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1 GOVERNO DO ESTADO DO ACRE MENSAGEM N o 001/2015 Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. No início do segundo mandato, que nos foi concedido por decisão democrática do povo acreano, dirijo-me a esta Augusta Casa, na oportunidade da abertura dos trabalhos legislativos da 14 a Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Acre. Governar é estar perto das pessoas, das famílias, da população; sentir suas aspirações, ouvir os seus sentimentos e compartilhar suas esperanças. Assim, caminhamos muito pelo Acre, escutando a todos, especialmente as pessoas mais humildes, simples e trabalhadoras, que constroem e fazem a nossa história.

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GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

MENSAGEM No 001/2015

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa do Acre,

Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

No início do segundo mandato, que nos foi concedido por decisão

democrática do povo acreano, dirijo-me a esta Augusta Casa, na

oportunidade da abertura dos trabalhos legislativos da 14a Legislatura

da Assembleia Legislativa do Estado do Acre.

Governar é estar perto das pessoas, das famílias, da população; sentir

suas aspirações, ouvir os seus sentimentos e compartilhar suas

esperanças. Assim, caminhamos muito pelo Acre, escutando a todos,

especialmente as pessoas mais humildes, simples e trabalhadoras, que

constroem e fazem a nossa história.

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Foram mais de 450 viagens aos 22 municípios, realizadas em quatro

anos de mandato - de Foz do Breu, em Marechal Thaumaturgo, no Alto

Rio Juruá, ao Icuriã, em Assis Brasil.

Nessas andanças, foi possível entender a realidade do nosso povo.

Essa proximidade foi fundamental para a implantação de políticas

públicas, que garantiram a inserção dos excluídos num Acre que

desponta na Amazônia como um Estado forte, competitivo, com

oportunidades para todos.

Dado o legado da Frente Popular do Acre, que fincou as raízes do

modelo de desenvolvimento sustentável, restabeleceu-se o estado

democrático de direito, resgataram-se as bases institucionais de um

governo republicano, repuseram-se critérios e estilos de

governabilidade e governança genuinamente democráticos.

Nosso Governo promoveu um vigoroso salto no desenvolvimento

econômico do Estado e um enorme avanço na solução da questão

social, tendo como pressuposto e prática a conservação dos recursos

ambientais e a valorização da história e da cultura do povo acreano.

Essa estratégia de governo e o modelo inovador de gestão da Frente

Popular do Acre conseguiram resultados expressivos na

industrialização da economia, na expansão da produção agropecuária

e da agroindústria, no combate da extrema pobreza e na ampliação

dos serviços básicos, conciliando crescimento econômico e

desenvolvimento social, que culminaram na elevação do nível de

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bem-estar da população, sem comprometer o estoque de riquezas

naturais.

O grande salto para o desenvolvimento econômico e social que o Acre

vive só foi possível graças à organização das finanças públicas. A busca

do equilíbrio fiscal e financeiro, com o fiel cumprimento da Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF) e o rígido controle das contas públicas,

é prática fundamental da gestão do Estado do Acre.

Nos últimos quatro anos, as receitas totais evoluíram positivamente

em mais de 40%, saindo de pouco mais de 3,8 bilhões de reais, em

2011, para mais de 5,4 bilhões de reais, em 2014.

Quanto ao crédito do Estado, a Resolução do Senado Federal nº

40/2001 estabelece que o endividamento dos Estados Federativos não

deve ultrapassar 200% da sua Receita Corrente Líquida. O Acre está

bastante confortável nesse quesito. No ano de 2011, primeiro

exercício do nosso primeiro mandato, esse percentual era de 50,4%.

No fim do Governo, em 2014, mesmo com os mais de 3 bilhões de reais

de investimentos realizados, esse percentual alcançou somente 74%.

Isso significa que as operações de crédito realizadas, responsáveis

pelos investimentos na nossa economia e no bem viver de nossa

população, foram contratadas obedecendo a um dos mais sagrados

deveres de um gestor público: a responsabilidade fiscal.

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o Poder Executivo dos

Estados deve gastar, no máximo, 49% de sua Receita Corrente Líquida

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(RCL) com pessoal. O Estado do Acre, ao tempo em que assegurou

patamares remuneratórios dignos aos servidores públicos, também

cumpriu fielmente esse limite.

Senhoras e Senhores Deputados,

Nos últimos quatro anos, servimos de todo o coração ao povo do Acre.

É assim procedendo que nosso projeto reitera a sua legitimação e

continua promovendo as boas mudanças, criando as condições para

enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável, com respeito ao

socioambientalismo, do crescimento econômico, da educação, da

geração de emprego, do conhecimento, da tecnologia, da extinção da

extrema pobreza, do combate ao analfabetismo, condições exigidas

como compromissos mundiais no século XXI.

O Estado do Acre é reconhecido como um exemplo de economia verde

e sustentável para o Brasil e o mundo. Basta verificar a performance

dos principais indicadores.

O PIB acreano cresceu, em média, 6,8% ao ano, entre 2009 e 2012.

Esse incremento está acima da média brasileira e evidencia o acerto

das políticas públicas adotadas pelos governos da Frente Popular.

A taxa de desmatamento tem apresentado queda sistemática. Em

2013, foi 27,5% menor quando comparada a 2012 e 79% menor ao ser

confrontada ao desmatamento de uma década atrás.

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A comparação entre a taxa de crescimento econômico, que se eleva

sistematicamente, e a taxa de desmatamento, que cai tendencialmente,

mostra a efetiva natureza sustentável do desenvolvimento econômico.

Em 12 anos, o número de empregos formais dobrou, saindo de 64 mil

para 129 mil. Entre 2010 e 2013, o crescimento do emprego formal no

Estado foi de 6,6%.

Conforme dados do IPEA, o índice oficial de Gini, que é utilizado para

medir o grau de concentração de renda, apresentou uma redução de

14,4% entre 2009 e 2013, configurando o Acre como a unidade da

Federação que mais reduziu a desigualdade social nesse período.

Entre 2009 e 2013, a proporção de pessoas extremamente pobres caiu

35%. A redução da taxa de extrema pobreza de 17% para 11% é a

segunda maior entre os Estados da Região Norte e a nona entre as

demais unidades da Federação do país.

A alta taxa de geração de empregos formais, a criação de ocupações

produtivas pela implantação de pequenos negócios individuais e

coletivos, a redução significativa da extrema pobreza e a importante

distribuição de renda demonstram a vitalidade da economia, pelos

efeitos desses fatores na massa salarial e no crescimento do mercado

interno.

Em 1991, o valor do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

(IDHM) do Acre era classificado como “muito baixo”, em 2000 recebeu

a conceituação de “baixo desenvolvimento”, e em 2010 alcançou o

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patamar de “médio desenvolvimento”, destacando que, nesse mesmo

ano, Rio Branco saltou da categoria de “baixo” para “alto

desenvolvimento humano”.

O Acre, contudo, encontra-se, como todos os Estados brasileiros,

caminhando na trajetória de muitos obstáculos. Somos um Estado em

desenvolvimento. Há, naturalmente, grandes desafios a enfrentar.

Entre eles, a busca incessante do fortalecimento da economia e a

independência da receita orçamentária, em relação à União,

especialmente das despesas correntes do aparelho estatal.

Nesse sentido, o Governo tem como eixo da sua estratégia o

desenvolvimento sustentável, que implica crescimento econômico

com inclusão social. Para isso, exercita programas importantes de

incentivo às atividades produtivas para garantir a oferta de alimentos

e matérias-primas, a industrialização - em especial o fomento do setor

agroindustrial - e a atração de empreendimentos privados, inclusive

em parcerias Público-Privado-Comunitárias (PPC), com agregação de

valor.

Preparamo-nos permanentemente para as oscilações da economia

mundial e seus impactos no Brasil. Por isso, executamos um rigoroso

Programa de Equilíbrio Fiscal, que é um procedimento decisivo para

enfrentar a crise global.

O Acre encontra-se numa situação distinta de outros Estados no

tocante à crise. Primeiro, porque tem uma história recente de elevado

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crescimento econômico. Segundo, porque teve o cuidado de construir

um portfólio de investimentos em grande medida, independentemente

das restrições impostas pela crise econômica.

O cuidado com as contas púbicas permitiu viabilizar uma plataforma

de investimentos em torno de 6 bilhões de reais, nos últimos quatro

anos. Esses recursos permitiram realizar obras como a Cidade do Povo

e o saneamento ambiental integrado, que juntos movimentaram 2,5

bilhões de reais. Tais investimentos foram fundamentais para o

aquecimento da economia local e a geração de postos de trabalho, o

que garante dignidade e cidadania para milhares de acreanos.

No início do atual mandato, nossa plataforma de investimentos dispõe

de 1,8 bilhão de reais, já programado e assegurado. A maior parte

desses recursos é destinada à continuidade dos programas de

Governo, o que permite o prosseguimento das ações e o alcance dos

objetivos estabelecidos para o desenvolvimento do Estado.

A viabilização desses recursos só foi possível graças à credibilidade

conquistada pelo Governo do Acre perante a União, os bancos e os

organismos multilaterais de crédito, somada à qualidade dos projetos

e à eficiência na execução das metas.

O desempenho da economia brasileira nos últimos anos exige do

Governo estadual medidas seguras, firmes e ousadas no sentido de

garantir os benefícios conquistados pela sociedade acreana. Sem

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dúvida, construímos bases sólidas para a consolidação dos eixos

estratégicos da nossa Plataforma de Desenvolvimento.

Os resultados são animadores, extremamente positivos, e colocam o

Acre na vanguarda. Hoje, somos um Estado Amazônico em condições

reais de universalizar o acesso à água potável, ao tratamento e à coleta

de esgotamento sanitário, zerar o analfabetismo, tornar residual o

déficit habitacional e reduzir drasticamente a mortalidade infantil.

A semente foi plantada com a realização de ações em várias áreas, que

começam a gerar resultados e escrever uma nova etapa na nossa

história.

A política econômica adotada nos últimos quatro anos foi norteada

pelo objetivo de fortalecer o setor produtivo, possibilitando o aumento

da produção em escala, a diversificação da produção, a melhoria do

nível tecnológico e a ampliação das indústrias instaladas no Acre.

O Estado fomentou a produção primária, investindo cerca de 120

milhões de reais em cadeias produtivas estratégicas. Entre as várias

ações, destacam-se:

▪ A mecanização de quase 57 mil hectares de terra em

propriedade de pequenos produtores.

▪ A ampliação da capacidade de mecanização do Estado com a

aquisição de implementos e máquinas agrícolas.

▪ O Programa de Aquisição de Alimentos, que adquiriu 7.322

toneladas de produtos da agricultura familiar, com a cobertura

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média anual de 1.197 produtores e o repasse a 340 entidades

socioassistenciais.

▪ A ampliação da capacidade de armazenagem de grãos do Estado

mais que dobrou, com a implantação de três silos graneleiros e a

ampliação de outros três já existentes.

▪ O incentivo à fruticultura, com a entrega de 701 mil mudas de

culturas permanentes e semipermanentes, entre elas o coco e o

açaí.

▪ A distribuição de mais de cinco mil ovinos a produtores rurais.

▪ A construção de mais cinco mil açudes/tanques para a

piscicultura.

Esses investimentos permitiram a colheita de bons resultados. A

produção de milho do Estado cresceu 117%, a de mandioca, 67%, a de

abacaxi, 85%, e a de melancia, 82%. O valor da produção da

agricultura no Estado cresceu nominalmente 192%, saindo de um

patamar de 193 milhões de reais para 564 milhões de reais.

Iniciativas inovadoras, como o modelo de parceria

público-privado-comunitária, vêm sendo adotadas com sucesso nas

cadeias de produção da piscicultura, suinocultura e avicultura. Nesse

modelo, os empreendimentos industriais recebem aporte de recursos

públicos e privados e integram os produtores rurais para a produção

da matéria-prima.

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Na Cadeia da Piscicultura, além dos mais de cinco mil tanques

escavados para a produção de peixes, foram construídos o Complexo

Industrial de Piscicultura do Vale do Acre, que conta com uma fábrica

de ração para peixes, um centro de produção de alevinos e um

frigorífico para peixes cultivados, além da Unidade de Piscicultura do

Vale do Juruá, que dispõe de um núcleo de produção de alevinos e um

frigorífico. Os dois empreendimentos terão capacidade de produção

anual de 30 mil toneladas de ração, 13 milhões de alevinos e 25 mil

toneladas de pescado, com geração de 450 empregos diretos.

Esses dois projetos somam um investimento de 138 milhões de reais,

cujas principais características são a escala industrial, o uso intensivo

de tecnologia, o foco em espécies nativas de alto valor, a exportação e

a autossuficiência na produção de alevinos, de ração e na capacidade

de processamento.

Vale ressaltar que o Complexo de Piscicultura do Vale do Acre, a Peixes

da Amazônia S.A., é o maior e mais moderno empreendimento de

cultivo de peixe de água doce do Brasil.

A avicultura vem experimentando um crescimento apreciável,

especialmente nas duas grandes empresas do Estado que trabalham

com alta tecnologia e escala de produção. Também há um grupo forte

de pequenos e médios produtores. Somente um empreendimento se

produz quase 100 mil ovos por dia.

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A empresa Don Porquito, um projeto de alto padrão tecnológico e de

grande importância econômica, pelo seu efeito multiplicador, faz a

criação de suínos em Brasileia e integra 55 pequenos produtores em

galpões de 300 leitões para recria e engorda. Para fortalecer a cadeia,

está sendo implantando o frigorífico de suínos em parceria

público-privado-comunitária, num investimento de 50 milhões de

reais.

Investimentos em suinocultura e avicultura na Região do Alto Acre são

exemplos que revelam a diversificação da produção e o aumento da

renda dos produtores. Está claro que nasce uma nova classe média

rural no Acre.

O principal efeito da industrialização é a elevação da produtividade da

economia. E o primeiro requisito do desenvolvimento econômico é a

evolução da produtividade. Vem daí a importância do fomento à

industrialização no processo de desenvolvimento do Estado.

Conforme dados do IBGE, o número de unidades locais de indústria de

transformação cresceu 24,4% nos últimos anos, saindo de 605

unidades industriais para 701.

Para o fortalecimento da indústria acreana, foram aportados cerca de

80,7 milhões de reais em investimento de infraestrutura de parques e

polos industriais. Construímos e ampliamos 13 polos e parques

industriais.

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Até 2011, a captação de crédito das indústrias acreanas era de 19,8

milhões de reais. De 2011 a 2014, com os incentivos concedidos às

empresas, esse valor saltou para 327,3 milhões de reais. Setenta e oito

novas indústrias se instalaram no Acre.

As pequenas e médias indústrias dos municípios também foram

fortalecidas, destacando-se a implantação do Centro Industrial das

Biscoiteiras, o Polo Naval e a agroindústria de empacotamento de

farinha em Cruzeiro do Sul, bem como a agroindústria de feijão em

Marechal Thaumaturgo, entre outras.

A viabilização da política industrial está sendo possível porque houve

a intervenção do Governo estadual junto aos órgãos federais para

garantir a infraestrutura energética adequada.

O papel do Estado foi decisivo para a construção do segundo linhão até

Rio Branco e municípios do entorno, assegurando a estabilidade no

fornecimento de energia e reduzindo drasticamente os apagões. Está

em construção o linhão até Cruzeiro do Sul, uma obra orçada em mais

de 400 milhões de reais. Também está garantida a construção de

subestações capazes de assegurar o fornecimento de qualidade para a

Região do Alto Acre, onde se encontram instalados investimentos

estratégicos.

Para a redução da pobreza, o Governo do Acre tem investido

fortemente na inclusão produtiva, que visa gerar ocupação e aumento

de renda para as famílias que estão na condição de pobreza e extrema

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pobreza. Em quatro anos, foram entregues 11 mil pequenos negócios e

mais quatro mil estão em fase de entrega, totalizando 15 mil pequenos

negócios individuais e coletivos, num investimento total de 23 milhões

de reais.

Os avanços na área de conservação ambiental são visíveis. Merece

destaque o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que atendeu, somente no

ano passado, 22.750 propriedades rurais. O trabalho realizado

promoveu a legalidade ambiental, iniciou o processo de regularização

de multas e permitiu os desembargos das propriedades.

O CAR é uma ação fundamental para que os pequenos produtores

possam acessar os programas de financiamento e incentivo à

produção. Para os próximos quatro anos, estaremos empenhados no

apoio à elaboração dos Planos de Regularização Ambiental (PRA),

conforme determina o Novo Código Florestal, o que trará inúmeros

benefícios aos produtores e também aos recursos naturais.

Os investimentos do Governo em reservas extrativistas e florestas

públicas atingiram valores expressivos. Foram investidos 18,6 milhões

de reais em manejo florestal comunitário, roçados sustentáveis e

tanques para incentivar a piscicultura.

Desenvolveu-se, no nosso primeiro mandato, o maior programa de

regularização fundiária da História. Foram entregues cerca de 25 mil

títulos de propriedades urbanas e rurais.

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Os investimentos na área de infraestrutura realizados pelo Governo

mostram o compromisso contínuo do Projeto Político da Frente

Popular do Acre de prosseguir empreendendo todos os esforços

possíveis no sentido de elevar a qualidade de vida das famílias

acreanas.

Um marco histórico foi a abertura permanente do tráfego na BR-364,

integrando de forma definitiva os Vales do Acre e do Juruá. Esse, sem

dúvida, foi um dos maiores desafios da engenharia rodoviária

brasileira nos últimos 50 anos. Essa conquista do Povo do Acre

repercute diretamente no dia a dia das pessoas que vivem nos

municípios localizados ao longo da rodovia. Como exemplo, cita-se o

preço da cesta básica nas Regionais Tarauacá-Envira e Juruá, que

apresentou uma redução média de 30% no seu valor.

O Programa Ruas do Povo é uma iniciativa que promove mudanças

estruturais, tanto no campo econômico quanto no social, nos 22

municípios acreanos. O desafio proposto é de pavimentar todas as

ruas do Estado. Esse sonho já se tornou realidade para os moradores

de vários municípios acreanos.

Além da transformação das comunidades urbanas, o Ruas do Povo

aquece a economia do Estado, com o investimento total de

aproximadamente 1 bilhão de reais, que tem gerado, de forma direta,

mais de 3.500 postos de trabalho.

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Os investimentos realizados também contemplam obras de

saneamento. Ao todo, foram investidos 110 milhões de reais na

ampliação da cobertura de esgotamento sanitário e do sistema de

abastecimento de água na capital e no interior.

Está em execução o Projeto de Saneamento Integrado nos municípios

de difícil acesso, que tem como objetivo levar aos moradores de Santa

Rosa do Purus, Jordão, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter os

serviços de esgotamento sanitário, abastecimento de água e

drenagem, além da pavimentação das ruas e da construção de aterros

sanitários e portos. No total, o projeto prevê um investimento de 80

milhões de reais.

Nas comunidades rurais, o compromisso do Governo com a

infraestrutura está no melhoramento dos ramais, a fim de garantir o

escoamento da produção e o acesso aos serviços públicos básicos.

Anualmente, o Governo beneficia cinco mil quilômetros de ramais no

Estado. Além do serviço de aplainamento e abertura de ramais,

durante os quatro anos de Governo foram instalados 18 mil metros de

bueiros, construídos 4.500 metros de pontes e realizado o

piçarramento de 16 mil quilômetros. Ao todo, investimentos que

somaram 80 milhões de reais.

As rodovias federais e estaduais no Acre nunca estiveram em

condições tão satisfatórias como atualmente. O Departamento

Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) assumiu

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efetivamente a responsabilidade pela sua manutenção. Isso vai

possibilitar que façamos um forte investimento na malha de estradas

vicinais por meio do Programa Ramais do Povo, beneficiando os

produtores e permitindo o escoamento da produção.

A política de habitação social proposta pelo Governo do Acre é

norteada pelo objetivo de tornar residual o déficit habitacional do

Estado e proporcionar melhores condições de moradia para as

famílias acreanas. Em quatro anos, foram entregues 8.100 unidades

habitacionais, beneficiando diretamente mais de 32 mil pessoas.

A Cidade do Povo, vinculado ao Minha Casa, Minha Vida, do Governo

Federal, é o maior projeto de habitação de interesse social da história

do Acre, com o investimento total previsto de 1,1 bilhão de reais. A

meta é entregar 10.518 casas, que atenderão prioritariamente as

famílias de baixa renda e que moram em áreas de risco, na periferia de

Rio Branco.

Cerca de sete mil pessoas, que moravam em áreas de risco, já residem

na Cidade do Povo, levando uma vida mais digna. Essas pessoas

deixaram de conviver com o fantasma do alagamento e o desconforto

dos abrigos, durante o período do inverno amazônico.

Temos como desafio levar programa semelhante ao Cidade do Povo

para os municípios do interior. Esse é um compromisso que

procuraremos honrar nos próximos quatro anos.

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Na área da educação, o Governo do Estado tem realizado fortes

investimentos, tanto na ampliação da oferta quanto na melhoria de

infraestrutura e serviços. Do total de alunos matriculados no ensino

fundamental e no ensino médio no Acre em 2013, 95% estão na rede

pública.

A qualidade do ensino melhorou em todos os níveis da educação

básica. Orgulhamo-nos de estar entre os três melhores do país nas

séries finais do Ensino Fundamental, do sexto ao nono ano. A média do

Acre no IDEB foi de 4,4, enquanto a média nacional foi de 4,2.

No Ensino Médio houve crescimento expressivo na proficiência dos

alunos em língua portuguesa e matemática.

O Acre apresentou ainda redução da evasão escolar, um dos grandes

problemas das escolas públicas no país. Entre 2011 e 2013, a taxa de

abandono do Ensino Fundamental diminuiu de 3,3% para 2,5%, e de

12,6% para 10,5% no Ensino Médio.

Na comparação com a Região Norte e o Brasil, o Acre mostrou maior

redução da evasão escolar.

Na área de recursos humanos, atualmente, temos mais de 90% de

professores com formação superior. Isso se traduz em aumento

salarial dos trabalhadores em educação. O Acre está entre os Estados

que mais bem remunera os professores no Brasil.

No nosso Governo houve importantes melhorias na infraestrutura da

rede educacional. Foi assegurado um padrão de infraestrutura para

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todas as escolas, por nível, série e modalidades, construídas e

ampliadas 62 escolas indígenas e reformadas outras 17. E ainda há

garantia para construção de 21 escolas, sendo 13 na Cidade do Povo.

O Governo do Acre tem trabalhado para manter a boa evolução dos

indicadores educacionais, com a contínua melhoria da qualidade de

ensino.

Um dos maiores desafios para os próximos quatro anos é a

erradicação do analfabetismo no Estado. Para isso, contamos com a

parceria das igrejas, organizações não governamentais, associações e

demais instituições da sociedade civil organizada.

Na área da saúde, nosso Governo não somente cumpre as obrigações

legais, como também amplia a aplicação de recursos próprios e a

despesa por habitante. Os recursos próprios aplicados anualmente na

Saúde chegam à cifra de 560 milhões de reais. Para cada um real gasto

pelo Governo Federal com saúde, o Estado aporta 2,70.

Em 2010, o quadro de médicos era de 516 profissionais. Hoje, temos

um corpo de 891 no serviço de média e alta complexidades. Ou seja:

nos últimos quatro anos, o Estado contratou mais 375 profissionais.

Afinado com o Programa Mais Especialista, que será implementado

pelo Governo Federal, pretendemos contratar mais 400 médicos

especialistas nas mais diversas áreas, reforçando o atendimento com

qualidade nas unidades de saúde do Estado.

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Nossos hospitais possuem excelentes estruturas e equipamentos

modernos.

Foram ampliados e reformados os Hospitais de Marechal

Thaumaturgo, Santa Rosa do Purus, Porto Walter, de Urgência e

Emergência de Rio Branco e a Maternidade Bárbara Heliodora, e

inaugurados a Maternidade do Juruá, o novo hospital de Assis Brasil e

as UPAs da Sobral e da Cidade do Povo.

Implantamos os serviços de raios X, laboratório e coleta de exames nas

cidades de Porto Walter, Jordão, Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa

do Purus, levando maior resolutividade à saúde desses municípios e

diminuindo a demanda por tratamento fora do domicílio.

O Acre é o primeiro Estado da Região Norte a fazer transplante de

fígado. Também realizou transplantes de rins e de córnea. Queremos

fazer o mesmo procedimento de pâncreas. Nos primeiros dias de

2015, foram feitos, em menos de 24 horas, seis transplantes, sendo

dois de fígado e quatro de rins.

O sucesso alcançado com os transplantes nos faz vislumbrar para o

futuro a possibilidade da implantação desse serviço no Vale do Juruá,

onde, por meio de parceria com a iniciativa privada, oferecemos o

tratamento de hemodiálise, cuja clínica foi inaugurada. Até meados do

ano, será ofertado, também em parceria com a iniciativa privada, o

tratamento contra o câncer, permitindo que as pessoas no momento

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de uma situação tão difícil de vida fiquem próximas ao carinho e ao

conforto dos familiares e amigos.

Nosso Governo implantou e habilitou o serviço de hemodinâmica,

cirurgias cardíacas e neurocirurgias, organizou o serviço de saúde em

rede e implantou a regulação, o que confere maior comodidade e

ampliação do acesso aos pacientes. A Rede Cegonha, por exemplo, está

completamente estruturada, com maternidades, casa de apoio

materno, garantia do pré-natal e leitos de UTI materna. A rede de

urgência está composta pelo sistema de regulação de urgência nos 22

municípios, com 32 ambulâncias, um helicóptero e contratos com

aeronaves UTIs e aeromédicos.

Também obtivemos êxito no combate às endemias. Reduzimos em

59% o número de notificação de malária na região do Juruá. Esse

trabalho obteve reconhecimento internacional, com a premiação do

Acre conferida pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), por

três anos consecutivos, que reconhece as melhores Estratégias de

Combate à Malária.

Para além dos avanços relacionados, nosso Governo obteve junto ao

Ministério da Saúde a aprovação para a implantação de mais quatro

UPAs 24 Horas, das quais uma já está em funcionamento. Temos a

meta de inaugurar três novos hospitais - um em Brasileia, com 96

leitos, um hospital especializado em traumas ortopédicos e

neurológicos, com 62 leitos, e um pronto-socorro com 100 novos

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leitos, ambos em Rio Branco, uma maternidade em Feijó e uma UPA

em Cruzeiro do Sul.

Com a inauguração do Hospital Regional de Brasileia, obra orçada em

mais de 50 milhões de reais, o Acre terá três hospitais de referência

regionais: Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Brasileia.

Na política pública relativa à Segurança Pública, estamos travando

uma verdadeira batalha contra a violência. Equipamos nossas polícias

com novas viaturas, armamentos e equipamentos de proteção

individual para reforçar as atividades de policiamento, investigação e

perícia técnica. Contratamos mais mil servidores, entre policiais civis,

militares, agentes penitenciários e bombeiros. Ampliamos para nove

as unidades da Polícia Civil e reformamos o prédio da sua nova sede,

perfazendo um investimento de 4,8 milhões de reais.

O Governo do Acre está implantando um novo modelo de segurança

pública, baseado no planejamento e na integração do Poder

Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria

Pública, das prefeituras e da Sociedade Civil, todos mobilizados em

torno de medidas para a redução da violência.

A nossa Polícia Militar é considerada a mais honesta do Brasil. A

Polícia Civil ostenta um dos maiores índices de resolutividade do país,

o que nos orgulha e reforça o compromisso de continuar fortalecendo

o Sistema de Segurança Pública Estadual.

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No campo da assistência, desenvolvimento e promoção social, nos

últimos quatro anos, observam-se avanços na expansão e

fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social no Acre. De

junho de 2011 a fevereiro de 2014, 6.507 famílias em situação de

extrema pobreza foram incluídas no Cadastro Único e concessão de

Bolsa Família, por meio da busca ativa.

Desde o lançamento do Programa Brasil sem Miséria, em 2011,

165.472 pessoas saíram da extrema pobreza em nosso Estado. O

número de Centros de Referência Especializados de Assistência Social

(Creas) aumentou 44,4%, passando de nove em nove municípios para

13 em 12 municípios. Atualmente, todos os municípios possuem

Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Na área cultural, consolidamos a lei que criou o Sistema Estadual de

Cultura, implementando o Fundo Estadual de Cultura, que financiou

mais de 500 projetos nos 22 municípios, inclusive aldeias indígenas,

somando um investimento de mais de 4,6 milhões de reais.

A realização da Bienal Internacional do Livro e da Leitura, bem como a

inauguração de mais uma Biblioteca de Referência para o Estado, na

cidade de Cruzeiro do Sul, mostram o fortalecimento da identidade

acreana, que se consolida em ações que impactam diretamente na

sociedade.

O passo adiante deverá ser o fortalecimento da cadeia produtiva da

cultura, via o projeto Acre Criativo, plataforma que avança nos

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caminhos de sustentabilidade econômica para o setor, demonstrando

que a gestão terá, cada vez mais, o compromisso de que a cultura

possa ser estratégica para a formação, especialmente dos jovens, com

ações que respeitam a pluralidade e a diversidade acreanas.

Esse compromisso também está registrado por meio de políticas

públicas para as mulheres. Apoiamos 2.500 mulheres em pequenos

negócios e outras 13.330 em cursos de capacitação profissional. Em

torno de 250 mulheres foram beneficiadas com a construção de cinco

Casas de Produção da Mulher Indígena, para aperfeiçoamento de seu

artesanato e valorização de sua cultura.

Nosso Governo promoveu a Campanha Estadual “Basta de Violência

contra as Mulheres”, que atendeu e orientou mais de cinco mil

mulheres nos 22 municípios, divulgando a Lei Maria da Penha e

multiplicando a proposta de enfrentamento.

Também fomentou, em parceria com os municípios, a criação de

organismos de políticas e conselhos municipais dos direitos da

mulher, resultando um crescimento de 73% entre 2011 e 2014.

Crescimento igualmente observado com a atenção prioritária do nosso

Governo aos povos indígenas, pois avançamos na política de gestão

territorial e ambiental nas aldeias e investimos na produção

agroflorestal, na criação de pequenos animais e peixes e no

beneficiamento e escoamento dessa produção.

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A educação escolar nas aldeias também melhorou consideravelmente

a construção, ampliação e reforma 79 escolas indígenas, consolidação

dos marcos legais da política de educação indígena e formação de

professores. Hoje são beneficiadas em torno de 7.500 crianças e jovens

indígenas.

Na área da saúde, fortalecemos a atenção básica nas aldeias e

aprimoramos ainda a rede de saúde e os fluxos de atendimento com

serviços hospitalares de média e alta complexidades, garantindo o

acesso amplo e qualificado aos direitos sociais e de cidadania.

Avançamos no compromisso com a Justiça e os Direitos Humanos. Foi

garantido acesso a três mil pessoas que tiveram seus direitos violados.

Capacitamos 1.200 agentes de cidadania e profissionais da Rede de

Atendimento do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do

Adolescente, fortalecemos os 23 conselhos tutelares e quatro

comunidades terapêuticas por meio da entrega de móveis e

equipamentos, e implementamos a interligação de sete maternidades

com cartórios, totalizando 12 mil registros de nascimento de crianças

antes da alta hospitalar da mãe, reduzindo de 14,6% para 7,3% o

Sub-Registro Civil de Nascimento no Acre.

O Governo do Estado também prestou atendimento humanitário a

cerca de 30 mil imigrantes e refugiados nos abrigos de Brasileia e Rio

Branco, e por meio do Procon foram protegidos e defendidos os

direitos de 77 mil consumidores com processos registrados no órgão.

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A vigorosa face social do nosso Governo aparece na evidente

distribuição da riqueza gerada pelo desenvolvimento e na elevação do

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e tem seus fundamentos

em programas e projetos de largos efeitos sociais. Entre estes se

destacam o projeto de criação de pequenos negócios, os projetos de

pequenas indústrias e as agroindústrias e indústrias florestais

implantadas pelo modelo PPC, os incentivos à agricultura familiar

como a mecanização e a construção de tanques escavados, o Programa

de Aquisição de Alimentos (PAA), a construção e o melhoramento de

ramais.

Fazem parte do grupo de políticas sociais do Governo os

investimentos em saneamento integrado e portos e aterros sanitários

nos municípios de difícil acesso, a grande envergadura da política de

habitação social, especialmente a Cidade do Povo, as ações de

valorização da cultura própria do povo acreano, a pavimentação e

saneamento integrado das ruas em todas as cidades do Estado, por

meio do projeto Ruas do Povo, o fortalecimento do Sistema Único de

Assistência Social no Acre e as políticas de atenção à mulher, à

juventude e aos povos indígenas, a política de direitos humanos e de

cidadania.

A questão social é trabalhada amplamente, em todos seus aspectos e

dimensões.

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Chegamos, então, ao primeiro ano da Gestão do Governo de um NOVO

ACRE, com um volume de recursos assegurados de 1,8 bilhão de reais -

na maioria, projetos licitados e em andamento.

Os recursos existentes viabilizam metas relevantes, ousadas e com alto

impacto social, a exemplo de:

▪ 1.411 ruas a pavimentar em Rio Branco, que equivale a

291 km de ruas.

▪ 190 ruas a pavimentar no interior, equivalente a 51 km de

ruas.

▪ 04 cidades de difícil acesso com saneamento integrado.

▪ 3.000 pequenos negócios nas cadeias de mel, óleos e

outros.

▪ 05 empreendimentos florestais em funcionamento.

▪ 15 mil hectares de florestas plantadas.

▪ 01 Hospital Regional de Brasileia.

▪ 01 Instituto de Trauma e Ortopedia - INTO.

▪ 01 Centro de Treinamento Esportivo.

▪ 3.000 Km de estradas vicinais.

▪ 2.000 mil açudes.

▪ 1 Escola de Gastronomia e Hospitalidade.

▪ 1.074 Abatedouros de Aves e Suínos em Tarauacá.

▪ 145 Ordenhadeiras nas Regionais Juruá e Tarauacá-Envira.

▪ 01 Indústria de Lâmina Faqueada em Cruzeiro do Sul.

▪ 01 Indústria de Compensado em Tarauacá.

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▪ 02 Estações de Tratamento de Água ampliadas.

▪ 01 Parque Linear em Cruzeiro do Sul.

Nosso olhar está voltado para o futuro, focado no desafio que a tarefa

de governar nos impõe. O Acre que queremos é grandioso de

oportunidade para todos e convida o cidadão a empreender, a inovar,

a ser parceiro e amigo deste novo Governo.

Esse olhar para o futuro está “linkado” com a juventude ansiosa por

oportunidades do primeiro emprego. Assim, garantimos a instalação

de um Call Center, o primeiro da Região Norte, em uma modalidade

que supera distâncias e utiliza a tecnologia para oferecer cinco mil

postos de trabalho. Atualmente, três mil jovens estão em fase de

capacitação.

Os jovens acreanos vislumbram oportunidades de inserção no

mercado de trabalho por meio de cursos profissionalizantes no

Pronatec e no Instituto Dom Moacyr. Mais de 70 mil pessoas foram

capacitadas em cursos técnicos e em formação inicial continuada.

Nosso Governo inova ao investir na Escola de Música, no Centro de

Idiomas, que já formou 13 mil jovens, e no Centro de Matemática e

Filosofia.

Percebe-se que os avanços alcançados até agora no Estado precisam

ser ampliados e aprimorados com novos aportes de conhecimento,

planejamento, tecnologia, qualificação e inovação. São todos

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elementos indissociáveis das escolhas que o Acre fez para viabilizar o

crescimento da economia local, fomentando as cadeias produtivas,

especialmente promovendo a inserção da agroindústria e das

indústrias em geral, visando o aumento da produtividade, a agregação

de valor e a diversificação dos produtos.

Portanto, é importante dizer como o Governo vai financiar sua

plataforma de investimentos nos próximos quatro anos, expressando

claramente a intenção de priorizar a captação de recursos de fontes

não reembolsáveis, chegando a patamares superiores a 62%.

O desenvolvimento do Acre, conforme os avanços experimentados e as

expectativas que se manifestam para o futuro, encaminhar-se-á para a

construção de um tempo novo, no contexto de uma era de

sustentabilidade que concilia e combina tradição e modernidade;

cultura florestal e sua sobredeterminação urbana.

Um NOVO ACRE dos serviços ambientais, do pequeno e médio negócio

na agricultura, da cadeia da indústria florestal e da agroindústria, dos

serviços ambientais, da gastronomia, da alta tecnologia gerada e/ou

difundida pelo seu Parque Tecnológico, da alta qualidade do design da

indústria de móveis, da utilização econômica do látex e do bambu, da

floresta plantada do açaí e de sua liofilização. O Acre da banda larga,

da educação de qualidade, da ciência, do conhecimento e do fim do

analfabetismo.

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Como modelo de inovação, temos o projeto da escola de gastronomia e

hospitalidade, que tornará o Acre referência em formação de

profissionais da área, valorizando a cultura e o turismo.

O setor moveleiro ganhou qualidade e competitividade por meio da

parceria do Governo com o Instituto de Designer de Milão (Itália), um

dos mais respeitados do mundo.

A economia do futuro do Acre criará, em médio prazo, novas

alternativas para aumento do produto econômico e o consequente

incremento da Receita Própria do orçamento estadual, tais como gás e

petróleo, créditos de carbono, royalties do pré-sal, Ferrovia

Transcontinental e consolidação da Zona de Processamento de

Exportação.

Senhoras deputadas e senhores deputados,

Cabe reafirmar o que já dissemos antes nesta augusta Casa. Temos

consciência dos desafios que um novo tempo nos traz, no atual cenário

mundial. A convivência entre os diferentes faz parte da democracia,

que é plural. O novo tempo nos exige conjugar os verbos “valorar” e

“inovar”, para dar respostas à velocidade das mudanças.

Asseguramos aos legisladores e ao povo do Acre que o nosso Governo,

de forma responsável, trabalhou, trabalha e trabalhará com

austeridade, responsabilidade e o melhor uso dos recursos públicos e

naturais, a fim de garantir o bem viver do povo do Acre, com a

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diversificação da economia, a conservação das nossas florestas e a

geração de oportunidades aos nossos jovens.

Olhamos para o futuro com otimismo e vislumbramos a imagem de um

NOVO ACRE cheio de esperanças, que pensa e trabalha, que não se

entrega a eventuais desequilíbrios de um mundo marcado pelas

desventuras e instabilidades da economia.

Ao contrário, somos um povo destemido, acostumado à superação,

confiante no futuro e que busca soluções nos momentos da

adversidade. A mensagem que vos entrego está plena de otimismo e

de crença nos destinos do Acre. A boa gestão pública escolhe e semeia

a boa semente para colher o melhor fruto. Assim procede o nosso

Governo.

A maior defesa contra possíveis turbulências é o trabalho, é a firmeza,

é a determinação de propósitos e objetivos, a união e a harmonia entre

os poderes, a consciência do caminho e do destino, a confiança, a fé e o

apoio do povo do Acre e dos seus representantes.

O legado de quatro anos de gestão, do primeiro mandato, expressos

nos resultados do Governo, é uma demonstração de que os ideais que

compartilhamos são superiores às barreiras e adversidades

ocasionais. Estas fazem parte da história das nações e da vida daqueles

que, com sabedoria e coração, sem receios, constroem a felicidade

humana, além das muralhas do temor, da imprevisão, da inércia e do

pessimismo imobilista.

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A população espera do Governo diligência e presteza. O ritmo forte do

nosso Governo, a presença frequente em todos os municípios, o

diálogo constante com as comunidades locais atendem ao apelo da

sociedade e garantem a quantidade, a qualidade e a efetividade dos

resultados e benefícios esperados.

O cumprimento do nosso segundo mandato, concedido pela livre

manifestação do povo acreano, reproduzirá o propósito de uma gestão

genuinamente pública. Um estilo adequado à produção de resultados e

à necessidade de avanços decisivos na construção coletiva e

compartilhada de um NOVO ACRE, com um Governo parceiro e um

povo empreendedor.

MUITO OBRIGADA!