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INSTITUTO GEOLÓGICO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

Rua Joaquim Távora, 822 – Vila Mariana, CEP 04015-011,São Paulo, SP Tel. 11 5077-1155 - igeologico.sp.gov.br - [email protected]

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

INSTITUTO GEOLÓGICO

RELATÓRIO DA OPERAÇÃO DOS PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL – PPDC

Operação Verão 2016-2017

São Paulo, 25 de Maio de 2017

INSTITUTO GEOLÓGICO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

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Governo do Estado de São Paulo

Governador Geraldo Alckmin

Secretaria de Estado do Meio Ambiente

Secretaria de Estado da Casa Militar e Coordenadoria de

Defesa Civil Estadual Secr. Ricardo Salles Secr. Cel. PM. Helena dos Santos

Reis

Instituto Geológico Departamento Estadual de

Defesa Civil Dir. Luciana Martin Rodrigues Dir. Ten.Cel. PM. Anderson Lima de

Oliveira

RELATÓRIO DA OPERAÇÃO DOS PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL – PPDC

Operação Verão 2016-2017

(Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC nº 02/2013, de 11/12/2013)

São Paulo, 25 de Maio de 2017

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COORDENAÇÃO

Lídia Keiko Tominaga

SUBCOORDENADOR Jair Santoro

EQUIPE EXECUTIVA

Cláudio José Ferreira (Geólogo) Célia Regina de Gouveia Souza (Geóloga) Denise Rossini Penteado (Geógrafa) Eduardo de Andrade (Tecgº. Construção Civil) Eduardo Schmid Braga (Geógrafo) Jair Santoro (Geólogo) Lídia Keiko Tominaga (Geóloga) Maria José Brollo (Geóloga) Paulo César Fernandes da Silva (Geólogo) Rogério Rodrigues Ribeiro (Geógrafo) Pedro Carignato Basílio Leal (Geógrafo)

EQUIPE DE APOIO - MOTORISTAS Edney Xavier de Souza Gilberto da Silva Sanchez José Roberto de Araújo Márcio Félix Dionísio

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 1

II. HISTÓRICO DOS PLANOS PREVENTIVOS E DE CONTINGÊNCIA DE DEFESA CIVIL......... 3

III. BASES TÉCNICAS DA OPERAÇÃO DOS PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL .............. 4

IV. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA OPERAÇÃO VERÃO 2016/2017............................... 8

IV.1 – Cursos de Treinamento...................................................................................... 8

IV.2 – Atendimentos Emergenciais............................................................................... 9

V. AVALIAÇÃO DA OPERAÇÃO DO PPDC 2016-2017......................................................... 15

VI. RECOMENDAÇÕES......................................................................................................... 17

ANEXOS:

▪ RELATÓRIOS DE ATENDIMENTOS TÉCNICOS

▪ LEGISLAÇÃO DO PPDC 2016-2017.

Fotos da Capa: Francisco Morato, 19/jan/2017 (Foto de fundo e 1ª superior); Itapevi, 18/jan/2017; São Roque, 13/mar/2017; Vargem Grande Paulista, 21/jan/2017; Caraguatatuba, 16/mar/2017 (de cima para baixo). Acervo IG.

SIGLAS UTILIZADAS CCM – Coeficiente de Ciclo Móvel

CEDEC – Coordenadoria Estadual de Defesa Civil

CEMADEN – Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais

CPTEC/INPE – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais

COMDEC – Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

IG – Instituto Geológico

IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas

PDN – Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos

Geológicos

PPDC – Plano Preventivo de Defesa Civil

REDEC – Regional de Defesa Civil

SMA – Secretaria do Meio Ambiente

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I. INTRODUÇÃO

Os Planos Preventivos de Defesa Civil e Planos de Contingência (PPDC) destacam-se como importante ação de gerenciamento de risco no Estado de São Paulo, que são implantados anualmente no período chuvoso, desde o verão de 1988/1989. O PPDC é um instrumento de gestão de risco que visa subsidiar as ações preventivas dos poderes públicos municipais e estaduais, quanto à mitigação de problemas causados pela ocupação em áreas de risco. Este Plano entra em operação anualmente, no período de quatro meses de verão (dezembro a março) e envolve ações de monitoramento dos índices pluviométricos e da previsão meteorológica, com realização de vistorias de campo e atendimentos emergenciais.

O principal objetivo deste Plano é proteger a vida, com a remoção preventiva e temporária da população que ocupa as áreas de risco, antecipando-se à ocorrência de escorregamentos que possam atingir suas moradias. Atualmente os Planos Preventivos de Defesa Civil específicos para inundações e escorregamentos, abrangem 175 municípios (Figura 1), sob coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Casa Militar).

A operação dos Planos Preventivos de Defesa Civil (PPDC) com vistas aos escorregamentos de encostas é regulamentada pelo Decreto Estadual Nº 42.565 de 01/12/97 e pelas Resoluções da Casa Militar - CEDEC, de 18-11-2016, sob nºs CMIL 9/610/16, 10/610/16, 11/610/16, 12/610/16, 13/610/16, 14/610/16, 15/610/16. No Quadro 1 estão relacionados os municípios abrangidos em cada Resolução e ou Decreto.

O presente relatório tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas pelo Instituto Geológico (IG) nos Planos Preventivos de Defesa Civil, na Operação Verão 2016/2017, que vigorou no período de 01 de dezembro de 2016 a 31 de março de 2017, conforme previsto nas resoluções.

O IG manteve equipes técnicas em plantão de 24 horas para atendimentos emergenciais, durante todo o período da Operação Verão 2016-2017, com a finalidade de fornecer subsídios técnicos, segundo os critérios definidos nos PPDCs, sempre que as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil (COMDECs) observassem a ocorrência de escorregamentos ou de feições de instabilidade em áreas de risco. As equipes de técnicos do IG prestaram assessoria técnica junto às COMDECs, realizando vistorias de campo, orientando a remoção de moradores das áreas de risco e assessorando as equipes das Prefeituras, quando da necessidade da adoção de procedimentos previstos nos Planos.

Nesta operação verão, o IG realizou 19 atendimentos em 13 municípios, incluindo os acionamentos para reversão de nível do PPDC. Nestes atendimentos foram vistoriadas 38 áreas, com indicações de interdição definitiva de 14 moradias e interdição temporária de 55 moradias. Não houve registro de óbitos associados à escorregamentos nos municípios atendidos. Dos municípios contemplados com Plano Preventivo de Defesa Civil, 05 municípios entraram em nível de Alerta (Bom Jesus dos Perdões, Caraguatatuba, Francisco Morato, São Sebastião e São Vicente).

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Quadro 1 – Legislação e municípios abrangidos pelo PPDC para Escorregamentos de Encostas

Instrumento Legal Municípios Abrangidos

Decreto Estadual Nº 42.565 de 01/12/97 Cubatão, Guarujá, Santos, São Vicente. Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

Resolução CMIL 9/610 - CEDEC, de 18-11-2016 Redefine e implanta em caráter experimental o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC específico para escorregamentos de encostas na Região Metropolitana de São Paulo.

Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Poá, Pirapora do Bom Jesus, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santana de Parnaíba, Santa Isabel, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra,

São Paulo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista

Resolução CMIL 10-610 - CEDEC, de 18-11-2016 Redefine e implanta em caráter experimental o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC específico para escorregamentos de encostas na Região do Vale do Ribeira

Cajati, Eldorado, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro e Sete Barras.

Resolução CMIL 11-610 - CEDEC, de 18-11-2016 Redefine e implanta em caráter experimental o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC específico para escorregamentos de encostas na Região da Baixada Santista

Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

Resolução CMIL 12-610 - CEDEC, de 18-11-2016 Redefine e implanta em caráter experimental o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC específico para escorregamentos de encostas na Região do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte

Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Pta, Canas, Cruzeiro, Cunha, Guaratinguetá, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luiz do Paraitinga, Silveiras, Taubaté e Tremembé, Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

Resolução CMIL 13-610 - CEDEC, de 18-11-2016 Redefine e implanta em caráter experimental o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC específico para escorregamentos de encostas na Região de Sorocaba

Alumínio, Araçariguama, Cerquilho, Ibiúna, Iperó, Itapetininga, Itu, Laranjal Paulista, Mairinque, Piedade, Porangaba, Porto Feliz, São Roque, Sorocaba, Tapiraí, Tatuí, Tietê e Votorantim.

Resolução CMIL 14-610 - CEDEC, de 18-11-2016 Redefine e implanta em caráter experimental o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC específico para escorregamentos de encostas na Região de Campinas.

Águas de Lindóia, Americana, Amparo, Araras, Artur Nogueira, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Cabreúva, Campinas, Campo Limpo Paulista, Capivari, Charqueada, Cordeirópolis, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Espírito Santo do Pinhal, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Ipeúna, Itapira, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Limeira, Lindóia, Louveira, Mogi-Guaçu, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Rio Claro, Santa Bárbara do D’Oeste, Santo Antônio de Posse, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Valinhos, Várzea Paulista e Vinhedo.

Resolução CMIL 15-610 - CEDEC, de 18-11-2016 Redefine e implanta em caráter experimental o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC específico para escorregamentos de encostas na Região de Itapeva

Apiaí, Barra do Chapéu, Iporanga, Itapirapuã Paulista, Ribeira e Ribeirão Grande.

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II. HISTÓRICO DOS PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL

Com base nas recomendações do Relatório “Instabilidade da Serra do Mar no Estado de São Paulo – Situações de Risco” de 1988, elaborado por diversos órgãos estaduais e com a aprovação do Governo do Estado de São Paulo em 12 de outubro de 1988, estruturou-se os Planos Preventivos de Defesa Civil. Assim, no verão de 1988-1989, implantou-se o 1º Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) para a Serra do Mar, coordenado pela CEDEC (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), com apoio técnico do Instituto Geológico (IG/SMA) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

O Decreto Estadual nº 42.565, de 01/12/97, redefiniu o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC, revogando os Decretos nºs 34.547, de 14/01/92, e 36.105, de 25/11/92, detalhando e especificando as atribuições e responsabilidades das diversas esferas envolvidas na operação do PPDC.

Nesta primeira fase, as ações do PPDC abrangiam apenas oito municípios da região costeira do Estado: Cubatão, Guarujá, Santos e São Vicente, da Baixada Santista; Caraguatatuba, lhabela, São Sebastião e Ubatuba, do Litoral Norte. Com os resultados positivos desta ação, no período de 1999 a 2003, foram implantados planos preventivos e de contingência em outras regiões do Estado de São Paulo, sujeitas à ocorrência de escorregamentos e inundações, estendendo-se para as regiões de Sorocaba (11 municípios), do Grande ABC (7 municípios), de Campinas (24 municípios) e do Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira (16 municípios), perfazendo um total de 66 municípios.

Figura 1. Distribuição dos Planos Preventivos de Defesa Civil e Planos de Contingência da Operação Verão 2016-2017: 175 municípios.

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Na Operação Verão 2010-2011, houve a inclusão da Região Metropolitana de São Paulo com implantação de planos de contingência em 32 municípios das regiões de Guarulhos e Osasco, totalizando 98 municípios com planos preventivos e de contingência para deslizamentos. A partir da Operação Verão 2011-2012, incluiu-se mais 7 municípios da Região de Campinas e 8 municípios do Aglomerado Urbano de Jundiaí, ampliando para 113 o total de municípios participantes dos Planos Preventivos de Defesa Civil para escorregamentos em encostas.

A operação destes planos contou com a participação conjunta do IG e IPT até o verão de 2008-2009. A partir da Operação Verão 2009-2010, o IG/SMA passou a atuar como único órgão de apoio técnico à CEDEC em plantão contínuo para atendimento de situações emergenciais em 129 municípios.

Na Operação Verão 2014-2015 continuou-se com 113 municípios monitorados para escorregamentos de encostas. Entretanto, como o IG atendeu várias solicitações de vistorias emergenciais nos municípios contemplados no Plano Preventivo de Defesa Civil Específico para as

Inundações do Vale do Ribeira - PPDC/VAR, conforme Decreto n.º 45.897, de 03-07-01, incluiu-se os 16 municípios da região do Vale do Ribeira e de Itapeva, considerando-se um total de 129 municípios monitorados.

Na Operação Verão 2015-2016, o número de municípios abrangidos pelos planos preventivos ampliou-se para 175 municípios, com base nas indicações do Grupo de Trabalho para a revisão e reformulação dos Planos Preventivos de Defesa Civil específicos para escorregamentos (Resolução nº CMil-02/610, de 4/02/2015). Em 2016, a CEDEC editou o Plano Preventivo de Defesa Civil para erosão costeira, inundações costeiras e enchentes/alagamentos causados por eventos meteorológicos-oceanográficos extremos como ressacas do mar e marés altas, por meio da Resolução CMIL 17-610, de 28-11-2016.

Além disso, conforme o Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC, a Equipe Técnica do IG atende também outros municípios do Estado que necessitem de apoio técnico emergencial, mesmo não operando Planos Preventivos de Defesa Civil.

III. BASES TÉCNICAS DA OPERAÇÃO DOS PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC) é responsável pela coordenação geral dos Planos Preventivos de Defesa Civil, os quais são operados por meio das Regionais de Defesa Civil (REDECs) e das Coordenadorias Municipais de Defesa Civil (COMDECs). O Instituto Geológico, por meio de Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC, atua como apoio técnico, fornecendo subsídios às COMDECs dos 175 municípios do Estado contemplados com Planos Preventivos de Escorregamentos de Encostas e de Inundação, além de outros municípios não incluídos nestes planos que possam necessitar de apoio técnico emergencial.

Anualmente, são implantados os Planos Preventivos no período de 01 de dezembro a 31 de março, denominados por isso de “Operação Verão”, que normalmente corresponde ao período mais chuvoso do ano, podendo ser prorrogado ou não, dependendo das condições de previsão meteorológica e submetidos à avaliação da Comissão Executiva que gerencia os Planos.

Os Planos Preventivos tem como objetivo principal dotar as COMDECs de instrumentos de ação, de modo a, em situações de risco, evitar ou reduzir a perda de vidas humanas e bens materiais decorrentes de escorregamentos e processos correlatos.

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As situações de risco monitoradas nos Planos Preventivos e de Contingência encontram-se geralmente associadas à ocupação desordenada, sem critérios técnicos, em setores de encostas de alta declividade ou de margens de rios e córregos.

Assim, estes planos têm concepção essencialmente preventiva, com a adoção de medidas anteriores à ocorrência dos acidentes associados a escorregamentos, a partir do acompanhamento dos parâmetros de precipitação pluviométrica, da previsão meteorológica e das vistorias de campo. Sua estrutura prevê quatro níveis operacionais: OBSERVAÇÃO, ATENÇÃO, ALERTA e ALERTA MÁXIMO, com ações específicas para cada nível, conforme apresentado no Quadro 2.

Em 2015 foi constituído o Grupo de Trabalho para a revisão e reformulação dos Planos Preventivos de Defesa Civil específicos para escorregamentos no Estado de São Paulo (Resolução nº CMil-02/610, de 4/02/2015), visando adequar os critérios de operação dos planos aos estudos de correlação dos índices pluviométricos e ocorrência de escorregamentos e aos alertas emitidos pelo Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (CEMADEN).

As modificações indicadas por este grupo de trabalho são sintetizadas a seguir.

a) Índices Pluviométricos

- VAC: redução geral do índice de 72h em 20 mm

- CCM: manutenção conforme previsto no Decreto

- Níveis de Operação: ingresso no nível de Atenção em tempo real, retorno após 24h (mín); b) Inclusão de Novos Municípios:

- Existência de risco de escorregamentos

- Assinatura de Termo de Compromisso

c) Uso da Rede Telemétrica e Meteorologia

- Estações automáticas do CEMADEN e do DAEE com redundância de estações manuais

d) Adequação dos Alertas do CEMADEN: - Inclusão de novo critério para ingresso no nível de atenção

e) Vistoria de Campo e Ações Decorrentes: - Manutenção da sistemática anterior

Assim, a partir das análises deste Grupo de Trabalho houve uma redução no índice de precipitação acumulado de 72 horas para entrada no Nível de Atenção, de 20mm para todas as regionais que operam os planos (Quadro 3). Deste modo, os Planos das regiões de Sorocaba, Campinas, Vale do Ribeira, Itapeva, Serra da Mantiqueira e município de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba e, na Capital, o índice de acumulado de chuva de 03 dias adotado é de 60 mm. Enquanto na Região Metropolitana de São Paulo (Guarulhos, Osasco, e ABC) e nos demais municípios do Vale do Paraíba o índice de acumulado de 3 dias é de 80 mm. Na Região da Serra do Mar, além do acumulado de chuva de 03 dias, que passou a ser de 80 mm para os municípios da Baixada e de 100 mm para os do Litoral Norte, utiliza-se de outro índice pluviométrico, o CCM – Coeficiente de Ciclo Móvel, que é a relação entre o acumulado de chuva do período de junho até a data da leitura e o acumulado normal, ou seja, da média histórica do mesmo período.

Observa-se que os índices de acumulados de chuvas de 3 dias adotados foram baseados em estudos de correlação dos índices pluviométricos e a ocorrência de escorregamentos para cada região.

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Quadro 2. Níveis operacionais do PPDC e ações correspondentes. Fonte: Macedo et. al., 2006; Marchiori Faria &Santoro, 2009.

NÍVEL DO

PLANO

CRITÉRIO DE ENTRADA NO

NÍVEL AÇÕES A SEREM EXECUTADAS PELO MUNICÍPIO

AÇÕES A SEREM EXECUTADAS PELO APOIO

TÉCNICO

OB

SER

VA

ÇÃ

O

Início da operação do

plano.

-Conscientização da população das áreas de risco; -Obtenção do dado pluviométrico; -Cálculo do acumulado de chuvas; -Recebimento da previsão meteorológica; -Transmissão para o apoio técnico do dado pluviométrico e nível vigente; -Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL.

-Manter técnicos em plantão para acompanhamento e análise da situação; -Enviar previsões meteorológicas

ATE

ÃO

Quando o acumulado de chuvas ultrapassar o valor de referência combinado com a previsão meteorológica.

-Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; -Comunicar ao apoio técnico sobre MUDANÇA DE NÍVEL; -Realizar VISTORIAS de campo visando verificar a ocorrência de deslizamentos e feições de instabilização. Devem ser iniciadas pelas áreas de risco; -Obtenção do dado pluviométrico; -Cálculo do acumulado de chuvas; -Recebimento da previsão meteorológica; -Transmissão ao apoio técnico do dado pluviométrico e nível vigente; -Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL.

-Manter técnicos em plantão para acompanhamento e análise da situação; -Enviar previsões meteorológicas.

ALE

RTA

Quando as vistorias de campo indicarem a existência de feições de instabilidade ou mesmo deslizamentos pontuais.

-Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; -Comunicar ao apoio técnico sobre MUDANÇA DE NÍVEL; -Realizar VISTORIAS de campo; -Retirada da população das áreas de risco iminente; -Obtenção do dado pluviométrico; -Cálculo do acumulado de chuvas; -Recebimento da previsão meteorológica; -Transmissão ao apoio técnico do dado pluviométrico e nível vigente; -Agilizar os meios necessários para POSSÍVEL retirada da população das demais áreas de risco; -Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL.

-Deslocamento de técnicos para acompanhamento da situação e avaliação da necessidade de medidas complementares; -Enviar previsões meteorológicas.

ALE

RTA

XIM

O

Quando ocorrerem deslizamentos generalizados.

-Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; -Comunicar ao apoio técnico sobre MUDANÇA DE NÍVEL; -Proceder retirada de toda a população das áreas de risco e demais áreas necessárias; -Obtenção do dado pluviométrico; -Cálculo do acumulado de chuvas; -Recebimento da previsão meteorológica; -Transmissão ao apoio técnico do dado pluviométrico e nível vigente; -Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL.

-Deslocamento de técnicos para acompanhamento da situação e avaliação da necessidade de medidas complementares; -Enviar previsões meteorológicas.

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Quadro 3. Principais ações e critérios dos níveis dos Planos Preventivos.

NIVEL ENTRADA SAÍDA AÇÃO/MEDIDA

PRINCIPAL RESPONSÁVEL

PELA AÇÃO

OBSERVAÇÃO Início do período de vigência do plano – 1 de dezembro de cada ano.

Término do período de vigência – 31 de março.

Acompanhamento dos índices pluviométricos e da previsão meteorológica.

COMDEC

ATENÇÃO

Litoral Norte: CCM >= 1,2 ou Acum. >= 100mm

Baixada Santista: CCM >= 1,2 ou Acum. >= 80mm

Região de Campinas: Acum. >= 60mm Região de Sorocaba, Vale do

Ribeira e Itapeva: Acum. >= 60mm

Região do Vale do Paraíba – Vale Histórico: Acum. >= 80mm

Região do Vale do Paraíba – Serra da Mantiqueira e São Luiz do Paraitinga: Acum. >= 60mm

Região Metrop. de São Paulo (Guarulhos/Osasco/ABC): Acum. >= 80mm

São Paulo (Capital): Acum. >= 60mm

E previsão de chuvas com tendência de LONGA

DURAÇÃO de QUALQUER Intensidade

OU Recebimento de informação de Risco de escorregamento

remetida pelo CEMADEN

Previsão de não ocorrência de chuvas com tendência de LONGA DURAÇÃO de QUALQUER intensidade

E Acumulado de chuvas

< 80mm (Baixada Santista), < 60mm (Campinas), < 60mm (Sorocaba, Vale

do Ribeira e Itapeva), < 100 mm (Litoral Norte), < 80mm (Vale do Paraíba), < 60 mm (Serra da Mantiqueira e São Luiz do Paraitinga), < 80mm (RMSP - Guarulhos/Osasco e ABC), < 60mm (São Paulo -Capital) em 72 h

OU Recebimento da informação de Cessar Risco do CEMADEN, após mínimo de 24h da mudança de nível (aplicável apenas quando o ingresso se deu em razão de informação do CEMADEN).

Vistorias de campo nas áreas de risco anteriormente identificadas; Avaliação da necessidade de mudança de nível.

COMDEC

ALERTA

Registro de trincas, degraus ou qualquer outra feição de

instabilidade em áreas habitadas que indique a

possibilidade de escorregamentos,

observadas em vistorias de campo, nas áreas de risco e

nas proximidades.

Previsão de não ocorrência de chuvas de longa duração (qualquer intensidade).

E Parecer favorável do IG;

Restauração das vias e sistemas de drenagem e outras recomendações.

Remoção preven-tiva da população das áreas de risco iminente, indicadas pelas vistorias de campo; implantar as ações ecomendadas no relatório técnico emitido pelo IG.

COMDEC Equipe IG;

CEDEC

ALERTA MÁXIMO

Registro de ocorrências generalizadas de escorregamentos nas áreas de risco ou proximidades.

E Previsão de chuvas com tendência de longa duração.

Previsão de não ocorrência de chuvas de longa duração (qualquer intensidade).

E Parecer favorável do

IG;Restauração das vias e sistemas de drenagem e outras recomendações.

Proceder os mesmos itens definidos para o nível de alerta e; Remoção de toda a população das áreas de risco alto e muito alto.

COMDEC Equipe IG;

CEDEC

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IV. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA OPERAÇÃO VERÃO 2016-2017

No período de vigência da Operação Verão 2016-2017, de 01 de dezembro de 2016 a 31 de março de 2017, conforme previsto nas Resoluções CMil- 9/610/16 a 15/610/16 e no Termo de Cooperação Técnica CEDEC-IG, o Instituto Geológico manteve equipes técnicas em plantão 24 horas para atendimentos emergenciais, com a finalidade de vistoriar as áreas onde houvesse risco iminente a moradias devido ocorrências de escorregamentos e fornecer subsídios técnicos à CEDEC e às COMDECs, segundo os critérios definidos nos Planos Preventivos.

Neste período a equipe técnica do IG atendeu as solicitações da CEDEC realizando vistorias em áreas de risco nos acionamentos emergenciais, tanto nos municípios que operam planos preventivos como naqueles não inseridos nos planos. Atendeu-se também as solicitações de vistorias demandadas à CEDEC pelo Ministério Público e/ou Tribunal de Justiça do Estado. Participou também de reuniões da Comissão Executiva do PPDC e de outras voltadas ao planejamento e avaliações, bem como acompanhou os índices pluviométricos e as previsões meteorológicas fornecidas pelos Boletins da SOMAR. Além disso, técnicos do IG, juntamente com técnicos da SOMAR e equipe da CEDEC ministraram cursos de treinamento para os agentes municipais de Defesa Civil, com intuito de preparar estas equipes para a operação dos Planos Preventivos.

IV.1. Cursos de Treinamento

O IG designou um técnico para participar nas Oficinas Preparatórias para a Operação Verão (OPOVs), nas quais foram ministradas palestras e exercícios práticos de vistoria de campo, atingindo um público de de 739 pessoas (em média 106 pessoas por treinamento). Nestas oficinas foram distribuídos os seguintes materiais técnicos produzidos pelo IG: Livro "Desastres Naturais: Conhecer para Prevenir", as cartilhas “Você sabe o que é deslizamento?” e “Você sabe o que é Erosão Continental?”, e a série marcadores de desastres” e folders institucionais.

Segue uma síntese sobre as oficinas no quadro abaixo, com informações de data, local, profissional do IG e número de participantes dos cursos.

OPOVS- OUTUBRO 2016

Data Local Técnico do IG Nº de participantes

04-05/10/2016 Registro Jair Santoro 73

18-19/10/2016 São José dos Campos Jair Santoro 145

25-26/10/2016 Itapeva Jair Santoro 52

OPOVS - NOVEMBRO 2016

Data Local Técnico do IG Nº de participantes

08-09/11/2016 Campinas Jair Santoro 171

17-18/11/2016 Santos Jair Santoro 117

22-23/11/2016 Sorocaba Jair Santoro 71

24-25/11/2016 Região Metropolitana Jair Santoro 110

Total: 739

9

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IV.2. Atendimentos Emergenciais

Durante a vigência da Operação Verão 2016/2017, as equipes técnicas do IG realizaram 19 atendimentos em 13 municípios. Destes atendimentos, 10 foram de caráter emergencial com acionamento conforme procedimentos do PPDC, 06 referiram-se a vistorias para reversão do Nível de Alerta e, três para apoiar a CEDEC na realização de vistoria técnica solicitada pela Promotoria de Justiça de Águas de Lindóia e de Vargem Grande do Sul, do Ministério Público do Estado de São Paulo, e uma outra para atender o Tribunal da Justiça do Estado da Comarca de Santa Branca.

As vistorias técnicas realizadas foram solicitadas por 13 municípios, todos participantes do Plano Preventivo de Defesa Cuivil para Escorregamentos. Ao todo, foram realizadas vistorias em 38 áreas de risco, com interdição definitiva de 14 moradias, interdição temporária de 55 moradias, com remoção definitiva de 56 pessoas e remoção preventiva de 220 pessoas.

No gráfico da Figura 2 apresenta-se um comparativo das ocorrências atendidas no âmbito da operação do PPDC (Operação Verão) no período de 2010 a 2017.

A distribuição dos municípios atendidos é ilustrada na Figura 3 e as regiões do Estado de São Paulo, atendidas nesta Operação Verão, estão relacionadas no Quadro 5.

Na Tabela 1, apresenta-se uma síntese dos atendimentos realizados, como tipos de ocorrências, interdições e danos envolvidos e, equipe técnica mobilizada.

Os Relatórios de Atendimentos Técnicos elaborados pelos técnicos do IG e respectiva documentação fotográfica, encontram-se nos ANEXOS.

Figura 2 – Comparativo do número de atendimentos e de áreas vistoriadas entre 2010 a 2017.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2010-2011 2011-2012 2012-2013 2013-2014 2014-2015 2015-2016 2016-2017

34

10

2814 19

57

19

76

19

71

29 31

152

38

Nº de Atendimentos Nº de Áreas Vistoriadas

10

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Quadro 5. Regiões atendidas na Operação dos Planos Preventivos de Defesa Civil 2016-2017.

REGIÃO DO ESTADO Nº DE ATENDIMENTOS

Baixada Santista 02

Campinas 04

Vale do Paraíba/Litoral Norte 05

Sorocaba 01

RMSP -3 (Guarulhos 03

RMSP – 4 (Osasco) 04

Total 19

Figura 3. Distribuição dos 13 municípios atendidos pelo IG na Operação Verão 2016-2017.

11

Tabela 1. Dados Operacionais da Operação Verão 2016-2017 – 19 atendimentos e 38 áreas vistoriadas pelo IG.

Data dos Atendimentos

Municípios atendidos

REDEC PPDC ou

Extra Plano

N° de áreas

vistoriadas

Interdição definitiva

(N° de moradias)

Remoções definitivas

(N° de pessoas)

Interdição temporária

(N° de moradias)

Remoções preventivas

(N° de pessoas)

N° de mortes

Outro Danos

Tipo de Ocorrência Técnicos do IG envolvidos

1 5-6/12/2016 Vargem Grande

do Sul Campinas Extra Plano 1 0 0 0 0 0 Erosão / Boçoroca

Jair Santoro e Pedro C. B. Leal

2 08, 19 e

20/12/2016 Águas de Lindóia Campinas Extra Plano 2 0 0 0 0 0 Erosão /

Escorregamentos Lídia K. Tominaga e Pedro C.

B. Leal

3 18/01/2017 Itapevi RMSP - 4 PPDC 2 7 28 0 0 0 Escorregamento Jair Santoro e Eduardo B.

Schmid

4 19-20/01/2017 Francisco Morato

RMSP -3 PPDC 5 3 12 9 36 0 Escorregamento Lídia Keiko Tominaga e

Pedro C. B. Leal

5 20/01/2017 São Sebastião Litoral Norte

PPDC 1 4 16 10 40 0 Escorregamento Paulo C. Fernandes e

Eduardo Andrade

6 21/01/2017 Vargem Grande

Paulista RMSP - 4 PPDC 1 0 0 10 40 0

Veículo de passeio com dano total

Queda de Bloco de Rocha

Lídia Keiko Tominaga e Pedro C. B. Leal

7 23/01/2017 Bom Jesus dos

Perdões Campinas PPDC 3 0 0 0 0 0 Escorregamento

Paulo C. Fernandes e Eduardo Andrade

8 27/01/2017 Caieiras RMSP - 4 PPDC 3 0 0 3 12 0 Colapso de

via Escorrregamento

Eduardo Andrade e Eduardo B. Schmid

9 27/01/2017 Santa Branca Vale do Paraíba

PPDC 1 0 0 1 4 0 Escorrregamento Jair Santoro e Pedro C. B.

Leal

10 27/01/2017 São Vicente Baixada Santista

PPDC 2 0 0 1 parcial 0 0 Colapso de

via Escorregamento Lídia Keiko Tominaga

11 22/02/2017 Santa Branca Vale do Paraíba

Extra Plano 1 0 0 0 0 0 Erosão de Aterro da Rodovia

Erosão Lídia K. Tominaga e Pedro C.

B. Leal

12 13/03/2017 São Roque Sorocaba PPDC 1 0 0 0 0 0 Danos à

estrutura viária

Erosão, solapamento de

margem de córrego e

subsidência

Cláudio José Ferreira

13 16-17/03/2017 Caraguatatuba Litoral Norte

PPDC 2 0 0 22 88 0 Escorregamentos e Corrida detrítica

Lídia K. Tominaga e Eduardo B. Schmid

12

Data dos

Atendimentos Municípios atendidos

REDEC PPDC ou

Extra Plano

N° de áreas

vistoriadas

Interdição definitiva

(N° de moradias)

Remoções definitivas

(N° de pessoas)

Interdição temporária

(N° de moradias)

Remoções preventivas

(N° de pessoas)

N° de mortes

Outro Danos

Tipo de Ocorrência Técnicos do IG envolvidos

14 23/03/2017 Franco da Rocha RMSP -3 PPDC 3 0 0 0 0 0 Reversão de Nível Lídia K. Tominaga e Eduardo

B. Schmid

15 24/03/2017 Francisco Morato

RMSP -3 PPDC 3 0 0 0 0 0 Reversão de Nível Lídia K. Tominaga e Eduardo

B. Schmid

16 24/03/2017 São Sebastião Litoral Norte

PPDC 1 0 0 0 0 0 Reversão de Nível Paulo C. Fernandes e Pedro

C. B. Leal

17 27/03/23017 Bom Jesus dos

Perdões Campinas PPDC 3 0 0 0 0 0 Reversão de Nível

Paulo C. Fernandes e Pedro C. B. Leal

18 31/03/2017 São Vicente Baixada Santista

PPDC 1 0 0 0 0 0 Reversão de Nível Lídia K. Tominaga

19 13/04/2017 Caraguatatuba Litoral Norte

PPDC 2 0 0 0 0 0 Reversão de Nível Lídia K. Tominaga e Eduardo

B. Schmid

TOTAL 13 municípios 38 14 56 55 220 0

15

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V. AVALIAÇÃO DA OPERAÇÃO DO PPDC 2016-2017

O verão de 2016-2017, de acordo com a SOMAR meteorologia, caracterizou-se por um regime de chuvas próximo da normalidade. Porém, houve ocorrência de chuvas concentradas em alguns períodos, apresentando maiores incidências nos meses de janeiro e março.

Com as chuvas de janeiro, principalmente a partir da segunda semana houve ocorrências de deslizamentos em vários municípios da Região Metropolitana (RMSP - 3 e 4), dentre os quais solicitaram atendimento emergencial os seguintes municípios: Caieiras, Francisco Morato, Itapevi e Vargem Grande Paulista. Além destes, outros municípios atendidos foram: São Sebastião, no Litoral Norte; Santa Branca, no Vale do Paraíba; e São Vicente, na Baixada Santista.

No mês de março, dois muncípios demandaram atendimentos emergenciais, São Roque, com danos à estrutura viária sem atingimento de moradias, e Caraguatatuba, onde as chuvas causaram inundações e muitos danos à infraestrutura, além de uma corrida detritica que atingiu várias moradias.

Conforme mostrado na Figura 2, esta Operação Verão apresentou menor número de atendimentos em relação ao Verão de 2015-2016. Ficou também abaixo da média dos últimos 10 anos que é de 28,5 atendimentos.

Quanto aos tipos de ocorrências atendidas, 17 foram referentes a escorregamentos, 4 de erosão, 1 de corrida detrítica, 1 de solapamento de margem de córrego e 1 de queda de bloco, conforme ilustrado na figura 4.

Figura 4 – Tipos de ocorrências atendidas pelo IG no PPDC 2016-2017

17

4

1

1

1

6

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

ESCORREGAMENTO

EROSÃO

CORRIDA DETRÍTICA

QUEDA DE BLOCO

SOLAPAMENTO DE MARGEM CÓRREGO

REVERSÃO DE NÍVEL

16

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Durante esta Operação Verão, 5 municípios entraram em nível de Alerta: Francisco Morato, São Sebastião, Bom Jesus dos Perdões, São Vicente e Caraguatatuba. No encerramento da Operação Verão, em 31 de março de 2017, os municípios de Francisco Morato, São Sebastião e São Vicente já haviam retornado ao Nível de Observação. Caraguatatuba retornou ao Nível de Atenção em 13 de abril de 2017. Manteve-se o Nível de Alerta para o município de Bom Jesus dos Perdões, uma vez que as medidas recomendadas não haviam sido adotadas.

A obtenção dos dados de chuvas dos pluviômetros automáticos (PCDs) cedidos pelo CEMADEN, permitiram um grande avanço no monitoramento dos índices pluviométricos, facilitando a obtenção dos dados de chuva e com maior frequência, não mais dependendo da leitura manual e envio dos dados por parte dos municípios. No entanto, ainda há lacunas que dificultam uma previsão mais eficaz de ocorrências de processos de escorregamentos, corridas detríticas e enxurradas, necessitando de avaliação junto às Comdecs.

VI. RECOMENDAÇÕES

Com base no exposto e como forma de melhorar as futuras Operações Verão são apresentadas algumas recomendações:

- Quanto aos aspectos operacionais e papel das instituições (CEDEC, REDECs, COMDECs, IG)

▪ Manter e fortalecer a cooperação de todas as instituições envolvidas, COMDECs, REDECs, CEDEC, IG, DAEE, SAA no desenvolvimento das ações previstas nos planos, tendo em vista que os Planos Preventivos de Defesa Civil são um instrumento de ação das Prefeituras, capazes de minimizar as consequências dos acidentes de escorregamentos, principalmente a perda de vidas humanas.

▪ Aperfeiçoar a preparação e o treinamento das equipes municipais de Defesa Civil, com a realização de treinamentos de campo conjuntos, simulações de situações de risco, além de exposições teóricas, visando o aprimoramento da operação dos Planos Preventivos, principalmente quanto ao monitoramento das áreas de risco e às remoções preventivas.

▪ Incentivar os municípios contemplados pelos planos preventivos a estruturarem e organizarem o Plano Municipal de Defesa Civil, pois esta é uma das medidas previstas nos planos preventivos e que possibilita uma melhor preparação do município no enfrentamento de situação de acidentes ou desastres.

▪ Estabelecer um Plano Estratégico de fortalecimento e aprimoramento do PPDC, conforme previsto no Plano de Ações do Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geológicos (PDN).

▪ Estruturar e apoiar os órgãos estaduais envolvidos no Sistema de Defesa Civil, no sentido de dotá-los de recursos humanos e tecnológicos adequados para atender a demanda crescente de ações preventivas, de monitoramento e gerenciamento do risco de desastres.

- Quanto ao aprimoramento dos aspectos técnicos

▪ A obtenção dos dados pluviométricos e da previsão meteorológica, com a inserção dos pluviômetros automáticos do CEMADEN, permitirão o aperfeiçoamento do monitoramento das chuvas em tempo real, possibilitando a tomada de decisões mais rápidas e antecipada à ocorrência de acidentes e/ou desastres.

17

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▪ O sistema automático de monitoramento das chuvas, associado a estudos de tempo de saturação do solo, possibilitará prever com mais precisão as ocorrências de deslizamentos deflagradas durante ou logo após a incidência de chuvas intensas, que, muitas vezes, ocorrem no período de uma hora.

▪ As ocorrências de processos de corridas detríticas, como as de São Sebastião (2013), de Itaóca (2014) e de Caraguatatuba (2017), indicam a necessidade de estudos de definição de áreas suscetíveis a estes processos para um monitoramento mais eficaz com a instalação de pluviômetros automáticos em pontos estratégicos.

▪ Em relação aos municípios da Região Metropolitana de São Paulo, há necessidade de atualização dos mapeamentos de áreas de risco, além de dotar estas COMDECs de estrutura e recursos humanos adequados e proporcionais à população residente em áreas de risco

- Aspectos sócio-políticos (ocupação desordenada)

▪ Articular com municípios e com a Secretaria de Habitação do Estado, para realocação das moradias que se encontram em áreas de risco alto e muito alto e ações efetivas para evitar a reocupação dessas áreas ou de ocupação de outras áreas de perigo alto.

▪ Articular com órgãos estaduais, federais e municipais visando ações corretivas à ocupação desordenada, como a reurbanização, que pode ser realizada por meio da execução de obras de contenção e de infra-estrutura, para a minimização ou eliminação dos riscos de algumas dessas áreas.

▪ Estimular o poder público municipal a adotar política de uso e ocupação racional do solo, a fim de evitar o surgimento de novas áreas de risco. A produção de documentos técnicos, como as Cartas Geotécnicas, Cartas de Suscetibilidade e de Risco Geológico, pode subsidiar as Prefeituras na produção de instrumentos legais para o planejamento territorial, como a legislação de uso do solo, evitando ou minimizando, assim, os problemas advindos dos escorregamentos, inundações e demais riscos geológicos.

▪ Articular com Ministério Público quanto ao cumprimento da Lei Federal 12.608, de 10 de abril de 2012.

▪ O fortalecimento do PDN por meio da articulação com outros programas do Governo Estadual e Federal, bem como com os municípios, é fundamental para a gestão adequada das áreas de risco.

São Paulo, 25 de maio de 2017

Lídia Keiko Tominaga

Coordenadora do PPDC no Instituto Geológico

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ANEXOS

▪ RELATÓRIOS DE ATENDIMENTOS TÉCNICOS

▪ LEGISLAÇÃO DO PPDC

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RELATÓRIOS DE ATENDIMENTOS TÉCNICOS

PPDC 2016-2017

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LEGISLAÇÃO PPDC 2016-2017