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GOVERNO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

MELHORANDO AS COMPETÊNCIAS TEXTUAIS

ATRAVÉS DA ORALIDADE

CASCAVEL

2012

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

MELHORANDO AS COMPETÊNCIAS TEXTUAIS

ATRAVÉS DA ORALIDADE

Produção Didático Pedagógica constituída na forma

de Caderno Pedagógico, apresentado na segunda

etapa do Programa de Desenvolvimento

Educacional PDE 2012 vinculado à Universidade

Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE –

Campus de Cascavel.

Orientador: Alexandre Sebastião Ferrari Soares.

CASCAVEL

2012

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PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

Título:

MELHORANDO AS COMPETÊNCIAS TEXTUAIS ATRAVÉS DA ORALIDADE

Autor HEFREN THADEU TEIXEIRA ALVES

Disciplina/Área Língua portuguesa

Escola de Implementação do

projeto e sua localização

Centro Estadual de Educação Profissional Pedro

Boaretto Neto – CEEP. Cascavel/PR.

Município da escola Cascavel PR

Núcleo Regional de Educação Cascavel PR

Professor Orientador Alexandre Sebastião Ferrari Soares.

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE – Campus de Cascavel

Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas da grade curricular do ensino

médio e subsequente - ensino profissionalizante.

Resumo

A título de justificativa entende-se a importância de

oportunizar a quem sente a necessidade de melhorar

a comunicação verbal e escrita nas suas

competências profissionais, sem interferir com os

programas já estabelecidos pela grade curricular do

ensino profissionalizante extremamente cheia de

disciplinas do núcleo comum e específicas. Para isso

a metodologia a ser aplicada é no formato de oficinas,

de quatro horas em oito encontros, envolvendo

dinâmicas e a práxis de cada aluno.

Palavras chaves COMUNICAÇÃO; ARTE DE ESCREVER; ARTE DE

FALAR.

Formato do Material Didático CADERNO PEDAGÓGICO

Público Alvo

COMUNIDADE ESCOLAR: DOCENTES,

ALUNOS,FUNCIONÁRIOS.

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Apresentação

Este caderno pedagógico direcionado para a comunidade escolar tem por

finalidade capacitar o aluno em suas competências de comunicação – focado na sua

oralidade; da qual será possível desenvolver práticas que possibilitem uma melhor

comunicação na sua profissão e instrumentalizando-o para também falar de improviso

sobre assuntos de seu domínio. Por outro lado, some-se a isso uma melhora na leitura e

interpretação de texto. Porque a estrutura utilizada para a oralidade será a mesma para

produzir textos escritos; com benefícios também na elaboração de sínteses e projetos.

A proposta surgiu ao detectar que os alunos do ensino médio profissionalizante, e

principalmente no subsequente constituídos de jovens adultos encontram dificuldade de

expressão e pouco contato com a escrita. Para os profissionais da Educação que

dominam a comunicação em suas práticas poderão ter um avanço na eloquência, retórica

e oratória e maior abstração de sínteses e leituras. Na oportunidade será exposta aos

participantes a dinâmica do curso, que apresenta a proposta de um formato de oito

encontros de quatro horas cada, perfazendo um total de trinta e duas horas/aulas,

destacando a importância da presença do educador nos encontros, para o aprendizado e

para que possam contar com o cumprimento da totalidade das horas e assim, receber a

certificação.

Os encontros acontecerão nas dependências do Centro Estadual de Educação

Profissional Pedro Boaretto Neto – CEEP. Cascavel - Paraná, aos sábados no período

matutino. As aulas serão ministradas por meio de exposição oral com o auxílio do

multimídia, quadro e giz.Para ilustrar e subsidiar as práticas educativas serão utilizados

slides, vídeos e material impresso contendo os conteúdos de cada encontro.

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OFICINA 1

PLANO DE AULA

Primeiro momento

Período: quatro h/aulas

TEMA: apresentação do curso e do material didático-pedagógico;

Recursos da expressão oral e estrutura do discurso

OBJETIVOS: Perceber os recursos da expressão oral e os elementos estruturadores do

discurso.

CONTEUDOS:

RECURSOS DA EXPRESSÃO ORAL

A) VOZ

É a matéria-prima da comunicação oral, não só cativa o receptor, como revela a

personalidade de quem fala. O bom orador exercita sua voz para exprimi-la com sonoridade (de

forma agradável) e variedade (adaptando a altura e o colorido ao tema). Saber colocar o tom da

voz é fundamental para a transmissão da mensagem. O chamado acento de insistência é

responsável pelo conteúdo da expressão. A modulação da voz cria a atmosfera dramática do

discurso oral e com ela são transmitidos os estados emotivos. A súplica, a raiva, a ordem, enfim,

cumpre à voz exteriorizar os aspectos psicológicos da comunicação oral.

B) MÍMICA

É essencial na comunicação oral, constituindo-se no jogo fisionômico, acrescido de

movimentos dos braços, das mãos e do corpo. Dá à mímica a “função precisadora da palavra”. Ela

facilita o entendimento da idéia, realça o pensamento e pode até - pela linguagem gestual -

“substituir” as palavras.

C) A IMPORTÂNCIA DOS OLHOS

O bom orador desempenha uma linguagem ocular variada e expressiva, olhando de

frente a platéia, movimentando expressivamente os olhos, fazendo-os brilhar ou tornando-os

serenos.

1* O movimento dos olhos para cima auxilia na formação de imagens com a mente.

2* Movimentando-os para a posição horizontal, alarga-se a percepção auditiva, que é

memorizada pelo olhar à esquerda.

3* Olhando para baixo, desperta o orador seu mundo emotivo: à esquerda é seu estado

emocional que vem a tona; e à direita ele faz a “leitura” subjetiva do assunto explanado.

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Assim, a “dança dos olhos” não pode ser realizada de forma desconexa. Tenha em

vista, também, o orador que o olhar “por cima” comunica petulância, presunção ou indiferença a.

D) AS MÃOS

Falam enquanto se movimentam, a mão aberta, com a palma para cima, significa a

apresentação de um ponto de vista com segurança. O movimento das mãos tem que ser harmônico

com a mensagem, e com os demais gestos e posturas, como se “desenhasse”, discretamente, a ação

enumerada. Evitar gestos exagerados ou excessivos é fundamental.

O PLANO DA COMPOSIÇÃO

É de fundamental importância que o orador tenha claro a estrutura do seu discurso:

1. O assunto 4. A frase-núcleo

2. A delimitação do assunto 5. O desenvolvimento

3. O objetivo 6. A conclusão

EXEMPLO DE ESTRUTURA (1 FASE)

Assunto: Artes.

Delimitação do Assunto: A arte da palavra.

Objetivo: Mostrar, através de exemplos, a superioridade da arte da palavra.

Frase-núcleo: “De todas as artes a mais bela, a mais expressiva, a mais difícil é sem

dúvida a arte da palavra.”

Desenvolvimento: A fala interjetiva da estátua;

A fala elíptica da pintura;

A fala abreviada de um edifício;

A fala exclusivamente sentimental da música.

Conclusão: “Só a palavra, repetimos, fala ao mesmo tempo à fantasia e à razão, ao

sentimento e às paixões.”

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A ELABORAÇÃO DO TEXTO (2º FASE)

“De todas as artes, a mais bela, a mais expressiva, a mais difícil é sem dúvida a arte da

palavra. A estátua fala, mas fala como uma interjeição, que apenas expressa um sentimento vago,

indefinido, momentâneo. A pintura fala, mas fala como uma frase breve em que a elipse houvera

suprimido boa parte dos elementos essenciais. O edifício fala, mas fala como uma inscrição

abreviada, que desperta a memória do passado sem particularizar os acontecimentos a que alude. A

música fala, mas fala apenas à sensibilidade, sem que o entendimento a possa claramente discernir.

Só a palavra, repetimos, fala ao mesmo tempo à fantasia e à razão, ao sentimento e às paixões.”

EXERCÍCIO BÁSICO

A título de exemplificação, apresentamos, abaixo, três assuntos, suas delimitações e os

objetivos para a elaboração de um parágrafo dissertativo:

Assunto: Violência

Delimitação do Assunto: Violência Urbana.

Objetivo: Indicar as principais causas da violência urbana.

Assunto: A família

Delimitação do Assunto: Crise familiar

Objetivo: Apresentar as negativas conseqüências da crise familiar na formação da criança

Assunto: Carnaval

Delimitação do Assunto: O carnaval carioca e o turismo.

Objetivo: Evidenciar a real importância turística do carnaval carioca

EXERCÍCIO BÁSICO II

Após uma leitura reflexiva, aponte os elementos estruturadores do parágrafo: assunto;

delimitação do assunto; objetivo; frase-núcleo; desenvolvimento e conclusão.

Texto:

“Indubitavelmente com o aparecimento da radiodifusão e da televisão, a oratória renasceu

firmemente. Tal fato se explica em virtude da palavra oral ganhar uma difusão até então

desconhecida, atingindo um incomensurável público-ouvinte. O respeito supersticioso da

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Antigüidade pelo que era anunciado em alta voz pelos profetas e apóstolos volta a impressionar o

homem moderno. Roosevelt, nos Estados Unidos da América, e Getúlio Vargas, no Brasil, ainda

que contassem com o desfavorecimento da imprensa escrita, viram-se vencedores graças à

propaganda radiofônica e da televisão na revalorização da oratória.”

1* Assunto_______________________________

2* Delimitação do Assunto:____________________________________________

3* Objetivo:___________________________________________________________

4* Frase-núcleo:_______________________________________________________

5* Desenvolvimento:1._____________________________________________________

2._____________________________________________________

3._____________________________________________________

6* Conclusão:_________________________________________________________________

________________________________________________________________

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS: Exposição dos conteúdos do curso e início

da oficina nº 01 – expondo os recursos da expressão oral e seus elementos estruturados.

A metodologia é envolver o participante em exercícios teóricos e práticos. Neste primeiro

momento é de “perceberem suas competências”; para isso algumas dinâmicas serão

realizadas. Para ilustrar e subsidiar as práticas educativas serão utilizados slides, vídeos

e material impresso contendo os assuntos de cada encontro.Os tema serão abordados

de forma expositiva-dialogada com uso de multimídia e dinâmicas.

AVALIAÇÃO: Pela observação detectar os avanços dos participantes. Esta ficha

será utilizada no decorrer das oficinas (oito oficinas): NOME:

NOTA/CONCEITO

FICHA DE CORREÇÃO (para o professor) F R B

Aspecto estilístico: Concisão e clareza; Vocabulário

adequado; Organização da frase (evita frases

excessivamente longas, repetição de uma mesma palavra.

Leveza de vocabulário. Argumentação consistente.

Associação do título com o contexto. Opção de pontuação

buscando um efeito direcionado.

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Aspecto estrutural: Unidade: presença de uma idéia

central. Coerência: relação lógica entre frases e

parágrafos. Capacidade de argumentar sem perder a

seqüência de raciocínio. Parágrafos de

desenvolvimento livres mas coeso.

Aspecto gramatical: Acentuação e ortografia; pontuação;

crase; concordância.

Aspecto Formal: Letra legível; Indicação correta de

parágrafo; margens regulares; uso correto dentro dos

objetivos.

OBJETIVOS : fez todos os objetivos propostos

Defeitos de argumentação: Emprego de noções confusas:

Defeitos de argumentação: Emprego de noções de

totalidade indeterminada:

Utilização de conceitos e afirmações genéricos:

Uso de conceitos que se contradizem entre si:

Instauração de falsos pressupostos:

ORALIDADE: textos adequado para a fala. Vocabulário

adequado....

Controle emocional

Tom de voz – volume – ênfase – respiração

postura - eloquência

deleitar-comover-persuadir-convencer-

Comentários:____________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

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OFICINA 2

PLANO DE AULA

SEGUNDO MOMENTO

Período: 4 horas/aula

TEMA: Coerência argumentativa/ técnicas de articulação e soltas-língua

OBJETIVOS: Pensar em argumentos coerentes evitando os defeitos de noções

confusas e de totalidade indeterminada. Treinar articulação de voz e “soltas-

língua”.

CONTEÚDOS: COERÊNCIA ARGUMENTATIVA

Quando se defende o ponto de vista de que o homem deve

buscar o amor e a amizade, não se pode dizer em seguida

que não se deve confiar em ninguém e que por isso é melhor

viver isolado.

Num esquema de argumentação, joga-se com certos pressupostos ou certos dados e deles se fazem

inferências ou se tiram conclusões que estejam verdadeiramente implicados nos elementos lançados como

base do raciocínio que se quer montar. Se os pressupostos ou dados de base não permitem tirar as

conclusões que foram tiradas, comete-se a incoerência de nível argumentativo.

Se o texto parte da premissa de que todos são iguais perante a lei, cai na

incoerência se defender posteriormente o privilégio de algumas categorias

profissionais não estarem obrigadas a pagar imposto de renda.

O argumentador pode até defender essas regalias, mas não pode partir da premissa de que todos são

iguais perante a lei.

Assim também é incoerente defender ponto de vista contrário a qualquer tipo de

violência e ser favorável à pena de morte, a não ser que não se considere a ação

de matar como uma ação violenta.

EXERCÍCIO.

Embora existam políticos competentes e honestos, preocupados com as legítimas causas

populares, os jornais, na semana passada, noticiaram casos de corrupção comprovada, praticados por um

político eleito pelo povo.

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Isso demonstra que o povo não sabe escolher seus governantes.

Nesta questão ocorre um caso de coerência argumentativa. Procure identificá-la.

A conclusão é incoerente com os pressupostos colocados no próprio texto, que admitem que: a) existem

políticos competentes e honestos e não diz que esses não foram eleitos pelo povo. b) casos de corrupção

comprovada se referem a um político que foi eleito pelo povo; c) entre os governantes se incluem também

políticos honestos. Então, não é coerente concluir que o povo não sabe escolher seus governantes. O que

se pode deduzir com propriedade é que certa parcela do povo não sabe escolher todos os seus

governantes.

TÉCNICAS DE ARTICULAÇÃO

O segredo para atingir um grande auditório, não é um alto volume de voz, mas sim a articulação correta das

palavras. Treine utilizando estes “solta-línguas” e outros que você deve conhecer. Primeiro, faça-o lenta e

cuidadosamente e depois diga-os com maior velocidade.

A CHÁCARA DO CHICO BOLACHA O TREM DE FERRO

Na chácara do Chico Bolacha Oo.......................... o que se procura Foge bicho

nunca se acha! Foge povo

Passa Ponte

Quando chove muito Passa Poste O Chico brinca de barco, Passa pasto

porque a chácara vira charco Passa boi Passa boiada

Quando não chove nada, Passa galho

Chico trabalha com a enxada De ingazeira

e logo se machuca Debruçada

e fica de mão inchada. No riacho

Que vontade

Por isso, com o Chico Bolacha De cantar! O que se procura (Manuel Bandeira) nunca se acha.

Dizem que a chácara do Chico

só tem mesmo chuchu

e um cachorrinho coxo

que se chama Caxambu.

Outras coisas ninguém procure, porque não acha. Coitado do Chico Bolacha! (Cecília Meireles)

PATO surrou a galinha de jenipapo

Lá vem o pato bateu no marreco Ficou engasgado

pata aqui, pata acolá. Pulou no poleiro com dor no papo.

Lá vem o pato no pé do cavalo Caiu no poço

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para ver o que é que há. Levou um coice quebrou a tigela

O pato pateta criou um galo tantas fez o moço

Pintou o caneco comeu um pedaço que foi pra panela

(Vinícius)

JOSÉ

E agora, josé? Está sem mulher E agora josé?

A festa acabou, está sem discurso sua doce palavra

a luz apagou, está sem carinho, seu instante de febre, o povo sumiu já não pode beber, sua gula e jejum, a noite esfriou, já não pode fumar, sua biblioteca

e agora, José? Cuspir já não pode, sua lavra de ouro, E agora, você? A noite esfriou, seu terno de vidro

Você que é sem nome, o dia não veio, sua incoerência, que zomba dos outros, não veio a utopia seu ódio - e agora?

você que faz versos, e tudo acabou

que ama, protesta? E tudo fugiu (Carlos Drummond) E agora, José? E tudo mofou

e agora, josé?

RETRATO O BICHO

Eu não tinha este rosto d e hoje, Vi ontem um bicho, assim calmo, assim triste, assim magro, na imundície do pátio

nem estes olhos tão vazios, catando comida entre os detritos. nem o lábio amargo. Quando achava alguma coisa, Eu não tinha estas mãos sem força, não examinava nem cheirava: tão paradas e frias e mortas; engolia com voracidade. eu não tinha este coração

que nem se mostra. O bicho não era um cão, não era um gato, Eu não dei por esta mudança, não era um rato. tão simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou perdida O bicho, meu Deus!, era um homem. a minha face? (Manuel Bandeira)

“NO MEIO DO CAMINHO”

NO MEIO do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento

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na vida de minhas retinas tão fatigadas

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra

(Carlos Drummond)

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Exposição dialogada, dinâmicas de grupo, análise, simulações em teatralizações,

exercícios individuais e grupais.

AVALIAÇÃO : Observação e uso da ficha de correção

OFICINA 3

PLANO DE AULA

TERCEIRO MOMENTO

PERÍODO: 4H/AULAS

TEMA: TÉCNICAS DE ARGUMENTAÇÃO – Práticas para falar de improviso

OBJETIVOS: Desenvolver a prática de produzir textos dialéticos e treino para falar

de improviso.

CONTEÚDO:

TÉCNICAS DE ARGUMENTAÇÃO

As orientações oferecidas neste curso têm-se norteado basicamente num esquema de raciocínio

pelo qual partimos de uma tese (opinião), o autor deve apresentar a demonstração e a conclusão.

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A esse tipo de raciocínio denominamos ESQUEMA ANALÍTICO

DEMONSTRAÇÃO

(porque)

CONCLUSÃO

(portanto)

Analisaremos, a seguir, um outro processo de raciocínio em que o autor discute o grau de verdade e o grau

de falsidade de uma opinião. Para isso ele parte de uma tese (argumentos favoráveis, formula uma antítese

(argumentos contrários) e chega a uma síntese (conclusão). A esse processo de raciocínio denominamos

ESQUEMA DIALÉTICO

TESE 2. ANTÍTESE

demonstração demonstração

3. SÍNTESE

TEXTO PARA ESTUDO DO DISCURSO DIALÉTICO

Há hoje uma tendência para considerar a leitura menos necessária do que em outros tempos. O

rádio e especialmente a televisão chamaram a si muitas das funções outroras desempenhadas pela pintura

e por outras artes gráficas. Segundo a opinião geral, a televisão se desincumbe muito bem de algumas

dessas funções; a comunicação visual das notícias, por exemplo, causa enorme impacto. A capacidade do

rádio de nos transmitir informações enquanto estamos ocupados em outras coisas - dirigindo automóvel, por

exemplo - é notável e representa grande economia de tempo. Mas é lícito perguntar se o advento dos

modernos meios de comunicação aumentou muito nossa compreensão do mundo em que vivemos.

Talvez saibamos mais do que sabíamos acerca do mundo, e na medida em que o

conhecimento é requisito indispensável para a compreensão, isso é uma vantagem inegável. Mas o

conhecimento não é tão imprescindível à compreensão como em geral se supõe. Não precisamos saber

tudo sobre uma coisa para entendê-la; muitas vezes o excesso de fatos representa para o entendimento um

obstáculo tão árduo quanto a escassez dele. Em certo sentido, nós modernos, estamos abarrotados de

fatos em prejuízo do entendimento.

TESE

(opinião)

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ANÁLISE DO TEXTO DIALÉTICO

TESE: colocação do problema

F1)Há hoje uma tendência para considerar a leitura menos necessária do que em outros tempos.

DEMONSTRAÇÃO de F1 (pois)

F2)O rádio e especialmente a televisão chamaram a si muitas das funções outroras

desempenhadas pela pintura e por outras artes gráficas.

DESENVOLVIMENTO de F2

F3)Segundo a opinião geral, a televisão se desincumbe muito bem de algumas dessas funções; a

comunicação visual das notícias, por exemplo, causa enorme impacto.

DESENVOLVIMENTO DE F2

F4) A capacidade do rádio de nos transmitir informações enquanto estamos ocupados em outras

coisas - dirigindo automóvel, por exemplo - é notável e representa grande economia de tempo.

ANTÍTESE: posição contrária

F5)Mas é lícito perguntar se o advento dos modernos meios de comunicação aumentou muito

nossa compreensão do mundo em que vivemos.

ARGUMENTO FAVORÁVEL À TESE

F6)Talvez saibamos mais do que sabíamos acerca do mundo, e na medida em que o conhecimento

é requisito indispensável para a compreensão, isso é uma vantagem inegável.

ARGUMENTO CONTRÁRIO A F6

F7)Mas o conhecimento não é tão imprescindível à compreensão como em geral se supõe.

DESENVOLVIMENTO DE F7

F8)Não precisamos saber tudo sobre uma coisa para entendê-la; muitas vezes o excesso de fatos

representa para o entendimento um obstáculo tão árduo quanto a escassez dele.

SÍNTESE: conclusão de f7 e f8

F9)Em certo sentido, nós modernos, estamos abarrotados de fatos em prejuízo do entendimento.

Exemplo de outra estrutura dialética.

A pena de morte

Cogita-se, com muita freqüência, da implantação da pena de morte no Brasil. Muitos aspectos

devem ser analisados na abordagem dessa questão.

Os defensores da pena de morte argumentam que ela intimidaria os assassinos perigosos,

impedindo-os de cometer crimes monstruosos, dos quais costumeiramente temos notícia. Além do mais

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aliviaria, em certa medida, a superlotação dos presídios. Isso sem contar que certos criminosos,

considerados irrecuperáveis, deveriam pagar com a morte por seus crimes bárbaros.

Outros, porém, não conseguem admitir a idéia de um ser humano tirar a vida de um semelhante, por

mais terrível que tenha sido o delito cometido. Há registros históricos de pessoas executadas injustamente,

pois as provas de sua inocência evidenciaram-se após o cumprimento da sentença. Por outro lado, a

vigência da pena de morte não é capaz de, por si, desencorajar a prática de crimes: estes não deixaram de

ocorrer nos países em que ela é ou foi implantada.

Por todos esses aspectos, percebemos o quanto é difícil nos posicionarmos categoricamente contra

ou a favor da implantação da pena de morte no Brasil. Enquanto esse problema é motivo de debate, só nos

resta esperar que a lei consiga atingir os infratores com justiça e eficiência, independentemente de sua

situação socieconômica. Isso se faz necessário para defender os direitos de cada cidadão brasileiro das

mais diversas formas de agressão das quais é hoje vítima constante.

TEMAS PARA DESENVOLVER

Tema 1: Muito se tem discutido recentemente acerca da legalização do aborto.

Aspectos favoráveis

Em vista do grande número de abortos clandestinos, verificados sobretudo nas camadas de baixa renda,

sua legalização permitiria que as mulheres, ao optarem por ele, fossem convenientemente assistidas em

instituições médicas adequadas.

Aspectos contrários

De acordo com as concepções que norteiam a moral da nossa sociedade, o aborto é encarado como um

atentado à vida, que já se faz presente no momento da concepção e da formação embrionária.

Tema 2: O controle da natalidade é de fundamental importância nos países subdesenvolvidos.

Tema 3: Deveríamos permitir que os jovensn maiores de dezesseis anos pudessem conseguir a carteira de

habilitação, mediante a permissão dos pais.

EXERCÍCIO PARA FALAR DE IMPROVISO

Qualquer pessoa de inteligência normal que possua uma dose razoável de autocontrole pode

proferir um discurso de improviso e, aceitável, em geral, brilhante, o que significa simplesmente “falar

extemporaneamente”. Há inúmeras maneiras pelas quais pode-se melhorar a capacidade de se expressar

fluentemente quando chamado, de repente, a proferir algumas palavras.

EXERCÍCIO 1: Joga-se um tema e um membro da turma é solicitado a falar de improviso durante um

determinado tempo (sessenta segundos por exemplo). Os temas podem ser diversos, por exemplo um

contador pode ser chamado para falar sobre propaganda. Um bancário sobre jardins de infância.

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Esse tipo de prática produz duas coisas: (1) prova aos alunos que eles podem pensar quando se encontram

de pé, (2) a experiência os torna mais seguros e confiantes para quando estão proferindo os seus discursos

preparados. Iremos perceber que, se o pior acontecer e experimentarem um bloqueio mental ao proferirem

o seu discurso preparado, ainda assim podem falar inteligentemente, à base de palavras de improviso, até

que retornem à sua trilha.

EXERCÍCIO 2: Um aluno é solicitado a começar uma história nos ermos mais fantásticos que ele for capaz

de inventar. Por exemplo, ele poderá dizer “outro dia, quando vinha pilotando o meu helicóptero, notei a

aproximação de um enxame de discos voadores que se aproximavam e comecei a descer. Entretanto, um

homenzinho no disco mais próximo começou a abrir fogo. Eu...” Nesse ponto dá-se um sinal indicando o fim

do tempo do orador e o aluno seguinte deve prosseguir a história. Após todos terem oferecido sua

contribuição a ação pode terminar nos canais de Marte ou nos saguões do Congresso.

Esse método de desenvolver a habilidade de falar sem preparação constitui um admirável artifício

de treinamento. Quanto mais prática tiver uma pessoa, mais capacidade estará para enfrentar situações

que podem surgir quando ela tiver que falar “para valer” em sua vida profissional e social.

ESTEJA MENTALMENTE PREPARADO PARA FALAR DE IMPROVISO.

Quando você é chamado a falar sem preparação, espera-se normalmente, que você pronuncie

algumas palavras sobre um assunto a respeito do qual pode falar com autoridade.

CITE UM EXEMPLO IMEDIATAMENTE.

Por quê? Por três razões: 1) você se livrará de imediato da necessidade de pensar com intensidade sobre

sua próxima frase, pois as experiências são facilmente narráveis, mesmo em situação de improviso. 2) Você

entrará no ritmo de falar e as suas primeiras manifestações de nervosismo desaparecerão, dando-lhe a

oportunidade de aquecer o seu assunto. 3) Você atrairá desde logo a atenção do auditório. Um auditório

absorvido no aspecto de interesse humano de seu exemplo dar-lhe-á confiança quando você dela mais

necessita - durante os poucos primeiros momentos de sua fala.

A comunicação é um processo nos dois sentidos; o orador que imediatamente consegue atrair a

atenção sabe disto. Enquanto ele observa as forças receptivas e percebe o brilho da expectativa, como uma

corrente elétrica, pairar sobre as cabeças de seus ouvintes, sente-se desafiado a prosseguir, a fazer o

melhor que pode, a responder. A harmonia, desta forma estabelecida entre auditório e orador, é a chave

para todas as falas bem-sucedidas - sem ela, é impossível uma verdadeira comunicação.

FALE COM ANIMAÇÃO E FORÇA.

Se você falar com energia e entusiasmo, sua animação externa terá um efeito benéfico sobre o

processo mental. Trabalhar mente e corpo, gesticular enquanto fala, é muito íntima a relação entre

animação física e a mente. Não tardará para falar fluentemente, algumas vezes até com brilho.

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Lance-se com espontaneidade em sua fala e você estará ajudando a garantir o seu êxito como

orador de improviso.

NÃO FALE DE IMPROVISO - APRESENTE UMA FALA DE IMPROVISO.

Há uma diferença, como infere da sugestão acima. Não é bastante divagar e alinhar uma série de

argumentos sem consistência e coerência. É necessário que se mantenha as idéias logicamente grupadas

em torno de um pensamento central que bem pode ser o ponto que você pretende levar a bom termo. Seus

exemplos devem ser coerentes com a sua idéia central. Mais uma vez, se você falar com entusiasmo,

verificará que aquilo que fala de improviso tem uma força e uma vitalidade de que não dispõem as suas

falas preparadas.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Produção textual. Exposição dialogada, dinâmicas de grupo, análise, simulações em

teatralizações, exercícios individuais e grupais.

AVALIAÇÃO : Observação e uso da ficha de correção

OFICINA 4

PLANO DE AULA

QUARTO MOMENTO

PERÍODO: QUATRO H/AULAS

TEMA: AS DIFERENTES POSSIBILIDADES DA FRASE-NÚCLEO

OBJETIVOS: Desenvolver ponto de vista através da frase-núcleo. Práticas textuais

desenvolvendo parágrafos dissertativos.

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CONTEÚDOS:

AS DIFERENTES POSSIBILIDADES DA FRASE-NÚCLEO

Além da frase-núcleo genérica, sucinta, a ser, posteriormente, especificada no desenvolvimento.

Outras formas existem evidentemente para a Frase-núcleo. A maturidade da habilidade dissertativa

possibilita inúmeros recursos para a sua formulação diversificada. Citaremos, exemplificando, algumas

dessas inúmeras possibilidades:

Frase-núcleo interrogativa:

Diante das enormes transformações ocorridas no mundo moderno em face do surpreendente

avanço tecnológico, quais seriam, hoje, as responsabilidades das escolas brasileiras?

Frase-núcleo de impacto ou surpreendente:

Um alarmante estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação),

revela que, nos países mais pobres, quase metade da população pode ser classificada como subnutrida e

que 22 milhões de recém-nascidos - um sexto do total mundial por ano - pesa menos que dois quilos e

meio.

Frase-núcleo contestativa:

O jovem brasileiro é um alienado que vive em função de modernismos importados. Nada é mais

falso que esta precipitada afirmação.

SISTEMATIZAÇÃO. Classifique as frases-núcleo apresentadas conforme as modalidades:interrogativa,

surpreendente, conceitual e contestativa.

O coração é um músculo, como todos sabem, e suas contrações dependem de suas propriedades

vitais enquanto músculo.

O adolescente não gosta de política. Não concordamos, em hipótese alguma, como tal afirmação.

Uma pesquisa revelou que as moscas apanhadas em uma favela carregavam uma média de 3,7

milhões de micróbios cada uma, apenas na parte externa do corpo.

Até que ponto nossa aparência é uma mascara atrás a qual nos escondemos?

Os músculos nada mais são que um feixe de fibras capazes de se contrair energicamente.

Muitos defendem a instituição da pena de morte como remédio eficaz no combate à criminalidade.

Eis uma concepção vazia se nenhum suporte científico

Texto para estudo.

Apresentando dois parágrafos, para indicação dos seus elementos estruturadores.

“A decisão sobre o que lançar no mercado, como, quando e o intérprete a ser utilizado, é

exclusivamente da gravadora. É o diretor comercial quem tem voz ativa para escolher o gênero musical e o

tipo de disco - se LP, Compacto Simples ou Compacto Duplo - que deve ser gravado em determinada

época do ano, visando atingir determinada faixa do mercado que ele considere carente de um novo produto.

Esta escolha ele a faz baseado nas estatísticas de venda e nas informações que recolhe, mensalmente,

junto aos inspetores de promoção.

O artista não tem, portanto, autonomia para escolher quando lançar um disco seu ou que músicas

deve gravar. É uma prerrogativa da gravadora selecionar o seu repertório, estilo pessoal como cantor e o

gênero musical a que deve se dedicar. Isto é, o artista não tem autonomia estética, podendo, inclusive,

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gravar uma canção de que não goste, deixando de gravar outra que julgue de grande qualidade e beleza

musical.

(Jambeiro, Canção de Massa)

Assunto: Música

Delimitação do Assunto: O planejamento das gravações musicais.

Objetivo: Mostrar que à gravadora compete todo o trabalho de realização e lançamento no

mercado das gravadoras musicais.

Parágrafo 1

Frase-núcleo: “A decisão sobre o que lançar no mercado, como, quando e o intérprete a

ser utilizado, é exclusivamente da gravadora.”

Desenvolvimento: A competência do diretor comercial: o gênero musical - o tipo de disco

- compacto Simples - Compacto Duplo.

Parágrafo 2

Frase-núcleo: “O artista não tem, portanto, autonomia para escolher quando lançar um disco seu ou que

música deve gravar.

Desenvolvimento: a prerrogativa da gravadora: - a seleção do repertório - a seleção do estilo -

a seleção do gênero musical.

CONCLUSÃO: “Isto é, o artista não tem autonomia estética, podendo, inclusive, gravar uma canção de que

não goste, deixando de gravar outra que julgue de grande qualidade e beleza musicais.”

DESENVOLVIMENTO DO PARÁGRAFO DISSERTATIVO.

Fixada a Frase-núcleo, o seu DESENVOLVIMENTO pode processar-se por diferentes maneiras.

Veja algumas possibilidades:

Enumeração Comparação Causa e Conseqüência Tempo e Espaço Explicitação

“Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo brasileiro diante dos problemas de

desequilíbrios ecológicos e poluição: a enorme extensão do território nacional; a má distribuição da

população que superpovoa pequena extensão desse território e deixa inteiramente despovoadas imensas

áreas; a escassez de cientistas e técnicos especializados em Ecologia e no campo de estudos referentes à

poluição; o baixo nível de educação do povo brasileiro; a escassez de recursos financeiros e a falta de

tradição de problemas desta natureza.”

Assunto: Ecologia

Delimitação do Assunto: Desequilíbrios ecológicos e poluição no Brasil.

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Objetivo: Apontar algumas das muitas dificuldades com que se defronta o governo brasileiro diante

dos problemas de desequilíbrio ecológico e de poluição.

Frase-núcleo: “Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo brasileiro diante dos

problemas de desequilíbrios ecológicos e poluição.”

Desenvolvimento: Critério aleatório.

a enorme extensão territorial do Brasil; a má distribuição populacional; a escassez de cientistas e técnicos especializados; o baixo nível de educação do povo brasileiro; a escassez de recursos financeiros; a falta de tradição de problemas desta natureza

METODOLOGIA:

Produção textual. Exposição dialogada, dinâmicas de grupo, análise, simulações em

teatralizações, exercícios individuais e grupais.

AVALIAÇÃO : Observação e uso da ficha de correção

OFICINA 5

PLANO DE AULA

QUINTO MOMENTO

PERÍODO:QUATRO H/AULAS

TEMA: DO SENSO COMUM AO CONSENSO

OBJETIVOS: DESENVOLVER VOCABULÁRIO MAIS ELABORADO / EXERCÍCIOS

RESPIRATÓRIOS.

CONTEÚDOS:

DO SENSO COMUM AO CONSENSO

Modelo

As pessoas ficam vendo televisão toda hora e é isso que dá: ficam massificadas, sem opinião própria.

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Reescritura:

O exagerado contato com a linguagem da televisão acaba por acarretar o comprometimento

da visão crítica das pessoas que cultivam esse hábito.

Infelizmente o que mais se vê é que política não está com nada. Você conta nos dedos um político legal. A maioria não presta. Usina nuclear só veio para atrapalhar. Não dá nada de bom e só estraga o ambiente e a ecologia. Chernobil

está aí para comprovar. O esporte faz bem para o corpo e para a cabeça. É pena que, no Brasil, ninguém dá valor para isso. Censura às vezes precisa: liberou geral, depois também não tem quem segure.

VOCABULÁRIO GERAL E ESPECÍFICO Substitua o verbo fazer, nas frases a seguir, por outro de sentido específico. Deus fez o mundo em seis dias. A Prefeitura fez banheiros nas praias. Fazia bonecos de barro para a feira. Fez uma crônica em meia hora. Faz a cama ao levantar-se Substitua o verbo dar, nas frases a seguir, por outro de sentido específico, fazendo as modificações

necessárias. O que ganho não dá para as despesas. Dei com a solução do problema. O sol dava-lhe no rosto. A janela dava para o mar. Suas teorias deram-lhe fama. O jornal deu a notícia do assalto. Deu uma festa no domingo. Substitua o verbo pôr, nas frases a seguir, por outro de sentido específico, fazendo as modificações

necessárias. 1.O deputado pôs os parentes no Congresso 2.A lojista pôs vários quadros na parede. Os amigos sempre lhe põem a culpa de tudo. Sua cara se pôs amarela de medo. Ela se põe a trabalhar às seis horas.

EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS

Os exercícios respiratórios são recomendados para aumentar a capacidade vital; são indispensáveis

para a correção de todos os defeitos e deficiências da voz e da palavra, variando de acordo com as

necessidades de cada um e as características de seu tipo respiratório. A inspiração deve ser efetuada por via

nasal, pois o ar assim é filtrado, aquecido e umedecido.

...

As consoantes oclusivas porporcionam bons exercícios para dominar a expiração, porque gastam

mais ar. Inspirar e expirar repetindo muitas vezes, lentamente: P B T D G Q . Ler frases longas onde se

encontrem freqüentemente essas consoantes:

Exemplo: A gata branca capenga que gostava de pegar camundongos na copa da casa de campo do

conde Guatinguetacal corre atrás da bola que rebola e bate peito do papagaio que grita e depois no bico do

galo pedrês que bebe água no balde da bica do quintal e também no papo pintado que dá bicadas na pata do

pacato boi preto e branco que pastava no gramado.

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Respirar profundamente e atacar a frase logo de início da expiração, para não desperdiçar ar. O aluno deve

esforçar-se para sustentar os finais das frases, economizando o ar expirado.

Dizer numa só expiração: CORAGEM J. G. de Araújo Jorge Não me entrego, por mais que me castigue a vida, por mais que a dor me doa, teimo em seguir meu rumo, como um brigue que a cada onda mais alta ergue ainda mais a proa. E avança, e esgrime o mar, o vento, os temporais, em desatino, a chegar... ou a soçobrar, mas sem fugir jamais ao seu destino!

Exercícios respiratórios

Como já observamos, a inspiração por via nasal é mais aconselhada por motivos fisiológicos

e estéticos; entretanto, muitas vezes precisamos recorrer à respiração bucal; essa respiração deve ser

imperceptível, silenciosa e suave, com a boca entreaberta, exercitando-se, auxiliada por uma ligeira

contração do diafragma e de preferência antes das vogais e depois, antes das consoantes.

RITMOS:

Os ritmos podem variar ao infinito conforme o sentimento expresso pelo escritor e as formas

adotadas pela sua inspiração. Cria o teu ritmo livremente como a natureza cria as ervas rasteiras.

O “Trem de ferro”, de Manuel Bandeira, constitui um ótimo exercício de dicção rítmica pela

variação da métrica com que nos descreve o movimento do trem que parte, acelerando na sua

marcha e termina diminuindo até parar.

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TREM DE FERRO

Café com pão Oô...

Café com pão Quando me prendero

Café com pão No canaviá

Cada pé de cana

Virge Maria que foi isto maquinista? Era um oficiá

Oô...

Agora sim Menina bonita

Agora sim Do vestido verde

Café com pão Me dá tua boca

Pra matá minha sede

Agora sim, agora sim, voa fumaça

corre, cerca Oô...

corre,cerca Vou mimbora vou mimbora

Ai seu foguista Não gosto daqui

Bota fogo Nasci no sertão

Na fornalha Sou de Ouricuri

Que eu preciso Oô...

Muita força

Muita força Vou depressa

Muita força Vou correndo

Vou na toda

Oô... Que só levo

Foge bicho Pouca gente

voa foge foge Pouca gente

Passa ponte Pouca gente...

Passa pasto

Passa boi

Passa boiada

Passa galho

De ingazeira

Debruçada

No riacho

Que vontade de cantar!

METODOLOGIA:

Produção textual. Exposição dialogada, dinâmicas de grupo, análise, simulações em

teatralizações, exercícios individuais e grupais.

AVALIAÇÃO : Observação e uso da ficha de correção

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OFICINA 6

PLANO DE AULA

SEXTO MOMENTO

PERÍODO: QUATRO H/AULAS.

TEMA: A PONTUAÇÃO NA ESCRITA E NA ORALIDADE

OBJETIVOS: Dominar a pontuação da oralidade expressiva / e praticar exercícios de

inflexões; e tonalidade de voz.

CONTEUDOS:

PONTUAÇÃO E PAUSAS

Pontuação é o sistema de sinais gráficos destinados a indicar na escrita as pausas. A pontuação oral

não pode estar subordinada à escrita; algumas vezes supre a sua falta, outras vezes despreza-a em benefício

da expressão.

Na leitura em voz alta, é preciso poupar o sopro expiratório e evitar a exaustão completa, libertando-

nos da torturante falta de fôlego; para isso, temos o precioso auxílio da pontuação que nos dá a oportunidade

de renovar constantemente a provisão de ar.

A respiração pode ser feita de acordo com as seguintes normas:

Vírgula................................1/4 de respiração

Ponto e vírgula....................1/2 de respiração

Dois pontos.........................1/2 de respiração

Ponto...................................respiração completa.

PONTUAÇÃO EXPRESSIVA:

Interrogação, exclamação, reticências, travessão, parênteses: respiração à vontade, segundo a pausa

expressiva. Nos períodos longos, dividimos as frases em grupos respiratórios.

A pontuação também serve para indicar certas modulações da voz; geralmente a voz se eleva depois

de uma vírgula e desce no ponto e vírgula; não deve descer depois dos dois pontos, pois segue-se uma

citação, uma explicação ou uma enumeração.

Depois do ponto, a voz desce numa cadência perfeita, porque o sentido está completo; convém

entretanto, não deixa cair no final das frases.

(...) As reticências interrompem uma frase, mostrando que as palavras não foram suficientes para

transmitir todo o pensamento; a voz fica em suspenso.

- ( )- Os parênteses destacam uma ou mais palavras intercaladas numa oração e que devem ser

pronunciadas com uma entoação diferente.

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( - ) O travessão, cuja função principal é a de indicar a entrada de um interlocutor nos diálogos, exige

uma mudança no tom de voz.

Na pontuação expressiva não pode haver uma regra geral, a voz podendo subir ou descer numa

exclamação, assim como nas interrogações que podem ser em cadência ascendente, descendente ou direta.

A duração das pausas depende da expressão; a sensibilidade e a inteligência é que devem ditar a

pontuação e as pausas. Muitas vezes uma vírgula tem o valor de um ponto e este de uma vírgula, assim como

uma pausa pode exprimir mais do que uma palavra.

INFLEXÕES

As inflexões são modulações da voz que se eleva ou se abaixa, quando expressamos o nosso

pensamento. As inflexões constituem a música das palavras, o que lhes dá relevo e interesse; mas é preciso

que sejam verdadeiras, sinceras e ditas com naturalidade, para que possam ser convincentes. A série de notas

musicais que constituem uma inflexão pode ser uma cadência ascendente, descendente ou direta.

Numa só palavra e nas frases curtas a voz sobe ou desce; nas frases mais longas descreve curvas. As

inflexões ascendentes traduzem interesse, curiosidade, entusiasmo ou cólera; as descendentes, indiferença,

desdém, raiva; e as diretas, sentimentos tranqüilos ou enunciações.

A melhor maneira de encontrar a inflexão exata é substituir a frase do texto por uma outra mais

simples, mais familiar; e quando tiver encontrado a modulação certa, dizer a outra nas mesmas notas. A

naturalidade é o melhor caminho para alcançar a sinceridade nas inflexões; quando conversamos

despreocupadamente, empregamos as mais variadas modulações de voz. Devemos observar esse princípio

fundamental; ler, recitar ou discursar como se fala, pois a inflexão verdadeira é a que usamos na linguagem

coloquial.

Toda frase falada descreve uma curva melódica e não há uma inflexão que não seja musical.

Vejamos “Bom dia”, dito com várias expressões:

Indiferente - Natural - Atencioso - Carinhoso - Alegre - Surpresa

TONALIDADE DA VOZ

Já vimos que a voz possui três qualidades: timbre, intensidade e altura. A altura - tom que

empregamos para falar - deve ser variada para evitar a monotonia. As oposições de tonalidade, isto é, o uso

dos registros grave, médio e agudo oferecem uma transição que realça o sentido das frases, assim como

contrastes de sombra e luz.

Para exercitar o emprego dos três registros estão muito indicados OS SINOS, de Manuel Bandeira:

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Os sinos da paixão no tom mais grave da voz, os sinos do Bonfim, uma terça acima, e os de Belém,

uma quinta acima.

Como regra geral, procurar manter sempre a voz na tonalidade média, como ponto de partida para

subir ou descer nas variações.

OS SINOS Sino de Belém, Sino de Paixão... Sino de Belém Sino da Paixão... Sino do Bonfim!... Sino do Bonfim!... Sino de Belém, pelos que ainda vêm! Sino de Belém, bate bem-bem-bem. Sino da Paixão, pelos que lá vão! Sino da Paixão bate bão-bão-bão. Sino do Bonfim, por quem chora assim!... Sino de Belém, que graça ele tem! Sino de Belém bate bem-bem-bem. Sino da Paixão - pela minha mãe! Sino da Paixão - pela minha irmã! Sino do Bonfim, que vai ser de mim!... Sino de Belém. Como soa bem! Sino de Belém bate bem-bem-bem. Sino da Paixão... Por meu pai?... Não!Não... Sino da Paixão bate bão-bão-bão. Sino do Bonfim baterás por mim?... Sino de Belém, Sino da Paixão... Sino da Paixão, pelo meu irmão... Sino da Paixão... Sino do Bonfim, ai de mim, por mim?... Sino do Bonfim... Sino de Belém, que graça ele tem!

METODOLOGIA:

Produção textual. Exposição dialogada, dinâmicas de grupo, análise, simulações em

teatralizações, exercícios individuais e grupais.

AVALIAÇÃO : Observação e uso da ficha de correção.

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OFICINA SETE

PLANO DE AULA

SÉTIMO MOMENTO

PERÍODO: QUATRO H/AULAS

TEMA: CONTADOR DE HISTÓRIA

OBJETIVO: Desenvolver narrativas através do conflito de um personagem para

apresentar em sala; praticar a articulação e pronúncia

CONTEÚDO:

Exercício de narrativa: o contador de história – tema livre – valendo-se do que já foi

praticado e estudado.

ARTICULAÇÃO E PRONÚNCIA

A articulação consiste na ginástica bucal necessária para a modificação dos sons emitidos pelas

cordas vocais, transformando-os em vogais e consoantes. Articular bem é ressaltar cada sílaba, dando relevo

às consoantes e sonoridade às vogais; é a boa articulação que dá a cada consoante o seu valor real, em

virtude das oclusões provocadas pelos movimentos das partes móveis do órgão bucal. Só a articulação

perfeita pode dar às palavras clareza, energia e veemência; uma boa articulação muitas vezes supre o volume

da voz, pois uma pequena bem articulada faz-se ouvir em grande auditórios, enquanto que uma voz

volumosa poderá ser inaudível se a articulação for defeituosa.

Podemos comparar as consoantes a um esqueleto e as vogais à carne, querendo demonstrar com esse

exemplo anatômico que, assim como os ossos sustentam a carne, as consoantes são apoio das vogais.

PRONÚNCIA

A pronúncia pode ser considerada como a estética da articulação; é a emissão correta dos fonemas da

língua em que se fala, dando-se às vogais e às sílabas o som que devem ter, a duração exata de seus valores

longos ou breves, seus acentos agudos e graves. Por exemplo: a palavra felicidade - conforme o meio

cultural, a pronúncia varia entre: fêlicidadê - félicidade - filicidade e filicidadi; deserto,

diserto;sepultura,sépultura.

Devemos ter a preocupação de falar corretamente; não com preciosismo, como era de bom tom no

século passado, usando termos rebuscados e com afetação. O emprego de palavras difíceis é artificial e

mesmo ridículo, assim como o abuso de gíria é pouco elegante.

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EXERCÍCIO DE RELAXAMENTO

LASSIDÃO O meu cansaço nesta tarde quente é o cansaço dos meus pés que tanto andaram O cansaço das pernas que meu corpo sustentaram o cansaço dos dois braços, das mãos frias e dos dedos lassos As lágrimas vão caindo uma a uma do cansaço dos meus olhos baços. Anoitece. O crepúsculo entre brumas vem chegando... Levemente uma chuvinha fina vem cantar nos vidros da janela. É tão suave a sua melodia, tão singela... Num profundo abandono fecho os olhos e quedo-me a ouvi-la... e o meu cansaço vai passando, vai passando...

vai pas-san-do... e adormeço

METODOLOGIA:

A pratica de contar história.. Exposição dialogada, dinâmicas de grupo, análise,

simulações em teatralizações, exercícios individuais e grupais.

AVALIAÇÃO : Observação e uso da ficha de correção

OFICINA OITO

PLANO DE AULA

OITÁVO MOMENTO

PERÍODO: QUATRO H/AULAS

TEMA: DINÂMICA DOS CARTÕES COM POESIA E EXERCÍCIOS DE INFLEXÃO

OBJETIVOS: Desenvolver a criatividade-interpretativa poética e exercícios de

modulação e inflexão de voz. Desenvolver a respiração na narrativa.

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CONTEÚDOS: EXERCÍCIOS DE INFLEXÃO

Exprimir os seguintes sentimentos de acordo com as frases dizendo apenas A: E: I: O: U: Vontade Hei de vencer A - E - I - O - U Fraqueza Não tenho coragem “ Alegria Como é boa a vida! “ Tristeza Morro de saudade. “ Coragem Quem bate a essa hora? “ Medo Estão arrombando a porta... “ Crueldade Morra como um cão! “ Piedade Pobre criança! “ Orgulho Quem manda aqui sou eu! “ Humildade Quem sou eu a seu lado... “ Revolta Isto não fica assim! “ Resignação Eu estou por tudo... “ Cólera Sai da minha frente “ Reflexão Vamos ponderar... “ Excitação Vamos depressa! “ Calma Tem tempo, já vou “ Gozo Que perfume delicioso “ Aversão Não suporto esse cheiro “ Castigo O Sr. Está preso! “ Perdão Por essa vez, vai em paz. “ Alvoroço Incêndio! Fujam rápido! “ Tranqüilidade É boato “ Desejo Quero morrer na minha terra “ Alívio Graças a Deus! “ Respeito Receba as minhas homenagens“ Desprezo Você não sabe o que diz... “ Amor Como te quero, amor “ Ódio Maldita sejas pelo ideal perdido “ Impolidez Espera lá fora. “ Polidez Faça o favor de entrar “

EXERCÍCIO PARA MODULAÇÕES DA VOZ NAS INFLEXÕES Dizer a mesma palavra variando as intenções, com o auxílio de frases familiares que tenham o mesmo

sentido. Intenção Frase familiar Palavra Constatar Vejo que chove Chove Duvidando Parece que chove “ Afirmando Está chovendo “ Interrogando Está chovendo? “ Contradizendo Que nada! “ Ironizando Chove porque vou à praia “ Admirado Que chuva! “ Aborrecimento Que chuva cacete... “ Aliviado Como refresca essa chuva! “ Vitória Eu não disse que ia chover! “ Tristeza Já não posso ir à praia “ Alegria Acabou-se a seca! “ Desespero Minha colheita perdida! “ Impaciência Essa chuva não cessa... “ Pressa Vou correndo por causa da chuva “

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Discussão Disse e repito, que chove! “ Medo Parece que o mundo vem abaixo “

INFLEXIONAR OS PROVÉRBIOS DE ACORDO COM AS INTENÇÕES INDICADAS. Exemplo: Um dia a casa cai Inflexões: frase familiar Constatando Um dia a casa cai. Afirmando Digo-lhe que a casa cai! Interrogando Um dia a casa cai? Dúvida Talvez não caia. Indignação A culpa é sua! Inquietude receio que caia. Displicência Deixa cair... Orgulho Eu me responsabilizo! Humildade Quem sou eu para opinar... Aspereza Fique sabendo que cai! Tristeza Que pena...tão boa! Admiração Será possível? Ironia Já contava com isso. Conselho Cuidado que vai cair! Impaciência Depressa, corre, anda! Discussão Já disse que cai, e cai mesmo! Curiosidade Ouvi dizer que vai cair. Alvoroço Corram depressa! Ameaça Se não consertar cai, já. Reflexão Vamos raciocinar, talvez não caia. Acabrunhamento Tudo perdido... Espanto Quem disse? Revolta Isso não fica assim! Cólera Há de me pagar caro! Vingança Eu mato o construtor. Misericórdia Coitado...não tem culpa. Medo Vamos embora... Pavor Fujam depressa! Resignação Paciência... Caçoada É brincadeira. OUTROS PROVÉRBIOS Cada macaco no seu galho. Quem casa quer casa Amor com amor se paga. Tempo é dinheiro. Rei morto rei posto. O barato sai caro. Filho de peixe peixinho é A César que é de César.

EXERCÍCIOS COM A VOGAL A Ler e cantar as seguintes frases: A abracadabra da gags macabra na cabala. A madrasta falava da sacada da casa da praça. A fada da mata cantava baladas na clara cascata. A arataca armada na chácara apanha aracangas. A dança da barca fantasma arrastada nas vagas da catarata.

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EXERCÍCIOS PARA ARTICULAÇÃO DAS CONSOANTES

O mameluco melancólico meditava e a megera megalocéfala, macabra e maquiavélica, mastigava

mostarda na maloca miasmática. Migalhas minguadas de moagem mitigavam míseras meninas. Moleques

magricelas meergulhavam no mucurro, murmurinhando como uma matinada de macacos. A mucama

monótonas melodias, moía milho e macacheira para a moqueca e o mungunzá do medonho mercador de

mumonamonas.

MOVIMENTO

Não devemos confundir movimento com rapidez, nem com virtuosidade. Assim como na

música observamos os andamentos: lento - adágio - andante - alegro - vivace - presto - assim também na

dicção temos os movimentos, que devem ser observados de acordo com o estilo do texto e o sentimento que

ele determina. A tranqüilidade, o desânimo, a resignação, pedem movimentos lentos; entusiasmo, a

vivacidade, a pressa e a agitação, movimentos rápidos.

EXERCÍCIOS PARA MOVIMENTOS RÁPIDO

Descrever corridas de cavalos, jogos de futebol etc...

Para conseguir a velocidade necessária para esse exercício é preciso não esquecer que os

cavalos estão correndo, e as palavras devem acompanhar o desenrolar da carreira, com o mínimo de

pausas, as frases precipitando-se umas sobre as outras, respirações rápidas.

***

Atenção! Foi dada a partida para o 5º páreo, prova especial em 1.400 metros./

Excelente partida, saindo todos emparelhados. Tomou a ponta o alazão Lambari, que vai livrando

logo um corpo inteiro de vantagem para Urutau, correndo em segundo, seguido de perto por

Borboleta./ Tangará, que já estava atrasado, passa para o terceiro.

Continua na ponta Lambari, ainda com um corpo inteiro para Urutau, que tenta a primeira

colocação, agora junto com Borboleta, que num estilo vigoroso passa já para o segundo e vai

alcançando Lambari, que resiste ao impetuoso ataque /. Borboleta avança, livrando cabeça, pescoço,

meio-corpo, e já corpo inteiro. Na frente Borboleta, a grande favorita; em segundo Lambari, em

terceiro Urubau, em quarto Vaga-lume, e quinto Tangará.

Contornam a primeira metade da grande curva. / Na ponta Borboleta, que vem tinindo,

fortemente atacada por Lambari; / em terceiro Urutau, que tenta desesperadamente reconquistar a

segunda colocação; em quarto, emparelhados, Vaga-lume e Tangará. / Contornam a grande curva e

entram na reta final. / Uratau é agora atacado por Tangará, que passa, de passagem, para o terceiro,

deixando Urutau para trás. / Três animais no mesmo plano disputando a primeira colocação.

Pequena vantagem de Lambari sobre Borboleta; violenta investida de Borboleta, que consegue

novamente livrar cabeça, pescoço, meio-corpo e um de luz, e cruzam a reta final! Borboleta, uma

égua que surpreendeu na sua belíssima performance, derrotando o alazão, foi a grande vencedora do

páreo; / em segundo Lambari; em terceiro Urutau; em quarto Tangará, e em quinto Vaga-lume.

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METODOLOGIA:

A pratica de contar história controlando a respiração.. Exposição dialogada,

dinâmicas de grupo, análise, simulações em teatralizações, exercícios individuais e

grupais.

AVALIAÇÃO : Observação e uso da ficha de correção

BIBLIOGRAFIA: BASTOS, Lúcia Kopschitz. A produção escrita e a gramática

Martins Fontes, 1992.- (Texto e Limguagem)

CAMARA, J. Mattoso. Manual de Expressão Oral e Escrita.

Petrópolis, Vozes, 1986. 9º edição.

CARNEGIE, Dale. Como falar em público e influenciar pessoas no mundo dos negócios.

Rio de Janeiro, Record, 1995. 28º edição.

FÁVERO, Leonor Lopes e. Lingüística textual: uma introdução

São Paulo: Cortez. 1998. (Série gramática portuguesa na pesquisa e no ensino)

KOCH, Ingedore G. Villaça. A inter-ação pela linguagem

São Paulo: Contexto. 1997. – (Coleção Repensando a língua portuguesa).

MAGALHÃES, Roberto. Técnicas de Redação. A Recepção e a Produção de Texto.

São Paulo, Editora do Brasil. S.d.

MANDRYK, David. Prática de Redação para Estudantes Universitários.

Petrópolis, Vozes. 1987.

OECH, Roger von. Um “Toc”na cuca.

Livraria Cultura Editora. São Paulo : 1983.

PENTEADO, J.R. Whitaker. A técnica da Comunicação Humana.

São Paulo, Pioneira Editora. 8º edição. 1982.

SCHNEIDER, Michel. Ladrões de Palavras

Campinas, Editora da Unicamp., 1990.

SOARES, Magda. Técnica de Redação.

Rio de Janeiro. Livro Técnico, 1978.

VANOYE, Francis. Usos da Linguagem.

São Paulo, Martins Fontes. 1996.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA A Comunicação Não-Verbal

Flora Davis

Summus Editorial

Boas Maneiras de A a Z

Célia Pereira de Souza Leão

Editora STS

Como Adquirir um Poderoso Vocabulário em 30 dias.

Osmar Barbosa.

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O corpo tem suas Razões

Therese Bertherat

Livraria Martins Fontes Editora Ltda.

O Ensino Através dos Audiovisuais

Marcello Giacomantonio

O dirigente Criativo

Joseph G. Mason

Ibrasa

Querer é Fazer

A. L. Wilians

Nova Fronteira