sofrimento no trabalho

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Sofrimento no trabalho Cap 5 (p. 119 a 143)

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Sofrimento no trabalho. Cap 5 (p. 119 a 143). gênese do sofrimento. O sofrimento (tanto quanto o prazer) pertencem ao domínio privado, subjetivo, pessoal O trabalho, por sua vez, pertence ao domínio social. gênese do sofrimento. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Sofrimento no trabalho

Sofrimento no trabalhoCap 5 (p. 119 a 143)

Page 2: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimento

O sofrimento (tanto quanto o prazer) pertencem ao domínio privado, subjetivo, pessoal

O trabalho, por sua vez, pertence ao domínio social

Page 3: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimentoEsse domínio social se manifesta na

organização do trabalho, ou seja, na

divisão de tarefas, cadência/ritmo, modo operatório prescrito

repartição das responsabilidades entre os trabalhadores

hierarquia, comando, controle

e atinge o funcionamento psíquico do trabalhador, o domínio subjetivo

Page 4: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimentoO modo operatório prescrito, ou regras,

consiste em estratégias

técnicas que fixam as maneiras de fazer

Sociais que enquadram as condutas de interações (homem x homem; homem x instrumento)

Page 5: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimento

linguísticas que produzem formas específicas de falas que se estabilizam em práticas

Éticas que promovem justiça e servem de referência às arbitragens

Page 6: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimento

O funcionamento psíquico incorpora investimentos afetivos, amor, ódio, amizade, confiança, i.e., projetos enraizados na história pessoal do trabalhador

Page 7: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimento

Atingem igualmente, por meio de pressões físicas, mecânicas, químicas e biológicas, o corpo dos trabalhadores ocasionando doenças, desgaste, envelhecimento

Page 8: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimento

Não há indícios de que essas pressões (que incluem cadências e repetitividade) conduzam a consequências idênticas sobre o estado mental de um grupo de trabalhadores. Por quê?

Page 9: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimentoPorque cada indivíduo

compreende (analisa, interpreta e reflete)reagese defende

de acordo com a história e a estrutura de sua personalidade

Page 10: Sofrimento no trabalho

gênese do sofrimentoA luta do sujeito contra as forças ligadas

à organização do trabalho o empurram em direção à doença mental

O sofrimento no trabalho é justamente a vivência subjetiva que se situa entre a doença mental e o bem estar psíquico.

Page 11: Sofrimento no trabalho

Tipos de sofrimento Sofrimento patogênico: quando não há

liberdade para transformar, gerir e aperfeiçoar a organização do trabalho.

A consequencia é a repetição, a frustração, o aborrecimento, o medo e a impotência gerada pelas pressões

Page 12: Sofrimento no trabalho

Tipos de sofrimento Sofrimento criador: o trabalho favorece

a transformação do sofrimento em criatividade beneficiando a identidade e aumentando a resistência do sujeito à desestabilização psíquica e somática.

Há um reconhecimento de sua originalidade, identidade e de sua pertinência a um coletivo de trabalho

Page 13: Sofrimento no trabalho

Estratégias defensivas do trabalho

São

construídas, organizadas e gerenciadas coletivamente com a finalidade de minimizar a percepção que os trabalhadores tem das pressões

Page 14: Sofrimento no trabalho

Estratégias defensivas do trabalho

Operações exclusivamente mentais, ativas que não alteram a pressão. Apesar do sofrimento ser individual (provocando a criação de diferentes estratégias) , há o surgimento de uma estratégia defensiva coletiva (comum)

Page 15: Sofrimento no trabalho

Estratégias defensivas do trabalho

As estratégias coletivas dependem de consenso, de coordenação e unificação por meio de regras defensivas. Apesar de consistirem em percepções irrealistas, elas são validadas coletivamente (p. ex., o descaso em repartições públicas)

Page 16: Sofrimento no trabalho

Estratégias defensivas do trabalho

Devem ser harmonizadas com recursos defensivos individuais para garantir a economia da energia psíquica

Page 17: Sofrimento no trabalho

Estratégias defensivas do trabalho

O risco é a alienação: os trabalhadores passam a lutar contra tudo aquilo que possa desestabilizar essas estratégias (ideologia defensiva fundada na homogeneidade e no conformismo)

Page 18: Sofrimento no trabalho

Estratégias defensivas do trabalho

Vantagens para a organização

podem conduzir à auto-aceleração (acelerações frenéticas das cadências de trabalho afetando a quietude e afastando o aborrecimento). Nesse caso o trabalhador reprime o funcionamento psíquico impedindo a atividade fantasmática (pensamentos que permitem a descarga de energia)

Page 19: Sofrimento no trabalho

Ideologia defensiva do trabalho

Regras de trabalho ou de ofício que não estão de acordo com as regras da organização de trabalho oficial.

Page 20: Sofrimento no trabalho

Ideologia defensiva do trabalho

Consiste em articulação coerente de macetes e truques que se transformam em princípios reguladores para a ação e para a gestão das dificuldades ordinárias e extraordinárias observadas no curso do trabalho.

Page 21: Sofrimento no trabalho

Ideologia defensiva do trabalho

Essas regras afetam a solução das relações sociais e tem um impacto na organização técnica do trabalho (dão lugar a conflitos e litígios)

Page 22: Sofrimento no trabalho

Ideologia defensiva do trabalho

Estão ligados a uma forma específica de inteligência que tem origem no corpo, nas percepções e na sensibilidade orgânica.

Page 23: Sofrimento no trabalho

Ideologia defensiva do trabalho

Caracteriza-se pela invenção, imaginação, inovação, criatividade, etc. Esse tipo de inteligência rompe com as normas e regras sendo, portanto, astucioso

Page 24: Sofrimento no trabalho

Ideologia defensiva do trabalho

Condições sociais para ativar a inteligência

Validação social

reconhecimento reconhecimento pela hierarquia pelos pares (consciência da (consciência da utilidade) habilidade da originalidade, da beleza)

Page 25: Sofrimento no trabalho

Ideologia defensiva do trabalho

Não há uma relação com o trabalho que seja estritamente técnica, estritamente cognitiva ou estritamente física. Ela está sempre sujeita a um contexto intersubjetivo, isto é, à mediação pelas relações hierárquicas e pelas relações de solidariedade.

Page 26: Sofrimento no trabalho

Ideologia defensiva do trabalho

INTEGRAÇÃO HUMANA MODIFICA A TÉCNICA E LHE ATRIBUI UMA FORMA CONCRETA CARACTERIZADA PELA EVOLUTIVIDADE

DOS HOMENS, DOS COLETIVOS, DA HISTÓRIA LOCAL E DO TEMPO