glossário de cultura católica

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GLOSSÁRIO DE CULTURA CATÓLICA Termos ou Conceitos Coordenação JOSÉ EDUARDO FRANCO Autores ALEXANDRE HONRADO –CRISTIANA LUCAS –JOÃO INGLÊS FONTES JOSÉ CARLOS LOPES DE MIRANDA –JOSÉ EDUARDO FRANCO MANUEL SATURINO DA COSTA GOMES –P AULA CARREIRA PEDRO GIL –RUI A. COSTA OLIVEIRA –SUSANA ALVES MESTRADO,LICENCIATURA E CENTRO DE ESTUDOS EM CIÊNCIA DAS RELIGIÕES Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias 2010

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Glossário

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  • GLOSSRIODE CULTURA CATLICA

    Termos ou ConceitosCoordenao

    JOS EDUARDO FRANCO

    AutoresALEXANDRE HONRADO CRISTIANA LUCAS JOO INGLS FONTES

    JOS CARLOS LOPES DE MIRANDA JOS EDUARDO FRANCOMANUEL SATURINO DA COSTA GOMES PAULA CARREIRAPEDRO GIL RUI A. COSTA OLIVEIRA SUSANA ALVES

    MESTRADO, LICENCIATURA E CENTRO DE ESTUDOS EM CINCIA DAS RELIGIESUniversidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias

    2010

  • 3NOTA INTRODUTRIA

    A forte marca deixada em Portugal pelo Cristianismo na sua ex-presso institucional catlica teve como um dos efeitos,culturalmente significativos, a diversificao de um vocabulrioespecfico ligado ao universo das instituies da Igreja e, mais parti-cularmente, ao universo das suas instituies de vida consagrada ehierrquicas.Escasseiam ainda os instrumentos bibliogrficos que renam, de

    forma sistemtica, e definam, em estilo acessvel ao grande pblicointeressado, o conjunto dessa terminologia tcnica. Esta, com efeito,constitui um vocabulrio fundamental para a leitura assessorada dedocumentao histrica e at mesmo de textos actuais produzidosno mbito da Igreja Catlica.Por isso, entendemos que muito til a publicao de um glos-

    srio tcnico que poder servir de instrumento de consulta paratodos aqueles que se interessam em geral pela cultura catlica oudesenvolvam investigao nesta rea.Este glossrio foi elaborado no quadro do projecto Dicionrio

    Histrico das Ordens e Congregaes Religiosas Catlicas em Portugal,financiado pela Fundao para a Cincia e a Tecnologia e desen-volvido, com o Alto Patrocnio da Presidncia da Repblica, noCentro de Literaturas de Expresso Portuguesa das Universidadesde Lisboa, em parceria com o Centro de Histria da Universidadede Lisboa e com diversas outras instituies, entre as quais, o Insti-tuto Superior de Direito Cannico da Universidade Catlica Portu-guesa e o Centro de Estudos em Cincia das Religies da Universi-dade Lusfona. Teve tambm o contributo do projecto Documentos

  • 4sobre a Histria da Expanso Portuguesa Existentes no Arquivo Secreto doVaticano, financiado pela Fundao para a Cincia e a Tecnologiae realizado no mbito do Centro de Estudos dos Povos e Culturasde Expresso Portuguesa da Universidade Catlica Portuguesa.A redaco do presente glossrio foi realizada por um grupo de

    investigadores de diferentes reas de saber: Alexandre Honrado,Cristiana Lucas, Joo Ingls Fontes, Jos Carlos Lopes de Miranda,Jos Eduardo Franco, Manuel Saturino da Costa Gomes, PaulaCarreira, Pedro Gil, Rui A. Costa Oliveira e Susana Alves.

    JOS EDUARDO FRANCO

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    Nota Introdutria

  • 5AAbade Superior de um mosteiroou de uma congregao mons-tica, dotados de autonomia jur-dica. O termo deriva da palavraaramaicaAbba, que significa pai.A sua utilizao estendeu-se, tam-bm, sobretudo no Norte de Por-tugal, ao clero secular que presidea uma parquia, onde o povoa-mento do territrio esteve sob aaco intensa das Ordens Mons-ticas (abadias), cujo Superior tinhaeste ttulo.

    Abadessa Superiora de um mos-teiro ou de uma congregaomonstica. Sobre a origem dotermo, ver Abade.

    Aclito Leigo que ajuda o Pres-btero ou o Dicono nos actos deculto, acendendo e apagando asvelas e luzes da igreja, dispondo erecolhendo as alfaias e livros litr-gicos, na recepo das oferendasno Ofertrio, na distribuio dacomunho, na direco dos cn-

    ticos, no transporte da Cruz, doEvangelirio, da caldeirinha dagua benta ou turbulo e incenso,e ainda na administrao dostoques do sino. VerOrdens Menores.

    Acolitado ltima das ordensmenores. Ver Aclito.

    Adail Vocbulo de origem rabe,utilizado no contexto das OrdensMilitares, que designa o guia//batedor militar em territrio ini-migo.

    Administrador Apostlico Cl-rigo (Bispo ou Padre) que governaa ttulo especial uma diocese ououtra circunscrio eclesistica,em nome do Sumo Pontfice e pornomeao deste.

    Agregao Figura cannica, ini-cialmente aplicada s ordens ter-ceiras e alargada pelo ltimo C-digo de Direito Cannico a outrosinstitutos de vida consagrada, quepermite a filiao espiritual deum instituto noutro, sem afectar asua autonomia jurdica.

    GLOSSRIO FUNDAMENTAL

  • 6Agregados Termo que surgeaplicado, no mbito da Prelaturado Opus Dei, para designar os lei-gos membros da mesma que,comprometidos na misso da Pre-latura de procurar a santidade e deexercer o apostolado no trabalhoprofissional e nas circunstnciasnormais da existncia crist, resi-dem em casa prpria e vivem ocelibato apostlico.

    Alcaidaria-Mor Termo que sereporta quer ao cargo associado aoAlcaide-Mor, o responsvel peladefesa de um castelo e pela segu-rana da vila respectiva, quer srendas a ele inerentes.

    Anacoreta Etimologicamente,aquele que se retira do mundopara encontrar Deus, por meio deuma ascese marcada pelo rigoris-mo e despojamento de si. Todavia,os anacoretas no deixam de aco-lher hspedes e discpulos, con-duzindo muitas vezes fundaode comunidades sob a sua direc-o espiritual. Muitas destas comu-nidades acabaram por se institu-cionalizar, dando origem a novasordens ou integrando-se noutrasj existentes.

    Anata Imposto tradicionalmentepago Cmara Apostlica poraquele que era provido em certosbenefcios eclesisticos, equivalenteaos rendimentos do primeiro ano

    de usufruto do mesmo. Recebia adesignao deMeia-Anata quandoapenas incidia em metade dobenefcio.

    Apocrisirio Clrigo que estabe-lecia a ponte de contactos entre ahierarquia eclesistica e a autori-dade do Estado (Ministrio ex-tinto).

    Apostolado Termo que deriva deApstolo. Designa geralmente to-da a aco com vista evangeli-zao.

    Arcebispo Bispo que governauma arquidiocese e que est frente de uma provncia eclesis-tica e da respectiva metrpole(de onde tambm o nome deMetropolita), seja ela residnciaefectiva ou ttulo in partibus. Poroutras palavras, a designaodo Bispo Titular de uma diocesemetropolitana, que encabeauma provncia eclesistica. Hoje,este termo tambm atribudosimplesmente como ttulo hono-rfico a alguns bispos no-titulares.

    Arcediagado Nome dado, desdeo sculo IX, s circunscrieseclesisticas em que se dividiram asdioceses em vista facilitao doseu governo, correspondentes, emregra, s extensas parquias su-vicas e s terras medievais. Actual-mente, esta diviso deu origem aos

    Agregados Arcediagado

  • 7arciprestados ou vigararias. Porinerncia, o termoArcediagado foitambm aplicado para designar adignidade de Arcediago ou asrendas inerentes a este cargo.

    Arcediago Na sua origem, o ter-mo designa o primeiro dos di-conos escolhido pelos bispos paradirigir os restantes diconos eadministrar os bens da Igreja. Ovocbulo surge documentado des-de o sculo III, registando-se umaumento crescente da sua impor-tncia, que leva a que ele possasubstituir o Bispo no governo daDiocese, quando este se encontraausente da mesma, e que possaassumir um papel importante noseio dos cabidos das catedrais. Denomeao vitalcia, residiam emgeral nos arcediagados, exercendopoderes jurisdicionais como dele-gados do Bispo. Primeiro dignit-rio do cabido episcopal. Antiga-mente, era o decano dos diconosde uma Igreja.

    Arciprestado Circunscrio ecle-sistica que agrega diversas par-quias sob a coordenao de umarcipreste. O termo tambmaplicado para designar a dignidadede Arcipreste ou as rendas a elainerentes.

    Arcipreste Sacerdote que est frente de um arciprestado. Na suaorigem, designa o sacerdote que

    superintendia no Presbitrio e quecoadjuvava o Bispo no governo daDiocese, substituindo o Prelado,em caso de ausncia deste, nodesempenho das funes sagradas.

    Arquidiocese Circunscrio ecle-sistica governada por um arce-bispo e que funciona como igreja--me (Metrpole) ou principal deuma provncia eclesistica.

    Arquimandrita Chefe de ummosteiro, na Igreja oriental. Ttulotambm reservado ao responsvelde uma federao de mosteiros.

    Aspirantado Etapa formativaprvia ao Postulantado em ordem profisso religiosa. VerEtapas deFormao para a Vida Religiosa.

    Aspirante Candidato ou candidataque frequenta o Aspirantado.

    Assembleia Geral rgomximodeliberativo de uma associao.

    Associao de Fiis Agrupa-mento de fiis que tendem a rea-lizar determinados fins espirituaise apostlicos.

    BBailia Comendas ou casas agru-padas em provncias sujeitas aum mestre provincial.

    Arcediago Bailia

  • 8Bailiagem Termo utilizado naOrdem do Hospital para designaro territrio sujeito ao governo doBailio ou Prior da Ordem.

    Bailio Termo utilizado na Ordemdo Hospital para designar, quer oPrior da Ordem mais tardiamen-te tambm chamado de Mestre,possivelmente por contaminaodas outras ordens militares ,quer um conjunto coerente debens da Ordem, abarcando todoo patrimnio sujeito ao governodo Prior.

    Baliagem Ver Bailiagem.

    Balio Ver Bailio.

    Beatificao Processo prvio canonizao, mediante o qual a SApostlica aprova o culto pbli-co de um ou mais fiis designa-dos na primeira fase processualpor Venerveis e os prope, coma sua autoridade, comomodelo deperfeio crist a determinadaIgreja particular, sob o ttulo deBeatos. Ver Graus Hagiogrficos.

    Beato Aquele ou aquela que foibeatificado.

    Benefcio Termo oriundo dolxico feudal, ligado s relaes devassalagem, que surge aplicado aombito eclesistico no sentido deuma concesso dos proventos

    inerentes a determinado cargoou ofcio feito pela autoridade daIgreja, implicando, ou no, o seuefectivo desempenho.

    Bispado Outro nome dado a umadiocese ou ttulo in partibus.

    Bispo Termo que aparece em di-versos documentos dos inciosda Igreja, a par e, por vezes, deforma aleatria, ao lado do voc-bulo presbyter (presbtero), desig-nando cargo ou funo de autori-dade de uma comunidade de cren-tes. O seu sentido actual, deorganizador e chefe de uma igrejaparticular, em que se desenvolveo conceito de sucesso apostlicaradicado na eleio de Pedro (cf.Mt 16,18-19), vai-se fixando tam-bm, por inspirao colhida dediversos outros textos do No-vo Testamento (cf. Tt 1,7) e do-cumentos poste-riores da pocapatrstica (cf. Didaqu e Carta aosCorntios, de Clemente Romano).O Bispo detm, em plenitude, oSacramento da Ordem, e, exclu-sivamente nele, reside a facul-dade de transmisso da sucessoapostlica, que exerce, em comu-nho com os outros bispos, quan-do administra o Sacramento daOrdem, nos seus diversos graus.ComConstantino (dito deMilo,em 313), com o qual se consagroua liberdade de culto no Imprio, e,depois, com Teodsio (em 391-

    Bailiagem Bispo

  • 9-392), com o qual se declarou oCristianismo como religio oficialde Roma, os bispos assumiram afuno e as prerrogativas equipa-radas a prncipes do Estado, nogoverno das suas dioceses, coin-cidentes com a diviso adminis-trativa do Imprio. Ser nestequadro que se estruturar definiti-vamente a hierarquia eclesistica,hoje conhecida na Igreja latina doOcidente, com ttulos e denomi-naes (tradicionalmente usados,especialmente, em Portugal) paraos mais diversos servios e fun-es, e que se explicam, de formaabreviada e esquematizada, nou-tras definies contempladas nesteglossrio.

    Breve Documento pontifcio comformulrio mais simples que o daBula, generalizado a partir dopontificado de Eugnio IV (1431--1437), com vista a agilizar osprocedimentos da ChancelariaPontifcia.

    Brevirio Designao corrente dacompilao da Liturgia das Horaspara uso do clero e membros deinstitutos religiosos.

    Bula Documento pontifcio, cujonome deriva da forma de bolaassumida inicialmente pelo selo dechumbo que o autenticava. Comum formulrio prprio e comuma solenidade inerente aos pr-

    prios actos que procura regula-mentar, classifica-se normalmenteem sete categorias: encclicas, cons-tituies, decretos, decretais, bulasconsistoriais, bulas maiores e bulasmenores. O seu nome tomado daprimeira ou primeiras palavrasposteriores frmula inicial.

    CCabido Na sua origem, o termo,corruptela verncula de Captulo,designa o conjunto de clrigos queauxiliam o Bispo na administraoda Diocese e no assegurar da suavida litrgica, dando origem, so-bretudo nos primeiros sculos e aolongo do perodo medieval, averdadeiras comunidades religio-sas com todas as obrigaes coraisdo Ofcio Divino ou Horas Can-nicas. Tais comunidades so presi-didas pelo Prelado e regidas poruma Regra (em grego, Canon, deonde o nome de Cnegos ou Ca-nnicos, que cabe aos seus mem-bros). Com o tempo, tais comuni-dades acabaram por assumir con-figuraes diversas, quer enquantorgo colegial ligado Catedral deuma dada diocese, quer numa di-menso paroquial, enquanto corpode clrigos responsveis pelo asse-gurar do culto litrgico e da admi-nistrao dos bens de uma igrejamatriz sediada em ncleos urba-nos desprovidos de sede episcopal,

    Breve Cabido

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    ou em santurios de renome, desig-nando-se essas igrejas por Cole-giadas. Ainda que hoje estas cole-giadas sejam raras, o Cabido Cate-dralcio mantm importantes fun-es no governo das diocesescomo conselheiro e auxiliar dosbispos, os quais so obrigatoria-mente consultados por este em di-versos casos previstos pelo Direi-to, e assegurando a administraoda Diocese no caso de vacncia.

    Cmara Apostlica Organismoantiqussimo da Cria Romana,presidido pelo Cardeal Camerlen-go da Igreja. Com a colaboraodo Vice-Camerlengo e dos outrosPrelados de Cmara, desempenhadeterminadas funes, de acordocom leis peculiares. Quando a SApostlica est vacante, o CardealCamerlengo, ajudado pelos outrosmembros da Cmara, dispe detodo o necessrio para o bem daIgreja at que seja eleito o novoSumo Pontfice. O Papa podeconfiar a esta Cmara qualquertarefa.

    Canonizao Processo sucessivo Beatificao, mediante o qual a SApostlica estende Igreja univer-sal a aprovao do culto pblico deum ou mais beatos, propostos mesma Igreja universal comomo-delo de perfeio crist, sob o t-tulo de Santos (o nome supe ori-ginariamente a canonizao ou,

    do latim, regularizao de umculto precedente de facto).

    Cantor Elemento do coro de umaigreja ou encarregado de dirigir ocanto da assembleia.

    Capelania Servio eclesisticopastoral de assistncia a um deter-minado grupo de fiis (e.g.: militar,hospitalar, universitria, prisional,etc.). Na sua origem, o termo apa-rece aplicado ao encargo de asse-gurar o servio litrgico de sufrgiopor alma do dotador de uma deter-minada capela, ou seja, de um con-junto de bens, cujas rendas supor-tam os encargos com a sua celebra-o. O termo Capelania acaboutambm por se aplicar mais gene-ricamente ao servio litrgico desen-volvido em igrejas no paroquiais.

    Capelo Sacerdote responsvelpor uma capelania.

    Capelo Conventual Clrigo que,no interior de um convento, asse-gura as necessrias funes litr-gicas.

    Captulo rgo colegial que re-ne os representantes dos membrosde um instituto religioso a diversosnveis (local, provincial e geral),com competncias deliberativasdefinidas no Direito universal eprprio. Tambm designado nadocumentao por Cabido.

    Cmara Apostlica Captulo

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    Captulo Conventual rgocolegial de um mosteiro ou deuma casa de ordem religiosa comfunes consultivas e deliberativasde periodicidade varivel. Na suaorigem, o Captulo Conventual eracelebrado diariamente numa sala,por isso chamada do Captulo,para a celebrao do servio litr-gico e outras obrigaes religiosas,correco de faltas, etc.

    Captulo Geral rgo colegial, re-presentativo de um instituto religio-so, que tem a autoridade suprema.Congrega os superiores ou delega-dos das casas ou das provncias con-forme a orgnica de cada instituto,em regra presidido pelo SuperiorGeral. Embora a periodicidade,propsito emodo de funcionamen-to variem com as ordens e congre-gaes, o CaptuloGeral tem comofinalidade prpria a reviso e inter-pretao da Regra, a promulgaode Constituies e a imposio daobservncia das vigentes, a eleiodo SuperiorGeral e outras dignida-des, assim como a deciso em lti-ma instncia, salvo o que implicarecurso Santa S, sobre asmatriasao nvel temporal ou espiritualcom interesse para toda a ordem.

    Captulo Local Ver CaptuloConventual.

    Captulo Mestral Organismocolegial, associado s Ordens

    Militares, que congrega os seusdiferentes representantes (Prior doConvento, Comendadores) sob apresidncia do Mestre da ordem.

    Captulo Prioral Organismocolegial, relativo aos conventos dasOrdens Militares, que se rene soba presidncia do respectivo Prior.

    Captulo Provincial Organismocolegial representativo de umaprovncia religiosa com capacidadedeliberativa. Nele tomam parte oSuperior Provincial, como Presi-dente, os respectivos Conselheirose os Superiores e Delegados dasdiversas casas, pertencendo-lhesnomear superiores e oficiais da or-dem e velar pelo cumprimento daRegra e Constituies, bem comodecidir sobre assuntos ligados vida espiritual e temporal da Pro-vncia e das comunidades que a in-tegram.

    Cardeal Membro do Colgioeleitor do Papa, criado emConsistrio pelo Pontfice rei-nante em considerao de mritose servios prestados ou, de facto,por inerncia de cargo. Membros,o mais das vezes, do Colgio deBispos, nomeados pelo Papa paraseus conselheiros directos, compe-tindo-lhes, alm desta funo, aeleio atravs de Conclave,especialmente convocado donovo Papa, sempre que a sede pe-

    Captulo Conventual Cardeal

  • 12

    trina fica vacante. As funes doColgio Cardinalcio esto ex-plicitadas no Cdigo de DireitoCannico. O seu cnone 349define as trs funes: eleiocolegial do romano pontfice;conselho do romano pontficeno consistrio; ajuda individual aoromano pontfice no servio daIgreja universal, desempenhandofunes na Cria romana. Origi-nariamente, esta designao, pelomenos desde o sculo VI, eraatribuda ao Presbtero ou ao Di-cono, ordenado como titular deuma igreja, mas transferido paraoutra igreja a que ficava ligado. Apartir do sculo VIII, esta desig-nao passou a ser reservada aosclrigos, incardinados na igrejacatedral, que constituam o Conse-lho ou Senado do Bispo. Em Ro-ma, os cardeais estavam organiza-dos em trs escales: Cardeal--Dicono, encarregado da admi-nistrao do Palcio de Latro, dossete departamentos romanos edo cuidado dos pobres; Cardeal--Presbtero, responsvel por umadas cinco maiores igrejas de Roma(So Pedro, So Paulo, SoLoureno, Santa Maria Maior eSo Joo de Latro), onde dirigiao respectivo servio litrgico;Cardeal-Bispo, responsvel poruma das sete dioceses suburbic-rias de Roma, que assistia o Papanas cerimnias na baslica latera-nense. Este corpo cardinalcio

    constitua o Conselho ou Senadodo Papado, exercendo as funesde legados papais, enviados e re-presentante do Papa, durante osconclios. A partir do sculo XI, oColgio Cardinalcio passou acontar com cardeais oriundos dasdiversas dioceses domundo, sendoescolhidos em sesso especial doConsistrio, presidido pelo Papa.

    Cardeal Proto-Dicono Primeiroentre os cardeais-diconos. Umadas suas funes anunciar aopovo o nome do novo SumoPontfice eleito, ou ento impor,em nome do Romano Pontfice,os plios aos metropolitas. VerArcebispos.

    Carisma Complexo dos donsdivinos concedidos a uma pes-soa ou pessoas em ordem ao ser-vio do mundo. Patrimnioespiritual de um instituto (costu-mes, tradies, iderio, misso,natureza).

    Casa Religiosa Local onde habitauma comunidade religiosa, erectacanonicamente.

    Catequista Elemento da comuni-dade que ministra, em ordem iniciao crist, o ensino da Dou-trina da Igreja.

    Cavaleiro de Graa ou Devoo Estatuto honorfico atribudo a

    Cardeal Proto-Dicono Cavaleiro de Graa ou Devoo

  • 13

    certos indivduos pelo Gro-Mes-tre da Ordem de Malta, por suaexpressa vontade ou a pedido doPapa, reis e soberanos europeus,em princpio com aprovao dalngua de origem. No lhes eraexigida a prestao de provas denobreza e no podiam candidatar--se aos benefcios exclusivamentereservados aos cavaleiros profes-sos.

    Cavaleiro de Justia Primeiracategoria dos membros professosda Ordem de S. Joo do Hospitalou de Malta, que exigia, noPerodo Moderno, o estatutode nobreza do candidato e ocomprovativo de limpeza desangue.

    Cavaleiro de So Joo Termoque, na Ordem do Hospital ou deMalta, surge como sinnimo deFreires Cavaleiros, mais tardedesignados por Cavaleiro de Jus-tia.

    Cavaleiro Professo Termo que,na Ordem de Malta, correspondeaos freires professos, tambmditos Cavaleiros de So Joo ouCavaleiros de Justia.

    Celeireiro Ver Claveiro.

    Cenbio Local onde habita umacomunidade religiosa; o termorefora a dimenso comunitria da

    vivncia religiosa, em oposio aoeremitismo, marcado idealmentepelo primado da experinciasolitria sobre a comunitria.

    Cenobita Membro de uma comu-nidade, que partilha em comuma habitao, a mesa, os exerc-cios de piedade e o trabalho agr-cola ou artesanal. Subentende-semonge.

    Cidadela Termo utilizado nombito do Movimento dos Foco-lares para designar as comunidadespermanentes, tambm referidascomo Maripolis ou Cidades deMaria, onde residem os mem-bros consagrados do Movimento,e que servem como ponto deconfluncia dos diversos organis-mos e grupos e como espao deformao e de espiritualidade.

    Circarias Termo utilizado poralgumas ordens de cnegos regu-lares a partir do sculo XII, no-meadamente pelos Premonstra-tenses, para designar um grupo deabadias da ordem sujeitas visi-tao do Circator Annuus, ou seja,o Visitador Cannico designadoanualmente pelo Captulo Geralpara velar e inquirir sobre a situa-o espiritual e disciplinar dascomunidades que lhe so sujeitas.

    Claveiro Por vezes dito Celeireiro,o Claveiro era o responsvel pelo

    Cavaleiro de Justia Claveiro

  • 14

    aprovisionamento do Convento,mas tambm pelas chaves dotesouro e do arquivo conventual.O cargo era exercido por ummonge ou frade da comunidadeou, no caso das Ordens Militares,sobretudo as de filiao cistercien-se, por um freire cavaleiro.

    Colegiada Comunidade de cne-gos, presidida por um prior, resi-dente em igreja no catedralcia,designada tambm ela por IgrejaColegiada. Ver Cabido.

    Colegiais Membros de um col-gio, seja ele entendido no sentidouniversitrio, ou enquanto rgointegrado por iguais, ou queenvolve um grau mais ou menosalargado de participao.

    Colegiatura Conjunto de rendi-mentos que permitia suportar afrequncia de estudos universitriospor parte de ummembro de qual-quer ordem residente num colgiocriado para o mesmo fim.

    Colgio de Cardeais Tambmdesignado por Sacro Colgio, cor-responde originariamente ao cleroda Urbe (pelo que, aos seus mem-bros, ainda inerente o ttulo deuma Igreja em Roma. presididopelo Cardeal Decano e tem porfinalidade principal eleger o Ro-mano Pontfice e assisti-lo nas suasfunes de governo (e.g., na pre-

    sidncia dos Dicastrios ou Con-gregaes da Cria), entre outrasque lhe sejam por ele atribudas.Em correspondncia formal e re-sidual com as trs Ordens doClero, so trs as categorias ou or-dens de Cardeais: Cardeais-Bispos,Cardeais-Presbteros e Cardeais--Diconos (sendo hoje de factoquase todos Bispos).

    Comenda Conjunto de bens deuma ordem militar confiada ad-ministrao de um comendador.

    Comendadeira Membro de umconvento feminino das OrdensMilitares, podendo ou no ter aseu cargo a administrao dealguns bens da casa.

    Comendador Em regra, era umfreire cavaleiro, a quem se enco-mendava a administrao de umconjunto de bens da respectivaordem militar.

    Comendador-Mor Era o respon-svel, no mbito das Ordens Mili-tares, pela administrao dos bensdo Convento e da Comenda anexa(a Comenda-Mor). Comandava ahoste da milcia e substitua oMes-tre em caso de morte ou de impe-dimento.

    Comissrio Aquele que recebeuma misso de governo no ins-tituto, ou para tarefas especiais.

    Colegiada Comissrio

  • 15

    Completas ltima hora canni-ca ou tempo de orao do OfcioDivino, celebrada antes do descan-so nocturno. VerLiturgia das Horas.

    Comunidade Religiosa Conjun-to de pessoas que vivem numacasa religiosa.

    Cnego Aquele que observa esegue um cnone; o termo desig-nou inicialmente os clrigos inseri-dos nas dioceses e em relao como Bispo, quer os que se encontra-vam investidos de uma dignidadejunto de uma catedral ou colegia-da, com tarefa predominantemen-te litrgicas, quer aqueles queoptavam por uma profisso sole-ne, pela qual se comprometiamnuma vida em comum, inspiradapelo modelo da comunidade apos-tlica e regulada por um texto nor-mativo (a Regra de Santo Agosti-nho ou outra). Actualmente, oCaptulo de Cnegos, quer cate-dralcio, quer de colegiada, oColgio de Sacerdotes, que tm odever de celebrar as funes litr-gicas mais solenes na Igreja Cate-dral ou Colegiada; alm disso,compete ao Cabido Catedralciodesempenhar as funes que lheso confiadas pelo Direito oupelo Bispo Diocesano. Ver Cabido.

    Cnego Magistral Cargo doCabido. Designam-se CnegosMagistrais todos os que perten-

    cem a cabidos com escola catedra-lcia.

    Cnegos Regrantes Ver CnegosRegulares.

    Cnegos Regulares Designadospor evidente pleonasmo etimol-gico (originariamente, o Cnego precisamente o clrigo que assumeem comunidade a prtica de umaRegula ou Canon), so clrigos quevivem de facto em comunidademonstica, professando os votosreligiosos e sujeitos a uma Regra.

    Cnegos Seculares So os cne-gos que, procedendo do clero se-cular, integram os cabidos catedra-lcios sem estarem vinculados pelaprofisso dos votos religiosos, po-dendo assim possuir bens pessoaise no sendo obrigados a todas asexigncias da vida em comunidade.

    Conezia Dignidade e respectivasrendas associadas funo cano-nical.

    Confessor 1. Presbtero que exer-ce o ministrio do Sacramento daReconciliao ou da Penitncia,com a devida autorizao do Bis-po, numa determinada igreja oucasa religiosa. 2. Ttulo hagiogr-fico usado, a partir de S. Martinhode Tours, para designar os fiis nomrtires a quem a Igreja sancio-nava um culto pblico.

    Completas Confessor

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    Confraria Associao voluntriaem que se agrupam os irmos (lei-gos e/ou clrigos) para um auxliomtuo, tanto no material como noespiritual.

    Congregao Instituto religiosodefinido como tal por Direitoprprio ou por Direito que regecada instituto religioso. Na suaacepo tpica, elaborada duranteo Perodo Moderno, a Congrega-o designava um grupo de reli-giosos que emite votos simples eno solenes, fossem eles tempor-rios ou perptuos, e que estavamligados entre si por um voto deobedincia. O actual Cdigo deDi-reito Cannico (1983) acabariapor eliminar as distines genricasentre as congregaes e os restan-tes institutos religiosos, fazendodepender a respectiva especifici-dade dos textos legais produzidospor cada congregao.

    Congregao Geral Organismocolegial equivalente ao CaptuloGeral.

    Congregao Missionria Ins-tituto religioso votado especialmen-te para a actividade missionria.

    CongregaoMonstica Federa-o ou reunio de um certo n-mero de mosteiros independentessob as ordens do mesmo Superior,sem que tal afecte a autonomia dos

    mesmos, procurando, sobretudo,garantir a regularidade da obser-vncia da vida monstica, pormeio das visitas efectuadas peloreferido Superior.

    Congregao Romana VerDicas-trio.

    Cngrua Contribuio dos fiis deuma determinada parquia para osustento do Proco e subsdiodas despesas da vida paroquial.

    Conselheiros Religiosos quefazem parte do Conselho de umsuperior (a diversos nveis).

    Conselho da Casa Organismoque rene os conselheiros de umacasa religiosa.

    Conselho de Zona rgo admi-nistrativo do Movimento do Fo-colares, que rene os responsveisdas comunidades do Movimentode uma dada zona, sob a presi-dncia dos responsveis de zona(masculino e feminino), os quaistm estatutariamente o ttulo deDelegados da Presidente doMovi-mento a nvel internacional.

    Conselho Geral Organismo querene os conselheiros do SuperiorGeral.

    Conselho Pontifcio Organismoda Cria Romana com funes de

    Confraria Conselho Pontifcio

  • 17

    aconselhamento e de administra-o de uma dada rea de interven-o eclesistica (e.g.: para a Inter-pretao dos Textos Legislativos,para o dilogo Inter-Religioso,da Cultura, etc.).

    Conselho Provincial Organismoque rene os conselheiros doSuperior Provincial.

    Conselhos Evanglicos Dimen-ses estruturantes da consagraoreligiosa (pobreza, castidade eobedincia), assumidas sob a for-ma de votos ou de outros vnculossagrados.

    Constituies Cdigo fundamen-tal de um instituto religioso, quepode assumir duas funes: porum lado, como texto que comple-ta a Regra original para a inter-pretar e adaptar a circunstnciasnovas e organizar uma famlia re-ligiosa, determinando o seu gover-no e modo de vida; por outro lado,como texto que pode substituir aRegra e exercer as funes desta,facto que se tornou comum, sobre-tudo a partir da poca Moderna.

    Convento A palavra latina conventusdesigna uma comunidade reunidae, a este ttulo, constantementeempregue durante a Idade Mdiatanto para homens como para mu-lheres. Com a criao das OrdensMendicantes, o termo aplicado

    tambm para designar uma casareligiosa, distinta de um mosteiro,pela ausncia de voto de estabi-lidade. No caso das ordens milita-res, o termo designa a Casa-Me ousede daMilcia, integrando, para ldo Prior, dos freires clrigos, dosfreires serventes e dos oficiais dacasa, um conjunto varivel defreires cavaleiros encimado peloComendador-Mor.

    Converso Irmo leigo, principal-mente destinado a trabalhos do-msticos ou agrcolas e ao contactocom os externos clausura.

    Copista Normalmente, membrode uma comunidade conventual oumonstica que fazia a cpia, res-tauro ou ilustrao dos Livros Sa-grados e outros documentos ecle-sisticos.

    Costados Expresso indicativa daascendncia nobre de um indiv-duo e da sua antiguidade.

    Cura Proco ou Presbtero auxiliardo Proco, geralmente residenteem lugar remoto, dependente daParquia. Lit.: O que tem a seucargo a cura animarum.

    Curado Que diz respeito a umcurato ou benefcio pertencente ouassegurado por um sacerdote de-signado por Cura (em latim, cura,aquele que cuida).

    Conselho Provincial Curado

  • 18

    Curato Termo utilizado para de-signar, quer o benefcio eclesisticoassociado actividade pastoral doCura, ou seja, do presbtero apro-vado por Direito e encarregado dapregao e da administrao dossacramentos, quer a circunscrioterritorial respectiva (equivalente,ou no, a uma parquia), quer osrendimentos a ele associados.

    Cria Estrutura de apoio adminis-trativo e pastoral a uma instituioeclesistica.

    Cria Diocesana Conjunto deinstituies e pessoas que prestamservio ao Bispo Diocesano nogoverno de uma diocese.

    Cria Geral Conjunto de or-ganismos e pessoas que pres-tam servio ao Governo Geral deuma ordem ou congregaoreligiosa.

    Cria Provincial Conjunto deorganismos e pessoas que prestamservio ao governo de umaprovncia religiosa.

    Cria Romana Conjunto de di-castrios e organismos que apoiamo Romano Pontfice no governoda Igreja universal.

    Custdia 1. Circunscrio religio-sa, dependente de uma provnciaou do Superior Geral da ordem,

    que agrupa diversos conventos oucasas religiosas. 2. Termo utilizadopara designar o objecto litrgicoonde se coloca a hstia consagradapara expor adorao dos fiis.

    Custdio Nome dado ao superiorde uma Custdia. Membro deuma comunidade religiosa que ti-nha a responsabilidade de guardare defender um lugar sagrado ouigreja. Funo restringida a certascircunstncias pontuais, mais decarcter simblico, como, porexemplo, a guarda do Santo Sepul-cro, em Jerusalm.

    Custdio Geral Nome dado aoSuperior Geral de algumas ordens.

    DDeo Dignidade canonical; sacer-dote que est frente do Cabido.

    Decano 1. O mais velho de umcolgio. 2. Director de uma Fa-culdade.

    Decenais Cartas peridicas aque hoje chamaramos relatrios.

    Dcima Imposto de cariz inicial-mente militar, criado em 1641,que, com a reforma de Mouzinhoda Silveira (1832), seria substitudopor novas modalidades: a dcimade prdios, a dcima de foros

    Curato Dcima

  • 19

    ou de explorao de prdios rs-ticos.

    Defensor 1. Tinha a seu cargo adefesa das igrejas, dos pobres edas vivas. 2. do vnculo ouda profisso Jurista de parteem causas de nulidade de ma-trimnio ou profisso religiosa.

    Definidor Geral Nome dado aoSuperior Geral de algumas or-dens.

    Definitrio Outro nome dado aoConselho Geral ou Provincial dedeterminadas ordens.

    Delegao ouDelegacia Estru-tura organizativa de um institutoem fase inicial de desenvolvimentonum dado territrio.

    Delegado Aquele que est frente de uma delegao.

    Demissrias Cartas passadaspelo Ordinrio (Bispo, Abade ououtro superior religioso) atestan-do a comunho com o encardi-nado.

    Dicono O primeiro grau do Sa-cramento da Ordem designadoDiaconado. O detentor destettulo, tal como se depreende daetimologia da palavra, desempe-nha funes de servio (Diaconia)e, no ainda, de Sacerdcio. Pela

    ascenso a este grau, o fiel torna-seClrigo e passa a fazer parte dahierarquia eclesistica. As suastarefas, em contexto eclesial, so asde direco e administrao dasactividades sociocaritativas, junto dacomunidade, coadjuvando o Pres-btero ou o Bispo, nas celebraes,assim como a de representar aIgreja em actos de rito sacramental,tais como o Baptismo, o Ma-trimnio e a Uno dos Enfermos.

    Dicastrio Organismo da CriaRomana, geralmente presididopor Cardeal ou Arcebispo, e equi-valente a umministrio dos gover-nos dos Estados.

    Diocese Estrutura eclesisticaou igreja particular governadapor um bispo, ou ento a porodo Povo de Deus confinada a umdeterminado territrio.

    Director Espiritual Religioso(a)ou Sacerdote encarregado da for-mao espiritual e de conscinciade religiosos, candidatos s ordens,ou simples fiis.

    Directrio Documento normati-vo de um instituto religioso.

    Discretrio Outro nome dadoao Conselho em determinadasordens.

    Dzima Ver Dzimo.

    Defensor Dzima

  • 20

    Dzimo Imposto de cariz eclesis-tico que incidia sobre a dcimaparte da riqueza, da produo e dorendimento estimado para as acti-vidades profissionais, generali-zado a todos os fiis a partir dosculo XII.

    Donato Ver Oblato.

    EEcnomo (a) Pessoa que admi-nistra os bens temporais de umainstituio eclesistica ou religiosa.Antigamente, era o administradordos bens das igrejas. Actualmente,tem esta designao a funodesempenhada pelo membroreligioso que administra os bens,gere as compras, as receitas, asdespesas e o patrimnio dacomunidade a que pertence.

    Eremita Aquele que escolhe viversozinho num lugar deserto ou ina-bitado para se consagrar orao,ao contrrio do Cenobita, quevive em comunidade. Os eremitasabraaram a vida asctica, vivendoo isolamento total, em cabanas egrutas individuais, alimentando-sedo que recebem das esmolas. (VerAnacoreta.)

    Eremitrio Lugar para onde umou vrios eremitas se retiram e seconsagram orao, podendo in-

    cluir algumas estruturas de habi-tao ou destinadas ao acolhi-mento de hspedes e mesmoalgumas terras cultivadas pelosseus habitantes.

    Errantes Pessoas que seguemuma determinada Regra de vidareligiosa, em itinerncia perma-nente, vivendo da mendicidade.

    Escolasticado Casa religiosaonde residem os religiosos em for-mao.

    Escolsticos Religiosos em for-mao que constituem o Escolas-ticado.

    Estatutos Religiosos Conjuntode normas de um instituto deaprovao pontifcia ou dioce-sana.

    Estipndio Oferta dada pelos fiisaquando da celebrao da Eu-caristia ou outros actos sacra-mentais, sujeita a regulamentaoda autoridade eclesistica compe-tente.

    Etapas de Formao para a VidaConsagrada Ver Aspirantado;Postulantado; Noviciado; Juniorado.

    Exclaustrao Perodo em queo religioso vive fora da casareligiosa, segundo as normascannicas.

    Dzimo Exclaustrao

  • 21

    Exorcista Ordem especial atri-buda pelo Bispo a certos candi-datos ao Sacerdcio, para exercero mnus de expulsar demnios.Ver Ordens Menores.

    FFlamengas Freiras da Ordem deSanta Clara que se instalaram, nosculo XVII, num convento emLisboa, fugidas da Flandres, nasequncias das perseguies calvi-nistas. Este mosteiro ficou conhe-cido por Convento das Flamengas.

    Fossrio Tinha a seu cargo a se-pultura dos mortos (quando no in-terior das igrejas). Ocupao actual-mente desempenhada pelos covei-ros, de responsabilidade autr-quica.

    Frade Nome corrente que se da um religioso em numerosasordens. Cabe por excelncia stradicionalmente designadas porMendicantes, de nova feiourbana, em certa contraposio aoMonge.

    Frei Abreviatura de Freire. Usa--se anteposto ao antropnimopara indicar os religosos, indepen-dentemente de serem leigos ouclrigos.

    Freira Feminino de Frade.

    Freire Religioso ou Frade. Termomais usado para designar os mem-bros das Ordens Militares.

    Freire Capelo Termo que, naOrdem do Hospital ou de Malta,designa os freires professos decarcter clerical, que asseguram asfunes litrgicas nos conventosda Ordem.

    GGro-Chanceler Oficial encarre-gado, nas OrdensMilitares com di-menso internacional, da valida-o dos documentos emanadosdos respectivos organismos diri-gentes.

    Gro-Mestre Nas Ordens Mili-tares de dimenso internacional,onde havia por vezes mestresprovinciais, designa o SuperiorGeral da ordem.

    Gro-Prior Aquele que preside aoGro-Priorado.

    Gro-Priorado Unidade territo-rial e administrativa vigente naOrdem do Hospital ou de Malta,dirigida por um freire cavaleiro o Gro-Prior , integrada emunidades mais vastas (as Lnguasou Naes) subordinadas aoMestre Geral da Ordem. No casoportugus, o Gro-Priorado ti-

    Exorcista Gro-Priorado

  • 22

    nha a sua sede no Convento doCrato.

    Graus Hagiogrficos Ttulosprocessuais, criados pelos canonis-tas de Urbano VIII, que passaram,depois, a fazer parte da terminolo-gia cannica. Ver Servo de Deus;Venervel; Beato; Santo.

    Guardio Designao dada ao Su-perior de um convento francis-cano.

    HHermeneuta ou Intrprete Mem-bro de uma comunidade religiosaque tem como ocupao a tra-duo, em vrias lnguas, no s daEscritura, mas tambm dos ser-mes e prticas homilticas dosbispos.

    Horas Cannicas Ver Liturgia dasHoras.

    IIgreja Prelatcia Templo que asede do Prelado de uma prelatura.

    Imposto de Passagem Termoutilizado, na Ordem de Malta,para designar a taxa paga Or-dem pelos candidatos profisso

    religiosa, com vista ao ingressodefinitivo na mesma como freiresou cavaleiros professos, corres-pondente a uma forma simb-lica de remisso da obrigao deestadia no convento central, emMalta.

    Incardinao Acto jurdico peloqual um clrigo fica adscrito a umadada estrutura eclesistica (Dioce-se, Instituto Religioso, PrelaturaPessoal, Sociedade de Vida Apos-tlica e ainda Instituto Secular), deacordo com a Lei Cannica.

    Instituto (Ordem, Congregao)de Direito Diocesano Ins-tituto religioso ou secular aprova-do pelo Bispo Diocesano e queainda no recebeu a aprovaopontifcia.

    Instituto (Ordem, Congregao)de Direito Pontifcio Institutoreligioso ou secular aprovado pelaSanta S.

    Instituto de Vida Consagrada Instituto que rene pessoas consa-gradas, algumas das quais vivemnum instituto religioso e outrasnum instituto secular.

    Instituto Religioso Agregado depessoas consagradas que emitemvotos pblicos perptuos ou tem-porrios e vivem a vida fraternaem comum.

    Graus Hagiogrficos Instituto Religioso

  • 23

    Instituto Secular Agregado depessoas consagradas que vivem nosculo e que se esforam porsantificar o mundo no seio dasociedade, vivendo os ConselhosEvanglicos com vnculos sa-grados.

    Interstcios Intervalos de tempoque por norma devem decorrerentre dois estdios hierarquica-mente sucessivos, em contexto deformao ou de eleio.

    Irm Religiosa ou Freira.

    Irmo Religioso ou Frade.

    Irmo Terceiro Nome para de-signar trs identidades: secular,regular e os membros das reco-lectas.

    JJuniorado Etapa de formaode um instituto religioso que me-deia entre a primeira profisso ea profisso perptua. Ver Etapasde Formao para a Vida Consa-grada.

    Juramento No contexto das no-meaes episcopais, alude ao com-promisso de obedincia ao Papafeito pelo Bispo apresentado peloRei ou por outra autoridade com-petente.

    L

    Laborante Ver Fossrio.

    Laudes Hora do ofcio litrgicocelebrada ao amanhecer. Etimolo-gicamente, louvores da manh.Ver Liturgia das Horas.

    Legado (Pio) 1. Oferta pia ads-crita a determinadas obrigaespor sufrgio de alma. 2. Enviadoespecial em representao de umaautoridade superior.

    Legado Pontifcio Enviado emnome e por mandato do RomanoPontfice como representante seujunto dos Estados, das organiza-es internacionais ou das comu-nidades catlicas.

    Leitor Fiel institudo para fazer asleituras da Sagrada Escritura comexcepo do Evangelho, que sdeve ser proclamado por ummembro ordenado. Ver OrdensMenores.

    Leitorado Funo do Leitor.

    Lngua Tambm designada porNao. Originalmente, o termodesignava um agrupamento demestres e de estudantes universi-trios de acordo com a respectivaprovenincia geogrfica, com ofi-ciais e competncias prprias. No

    Instituto Secular Lngua

  • 24

    mbito das ordens religiosas, omesmo foi adoptado pela Ordemdo Hospital ou de Malta na orga-nizao do Convento Central,vindo a traduzir-se, mais tardia-mente, em divises administrativasque agrupavam diversos gro--priorados em funo de unidadesgeogrficas ou lingusticas maislatas, todas elas sujeitas ao governodo Gro-Mestre.

    Liturgia das Horas Igual a Of-cio (Divino) ou Horas Cannicas.Esquema de orao de origemmonstica, com base na recitaoou canto de salmos e hinos e naleitura de textos bblicos ou reti-rados da Tradio da Igreja, dis-tribuda pelas diversas horas dodia. Tornada orao oficial e uni-versal da Igreja, ela tambmreferida por associao ao livroque a condensa, o brevirio.

    MMadre Superiora Superiora en-carregue de dirigir uma comunida-de religiosa feminina, no mbitodas Ordens Mendicantes ou deuma congregao religiosa.

    Mantelata Denominao usadanos sculos XIII-XVI para indicaras mulheres mais empenhadas reli-giosamente, sem que tal implicasseo abandono do estatuto secular ou

    a emisso de quaisquer votos p-blicos; em muitos casos, o termoaparece associado s mulheresligadas s ordens terceiras ou queoptam por formas de vida religiosade maior radicalidade, individual-mente ou em pequenos grupos,constituindo pequenos beatrios.

    Matinas Hora do Ofcio Divinocelebrada durante a noite, commaior espao para as leituras b-blicas ou retiradas da Tradioda Igreja. Aps a reforma litr-gica conciliar, esta Hora recebeuo nome de Ofcio de Leitura,podendo ser recitada noutra alturado dia. Ver Liturgia das Horas.

    Meia-Anata Ver Anata.

    Meia-Rao Ver Rao.

    Mendicante, Ordem Ordemreligiosa composta por frades queprofessam votos e que se distin-guem das ordens monsticas pelaausncia de voto de estabilidade,dando primazia vida comunitria, actividade pastoral e vivnciada pobreza, no apenas comuni-tria mas tambm individual. Otermo mendicante reporta-se memria original das ordens, ondea pobreza individual se associava errncia e mendicncia.

    MesaMestral Conjunto de bensde uma ordem militar postos

    Liturgia das Horas Mesa Mestral

  • 25

    disposio dos mestres. A forma-o das mesas mestrais data dasegunda metade do sculo XIII.

    Mestra Freira ou monja encar-regue da direco das novias oupostulantes.

    Mestrado Expresso utilizada, nasOrdensMilitares, para designar so-bretudo o governo de um mestre cabea da respectiva ordem,embora possa ser sinnimo deMesa Mestral e adquirir, por vezes,um sentido territorial.

    Mestre Eleito pelos freires de umadeterminada ordem militar emCaptulo Geral, era ele quem diri-gia e representava a Milcia. To-dos lhe deviam obedincia, in-cluindo o Prior-Mor e os freiresclrigos.

    Mestre(a) de Novios(as) Ele-mento encarregue, dentro dacomunidade religiosa, do acompa-nhamento e direco dos candi-datos ao seu instituto durante orespectivo perodo de formao.Ver Noviciado.

    Mestre Geral Superior Geral dealgumas ordens religiosas.

    Metropolita Arcebispo que residena capital da provncia eclesis-tica, com funes e poder adminis-trativo sobre as dioceses sufrag-

    neas. especialmente vigilante daf e da disciplina eclesistica, fazas necessrias visitas cannicas econvoca os conclios provinciais

    Milcia Corpo militar; o termo aplicado particularmente s Or-dens Militares, pois estas renemum grupo de cavaleiros a par dosfrades que levam uma vida con-ventual.

    Ministro Extraordinrio da Co-munho Leigo institudo noministrio da administrao daComunho, na falta de ministrosordinrios, i.e., clrigos.

    Misses Ad Gentes Actividademissionria junto de povos querecebem pela primeira vez o Cris-tianismo ou que esto em fase decrescimento na vida crist.

    Moos eMoas de Coro Termosutilizados para designar os elemen-tos da comunidade religiosa asso-ciados ao canto durante o ofciocoral, que no professam ou aindano professaram os respectivosvotos.

    Monge Homem que se retira domundo para viver em ascese e parase consagrar orao num mos-teiro, em comunidade, e que levauma existncia submetida Regrada sua ordem, aps ter pronuncia-do os votos solenes de pobreza,

    Mestra Monge

  • 26

    castidade e obedincia nas mosdos seus superiores.

    Monja Mulher que consagra a suavida a Deus, tal como o Monge.Religiosa de clausura.

    Monsenhor Ttulo usado emmuitos pases para designar osBispos. O seu uso tambm con-cedido pela Santa S, adscrito acertas honorificncias (Proto-notrio, Camareiro, Capelo, Pre-lado Domstico, etc.) a sacer-dotes que se destaquem no servioda Igreja.

    Mosteiro Conjunto de instalaesonde vive uma comunidade demonges ou de monjas.

    Movimento Agrupamento depessoas que vivem sob um ideal devida e de apostolado definidonos respectivos Estatutos e apro-vados pela autoridade eclesisticacompetente.

    Mura Tambm dita familiarmen-te Romeirinha. Trata-se da vestecoral (prpria para o canto doOf-cio) usada pelo clero. uma vesteem forma de crculo aberto nopeito e no pescoo que cobre osombros por cima do sobrepeliz at altura do cotovelo. de cor ne-gra, roxa ou prpura consoante asordens e distines honorficas doclero.

    NNao Ver Lngua.

    Noa Hora do ofcio litrgicocelebrada cerca das 15 horas, horaem que Jesus expirou. Ver Liturgiadas Horas.

    Nona Ver Noa.

    Noviciado Perodo de provaodeterminado para aqueles queaspiram a entrar num institutoreligioso antes da emisso dos vo-tos religiosos. Ver Etapas de For-mao para a Vida Consagrada.

    Novio(a) Do latim novicius/a(novo, recm-chegado), o nomepor que conhecido aquele(a) que admitido(a) ao perodo deprovao e discernimento queantecede a emisso de votosreligiosos. VerNoviciado; Etapas deFormao para a Vida Consagrada.

    Numerrios (Membros) O ter-mo surge aplicado, no mbito daPrelatura do Opus Dei, para desig-nar os leigos membros da mesmaque, comprometidos na misso daPrelatura de procurar a santidadee de exercer o apostolado no tra-balho profissional e nas circuns-tncias normais da existncia cris-t, vivem o celibato apostlico,tm disponibilidade para as tarefas

    Monja Numerrios (Membros)

  • 27

    de governo e formao prpriasda Prelatura e, em muitos casos,residem em centros da Prelatura.

    Numerrios (Scios) Membrosde primeira ordem de uma associa-o. Em certas associaes canoni-camente erectas, a distino dossupra-numerrios traduz-se demaneira mais visvel por uma vidafora das casas prprias da institui-o e numa colaborao propor-cional ao prprio estado de vidana prossecuo dos respectivosfins.

    Nncio Apostlico Ver LegadoPontifcio.

    OOblato Do latim oblatus, particpiopassado passivo do verbo offerre(oferecer), o termo designa umapessoa que se oferece a Deus, ouuma criana que oferecida pelosseus pais. Sob esta designao in-cluam-se sobretudo as crianasque, desta forma, eram confiadasaos cuidados de uma comunidadereligiosa, hbito que se encontradocumentado desde as origens domonaquismo e que seria oficial-mente suprimido apenas com oConclio de Trento (1545-1563).Designa tambm pessoa ligada espiritualidade de uma ordem ouinstituto religioso.

    Ofcio Divino Ver Liturgia dasHoras.

    Oratrio Lugar institudo, comlicena do Ordinrio, para o cultodivino, em favor de algumacomunidade ou grupo de fiisque nele se rene.

    Ordem 1. Nome clssico dado aum instituto religioso que sedesenvolveu institucionalmenteno mbito da emergncia domonaquismo cristo no perodoprotomedieval. 2. Sacramento porantonomsia referido colao doSacerdcio, mas atinente em rigoraos trs ministrios ou ordensda hierarquia sagrada (Diaconado,Presbiterado e Episcopado).

    Ordens do Clero Ver Ordens Sa-gradas.

    Ordens Maiores Trata-se dosgraus do clero: Dicono, Presb-tero e Epscopo (Bispo).

    Ordens Menores Recentementereduzidas aos ministrio de Leitore Aclito, designavam os graus in-feriores do clero: Ostirio, Exor-cista, Leitor, Aclito e Subdicono.Acedia-se-lhes pela Prima Tonsura.Os antigos graus inferiores doclero eram funes ministeriais,conferidas por ordenao, conhe-cidas j no sculo V, e que foramabolidas pelo Conclio Vaticano II.

    Numerrios (Scios) Ordens Menores

  • 28

    Actualmente, estas funes sodesempenhadas por leigos in-vestidos especialmente nas funesde Aclito, de Leitor e de Minis-tro Extraordinrio da Comunho.

    Ordens Sagradas Tambm deno-minadas Ordens do Clero. Noantigo Direito Cannico, havia adistino entre Ordens Maiores eOrdens Menores, distino essaque foi abolida na Igreja Latina,com a reforma cannica, realizadana sequncia do Conclio Vatica-no II, passando algumas das Me-nores a chamar-se Ministrios.As Ordens Menores, que consti-tuam uma espcie de fases depreparao para o Sacramento daOrdem, eram o Ostiariado, o Lei-torado, o Exorcistado e o Aco-litado. Alm destas havia outrasetapas intercalares, de preparaopara o Sacerdcio, que eram aPrima Tonsura e o Subdiaconado.As OrdensMaiores encerravam ostrs graus do Sacramento da Or-dem: Diaconado, Presbiterado eEpiscopado.

    Ordinrio Designao que, almdoRomano Pontfice, cabe aos bisposdiocesanos e a outros que, mesmos interinamente, tm jurisdiosobre uma igreja particular ou umacomunidade equiparada e ainda osque, nas mesmas, tm poder exe-cutivo ordinrio geral, a saber, osvigrios gerais e episcopais; do

    mesmo modo, para com os seussbditos, os superiores maioresdos institutos religiosos clericais dedireito pontifcio e das sociedadesclericais de vida apostlica de direitopontifcio, que tenham pelomenospoder executivo ordinrio.

    Ordinrio do Lugar Todosaqueles que so referidos comoordinrios, exceptuando os supe-riores dos institutos religiosos edas sociedades de vida apostlica.

    Ostirio Imediatamente a seguirao Subdicono, o Ostirio tinha aseu cargo a abertura e encerra-mento das portas da igreja, e ocuidado das alfaias do culto. VerOrdens Menores.

    Ouvidor Sacerdote que est frente da Ouvidoria.

    Ouvidoria Estrutura eclesisticasemelhante ao Arciprestado queagrega diversas parquias, sob acoordenao do sacerdote Ouvi-dor.

    PPadre Nome vulgarizado paradesignar o detentor do segundograu do Sacramento da Ordem: oPresbtero. No plural designatambm os participantes de umConclio ou de um Snodo e, ain-

    Ordens Sagradas Padre

  • 29

    da, em sentido teolgico e literrio,os grandes autores das letrascrists dos primeiros oito sculos(Padres da Igreja).

    Pagem Magistral Categoria vi-gente na Ordem do Hospital oudeMalta, que designa os membrosmais jovens da Ordem, entre os 11e os 15 anos, admitidos ao serviodo Gro-Mestre.

    Papa Bispo de Roma. Cabea doColgio dos Bispos com jurisdiouniversal sobre a Igreja Catlica.A sua S Episcopal So Joo deLatro.

    Parabolano Membro da comuni-dade religiosa que se dedicava cura dos enfermos (funo extinta).

    Proco Sacerdote nomeado peloBispo para presidir adminis-trao de uma Parquia, no planopastoral, sacramental e no governodos bens da comunidade paro-quial.

    Parquia Comunidade de fiis,constituda canonicamente numadiocese, cuja cura pastoral, sob aautoridade do Bispo Diocesano,est confiada ao Proco, como seupastor prprio.

    Patriarca Bispo de um Patriar-cado. Na Igreja latina doOcidente, um ttulo ad honorem reservado a

    alguns bispos, exclusivamente porrazes de tradio histrica (casodo Patriarcado de Veneza, criadoem 1451, em substituio do ex-tinto Patriarcado de Aquileia; Pa-triarcado da ndias Ocidentais,com sede emMadrid; Patriarcadode Lisboa, criado em 1716, porClemente XI; e Patriarcado da n-dias Orientais, atribudo cidadede Goa [ex-ndia portuguesa],por Leo XIII). Em registo b-blico, atribui-se esta designao sgrandes figuras do Antigo Testa-mento (e.g., Abrao, Isaac, Jacob,Moiss). Em registo do Cristianis-mo primitivo, designa os titularesdas cinco principais ss episcopaisda Cristandade: Roma, Antioquia,Alexandria, Constantinopla e Jeru-salm. O Patriarca de Moscovo(terceira Roma, aps a queda deConstantinopla) representou umasucesso deste ltimo.

    Patriarcado Circunscrio ecle-sistica com determinada autono-mia jurdica, equivalente a umaMetrpole de Metrpoles e atri-buda a sedes episcopais suma-mente venerveis por sua antigui-dade e razes apostlicas. Na Pen-tarquia do I milnio com Jerusa-lm, Antioquia, Alexandria eConstantinopla Roma o Pa-triarcado do Ocidente. Mais esti-mada nas igrejas orientais, esta cir-cunscrio inspirou na Igreja Lati-na a praxe do Patriarcado ad hono-

    Pagem Magistral Patriarcado

  • rem (ttulo dado a uma diocese porprivilgio da Santa S), nos trscasos, dois dos quais em vigor, deVeneza (herdeira de Aquileia),Lisboa e Goa.

    Poro Ver Rao.

    Porcionista Aquele que beneficiaparcial ou totalmente da poro ourao associada a um determinadobenefcio eclesistico.

    Postulantado Perodo de forma-o para a vida religiosa imedia-tamente anterior ao Noviciado.VerEtapas de Formao para a VidaConsagrada.

    Prebenda Parcela dos rendimen-tos de uma igreja associada a cadacanonicato ou dignidade, comvista a assegurar o sustento doclrigo que o detivesse e que, emprincpio, garantisse a satisfaodas funes a ele inerentes.

    Prefeito Eclesistico que governauma prefeitura apostlica, ou Car-deal que preside a uma congre-gao da Cria Romana. Designatambm o eclesistico que prestaservio na educao e formaodos seminaristas num seminriomaior, mdio ou menor.

    Prefeitura Apostlica Porodo Povo de Deus que, em vir-tude de circunstncias peculia-

    res, no foi ainda constituda emDiocese.

    Prelado Eclesistico que est frente de uma diocese ou de umaprelatura. Outro nome para Bispo.

    Prelatura Circunscrio eclesis-tica governada pelo Prelado.

    Prelatura Pessoal Estrutura juris-dicional secular de carcter pessoale no circunscrita a um dadoterritrio, constituda pela Santa Spara exercer peculiares funespastorais (e.g. Opus Dei).

    Prelatura Territorial Poro doPovo de Deus, circunscrita terri-torialmente, cujo cuidado pastoral,em virtude de circunstnciasespeciais cometido a um prelado,que a governa como seu pastorprprio.

    Presbtero (do gr. presbyteros, an-cio) Aquele que recebe o se-gundo grau do Sacramento da Or-dem, o Presbiterado, como sacer-dote e colaborador do Bispo noministrio da presidncia, do go-verno e do ensino das comunida-des crists. Na linguagem comum,o Presbtero referido comoSacerdote, Padre, Abade (so-bretudo no Norte do Pas) ou ain-da Prior, quando preside a umaparquia. Nos textos das primeirascomunidades eclesiais, este termo

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    Poro Presbtero

  • aparece aplicado de uma formaimprecisa e, por vezes, indiferen-ciada ou alternada, ao lado do vo-cbulo epskopos (de que derivoubispo), designando um lugar deresponsabilidade, de direco oude servio, na comunidade religio-sa. Cerca do ano 110, porm, ele aplicado, nas cartas de SantoIncio de Antioquia, com confir-mao e fixao posteriores, emdiversos conclios, inclusive Tren-to, como designao do primeirograu do Sacramento da Ordem. Atradio da Igreja reserva esta de-signao institucional como identi-ficadora daquele fiel cristo que, navida eclesistica, ascende ao segun-do grau do Sacramento da Ordeme est investido, alm das compe-tncias do Dicono, do podersacerdotal de dirigir e celebrar aEucaristia, a Penitncia e o Crisma.

    Prior O termo pode ter vriasacepes. Em rigor, designa oSuperior de uma comunidadecanonical ou que se rege pela Re-gra de Santo Agostinho. Contudo,em comunidades monsticas,encontramos o mesmo ttulo paraum dos principais colaboradoresdo Abade, bem como nas OrdensMilitares, onde o termo designao Superior da respectiva comu-nidade conventual, embora com oepteto de Prior-Mor. Mais vul-garmente, o termo tambmaplicado ao Presbtero encarregue

    do governo de uma parquia.Esta designao, que identifica oProco de um lugar, est muitodifundida em zonas onde o povoa-mento do territrio foi incremen-tado pela aco das Ordens Mili-tares, cujo superior hierrquico ti-nha este ttulo.

    Prior da Sacra Enfermaria Ter-mo que, na Ordem de Malta,designa o Prior do Hospital doConvento central da Ordem.

    Priorado Termo que, no mbitodas Ordens Militares, designasimultaneamente o cargo assu-mido pelo Prior-Mor e os rendi-mentos a ele associados.

    Prioresa Superiora de uma comu-nidade feminina de cnegas ou deuma comunidade regida pela Re-gra de Santo Agostinho.

    Prior-Mor Termo utilizado nasOrdens Militares para designaro Superior do respectivo Con-vento.

    Profisso de F Afirmao dasverdades principais da doutrina daIgreja Catlica.

    Profisso dos Votos Ver ProfissoReligiosa.

    Profisso Religiosa Compromis-so de uma pessoa em viver os

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    Prior Profisso Religiosa

  • Conselhos Evanglicos de Pobre-za, Castidade e Obedincia numinstituto religioso, sob a forma devoto pblico.

    Provana Processo de habilitaode um candidato Ordem deMalta, pela qual fazia prova da suaorigem nobre e da sua limpeza desangue, de forma a ser admitido profisso religiosa.

    Provncia Eclesistica Estruturaeclesistica formada por vriasdioceses e presidida por um arce-bispo.

    Provncia Religiosa Circunscri-o eclesistica agrupando diversascasas religiosas, erecta canoni-camente e colocada sob a presi-dncia de um Superior Provin-cial. Para a criao de uma pro-vncia conjugam-se condies deautonomia financeira, nmero deefectivos e a existncia de estru-turas de suporte vida religiosa epastoral.

    QQuarto Voto Voto peculiar eextraordinrio de alguns institu-tos religiosos emitido segundo atradio prpria. (e.g. voto deobedincia ao Papa proferido pe-los Jesutas). Ver Conselhos Evan-glicos.

    RRao Rendimento anual auferidopor um clrigo relativo ao serviodesempenhado no mbito de deter-minado benefcio eclesistico, mui-tas vezes traduzido no pagamentode uma determinada quantia decereais e vinho ou outros gnerosalimentcios, por vezes acrescida deum suplemento para a besta decarga utilizada nas suas deslocaes.Recebia a designao de Meia--Rao quando apenas incidia emmetade do rendimento.

    Recolecta Termo dado, em Por-tugal, s casas ou comunidades deterceiros que viviam vida comum,mas sem votos religiosos.

    Recolhidas Mulheres que optampor uma vivncia religiosa numacomunidade sem emisso de votosreligiosos.

    Recolhimento Nome dado scasas ou comunidades de terceirasque viviam vida comum, mas semvotos religiosos.

    Rditos Rendimentos.

    Reformador(a) Religioso(a) queassume ou orienta a renovao deuma certa famlia religiosa.

    Regra Conjunto de princpiosgerais que regulamentam a vida

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    Provana Regra

  • dos religiosos para os conduzir prtica da perfeio crist, tendoem conta o fim particular fixadopelo fundador. A Regra muitasvezes completada por disposiesparticulares, as Constituies, quea precisam ou a adaptam s cir-cunstncias concretas e a novoscontextos histricos.

    Regra Bulada Regra redigidapor So Francisco e aprovadapor bula papal no ano de 1223.

    Reitor Aquele que preside a umreitorado. Designa tambm afuno daquele a quem cabe re-ger um colgio de estudos,um seminrio ou uma universi-dade. Tambm designa, especifica-mente, o Administrador Eclesis-tico de um santurio ou de localde peregrinao. Por extenso,tambm usada, em certas zonas,para referir o Proco (Prior).

    Reitor de Igreja Sacerdote aquem confiado o cuidado dealguma igreja, que no sejaparoquial nem capitular.

    Reitorado Perodo de governaode um reitor.

    Reitoria Sede/residncia doReitor.

    Religio Termo que, no mbitodo vocabulrio moderno das Or-dens, aparece muitas vezes como

    equivalente vida religiosa (estarem religio) ou pertena a umadeterminada ordem ou congrega-o religiosa.

    Religiosas Conversas Ver Con-verso.

    Religiosas de Coro Religiosasprofessas obrigadas recitao doOfcio Divino.

    Religioso(a) Nome cannicodado a um membro de um ins-tituto religioso.

    Residncia Religiosa Lugar dehabitao de membros de uminstituto religioso.

    Responses Espcie de con-tributo dado pelas comendas dasOrdens Militares para o esfor-o de guerra, que poderia atin-gir um tero do rendimento respec-tivo.

    Reverendas Ver Demissrias.

    Romano Pontfice Ver Papa.

    SSacerdcio Ver Ordens Sagradas.

    Sacerdote Regular Sacerdotepertencente a um instituto reli-gioso.

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    Regra Bulada Sacerdote Regular

  • Sacerdote Secular Sacerdote in-cardinado numa diocese ou numaestrutura hierrquica de carctersecular.

    Sacerdotes de Obedincia Ter-mo que, na Ordem de Malta, de-signa os clrigos que, sem fazeremprofisso religiosa, fazem pro-messa de tender perfeio cris-t de acordo com o respectivoestado.

    Sacrrio Lugar sagrado onde secolocam a reserva eucarstica, isto, as hstias consagradas.

    Sacristo Encarregado da prepa-rao dos livros e alfaias litrgicaspara as celebraes. Muitas destasfunes so tambm exercidaspelo Aclito.

    Sacro Colgio Ver Colgio de Car-deais.

    Sacro Conselho rgo colegial decariz consultivo, presidido peloGro-Mestre da Ordem de Malta,que reunia as principais dignidadesda Ordem.

    Salmista Membro da comunidadeencarregado de proferir o Salmoou o cntico bblico, entre leituras.

    Santa S Sede Episcopal de Ro-ma; designa complexivamente oRomano Pontfice, a Secretaria de

    Estado e os demais organismos daCria Romana.

    Santo Modelo de perfeio crist.Aquele que foi canonizado e objecto de um culto pblico se-gundo as normas do Direito. VerGraus Hagiogrficos.

    S Apostlica Outra designaode Santa S, em aluso aos Aps-tolos Pedro e Paulo.

    Seminrio Instituio de forma-o dos candidatos ao Sacerd-cio, que pode ser hierarquizadoem seminrio menor, mdio emaior.

    Sineiro Aquele que comanda otoque dos sinos de uma igreja,funo exercida tambm pelo Sa-cristo, pelo Aclito e, por vezes,pelo prprio Presbtero.

    Sobrepeliz Veste litrgica brancacom mangas, que desce at aosjoelhos. Tambm se pode cha-mar cota. Na Pennsula Ibricadesigna tambm uma veste brancasem mangas, que desce at aospulsos.

    Sociedade de Vida Apostlica Instituio cujos membros, semvotos religiosos, prosseguem ofim apostlico prprio da socieda-de e, vivendo em comum a vidafraterna, de acordo com o seu fim,

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    Sacerdote Secular Sociedade de Vida Apostlica

  • tendem, pela observncia dasConstituies, a uma vida de san-tidade.

    Subdiaconado Foi consideradoOrdem Maior no sculo XIII,passando, depois, categoria deOrdem Menor. Era a primeiraordem sacra, imediatamente antesdo Diaconado. O Subdiconoservia ao Dicono, na MissaSolene, na especial funo decantar a Epstola (ordem menorextinta no Conclio Vaticano II).Ver Ordens Menores.

    Sumo Pontfice Ver Papa.

    Superior Geral Superior Maiorque preside ao Governo Geral deum instituto religioso.

    Superior Local Superior quepreside a uma comunidade reli-giosa local.

    Superior Maior Autoridademxima de um instituto religioso,de uma provncia ou de outra par-cela, ou ainda de uma casa aut-noma (e.g. mosteiro).

    Superior Provincial Superiorque governa uma provncia de uminstituto religioso.

    Superior Regional Superior quegoverna uma regio de um ins-tituto religioso.

    Supranumerrios O termo surgeaplicado, no mbito da Prelaturado Opus Dei, para designar osleigos membros da mesma que,comprometidos na misso da Pre-latura de procurar a santidade e deexercer o apostolado no trabalhoprofissional e nas circunstnciasnormais da existncia crist, nagrande maioria dos casos socasados, empenhando-se especial-mente em viver de forma crist avida familiar e a rede de realidadese relaes que em torno dela secriam.

    TTenas Penso com que se re-muneravam servios, nomea-damente os prestados aos monar-cas.

    Tercenaria Ver Rao.

    Trcia Hora do Ofcio Divinocelebrada cerca do meio-dia. VerLiturgia das Horas.

    Trapista Em rigor, o termo desig-na ummonge pertencente Aba-dia da Trapa (Soligny, Frana), deestrita clausura e de inspirao cis-terciense. Por analogia, o termo foicomummente aplicado a frades oumonges oriundos de ordens oucasas de mais rigorosa observnciade vida contemplativa.

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    Subdiaconado Trapista

  • Tribunal Eclesistico Organis-mo judicial da Igreja Catlica,onde se tratam as causas, ou tam-bm o conjunto do Juiz e dosministros que o auxiliam nosprocessos.

    Turibulrio ou Turiferrio Cl-rigo que nos ofcios religio-sos transporta o turbulo e o in-censo.

    VVacatura Perodo de vacncia deleis. Designa tambm o perodo deausncia de titular de um deter-minado ofcio eclesistico.

    Vaticano Estado criado pelo Tra-tado de Latro, de 11 de Fevereirode 1929, concludo entre o PapaPio XI, por parte da Santa S, epelo Rei Vtor Emanuel III, porparte do Estado Italiano. Origina-riamente designava a colina e ocampo em que se estendia o circode Nero e em cujas imediaes foicrucificado e sepultado o Aps-tolo Pedro, no local corresponden-te ao Altar da Confisso da ho-mnima Baslica.

    Veneras Insgnia ou medalha doscavaleiros e outros graus dasOrdens Militares.

    Venervel Ver Beatificao.

    Vsperas Hora do Ofcio Divinocelebrada ao anoitecer. VerLiturgiadas Horas.

    Vicariato Ver Vigararia.

    Vice-Provncia Circunscriosemelhante Provncia, mas nodotada de autonomia suficiente,dependente de uma provncia-me, ou da Cria Geral de umaordem ou congregao.

    Vida Consagrada Forma estvelde vida pela profisso dos Conse-lhos Evanglicos de pobreza, cas-tidade e obedincia, assumidosnum instituto de vida consagrada,por votos ou outros vnculos sa-grados, de acordo com as normascannicas.

    Vida Monstica Atribui-se aoeremita egpcio Santo Anto (250--356) que viveu retirado no de-serto do Egipto o aparecimentodos primeiros monges cristos. Osmonges no se incluem de per sino clero e s tardiamente houvemonges ordenados. O seguimentoda vida monstica, ao longo decentenas anos, foi assumindo di-versas expresses, condicionadasou favorecidas, por circunstnciasde contexto histrico e cultural.

    Vida Regular Vida prpria dosreligiosos, sob a orientao deuma Regra.

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    Tribunal Eclesistico Vida Regular

  • Vida Religiosa Consagrao deum(a) religioso(a) num determina-do instituto religioso, com votospblicos perptuos ou tempor-rios, e que leva uma vida fraternaem comum.

    VidaReligiosaActiva Vida dos(as)religiosos(as) que fazem parte deum instituto com obras de apos-tolado activo, com carcter visvelno mundo.

    Vida Religiosa Contemplativa Vida dos(as) religiosos(as) quefazem parte de um instituto devida contemplativa, com clausura,e que se dedicam contemplao.

    Vigararia Estrutura eclesisticaque agrega diversas parquias soba coordenao de um vigrio.

    Vigrio(a) Aquele(a) que tempoder vicrio, segundo as normasdo Direito. Exerce as funes emsubstituio ou representao deuma entidade superior (e.g. VigrioApostlico: governa em nomedo Papa uma determinada porode povo cristo, ainda no cons-titudo emDiocese; Vigrio Geral:Cardeal que dirige a Diocese deRoma, em nome do Papa). Termousado para designar quem exeraoutras funes na Igreja em subs-tituio ou representao de outrasentidades superiores (e.g. VigrioGeral: ajuda o Bispo no governo

    da Diocese; Vigrio Episcopal:ajuda o Bispo num determinadotipo de questes e em especiaislugares da Diocese; Vigrio Judi-cial: responsvel diocesano doTribunal Diocesano; Vigrio For-neo: toma tambm o nome deDe-cano, Vigrio da Vara ou Arcipres-te e est incumbido de dirigir umvicariato, vigararia ou arciprestado[subdiviso de um territrio dioce-sano]; Vigrio Paroquial: coopera-dor do Proco). Vulgarmente, eem certas regies, d-se tambmeste nome ao prprio Proco (Pa-dre).

    Vigrio Colado Vigrio adscritoa uma dada parquia ou funo.

    VisitaAd Limina Abreviatura devisita ad limina apostolorum.Designaas visitas hoje quinquenais devidaspelos bispos ao Papa.

    Visita Cannica Visita efectuadapor uma autoridade eclesistica, ouseu delegado, s instituies epessoas que esto sob a sua depen-dncia, de acordo com as normascannicas.

    Visita Pastoral Visita/inspecode um ordinrio a uma instituioda sua jurisdio.

    Visitador(a) Pessoa que efectuauma visita cannica, por mandatodo(a) Superior(a), para averi-

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    Vida Religiosa Visitador(a)

  • guar o estado de vida de umainstituio e das pessoas que aconstituem.

    Visitadoria Estrutura jurdicacom autonomia cannica, que serege pelas leis cannicas e peloDireito prprio.

    Votos Perptuos Votos pblicosemitidos por um(a) religioso(a),com carcter perptuo, cuja natu-reza e efeitos esto sancionadospelas normas cannicas.

    Votos Privados Votos emitidospor uma determinada pessoa, semconotao pblica.

    Votos Provisrios Ver VotosTemporrios.

    Votos Pblicos Votos recebidosem nome da Igreja, pelo legtimoSuperior.

    Votos Religiosos Votos emitidospelos membros de institutos reli-giosos.

    Votos Simples Votos emitidospelos membros de institutos reli-

    giosos, sem o carcter de soleni-dade.

    Votos Solenes Votos emitidospelos membros de ordens reli-giosas e reconhecidos pela Igrejacomo tal, cujos efeitos esto pre-vistos no Direito prprio.

    Votos Temporrios Votos emiti-dos pelos membros de institutosreligiosos.

    ZZona Circunscrio organizativaespecfica dos Focolares. Cadazona pode corresponder reageogrfica de um pas ou a gruposde pases prximos, ou ainda agrupos de comunidades de umgrande pas que tenha vrias zonas.

    Zoneta Designao de uma pe-quena circunscrio organizativadas comunidades focolarinas quedesigna as localidades onde exis-tem comunidades de folcolarinos(e.g. a Zoneta de Coimbra que temduas comunidades, uma femininae outra feminina).

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    Visitadoria Zoneta

  • BIBLIOGRAFIA

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  • CADERNOS DE CINCIA DAS RELIGIES

    Num formato de caderno, sero publicados textos inditos,compilaes de textos vrios, relatrios, subsdios para a inves-tigao ou ponto de situao de investigaes realizadas ou ainda adecorrer, no mbito da rea da Cincia das Religies, naUniversidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias.

    Com estas edies pretende-se comunicar os resultados obtidos esuscitar a investigao com base nos contedos apresentados,fomentando o debate e futuros trabalhos que superem os aquieditados.

    Direco dos Cadernos de Cincia das Religies

    PAULO MENDES PINTO

    Propriedade

    Mestrado, Licenciatura e Centro de Estudos em Cincia das ReligiesUniversidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias

    Ficha Tcnica

    Coordenao e Nota Introdutria: JOS EDUARDO FRANCOPaginao: Rui A. Costa OliveiraImpresso: Grfica Povoense

    Abril 2010Depsito Legal n. _________ISBN: 978-972-8881-80-1

  • A rea de Cincia das Religies, na Universidade Lusfonade Humanidades e Tecnologias constituda pelas seguinteslinhas de aco (investigao, docncia e edio):

    Revista Lusfona de Cincia das Religies(http://cienciareligioes.ulusofona.pt/)

    Licenciatura em Cincia das Religies

    Mestrado em Cincia das Religies

    Centro de Estudos em Cincia das Religies

    Blog de Cincia das Religies(http://religare.blogs.sapo.pt/)

    Frum de Cincia das Religies(http://cienciadasreligioes.forumeiros.com)

    Portal de Cincia das Religies(http://cienciadasreligioes.atspace.com)