatividades que não pertencem a esse novo ser, e que mesmo sem querer acabará recebendo em sua herança genética por meio do DNA. Sei que as orações podem amenizar esse processo. Jesus me tranqüiliza o coração.

— Vamos pensar em fazer um CD com a oração meditada, fique tranqüila, na hora certa saberá.

— Mas, Jesus e Maria... — continuo a conversar com Eles: — Faltou também eu falar sobre amamentação, sobre minhas impressões no decorrer do dia-a-dia, sobre alimentação saudável, sobre as orações que fiz. Pensei que seria este o caminho que percorreríamos, foi tão importante sentir Sua presença onipotente, o tempo todo me ajudando a subir mais e mais degraus e a ultrapassar dificuldades, transformando-as em virtudes e conquistas durante esses nove meses. Será, Jesus e Maria, que meu raciocínio está mesmo mais lento, conforme o médico me alertou, e que eu

Biba Arruda

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não segui o caminho correto que este livro deveria percorrer? Mas, e agora, que já tenho pouco tempo!? O bebê chega em menos de 20 dias! Por um arrANJO divino, é nosso presente de Páscoa. Simboliza para todos nós a Sua ressurreição, estamos certos de que essa chegada está nos anunciando novos tempos e nos fez renascer para a vida eterna. Ainda não sabemos, preferimos assim, se será um menino ou menina. Está em Suas mãos, Pai; foi muito bom viver o amor incondicional durante essa espera.

Quero muito que, cada vez, mais e mais pessoas possam viver a graça e a bênção de uma gravidez tão sublime quanto esta que estamos finalizando. Quero que as pessoas creiam e tenham absoluta certeza de que os milagres são possíveis, SIM! Seja nos tempos de Ana e Joaquim, de Maria e José, de Mariza e Fernando, Maria del Pilar e Efraim, Dona Laura e Graziella, seja nos tempos de Biba e Renozinho!

Para viver esse magnífico estado de graça e glória basta abrir o coração, desejar profundamente, entregando todos os passos. Sabe, Jesus, quero que este livro ajude as pessoas a se conscientizarem da importância da família, da união, de como é possível transmutar mal em bem. Gostaria que ficasse a certeza de que tudo pode ser mudado com a força da oração, tudo! Ontem, fomos escolher a maternidade, visitamos três diferentes.

Vi nos berçários vários anjinhos lindos. Como pode, Senhor, aquelas pessoas tão perfeitinhas saírem da barriga de suas mães.

Que milagre!!! Cada um deles representa tantas mudanças na história de seus familiares. Quantos guerreiros da luz ali deitadinhos, quantos fabulosos enredos o Senhor reserva para cada um deles. Meus olhos passearam entre tantos convidados para a ceia do Senhor. Quanta alegria, Pai.

A cidade de São Paulo em polvorosa, lá fora pura

GráVIDA

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agitação e trânsito, mas, dentro daquele portal luminoso, uma ilha de paz e esperança, dois mil partos são feitos mensalmente em apenas uma das maternidades que visitamos. Que bom, Senhor, que as promessas de vida estão soltas pelo ar, e que, apesar de tudo, continuamos a confiar que dias melhores virão.

Conforme vou escrevendo, acalmo meu coração e certifico-me, Pai, de que mais uma vez foi o Senhor quem conduziu inteiramente este livro, assim como todos os outros. O Senhor não quer simplesmente dar o peixe, quer ensinar-nos a pescá-lo. Obrigada por sua delicadeza, Jesus.

Eu lhe peço, Pai, que faça florescer no coração de quem for tocado por essas palavras os benditos frutos do Seu amor profundo!

— Fique tranqüila, as sementes estão lançadas! Eu estou cuidando de tudo, minha Mãe, também.

Uma legião de anjos acompanha cada novo ser que chega ao mundo trazendo a importante missão de despertar em suas famílias a pureza, a inocência, a confiança da força de Deus. Eu já disse anteriormente: “Vinde a mim as criancinhas, pois delas é o Reino dos Céus”. Elas são minhas mensageiras para que vocês jamais esqueçam as maravilhas do Criador e tudo o que Ele vos concede.

De água encheu-se a divina fonte e fizestes germinar o trigo.

Assim, pois, fertilizastes a terra:irrigastes os seus sulcos, nivelastes as suas glebas

amolecendo-as com as chuvas, abençoastes a sua sementeira.

Coroastes o ano com os vossos benefíciosonde passastes ficou a fartura

Umedecidas as pastagens do deserto, revestem-se de alegria as colinas

Os prados são cobertos de rebanhos, e os vales se enchem de trigais.

Só há júbilo e cantos de alegria. Salmo 64

De água encheu-se a divina fonte e fizestes germinar o trigo.

Assim, pois, fertilizastes a terra:irrigastes os seus sulcos, nivelastes as suas glebas

amolecendo-as com as chuvas, abençoastes a sua sementeira.

Coroastes o ano com os vossos benefíciosonde passastes ficou a fartura

Umedecidas as pastagens do deserto, revestem-se de alegria as colinas

Os prados são cobertos de rebanhos, e os vales se enchem de trigais.

Só há júbilo e cantos de alegria. Salmo 64

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ArrANJOS Visuais

Fo

to:

Mar

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Linha Direta com Deus Compartilho com você esta abençoada oração que

aprendi no último dia de nossa viagem à Colômbia. Tenho visto verdadeiros milagres por meio dessa Linha Direta com Deus. Rezei muito durante toda a gravidez. Estou certa de que seguirei esse caminho eternamente... pois a maior prova, o grande milagre de amor, carrego em meus braços; hoje, posso tocar e sentir a força e o poder da oração junto ao Pai.

Terço de JesusFaça o sinal da cruz.

Segure firme a cruz de seu terço ereze confiante e consciente

de cada palavraque pronunciar.

Creio Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, Seu único filho, Nosso Senhor, o qual foi concebido pelo poder do Divino Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai, Todo-poderoso, de onde há de vir julgar os vivos e os mortos.

GráVIDA

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Creio no Divino Espírito Santo, na remissão dos pecados e na vida eterna.Cada gota de sangue que Tu derramaste, cada dor que sofreste, cada humilhação que passaste, meu Senhor, não foi em vão, porque vou redimir minha culpa e pedir perdão por todos os meus pecados para que possa alcançar a Tua misericórdia e vida eterna. Amém.

Em Nome do PaiEm nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos e séculos. Amém.

Pai-NossoPai Nosso, que estais no céu, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso Reino e seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas dívidas assim como nós perdoamos os nossos devedores, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

LivramentoLivrai-me de todos os males, oh! Pai, e dai-nos hoje a Vossa PAZ. Para que eu seja livre de todos os pecados, protegido de todos os perigos e, assim, viverei na esperança da vinda do Cristo Salvador. Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre. Amém.

Biba Arruda

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ContriçãoSenhor, faze de mim uma ovelha do Teu rebanho. Jesus, por caridade, tira-me todo o orgulho, a maldade, o egoísmo, a prepotência, a vaidade, a mentira. Põe em mim, Senhor, um coração puro, contrito e humilde a Ti. Em nome do Pai — Pai Nosso — Livramento.

1º Mistério Senhor, lava-me com um ramo de hissope e ficarei branco como a neve. — Salmo 50. (Faça seu pedido, medite sobre sua intenção, sintonize sua linha direta aqui.) 10 contrições Em nome do Pai — Pai-Nosso — Livramento.

2º MistérioO Senhor é o meu pastor e nada me faltará, em verdes prados me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes. — Salmo 22.(Faça seu pedido, medite sobre sua intenção, sintonize sua linha direta aqui.) 10 contrições Em nome do Pai — Pai-Nosso — Livramento.

3º MistérioO Senhor é minha luz e minha salvação, a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida, de quem me recearei? O Senhor é a proteção de minha vida, de quem terei medo? — Salmo 26. (Faça seu pedido, medite sobre sua intenção, sintonize sua linha direta aqui.) 10 contrições

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Em nome do Pai — Pai-Nosso — Livramento.

4º MistérioSenhor, Tu és o meu mestre. Sem Ti, meu Deus, não sou ninguém, não faço nada; mas Contigo, meu Senhor, eu sou tudo e posso tudo, porque Tu és todo aquele que me fortalece. (Faça seu pedido, medite sobre sua intenção, sintonize sua linha direta aqui.) 10 contrições Em nome do Pai — Pai-Nosso — Livramento.

5º MistérioSenhor, meu Senhor Jesus, filho de Deus Pai Todo-Poderoso e do Divino Espírito Santo. Clamo-Te e rogo-Te, por caridade. Escuta as minhas preces fervorosas. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei-me uma só palavra e serei salvo. Obrigada, obrigada, obrigada, meu amado Pai, profunda-mente obrigada. (Faça seu pedido, medite sobre sua intenção, sintonize sua linha direta aqui.) 10 contrições Em nome do Pai — Pai-Nosso — Livramento.

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Oração FinalSenhor, Tu és o meu mestre. Ensina-me a ser prudente nas horas precisas. Ensina-me a ver, não apenas a olhar. Ensina-me a desmascarar o fingimento, a hipocrisia, A indecência dos malfeitores. Ensina-me, ensina-me, ensina-me Senhor, A Te amar acima de tudo.

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Ligando os Pontos Você é um anjo na Terra, um Guerreiro da Luz! Jesus está reunindo Seu rebanho. Esteja atento e forte, pois TUDO podemos Naquele que nos fortalece! Forme um grupo de oração, de estudo, de reflexão, de orientação. Jesus está recrutando Seu exército e você faz parte dele. Você é um dos nossos! Por onde passar, pode iluminar, pois o Senhor está contigo. Assuma definitivamente o seu papel de Anjo na Terra. Consagre a sua vida e abra-se para receber as graças que estão preparadas especialmente para você. Estou esperando seu testemunho, sua carta, para que, juntos, possamos divulgar para todo o mundo as grandes glórias e graças do Senhor. Eu quero conhecer você! Obrigada por abrir seu coração, todos juntos somos fortes! E vamos vencer! Coragem!

Escreva sua história de fé para

Biba Arrudamandando sua carta para a

Editora Elevação Av. Rudge, 480 — Bom Retiro

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Bibliografia• A grávida – suas indagações e as dúvidas – dr. Júlio de A J. Tedesco —Editora Atheneu.• Bíblia Sagrada. — Ave Maria Editora.• Coleção Linha Direta com Deus – Biba Arruda – Editora Gente.• Dons da Graça – Lone Jensen – Editora Rocco. • MelhORE – Biba Arruda – Editora Gente.• Jesus tudo posso naquele que me fortalece – Biba Arruda - Editora Gente• Maria Quem é essa mulher vestido de Sol – Biba Arruda – Editora Gente• Milagres, Curas e Bênçãos: Bate e a Porta se Abrirá – Biba Arruda - Editora Gente• Mística Cidade de Deus – Maria de Agreda• Nana Nenê – Gary Ezzo e Robert Buckman – Nexo Editora • O.S.C. Milagres Acontecem de Fato – ir. Briege Mckenna, Henry Libersat – Edições Loyola.• O Silêncio de Maria – Inácio Larrañaga – Edições Paulinas. • Para Além do Deserto – José H. Prado Flores – Edições Loyola.• Pescadores de Homens: Os Camilhos da Palavra – Biba Arruda – Editora Gente • Rogai por nós agora e na Hora da nossa morte - Biba Arruda – Editora Gente

De água encheu-se a divina fonte e fizestes germinar o trigo.

Assim, pois, fertilizastes a terra:irrigastes os seus sulcos, nivelastes as suas glebas

amolecendo-as com as chuvas, abençoastes a sua sementeira.

Coroastes o ano com os vossos benefíciosonde passastes ficou a fartura

Umedecidas as pastagens do deserto, revestem-se de alegria as colinas

Os prados são cobertos de rebanhos, e os vales se enchem de trigais.

Só há júbilo e cantos de alegria. Salmo 64

Este livro foi composto na tipolo-gia Garamond, corpo 10 eimpresso em papel Offset 75g/m2 pela-FUNDAÇÃO JOSÉ DE PAIVA

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