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Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema
Secretário de Estado de Planejamento e Gestão
Otto Alexandre Levy Reis
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO
Presidente
Helger Marra Lopes
Vice-presidente
Monica Moreira Esteves Bernardi
Diretoria de Estatística e Informações
Eleonora Cruz Santos
Diretoria de Políticas Públicas
Carolina Proietti Imura
UNIDADE RESPONSÁVEL
DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES (Direi)
Eleonora Cruz Santos (diretora)
Renato Vale Santos (diretor adjunto)
Coordenação geral do Minas e-dados
Leonardo Barbosa de Moraes (coord.)
Lívia Cristina Rosa Cruz
DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES (Direi)
MINAS E-DADOS
2019
Belo Horizonte | Ano 2 | n. 2 | pág. 1-61 | out. de 2020
CONTATOS E INFORMAÇÕES
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO
DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES (DIREI)
Alameda das Acácias, 70 Bairro São Luiz/Pampulha
CEP: 31275-150 - Belo Horizonte - Minas Gerais Telefones: (31) 3448-9550 e 3448-9580
www.fjp.mg.gov.br
e-mail: [email protected]
Minas e-dados é um estudo descritivo anual com análises de tabulações especiais de caracterização do estado de Minas Gerais abordando uma seleção das principais estatísticas demográficas, econômicas, sociais, urbano-ambientais e de multidomínio disponíveis.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, por qualquer meio, desde que citada a fonte.
Sinais convencionais utilizados:
- = Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento.
.. = Não se aplica dado numérico.
... = Dado numérico não disponível.
0,0 = Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente positivo
-0,0 = Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente negativo
O presente estudo foi desenvolvido com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) no âmbito do projeto “Ciência dos dados nas estatísticas públicas: o uso de novas técnicas para geração de informações e conhecimento na administração pública” - Edital nº 181/2018 – auxílio eventual complementar.
EQUIPE TÉCNICA
UNIDADE RESPONSÁVEL
DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES (Direi)
Eleonora Cruz Santos (diretora)
Renato Vale Santos (diretor adjunto)
COORDENAÇÃO GERAL DO MINAS E-DADOS
Leonardo Barbosa de Moraes (coord.)
Lívia Cristina Rosa Cruz
Caracterização do território Aliane Maria Motta Baeta Leonardo Barbosa de Moraes Lívia Cristina Rosa Cruz
População
Denise Helena Franca Marques Maia Lívia Cristina Rosa Cruz
Desenvolvimento humano
Denise Helena Franca Marques Maia Lívia Cristina Rosa Cruz Vera Scarpelli Castillho
Educação
Juliana de Lucena Ruas Riani (DPP) Saúde
Luiza de Marilac de Souza (DPP) Lívia Cristina Rosa Cruz
Assistência social
Helena Teixeira Magalhaes Soares (DPP) Saneamento
Lívia Cristina Rosa Cruz Plínio de Campos Souza
Habitação
Frederico Poley Martins Ferreira (EG) Lívia Cristina Rosa Cruz Luiza de Marilac de Souza (DPP) Plínio de Campos Souza
Emprego e renda
Glauber Flaviano Silveira Contas regionais
Thiago Rafael Correa de Almeida Aspectos setoriais da economia
Lívia Cristina Rosa Cruz Raimundo de Sousa Leal Filho
Infraestrutura básica Carla Cristina Aguilar de Souza Investimentos Comércio internacional
Lucio Otávio Seixas Barbosa Finanças públicas
Reinaldo Carvalho de Morais Meio ambiente
Claudio Jorge Cançado Turismo
Cláudio Burian Wanderley (DPP) Lívia Cristina Rosa Cruz Nelson Antônio Quadros Vieira Filho (DPP)
Cultura, esporte e lazer
Juliana Minardi de Oliveira (DPP) Lívia Cristina Rosa Cruz Marta Procópio de Oliveira (DPP) Mônica Barros de Lima Starling (DPP)
Segurança pública
Lívia Cristina Rosa Cruz Luis Felipe Zilli do Nascimento (DPP)
Estagiários
Mateus R. de Oliveira Gonçalves Rafael Henrique Mendes Araújo
Revisão
Heitor Vasconcelos
Produção editorial Lívia Cristina Rosa Cruz
Projeto gráfico e diagramação
Heitor Vasconcelos Lívia Cristina Rosa Cruz
Sumário Sumário ......................................................................................................................................... 5
1. Caracterização do território ...................................................................................................... 9
Mapa 1.1: Regiões Geográficas Intermediárias de Minas Gerais ............................................. 9
Tabela 1.2: Principais rios cujas nascentes encontram-se no Estado de Minas Gerais .......... 10
Tabela 1.3: Principais usinas hidrelétricas: ............................................................................. 11
2. População ................................................................................................................................ 12
Tabela 2.1: População total e taxas de crescimento de Minas Gerais – 2000-2060............... 12
Gráfico 2.1: Distribuição relativa da população de Minas Gerais, por grandes grupos etários –
2000-2060 ............................................................................................................................... 13
Gráfico 2.2: Taxa de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, total e por sexo, de
Minas Gerais – 2000-2060 ...................................................................................................... 14
Gráfico 2.3: Taxa de Fecundidade total (TFT) de Minas Gerais – 2000 e 2060 ....................... 14
3. Emprego e Renda .................................................................................................................... 15
Gráfico 3.1: Taxa de desocupação, por sexo – Minas Gerais – 2012 - 2019 (%) ..................... 15
Tabela 3.1: Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14 anos ou
mais de idade – Minas Gerais – 2012 - 2019 (%) .................................................................... 16
Tabela 3.2: Rendimento médio real do trabalho principal, habitualmente recebido por mês,
pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com
rendimento de trabalho – Minas Gerais – 2012 - 2019 (%) .................................................... 17
Tabela 3.3: Saldo de empregos formais, segundo setores de atividade selecionados – Minas
Gerais – 2012 - 2019 (mil postos de trabalho) ........................................................................ 18
4. Educação ................................................................................................................................. 19
Gráfico 4.1: Taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais de idade - Brasil e
Minas Gerais- 2016/2018 ........................................................................................................ 19
Gráfico 4.2: Escolaridade da população com 14 anos ou mais de idade segundo cor/raça -
Brasil e Minas Gerais – 2018 ................................................................................................... 20
Gráfico 4.3: Percentual de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos de idade -
Brasil e Minas Gerais- 2016/2018 ........................................................................................... 21
Gráfico 4.4: Percentagem de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos de idade e
nível de ensino - Brasil e Minas Gerais- 2016/2018 ................................................................ 22
Gráfico 4.5: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb, por etapa de estudo -
Minas Gerais- 2007-2017 ........................................................................................................ 22
5. Saúde ....................................................................................................................................... 23
Tabela 5.1: Número e proporção de nascidos vivos, por residência e idade da mãe - Minas
Gerais, 1995-2018 ................................................................................................................... 23
Gráfico 5.1: Proporção de nascidos vivos por número de consultas de pré-natal. Minas
Gerais, 2000 – 2018 ................................................................................................................. 24
Tabela 5.2: Principais grupos de causas de óbitos de residentes. Minas Gerais -
1996/2006/2016 ..................................................................................................................... 24
Gráfico 5.2: Proporção de óbitos por causas mal definidas. Minas Gerais - 2000 a 2018 ...... 25
Tabela 5.3: Cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família Minas Gerais, 2007-2018
................................................................................................................................................. 25
6. Assistência Social ..................................................................................................................... 26
Gráfico 6.1: Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 15 anos ou
mais de idade, com rendimento, no Brasil e Minas Gerais – 2012 a 2019 ............................. 27
Gráfico 6.2: Taxa de desocupação da população do CadÚnico x RGInt. Período: 2016-2018.28
Gráfico 6.3: IDCRAS, segundo Região Geográfica Intermediária (RGInt). ............................... 28
Tabela 6.1: Proporção de municípios com unidades CREAS, segundo Região Geográfica
Intermediária (RGInt) - Minas Gerais – 2017 .......................................................................... 29
Tabela 6.2: Estratégia de comunicação utilizada com as(os) usuárias(os) pelos conselhos
municipais do SUAS, conforme Região Geográfica Intermediária (RGInt) - Minas Gerais –
2017 ......................................................................................................................................... 30
7. Segurança Pública ................................................................................................................... 31
Gráfico 7.1: Evolução das taxas de homicídios em Minas Gerais – 2012 - 2019 .................... 32
Gráfico 7.2: Evolução das taxas de crimes violentos contra o patrimônio em Minas Gerais –
2012 - 2019.............................................................................................................................. 32
Gráfico 7.3: Evolução das taxas de crimes violentos contra a pessoa em Minas Gerais – 2012
- 2019 ...................................................................................................................................... 33
8. Desenvolvimento Humano ...................................................................................................... 34
Gráfico 8.1: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), IDHM- Renda, IDHM –
Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais – 2000 e 2010 ......................................... 35
Gráfico 8.2: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM ajustado),
IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais, por sexo –
2010 ......................................................................................................................................... 35
Gráfico 8.3: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM ajustado),
IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais, por cor –
2010 ......................................................................................................................................... 36
Gráfico 8.4: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM ajustado),
IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais, por
situação de domicílio– 2010.................................................................................................... 36
9. Saneamento Básico ................................................................................................................. 37
Gráfico 9.1: Percentual de Domicílios ligados à rede geral de Abastecimento de Água no
Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2018-2019 ....................... 37
Gráfico 9.2: Percentual de Domicílios ligados à rede geral de Esgotamento Sanitário no
Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte - 2018/2019 ....................... 38
Gráfico 9.3: Percentual de Domicílios com coleta direta do lixo por serviço de limpeza no
Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2018-2019 ....................... 38
10. Habitação .............................................................................................................................. 39
Tabela 10.1: Estimativas do déficit habitacional absoluto e relativo, total e urbano, em
relação ao total de domicílios particulares permanentes e improvisados - Minas Gerais -
2011/2015 (1) .......................................................................................................................... 39
Gráfico 10.1: Percentual de Domicílios quanto ao combustível utilizado para cocção dos
Alimentos no Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte 2018-2019 ... 40
11. Meio Ambiente ...................................................................................................................... 41
Gráfico 11.1: Variação da Estimativa de Emissão de CH4 do setor Agropecuária (Gg) x Área
acumulada de transição de floresta natural para Agropecuária – Minas Gerais – 1990 a 2017
................................................................................................................................................. 42
Gráfico 11.2: Evolução das Áreas de Florestas Naturais e Plantadas – Minas Gerais – 1985 a
2018 ......................................................................................................................................... 42
Tabela 11.1: Percentual e variação de área de classes de uso do solo – 2013 – 2018 – Minas
Gerais ...................................................................................................................................... 43
12. Contas Regionais ................................................................................................................... 44
Gráfico 12.1: Taxa de Variação real no ano (%) do Produto Interno Bruto (PIB) – Minas Gerais
e Brasil – 2014-2019 ................................................................................................................ 44
Tabela 12.1: Taxas de variação real no ano (%) do Produto Interno Bruto (PIB) e do Valor
Adicionado (VA) segundo setores de atividade econômica – Minas Gerais e Brasil – 2014-
2019 ......................................................................................................................................... 45
13. Aspectos setoriais da economia ............................................................................................ 46
Gráfico 13.1: Principais produtos da agropecuária mineira – produção física - 2010-2019 ... 46
Gráfico 13.2: Principais produtos da mineração em Minas Gerais – produção física
beneficiada – 2010-2017 ......................................................................................................... 47
Gráfico 13.3: Principais produtos da manufatura mineira – produção física - 2010-2019 ..... 47
14. Infraestrutura básica ............................................................................................................. 48
Gráfico 14.1: Capacidade instalada e geração de energia elétrica – Minas Gerais – 2012-2018
................................................................................................................................................. 48
Gráfico 14.2: Transporte de passageiros, de carga e correios no modal aéreo – Minas Gerais
– 2012-2019 ............................................................................................................................ 49
Gráfico 14.3: Número de acessos de serviços móveis pessoais, segundo plano de serviço –
Minas Gerais – 2012-2018 (médias anuais, mil acessos) ........................................................ 49
15. Investimentos ........................................................................................................................ 50
Gráfico 15.1: Investimentos anunciados em Minas Gerais - US$ milhões de dólares - 2004-
2019 ......................................................................................................................................... 50
Tabela 15.1: Investimentos anunciados de Minas Gerais, territórios de desenvolvimento –
US$ milhões de dólares – 2004-2019 (total e %) .................................................................... 51
Tabela 15.2: Investimentos anunciados em Minas Gerais, setores econômicos – US$ milhões
de dólares – 2004-2019 (total) ................................................................................................ 51
16. Finanças Públicas ................................................................................................................... 52
Gráfico 16.1: Evolução da participação dos setores de atividade econômica na arrecadação
de ICMS Minas Gerais- 2011-2019 .......................................................................................... 52
17. Comércio Internacional ......................................................................................................... 53
Gráfico 17.1: Evolução das exportações (US$ bi FOB) e participação nas exportações do
Brasil (%) - Minas Gerais- 1997-2019 ...................................................................................... 53
Gráfico 17.2: Composição da pauta de exportações – Minas Gerais 2019............................. 53
Gráfico 17.3: Principais países de destino das exportações – Minas Gerais – 2019 ............... 54
18. Cultura, esporte e lazer ......................................................................................................... 55
Gráfico 18.1: Despesa com cultura e participação no total dos governos estaduais ............. 55
Tabela 18.1: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, no setor
cultural, segundo a posição na ocupação e a categoria do emprego no trabalho principal –
Minas Gerais - 2012/2018 ........................................................................................................... 56
19. Turismo .................................................................................................................................. 57
Tabela 19.1: Fluxo de turistas e receita turística de Minas Gerais - 2008-2019 ..................... 57
Tabela 19.2: Número de embarques e desembarques domésticos e internacionais - Minas
Gerais - 2003-2019 .................................................................................................................. 58
Gráfico 19.1: Índice de volume das atividades turísticas - 2012-2019 (%) ............................. 58
Gráfico 19.2: Índice de receita nominal das atividades turísticas - 2012-2019 (%) ................ 59
Gráfico 19.3: Empregados e Renda média mensal dos empregados formais no Setor de
Turismo – Brasil e Minas Gerais - 2012-2018 .......................................................................... 59
1. Caracterização do território
Minas Gerais é uma das 27 unidades federativas do Brasil,
sendo o quarto estado com a maior área territorial e o
segundo em quantidade de habitantes. É subdividido 13
Regiões Geográficas Intermediárias, constituídos por 853
municípios, a maior quantidade dentre os estados brasileiros.
Sua posição geográfica peculiar o coloca como
intermediadora de acesso entre os principais pontos do país e
possui, por consequência, a maior malha rodoviária do país.
Possui ainda um relevo bastante acidentado, abrigando a
nascente de alguns dos principais rios do país e uma grande quantidade de usinas hidrelétricas.
Possui clima tropical, que varia de mais frio e úmido no sul até semiárido em sua porção
setentrional, e que propiciam a existência de uma rica fauna e flora distribuídas no estado,
destacando o cerrado e a Mata Atlântica.
Mapa 1.1: Regiões Geográficas Intermediárias de Minas Gerais
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Na rede hidrográfica, entre os principais rios do estado de Minas Gerais estão o Doce, que nasce
entre as encostas das serras da Mantiqueira e Espinhaço e percorre 853 km até desaguar no
Oceano Atlântico, no Espírito Santo; o Grande, cuja nascente está na Serra da Mantiqueira, no
município de Bocaina de Minas, percorrendo 1 360 km até o Rio Paranaíba, formando assim o
Rio Paraná (no estado de São Paulo); o Paranaíba, que nasce na Mata da Corda, em Paranaíba,
e tem aproximadamente 1 070 km; o São Francisco, que nasce na Serra da Canastra, percorre 2
830 km, cortando a Bahia e passando por Pernambuco, Sergipe e Alagoas até desaguar no
oceano, sendo suas águas essenciais para o turismo, lazer, irrigação e transporte em várias
cidades, especialmente no norte mineiro e, por fim, o Jequitinhonha, que nasce na serra do
Espinhaço, em Serro, e percorre 920 km até sua foz no Atlântico. Outros rios importantes do
estado são o Mucuri, Pardo, Paraíba do Sul, São Mateus e das Velhas.
Tabela 1.2: Principais rios cujas nascentes encontram-se no Estado de Minas
Gerais
Especificação Localização da nascente Foz Localização da foz Extensão
(Km)
Rio das Velhas Ouro Preto Rio São Francisco Várzea da Palma (1) 787,2
Rio São Francisco São Roque de Minas Oceano Atlântico Piaçabuçu (AL) (2) 2.694,30
Rio Grande Bocaina de Minas Rio Paraná Carneirinho (MG) (3) 1.269,00
Rio Paranaíba Rio Paranaíba Rio Paraná Carneirinho (MG) (3) 1.142,50
Rio Jequitinhonha Serro Oceano Atlântico Belmonte (BA) 1.003,80
Rio Doce Santa Cruz do Escalvado (4) Oceano Atlântico Linhares (ES) 550,7
Rio Mucuri Teófilo Otoni (5) Oceano Atlântico Mucuri (BA) 377
Fontes: Dados básicos: Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Base otocodificada dos cursos d'água de Minas Gerais
(2013). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Notas: (1) A foz do Rio das Velhas encontra-se bem próxima aos limites do município de Pirapora. (2) A foz do Rio São Francisco
também encontra-se bem próxima aos limites municipais de Brejo Grande (SE). (3) A foz dos Rios Paranaíba e Grande também
encontra-se bem próxima aos limites municipais de Aparecida do Taboado (MS) e Santa Clara d’Oeste (SP). (4) A nascente do Rio
Doce encontra-se bem próximo aos limites do município de Rio Doce e Ponte Nova. (5) A nascente do Rio Mucuri está localizada
no município de Ladainha (MG). (13) A nascente do Rio Jucuruçu ou Prado está localizada no município de Felisburgo MG)).
Diante do grande potencial hídrico do estado, Minas Gerais tem hoje em operação 60 Usinas
Hidrelétricas de Energia, das quais 44 estão totalmente localizadas em municípios mineiros. Em
todo no Brasil são 217, sendo que as localizadas em municípios do Estado representam 27,6%
desse total. Na tabela 1.3 estão elencadas as usinas de maior potencial instalado em Minas
Gerais.
Tabela 1.3: Principais usinas hidrelétricas:
Especificação Potência instalada
(Mw) Rio Município
Itumbiara 2082 Paranaíba Araporã(MG), Itumbiara(GO)
São Simão 1710 Paranaíba Santa Vitória(MG), São Simão(GO)
Marimbondo 1440 Grande Fronteira(MG), Icém(SP) Água Vermelha (Antiga José Ermírio de Moraes) 1396,2 Grande Indiaporã(SP), Iturama(MG), Ouroeste(SP)
Furnas 1216 Grande São João Batista do Glória(MG), São José da Barra(MG)
Emborcação 1192 Paranaíba Cascalho Rico(MG), Catalão(GO)
Estreito (Luiz Carlos Barreto de Carvalho) 1050 Grande Pedregulho(SP), Sacramento(MG)
Nova Ponte 510 Araguari Nova Ponte(MG) Marechal Mascarenhas de Moraes (Antiga Peixoto) 476 Grande Delfinópolis(MG), Ibiraci(MG)
Jaguara 424 Grande Rifaina(SP), Sacramento(MG)
Miranda 408 Araguari Indianópolis(MG), Uberlândia(MG)
Irapé 399 Jequitinhonha Berilo(MG), Grão Mogol(MG)
Três Marias 396 São Francisco Três Marias(MG)
Volta Grande 380 Grande Conceição das Alagoas(MG), Miguelópolis(SP)
Simplício 333,7 Paraíba do Sul Além Paraíba(MG), Chiador(MG), Sapucaia(RJ), Três Rios(RJ)
Aimorés 330 Doce Aimorés(MG), Baixo Guandu(ES)
Porto Colômbia 320 Grande Guaíra(SP), Planura(MG)
Fonte: Dados básicos: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Consulta ao Cadastro de Empreendimentos da Aneel com os
respectivos CEG (Código Único de Empreendimentos de Geração) Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de
Estatística e Informações (Direi).
.
2. População
Essa seção traça um panorama da população do Estado, em
termos absolutos e taxas de crescimento, e em seus
componentes demográficos: fecundidade e mortalidade.
Destaca-se que os dados relativos aos anos de 2000 e 2010
são provenientes dos censos demográficos brasileiros e as
demais informações são oriundas das projeções
populacionais elaboradas pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Entre 2000 e 2060, a população de Minas Gerais crescerá
cerca de 18%, passando de 17.891 milhões, para 21.160
milhões de habitantes. A Tabela 2.1 apresenta a população total de Minas Gerais e as taxas
geométricas de crescimento para o período de 2000 a 2060. Observa-se o arrefecimento
acentuado das taxas de crescimento ao longo das décadas, tornando-se negativa a partir de
2040. Entre 2040 e 2050, espera-se um decrescimento médio anual da população do estado de
-0,17% e entre 2050 e 2060, uma diminuição mais acelerada, de -0,43% ao ano.
Tabela 2.1: População total e taxas de crescimento de Minas Gerais – 2000-2060
Anos População total Intervalos Taxas de crescimento (%)
2000 17.891.494 2000-2010 1,09
2010 19.957.444 2010-2020 0,65
2020 21.292.666 2020-2030 0,43
2030 22.220.112 2030-2040 0,11
2040 22.473.382 2040-2050 -0,17
2050 22.085.730 2050-2060 -0,43
2060 21.160.005 ... ... Fonte dos dados básicos: Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), 2016 e 2018. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
As mudanças na estrutura etária em Minas Gerais estão ocorrendo rapidamente. Em 2000, o
grupo etário de até 15 anos de idade representava 28,4% da população total do estado,
passando para 22,8, em 2010. Espera-se que em 2020 essa proporção alcance 18,8%, em 2030,
17,3% e em 2060, e 13,2%. Os idosos, por sua vez, tiveram a participação relativa incrementada,
passando de 6,2%, em 2000, para 8,1%, no ano de 2010. Em 2060, estima-se uma participação
ainda maior, de 28,7%.
Gráfico 2.1: Distribuição relativa da população de Minas Gerais, por grandes
grupos etários – 2000-2060
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2000 (dados do universo). Projeção da População por Sexo e Idade - 2018. Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estatística e Informações (Direi).
Verifica-se pela Gráfico 2.2 que a Taxa de
Mortalidade Infantil (TMI) do estado passou de
25,6 mortes por mil nascidos vivos, em 2000, para
14,6, em 2010. Espera-se que esse indicador
diminua ainda mais nas próximas décadas,
atingindo o patamar de 9,2, em 2020, e de 4,6, em
2060 – queda de 82% em 60 anos. Em virtude
dessa diminuição da TMI, assiste-se a um
incremento de 10,5 anos na esperança de vida ao nascer entre 2000 e 2060, atingindo neste
último ano o patamar de 82,3 anos. No
período em questão, observa-se a
diminuição no diferencial dos indicadores
de mortalidade, entre homens e mulheres.
Em 2000, a TMI dos homens era de 28,9
óbitos para cada mil nascidos vivos,
enquanto a TMI das mulheres era de 26,3,
para cada mil nascidos vivos – diferença de
2,6 óbitos. Em 2060, espera-se que essas
taxas cheguem a 5,0 e 4,2, respectivamente – discrepância de 0,8 mortes. A queda na TMI para
ambos os sexos impactará positivamente a esperança de vida ao nascer que, nos caso dos
homens, passará de 68,4 anos, em 2000, para 79,5 anos em 2060, e para as mulheres, de 75,3
para 85,2 anos.
28,422,8 18,8 17,3 15,2 13,8 13,2
65,469,1
7067,1
6561,6
58,1
6,2 8,1 11,215,7 19,8
24,6 28,7
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Até 15 anos Entre 15 e 64 anos 65 anos e mais
A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) é
definida como o número de crianças
nascidas vivas e que vão a óbito antes de um
ano de idade. É um indicador sensível às
condições sociais. Quanto melhor as
condições de vida de uma população,
menor a TMI.
A Esperança de vida ao nascer é o número médio de
anos de vida esperados para um recém-nascido,
mantido o padrão de mortalidade existente na
população residente. É um indicador sintético da
mortalidade e, consequentemente, da qualidade de
saúde e de vida de uma população.
Gráfico 2.2: Taxa de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, total e
por sexo, de Minas Gerais – 2000-2060
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2000 (dados do universo). Projeção da População por Sexo e Idade - 2018. Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estatística e Informações (Direi).
A queda da fecundidade em Minas Gerais
iniciou-se na década de 1960. Em 1980, os
dados do Censo Demográfico revelaram uma
TFT para o estado de 4,3 filhos, em 1991, 2,6
filhos e em 2000, de 2,2 filhos por mulher,
atingindo praticamente o nível de reposição
(2,1 filhos por mulher). O Gráfico 2.3 mostra
a evolução da TFT de Minas Gerais, a partir
do ano 2000. Verifica-se que, em 2010, a TFT
era de 1,79, bem abaixo do nível de reposição, e que para as próximas décadas, não se espera
recuperação dessa taxa, pelo contrário, uma diminuição continuada até a década de 2040,
quando praticamente se estabilizará.
Gráfico 2.3: Taxa de Fecundidade total (TFT) de Minas Gerais – 2000 e 2060
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2000 (dados do universo). Projeção da População
por Sexo e Idade - 2018. Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação
João Pinheiro (FJP). Centro de Estatística e Informações (Direi).
68,3672,47
75,37 77,26 78,42 79,11 79,5275,34
78,62 81,04 82,76 83,93 84,71 85,22
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Esp
era
nça
de
vid
a ao
nas
cer
Taxa
de
Mo
rtal
idad
e In
fan
til (
TMI)
ESPVIDA ESPVIDAMASC ESPVIDAFEM TMI TMIMASC TMIFEM
2,23
1,791,61 1,60 1,58 1,57 1,55
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Taxa
de
Fe
cun
did
ade
To
tal (
TFT)
A Taxa de Fecundidade Total (TFT) representa o
número médio de filhos tidos por uma geração
hipotética de mulheres, em determinado período.
Ela é um bom indicativo do comportamento
reprodutivo das mulheres, em uma determinada
região, em determinado momento. O nível da TFT
capaz de repor a população é de 2,1 filhos por
mulher.
3. Emprego e Renda
Essa seção apresenta um panorama do mercado de trabalho.
Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNAD Contínua), publicada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) e do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (CAGED), disponibilizada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), possibilitam realizar
uma avaliação conjuntural da atual situação do mercado de
trabalho mineiro.
Em Minas Gerais, a taxa de desocupação passou de 6,9% em 2012 para 10,1% em 2019. O gráfico
3.1 destaca a taxa de desocupação, em percentual da População Economicamente Ativa, de
Minas Gerais para o total da população, por sexo, de 2012 a 2019. A taxa de desocupação para
homens ficou em 8,5% e para as mulheres em 11,9% em 2019.
Gráfico 3.1: Taxa de desocupação, por sexo – Minas Gerais – 2012 - 2019 (%)
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Podemos analisar a taxa de desocupação por sexo, idade, nível de instrução e cor/raça, para o
período de 2012 a 2019, em Minas gerais, na Tabela 3.1. Em 2019, a taxa de desocupação é
maior para quem tem idade entre 14 e 17 anos (36,7%), possui ensino fundamental completo
(15,8%) e se auto declarou de cor preta (13,0%).
6,9 6,6 6,7
8,5
11,1
12,2
10,710,1
5,5 5,15,7
7,6
10,010,7
9,28,58,8 8,6
8,1
9,6
12,6
14,1
12,511,9
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Total Homens Mulheres
Tabela 3.1: Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14
anos ou mais de idade – Minas Gerais – 2012 - 2019 (%)
Especificação 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Total - Minas Gerais 6,9 6,6 6,7 8,5 11,1 12,2 10,7 10,1
Sexo
Homens 5,5 5,1 5,7 7,6 10 10,7 9,2 8,5
Mulheres 8,8 8,6 8,1 9,6 12,6 10,1 12,5 11,9
Idade
14 a 17 anos 22,7 24,3 26,2 29,7 40,9 43 38,8 36,7
18 a 24 anos 14 13,3 14,3 18 22,8 25,2 23,1 21,2
25 a 39 anos 6,2 5,9 5,9 7,7 9,8 10,3 8,9 8,7
40 a 59 anos 3,4 3,4 3,5 4,7 6,4 7,3 6,7 6,3
60 anos ou mais 2 1,8 2,3 2,9 4 5,6 4,2 4,2
Nível de instrução
Ensino fundamental incompleto
5,9 5,7 5,9 7,6 10,1 11,1 9,8 9
Ensino fundamental completo
9,6 9,4 9,8 12,6 16,5 17,8 15,9 15,8
Ensino médio completo 7,6 7,2 7,2 8,8 11,6 12,8 11,2 10,3
Ensino superior completo 4,2 3,6 3,9 4,9 6 6,5 6 5,1
Cor/raça
Branco 5,7 5,1 5,2 6,6 8,3 9,3 8,2 7,6
Preto 8 7,7 7,8 10,4 13,7 14,5 13,5 13
Pardo 7,8 7,7 7,9 9,8 12,9 14,1 12,1 11,2
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
O rendimento médio real de todos os trabalhos, por sexo, idade, nível de instrução e cor/raça,
em Minas gerais, para o período de 2012 a 2019, pode ser analisado na Tabela 3.2. Em 2019, o
a rendimento médio do mineiro foi de R$ 2.003,75. Os homens possuem rendimento médio
39,0% maior que as mulheres. Por idade, o maior rendimento médio é para as pessoas que
possuem 60 anos ou mais de idade (R$ 2.373,25). Vale ressaltar também que as pessoas com
ensino superior completo têm maior rendimento médio (R$ 4.267,75). Por fim, na análise por
cor/raça o maior rendimento é para pessoas que se auto declararam de cor branca (R$
2.552,00).
Tabela 3.2: Rendimento médio real do trabalho principal, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho – Minas Gerais – 2012 -
2019 (%)
Especificação 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Total - Minas Gerais 1.957,50 2.008,00 2.071,50 2.029,25 1.977,50 1.997,50 2.026,50 2.003,75
Sexo
Homens 2.229,75 2.295,50 2.384,25 2.301,00 2.205,50 2.244,00 2.279,25 2.283,50
Mulheres 1.579,00 1.608,50 1.649,75 1.670,00 1.672,75 1.673,25 1.698,00 1.643,00
Idade
14 a 17 anos 617,75 614,75 629,75 588,25 602 543,25 542 536,75
18 a 24 anos 1.166,00 1.184,50 1.197,75 1.187,75 1.167,75 1.138,25 1.119,25 1.121,50
25 a 39 anos 1.955,75 2.025,25 2.057,25 2.023,75 2.013,25 2.015,50 2.069,25 2.024,50
40 a 59 anos 2.331,25 2.380,25 2.455,50 2.351,00 2.198,50 2.242,50 2.303,75 2.244,75
60 anos ou mais 2.294,25 2.193,75 2.357,25 2.341,75 2.386,25 2.485,00 2.211,00 2.373,25
Nível de instrução
Ensino fundamental incompleto 2.092,75 2.164,00 2.258,50 2.183,50 2.148,25 2.239,25 2.182,50 2.157,50
Ensino fundamental completo 2.750,25 2.874,75 2.936,25 2.861,50 2.709,25 2.676,00 2.774,50 2.882,75
Ensino médio completo 4.002,50 4.041,75 3.954,00 3.843,25 3.719,50 3.679,50 3.788,75 3.675,50
Ensino superior completo 4.994,00 5.033,75 4.975,50 4.637,50 4.329,25 4.502,00 4.405,75 4.267,75
Cor/raça
Branco 2.456,25 2.543,50 2.602,00 2.479,75 2.429,50 2.525,00 2.563,25 2.552,00
Preto 1.418,75 1.503,25 1.534,00 1.540,25 1.511,75 1.538,50 1.514,00 1.544,00
Pardo 1.570,25 1.608,25 1.688,25 1.709,25 1.668,00 1.651,25 1.698,75 1.663,75 Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
A Tabela 3.3 apresenta o saldo de empregos formais de Minas Gerais, segundo setores de
atividade selecionados, no período de 2012 a 2019. Destaca-se que o saldo de empregos formais
(admitidos menos desligados) passou de 109,0 mil postos de trabalho em 2012 para 90,1 mil em
2019, depois de ter atingido o menor valor da série histórica em 2015 (-203,5 mil).
Tabela 3.3: Saldo de empregos formais, segundo setores de atividade
selecionados – Minas Gerais – 2012 - 2019 (mil postos de trabalho)
Especificação 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Total 109 62,4 -7,5 -203,5 -123,8 15,4 69,8 90,1
Agropecuária -8 -10,7 -3,7 -4,4 -0,7 2,2 0,7 -4
Indústria total 28,1 8,5 -41,8 -137,8 -70,2 -3,2 22,3 29,8
Ext. mineral 2,3 0,4 -0,6 -5,1 -3,1 0,4 0,5 2,4
Transformação 10,9 9,3 -14,4 -69,9 -30,1 2,9 5,6 9,5
SIUP 0 0,4 0,5 -2 -1,7 -0,9 1,3 0,4
Construção Civil 14,9 -1,8 -27,3 -60,8 -35,3 -5,5 14,9 17,4
Serviços total 88,9 64,7 37,9 -61,4 -52,9 16,4 46,9 64,4
Administração Pública
-0,2 2,5 0,7 -1 -1,8 1 -0,9 0,3
Comércio 34,2 25,6 16 -23,5 -17,8 4,4 8,7 12,1
Outros Serviços 54,9 36,6 21,2 -36,8 -33,3 11 39,1 52
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
4. Educação
Nessa seção é apresentado um panorama da educação do
Estado nos seus diferentes aspectos, quais sejam:
analfabetismo e escolaridade, atendimento à população em
idade escolar e qualidade do ensino ofertado. Os indicadores
selecionados para captar a escolaridade da população foram:
taxa de analfabetismo e nível de instrução da população.
Os indicadores relacionados ao atendimento escolar tentaram
captar não apenas o acesso ao sistema de ensino da
população em idade escolar como também o fluxo entre os
níveis de ensino. São eles: percentual de pessoas que
frequenta escola ou creche por grupos de idade, que diz respeito à cobertura da população em
idade escolar, e a percentagem de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos de idade
e nível de ensino, que considera a frequência escolar no nível de ensino adequado a
determinado grupo etário (6 a 14 anos no ensino fundamental, 15 a 17 no ano ensino médio e
18 a 24 anos na educação superior).
Por fim, investigou-se a qualidade da educação, por meio do Índice de Desenvolvimento das
Educação Básica (Ideb) dos anos iniciais e finais do fundamental e do ensino médio.
A taxa de analfabetismo da população com 15 anos
ou mais de idade vem apresentando queda ao longo
dos anos. Em Minas Gerais, passou de 6,2% em 2016
para 5,8% em 2018, totalizando em 1.003 mil
pessoas nesta faixa etária que não sabem ler e
escrever. No Brasil, em 2018, a proporção de
pessoas de 15 anos ou mais que eram analfabetas
foi de 6,80%, maior que o verificado em Minas
Gerais (Gráfico 4.1).
Gráfico 4.1: Taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais de idade
- Brasil e Minas Gerais- 2016/2018
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc). Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
7,2 6,9 6,86,2 6,0 5,8
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
2016 2017 2018
(%)
Brasil Minas Gerais
A Taxa de Analfabetismo é a razão entre
a população analfabeta e a população
total de um mesmo grupo etário. São
consideradas analfabetas as pessoas que
não possuem habilidades de ler e
escrever um bilhete simples em seu
idioma.
A distribuição da população de 14 anos ou mais por nível de instrução mostra que em Minas
Gerais 39,2% das pessoas desse grupo etário não haviam concluído o ensino fundamental, 17,5%
concluíram este nível de ensino, 30,7% concluíram o ensino médio e 12,6% possuíam o ensino
superior completo. O Brasil apresenta um nível de escolaridade da população de 14 anos ou
mais um pouco melhor, com maior proporção de pessoas com o ensino médio e superior
completos de, respectivamente, 32,7 e 13,7%.
Em relação aos diferenciais por cor/raça, tanto
no Brasil quanto em Minas Gerais, as pessoas
que se autodeclaram como brancas possuem
maior escolaridade do que aquelas que se
autodeclaram como pretas ou pardas, o que
permite identificar as desigualdades existentes
entre esses estratos da população. No caso de
Minas Gerais, em 2018, enquanto 19,6% das
pessoas que se declaram brancas possuíam o
ensino superior completo, para os pretos ou
pardos esse percentual foi de 8,0%.
Gráfico 4.2: Escolaridade da população com 14 anos ou mais de idade segundo
cor/raça - Brasil e Minas Gerais – 2018
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc). Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
O percentual de pessoas que frequentam escola ou creche por grupos de idade é importante
por medir o acesso de determinados grupos etários ao sistema de ensino. Em Minas Gerais mais
de 90% das crianças e jovens entre 4 e 17 anos possuem acesso ao sistema educacional, com
destaque para a população de 6 a 14 anos, idade adequada para cursar o ensino fundamental,
que é próximo de 100%.
Ressalta-se também o crescimento entre 2016 e 2018 do acesso da população de 15 a 17 anos,
que passou de 88,4% para 90,5%.
36,5 29,941,7 39,2 33,6
42,9
17,115,5
18,5 17,515,3
19,0
32,734,2
31,630,7
31,5
30,1
13,720,4
8,2 12,619,6
8,0
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Total Branca Preta ou Parda Total Branca Preta ou Parda
Brasil Minas Gerais
(%)
Sem instrução/fundamental incompleto Fundamental completo/médio incompleto
Médio completo/superior incompleto Superior completo
Para a Classificação de COR/RAÇA, utilizaram-
se os critérios adotados pelo IBGE, que
investiga a cor ou raça declarada pela pessoa,
com as seguintes opções de resposta: branca,
preta, amarela, parda ou indígena. A cor/raça
preta e parda foi agrupada na categoria negra.
Não foram calculados os indicadores para a
cor/raça amarela e indígena devido ao
pequeno número de casos.
No caso do acesso às creches das crianças
de 0 a 3 anos, embora tenha apresentado
crescimento entre o período analisado,
ainda se observa que 66% delas não
frequentavam a educação infantil em
2018. Percentual também baixo de
frequência escolar é verificado para os
jovens entre 18 e 24 anos (30,7%).
Gráfico 4.3: Percentual de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos
de idade - Brasil e Minas Gerais- 2016/2018
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc). Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
A porcentagem de pessoas por grupos de idade
que frequentam o nível de ensino adequado a
sua faixa etária é um indicador da distorção
idade/nível de ensino de uma população. Assim,
percebe-se que a proporção de jovens de 15 a 17
anos que estavam frequentando o ensino médio
em Minas Gerais era de 75,8% em 2018, maior
que o encontrado para o Brasil (69,3%). Para os
jovens de 18 a 24 anos, tem-se que 23,6%
frequentavam a educação superior, nível bem
baixo de acesso a este nível de ensino, não só em
Minas, mas no Brasil como um todo.
30
,4
34
,2
28
,4 33
,9
90
,2
92
,4
93
,0
94
,199
,2
99
,3
99
,3
99
,3
87
,2
88
,2
88
,4
90
,5
32
,8
32
,7
32
,6
30
,7
0
20
40
60
80
100
120
2016 2018 2016 2018
Brasil Minas Gerais
(%)
0 a 3 anos 4 a 5 anos 6 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 24 anos
TAXA DE ATENDIMENTO
O percentual de pessoas que frequentam escola ou
creche por grupo etário também é conhecido como
taxa de atendimento ou taxa de frequência escolar.
Ela é a razão entre a população de determinada
faixa etária que frequenta escola ou creche e a
população total nessa faixa etária. Em geral,
considera-se a faixa etária adequada para cursar
determinado nível de ensino.
TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO
A porcentagem de pessoas que frequentam
escola ou creche por grupos de idade e nível
de ensino também é conhecida como taxa de
escolarização líquida ou taxa ajustada de
frequência escolar líquida. Ela é a razão entre
as matrículas das pessoas em idade
adequada para estar cursando um
determinado nível de ensino e a população
total na mesma idade.
Gráfico 4.4: Percentagem de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos
de idade e nível de ensino - Brasil e Minas Gerais- 2016/2018
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc). Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) possibilitam avaliar a
qualidade da educação ofertada. Em Minas Gerais,
o Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental vem
apresentando melhora desde 2007, chegando a
6,5, índice maior do que o encontrado para o Brasil
(5,8). Nos anos finais do fundamental, o Ideb
apresentou crescimento até 2015, seguido de
pequena queda em 2017, chegando a um índice de
4,7, mesmo valor encontrado para o Brasil. Já no
ensino médio, observa-se relativa estagnação,
registrando em 2017 um Ideb de 3,9, próximo ao do Brasil (3,8).
Gráfico 4.5: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb, por etapa de
estudo - Minas Gerais- 2007-2017
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP).
Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
96,7
97,4
97,7
98,4
68,2
69,3
71,2
75,8
23,9
25,2
25,9
23,6
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
2016
2018
2016
2018B
rasi
lM
inas
Ge
rais
(%)
18 a 24 anos no ensino superior 15 a 17 anos no ensino médio 6 a 14 anos no ensino fundamental
4,7
5,65,9 6,1 6,3 6,5
4,04,3
4,6 4,8 4,8 4,7
3,8 3,9 3,9 3,8 3,7 3,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
2007 2009 2011 2013 2015 2017
Ide
b
4ª série / 5º ano do Ensino Fundamental 8ª série / 9º ano do Ensino Fundamental 3ª série do Ensino Médio
IDEB
O Ideb é um indicador de qualidade
educacional que combina informações da
proficiência obtida pelos alunos em
avaliações externas de larga escala (Saeb)
com informações sobre rendimento
escolar (taxa de aprovação).
5. Saúde
Na dimensão saúde é apresentado um panorama do Estado
nos seus diferentes aspectos, como acesso aos serviços e
ações. A proporção de nascidos vivos por idade da mãe avalia
a concentração dos nascimentos por faixa de idade, o que
permite a análise da evolução da gravidez na adolescência no
Estado. A Proporção de nascidos vivos por número de
consultas de pré-natal é um indicador de acesso à assistência
e realização de no mínimo sete consultas pode contribuir para
a redução da mortalidade materno-infantil. A proporção de
óbitos por causas capta qual a tendência da morbidade na
população e a proporção de causas de óbitos mal definidas
sinaliza a disponibilidade de infraestrutura assistencial e de condições para o diagnóstico de
doenças, bem como a capacitação profissional para preenchimento das declarações de óbitos.
O Programa de Estratégia de Saúde da Família (ESF) é a principal estratégia para o
fortalecimento da atenção primária no país e será avaliado o percentual da população que é
coberta pelo programa.
Tabela 5.1: Número e proporção de nascidos vivos, por residência e idade da
mãe - Minas Gerais, 1995-2018 Idade da Mãe (%) 1995 2000 2005 2010 2015 2018
10 a 14 anos 0,4 0,5 0,6 0,6 0,6 0,5
15 a 19 anos 16,3 19,9 18,3 16,2 14,9 12,4
20 a 24 anos 28,6 30,8 29,5 26,4 23,3 22,6
25 a 29 anos 25,4 23,6 25 25,8 24,5 24,1
30 a 34 anos 16,4 14,9 16 19,2 22 22,7
35 a 39 anos 6,8 7 8,1 9,3 11,9 14,3
40 a 44 anos 1,6 1,7 2,2 2,4 2,7 3,3
45 a 49 anos 0,1 0,1 0,2 0,1 0,2 0,2
50 anos e mais 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria
de Políticas Públicas (DPP).
Na análise da proporção de nascimentos por idade das mães observa-se que houve um declínio
de nascidos vivos nos grupos de idades mais jovens (10 a 19 anos) e elevação nas idades mais
avançadas indicando que as mulheres, em Minas Gerais estão postergando a maternidade. Em
2000 o percentual no grupo de idade entre 15 a 19 anos foi de 19,9% e em 2018, declina para
12,4%. A maior parte dos nascimentos está concentrada, em 2018 no grupo de idade de 25 a 29
anos e em 2000, no grupo de mães com idade entre 20 a 24 anos (Tabela 5.1).
Com relação, a proporção de nascidos vivos por número de consultas de pré-natal verifica-se
um aumento constante na proporção de mulheres que realizaram sete consultas ou mais. Em
2000 a proporção de mulheres que realizaram sete consultas ou mais de pré-natal era de 44,4%
e 2018, eleva para 77,3% (Gráfico 5.1).
Gráfico 5.1: Proporção de nascidos vivos por número de consultas de pré-natal.
Minas Gerais, 2000 – 2018
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria
de Políticas Públicas (DPP).
As principais causas de óbitos na população mineira foram em decorrência de doenças do
aparelho circulatório, neoplasias e aparelho respiratório, no período analisado. Destaque para
o aumento na proporção de óbitos por neoplasias, que em 2006 era de 14% e em 2018 eleva-se
para 17,5% (Tabela 5.2).
Tabela 5.2: Principais grupos de causas de óbitos de residentes. Minas Gerais -
1996/2006/2016
Distribuição por causas (%) Ano
2006 2016 2018
Doenças do aparelho circulatório 28,8 25,5 25,4
Neoplasias (tumores) 14,1 16,6 17,5
Doenças do aparelho respiratório 10,1 12,7 12,6
Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 5,2 5,4 5,7
Doenças do aparelho digestivo 4,8 4,9 5,2
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 4,6 4,7 4,6
Algumas afec originadas no período perinatal 2,4 1,3 1,3
Doenças do sistema nervoso 2,1 3,1 3,4
Doenças do aparelho geniturinário 1,7 3,2 3,5
Causas externas de morbidade e mortalidade 10,9 10,4 9,5
Demais grupos de causas 15,2 12,2 11,4
Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de
Políticas Públicas (DPP).
A proporção de óbitos por causas mal definidas apresenta tendência de declínio, sendo que em
2000, representava 16,1% e em 2018 declina para 7,5% (Gráfico 5.2).
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2000 2005 2010 2015 2016 2017 2018
Nenhuma De 1 a 3 consultas De 4 a 6 consultas 7 ou mais consultas Ignorado
Gráfico 5.2: Proporção de óbitos por causas mal definidas. Minas Gerais - 2000 a
2018
Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de
Políticas Públicas (DPP).
O Programa de Estratégia de Saúde da Família (ESF) abrangia 61% do Estado de Minas Gerais
em 2007 e em 2018, observa-se uma expansão na cobertura do programa, atingindo 80% do
Estado (Tabela 5.3).
Tabela 5.3: Cobertura populacional da
Estratégia Saúde da Família Minas Gerais,
2007-2018
Especificação Cobertura Populacional (%)
2007 61
2008 65
2009 67
2010 68
2011 71
2012 71
2013 73
2014 77
2015 78
2016 77
2017 79
2018 80
Fontes: https://egestorab.saude.gov.br/paginas/ace
ssoPublico/relatorios/relHistoricoCoberturaAB.xhtml. Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
Nota: Mês de referência: dezembro
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,002
000
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
20
17
20
18
6. Assistência Social
A Política Nacional de Assistência Social no Brasil revela a
necessidade de políticas públicas em favor dos segmentos
populacionais que, historicamente e no atual contexto, estão
expostos a vulnerabilidades sociais. Trata-se da
materialização das vias de acesso ao direito social,
reconhecido constitucionalmente, de assistência aos
desamparados, o que inclui o acesso a bens e serviços a fim
de prover a autonomia e a liberdade dos indivíduos e famílias.
Nesta publicação
Minas e-Dados, a abertura é feita com a apresentação
do índice que mede a desigualdade social - Índice de
Gini – considerando a revisão feita pelo IBGE quanto
aos rendimentos efetivos do trabalho e dos
rendimentos habituais do trabalho, na série histórica de
2012 a 2019.
Na lógica do trabalho como garantia de renda e condições de vida, apresentam-se os dados
extraídos do Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) quanto à taxa de desocupação da
população em situação de vulnerabilidade financeira em relação a população economicamente
ativa população das Região Geográfica Intermediária (RGInt), nos anos 2016 a 2018.
Como respostas das políticas públicas através
dos serviços prestados, conforme a Tipificação
Nacional de Serviços Socioassitenciais, são
apresentados dados referentes aos dois
indicadores que compõem os eixos da Política
Nacional de Assistência Social: Indicador de
Desenvolvimento dos CRAS (IDCRAS) e
Indicador de Desenvolvimento dos CREAS
(IDREAS). Para este último, a análise baseia-se
na quantidade de equipamentos disponíveis
conforme RGInt.
Por fim, apresenta-se a participação da sociedade
civil nesta política, no exercício do controle social,
com os dados referentes às estratégias de
comunicação utilizadas pelos conselhos
municipais junto às/os usuários/as, conforme
RGInt, extraídos do Censo do Sistema Único de
Assistência Social (SUAS).
SUAS - Sistema Único de Assistência Social que é
o modelo de gestão utilizado no Brasil para
operacionalizar as ações de assistência social.
CadÚnico: Cadastro Único do governo
federal na qual encontram-se inscritos
os indivíduos e famílias em situação
de vulnerabilidade financeira,
prioritariamente, e que é a referência
para o acesso a bens e serviços sociais
das diversas políticas públicas.
O Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS) é uma unidade pública da Proteção
Social Básica da política de Assistência Social
que visa a prevenção da ocorrência de situações
de vulnerabilidade social e risco nos territórios.
O Indicador de Desenvolvimento dos CRAS
(IDCRAS) é um importante indicador sintético
que visa apontar a qualidade dos serviços
prestados na Proteção Social Básica.
O Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (CREAS) é equipamento da
Proteção Social Especial de Média
Complexidade que visa o atendimento a
famílias e pessoas que estão em situação de
risco social ou tiveram seus direitos violados.
O Indicador de Desenvolvimento dos CREAS
(IDCREAS) é um importante indicador
sintético que visa apontar a qualidade dos
serviços prestados na Proteção Social
Especial.
Referente à publicação titulada Perfil de Minas Gerais – 2018, originária desta série Minas e-
Dados, esclarece-se que: a) os dados referentes aos segmentos prioritários extraídos do Censo
2010, os quais criança/adolescente em situação de trabalho, domicílios com renda per capita de
até 70 reais, percentual de idosos com renda domiciliar per capita até ¼ salário mínimo,
presença de pessoa com deficiência e com renda baixa serão atualizados após a publicação do
Censo 2020; b) será interrompida a publicação referentes aos dados sobre os serviços
executados por entidades privadas sem fins lucrativos por se tratar de uma pesquisa eventual
do IBGE.
Gráfico 6.1: Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de
15 anos ou mais de idade, com rendimento, no Brasil e Minas Gerais – 2012 a
2019
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
O Índice de Gini expressa a concentração de renda, na escala de 0 a 1, sendo que quanto mais
próximo de 1 significa maior concentração de renda, ou seja, desigualdade social. A comparação
é feita entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos de determinado grupo social. O índice de
Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita para o Brasil apresentou queda
entre os anos 2012 e 2015. De 2016 a 2018, ele apresentou elevação e queda em 2019 para o
Brasil e região sudeste do país. Para Minas Gerais, houve tendência da redução até 2015,
elevando-se nos dois anos subsequentes. Para 2018, ele apresentou queda, passando de 0,493
para 0,492 e mantendo-se em 2019.
0,540
0,533
0,5260,524
0,537 0,538
0,545 0,543
0,5170,512
0,509 0,508
0,522 0,520
0,533
0,527
0,500
0,492 0,4910,486
0,491 0,493 0,492 0,492
0,450
0,460
0,470
0,480
0,490
0,500
0,510
0,520
0,530
0,540
0,550
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Brasil Região Sudeste Minas Gerais
Gráfico 6.2: Taxa de desocupação da população do CadÚnico x RGInt. Período:
2016-2018.
Fonte: Cadastro Único do Governo Federal: Ministério da Cidadania; Projeções Populacionais: Fundação João Pinheiro. Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
A taxa de desocupação extraída a partir do Cadastro Único e Projeções Populacionais da FJP é
um indicador referente à população economicamente ativa (pessoas em idade entre 15 e 64
anos) que se encontram em situação de vulnerabilidade financeira e não exerceram trabalho.
Observa-se que em 2018 foram 185.571 pessoas sem ocupação, significando 1,25% do total das
população em idade economicamente ativa. A elevação em 0.1 entre 2016 e 2018 significa o
acréscimo de 3636 pessoas em situação de vulnerabilidade financeira nessa condição. As regiões
intermediárias de Belo Horizonte, Ipatinga e Teófilo Otoni que apresentaram elevação do
quantitativo de pessoas inscritas no CadÚnico sem ocupação.
Gráfico 6.3: IDCRAS, segundo Região Geográfica Intermediária (RGInt).
Fonte: Censo SUAS. Secretaria Nacional de Assistência Social/Vigilância Socioassistencial. Ministério da Cidadania. Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
2016 2017 2018
2,802,903,003,103,203,303,403,503,603,703,80
2016 2017 2018
O Indicador de Desenvolvimento dos CRAS (IDCRAS) é um importante indicador sintético que
visa apontar a qualidade dos serviços prestados na Proteção Social Básica pelos municípios à
população em situação de vulnerabilidade, através da Política de Assistência Social. Ele é
calculado a partir de três dimensões: Estrutura física, Recursos humanos e Serviços e Benefícios.
Dentre as 13 Regiões Geográficas Intermediárias de Minas Gerais, observa-se que a maioria
apresentou melhora neste indicador no período entre 2016 e 2018, as quais: Barbacena,
Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Patos de Minas, Pouso Alegre, Uberaba e
Uberlândia, conforme o gráfico. A região de Barbacena apresentou queda no indicador entre
2016 e 2017, tendo se recuperado no ano seguinte. No entanto, as regiões de Pouso Alegre e
Patos de Minas haviam apresentado melhoria no IDCRAS entre 2016 e 2017 e tiveram queda no
ano seguinte. AS regiões intermediárias de Belo Horizonte e Ipatinga praticamente mantiveram
os indicadores nos anos 2016 e 2018. Varginha foi a região intermediária que apresentou queda
no indicador. Importante ressaltar que se faz necessária uma análise detalhada no que se refere
aos municípios de cada região, bem como às dimensões que compõem o IDCRAS a fim de ações
interventivas para a garantia dos direitos e prevenção de situações de risco às famílias e
indivíduos em condições de vulnerabilidades.
Tabela 6.1: Proporção de municípios com unidades CREAS, segundo Região
Geográfica Intermediária (RGInt) - Minas Gerais – 2017 Especificação Total municípios na RGINT Total municípios com CREAS %
RGInt
Barbacena 49 8 16
Belo Horizonte 74 33 45
Divinópolis 61 20 33
Governador Valadares 58 11 19
Ipatinga 44 11 25
Juíz de Fora 146 25 17
Montes Claros 86 26 30
Patos de Minas 34 11 32
Pouso Alegre 80 15 19
Teófilo Otoni 86 30 35
Uberaba 29 8 28
Uberlândia 24 7 29
Varginha 82 22 27
Total 853 227 27
Fonte: Censo SUAS. Secretaria Nacional de Assistência Social/Vigilância Socioassistencial. Ministério da Cidadania. Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
O Indicador de Desenvolvimento dos CREAS (IDCREAS) é um importante indicador sintético que
visa apontar a qualidade dos serviços prestados na Proteção Social Especial pelos municípios à
população em situação de risco social, através da Política de Assistência Social. Ele é calculado a
partir de três dimensões: Estrutura física, Recursos humanos e Serviços. No entanto, os dados
do IDCREAS 2017 apontam que somente 26,6% dos municípios de Minas Gerais possuem
serviços na área de proteção a famílias e indivíduos sob ameaça ou com direitos violados,
conforme a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Pelas regiões intermediárias,
Belo Horizonte, Teófilo Otoni, Divinópolis e Patos de Minas são as regiões que apresentam as
maiores proporções de municípios em relação ao total de municípios que compõe cada uma
elas, respectivamente, com oferta de serviços do CREAS. Com menor quantidade de municípios
com oferta de serviços de proteção, em relação ao total que compõe as regiões intermediárias,
encontram-se Barbacena, Juiz de Fora, Pouso Alegre e Governador Valadares.
Tabela 6.2: Estratégia de comunicação utilizada com as(os) usuárias(os) pelos
conselhos municipais do SUAS, conforme Região Geográfica Intermediária
(RGInt) - Minas Gerais – 2017
Especificação Canal de
denúncias Redes sociais
Disponibiliza contatos para
o público
Convida usuárias para as
plenárias
Outras formas
Não há comunica
ção
Municípios com conselho
Total município
RGINT
Nº %
RGInt
Barbacena 1 1 18 18 3 7 37 75,5 49
Belo Horizonte 4 4 32 30 4 7 51 68,9 74
Divinópolis 3 5 22 24 5 9 49 80,3 61
Governador Valadares
1 1 20 18 - 10 40 69 58
Ipatinga - - 13 20 3 7 34 77,3 44
Juiz de Fora 6 8 41 57 7 13 94 64,4 146
Montes Claros 6 4 40 44 6 8 75 87,2 86
Patos de Minas 1 2 12 16 2 8 30 88,2 34
Pouso Alegre 3 3 32 33 4 11 63 78,8 80
Teófilo Otoni 2 4 25 39 7 12 64 74,4 86
Uberaba 1 1 9 15 1 3 20 69 29
Uberlândia 1 2 14 12 2 - 20 83,3 24
Varginha 4 4 26 28 6 8 61 74,4 82
Total 33 39 304 354 50 103 638 74,8 853
% a 5,2 6,1 47,6 55,5 7,8 16,1 - - -
Fonte: Censo SUAS. Secretaria Nacional de Assistência Social/Vigilância Socioassistencial. Ministério da Cidadania. Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Políticas Públicas (DPP).
Os conselhos de políticas públicas tem o papel importante de avaliar e monitorar a atuação dos
poderes públicos e sociedade civil organizada no que se refere aos investimentos sociais e
resultados em favor da melhoria das condições de vida da população. A participação dos
usuários torna-se fundamental para que as os serviços e ações sejam efetivos, contribuindo com
este papel de controle social que cabe à população usuária, principalmente. Em Minas Gerais,
cerca de 75% dos municípios possuem instalado o conselho municipal de assistência social.
Pouco mais que a metade deles (55%) informou que convida os usuários para participarem das
plenárias do conselho, além dos conselheiros. Como canal d recebimento de denúncias apenas
5,2 % atuam desta forma. E no uso de redes sociais, cerca de 6% utilizam deste canal para realizar
contato com o público do SUAS.
7. Segurança Pública
Esta seção sobre Segurança Pública traça um panorama da
violência e da criminalidade do Estado nos seus diferentes
aspectos, quais sejam: homicídios, crimes violentos contra a
pessoa e contra o patrimônio, crimes de menor potencial
ofensivo, ocorrências de entorpecentes e também de mortes
acidentais no trânsito. Também são apresentados dados sobre
o número de policiais civis e militares em atuação em Minas
Gerais, bem como a proporção entre estes e a população total
do estado.
Os indicadores selecionados para captar o fenômeno da
violência letal observada no Estado foram: número de vítimas e taxas de mortes por agressão
(registros de instituições de saúde) e número de ocorrências de homicídios dolosos (registros de
instituições de segurança pública). A partir dos dados produzidos por instituições de saúde,
também é possível analisar o fenômeno da violência letal a partir do sexo e da faixa etária das
vítimas.
Já para traçar um panorama dos crimes contra
o patrimônio e dos crimes relacionados a
entorpecentes no estado, foram utilizadas
ocorrências referentes a roubos de diversos
tipos (contra instituição financeira,
transeunte, residências, carga, carro, etc),
registros de crimes violentos contra o
patrimônio (latrocínio e extorsão mediante
sequestro), bem como registros de tráfico de
drogas.
Segundo registros produzidos por instituições de Segurança
Pública, a taxa de homicídios em Minas Gerais passou de 19,22
para cada grupo de 100 mil habitantes em 2012, para 12,49 em
2019 (forte redução de 35,0%). Já a taxa de crimes violentos
contra o patrimônio passou de 334,39 para cada grupo de 100
mil habitantes em 2012, para 276,10 em 2019 (redução de
17,4%). A taxa de crimes violentos contra a pessoa, por sua vez,
passou de 73,43 para cada grupo de 100 mil habitantes em
2012, para 50,30 em 2019 (grande redução de 31,5%). As
Figuras 7.1, 7.2 e 7.3 ilustram esta evolução ao longo dos
últimos anos.
As Taxas de Homicídio e de Crimes Violentos
contra o Patrimônio são a razão entre o número
total destes tipos de ocorrência para cada grupo
de 100 mil habitantes.
A categoria “crimes violentos contra o
patrimônio” agrega ocorrências de todos os
tipos de roubos (transeuntes, instituições
financeiras, carga, veículos, latrocínio, extorsão
mediante sequestro, etc).
São considerados Crimes
Violentos contra a Pessoa as
seguintes naturezas:
Homicídio Consumado,
Homicídio Tentado, Estupro
Consumado, Estupro
Tentado, Estupro de
Vulnerável Consumado e
Estupro de Vulnerável
Tentado.
Gráfico 7.1: Evolução das taxas de homicídios em Minas Gerais – 2012 - 2019
Fonte: Polícia Militar de Minas Gerais: B) População total: IBGE, Censos Demográficos de 2000 e 2010 (a população nos anos
intercensitários foi estimada por interpolação). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Políticas Públicas (DPP),
Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Gráfico 7.2: Evolução das taxas de crimes violentos contra o patrimônio em
Minas Gerais – 2012 - 2019
Fonte: Polícia Militar de Minas Gerais: B) População total: IBGE, Censos Demográficos de 2000 e 2010 (a população nos anos
intercensitários foi estimada por interpolação). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Políticas Públicas (DPP),
Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
19,2220,56 20,13
19,49 19,4018,26
14,01
12,49
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
334,39
420,97
501,09
599,71
684,86
585,74
393,13
276,10
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
800,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Gráfico 7.3: Evolução das taxas de crimes violentos contra a pessoa em Minas
Gerais – 2012 - 2019
Fonte: Polícia Militar de Minas Gerais: B) População total: IBGE, Censos Demográficos de 2000 e 2010 (a população nos anos
intercensitários foi estimada por interpolação). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Políticas Públicas (DPP),
Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Em relação à proporção do número de habitantes por policial civil e militar, observa-se que em
2013, existia 471,68 habitantes para cada policial militar no estado e 1.911,72 para cada policial
civil. Em 2017, essas proporções passaram, respectivamente, para 482,56 e 1.778,55. Ao longo
do mesmo período, o efetivo total da PMMG passou de 43.189 para 43.329, enquanto o da
Polícia Civil passou de 10.656 para 11.756.
Para conhecer os demais dados do tema, citados no início desse texto, verifique na base de
dados que encontra-se a disposição em anexo.
73,4376,23 74,79
69,78 69,46 67,52
58,80
50,30
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
8. Desenvolvimento Humano
Nessa seção é apresentado um panorama do
desenvolvimento humano do Estado nos seus diferentes
aspectos, quais sejam: vida longa saudável, acesso ao
conhecimento e padrão de vida digno. Os índices e sub índices
selecionados para captar o desenvolvimento humano da
população foram: Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM), o IDHM- Renda, o IDHM – Longevidade; o
IDHM – Educação, totais e desagregados por sexo, cor e
situação de domicílio. Destaca-se que para o IDHM total será
feita uma comparação entre 2000 e 2010 e para os dados
desagregados, as comparações serão realizadas entre os grupos, para o ano de 2010. Para
maiores detalhes, consultar a página: http://atlasbrasil.org.br
Entre 2000 e 2010, o Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDHM) de Minas Gerais
passou de 0,624 (Médio Desenvolvimento
Humano) para 0,731 (Alto Desenvolvimento
Humano). Essa variação deveu-se ao aumento dos
três sub índices que compõem o IDHM total:
IDHM- Renda, que passou de 0,680 para 0,730
(incremento de 7,3%); o IDHM – Longevidade, que era 0,759 e alcançou 0,838 (aumento de
10,4%); e o IDHM – Educação que passou de 0,470, para 0,638 (aumento de 35,7%).
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
O Gráfico 8.1 mostra os valores do índice e sub-índices de Minas Gerais, para os anos de 2000 e
2010. Contrapondo os dados do IDHM para os homens e mulheres em Minas Gerais, verifica-se
que o desenvolvimento humano para ambos os sexos, em 2010, estava na faixa de Alto
Desenvolvimento Humano, com ligeira diferença entre eles.
Pelo fato do IDHM Renda, em sua metodologia tradicional de cálculo, atribuir um mesmo valor
de renda para cada membro do domicílio, a partir do valor total apurado, independentemente
do sexo e da idade das pessoas, ele não capta o diferencial entre homens e mulheres no mercado
de trabalho. Para contornar tal limitação, foi desenvolvida uma metodologia que considera a
renda do trabalho como principal variável, surgindo o IDHM Renda ajustado e,
consequentemente, o IDHM ajustado.
O Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) considera três
dimensões: vida longa e saudável
(longevidade); acesso ao conhecimento
(educação); e padrão de vida (renda)
Gráfico 8.1: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), IDHM-
Renda, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais – 2000 e 2010
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP),
Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
O IDHM ajustado dos homens era superior ao
das mulheres devido à grande diferença entre
os valores do IDHM Renda ajustado,
evidenciando a desigualdade entre homens e
mulheres no mercado de trabalho de Minas
Gerais. O IDHM Longevidade e o IDHM
Educação das mulheres eram 0,892 e 0,675,
respectivamente, ao passo que dos homens
eram 0,771 e 0,609, nessa ordem, ou seja,
embora fossem mais elevados, o diferencial
entre o IDHM Longevidade e o IDHM
Educação das mulheres em relação aos
homens não foi suficiente para superar a
diferença entre os IDHM Renda ajustado
(Gráfico 8.2).
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Gráfico 8.2: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM
ajustado), IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de
Minas Gerais, por sexo – 2010
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro
(FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
0,6240,731
0,680,730,759
0,838
0,47
0,638
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
2000 2010Val
ore
s d
o D
ese
nvo
lvim
en
to
Hu
man
o
IDHM IDHM Renda IDHM Longevidade IDHM Educação
0,7170,892
0,675 0,6110,727 0,771
0,609
0,818
0,0
0,5
1,0
IDHM ajustado IDHM Longevidade IDHM Educação IDHM Renda ajustado
Val
or
do
D
ese
nvo
lvim
en
to
Hu
man
o
Mulheres Homens
Desagregando o desenvolvimento humano por cor (brancos e negros), observa-se pela Gráfico
8.3 que o IDHM dos brancos, em 2010, era de 0,775 (Alto Desenvolvimento Humano), e o dos
negros era de 0,693 (Médio Desenvolvimento Humano). Essa diferença entre os índices
evidencia o descompasso no desenvolvimento humano entre esses grupos de população,
sobretudo no que diz respeito à educação e renda. Em 2010, o maior diferencial entre as
dimensões do IDHM, entre bancos e negros, ocorreu no IDHM Educação. Esse sub índice dos
brancos (0,702) era 18,1% superior ao dos negros (0,594).
Gráfico 8.3: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM
ajustado), IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de
Minas Gerais, por cor – 2010
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
No que tange às diferenças entre as áreas urbanas e rurais de Minas Gerais, os dados revelaram
o maior desenvolvimento humano das zonas urbanas do estado, em relação às zonas rurais. Em
2010, o IDHM urbano caracterizava-se por Alto Desenvolvimento Humano (0,75), ao passo que
o rural se encontrava na faixa de Médio Desenvolvimento Humano (0,608). Assim como para a
desagregação por cor, o maior diferencial de desenvolvimento humano entre as regiões era na
dimensão educação, cujos índices foram, respectivamente, 0,673 e 0,445 (Gráfico 8.4).
Gráfico 8.4: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM
ajustado), IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de
Minas Gerais, por situação de domicílio– 2010
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
0,7750,702
0,8530,777
0,6930,594
0,831
0,675
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
IDHM IDHM_Educação IDHM_Longevidade IDHM_Renda
Val
or
do
De
sen
volv
ime
nto
H
um
ano
Brancos Negros
0,608 0,615
0,821
0,445
0,75 0,7430,842
0,673
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
IDHM IDHM Renda IDHM Longevidade IDHM Educação
Val
or
do
De
sen
volv
ime
nto
H
um
ano
Rural Urbano
9. Saneamento Básico
Nessa seção é apresentado um perfil do saneamento no Brasil,
no Estado e também na Capital Mineira. Três componentes
dos serviços de saneamento foram retratados
estatisticamente: Percentual de domicílios atendidos com
diferentes tipos de abastecimento de água potável;
Percentual de domicílios com esgotamento sanitário de
diferentes formas e sem saneamento; e, no que tange ao lixo
urbano foram analisados os aspectos da coleta, se
diretamente, por caçamba ou outras formas de destinação do
lixo.
O percentual de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água no Brasil passou de
85,8% em 2018 para 85,5% em 2019, em Minas Gerais, subiu de 88,7% para 89,1%, e na Região
Metropolitana de Belo Horizonte de 98,2 para 98,7 nos anos analisados. O Gráfico 9.1 mostra,
que em 2019, esse indicador no Brasil, Minas Gerais e na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, apresentou praticamente estabilidade, com ligeira tendência a redução no Brasil, e
movimento inverso em Minas Gerais e na RMBH.
Gráfico 9.1: Percentual de Domicílios ligados à rede geral de Abastecimento de
Água no Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte – 2018-
2019
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
Quanto ao esgotamento sanitário tivemos o seguinte quadro entre os anos de 2018 e 2019: No
Brasil o número de domicílios ligados à rede de esgoto passou de 65,3% para 67,8%. No estado
de Minas esses valores foram 82,0%, e 81,7%, e na Região Metropolitana de Belo Horizonte
apresentou os seguintes resultados, 92,7% e 92,2%. Assim como no abastecimento de água, o
indicador de esgotamento sanitário, apresenta-se quase estabilidade, mas aqui os números para
o Brasil tendem a aumentar enquanto no Estado e RM ocorreu ligeira redução.
98,2 98,7
88,7 89,185,8 85,5
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
2018 2019 2018 2019 2018 2019
RMBH Minas Gerais Brasil
Gráfico 9.2: Percentual de Domicílios ligados à rede geral de Esgotamento
Sanitário no Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte -
2018/2019
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
Quanto ao tipo de coleta do lixo doméstico observou-se que no Brasil a coleta direta do lixo
passou-se 83,0% para 84,4%. Em Minas Gerais ficou estabilizado em 87,3%. Já na Região
Metropolitana de Belo Horizonte passou de 96,8% para 95,3%. Esse indicador apresentou
movimentos totalmente diferentes nas três localidade analisadas.
Gráfico 9.3: Percentual de Domicílios com coleta direta do lixo por serviço de
limpeza no Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo Horizonte –
2018-2019
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
92,7 92,282,0 81,7
66,3 67,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2018 2019 2018 2019 2018 2019
RMBH Minas Gerais Brasil
96,8 95,3
87,3 87,383,0 84,4
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
2018 2019 2018 2019 2018 2019
RMBH Minas Gerais Brasil
10. Habitação
Nessa seção é apresentado um panorama da dimensão
habitação tanto relativo ao déficit habitacional (carências de
moradias) quanto relativo à disponibilidade de energia nos
domicílios.
Considera-se aqui como déficit habitacional todos os
domicílios que se enquadram em alguns dos seguintes
componentes: Domicílios precários, que são os improvisados
e os domicílios rústicos; Coabitação familiar, ou seja,
domicílios com famílias conviventes (retirar secundárias) com
intenção de constituir domicílio exclusivo e as famílias
residentes em cômodo; Ônus excessivo com aluguel, que são formados por domicílios urbanos
com famílias com renda de até três salários mínimos e que despendem 30% ou mais de sua
renda com aluguel e o Adensamento excessivo em domicílios alugados, que são domicílios
alugados com mais de três moradores por dormitório.
Segundo estes conceitos, no ano de 2011, em Minas Gerais o déficit habitacional era de 431.049
habitações, sendo que 93% situavam na área urbana. Já em 2015, ele eleva para 575.498, sendo
94 % destes na área urbana. Em termos relativos, o déficit habitacional em 2011 era da ordem
de 6,6% em relação ao total de domicílios particulares permanentes e improvisados existentes
no Estado e em 2015, o percentual foi de 8,1% (tabela 10.1).
Tabela 10.1: Estimativas do déficit habitacional absoluto e relativo, total e
urbano, em relação ao total de domicílios particulares permanentes e
improvisados - Minas Gerais - 2011/2015 (1)
Ano Total Urbano
Abs. % Abs. %
2011 431.049 6,6 402.872 7,3
2012 482.949 7,3 451.855 8,0
2013 493.504 7,2 462.965 8,0
2014 529.270 7,6 504.557 8,5
2015 575.498 8,1 540.722 9,0
Fontes: Déficit Habitacional no Brasil 2011 e 2012. Elaboração Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi). (1) Dados reponderados pela projeção populacional do IBGE que considerou o Censo demográfico 2010.
Energia no Brasil apenas 0,2% dos domicílios não tinham energia elétrica, em Minas Gerais e na
Região Metropolitana de Belo Horizonte 0,1% dos domicílios não contavam com esse serviço.
O combustível mais utilizado na cocção dos alimentos é o gás de botijão presente em quase
totalidade dos domicílios tanto Brasil, quanto no Estado, e na Região Metropolitana de Belo
Horizonte passam de 98,4%. A energia elétrica vem sendo cada vez mais utilizada para cozinhar,
58,4% dos domicílios no Brasil a utilizaram para preparar sua alimentação, em Minas Gerais, em
2018 eram 76,5% e chegando a 77,0% em 2019, e na Região Metropolitana de Belo Horizonte
apesar de ter reduzido no último ano está em 82,9%. O percentual de domicílios que usam a
lenha como combustível para cocção reduziu em todas as localidades.
Gráfico 10.1: Percentual de Domicílios quanto ao combustível utilizado para
cocção dos Alimentos no Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana de Belo
Horizonte 2018-2019
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
98,8 99,2 98,4 98,5 98,2 98,9
9,9 7,5
23,2 22,1 19,8 19,3
89,282,9
76,5 77,0
53,558,4
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
2018 2019 2018 2019 2018 2019
RMBH Minas Gerais Brasil
Gás de botijão ou encanado Lenha ou carvão Energia elétrica
11. Meio Ambiente
Nessa seção é apresentado um panorama de aumento da
contribuição de gases do Efeito Estufa e o uso e ocupação do
solo, segundo dados do Mapbiomas. A seção traz as
estimativas de emissão de gases do efeito estufa, CO2, CH4 e
N2O, por setor, além do uso e ocupação do solo de Minas
Gerais no período de 1985 a 2018 e suas transições, revisados
na Coleção 4.1.
Os dados de
estimativas de emissão de gases de efeito estufa são
apresentados pelos setores: calagem, agropecuário e
mudança do uso da terra. Já os dados de uso e
ocupação do solo de Minas Gerais e suas transições
estão apresentados pelas seguintes classes (Floresta
Natural, Floresta Plantada, Agropecuária – Pastagem,
Culturas Anuais e Perenes, Culturas Semi-Perenes,
Mosaico de Agricultura ou Pastagem, Infraestrutura
Urbana, Outras Áreas não Vegetadas, Afloramento
Rochoso, Mineração, Formação Campestre, Outra
Formação não Florestal e Corpo D´água).
A dimensão Meio Ambiente vem ganhado importância, desde a metade do século XX, época a
partir da qual houve um incremento tecnológico e de produção acelerados, aumentando o
impacto sobre o ambiente e ampliando as consequências destes impactos sobre a população,
além de ampliarem a questão do aquecimento global. Desta maneira, com o advento dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, diversos países têm se comprometido com a
melhoria da qualidade de vida e com a diminuição da emissão de gases do efeito estufa,
incluindo-se o Brasil e o Estado de Minas Gerais, fatos estes ligados à sustentabilidade dos
processos produtivos e ao controle do uso e ocupação do solo. O gráfico 11.1 mostra a evolução
das estimativas de emissão de gases de efeito estufa (CH4) do setor Agropecuário e a transição
das áreas de floresta natural para agropecuária (Pastagem e Agricultura) no Estado de Minas
Gerais de 1990 a 2017.
Projeto MapBiomas é uma iniciativa
multi-institucional para gerar mapas
anuais de cobertura e uso do solo a
partir de processos de classificação
automática aplicada a imagens de
satélite. A descrição completa do
projeto encontra-se em
http://mapbiomas.org. Acessado em
março de 2020 através do link:
https://mapbiomas.org/estatisticas?c
ama_set_language=pt-BR.
Gráfico 11.1: Variação da Estimativa de Emissão de CH4 do setor Agropecuária
(Gg) x Área acumulada de transição de floresta natural para Agropecuária –
Minas Gerais – 1990 a 2017
Fontes: Ministério da Ciência, Tecnologia, inovações e comunicações. MapBiomas - Coleção 4.1. Elaboração: Fundação João
Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Além disso, o tópico de variação do uso e ocupação do solo no Minas e-dados situa a variação
da área de cada classe de uso do solo no período de 1985 a 2017. O gráfico 11.2 mostra a
evolução das áreas de Floresta Natural e de Floresta Plantada no Estado de Minas Gerais de
1991 a 2015, dado este interessante no sentido de mostrar o incremento das áreas de florestas
plantadas em detrimento das áreas de florestas naturais.
Gráfico 11.2: Evolução das Áreas de Florestas Naturais e Plantadas – Minas
Gerais – 1985 a 2018
Fonte: MapBiomas - Coleção 4.1. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
0
5000000
10000000
15000000
20000000
25000000
30000000
35000000
40000000
300
1.300
2.300
3.300
4.300
5.300
6.300
7.300
8.300
9.300
10.300
11.300
12.3001
990
19
91
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92
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93
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20
12
20
13
20
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20
15
20
16
20
17
Área acumulada de Transição de Florestas Naturais para Agropecuária (Mil ha)
Estimativa acumulada de Emissão de CH4 do setor Agropecuária (t)
0,00
500,00
1000,00
1500,00
2000,00
2500,00
3000,00
16500,00
17000,00
17500,00
18000,00
18500,00
19000,00
19500,00
20000,00
20500,00
21000,00
21500,00
19
851
986
19
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988
19
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19
911
992
19
931
994
19
951
996
19
971
998
19
992
000
20
012
002
20
032
004
20
052
006
20
072
008
20
092
010
20
112
012
20
132
014
20
152
016
20
172
018
Área de Floresta Natural (mil ha) Área de Floresta Plantada (mil ha)
Outra informação interessante que pode ser obtida na dimensão Meio Ambiente é a variação
percentual de área de classes de uso do solo em relação à área total do estado e a variação anual
ano a ano de classes de uso do solo. A Tabela 11.1 traz esses resultados de 2013 a 2018.
Tabela 11.1: Percentual e variação de área de classes de uso do solo – 2013 –
2018 – Minas Gerais Classes de uso
do solo Definição 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Floresta Natural
Percentual de área de Floresta Natural em relação à área
total do estado (%) 32,33 32,18 31,87 31,51 31,17 30,61
Variação Anual da área de Floresta Natural em relação ao
ano anterior (%) -0,72 -0,47 -0,95 -1,12 -1,09 -1,8
Floresta Plantada
Percentual de área de Floresta Plantada em relação à área
total do estado (%) 3,86 3,94 4,05 4,1 4,28 4,29
Variação Anual da área de Floresta Plantada em relação
ao ano anterior (%) 4,03 2,26 2,61 1,4 4,34 0,13
Pastagem
Percentual de área de Pastagem em relação à área
total do estado (%) 45,09 44,69 44,6 44,7 44,52 44,68
Variação Anual da área de Pastagem em relação ao ano
anterior (%) 0,17 -0,9 -0,2 0,23 -0,39 0,35
Culturas Anuais e Perenes
Percentual de área de Culturas Anuais e Perenes em relação à
área total do estado (%) 3,57 3,79 3,95 4,09 4,3 4,56
Variação Anual da área de Culturas Anuais e Perenes em
relação ao ano anterior (%) 5,39 5,98 4,34 3,52 5,15 6,01
Culturas Semi-Perenes
Percentual de área de Culturas Semi-Perenes em relação à
área total do estado (%) 1,29 1,41 1,45 1,48 1,53 1,54
Variação Anual da área de Culturas Semi-Perenes em relação ao ano anterior (%)
5,38 9,48 2,82 2,19 2,98 0,6
Infraestrutura Urbana
Percentual de área de Infraestrutura Urbana em
relação à área total do estado (%)
0,53 0,55 0,56 0,56 0,58 0,6
Variação Anual da área de Infraestrutura Urbana em
relação ao ano anterior (%) 5,39 3,22 2,01 1,17 2,52 3,89
Mineração
Percentual de área de Mineração em relação à área
total do estado (%) 0,008 0,008 0,008 0,008 0,01 0,008
Variação Anual da área deMineração em relação ao
ano anterior (%) 3,39 -3,95 -3,31 1,59 29,75 -23,41
Fonte: MapBiomas - Coleção 4.1. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
12. Contas Regionais
Apresenta-se nesta seção um panorama do desempenho
econômico do estado trazendo os valores consolidados do
Produto Interno Bruto (PIB) e os resultados preliminares
estimados pelo Sistema de Contas Trimestrais de Minas
Gerais. A seção traz os valores correntes do PIB mineiro e
brasileiro nos últimos seis anos (2014-2019) e sua
decomposição setorial, a taxa de variação real da economia de
Minas Gerais e do Brasil nos respectivos anos e a evolução do
PIB per capita real e nominal. O gráfico 12.1 mostra a taxa de
variação real do PIB mineiro e brasileiro para o período
analisado. Essa é uma das informações de maior interesse por parte dos usuários e agentes
econômicos tendo em vista que a análise do PIB real não leva em consideração o efeito
inflacionário observado ao longo dos anos, ou seja, mede exclusivamente a variação (aumento,
estagnação ou diminuição) da quantidade produzida (nível de atividade).
Gráfico 12.1: Taxa de Variação real no ano (%) do Produto Interno Bruto (PIB) –
Minas Gerais e Brasil – 2014-2019
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), Coordenação de Contas Nacionais (Conac). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações
(Direi). Notas: Dados coletados em Março de 2020. Os dados de 2018 e 2019 são preliminares e se referem aos resultados das
Contas Trimestrais de Minas Gerais (FJP) e do Brasil (IBGE).
O desempenho do conjunto da economia mineira e brasileira é divulgado desagregado em
dezoito atividades econômicas: agricultura; pecuária; produção florestal; extrativa mineral;
transformação; eletricidade e saneamento; construção civil; comércio; transporte; alojamento
e alimentação; informação e comunicação; serviços financeiros; aluguéis; atividades
profissionais; administração pública; saúde e educação privada; artes, cultura e recreação; e,
por último, serviços doméstico.
-0,7
-4,3
-2,0
1,7
1,2
-0,3
0,5
-3,5
-3,3
1,3
1,3 1,1
2014 2015 2016 2017 2018 2019
Minas Gerais Brasil
Tabela 12.1: Taxas de variação real no ano (%) do Produto Interno Bruto (PIB) e
do Valor Adicionado (VA) segundo setores de atividade econômica – Minas Gerais
e Brasil – 2014-2019
Especificação Minas Gerais Brasil
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Agropecuária -5,7 -2,4 7,2 1,5 10,2 -1,7 2,8 3,3 -5,2 14,2 1,4 1,3
Agricultura -4,6 0,0 15,0 -1,7 ... ... 3,9 5,5 -7,7 19,4 ... ...
Pecuária -2,1 -5,5 -3,1 2,3 ... ... 0,3 -1,2 -1,2 2,4 ... ...
Produção Florestal -14,8 -4,3 0,8 16,8 ... ... 2,1 1,3 -0,3 7,9 ... ...
Indústria -2,9 -6,2 -5,8 0,5 -1,4 -2,6 -1,5 -5,8 -4,6 -0,5 0,5 0,5
Extrativa mineral 1,7 4,2 -18,2 11,1 -6,9 -25,4 9,1 5,7 -1,2 4,9 0,8 -1,1
Transformação -5,0 -8,4 -4,1 2,1 0,6 0,0 -4,7 -8,5 -4,8 2,3 1,5 0,1 Eletricidade e
saneamento -7,7 -6,9 15,3 0,1 -3,5 9,8 -1,9 -0,4 6,5 0,9 2,6 1,9
Construção -2,2 -11,0 -11,5 -8,5 -1,1 3,2 -2,1 -9,0 -10,0 -9,2 -3,8 1,6
Serviços 0,6 -3,2 -1,2 1,9 1,3 0,5 1,0 -2,7 -2,2 0,8 1,5 1,3
Comércio (1) 2,0 -5,0 -0,9 5,8 2,7 2,2 0,6 -7,3 -6,6 2,3 2,5 1,8
Transportes 1,3 -6,6 -3,8 -0,2 -2,1 -2,2 1,5 -4,3 -5,6 1,0 2,2 0,2 Alojamento e
alimentação 1,4 -7,8 -3,3 4,6 ... ... 2,2 -6,5 -3,0 4,1 ... ... Informação e
comunicação 2,1 0,5 0,8 0,4 ... ... 5,3 -0,9 -2,0 1,4 0,9 4,1
Serviços financeiros 2,9 -3,2 -4,8 4,2 ... ... -0,6 -1,2 -3,4 -1,1 0,0 1,0
Aluguéis -0,1 -0,5 -1,2 1,8 ... ... 0,7 -0,4 0,2 1,3 3,2 2,3 Atividades
profissionais (2) -2,8 -7,1 -1,1 -0,1 ... ... 1,0 -5,0 -0,9 -0,2 ... ... Administração
pública (3) -0,3 -1,0 0,4 0,1 -0,3 -0,1 0,1 0,2 0,3 0,1 0,3 0,0 Saúde e educação
mercantis 0,2 -0,8 0,2 -0,1 ... ... 2,5 0,6 0,2 0,6 ... ... Artes, cultura e
recreação (4) 5,9 -6,9 -5,3 2,9 ... ... 4,8 -7,2 -6,8 0,6 ... ...
Serviços domésticos 2,2 1,7 -1,5 5,9 ... ... 0,5 2,0 2,0 0,2 ... ...
Valor adicionado -0,8 -4,0 -1,9 1,5 1,1 -0,4 0,5 -3,2 -2,9 1,3 1,3 1,1
Produto Interno Bruto -0,7 -4,3 -2,0 1,7 1,2 -0,3 0,5 -3,5 -3,3 1,3 1,3 1,1
PIB per capita (5) -1,4 -4,9 -2,6 1,0 0,5 -0,9 -0,3 -4,4 -4,1 0,5 0,5 0,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), Coordenação de Contas Nacionais (Conac). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações
(Direi).
Notas: Dados coletados em Março de 2020. (1) Inclui serviços de reparação de veículos automotores e motocicletas. (2) Inclui
atividades científicas, técnicas e administrativas. (3) Inclui a Pesquisa & Desenvolvimento da administração pública. (4) Inclui
esportes e outros serviços. (5) Série do PIB per capita calculada com base nas Projeções da População do Brasil e Unidades da
Federação por sexo e idade: 2010-2060, publicadas pelo IBGE em <<https://www.ibge.gov.br/estatisticas-
novoportal/sociais/populacao/9109-projecao-da-populacao.html?=&t=resultados>>. Acesso em 23/03/2020. (...) dado não
disponível. Os dados de 2018 e 2019 são preliminares e se referem aos resultados das Contas Trimestrais de Minas Gerais (FJP) e do
Brasil (IBGE).
13. Aspectos setoriais da economia
Apresenta-se, nessa seção, um panorama da economia do
Estado nos seus principais setores de atividade: agricultura,
pecuária, indústria e mineração. Foram selecionados
indicadores da produção física e dos preços, com ênfase no
período 2012-2019. A partir dessas informações, torna-se
possível detalhar numa perspectiva microeconômica aspectos
setoriais da evolução agregada da economia de Minas Gerais.
A produção estadual de café em grão
passou 1.504 mil toneladas em 2010
para 1.901 em 2018 e 1.501 em 2019,
enquanto a de leite passou de 8.388
milhões de litros em 2010 para 8.939
em 2018 e 9.290 em 2019. O Gráfico
13.1 mostra a evolução da produção
física desses dois produtos em Minas
Gerais no período 2010-2019.
Gráfico 13.1: Principais produtos da agropecuária mineira – produção física -
2010-2019
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elaboração: Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística
e Informações (Direi).
A produção estadual de minério de ferro passou 265 milhões de toneladas em 2010 para 269
em 2016 e 281 em 2017, enquanto a de nióbio (metal contido no concentrado) passou de 75 mil
toneladas em 2010 para 59 em 2016 e 69 em 2017. O Gráfico 13.2 mostra a evolução da
produção física desses dois produtos em Minas Gerais no período 2010-2017.
8000
8200
8400
8600
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9000
9200
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1500
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1700
1800
1900
2000
Milh
õe
s d
e li
tro
s
Mil
ton
ela
das
Café (Esquerda)
Leite (Direita)
As bases de dados do IBGE – Produção Agrícola
Municipal (PAM), Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola (LSPA), Pesquisa Pecuária
Municipal (PPM), Pesquisa Trimestral do Leite, Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – foram
completadas com informações do Índice Geral de
Preços (IGP) da Fundação Getúlio Vargas, do Instituto
Aço Brasil (IA Br), do Sindicato da Indústria do Ferro
no Estado de Minas Gerais (SINDIFER), da Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
(ANFAVEA) e do Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM)/ Agência Nacional de Mineração
(ANM).
Gráfico 13.2: Principais produtos da mineração em Minas Gerais – produção
física beneficiada – 2010-2017
Fontes: DNPM. Elaboração: Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
A produção estadual de aço bruto passou 11.634 mil toneladas em 2010 para 10.594 em 2018 e
10.408 em 2019, enquanto a de veículos automotores passou de 788 mil unidades em 2010 para
848 em 2012, 376 em 2018 e 316 em 2019. O Gráfico 13.3 mostra a evolução da produção física
desses dois produtos em Minas Gerais no período 2010-2019.
Gráfico 13.3: Principais produtos da manufatura mineira – produção física -
2010-2019
Fontes: SINDIFER, ANFAVEA. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
50
55
60
65
70
75
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300
Mil
ton
ela
das
Milh
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s d
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on
ela
das
Min. de ferro (Esquerda)
Nióbio (Direita)
0
200
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600
800
1000
10000
10500
11000
11500
12000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Mil
un
idad
es
Mil
ton
ela
das
Aço Bruto (Esquerda)
Veículos (Direita)
Links recomendados:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-
novoportal/economicas/agricultura-e-pecuaria.html;
http://www.sindifer.com.br/;
http://www.acobrasil.org.br/site2015/;
http://www.anfavea.com.br/anuarios.html;
http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/.
14. Infraestrutura básica
Nessa seção é apresentado um panorama da infraestrutura
do Estado nas áreas de: energia, transporte, rodovia, telefonia
móvel, serviço de TV por assinatura e cooperativismo. Os
indicadores selecionados foram de produção, extensão e
acesso.
No setor energético tem-se uma
ampliação da capacidade
instalada de 13.149 MW, em
2010, para 15.415 em 2018.
Apesar disso, ocorreu uma
redução da participação de
Minas na capacidade instalada
brasileira de 12,4% para 9,5%. A geração de energia reduziu de 64.239 MWh para 44.239 MWh
entre 2010 e 2018 apesar de um pico de geração em 2012 de 71.655 GWh. Por outro lado, no
mesmo período, o consumo residencial de energia ampliou-se de 9.220 GWh para 11.001 GWh.
O gráfico 14.1 mostra a evolução da capacidade instalada e da geração de energia elétrica.
Gráfico 14.1: Capacidade instalada e geração de energia elétrica – Minas Gerais
– 2012-2018
Fontes: Balanço Energético Nacional 2015 (BEN). Ministério de Minas e Energia (MME). Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
A utilização do modal aéreo apresentou um declínio no transporte de passageiros e correio entre
2012 e 2019. O transporte de passageiro passou de 13.102 para 12.851 entre 2012 e 2017. No
caso do transporte aéreo de carga houve um declínio entre 2010 e 2016 seguida de uma
recuperação nos anos subsequentes. O gráfico 14.2 apresenta essa evolução.
1
10.001
20.001
30.001
40.001
50.001
60.001
70.001
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12.000
12.500
13.000
13.500
14.000
14.500
15.000
15.500
16.000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Capacidade Instalada (MW)
Geração (GWh)
As bases de dados são: Balanço energético Nacional (BEN),
Ministério de Minas e Energia (MME), Empresas de
Pesquisa Energética (EPE), Agência Nacional de Aviação
Civil (ANAC), Departamento de Estradas de Rodagem do
Estado de Minas Gerais (DER-MG), Agência Nacional de
Telecomunicações (ANATEL), Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB), Anuário de Informações
Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro, Sindicato
e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais
(OCEMG) e Anuário de Informações Econômicas e Sociais
do Cooperativismo Mineiro.
Gráfico 14.2: Transporte de passageiros, de carga e correios no modal aéreo –
Minas Gerais – 2012-2019
Fonte: Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Elaboração: Fundação João Pinherio (FJP). Diretoria de Estatística e Informações
(Direi).
O número de acesso de serviços móveis ampliou até 2014 e depois declinou devido
principalmente à redução de planos pré-pagos. Os planos pós-pagos ampliaram ao longo de
todo o período (gráfico 14.3), passou de 5.818, em 2012, para 9.099 em 2018. Esse movimento
é similar ao verificado para o Brasil.
Gráfico 14.3: Número de acessos de serviços móveis pessoais, segundo plano de
serviço – Minas Gerais – 2012-2018 (médias anuais, mil acessos)
Fonte: Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e
Informações (Direi).
O acesso a TV por assinatura aparece com um movimento em duas etapas: um crescimento
entre 2012 e 2016, que representa o pico, com um decrescimento até 2018. Entre 2012 e 2018
houve uma ampliação desse serviço de 30% em Minas Gerais que superou a média do Brasil,
19,8% no mesmo período.
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
10.000
10.500
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12.000
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13.500
14.000
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Passageiros (embarcados edesembarcados) (mil passageiros)
Carga (carregada e descarregada)(mil toneladas)
Correio (despachado e recebido)(mil toneladas)
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Acessos móveis
Pré-pago
Pós-pago
Links recomendados:
https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BE
N_2015.pdf;
http://www.mme.gov.br/web/guest/publicacoes-e-
indicadores; http://www.anac.gov.br/assuntos/dados-
e-estatisticas; http://www.anatel.gov.br/institucional/.
15. Investimentos
O perfil de Minas Gerais na dimensão Investimentos traça o
panorama dos projetos de investimentos no estado. O
indicador selecionado foi investimentos anunciados em
Minas Gerais. São apresentadas as regiões geográficas
intermediárias e os setores em que se concentraram as
intenções de investimento de 2004 a 2019. A partir dessas
informações, destacam-se os setores e as regiões mais
dinâmicas.
Em perspectiva comparada, de
2004 a 2019, Minas Gerais
apresentou a terceira maior média
de investimentos anunciados,
depois de São Paulo e do Rio de
Janeiro. Após uma fase de expansão de investimentos anunciados, de 2006 a 2008, houve queda
significativa em 2009, ano em que a crise global afetou o Brasil. Em 2014 houve uma nova queda
substantiva, atingindo-se o ‘fundo do poço’ em 2017. A partir de 2018, observa-se uma
retomada das intenções de investimento, mas ainda em níveis inferiores ao observado em 2013
(período anterior à crise de 2014-2016).
Gráfico 15.1: Investimentos anunciados em Minas Gerais - US$ milhões de
dólares - 2004-2019
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e
Informações (Direi).
Nesse período, as regiões intermediárias que mais receberam investimentos foram, em ordem
decrescente, Belo Horizonte, Ipatinga, Barbacena, Uberlândia, Patos de Minas e Juiz de Fora. No
entanto, quase 30% dos investimentos anunciados não identificam o município (ou identificam
diversos municípios), não sendo possível classificá-los por Região Geográfica Intermediária
(RGInt).
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
20
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16
20
17
20
18
20
19
U$
Milh
õe
s
Os investimentos anunciados são apurados pela Rede
Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai)
do Ministérios da Economia, Indústria, Comércio
Exterior e Serviço (ME). Esse indicador não representa
um levantamento dos investimentos realizados na
economia, sendo seu objetivo apresentar as intenções
para execução de projetos futuros.
Tabela 15.1: Investimentos anunciados de Minas Gerais, territórios de
desenvolvimento – US$ milhões de dólares – 2004-2019 (total e %)
Regint Total %
Belo Horizonte 28,537.29 18.48
Ipatinga 16,409.00 10.62
Barbacena 16,307.33 10.56
Uberlândia 7,895.77 5.11
Patos de Minas 7,667.72 4.96
Juiz de Fora 6,990.98 4.53
Uberaba 6,511.38 4.22
Montes Claros 4,027.31 2.61
Pouso Alegre 3,511.35 2.27
Divinópolis 3,046.61 1.97
Governador Valadares 2,458.72 1.59
Varginha 1,405.69 0.91
Teófilo Otoni 557.08 0.36
Não Identificado 43,069.16 27.89
Total Geral 154,439.44 100.00 Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e
Informações (DIREI).
Os investimentos anunciados se concentraram na indústria, com destaque para indústria de
transformação, indústria extrativa e a produção e distribuição de eletricidade e gás. A evolução,
de 2004 a 2019, dos investimentos na indústria de transformação se assemelha ao padrão do
total de investimentos anunciados no estado, sendo que o menor valor registrado foi também
em 2017. Em 2019, os investimentos anunciados caíram em relação à 2018.
Tabela 15.2: Investimentos anunciados em Minas Gerais, setores econômicos –
US$ milhões de dólares – 2004-2019 (total) Setor Total %
Indústrias de transformação 96,196.66 62.29 Indústrias extrativas 27,466.07 17.78 Eletricidade e gás 16,536.20 10.71 Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 6,653.82 4.31 Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 2,038.20 1.32 Alojamento e alimentação 1,515.38 0.98 Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura 1,476.36 0.96 Transporte, armazenagem e correio 1,076.05 0.70 Saúde humana e serviços sociais 447.93 0.29 Informação e comunicação 385.27 0.25 Construção 351.10 0.23 Atividades administrativas e serviços complementares 128.85 0.08 Atividades imobiliárias 109.44 0.07 Outras atividades de serviços 27.90 0.02 Artes, cultura, esporte e recreação 17.59 0.01 Atividades profissionais, científicas e técnicas 12.63 0.01 Total 154,439.44 100.00
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e
Informações (DIREI).
Link recomendado: http://www.mdic.gov.br/index.php/competitividade-industrial/renai?id=3129.
16. Finanças Públicas
Essa seção traz as principais informações sobre as receitas,
despesas e dívida do governo de Minas Gerais. No caso da
receita, há dados sobre a principal fonte de arrecadação, o
Imposto sobre a Produção de Mercadorias e Serviços (ICMS),
desagregada de acordo com os principais setores de atividade
econômica.
Entre 2011 e 2019 a receita tributária apresentou acréscimo
nominal de 92,2%, saltando de R$ 35,02 bilhões para R$ 67,29
bilhões. Nesse período, o PIB de Minas Gerais saltou de R$
400,12 bilhões para R$ 632 bilhões (incremento nominal de
57,9%). Dessa forma, a receita tributária passou de 8,8% para 10,6% do PIB no período.
O Gráfico 16.1 apesenta a composição setorial da arrecadação de ICMS. O setor industrial foi
responsável por 48,5% da arrecadação em 2019.
Gráfico 16.1: Evolução da participação dos setores de atividade econômica na
arrecadação de ICMS Minas Gerais- 2011-2019
Fonte: Dados básicos: Secretaria de Estado da Fazenda (SEF-MG). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística
e Informações (Direi).
Acompanhando a tendência da economia, o setor industrial tem perdido participação na
arrecadação de ICMS. Em 2011 contribuía com 54,6% do total. Em 2019 a participação caiu para
48,5%. Já os setores do comércio e serviços, que contribuíam com participações respectivas de
21,1% e 23,8% aumentaram para 26,9% e 24,2%; respectivamente. O setor agropecuário
manteve 0,4% de participação.
54,6 55,2 56,2 55,4 51,3 49,2 49,1 49,2 48,5
21,1 21,2 22,1 23,223,5 25,2 25,7 25,8 26,9
23,8 23,1 21,3 20,8 24,7 25,1 24,8 24,6 24,2
0,4 0,4 0,5 0,6 0,5 0,5 0,5 0,4 0,4
0%
10%
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30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Indústria Comércio Serviços Agropecuário
17. Comércio Internacional
O perfil do Comércio Internacional de Minas Gerais reúne
informações do Ministério da Economia, Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (ME) sobres as exportações do estado,
destacando os principais produtos e parceiros comerciais.
Além disso, permite comparar os dados de Minas Gerais com
outros estados e com o resultado nacional.
As exportações de Minas Gerais totalizaram US$28,6 bilhões
em 2019, o equivalente a 12,7% do total do país. O valor mais
alto da série (US$41,3 bilhões) foi registrado em 2011, quando
a participação estadual alcançou 16,2% da média brasileira.
Gráfico 17.1: Evolução das exportações (US$ bi FOB) e participação nas
exportações do Brasil (%) - Minas Gerais- 1997-2019
Fonte: Dados básicos: Ministério da Economia, Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior (ME). Secretaria de Comércio
Exterior (SECEX). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Gráfico 17.2: Composição da pauta de exportações – Minas Gerais 2019
Fonte: Dados básicos: Ministério da Economia, Desenvolvimento, Indústria e do
Comércio Exterior (ME). Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
7,2
2
7,5
8
6,3
7
6,7
0
6,0
5
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4
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9
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,48
31
,17
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,34
33
,10
33
,38
29
,30
21
,99
21
,92
25
,35
23
,97
28
,63
13,614,8
13,312,2
10,410,510,210,411,411,411,4
12,312,7
15,416,2
13,713,813,0
11,511,811,610,0
12,7
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
%
U$
bilh
õe
s FO
F
U$ bilhões FOB participação MG/BR(%)
1,90,70,8
2,42,52,63,34,14,44,6
6,214,0
19,533,0
0 5 10 15 20 25 30 35
Demais
Têxteis-Calçados-Couro-…
Papel-Celulose
Químicos
Alimentos-Bebidas-Fumo
Pedras e Metais Preciosos
MetalúrgicosA pauta mineira de exportações é concentrada em poucos produtos. Em 2019 minérios, produtos metalúrgicos e café somaram 66% do total, com participações respectivas de 33%, 19,5% e 14%.
Quanto ao destino, China e Estados Unidos concentraram 39,4% do total das exportações
mineiras em 2019, sendo que a maior parcela destinou-se à China (31%). Os principais países da
União Europeia foram destino de 17,4% das exportações. Na América Latina, destacaram-se as
vendas para Argentina (4%) e México (3%).
Gráfico 17.3: Principais países de destino das exportações – Minas Gerais – 2019
Fonte: Dados básicos: Ministério da Economia, Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior (ME). Secretaria de Comércio
Exterior (SECEX). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
Alemanha4%
Argentina4%
Bélgica1%
Canadá3%
China31%
Estados Unidos9%França
1%
Índia1%
Itália3%
Japão4%
Malásia2%
México2%
Omã2%
Países Baixos (Holanda)5%
Reino Unido4%
Demais países26%
18. Cultura, esporte e lazer
Nessa seção são apresentados os gastos realizados na área da
cultura pelo Estado de Minas Gerais e informações pelo lado
da oferta do pessoal ocupado no setor cultura.
O Estado de Minas Gerais apresentou uma despesa com a
cultura de R$ 124.574 mil em 2019, o que representou um
percentual de 6,9% do volume dispendido pelo total das
Unidades da Federação com a cultura nesse ano. Desde 2007,
a representatividade das despesas com cultura realizadas em
Minas foi mais expressiva em 2016, quando alcançou 9,8%.
Porém, estas despesas do Estado vem sofrendo uma retração desde 2016, e chegaram em 2019
a um patamar próximo ao realizado no ano de 2010. A retração das despesas entre 2016 e 2019
representa uma queda de 18,9%.
Gráfico 18.1: Despesa com cultura e participação no total dos governos
estaduais
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
80
.58
3
10
2.7
19
11
7.4
27
12
1.2
51
13
7.1
65
13
2.7
21
15
6.6
53
15
0.8
03
15
4.9
79
15
3.5
78
14
6.1
12
14
5.4
63
12
4.5
74
5,6 5,85,4
4,8
5,65,3
5,85,3
6,5
9,8
6,1
7,36,9
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Despesa com cultura Participação no total Brasil
Em 2018, o setor cultural ocupou 372 mil pessoas, sendo 236 mil empregados, 101 mil por conta
própria, 32 mil empregadores e 3 mil não remunerados. 174 mil com carteira assinada. O setor
cultural representou 3,7% do total de ocupações em Minas Gerais. Entre 2016 e 2019 observa-
se uma queda de 10,9% no número de ocupações do setor.
Tabela 18.1: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de
referência, no setor cultural, segundo a posição na ocupação e a categoria do
emprego no trabalho principal – Minas Gerais - 2012/2018
Posição na ocupação e categoria do emprego no
trabalho principal
Setor cultural
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Minas Gerais 425 411 439 428 417 394 372
Empregados 307 285 289 302 268 261 236
Com carteira de trabalho assinada 230 215 217 230 201 198 174
Militares e estatutários 4 8 5 4 4 2 1
Outros sem carteira de trabalho assinada 73 62 67 67 64 61 61
Conta própria 84 93 115 102 109 103 101
Empregadores 31 28 28 23 36 29 32
Trabalhador familiar auxiliar 4 6 7 1 4 1 3
Fonte: Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
19. Turismo
Nessa seção é apresentado um panorama da atividade
turística no Estado. Utilizando o conceito de Atividades
Características do Turismo (ACTs). Baseado nesse conceito
apresentamos os dados de fluxo e receitas turísticas
estimadas; os embarques e desembarques domésticos e
internacionais; o índice de volume das atividades turísticas, os
dados de emprego e renda no turismo.
O fluxo de turistas disponibilizado
pelo Observatório do Turismo de
Minas Gerais foi estimado em mais
de 27 milhões de turistas em Minas
Gerais em 2018, um aumento de
11,86% em relação ao ano anterior.
A geração de receita ultrapassou os
20 bilhões de reais (tabela 19.1).
Tabela 19.1: Fluxo de turistas e receita turística de Minas Gerais - 2008-2019
Fonte: Observatório do Turismo de Minas Gerais. Secretaria de Turismo de Minas Gerais. Elaboração: Fundação João Pinheiro
(FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
Nota: *Dados estimados.
Há muitos anos Minas Gerais apresenta taxas positivas quando se trata da variação do número
de embarques e desembarques domésticos em seus aeroportos, com exceção do ano de 2016
comparado a 2015. Os dados mostraram que, em 2018, ocorreram 586.376 embarques e
desembarques internacionais em Minas Gerais, totalizando mais de 12 milhões entre
domésticos e internacionais nesse ano (tabela 19.2).
Ano Fluxo de turistas (Nº de pessoas) Receita turística (1.000.000 R$)
2008 11.478.231 6.063
2009 13.379.610 7.284
2010 14.278.794 7.749
2011 17.300.420 10.223
2012 21.745.910 9.160
2013 23.040.694 13.639
2014 24.004.281 16.659
2015 24.242.785 15.891
2016 24.980.967 16.402
2017 26.509.720 16.158
2018* 27.171.269 18.196
2019* 30.393.205 20.575
Atividades Características do Turismo (ACTs) - Definição
(OMT): aquela atividade produtiva que tem como produto
principal bens (ou serviços) que atendem à demanda típica
dos turistas, que por sua vez, são aqueles bens e serviços
que “na maior parte do países deixariam de existir numa
quantidade significativa, ou que o consumo diminuiria de
forma significativa, na ausência de turismo”, disponível em
https://pt.slideshare.net/feers/atividades-caractersticas-
do-turismo-no-rs-em-2013-valor-adicionado-bruto-no-
estado-regies-do-turismo-e-municípios.
Tabela 19.2: Número de embarques e desembarques domésticos e
internacionais - Minas Gerais - 2003-2019 Ano Domésticos Internacionais Total
2003 3.608.866 97.046 3.705.912
2004 3.997.268 91.435 4.088.703
2005 4.849.347 42.668 4.892.015
2006 5.185.992 10.467 5.196.459
2007 5.766.707 34.931 5.801.638
2008 6.273.141 162.317 6.435.458
2009 6.714.568 247.637 6.962.205
2010 8.699.392 304.677 9.004.069
2011 11.025.831 420.599 11.446.430
2012 12.278.984 446.908 12.725.892
2013 12.614.507 381.843 12.996.350
2014 13.027.822 431.528 13.459.350
2015 13.330.291 393.130 13.723.421
2016 11.077.675 316.564 11.394.239
2017 11.439.706 442.792 11.882.498
2018 11.670.305 586.376 12.256.681
Fonte: Infraero e BH Airport. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
O IBGE divulga através da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) o agregado “atividades turísticas”
para os anos disponíveis. A partir de 2012 verificou-se um crescimento real de 1,1% em 2012 e
uma queda de -0,3% em 2013. Para o ano de 2014, o resultado do agregado “atividades
turísticas” da PMS registrou crescimento de 4,1%, o que está provavelmente relacionado a
realização do evento esportivo Copa 2014. Porém em 2015 registrou-se uma queda de -4,0%,
seguida de uma nova queda mais acentuada de -8,0% em 2016 e voltando a recuperar em 2017.
Em 2018 ocorreu uma pequena redução, para em 2019 apresentar uma recuperação de 2,8%
(gráfico 19.1).
Gráfico 19.1: Índice de volume das atividades turísticas - 2012-2019 (%)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
1,1-0,3
4,1
-4,0
-8,0
1,7 1,3
2,8
-10,0
-8,0
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
No Gráfico 19.2 podemos ver o movimento captado pela mesma pesquisa do IBGE, a PMS, sobre
o agregado das atividades turísticas no Índice de receita nominal. Em 2012 o índice foi de 11,9%,
tendo consecutiva redução nos anos seguintes, até que em 2015 atingiu o patamar de -3,7%,
quando ocorreu ligeiro movimento de recuperação de -2,5 em 2016. Em 2017 o índice chegou
a 14,8%. Em 2018 apresentou nova queda, e em 2019 nova recuperação com 8,0%.
Gráfico 19.2: Índice de receita nominal das atividades turísticas - 2012-2019 (%)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
O Estado de Minas Gerais, assim como o Brasil, apresentou um aumento entre os anos de 2012
a 2014 no número de empregados formais no Turismo e logo depois esse movimento começou
a reduzir ano a ano até 2018. Já a renda dos empregados formais no Turismo apresentou
crescente aumento em todo o período analisado, para Brasil e Minas Gerais, mostrando uma
linha bem semelhante de evolução (gráfico 19.3)
Gráfico 19.3: Empregados e Renda média mensal dos empregados formais no
Setor de Turismo – Brasil e Minas Gerais - 2012-2018
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
11,9
8,2
6,1
-3,7
-2,5
14,8
4,2
8
-5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
395 408 415 401 383 381 377
4.163 4.283 4.381 4.3114.126 4.071 4.033
1.0871.184
1.2901.392
1.5181.608 1.654
1.3031.418
1.544 1.6711.808 1.918 1.988
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Empregados (nº absoluto) Minas Gerais Empregados (nº absoluto) Brasil
Renda (em R$) Minas Gerais Renda (em R$) Brasil