governo do estado do paranÁ - operação de migração … · 2014-04-22 · suas curiosidades....

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO – SEED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – PDE

ILMA MARCOLINO MANCINO

PRÁTICA DE LABORATÓRIO – METAMORFOSE DA BORBOLETA DA

COUVE

PARANAGUÁ

JULHO / 2011

ILMA MARCOLINO MANCINO

PRÁTICA DE LABORATÓRIO – METAMORFOSE DA BORBOLETA DA

COUVE

UNIDADE DIDÁTICA – TRABALHO A SER EXECUTADO

COMO COMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO – PRÁTICA DE

LABORATÓRIO DE BIOLOGIA “METAMORFOSE DA

BORBOLETA DA COUVE”.

PROFESSOR ORIETADOR IES: Dr. JOSE FRANCISCO DE

OLIVEIRA NETO.

IES VINCULADA: FAFIPAR – FACULDADE ESTADUAL

DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAGUÁ.

COLEGIO DE IMPLEMENTAÇÃO - COLÉGIO ESTADUAL

HELENA VIANA SUNDIN.

PARANAGUÁ

JULHO / 2011

SUMÁRIO

1- NTRODUÇÃO............................................................................................................ 4

2 - OBJETIVOS...............................................................................................................4

3 - FUNDAMENTAÇÕES TEORICA/REVISÃO BIBLIGRÁFICA........................5

4 - ATIVIDADES A SER DESENVOLVIDA COM OS ALUNOS............................6

5 – SEGURANÇAS NAS AULAS PRÁTICAS.............................................................7

6 - CUIDADOS COM O MANUSEIO DOS EQUIPAMENTOS................................8

7 - CUIDADOS COM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS...................................................9

8 - CUIDADO NO TRABALHO COM OS SERES VIVOS..............................................9

9 - CUIDADOS COM A REALIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS EM CASA OU DE ATIVIDADE

EXTRACLASSE.......................................................................................11

10 - ORDEN LEPIDOPTERA......................................................................................11

11 - REFERNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................15

l – ANEXO: CRONOGRAMA.....................................................................................17

1 – INTRODUÇÃO

Esta Unidade Didática é de total importância para o projeto de Intervenção

Pedagógica com o título Prática de Laboratório - Metamorfose da Borboleta, para que os

estudantes possam manipular objetos e idéias e negociar significados entre si e com o

professor durante as práticas. É viável que as aulas práticas sejam conduzidas de forma

agradável, para despertar curiosidades e assim sendo também maiores interesses nas

pesquisas. Acredito que grande esforço dedicado neste projeto é para colaborar no sentido de

que os estudantes que irão participar, valorizem a oportunidade dada e que mostre interesses

para suprir as necessidades básicas do componente essencial para sua formação e que possa

relacionar fatos às soluções de problemas, dando-lhes condições de identificar questões para

investigações, elaboração de hipóteses e planejar experimentos para testá-los.

A importância das aulas práticas é um desafio para aquele que busca respostas para satisfazer

suas curiosidades. Foi pensando em ir de encontro com os interesses dos alunos que escolhi o

titulo acima citado. Com as aulas práticas é possível proporcionar aos alunos do segundo ano

do ensino médio do Colégio Estadual “Helena Viana Sundin”, oportunidade de ampliar os

conhecimentos teóricos através da prática, saindo do mundo abstrato para o real. Assim sendo

percebemos que as aulas práticas, assim como as teóricas são fundamentais, mas há

necessidade de trabalhar na capacitação dos educandos, pois muitos não adotam diferentes

metodologias exatamente por não desenvolver o processo teórico pratico. Concluindo que por

mais simples que seja a experiência, ela se torna rica ao revelar contradições entre o

pensamento do aluno, o limite de realidade das hipóteses levantadas e o conhecimento

cientifico. Em virtude de reconhecermos uma metodologia apreciada pelos alunos, inteciona-

se com essa pesquisa direcionar e demonstrar de que maneira a prática pode contribuir para o

oprendizado mais motivador e significativo com a redescoberta in vivo do processo de

metamorfose da borboleta da couve, no laboratório de Biologia.

2 – OBJETIVOS

Levar o aluno estar consciente da importância de se conhecer a variedade das

características animais, tanto para aumentar a compreensão geral sobre o fenômeno vida,

como para utilizar esse conhecimento em aspectos práticos, como distinguir animais úteis dos

potencialmente perigosos à nossa espécie.

Valorizar o conhecimento sistematizado, como o utilizado no estudo filo a filo dos animais,

reconhecendo que isso permite comparar criteriosamente aspectos semelhantes e

dessemelhantes de diferentes grupos.

Interagir a teoria aprendida em sala de aula com suas aplicações práticas no Laboratório de

Biologia;

Despertar o interesse do estudante para a observação de fenômeno da natureza;

Revelar as contradições entre pensamento do aluno, o limite de realidade das hipóteses.

3 – FUNDAMENTAÇÕES TEORICA/REVISÃO BIBLIOGÁFICA

Armando Asti Vera (l979). A observação científica é a busca deliberada e controlada

de objetos, fatos e fenômenos sob certas condições previamente determinadas, a mais

importante das quais é a intersubjetividade.

De acordo com Krasilchik (2000), no ensino de Ciências e Biologia é importante e essencial o

uso de aulas práticas, pois possibilitam o envolvimento dos estudantes em investigações

científicas para a resolução de problemas, despertando o interesse dos mesmos para o

desenvolvimento das atividades e proporcionando a apreensão de conceitos básicos. Além

disso, possibilita um contato direto entre alunos e os fenômenos da natureza.

De acordo com as DCE-B, 2006 (Diretrizes Curriculares de Biologia para a

Educação Básica), uma aula experimental, seja ela de manipulação de material ou

demonstrativa, também representa importante recurso de ensino. Para promover a

aprendizagem, não é preciso um aparato experimental sofisticado, mas sim a sua organização,

discussão e analise que possibilitam a interação com fenômenos biológicos, a troca de

informações entre os grupos que participam da aula e, portanto, a emergência de novas

interpretações.

Sob essa perspectiva, consideramos que uma das formas que permitem a construção

desses processos interpretativos é o uso de materiais didáticos como ferramentas úteis para a

construção dos saberes, no caso, o uso do Laboratório de Biologia. Nesse sentido, essa

UNIDADE DIDÁTICA procura discutir referências que possam auxiliar na produção de

materiais didáticos, buscando-se estabelecer uma correlação entre tória e o uso do Laboratório

com aulas praticas.

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Assim, a experimentação de ter como finalidade o uso de um método que privilegie a

construção do conhecimento, em caráter de superação à condição de memorização direta,

comportamentalista e liberal. Parte-se do pressuposto de que a teoria critica deve assegurar a

relação interativa entre professor e aluno, em que ambos são sujeitos ativos. (DCE-

BIOLOGIA, 2006).

4 – ATIVIDADES A SER DESENVOLVIDA COM OS ALUNOS

A presente Unidade Didática propõe a realização de aulas práticas de laboratório de

Biologia com a participação dos alunos de ensino médio da segunda série, nos conteúdos da

Classe Insecta e na observação, análise e pesquisa sobre metamorfose da borboleta da couve.

Após as referidas atividades acima citada, passaremos para a apresentação do laboratório:

Equipamento necessário para um laboratório de Biologia (Zundir José Buzzi 2002).

O equipamento mais usado no ensino de Biologia e que estão à disposição na

unidade de ensino inclui: dez microscópios e cinco lupas para uma classe de 30 alunos

permitem um trabalho plenamente satisfatório; uma balança de precisão para preparação das

soluções que vão ser usadas nas aulas; uma geladeira, para manutenção de soluções, meios de

cultura, materiais biológicos que se deterioram; duas panelas de pressão para esterilização de

materiais; aquários e gaiolas para manutenção de animais; conjuntos de materiais para

dissecção; bicos de Bunsen; vidraria; termômetros; funis; pipetas; béqueres; placas de petri;

cápsulas de porcelana; almofarizes; lâminas; lamínulas; tubos de plástico; vidros e tubos de

borracha para conexão; tubos de ensaio.

Para que a unidade didática possa ser realizada com sucesso, alguns caminhos devem

ser seguidos: laboratório de Ciências: observação e registro dos ovos da borboleta da couve.

Os alunos em grupo observarão no microscópio binocular, os ovos do animal. Depois, cada

componente do grupo receberá um papel apropriado para registro da observação do ovo.

Registros:

Os alunos receberão, também, outros papéis para registros de outras etapas do

desenvolvimento que ocorrerá nos ovos da borboleta da couve com os mínimos detalhes. Para

o registro dessas observações que os alunos farão ao longo do trabalho serão fornecidas folhas

especiais onde fará as anotações pertinentes do que está ocorrendo com o individuo.

Construirão, no final do trabalho, um álbum ou material parecido com todos os registros feitos

no desenvolvimento do individuo no decorrer da prática.

Em pequenos grupos, observarão, com a lupa, o nascimento da lagarta da couve.

Individualmente, farão o registro desenhando e escrevendo, essa observação no papel

apropriado que já possui. Criarão um texto, com seu grupo, registrando as mudanças a as

características observadas. No final, ilustrarão. Vão observar também a construção dos

primeiros casulos. Em seguida, realizarão o registro na folha apropriada. Também o

nascimento da mariposa. Assim pode-se trabalhar a classificação cientifica da Classe Insecta,

utilizando também outros recursos metodológicos como, por exemplo, o livro didático da

disciplina de Biologia utilizado na instituição de ensino.

A Unidade Didática será aplicada e desenvolvida com os alunos do estabelecimento

de ensino no quarto bimestre (4º Bimestre), associando a teoria aplicada em sala de aula com

as práticas de laboratório, totalizando dezesseis horas aulas (16hs aulas) e, a avaliação

ocorrerá de forma continua valorizando o esforço individual de cada aluno nas atividades

proposta.

CONCLUSÃO

Com a aplicabilidade da Unidade Didática, os alunos devem compreender o ciclo de

vida da Borboleta da Couve (ovo, lagarta, crisálida, mariposa) e suas características.

Desenvolverão: responsabilidade e cuidados com animais, observação, comparação

e conclusão. Como fechamento das atividades, as equipes apresentarão um seminário cada

uma, comparando algum outro inseto e aracnídeo à borboleta estudada.

5 - SEGURANÇAS NAS AULAS PRÁTICAS (Zundir José Buzzi 2002)

Para que haja segurança nas aulas práticas, todos os elementos da escola devem estar

preparados para:

-Prevenir acidentes, mantendo o laboratório em condições de segurança; o laboratório não

deve ser usado para aulas de outras disciplinas. Quando a falta de espaço tornar

imprescindível sua utilização para outras aulas, sua ocupação deve ser sempre, feita com a

presença de um professor.

-O laboratório deve ser adequadamente iluminado e arejado.

-As tomadas devem estar em boas condições.

-O piso não deve ser escorregadio.

-O espaço deve ser suficiente para o trabalho e movimentação dos estudantes (cerca de 3

metros quadrados por aluno).

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-As saídas devem permitir uma rápida evacuação da sala.

-Deve haver pelo menos duas portas dando para o exterior, distantes uma da outra.

-Os bicos de gás devem ser verificados periodicamente, para não apresentar vazamentos.

-Os móveis devem ser feitos de material que seja dificilmente combustível.

-O laboratório deve conter uma caixa de material para primeiros socorros e extintores de

incêndio.

-Materiais venenosos ou que representem perigo devem ficar em armários fechados.

-Nos laboratórios deve haver cestos de lixo de material não combustível.

-O lixo não deve ficar espalhado pelo chão.

-Cacos de vidro devem ser embrulhados antes de ser colocados no cesto de lixo, e o pacote

etiquetado “cacos de vidro”.

-Os estudantes devem receber instruções sobre os cuidados que devem ser tomados nos

laboratórios no manuseio de materiais, drogas e seres vivos.

-Os frascos devem ser devidamente etiquetados e, quando as substâncias representam perigo,

esta condição deve ser indicada no rótulo.

-Os alunos e professores devem usar aventais no laboratório. Os agasalhos dos alunos não

devem ficar espalhados pela classe.

-Alimentos não devem ser ingeridos no laboratório.

6 - CUIDADOS COM O MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS (Zundir José Buzzi 2002)

-Rolhas não devem ser forçadas em tubos de vidro quando os diâmetros dos dois não se

ajustarem. Use glicerina para enfiar conexões entre tubos de vidro e de borracha.

-O aquecimento de líquidos em béquer deve ser feito com o uso de tela de amianto e tripé.

-Para aquecer líquidos inflamáveis como álcool, o melhor é usar fogareiros elétricos. Caso

não sejam disponíveis, use protetores de asbesto e/ou banho-maria.

-Não use material de vidro para fazer misturas potencialmente explosivas.

-Não encha frascos até a boca. Deixe espaço para expansões em potencial.

-Não use frascos de laboratório para comer ou beber.

-Material de laboratório não deve ser transportado pelos corredores nos intervalos de aula.

-Cuidados devem ser tomados para lidar com panelas de pressão: a válvula deve ser verificada

e o aquecimento moderado.

-Cuidados devem ser tomados para usar, guardar e limpar os instrumentos cortantes de

dissecção.

-Dissecções devem sempre ser feitas em cubas apropriadas.

-Para acender o bico de Bunsen, a entrada de ar é mantida fechada. O fósforo aceso é

colocado sobre o bico e a torneira de gás é aberta lentamente. Em seguida, abre-se a entrada

de ar até que a chama fique azul.

7 - CUIDADOS COM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS (Zundir José Buzzi 2002)

-Soluções concentradas de ácido e base devem ser transportadas pelos alunos apenas com

ordem do professor.

-Substâncias químicas do laboratório não devem ser colocadas na boca.

-Soluções devem ser pipetadas com bulbo de sucção e nunca com a boca.

-Para aquecer uma substância em tubo de ensaio, a parte de cima do tubo é colocada próxima

à chama e a partir daí é feito o aquecimento da parte de baixo. A parte inferior do tubo jamais

deve ser aquecida, pois pode espirrar na sua roupa ou em seus olhos. Um tubo de ensaio que

está sendo aquecido não pode ser apontado para pessoas. Enquanto o tubo estiver sendo

aquecida a pessoa que manipula não deve ficar olhando, pois pode receber um jato de

material. O tubo não deve ser aquecido acima do nível do líquido que contém.

-Frascos contendo substâncias orgânicas voláteis ou ácidas não devem ficar próximos à

chama ou expostos ao sol.

-Não se deve adicionar água a qualquer solução concentrada de ácido. Para preparar uma

solução, o ácido deve ser acrescentado lentamente à água.

8 - CUIDADOS NO TRABALHO COM SERES VIVOS (Zundir José Buzzi 2002)

-Animais e plantas não devem ser mantidos nos laboratórios se não puderem ser

adequadamente alimentados e limpos em fins de semana e férias.

-Verifique a legislação existente em seu Estado sobre científica de vivissecção de animais e

determina outras providências, diz o seguinte:

A vivissecção não será permitida:

I sem o emprego da anestesia;

II em centros de estudos não registrados em órgão competente;

III sem a supervisão de técnicos especializados;

IV com animais que não tenham permanecido mais de quinze dias em biotérios legalmente

autorizados;

V em estabelecimentos de ensaio de primeiro e segundo graus e em quaisquer locais

freqüentados por menores de idade.

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-As gaiolas contendo animais devem ser bem fechadas e limpas regularmente.

-Organismos patogênicos ou venenosos não devem ser usados em aulas práticas.

-Para experimentos em que há necessidade de extração de sangue, é conveniente o uso de

lancetas descartáveis, para evitar o perigo de contaminação.

-Material em decomposição não deve ser usado nos experimentos. Quando for necessário

conservar material durante alguns dias, este deve ficar sob refrigeração ou conservado em

formol.

-Cuidados devem ser tomados para evitar a disseminação de esporos de fungos, samambaias

ou de grãos de pólen que podem provocar alergias nos alunos.

-Cuidados devem ser tomados para evitar o uso excessivo de substâncias como éter e álcool

etílico quando animais são anestesiados.

-Culturas de microrganismos não devem ser mantidas no laboratório após o uso. É

conveniente esterilizar o material antes de jogá-lo no lixo.

-Células epiteliais de mucosa bucal devem ser retiradas com palito e nunca com lamínulas ou

instrumentos cortantes.

-Espécimes conservados em formol devem ser retirados com luvas ou pinças dos frascos em

que são mantidos e lavados antes de usar. O aposento onde se trabalha com material

formalizado deve ser muito bem ventilado porque os vapores podem irritar olhos, nariz,

garganta e pele.

Apesar de todos os cuidados que se toma, acidentes podem ocorrer e certos cuidados

devem ser tomados nessa situação:

-Devem ser observados sintomas relativos a dificuldades para respirar, sangramento e choque

-Não devem ser dados remédios para uma pessoa inconsciente.

-Quando o caso for grave, é necessário recorrer a socorro médico.

-Quando ocorrer um incêndio no laboratório, o primeiro cuidado é remover os estudantes do

local.

-Quando o fogo pode representar grande perigo, dever ser feito soar o alarme de incêndio.

Água deve ser usada em caso de incêndio de tecidos, papéis, roupas e cabelos e em outros

materiais do mesmo tipo.

-Quando o fogo atingir gasolina, tintas ou outros materiais que formam gases, deve-se

procurar impedir o contato com o ar usando o extintor de espuma sobre a chama. É

conveniente ter sempre no laboratório um saco de areia para, em caso de combustão

inesperada de materiais como magnésio, sódio, potássio, despejar a areia sobre a substância

que pegar fogo.

9 - CUIDADOS COM A REALIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS EM CASA OU DE

ATIVIDADE EXTRACLASSE (Zundir José Buzzi 2002)

Os alunos devem ser bem informados dos perigos em potencial ligados ao trabalho

prático e de que substâncias inofensivas, combinadas, podem se tornar perigosas. Devem

ainda ser lembrados que, quando trabalham sem a presença do professor, precisam tomar as

mesmas precauções tomadas no laboratório da escola.

10 - ORDEN LEPIDOPTERA (Zundir José Buzzi 2002)

Número de espécies

É a segunda maior ordem de insetos com aproximadamente 146 565 espécies

catalogadas, assim distribuídas nas diferentes regiões zoogeográficas: neártica: 11 532;

neotropical: 44 791; paleártica: 22 465; etiópica: 20 491; oriental: 27 683 e australiana -

Oceania: 19 603.

Os “lepidopterólogos” estimam que somente 57% da fauna mundial é conhecida e que

o número total de espécies de lepidópteros deve chegar próximo a 255 000 espécies. A região

onde melhor se conhece a fauna de lepidópteros é a paleártica com 92% das espécies

conhecidas, seguindo-se a região neártica com 82%, oriental com 53%, a região etiópica e

neotropical com 51% (onde se inclui o Brasil) e a região australiana com 50%.

Nomes populares

De um modo geral os lepidópteros são conhecidos como borboletas e mariposas. O

folclore popular que gira em torno destes insetos é muito rico e a imaginação muito fértil. A

nomenclatura popular também é muito variada e muitas vezes os nomes dados se referem só a

lagarta e outras vezes ao adulto. Vão aqui alguns nomes interessantes, muitas vezes dados em

função da semelhança com algum animal ou objeto:

-Advinhão – crisálidas ou pupas de borboletas no estado do Paraíba

-Agrimensor – lagarta-marca-passo ou mede palmo, larvas da família Geometridae;

-Assenta-pau - estaladeira, mascate: borboletas que quando voam produzem um estalo

característico;

-Bicho-da-seda-sirgo – mariposa que produz o fio da seda (Bombyx mon);

-Bicho-do-cesto-larvas ou adultas fêmeas da família Psychidae;

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-Bicho-de-chifre - várias lagartas das famílias Sphingidae, Satumiidae etc.,

-Bruxa - nome dado às mariposas grandes;

-Traça - larvas de mariposas da família Tineidae, que carregam um pequeno casulo e causam

estragos em residências;

-Bicho-de-taquara - larva de Galleriinae (Pyralidae). A crendice popular afirma que estas

lagartas se transformam em ratos.

Tamanho

Varia de 3 a 300 mm de envergadura. A menor espécie Nepticula microthierella

Stainton é européia e mede 3 mm de envergadura. A maior espécie vive na América tropical:

Thysania agrippina (Cramer), com quase 300 mm de envergadura.

Características

-Corpo e asas revestidos com escamas;

-Adultos com peças bucais do tipo sugador, tendo uma espirotromba longa, fina e enrolada

em espiral, às vezes atrofiada e mais raramente ausente. Há 150 espécies, pertencentes às três

subordens mais primitivas e não representadas no Brasil. Possuem aparelho bucal do tipo

mastigador;

-Antenas alongadas e de formas variáveis: filiformes, pectinadas, bipectinadas, clavadas etc.;

-Olhos compostos grandes; algumas mariposas com dois ocelos, ocelo médio ausente;

-Com dois pares de asas membranosas, presentes na grande maioria dos Lepdópteros;

-Venação igual em ambas as asas, ou diferente;

-Asas posteriores menores ou iguais às anteriores;

-Pernas próprias para andar, às vezes o par anterior atrofiado; tíbia muitas vezes com espinhos

e os fêmures posteriores com esporões;

-Abdômen mais ou menos cilíndrico, com dez segmentos, sem cercos;

-Metamorfose completa, com um número variável de mudas no estágio larval, sendo na

maioria de quatro a oito. Larvas do tipo eruciforme e as pupas do tipo obtecto, com exceção,

feito pela larva do último ínstar.

Reprodução

Reproduzem-se por anfigonia e oviparidade. Os ovos são depositados em geral sobre

plantas, isoladamente ou em grupos e uns poucos são depositados no solo.

Habitat e hábitos

Os adultos em geral pouco se afastam dos locais onde as larvas se criaram. Há

espécies que migram para muito longe, geralmente voando em bandos, como Danaus

plexippus (Nympahlidae, Danainae) que migra do Canadá ao México, onde hiberna. De modo

geral, os adultos são solidários, de hábitos diurnos ou noturnos. Algumas poucas espécies

saem ao alvorecer e ou ao anoitecer e permanece em repouso o resto do dia. A maioria das

larvas das mariposas, antes de empupar, fabrica um casulo com fio de seda, secretado pelas

glândulas salivares que em contato com o ar, endurece. Muitas espécies que enrolam folhas

para fazer o casulo e outras juntam várias folhas próximas, sempre utilizando o fio para dar

forma ao casulo. Muitas espécies gregárias, como lagartas de Lasiocampidae, fabricam um

grande casulo comum, formado por folhas e até mesmo galhos inteiros unidos por fios de

seda. Muitas larvas se camuflam pela aparência feroz e grotesca, mas a maioria é inofensiva.

Algumas soltam um odor desagradável ao serem manuseadas e outras têm pêlos urticantes e

às vezes chegam a causar sérias queimaduras. As larvas se movimentam utilizando as pernas

torácicas e os falsos pés abdominais, muitas fazem um movimento de “mede-palmos” e

também, em geral, utilizam as contrações e distensões do corpo para ajudar na locomoção.

Em geral as larvas dos lepidópteros são de hábitos solitários, mas há espécies que apresentam

hábitos gregários, o que também ocorre com alguns adultos. Muitas pupas se formam dentro

dos casulos em lugares abrigados (sob pedras, troncos caídos, sob folhas, em fendas etc.). As

pupas das mariposas geralmente são marrons. As pupas de algumas borboletas se grudam a

uma folha ou galho e se penduram de cabeça para baixo; outras se mantêm em posição mais

ou menos ereta. Em geral os lepidópteros têm uma geração anual e passam o inverno como

larva ou pupa (raramente como ovo ou adulto). Há espécies com duas ou mais gerações

anuais e outras requerem dois ou três anos para completar uma geração.

Alimento

As larvas ou lagartas se alimentam em geral de folhas de plantas, sendo muitas

monófagas e outras polígafas. Há espécies que se alimentam de cera de abelhas, há as que

vivem no pêlo da preguiça, onde se alimentam de algas e as traças que comem vestuários. Os

adultos geralmente se alimentam do néctar das flores, sucos vegetais, pólen, sais minerais,

excrementos de aves e mamíferos ou outros líquidos.

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Inimigos Naturais

Em qualquer estágio os lepidópteros podem ser presos de predadores ou de parasitos.

Os chalcidóiteos (Himenóptera) são os que mais parasitam ovos de Lepidóptera. As larvas

servem de alimento para ácaros, aranhas, vespas e vertebrados, principalmente passarinhos.

Muitas tribos de índios têm nas gordas larvas da família Cossidae uma rica fonte de

alimentos. Larvas e pupas são, muitas vezes, parasitadas por vermes, himenópteros

(Braconidae, Ichneumonidae, Chalcidoidea) e dípteros (Tachinidae). Bactérias e vírus muitas

vezes provocam doenças que reduzem drasticamente as populações e lagartas.

Importância Econômica

Sua importância para o homem resulta dos hábitos fitófagos da grande maioria das

lagartas, muitas monófagas e outras polífagas, geralmente muito vorazes, causando grandes e,

às vezes, totais prejuízos às plantações. Há espécies perfuradoras, cortadoras de talos,

minadoras e comedoras externas de folhas. Umas poucas são pragas de produtos armazenados

e outras, como as traças, causam prejuízos nas residências. Algumas larvas da família

Tineidae são necrófitas e conhecidas como traças de pele e tapetes e outros Pyralidae

freqüentam os cadáveres. Algumas espécies do gênero Hylesia são responsáveis por surtos

epidêmicos de dermatite que são causados por flechinhas venenosas que são cerdas

pontiagudas contendo substâncias irritantes responsáveis pela erupção epidérmica.

Denominam-se erucismo as queimaduras causadas pelas lagartas urticantes dos lepidópteros.

Coleta e conservação

A coleta geralmente é feita com auxílio de rede entomológica adaptada, isto é, com

diâmetro do aro maior e o saco de filó mais longo, assim como o cabo. A coleta noturna

também é necessária para apanhar mariposas. Muitas larvas são criadas em laboratório para

obtenção de exemplares perfeitos. As borboletas, após serem apanhadas na rede, são mortas

com um aperto no tórax e guardadas em envelopes triangulares e devidamente acondicionadas

em caixas. As mariposas de abdômen muito volumoso devem ser mortas com injeção de

gotículas de um agente letal, como amoníaco, éter, acetato de etila ou clorofórmio, e as de

tamanho menor em vidro letal. A preparação é feita através de método da alfinetagem, com

auxílio de esticadores apropriados para dispor as asas abertas a fim de facilitar a sua

visualização.

Classificação

Autores mais antigos dividiam esta ordem em duas subordens: Rhopalocera e

Heterocera.

11 – REFÊRRNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ASSMANN, H.; SUNG, J. M. Competência e sensibilidade solidária: educar para a

esperança. Petrópolis: Vozes, 2000.

ATLAN, H. A ciência é inumana? Ensaio sobre a livre necessidade. São Paulo: Cortez, 2004.

______. Metáforas novas para reencantar a educação: epistemologia e didática. Piracicaba:

UNIMEP, 1996.

CARVALHO, I. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez,

2004.

DCE-B 2006; Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica.

GARCIA, R.; ALVES, N. A necessidade de orientação coletiva nos estudos sobre cotidiano:

duas experiências. In: BIANCHETTI, L.;

BUZZI, J, ZUNDIR: Entomologia Didática – 4ª Edição – Editora UFPR – pg 267.

HIRSCHMAN, O. ALBERT.

LARROSA, J. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. 3. ed. Belo Horizonte:

Autêntica, 2003.

LEFF, H. Complexidad ambiental. México: Siglo XXI, 2000.

MACHADO, A. M. N. A bússola do escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e

dissertações. Florianópolis: Ed. UFSC, 2002, p. 255-296.

MATURANA, H. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Ed.

UFMG, 1998.

KRASILCHIK, M. Pratica de ensino de Biologia – 2º edição.

VERA, A,A. metodologia da pesquisa científica: Ed globo 1979.

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ANEXO

ANEXO - I

CRONOGRAMA DE AÇÕES

3º PERIODO (AGOSTO/DEZEMBRO)

AÇÕES:..............AGOSTO; SETEMBRO; OUTUBRO; NOVEMBRO E DEZEMBRO.

Entrega e apresentação do projeto na escola....................................................................agosto;

Implementação da Unidade Didática na escola............................................agosto a dezembro;

Encontro de orientações................................................................................agosto a dezembro;

Aplicação da produção didática pedagógica com os alunos (parte teórica)...agosto e setembro;

Aplicação da produção didática pedagógica com os alunos (parte pratica-laboratório)..outubro

e novembro;

Coleta dos resultados e produção dos relatos das atividades... outubro novembro e dezembro;

Pesquisas bibliográficas...............................agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro;

Avaliações finais..........................................................................................................dezembro.

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