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GRANDE REPORTAGEM CLUBE EUROPEU AEVILELA Tendo em vista a uniformização dos níveis de desenvolvendo mundi- ais, no início do presente milénio foram estabelecidos, por todos os Estados Membros, os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Es- tes constituíram um verdadeiro esforço de cooperação internacional e um marco nos esforços globais e nacionais de desenvolvimento, tendo em vista a sua persecução num prazo máximo de 15 anos (2000 – 2015).

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GRANDE REPORTAGEMCLUBE EUROPEU AEVILELA

Tendo em vista a uniformização dos níveis de desenvolvendo mundi-ais, no início do presente milénio foram estabelecidos, por todos os Estados Membros, os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Es-tes constituíram um verdadeiro esforço de cooperação internacional e um marco nos esforços globais e nacionais de desenvolvimento, tendo em vista a sua persecução num prazo máximo de 15 anos (2000 – 2015).

PONTOS DE INTERESSE ESPECIAIS:

- Objetivos do Milénio- A Europa no Mundo- Educação- Mulheres e raparigas- Saúde- Paz e segurança- Crescimento verde e sustentável- Crianças e jovens- Ajuda humanitária- Demografia e migração- Segurança alimentar- Desenvolvimento sustentável e ação climática- Direitos humanos e governação

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Tendo em vista a uniformização dos níveis de de-senvolvendo mundiais, no início do presente milé-nio foram estabelecidos, por todos os Estados Mem-bros, os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Estes constituíram um verdadeiro esforço de coop-eração internacional e um marco nos esforços glo-bais e nacionais de desenvolvimento, tendo em vista a sua persecução num prazo máximo de 15 anos (2000 – 2015). A sua concretização passou pelo estabelecimento de oito grandes objetivos.

O NOSSO MUNDO, A NOSSA DIGNIDADE, O NOSSO FUTURO

O PAPEL DA UNIÃO EUROPEIA NA CONCRETIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DO MILÉNIO

A União Europeia e os seus Estados-Membros são o maior doador de ajuda do mundo. Em 2013, dis-ponibilizaram 56,5 mil milhões de euros para aju-dar países de todo o mundo a combater a pobreza.O continente mais beneficiado com a aju-da é o africano, dadas as carências sociais, económicas e políticas que nele se sentem.A União Europeia concede frequentemente fi-nanciamento a organizações não governamen-tais. Tenta garantir que o dinheiro da UE é uti-lizado da melhor forma possível por quem conhece melhor os países e possui mais ex-periência prática em cada domínio. Tem a co-laboração da UNICEF ou a Organização para a Alimentação e a Agricultura, ou as agências de desenvolvimento dos Estados-Membros da UE.

senvolvimento apoia os países a médio e a longo prazo, de modo a que possam superar a pobreza e ter um crescimento económico sustentável que ben-eficie toda a sociedade. A União Europeia está a tra-balhar no sentido de garantir que a transição da fase de ajuda de emergência para a ajuda ao desenvolvi-mento decorre de forma harmoniosa e coordenada.

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Cerca de 25 % da ajuda da UE é concedida diretamente aos governos para que possam cumprir a sua missão, de acordo com as prioridades que eles próprios definem, em estreito diálogo com a União Europeia. Trata-se de dar aos países os instrumentos necessários para as-sumirem a responsabilidade do seu próprio desenvolvi-mento, por exemplo através de reformas e da modern-ização do seu sistema educativo ou do setor agrícola. Sempre que possível, o Governo do país beneficiário assume um papel de liderança neste processo, para que as suas próprias estratégias de planea-mento e de desenvolvimento sejam tidas em conta. A União Europeia envida grandes esforços para ga-rantir que o seu trabalho em áreas como o comér-cio e as finanças, a agricultura, a segurança, as alterações climáticas ou a migração ajuda a er-radicar a pobreza nos países em desenvolvimento.

A ajuda humanitária da União Europeia e a coopera-ção para o desenvolvimento são diferentes, mas es-tão interligadas. A ajuda humanitária contribui para salvar vidas em situações de crise e para dar res-posta às necessidades básicas das pessoas, por ex-emplo mediante o fornecimento de alimentos, abri-go ou cuidados médicos em cenários de conflito ou após catástrofes naturais. A cooperação para o de-

OBJET IVOS DO MILÉNIOHARED BY KEVIN ON MAR 21,

“Mais do que coligar Estados, importa unir os homens”

Jean Monnet

O consultor económico e político francês Jean Monnet dedicou a sua vida à causa da integração europeia, tendo sido o inspirador do «Plano Schuman», que previa a fusão da indústria pesada da Europa Ocidental.Monnet era oriundo da região de Cognac, em França. Quando terminou o liceu, aos 16 anos de idade, viajou por vários países como comerciante de conhaque e, mais tarde, como banqueiro. Durante as duas guerras mundiais, exerceu cargos importantes relacionados com a coordenação da produção industrial em França eno Reino Unido.Como consultor de alto nível do Governo francês, foi o principal inspirador da famosa «Declaração Schuman» de 9 de maio de 1950, que conduziu à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, considerada o ato fundador da União Europeia. Entre 1952 e 1955, foi o primeiro Presidente do órgão executivo daquela Comunidade.

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http://europa.eu/about-eu/eu-history/founding-fathers/pdf/jean_monnet_pt.pdf

Jean Monnet

Portugal e a ajuda pública ao desenvolvimento

A ajuda pública ao desenvolvimento é dirigida so-bretudo aos países de língua Portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e príncipe. Enquanto membro de organizações multilaterais, Portugal contribui para os fundos e programas das Nações Unidas, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Fundo Europeu de Desenvolvimento, entre outros.

A Europa no Mundo - janeiro

A União Europeia tem 139 delegações em todo o mundo e são uma preciosa fonte de informação da União Europeia no terreno e contribuem para a criação de parcerias sólidas e duradouras. A União Europeia participou na elaboração de uma agenda para o desenvolvimento mundial com vista a obter uma vida digna para todos.

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AGENDA DO ANO EUROPEU PARA ODESENVOLVIMENTOPARA SENSIBILIZAR TODA A POPULAÇÃO, PARA O ANO EUROPEU PARA O DESENVOLVIMENTO, A UNIÃO EUROPEIA, PUBLICA MENSALMENTE UM CONJUNTO DE TEXTOS E DADOS RELATIVOS A CADA UM DOS TEMAS EM DISCUSSÃO DE FORMA A PROMOVER UM DIÁLOGO REFLEXIVO E CONSTRUTIVO ENTRE AS COMUNIDADES.

https://europa.eu/eyd2015/pt-pt/eu-european-parliament/posts/eu-shaping-new-development-policy

Educação - fevereiro

Mais de 50 milhões de crianças de todo o mundo não vão à escola e 250 milhões não sabem ler nem escrever e desconhecem as bases da matemática. É por este motivo que a cooperação para o desenvolvimento é tão importante para ajudar as pessoas a ter uma boa educação, prosseguir os seus sonhos e contribuir para a sociedade. A educação é o melhor investimento possível contra a exclusão, as desigualdades e a pobreza.

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https://europa.eu/eyd2015/pt-pt/eu-european-parliament/posts/eu-shaping-new-development-policy

Mulheres e raparigas - março

Em muitas partes do mundo, o simples facto de nascer mulher já é uma desvantagem. São muitas as mulheres vítimas de discriminação ao longo d a sua vida. Por exemplo, são excluídas do acesso ao ensino, ao crescerem não encontram um emprego dignamente remunerado, é-lhes vedado assim como aos seus filhos o acesso a serviços básicos de saúde e é-lhes recusado o direito à proteção social e à herança na velhice. A luta contra a discriminação entre homens e mulheres não só é legítima do ponto de vista moral como é economicamente inteligente.

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Saúde - abril

A saúde é um direito humano básico. Quando a comunidade internacional definiu os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio em 2000, muitos deles referiam-se, direta e indiretamente, à saúde. No entanto, os progressos neste domínio, com especial destaque para a saúde das mulheres e das crianças, têm sido lentos em muitos países.

Paz e segurança - maio

Setenta anos após o fim da segunda guerra mundial, os conflitos e a violência continuam a manter as pessoas e os países bloqueados em ciclos de insegurança e de pobreza, com-prometendo irremediavelmente quaisquer tentativas de desenvolvimento sustentável. A melhor solução é adotar uma abordagem co-letiva, abrangente, desde o alerta rápido e a prevenção à recuperação rápida, estabilização e consolidação da paz. As políticas e program-as de desenvolvimento devem procurar solu-cionar os conflitos, criar resistências e ajudar os países afetados a retomar um percurso de desenvolvimento sustentável, de modo a que as pessoas possam viver em sociedades es-táveis e em paz.

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https://europa.eu/eyd2015/pt-pt/eu-european-parliament/posts/eu-shaping-new-development-policy

Crescimento verde e sustentável, emprego digno e empre-sas - junho

A economia verde tem particular importância para os países em desenvolvimento, uma vez que muitos deles são vulneráveis a choques externos, como os provocados pelas alterações climáticas, as catástrofes naturais ou as crises alimentares e dos combustíveis. O crescimento verde e sustentável deve, simultaneamente, reduzir a pobreza, proteger o ambiente natural e assegurar um trabalho digno com direitos e normas laborais, proteção e diálogo social. Só cerca de um quarto da população em idade ativa dos países em desenvolvimento tem um emprego digno e produtivo.

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Crianças e jovens - julho

Quando os líderes mundiais assinaram a Convenção dos Direitos da Criança, há 25 anos, comprometeram-se a garantir a todas as crianças o direito à vida, à educação e à saúde, bem como a serem bem tratadas e ouvidas.

Ajuda humanitária - agosto

As catástrofes naturais, as guerras e os conflitos podem ter efeitos devastadores nas populações civis privando-as dos elementos básicos de sub-sistência (como os alimentos ou a eletricidade), por vezes, de um dia para o outro. A ajuda hu-manitária assegura a sobrevivência das popula-ções atingidas por uma crise, dando resposta a necessidades básicas: alimentação, abrigo, água potável e proteção física. .

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Demografia e migração - setembro

Mais de metade dos cerca de 230 milhões de migrantes mundiais vive em países de baixo e médio rendimento. A maioria é forçada a migrar devido a catástrofes e dificuldades económicas. Cerca de 40 milhões de refugiados ou de pessoas deslocadas no interior do seu país em todo o mundo não têm outra alternativa senão partir. Apesar de os migrantes poderem dar um contributo dinâmico e produtivo para a sociedade, são muitas vezes deixados à sua sorte, vulneráveis e invisíveis, constituindo uma presa fácil da exploração e do tráfico de seres humanos.

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Segurança alimentar - outubro

A subnutrição é a causa da morte de mais de 3 milhões de crianças por ano, para além de provocar danos mentais e físicos irreversíveis em milhões de pessoas. Além disso, diariamente, uma pessoa em cada oito passa fome por não conseguir obter ou comprar alimentos nutritivos em quantidade suficiente. Uma das principais prioridades do desenvolvimento é dar de comer a uma população mundial em constante crescimento.

Desenvolvimento sustentável e ação climática - novembro

Desde o estabelecimento dos Objetivos de Desenvolvimen-to do Milénio em 2000, que o mundo fez grandes progres-sos para reduzir a pobreza. No entanto, continuam a existir muitos desafios em todos os domínios, sendo as alterações climáticas um dos mais importantes. Se estas não forem con-troladas, os resultados obtidos nos últimos anos em matéria de desenvolvimento poderão ficar ameaçados e os futuros progressos em risco.

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Direitos humanos e governação - dezembro

A democracia e os direitos humanos são os princípios orientadores da União Europeia e defendem los firmemente na nossa cooperação internacional. Tal como enunciado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, «Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos». Por conseguinte, se quisermos manter a dignidade humana, lutar contra a pobreza, defender a igualdade e evitar conflitos é fundamental eliminar os obstáculos que perpetuam as violações dos direitos humanos (lutando contra a discriminação, assegurando o Estado de direito e construindo instituições justas e inclusivas).

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FONTES: HTTPS://EUROPA.EU/EYD2015/PT-PT

HTTP://WWW.UNRIC.ORG/HTML/PORTUGUESE/UNINFO/MDGS/MDGS2.HTML

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GRANDE REPORTAGEMCLUBE EUROPEU AEVILELA

No momento em que os ODM estão a chegar à meta de 2015, desenha-se e discute-se um novo quadro para o futuro da humanidade. A definição da agenda pós 2015 é uma oportunidade para começar uma nova era no desenvolvimento internacional: uma que erradique a pobreza e nos leve a um mundo de paz, prosperidade, sus-tentabilidade, equidade e dignidade para todos.

"O Ano Europeu para o Desenvolvimento é uma oportunidade para envolver os cidadãos no trabalho das instituições europeias e na

política de desenvolvimento."