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  • I S B N 978-1-58424-041-9

    9 7 8 1 5 8 4 2 4 0 4 1 9

    GP106

    Brasil: Caixa Postal 4190, Curitiba/PR 82501-970 E-mail: [email protected]

    Portugal: Rua da Cinquenta, 59, 4500-712 Nogueira da Regedoura E-mail: [email protected]

    EUA: Departamento P, P.O. Box 177, Grand Rapids, MI 49501-0177 E-mail: [email protected]

    Internet: www.ministeriosrbc.org

    Muitas pessoas, at mesmo atravs de pequenssimas doaes, capacitam Ministrios RBC a alcanar outros com a sabedoria transformadora da Bblia. No recebemos recursos financeiros nem doaes de nenhum grupo ou denominao.

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  • Por que o Bondoso deus Permitiria o sofrimento?

    H quatro mil anos, uma vtima dos infortnios pessoais, familiares e financeiros rogou ao Pai eterno faze-me saber por que contendes comigo. Parece-te bem que me oprimas, que rejeites a obra das tuas mos (J 10:2,3). Uma questo antiga e atual. Por que eu? Deus me odeia para permitir este sofrimento?

    As respostas no so exaustivas e so suficientes para manter nosso sofrimento em perspectiva e mostrar-nos como colocar o sofrimento para agir em nosso favor. Nas pginas a seguir, Kurt De Haan, um de nossos escritores, j na eternidade, demonstra que apesar de no termos todas as respostas s nossas perguntas, temos as que so necessrias para confiar e amar a Deus, que em nosso sofrimento, nos convida a nos aproximar dele.

    Martin R. De Haan II

    Sumrio

    respostas evasivas ................. 2

    Por que o bondoso Deus permitiria o sofrimento? ....... 4

    Para nos alertar .....................5

    Para nos orientar ................15

    Para nos moldar .................20

    Para nos unir .......................25

    Como voc pode ajudar? ...29

    melhor do que respostas ...31

    Ttulo original: Why Would a Good God Allow Suffering? iSBN: 978-1-58424-041-9ilustrao da capa: mia Klaus/SuperStock PorTuGuESEAs citaes bblicas so extradas da Ed. revista e Atualizada de J. F. de Almeida 1993 Soc. Bblica do Brasil. 2000,2010 rBC ministries, Grand rapids, michigan, uSA Printed in USA

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    resPostas evasivas

    A vida pode ser difcil de ser compreendida. Ao tentar fingir que no compreendemos as duras realidades de nossa existncia, facilmente podemos nos frustrar. Ansiamos por respostas ao imenso problema do sofrimento. Talvez at nos perguntemos se algum dia iremos compreender completamente por que coisas ruins acontecem s pessoas boas e por que coisas boas ocorrem s pessoas ms. As respostas, muitas vezes, parecem ser evasivas, ocultas, fora de alcance.

    Sim, faz sentido um terrorista morrer em seu ataque-suicida. Seria lgico para ns se um motorista imprudente sofresse um grave acidente. E faz sentido que uma pessoa que brinca com o fogo, se queime. E tambm bvio que um fumante inveterado desenvolva um cncer pulmonar.

    Mas o que podemos dizer dos homens, mulheres

    e crianas inocentes que morrem vtimas de um atentado terrorista? E o que dizer de um jovem motorista que sofre uma leso cerebral grave porque um bbado ultrapassou a linha central da sua pista? E o que pensar da pessoa que perde a sua casa por um incndio sem que ela tenha tido qualquer responsabilidade? E o que dizer da criana de dois anos que sofre de leucemia? perigoso e at tolo fingirmos que temos uma resposta completa sobre o porqu Deus permite o sofrimento. As razes so muitas e complexas. Tambm seria errado exigir que o entendamos. Quando o aflito J, do Antigo Testamento, percebeu que no tinha direito de exigir uma resposta de Deus, ele disse: Na verdade, falei do que no entendia; cousas que eu no conhecia (J 42:3).

    Mas Deus deu-nos algumas respostas. Embora no saibamos por que uma pessoa em particular contrai uma enfermidade, podemos saber parte da razo por que existem

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    as doenas. E mesmo que ns talvez no entendamos por que enfrentamos determinado problema, podemos saber como lidar com a situao e reagir de maneira que agrade ao Senhor.

    O sofrimento sem dvida um

    dos maiores desafios f crist. John Stott

    Mais uma coisa. No vou fingir que entendo completamente o sofrimento pelo qual voc pode estar passando neste momento. Embora alguns aspectos da dor humana sejam comuns a todos, as particularidades so diferentes. E talvez, o que voc esteja necessitando mais neste momento no seja um roteiro com quatro pontos sobre o porqu de seu sofrimento ou mesmo sobre o que fazer com o sofrimento. Talvez neste momento o que voc mais necessite seja um

    abrao, algum que o oua, ou que simplesmente sente-se ao seu lado e permanea em silncio. Entretanto, em determinado ponto voc desejar e ter necessidade de que as verdades da Palavra de Deus o confortem, e o ajudem a ver a sua situao de uma perspectiva divina.

    Necessitamos mais do que teorias que no foram experimentadas. Por isto, nas pginas a seguir, procurei incluir as experincias de pessoas que passaram por uma variedade de sofrimentos fsicos e emocionais. Oro para que s sua f em Deus permanea firme mesmo que o seu mundo parea estar desmoronando.

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  • 4

    Por que o Bondoso deus Permitiria o sofrimento?

    Onde est Deus, em nosso mundo de sofrimento? Se Ele bom e compassivo, por que a vida frequentemente to trgica? Ser que Ele perdeu o controle? Ou se Ele est no controle, o que est tentando fazer comigo e com os outros?

    Algumas pessoas escolheram negar a existncia de Deus porque no podem imaginar um Deus que permitiria tal misria. Alguns creem que Deus existe, mas no querem aproximar-se dele porque no creem que Ele poderia ser bom. Outros se conformam com a crena em um Deus bondoso que nos ama, mas que perdeu o controle sobre este planeta rebelde. Outros ainda se aferram firmemente crena em um Deus sbio, Todo-poderoso e amoroso que de alguma maneira usa o mal para o bem.

    Ao estudarmos a Bblia, descobrimos que ela nos apresenta um Deus que pode fazer tudo o que Ele escolhe fazer. Algumas vezes Ele agiu com misericrdia e fez milagres em favor de Seu povo. Em outras ocasies, porm, Ele escolheu no fazer nada para evitar alguma tragdia. Ele, supostamente, deveria estar intimamente envolvido em nossas vidas, mas s vezes, parece estar surdo aos nossos pedidos de ajuda. Na Bblia, Ele nos assegura que controla tudo o que acontece, mas algumas vezes permite que sejamos o alvo de pessoas ms, maus genes, vrus perigosos ou desastres naturais.

    Se voc como eu, deve ansiar por alguma forma de encontrar uma resposta para esta questo do sofrimento, que como um quebra- -cabea. Eu creio que Deus nos deu partes suficientes deste quebra-cabea, para ajudar-nos a confiar nele, mesmo que no tenhamos toda a informao que gostaramos de ter. Neste breve estudo,

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    veremos que as respostas bsicas da Bblia demonstram que o nosso bom Deus permite a dor e o sofrimento em nosso mundo para alertar-nos sobre o problema do pecado; para guiar-nos a uma resposta em f e esperana, para moldar-nos a fim de nos tornarmos mais semelhantes a Cristo e para unir-nos a fim de que nos ajudemos uns aos outros.

    Para nos alertarImagine um mundo sem dor. Como seria? A princpio, a ideia pode parecer muito atrativa. No mais dores de cabea, nem dores estomacais. No mais palpitaes de dor quando o martelo escapa e bate em seu dedo. No mais dor de garganta, mas com isto, tambm no haveria mais

    a sensao para alertar-nos sobre um osso quebrado ou uma ruptura de ligamentos. No haveria mais o aviso para perceber que uma lcera est causando danos em seu estmago. No sentiramos mais o desconforto que nos alerta sobre um tumor cancergeno que est crescendo e invadindo todo o corpo. No haveria a angina de peito para permitir que soubssemos que os vasos sanguneos que chegam ao corao esto se obstruindo. No sentiramos nunca mais a dor que nos adverte de uma apendicite.

    Por mais que repudiemos a dor, devemos admitir que muitas vezes seu propsito bom. Ela nos adverte quando algo est errado. O verdadeiro problema a causa da desgraa, e no a agonia em si. A dor simplesmente um sintoma, uma sirene ou um sino que ressoa quando uma parte do corpo est em perigo ou est sendo atacada.

    Nesta seo, veremos como a dor pode ser a maneira pela qual Deus nos alerta de que:

    Por que o sofrimento?

    Para nos alertar

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    1. Algo est errado com o mundo.

    2. Algo est errado com as criaturas de Deus.

    3. Algo est errado comigo.Qualquer um desses

    problemas poderia ser a razo da dor em nossas vidas. Vamos examinar cada um desses possveis diagnsticos.

    1. algo est errado com o mundo. A triste condio de nosso planeta indica que algo est terrivelmente errado. O sofrimento que experimentamos e a angstia que sentimos em outros, nos indicam que o sofrimento no discrimina raa, condio social, religio ou mesmo a moralidade. Ele pode parecer cruel, aleatrio, sem sentido, grotesco e totalmente fora de controle. Coisas ms acontecem a pessoas que procuram ser boas e coisas boas ocorrem quelas pessoas que tm prazer em ser ms.

    A aparente injustia afeta profundamente cada um de ns. Lembro-me de ter observado minha av, quando padecia de cncer. Meus

    avs vieram morar com nossa famlia. Minha me, sendo uma enfermeira profissional, cuidou dela durante seus meses finais. Minha me lhe dava os sedativos para a dor. O meu av desejava desesperadamente que ela se curasse, mas chegou o dia, no qual, o carro fnebre levou o corpo frgil e enfraquecido de minha av. Eu sabia que ela estava no cu, mas mesmo assim isso doa. Eu odiava, e ainda odeio o cncer.

    Ao sentar-me aqui refletindo sobre todo o sofrimento que meus amigos, meus companheiros de trabalho, minha famlia, meus vizinhos e as pessoas da minha igreja tm experimentado mal posso imaginar o comprimento desta lista e minha lista est incompleta. Com frequncia estas pessoas sofrem tanto, aparentemente, sem culpa alguma. Um acidente, um problema de nascena, uma desordem gentica, um aborto involuntrio, um pai abusivo, uma dor crnica, um filho rebelde, uma enfermidade grave, uma doena acidental,

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    a morte de um dos cnjuges ou de um filho, um relacionamento rompido, um desastre natural. No parece ser justo. De tempos em tempos, sinto-me tentado a deixar-me levar pela frustrao.

    A Bblia reconhece que a entrada

    do sofrimento e maldade neste

    mundo resultado da grande, mas

    terrvel qualidade dos seres humanos

    liberdade. Philip Yancey

    Como explicamos isto? Como vivemos com os cruis fatos da vida sem negar a realidade ou sermos vencidos pelo desespero? Deus no poderia ter criado um mundo onde nada de errado acontecesse? Ele no poderia ter criado um mundo onde as pessoas jamais tivessem

    a possibilidade de fazer ms escolhas ou ferir outra pessoa? No poderia ter feito um mundo onde os mosquitos, a erva daninha e o cncer nunca existissem? Ele poderia mas no o fez.

    O grande presente da liberdade, que Ele nos deu a habilidade de escolher traz consigo o risco de fazer escolhas erradas.

    Se voc pudesse escolher entre ser uma criatura com liberdade de pensamento no mundo em que as ms escolhas produzem o sofrimento ou em ser um rob num mundo sem dor, o que voc decidiria? Que tipo de ser glorificaria mais a Deus? Que tipo de criatura o amaria mais?

    Poderamos ter sido criados para sermos iguais s graciosas bonecas pilha que dizem: Eu te amo, quando so abraadas. Mas Deus tinha outros planos. Ele correu o risco de criar seres que poderiam fazer o inconcebvel rebelar-se contra o seu Criador.

    O que aconteceu no paraso? A tentao, as ms escolhas e as trgicas consequncias

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    destruram a tranquilidade da existncia de Ado e Eva. Gnesis 2 e 3 nos mostram com detalhes como Satans provou o amor de Ado e Eva pelo Senhor e eles falharam. Em termos bblicos, aquele fracasso se chama pecado. E assim como o vrus da AIDS/SIDA infecta um corpo, destri o seu sistema imunolgico e o leva morte, assim tambm o pecado se espalha como uma infeco mortal que passa de uma gerao para outra. Cada nova gerao herda os efeitos do pecado e o desejo de pecar (Romanos 1:18-32; 5:12,15,18).

    A entrada do pecado neste mundo no s teve efeitos devastadores sobre a natureza dos seres humanos, mas trouxe tambm o juzo imediato e contnuo de Deus. Gnesis 3 relata como a morte, fsica e espiritual, tornou-se parte da existncia humana (v.3,19); como o nascimento de filhos tornou-se doloroso (v.16); a terra foi amaldioada com ervas daninhas que dificultariam muito o trabalho do homem (v.17-19); e Ado e Eva foram expulsos fora do

    Jardim especial, onde haviam desfrutado ntima comunho com Deus (v.23,24).

    Deus compartilha conosco em nossos prazeres, fala em

    nossas conscincias, mas grita em

    nossas dores; este o Seu megafone

    para acordar o mundo alienado.

    C.S. Lewis

    No Novo Testamento, o apstolo Paulo descreveu a criao de Deus gemendo e ardentemente antecipando o momento, quando ser redimida da maldio da decadncia e ser reconstruda, livre dos efeitos do pecado (Romanos 8:19-22).

    A enfermidade, os desastres e a corrupo so sintomas de um problema mais profundo; a raa humana rebelou-se contra o Criador. Cada tristeza, dor e

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    agonia so memoriais vvidos de nossa difcil situao humana. semelhana de um enorme letreiro de non, a existncia do sofrimento comunica em alto e bom som, que o mundo no aquilo que Deus pretendia que fosse.

    Por conseguinte, a existncia do sofrimento foi a primeira e mais bsica resposta para a entrada do pecado neste mundo. A dor nos alerta que uma enfermidade espiritual est arruinando o nosso planeta. Muitas vezes, os nossos problemas podem simplesmente ser o efeito colateral, a consequncia por vivermos num mundo cado, sem culpa pessoal de nossa parte.

    2. algo est errado com as criaturas de Deus. Podemos ser o alvo de atos cruis de outras pessoas ou do exrcito rebelde de Satans. Tanto os seres humanos cados como os seres espirituais (anjos que se rebelaram) tm a capacidade de tomar decises que prejudicam a eles mesmos e a outros.

    As pessoas podem causar o sofrimento. Como criaturas livres (e infectadas pelo pecado), as pessoas tm feito e continuaro fazendo escolhas erradas na vida. Estas ms decises, muitas vezes, afetam outros.

    Por exemplo, um dos filhos de Ado, Caim, decidiu matar seu irmo Abel (Gnesis 4:7,8). Lameque vangloriava-se de sua violncia (v.23,24). Sarai maltratou Hagar (Gnesis 16:1-6). Labo enganou seu sobrinho Jac (Gnesis 29:15-30). Os irmos de Jos o venderam como escravo (Gnesis 37:12-36). A esposa de Potifar acusou Jos falsamente de tentar violent-la, e por isso ele foi lanado na priso (Gnesis 39). Fara tratou com muita crueldade os escravos judeus no Egito (xodo 1). O rei Herodes mandou matar todos os recm-nascidos que viviam em Jerusalm e arredores, com o intuito de matar Jesus (Mateus 2:16-18).

    A dor que outros nos infligem, pode ser devida aos seus egosmos, ou podemos

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    ser alvo de perseguio por causa de nossa f em Cristo. Atravs da histria, as pessoas que se identificaram com o Senhor, sofreram nas mos daqueles que se rebelaram contra Deus.

    Antes de sua converso, Saulo foi um fantico anticristo, que fez tudo o que pde para dificultar a vida dos cristos colaborando at para que eles fossem mortos (Atos 7:548:3). Mas aps sua converso dramtica ao Senhor Jesus, ele suportou corajosamente todos os tipos de perseguies, ao proclamar ousadamente a mensagem do Evangelho (2 Corntios 4:7-12; 6:1-10). Ele poderia at dizer que o sofrimento que estava suportando o ajudou a tornar-se mais semelhante a Cristo (Filipenses 3:10).

    O sofrimento tambm pode ser causado por Satans e demnios. A histria da vida de J um exemplo vvido de como uma pessoa boa pode sofrer uma tragdia incrvel devido aos ataques de Satans. Deus permitiu que Satans tomasse

    as posses, a famlia e a sade de J (J 1,2).

    Temos recebido o bem de Deus e no receberamos tambm o mal?

    J 2:10

    Eu estremeci ao escrever a frase anterior. De alguma forma, e por Suas prprias razes, Deus permitiu que Satans devastasse a vida de J. Poderamos comparar o que Deus fez a J a um pai que permite que um valento da vizinhana espanque seus filhos somente para ver se depois disto eles ainda continuariam a am-lo. Mas, assim como J concluiu, esta avaliao no justa ao falarmos de nosso sbio e amoroso Deus.

    Sabemos, mesmo que J no o soubesse, que a sua vida foi uma prova, um testemunho vivo da confiabilidade divina. J ilustrou que a pessoa pode confiar em Deus e manter sua

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    integridade ainda que a vida desmorone (qualquer que seja a razo), porque Deus digno de confiana. Temos recebido o bem de Deus e no receberamos tambm o mal? (J 2:10). No final, J compreendeu que mesmo sem ter entendido o propsito de Deus, ele tinha razes suficientes para crer que Deus no estava sendo injusto, cruel, sdico ou desleal ao permitir que a sua vida se desfizesse de tal maneira (J 42).

    O apstolo Paulo experimentou um problema fsico que ele atribuiu a Satans. Ele o chamou de espinho na carne, mensageiro de Satans para me esbofetear (2 Corntios 12:7). Paulo orou para que o Senhor o libertasse deste problema, mas Deus no lhe deu o que pedira. Em lugar disto, o Senhor o ajudou a ver como esta dificuldade poderia contribuir para um bom propsito. Este espinho na carne permitiu que Paulo dependesse humildemente do Senhor e o colocou em

    uma posio na qual experimentou a Sua graa (2 Corntios 12:8-10).

    Embora a maioria dos casos de enfermidades no possa ser relacionada diretamente ao de Satans, os relatos nos Evangelhos registram alguns exemplos de sofrimento atribudos a Satans, incluindo um homem cego e mudo (Mateus 12:22) e um jovem endemoninhado que sofria convulses (Mateus 17:14-18).

    3. algo est errado comigo. Com frequncia, quando alguma coisa d errado em nossas vidas, conclumos imediatamente que Deus est nos castigando devido a algum pecado que tenhamos cometido o que no necessariamente verdadeiro. Como citamos anteriormente, muitos sofrimentos surgem em nossas vidas, porque vivemos em um mundo imperfeito, habitado por pessoas imperfeitas e seres espirituais rebeldes.

    Os amigos de J erroneamente pensaram que ele estava sofrendo por causa de algum pecado em sua

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    vida (J 4:7,8; 8:1-6; 22:4,5; 36:17). Os prprios discpulos de Jesus tambm concluram erroneamente quando viram um homem cego. Eles se perguntaram se o problema de viso fora devido a um pecado pessoal ou por algo que seus pais haviam feito (Joo 9:1,2). Jesus lhes disse que o problema fsico do homem no estava relacionado a um pecado pessoal, nem ao pecado de seus pais (Joo 9:3).

    Com essas precaues em mente, precisamos lidar com a dura realidade de que alguns sofrimentos so consequncias diretas do pecado, ou seja, uma disciplina de Deus para corrigir aqueles a quem Ele ama, ou punio que Deus permite na vida dos rebeldes em Seu universo.

    Correo. Se voc e eu j colocamos a nossa confiana em Jesus Cristo como nosso Salvador, ento somos filhos de Deus. Como tais, fazemos parte de uma famlia dirigida por um Pai amoroso que nos treina e corrige. Ele no um pai abusivo ou sdico que distribui golpes severos porque

    tais atos perversos lhe do prazer. Hebreus 12 afirma:

    e estais esquecidos da exortao que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, no menosprezes a correo que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele s reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e aoita a todo filho a quem recebe [] Alm disso, tnhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitvamos, no havendo de estar em muito maior submisso ao Pai espiritual e, ento, viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porm, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade (Hebreus 12:5,6,9,10). E igreja em Laodicia, Jesus disse: Eu repreendo e disciplino a quantos amo. S, pois, zeloso e arrepende-te (Apocalipse 3:19).O rei Davi sabia o que

    significava experimentar o amor firme do Senhor. Aps

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    seu adultrio com Bete-Seba, e seu ato inquo para assegurar que o esposo dela fosse morto numa batalha, Davi no se arrependeu at que o profeta Nat o confrontou. O Salmo 51 relata a batalha de Davi com a sua culpa, e o seu choro e splica por perdo. Em outro Salmo, Davi refletiu sobre as consequncias de quando encobrimos e ignoramos os pecados. Ele escreveu: Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mo pesava dia e noite sobre mim (Salmo 32:3,4).

    Em 1 Corntios 11:27-32, o apstolo Paulo advertiu os cristos que tratar das coisas do Senhor indignamente como participar da Santa Ceia sem levar isso a srio traria disciplina. Paulo explicou que esta disciplina do Senhor tinha um propsito. Ele disse: Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para no sermos condenados com o mundo (1 Corntios 11:32).

    E estais esquecidos da exortao que

    como a filhos, discorre convosco:

    Filho meu, no menosprezes a

    correo que vem do Senhor, nem

    desmaies quando por ele s reprovado;

    porque o Senhor corrige a quem ama e aoita a todo filho

    a quem recebe. Hebreus 12:5-6

    A maioria de ns entende o princpio de que Deus disciplina aqueles a quem Ele ama. Esperamos que um pai amoroso nos corrija e nos chame para renovar nossa obedincia a Ele.

    Julgamento. Deus tambm age ao lidar com incrdulos

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    teimosos que persistem em praticar o mal. Uma pessoa que no recebeu o dom da salvao divina, pode esperar a futura ira de Deus no dia do julgamento e pode enfrentar o perigo de um juzo severo no presente, se Deus assim o decidir.

    O Senhor enviou o dilvio para destruir a humanidade em decadncia (Gnesis 6), destruiu Sodoma e Gomorra (Gnesis 18,19), enviou pragas aos egpcios (xodo 7-12), ordenou a Israel que destrusse completamente as naes pags que habitavam na Terra Prometida (Deuteronmio 7:1-3). Deus enviou a morte ao arrogante rei Herodes do Novo Testamento (Atos 12:19-23), e no futuro dia do julgamento, Deus revelar a Sua justia perfeita a todos aqueles que rejeitaram o Seu amor e a Sua autoridade (2 Pedro 2:4-9).

    No entanto, aqui e agora, enfrentamos injustias. Por Suas sbias razes, Deus escolheu retardar a Sua perfeita justia. O escritor de alguns Salmos, Asafe, lutava

    com esta aparente injustia da vida. Ele escreveu sobre os perversos que escapavam apesar de suas ms obras, e at prosperavam, enquanto muitos justos enfrentavam grandes problemas (Salmo 73). Com respeito prosperidade dos maus, ele disse: Em s refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; at que entrei no santurio de Deus e atinei com o fim deles (Salmo 73:16,17). Ao refletir sobre o soberano Senhor do universo, Asafe conseguiu ver as coisas novamente em perspectiva.

    Quando lutamos com a realidade e vemos pessoas ms literalmente cometendo assassinatos sem serem punidas envolvidas em toda sorte de imoralidade, precisamos nos lembrar que o Senhor [] longnimo para convosco, no querendo que nenhum perea, seno que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3:9).

    Portanto, a primeira parte da resposta para o sofrimento, o fato de Deus us-lo

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    para nos alertar de srios problemas. A dor soa como um alarme indicando que algo est errado com o mundo, com a humanidade em geral, com voc e comigo. Mas como veremos na prxima seo, Deus no somente destaca os problemas, mas os usa para encorajar-nos a encontrar as solues nele.

    Para nos orientarQuando uma pessoa se afasta de Deus, muitas vezes culpa o sofrimento. Mas ao descreverem o que as redirecionou, o que as ajudou a compreender melhor a vida de forma clara e motivou um relacionamento mais prximo de Deus curiosamente, tambm mencionam o sofrimento.

    Como podem circunstncias to semelhantes ter efeitos radicalmente diferentes? As razes esto profundamente arraigadas nas pessoas e no em acontecimentos.

    Uma pessoa famosa dos meios de comunicao denunciou publicamente o Cristianismo como sendo uma religio para perdedores. No entanto, esta mesma pessoa nem sempre pensou dessa forma. Quando jovem, estudou a Bblia e frequentou um colgio cristo. Ao comentar zombeteiramente sobre os ensinamentos doutrinrios que havia recebido, disse: Creio que fui salvo umas sete ou oito vezes. Porm uma experincia dolorosa transformou a sua perspectiva sobre a vida e sobre Deus. A sua irm mais nova ficou muito doente, e ele orou por sua recuperao, mas depois de cinco anos de sofrimento, ela morreu. Foi ento que desiludiu-se com o Deus que permitira este desfecho, e disse: Comecei a perder a minha f e quanto mais a perdia, melhor me sentia.

    Por que o sofrimento?

    Para nos alertar

    Para nos orientar

    Para nos moldar

    Para nos unir

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    O que faz a diferena entre uma pessoa assim e outra como Joni Eareckson Tada? Em seu livro Onde Est Deus Quando Chega a Dor?, Philip Yancey descreve a transformao gradual que ocorreu na atitude de Joni nos anos que se seguiram ao seu acidente de mergulho.

    No princpio, Joni achava impossvel reconciliar sua condio com a sua f em um Deus que ama Sua volta a Deus foi gradativa. A transformao de sua atitude de amargura confiana se estendeu por mais de trs anos de lgrimas e srios questionamentos.

    Uma volta decisiva ocorreu na noite em que uma amiga ntima, Cindy, lhe falou: Joni, voc no a nica. Jesus sabe como voc se sente. Afinal Ele tambm esteve paralisado. Cindy lhe descreveu como Jesus foi pregado na cruz, paralisado pelos pregos.

    Yancey observou ento: Este pensamento deixou Joni intrigada e, por um instante, afastou sua mente de sua prpria dor. Nunca

    lhe havia ocorrido que Deus pudesse ter sentido as mesmas sensaes lancinantes que agora torturavam seu corpo. A compreenso deste fato foi profundamente alentadora.

    Em vez de continuar a busca por uma resposta para o porqu desse acidente devastador, Joni foi forada a depender mais fortemente do Senhor e olhar para a vida com uma perspectiva em longo prazo.

    Yancey disse mais acerca de Joni: Ela lutou com Deus, sim, mas ela no se afastou dele [] Joni agora chama o seu acidente de um glorioso intruso e afirma que foi a melhor coisa que lhe aconteceu. Deus usou este acidente para chamar sua ateno e guiar seus pensamentos em Sua direo.

    O princpio de que o sofrimento pode produzir uma saudvel dependncia em Deus ensinado pelo apstolo Paulo em uma de suas cartas igreja de Corinto. Ele escreveu:

    Porque no queremos, irmos, que ignoreis a natureza da tribulao

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    que nos sobreveio na sia, porquanto foi acima das nossas foras, a ponto de desesperarmos at da prpria vida. Contudo, j em ns mesmos, tivemos a sentena de morte, para que no confiemos em ns e sim no Deus que ressuscita os mortos (2 Corntios 1:8,9).Uma ideia semelhante

    pode ser encontrada nos comentrios de Paulo a respeito de seus problemas fsicos. O Senhor disse a Paulo: A minha graa te basta, porque o poder se aperfeioa na fraqueza (2 Corntios 12:9). Ento Paulo acrescentou: Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injrias, nas necessidades, nas perseguies, nas angstias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, ento, que sou forte (2 Corntios 12:10).

    O sofrimento tem a sua maneira de demonstrar como os nossos recursos so limitados e fracos. Ele nos fora a repensar as prioridades, os valores, os alvos, os sonhos, os prazeres,

    a fonte da verdadeira fora e nossos relacionamentos com as pessoas e com Deus. Se no nos afastarmos de Deus, o sofrimento ter suas maneiras de dirigir nossa ateno para as realidades espirituais.

    Ora, a f a certeza de cousas que se esperam, a convico de fatos que se no veem.

    Hebreus 11:1

    O sofrimento nos fora a avaliar a direo das nossas vidas. Podemos optar pelo desespero, concentrando nossa ateno em nossos atuais problemas; ou podemos escolher ter esperana, reconhecendo o plano de longo prazo que Deus tem para ns (Romanos 5:5; 8:18,28; Hebreus 11).

    De todas as passagens bblicas, Hebreus 11 a que mais me assegura de que, seja a vida magnfica ou grotesca, a minha resposta

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    deve ser de f, na sabedoria, no poder e no controle de Deus. No importa o que suceda, eu tenho boas razes para confiar nele como os grandes homens e mulheres do passado esperaram nele.

    Por exemplo, Hebreus 11 nos lembra de No, um homem que passou 120 anos esperando que Deus cumprisse a Sua promessa do dilvio devastador (Gnesis 6:3). Abrao esperou muitos anos agonizantes antes que, finalmente, nascesse o filho que Deus prometera. Jos foi vendido como escravo e colocado numa priso injustamente, mas por fim ele viu como Deus usou todo este aparente mal em sua vida para um bom propsito (Gnesis 50:20). Moiss esperou at completar 80 anos para que Deus o usasse para libertar os judeus do Egito. E mesmo assim, foi uma luta liderar aquelas pessoas de pouca f (veja o livro de xodo).

    O livro de Hebreus no captulo 11 enumera pessoas como Gideo, Sanso, Davi

    e Samuel, as quais viram grandes vitrias ao viverem para o Senhor, mas no meio do verso 35, muda o tom. De repente, nos encontramos face a face com pessoas que tiveram de suportar sofrimentos incrveis, pessoas que morreram sem saber por que Deus permitira que passassem por tais tragdias. Pessoas que foram torturadas, escarnecidas, aoitadas, apedrejadas, serradas pelo meio, apunhaladas, maltratadas e foradas a viver como prias (v.35-38). Deus havia planejado que somente numa perspectiva eterna, em longo prazo, a fidelidade deles durante as provaes seria recompensada (v.39,40).

    A dor nos fora a olhar alm de nossas circunstncias imediatas. O sofrimento nos leva a fazer perguntas decisivas como Por que estou aqui? e Qual o propsito da minha vida? Ao analisarmos tais perguntas e encontrarmos as respostas no Deus da Bblia, encontraremos a estabilidade que precisamos para suportar

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    at o pior que a vida poderia nos infligir, porque sabemos que esta vida presente no tudo o que existe. Quando compreendemos que um Deus soberano est acima de toda a histria humana e unindo tudo numa pea de tapearia bonita que em ltima instncia o glorificar, ento podemos visualizar uma perspectiva melhor.

    Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jac por seu auxlio, cuja

    esperana est no Senhor. seu Deus, que fez os cus e a terra, o mar e tudo o que neles

    h e mantm para sempre a sua

    fidelidade Salmo 146:5,6

    Em Romanos 8:18 o apstolo Paulo escreveu: Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente no podem ser comparados com a glria a ser revelada em ns. Paulo no estava vendo os nossos problemas de forma superficial, mas estava dizendo aos cristos que vissem as suas dificuldades presentes luz da eternidade. Os nossos problemas podem ser de fato, bastante pesados, talvez at esmagadores. Mas Paulo diz, que quando comparados s glrias inacreditveis que esperam por aqueles que amam a Deus, mesmo as circunstncias mais tenebrosas e pesadas da vida se desvanecero.

    Precisamos ver um exemplo mais, talvez a ilustrao mais significativa que poderamos considerar. O dia no qual Jesus esteve pendurado na cruz conhecido hoje como Sexta-feira Santa. Aquele dia foi tudo menos um dia santo ou bom. Foi um dia de sofrimento intenso, angstia, escurido e desalento. Foi o

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    dia em que Jesus se sentiu completamente s. Foi o dia em que Deus parecia estar ausente e silencioso, quando parecia que o mal estava triunfando e que as esperanas se dissiparam. No entanto, veio o domingo. Jesus ressuscitou dos mortos. Este evento grandioso colocou a Sexta-feira Santa sob uma luz diferente. A ressurreio deu um significado completamente novo quilo que acontecera na cruz, em lugar de ser um momento de derrota, tornou-se um dia de triunfo.

    Ns tambm podemos olhar para o porvir; podemos suportar as nossas sextas- -feiras e sermos capazes de olhar para elas como algo bom, porque servimos ao Deus do domingo.

    Portanto, quando os problemas chegarem, e eles certamente viro, lembre-se disto: Deus usa tais situaes para guiar-nos a Ele e para termos uma viso de vida em longo prazo. Ele nos chama para termos confiana, esperana e para aguardarmos.

    Para nos molDarOs treinadores de esportes gostam de usar a frase: Sem dor, sem vitria. Como astro da equipe de atletismo da escola secundria (talvez eu no fosse to maravilhoso, mas me esforava muito!), escutei como os treinadores nos recordavam sempre, que as horas duras de treinamento seriam recompensadas quando comessemos as competies. Eles estavam certos. Ah, ns nem sempre vencamos, mas o nosso trabalho rduo trazia benefcios que eram bvios.

    Aprendi muito a respeito de mim mesmo nesses anos. E agora, continuo aprendendo ainda mais, ao disciplinar-me a caminhar todos os dias. Muitos dias no tenho vontade de faz-lo. No gosto de sentir

    Por que o sofrimento?

    Para nos alertar

    Para nos orientar

    Para nos moldar

    Para nos unir

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    dor quando fao exerccios de alongamento. Preferiria no forar o radiador de meu corpo ao extremo. Preferiria no lutar com a fadiga quando subo as colinas, mas ento, por que fao isso? O benefcio recompensa a dor. Minha presso arterial e a pulsao se mantm baixas, no aumento de peso e me sinto mais alerta e saudvel.

    O exerccio pode ter benefcios bvios, mas o que dizer da dor que no escolhemos? O que podemos dizer das enfermidades, dos acidentes e da agonia emocional? Que tipo de benefcio podemos obter disso? Ser que o benefcio realmente recompensa a dor?

    Consideremos o que disse, algum que sofreu muito, Paulo escreveu:

    tambm nos gloriamos nas prprias tribulaes, sabendo que a tribulao produz perseverana; e a perseverana, experincia; e a experincia, esperana (Romanos 5:3,4).Paulo escreveu sobre os

    benefcios do sofrimento,

    dizendo que ns tambm, nos gloriamos nas prprias tribulaes. Como ele podia afirmar que devemos nos alegrar ou estar contentes por termos que passar por alguma tragdia dolorosa? Ele certamente no estava dizendo para celebrar nossos problemas; antes, mas que nos alegrssemos com o que Deus pode e far por ns e para a Sua glria, atravs das nossas provaes. A afirmao de Paulo nos encoraja a celebrar o produto final, e no o processo doloroso em si. Ele no quis dizer que devemos obter uma espcie de gozo mrbido da morte, do cncer, das deformaes, dos problemas financeiros, relacionamentos rompidos ou um trgico acidente. Todas estas coisas so horrveis obscuros lembretes de que vivemos num mundo corrompido pela maldio dos efeitos do pecado.

    O apstolo Tiago tambm escreveu sobre como deveramos nos regozijar pelos resultados finais de nossos problemas. Ele disse:

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    Meus irmos, tende por motivo de toda alegria o passardes por vrias provaes, sabendo que a provao da vossa f, uma vez confirmada, produz perseverana. Ora, a perseverana deve ter ao completa, para que sejais perfeitos e ntegros, em nada deficientes (Tiago 1:2-4).Ao combinarmos as

    verdades contidas nestes versculos, podemos ver como os bons e dignos resultados do sofrimento so: a perseverana paciente, a maturidade de carter e esperana. Deus pode usar as dificuldades da vida para nos moldar, a fim de sermos mais maduros na f, mais piedosos e mais semelhantes a Cristo.

    Quando confiamos em Cristo como nosso Salvador, o Senhor no nos converte instantaneamente em pessoas perfeitas. Ele remove o castigo por causa do pecado e nos coloca no caminho que conduz ao cu. A vida ento se transforma em um tempo para moldar nosso carter, ao

    aprendermos mais a respeito de Deus e de como devemos agrad-lo. O sofrimento tem a sua maneira dramtica de nos forar a lidarmos com as questes mais profundas da vida. E ao sofrermos, crescemos e nos tornamos mais fortes e adquirimos maturidade.

    Ora, a perseverana deve ter ao completa, para que sejais perfeitos e ntegros, em nada deficientes (Tiago 1:4)O meu av, dr. M.R.

    De Haan, escreveu sobre o processo de sermos moldados em nossas vidas, em seu livro Broken Things (Coisas Quebradas).

    Os melhores sermes que escutei no foram pregados em plpitos, mas em camas de enfermos. As maiores e mais profundas verdades da Palavra de Deus so muitas vezes, reveladas no por aqueles que a anunciam como resultado de sua preparao e educao em seminrio, mas por almas humildes que passaram pelo seminrio da aflio

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    e aprenderam pela prpria experincia, as coisas profundas dos caminhos de Deus. As pessoas mais alegres que encontrei, com raras excees, foram aquelas que tiveram poucos dias bons e mais dias de dor e sofrimento em suas vidas. As pessoas mais gratas que encontrei no foram aquelas que andaram por caminhos de rosas em toda a sua vida, mas aquelas que, por causa das circunstncias, se encontravam confinadas s suas casas, muitas vezes s suas camas e que aprenderam a depender de Deus como s cristos como eles dependeram. Tenho observado que os queixosos, geralmente so aqueles que desfrutam de excelente sade. Os que reclamam so aqueles que nada tm para se queixar e aqueles santos queridos de Deus, que tm alegrado o meu corao repetidamente. Ao pregarem de seus plpitos de doenas

    eles tm sido os homens e as mulheres mais alegres e os mais agradecidos pelas bnos do Deus Todo-poderoso (pp.43,44).Como voc reage s

    dificuldades da vida? Voc se tornou melhor ou mais amargurado? Voc cresceu em sua f ou afastou-se de Deus? Voc se tornou mais semelhante a Cristo em seu carter? Voc deixou que Ele o moldasse e o ajustasse imagem do Filho de Deus?

    Como todas as cousas cooperam para o bem? Talvez Romanos 8:28 seja a passagem mais citada da Bblia durante um momento de sofrimento e dor. Lemos ali: Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que so chamados segundo o seu propsito. Este versculo, muitas vezes, tem sido mal-entendido e talvez at mal-usado, mas a verdade contida nele pode trazer grande conforto.

    O contexto de Romanos 8 enfatiza o que Deus est fazendo por ns. O Esprito

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    Santo que habita em ns, nos d vida espiritual (v.9), nos assegura de que somos filhos de Deus (v.16) e nos ajuda em nossas oraes nos momentos de fraqueza (v.26,27). Romanos 8 tambm coloca os nossos sofrimentos num contexto mais amplo do que Deus est fazendo, de que Deus est cumprindo o Seu plano de redeno (v.18-26). Os versos 28 a 39 nos asseguram do amor de Deus para conosco, de que ningum ou nada pode impedir que Deus faa aquilo que Ele se props, e que nada poder nos separar do Seu amor.

    Visto de forma apropriada dentro do contexto de Romanos 8, o versculo 28 nos garante poderosamente que Deus est trabalhando para o bem de todos os que confiaram em Seu Filho como Salvador. O versculo no promete que vamos entender todos os acontecimentos da vida ou que depois de um tempo de provao, seremos abenoados com coisas boas nesta vida. Mas nos assegura que Deus est cumprindo o

    Seu plano atravs das nossas vidas. Ele est nos moldando e tambm moldando as nossas circunstncias, para glorificar a Si mesmo.

    Como Senhor soberano do

    universo, Deus est usando todas as circunstncias da

    vida para nos tornar mais maduros e

    semelhantes a Cristo e para avanar o Seu plano eterno.

    O autor Ron Lee Davis, escreve em seu livro Becoming a Whole Person in a Broken World (Tornando-se Uma Pessoa Completa num Mundo Quebrado):

    As boas-novas no afirmam que Deus far nossas circunstncias terminarem da forma como gostaramos, mas que Deus pode incluir nossos desapontamentos

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    e desastres em Seu plano eterno. O mal que nos acontece pode ser transformado em bondade divina. Romanos 8:28 a garantia divina de que, se amamos a Deus, nossas vidas podem ser usadas para cumprir Seus propsitos e mais adiante participarmos do Seu Reino (p.122).Mas voc poder perguntar:

    Como podemos dizer que Deus tem o controle das coisas quando a vida parece estar descontrolada? Como Ele pode usar as circunstncias para a Sua glria e para o nosso bem? Em seu livro: Why Us? (Por que Ns?), Warren Wiersbe afirma que Deus prova a Sua soberania, ao no intervir constantemente e prevenir estes acontecimentos, mas governando e redirecionando para que mesmo as tragdias cumpram os Seus propsitos finais.

    Como Senhor soberano do universo, Deus est usando todas as circunstncias da vida para nos tornar mais maduros e semelhantes a Cristo e para

    avanar o Seu plano eterno. Entretanto, para cumprir tais propsitos, Deus quer nos usar para ajudarmos outros e quer que outros nos ajudem. sobre isto que falaremos na prxima seo.

    Para nos unirA dor e o sofrimento parecem ter uma habilidade especial para nos mostrar como necessitamos uns dos outros. Nossos problemas nos relembram como somos frgeis. At mesmo a fraqueza dos outros pode nos sustentar quando nossa prpria fora se esgota.

    Cada vez que me encontro com um pequeno grupo de amigos da igreja para orar e ter comunho esta verdade se torna bem real para mim.

    Por que o sofrimento?

    Para nos alertar

    Para nos orientar

    Para nos moldar

    Para nos unir

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    Durante estes momentos em que nos reunimos regularmente, compartilhamos as cargas uns dos outros com relao a um filho doente, perda de emprego, tenses no trabalho, filho rebelde, aborto natural, hostilidade entre membros da famlia, depresso. a oportunidade que temos para compartilhar tambm o estresse de todos os dias, sobre um membro da famlia que no salvo, decises difceis, crimes na vizinhana, lutas com o pecado e muito mais. Muitas vezes, ao final dessas reunies, louvei ao Senhor pelo encorajamento que pudemos dar uns aos outros. Nossa relao tornou-se ainda mais slida. Ao enfrentarmos juntos as lutas da vida, nos fortalecemos mutuamente.

    Estes tipos de experincias pessoais luz das Escrituras recordam-me de duas verdades importantes:1. O sofrimento nos ajuda

    a perceber a nossa necessidade de outros cristos.

    2. O sofrimento nos ajuda a aliviar as necessidades dos outros, ao permitirmos que Cristo viva atravs de ns.Vejamos mais de perto

    cada uma destas maneiras pelas quais Deus usa a dor e o sofrimento com o propsito de nos unir a outros cristos em Cristo.

    1. o sofrimento nos ajuda a perceber nossa necessidade por outros cristos. Ao descrever a unidade de todos os cristos em Cristo, o apstolo Paulo usou a analogia do corpo humano (1 Corntios 12). Disse que necessitamos uns dos outros para vivermos adequadamente. Paulo descreveu a situao desta forma: De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele, e se um deles honrado, com ele todos se regozijam. Ora, vs sois o corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo (1 Corntios 12:26-27).

    Na sua carta aos Efsios, Paulo falou de Cristo: De quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo

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    auxlio de toda junta, segundo a justa cooperao de cada parte, efetua o seu prprio aumento para a edificao de si mesmo em amor (Efsios 4:16).

    Ao comearmos a reconhecer tudo o que os outros cristos tm para nos oferecer, compreenderemos o quanto podemos ganhar, aproximando-nos deles quando estamos passando por um tempo difcil. Quando os problemas parecem esgotar a nossa fora, podemos nos apoiar em outros cristos para que nos ajudem a encontrar novas foras no poder do Senhor.

    2. o sofrimento nos ajuda a aliviar as necessidades dos outros, ao permitirmos que Cristo viva atravs de ns. O apstolo Paulo escreveu: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericrdias e Deus de toda consolao! ele que nos conforta em toda a nossa tribulao, para podermos consolar os que estiverem em qualquer

    angstia, com a consolao com que ns mesmos somos contemplados por Deus (2 Corntios 1:3,4).

    Como vimos anteriormente, precisamos uns dos outros porque temos algo de valor para oferecer. Temos discernimento espiritual e a sabedoria que adquirimos ao passar por provaes de todos os tipos. Conhecemos o valor da presena fsica de uma pessoa querida. Quando experimentamos o conforto de Deus durante uma situao problemtica, podemos nos identificar com aquelas pessoas que passam por situaes semelhantes.

    Quando me preparava para escrever este livreto, li a respeito de experincias de pessoas que sofreram muito e falei com outras que j estavam familiarizadas com a dor. Tentei descobrir quem eram as pessoas que mais os ajudaram em seus momentos difceis. Novamente a resposta foi: outra pessoa que passou por uma experincia semelhante. Esta pessoa pode sentir melhor empatia

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    e seus comentrios refletiro a compreenso advinda da experincia. Quando uma pessoa est suportando uma carga pesada, muitas vezes lhe soa superficial quando algum lhe diz: Eu entendo o que voc est passando, a no ser que esta pessoa tambm j tenha passado por uma situao similar.

    Mesmo sabendo que as pessoas que passaram por situaes similares cresceram espiritualmente, isto no quer dizer que o restante de ns no tenha algo a oferecer. Todos ns temos a responsabilidade de fazer todo o possvel para seremos solidrios, tentarmos compreender e consolar. O livro de Glatas 6:2 nos diz: Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. E Romanos 12:15 afirma: Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.

    Dr. Paul Brand, um especialista na doena de lepra, escreveu:

    Quando o sofrimento ataca, ns, os que estamos perto,

    ficamos aturdidos pelo impacto. Lutamos com os ns que se formam em nossa garganta, vamos resolutamente ao hospital fazer visitas, murmuramos algumas palavras de nimo, talvez busquemos alguns artigos sobre sofrimento para saber o que dizer pessoa que sofre. Mas quando pergunto aos pacientes e suas famlias: Quem o ajudou em seu sofrimento?, ouo uma resposta estranha, indefinida. Algumas vezes a pessoa descrita tem respostas suaves, personalidade atrativa e simptica. Em geral, algum calmo, compreensivo, que ouve mais do que fala, que no julga nem d muito conselho. Uma sensao de presena. Algum que est presente na hora da necessidade, no momento em que necessito dela. Uma mo para segurar, um abrao de compreenso e envolvimento. Um n na garganta que se compartilha (Fearfully and Wonderfully

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    Made (Assombrosa e Maravilhosamente Formado), p.203,204).Torna-se muito evidente

    que Deus nos fez para sermos dependentes uns dos outros. Temos muito para oferecer aos que sofrem, e outros tm muito para nos oferecer ao passarmos por dificuldades.

    Na verdade no existe a cura mgica

    para a pessoa que est sofrendo. Esta pessoa com

    certeza precisa do amor, pois o amor

    instintivamente detecta a

    necessidade. Philip Yancey.

    Ao desenvolvermos essa unidade, experimentaremos consolo maior ao reconhecermos que Deus usa o sofrimento para nos alertar

    sobre os problemas do pecado. Deus usa as dificuldades para nos guiar at Ele. Deus pode tambm usar os nossos problemas para nos tornar mais semelhantes a Cristo.

    Como voC Pode ajudar?

    P ode ser que voc, neste momento, esteja sobrecarregado de dor. O pensar em ajudar a algum pode parecer impossvel. Entretanto, em determinado ponto ao longo do caminho, ao receber o conforto de Deus, voc estar pronto para dar conforto a outros (2 Corntios 1). Na verdade, tentar ajudar a outros pode ser uma parte importante no processo de sua prpria cura emocional.

    Ou talvez voc tenha lido este livreto com a esperana de poder ajudar melhor a um amigo ferido ou a uma pessoa que voc ama. As sugestes a seguir tambm foram escritas para ajud-lo.

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    Ajudar a outros sempre um risco. Nossa ajuda nem sempre desejada. Outras vezes, quem sabe, dizemos coisas erradas, mas precisamos tentar ajudar. A parbola de Jesus sobre o Bom Samaritano (Lucas 10:25-37) nos lembra que somos responsveis em ajudar as pessoas feridas que encontramos. Aqui esto algumas sugestes: Noesperequeoutra

    pessoa aja primeiro. Sepossvel,esteja

    fisicamente presente com o que sofre e toque a sua mo ou d-lhe um abrao.

    Concentre-senasnecessidades dos que sofrem e no em seu prprio desconforto ao no ter as respostas adequadas.

    Permitaqueeles expressem os seus sentimentos. No condene suas emoes.

    Busqueconhecerseusproblemas.

    Nodaimpressode que voc nunca sofre.

    Sejabreveemsuaspalavras.

    Evitedizer:Vocnodeveria sentir-se assim ou Voc j sabe o que deve fazer.

    Assegure-osdeque vai orar por eles.

    Ore!PeaaDeus para ajudar voc e tambm a pessoa enferma. Mantenha-se em contato.

    Ajude-osadissiparfalsaculpa, assegurando-os de que o sofrimento e o pecado no so gmeos inseparveis.

    Seestosofrendopor causa de um pecado ou se reconheceram algum pecado ao refletirem sobre suas vidas, ajude-os a encontrar o perdo em Cristo.

    Encoraje-osalembrar da fidelidade divina no passado.

    Mostre-osoexemplo e a ajuda de Cristo.

    Recorde-osdeque Deus nos ama e cuida de ns, e que Ele est no controle de tudo.

    Encoraje-osaquevivamum dia de cada vez.

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    Encoraje-osaprocurara ajuda necessria (com amigos, famlia, pastor).

    Ajude-osaperceberquelidar com os problemas exige tempo.

    Lembre-osdoamor pastoral de Deus (Salmo 23).

    Lembre-osqueDeus tem o controle de todo o Universo, dos grandes e dos pequenos acontecimentos da vida.

    Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os

    que choram. romanos 12:15

    Noignoreosseusproblemas.

    Nosejaartificial, tentando anim-los. Seja genuno. Seja o amigo que voc era antes de surgirem os problemas.

    Demonstreoamorquevoc gostaria que outros lhe demonstrassem, se

    voc estivesse na mesma situao deles.

    Sejaumbomouvinte. Reconheaoquanto

    eles esto feridos. D-lhestempopara

    sarar da dor. No apresse o processo.

    melhor do que resPostas

    A nsiamos por respostas completas. Mas em lugar disto, Deus se oferece a si mesmo, e o suficiente. Se j sabemos que podemos confiar nele, no precisamos de explicaes completas. suficiente saber que o nosso sofrimento e a nossa dor tm um sentido. suficiente saber que Deus ainda governa o Universo e que Ele realmente cuida de ns, individualmente.

    A maior evidncia da preocupao de Deus por ns pode ser encontrada ao olharmos para Jesus Cristo. Deus amou o nosso mundo cheio de sofrimento de tal

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    maneira que enviou o Seu Filho para agonizar e morrer por ns, para nos libertar de sermos sentenciados a uma tristeza eterna (Joo 3:16-18). Por causa de Jesus, podemos evitar a pior das dores, a dor da separao de Deus para sempre. E por causa de Cristo, podemos suportar agora, at a pior das tragdias, com a fora que Ele nos d e a esperana que Ele coloca diante de ns.

    O primeiro passo para enfrentar

    de forma realista o sofrimento

    reconhecer que suas razes originaram-se

    no pecado.

    O primeiro passo para enfrentar de forma realista o sofrimento reconhecer que suas razes originaram-se no pecado. Voc j reconheceu o quanto Jesus sofreu na cruz por voc para libert-lo da punio do pecado?

    Coloque sua confiana nele. Receba o dom gratuito de Seu perdo. Somente nele voc encontrar a soluo duradoura para a dor em sua vida e neste mundo.

    o texto inclui o acordo ortogrfico conforme Decreto n. 6.583/08.

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