granulometria do solo - professora moema...

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Universidade Paulista Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc. COMPLEMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Goiânia, 2016/2. NATUREZA DOS SOLOS NATUREZA DOS SOLOS GRANULOMERIA AULA 02 Material de apoio PINTO, C. de S. “Curso Básico de Mecânica dos Solos”, Editora Oficina de Textos, São Paulo, 2006. MASSAD, F. “Mecânica dos Solos Experimental”, Editora Oficina de Textos, 2016. 2 Experimental”, Editora Oficina de Textos, 2016. Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro Granulometria do Solo 3 Primeira característica que diferencia o solo. Não é fácil identificar pelo simples manuseio. Recebe Denominações específicas para faixas de Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro Recebe Denominações específicas para faixas de tamanhos de grãos. Granulometria do Solo 4 Conceito: A granulometria do solo representa uma de suas características mais estáveis, sendo determinada por meio de análise granulométrica. Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro A granulometria do solo vem a ser a distribuição de suas partículas constituintes, de natureza inorgânica ou mineral, em classes de tamanho. As classes de tamanho das partículas inorgânicas são também chamadas de frações granulométricas.

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Universidade PaulistaInstituto de Ciências Exatas e Tecnologia

Departamento de Engenharia CivilProfessora Moema Castro, MSc.

C O M P L E M E N T O S D E M E C Â N I C A D O S S O L O S E F U N D A Ç Õ E S

G o i â n i a , 2 0 1 6 / 2 .

NATUREZA DOS SOLOSNATUREZA DOS SOLOSG R A N U L O M E R I A

A U L A 02

Material de apoio

� PINTO, C. de S. “Curso Básico de Mecânica dosSolos”, Editora Oficina de Textos, São Paulo, 2006.

� MASSAD, F. “Mecânica dos SolosExperimental”, Editora Oficina de Textos, 2016.

2

Experimental”, Editora Oficina de Textos, 2016.

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

Granulometria do Solo3

� Primeira característica que diferencia o solo.

� Não é fácil identificar pelo simples manuseio.

� Recebe Denominações específicas para faixas de

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Recebe Denominações específicas para faixas de

tamanhos de grãos.

Granulometria do Solo4

� Conceito:� A granulometria do solo representa uma de suas

características mais estáveis, sendo determinada por meio deanálise granulométrica.

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� A granulometria do solo vem a ser a distribuição de suaspartículas constituintes, de natureza inorgânica ou mineral,em classes de tamanho.

� As classes de tamanho das partículas inorgânicas são tambémchamadas de frações granulométricas.

Granulometria do Solo5

� Fração Granulométrica:

� Uma fração granulométrica representa uma classe de tamanhode partícula, que é definida por um limite superior e um limiteinferior de acordo com a escala adotada.

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

inferior de acordo com a escala adotada.

� As partículas de uma mesma classe ou fração podem variarquanto à forma, estrutura e composição granulométrica,podendo ser cristalinas ou amorfas.

Granulometria do Solo6

� Fração fina do solo� Argila:

� inferior a 0,005mm

� (normalmente abaixo de 0,002mm)

� Silte:

� Fração grossa do solo� Areia:

� de 0,05mm a 4,8mm

� Pedregulho:� de 4,8mm a 7,6mm

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Silte:� de 0,005mm a 0,05mm

Pedregulho > Areia > Silte > Argila

Granulometria do Solo7

Fração Limites definidos pela ABNT

Matacão De 25 cm a 1 m

Limites das frações de solo pelo tamanho dos grãos:

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

Pedra De 7,6 cm a 25 cm

Pedregulho De 4,8 mm a 7,6 cm

Areia grossa De 2 mm a 4,8 mm

Areia média De 0,42 mm a 2 mm

Areia fina De 0,05 mm a 0,42 mm

Silte De 0,005 mm a 0,05 mm

Argila Inferior a 0,005 mm

QuartzoQuartzo FeldspatosFeldspatos

� Resistente à desagregação

� Forma grãos de silte e areia

� Mais atacado pela natureza� Dão origem ao argilominerais� Apresentam um estrutura

complexa

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Constituição Mineralógica

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Forma grãos de silte e areia

� Composição química simples� SiO2

� Partículas equidimensionais� Cubos e esferas

� Baixa atividade superficial

complexa� Comportamento bem distintos� Exemplo:

� caulinita – firmemente empacotadas, comligações de hidrogênio que impedem suaseparação e a introdução de moléculas de águaentre elas.

� ilita - devido a presença de íons de potássio,não absorve água entre as camadas(comportamento intermediário).

� esmectita – superfície específica(1.000m²/g) e substituições isomórficas de umátomo de Al3+ por um de Si4+ ou Mg++ (carganegativa) que são neutralizados por cátions livresno solo (Ca++ ou Na+) cujas forças não impede aentrada de água entre as camadas.

Sistema Solo-Água9

� Sistema Solo Água� Solos saturados;� Origem da água no solos (ciclo hidrológico);� Formas de ocorrência da água nos solos;

� Água higroscópica� É fixada na superfície dos colóides, por absorção;

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� É fixada na superfície dos colóides, por absorção;

� Água capilar� É sujeita a fenômenos de capilaridade no solo e desloca-se nos

espaços intersticiais;

� Água gravitacional� Não é retida no solo, deslocando-se apenas nos macroporos, por ação

da gravidade;

� Água de constituição� Integrante da estrutura química da fração sólida do solo.

Sistema Solo-Água10

� No sistema solo-água atuam tanto forças gravitacionais, decorrentes dopeso das partículas, como forças de natureza superficial, de atração erepulsão entre as partículas de solo, a água e os íons presentes.

� A interação físico-química entre as moléculas de água, as partículas de

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� A interação físico-química entre as moléculas de água, as partículas desolo e os íons presentes, dão origem à formação da chamada “camadadupla”.

� Da combinação das forças de atração e de repulsão entre as partículasresulta a estrutura dos solos, que se refere à disposição das partículasna massa de solo e às forças entre elas.

Sistema Solo-Água11

� Lambe (1953) identificoudois tipos básicos deestrutura:

� Estrutura Floculada:

� Os contatos se fazem

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Os contatos se fazementre faces e arestas, aindaque através da águaadsorvida.

� Estrutura Dispersa:

� Quando as partículas seposicionamparalelamente, face a face.

Exemplo de estruturas de solossedimentares: (a) floculada em águasalgada, (b) floculada em água nãosalgada, (c) dispersa.

Sistema Solo-Água-Ar12

� Solos não saturados;

� Formas de ocorrência do ar nos solos: � Bolhas oclusas � Canalículos intercomunicados

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Formação de meniscos nos contatos ar-água

� Tensão de sucção;

� Fenômeno da capilaridade.

Análise Granulométrica13

� Seqüência de procedimentos de ensaiosnormatizados que visam determinar a distribuiçãogranulométrica dos solos.

� Ensaios (NBR 7181/84)

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Ensaios (NBR 7181/84)

� Peneiramento – se aplica a solos granulares, pois a malha maisfina exequível de fabricação é a da peneira 200.

� Sedimentação – solo com predominância de finos� Lei de Stokes (1850)

Análise Granulométrica14

� Curva granulométrica (sedimentação e peneiramento)

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

Análise Granulométrica15

� ENSAIO DE PENEIRAMENTO� Série padrão de peneiras.

Peneira n° Abertura (mm) Peneira n° Abertura (mm)4 4,75 30 0,6005 4,00 35 0,5006 3,35 40 0,425

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

6 3,35 40 0,4257 2,80 50 0,3558 2,36 60 0,250

10 2,00 70 0,21212 1,70 80 0,18014 1,40 100 0,15016 1,18 120 0,12518 1,000 140 0,10620 0,850 170 0,09025 0,710 200 0,075

Análise Granulométrica16

� ENSAIO DE SEDIMENTAÇÃO� LEI DE STOKES (1850)

� Determina a velocidade limite de esferas em queda livre numfluido viscoso.

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Ao colocar-se uma certa quantidade de solo (uns 60g) emsuspensão em água (cerca de um litro), as partículas cairão comvelocidades proporcionais ao quadrado de seus diâmetros.

Análise Granulométrica17

� ENSAIO DE SEDIMENTAÇÃO� LEI DE STOKES (1850)

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

Análise Granulométrica18

� ENSAIO DE SEDIMENTAÇÃO� LEI DE STOKES (1850) – Expressão:

� =��� − �� �

18�× 2

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Donde:

υ – é a velocidade limite

γs – peso específico do material

γw – peso específico do fluido

µ – viscosidade do fluido

D – diâmetro da esfera

� =��� − �� �

18�× 2

Análise Granulométrica19

� LEI DE STOKES� Exemplo 01: para grãos esféricos de solos (γs= 27,0 kN/m³)

com diâmetro de 0,074mm (peneira n.200) sedimentando emágua na temperatura de 20ºC, tem-se:

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

µ = 0,010009 dina s/cm² = 1,029 × 10-6kPa·s

γw= 9,982 kN/m³

Isto é, grãos de solos com diâmetros equivalentes aos da aberturas das malhas da peneira nº.200 caem com velocidade de 0,50 cm/s em água na temperatura de 20ºC.

� =27 − 9,98

18�1,029 × 10−6�× �7,4 × 10−5�2 = 0,50��/�

Análise Granulométrica20

� LEI DE STOKES� Para Taylor (1948), para materiais com densidades próximas

às dos solos a lei de Stokes é aplicável desde que o diâmetrodas esferas esteja na faixa de 0,2 mm à 0,2 µm;

Notas de aula da Prof. MSc. Moema Castro

� Limite superior: Evitar turbulência provocada pela queda degrandes esferas;

� Limite inferior: Evitar um fenômeno chamado movimentoBrowniano.

Abaixo de 0,2 µm as forças de superfície da partícula passam a interagir com asforças de volume, gravitacionais, resultando no movimento aleatório destas nofluído, em conseqüência da colisão destas partículas suspensas com átomos emoléculas presentes na solução.