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São Paulo, 28 de Maio de 2012 a 20 de Junho de 2012| Ano XIII - Nº153 | Diretor Responsável: Lino de Almeida CORTESIA www.globalnews.com.br Totalmente online! ............................................................... Pág. 4 .............................................................. Pág. 17 ............................................................... Pág. 6 Medicamento único trata doenças cerebrais Transparência inibi mau uso do dinheiro A excelente colheita do futuro promete êxito V eja Leonardo Placucci é homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo PQEC: sete edições reconhecendo o valor na prestação de serviços Eduardo/Sescon ........................................................ Pág. 3 Lino/GN R eitor da Uni Sant’Anna rece- be a Salva de Prata, maior hon- raria outorgada pela Câmara Municipal de São Paulo a um cidadão. A Sessão Solene é de autoria do ve- reador Rubens Calvo, por iniciativa do presidente da Câmara, vereador José Po- lice Neto. Na ocasião, foram entregues as Me- dalhas Anchieta e Diploma de Gratidão da cidade de São Paulo à Associação Be- neficente Espírita Lar Divina Vida, ao Grupo de Apoio ao Adolescente e à Cri- ança com Câncer - GRAACC e à Funda- ção Espírita André Luiz. O evento foi realizado no auditório do Campus da Uni Sant’Anna, onde reu- niu cerca de 300 pessoas, entre autori- dades, políticos, empresários de desta- que e convidados. Um estímulo ao tra- balho social. P esquisadores britânicos já estudam a possibilidade de usar um mesmo medicamento para combater uma série de doenças que afetam o cérebro, como o mal de Alzheimer e o mal de Parkin- son. A produção mundial de alimentos te- rá de aumentar 20% para atender à crescente demanda, vinda principal- mente da expansão das classes médias das economias emergentes, segundo es- timativas da (OCDE). A Lei de Acesso à Informação ga- rante o direito da população a co- nhecer os atos de governo e de Estado por meio das melhores tecnologias de informação. A transparência funciona como o inibidor eficiente. O SESCON-SP e a AESCON -SP realizaram uma gran- de festa, no Expo Tran- samérica, para certificar e homena- gear as 422 organizações que per- seguiram a qualidade em sua pres- tação de serviços no último ano. Mais de 4,5 mil pessoas participa- ram da sétima edição de entregas de certificados do PQEC, o Programa de Qualidade de Empresas Contá- beis, e puderam conferir o show da dupla Victor & Leo. Foi um evento marcante, onde a alegria, emoção e discontração reu- niram-se no mesmo local. Homena- geados e convidados se confrater- nizaram, após a solenidade, no jan- tar durante o show. Uma noite ines- quecível de comemoração. 99 anos Casa Verde Pág’s 12 a 16

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São Paulo, 28 de Maio de 2012 a 20 de Junho de 2012| Ano XIII - Nº153 | Diretor Responsável: Lino de Almeida

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São Paulo, 28 de Maio de 2012 a 20 de Junho de 2012| Ano XIII - Nº153 | Diretor Responsável: Lino de Almeida CORTESIAwww.globalnews.com.br Totalmente online!

............................................................... Pág. 4

.............................................................. Pág. 17

............................................................... Pág. 6

Medicamento único trata doenças cerebrais

Transparência inibi mau uso do dinheiro

A excelente colheita do futuro promete êxito

Veja

Leonardo Placucci é homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo

PQEC: sete edições reconhecendoo valor na prestação de serviços

Eduardo/Sescon........................................................ Pág. 3

Lino/GN

R eitor da Uni Sant’Anna rece-be a Salva de Prata, maior hon-raria outorgada pela Câmara

Municipal de São Paulo a um cidadão. A Sessão Solene é de autoria do ve-

reador Rubens Calvo, por iniciativa do presidente da Câmara, vereador José Po-

lice Neto.Na ocasião, foram entregues as Me-

dalhas Anchieta e Diploma de Gratidão da cidade de São Paulo à Associação Be-neficente Espírita Lar Divina Vida, ao Grupo de Apoio ao Adolescente e à Cri-ança com Câncer - GRAACC e à Funda-

ção Espírita André Luiz.O evento foi realizado no auditório

do Campus da Uni Sant’Anna, onde reu-niu cerca de 300 pessoas, entre autori-dades, políticos, empresários de desta-que e convidados. Um estímulo ao tra-balho social.

P esquisadores britânicos já estudam a possibilidade de usar um mesmo

medicamento para combater uma série de doenças que afetam o cérebro, como o mal de Alzheimer e o mal de Parkin-son.

A produção mundial de alimentos te-rá de aumentar 20% para atender

à crescente demanda, vinda principal-mente da expansão das classes médias das economias emergentes, segundo es-timativas da (OCDE).

A Lei de Acesso à Informação ga-rante o direito da população a co-

nhecer os atos de governo e de Estado por meio das melhores tecnologias de informação. A transparência funciona como o inibidor eficiente.

O SESCON-SP e a AESCON-SP realizaram uma gran-de festa, no Expo Tran-

samérica, para certificar e homena-gear as 422 organizações que per-seguiram a qualidade em sua pres-tação de serviços no último ano.

Mais de 4,5 mil pessoas participa-ram da sétima edição de entregas decertificados do PQEC, o Programa de Qualidade de Empresas Contá-beis, e puderam conferir o show da dupla Victor & Leo.

Foi um evento marcante, onde

a alegria, emoção e discontração reu-niram-se no mesmo local. Homena-geados e convidados se confrater-nizaram, após a solenidade, no jan-tar durante o show. Uma noite ines-quecível de comemoração.

99 anosCasa VerdePág’s 12 a 16

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Maio de 2012 02GLOBAL NEWS

Apoi

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117 anos

Distribução: nas bancas, prédios, comércios, nas lojas dos Shopping Center Norte e Lar Center, no Clube Esperia e Acre Clube. Remetido, também, a assinantes e ao Mailing List da Associação Comercial de São Paulo e também para assinantes em outros estados.

Global News Editora Ltda. Rua Banco das Palmas, 349, CJ 03 - Santana - São Paulo/ SP - CEP 02016-020 Telefone (11) 2978-8500 - Fax: (11) 2959-1784 Novo site: www.globalnews.com.br - email: [email protected] Responsável: Lino de Almeida (MTB 40.571) Diagramação: Marcela Regina de Oliveira Dias (MTB 9528/DF)Jornalismo: Regina Elias (MTB 40.991)Publicidade: Marina Crisostemo Circulação: Daniela Crisostemo Almeida. Produção e Acabamento: Global News EditoraFaça um bom investimento, anuncie., ligue: (11) 2978-8500Assessoria Jurídica: Dra Cassiana Crisostemo de Almeida e Dr. Rômulo Barreto de Souza.

As matérias assinadas refletem o ponto de vista de seus autores, isentando a direção deste jornal de quaisquer responsabilidades provenientes das mesmas. A empresa esclarece que não mantém nenhum vínculo empregaticio com qualquer pessoa que conste neste expediente. São apenas colaboradores do jornal. É vetada a reprodução parcial ou integral do conteúdo deste jornal sem autorização expressa do Diretor Responsável.

Lino de AlmeidaDiretor Responsável

EDITORIAL

Ano XIII - Nº 153 - (11) 2978-8500

“CAUDISMO” NOS PARTIDOS POLÍTICOS

www.globalnews.com.br Totalmente online!

O destino do lixo no Brasil é inadequado mesmo com leiEstudo mostra que metade dos resíduos de 2011 acabou em lixões ou aterros controlados; 60% dos municípios não seguem política de resíduos sólidos

“ O problema é que as soluções para a questão do lixo demandam muito

tempo.”

A maioria dos partidos brasileiros sofre de “ca-udismo” crônico. A di-

vergência entre seus deputados é tão grande que a cauda formada pelos dissonantes é mais pesada do que o corpo partidário. Se fos-sem répteis, essas siglas seriam serpentes. A dispersão dos votos dos deputados de um mesmo par-tido começa no mais desapegado governismo e termina em deste-mida oposição. Pode significar tudo, menos coesão ideológica.

O caso mais extremo de “cau-dismo” é o do PSD, que foi pen-sado para ser assim. Seu funda-dor definiu o PSD como um par-tido que não está nem à direita, nem à esquerda, nem no centro. Proféticas palavras. Quântico, o PSD está em todo lugar ao mes-mo tempo. E não está sozinho. O “caudismo” não tem lado. Vai da oposição à base governista, do DEM ao PDT, do PPS ao PR, passando por PP e PV.

Pesquisa revela que a taxa de governismo da bancada do PSD na Câmara está em 86%. Mas um único número não traduz o com-portamento de membros da sigla. Essa taxa embute um desvio pa-drão que é sete vezes maior do que o do PT, o mais coeso dos grandes partidos. O governismo do PSD varia dos 95% de votos pró-Dilma de João Lyra (AL) até os 36% de Nice Lobão. A inde-pendente deputada maranhense é mulher de Edison Lobão, minis-tro das Minas e Energia.

O fenômeno se explica pela origem dos deputados do PSD. Eles foram eleitos por outras le-gendas, e só se juntaram na nova sigla em outubro do ano passado. Os que emigraram do PMDB, do PR e do PTB, como João Lyra, carregavam na bagagem de vota-ções uma alta taxa de governis-mo. Já os que vieram do DEM, como Nice Lobão, tinham um passado oposicionista.

Depois que o PSD formou sua bancada na Câmara, o comporta-mento de seus deputados tornou--se majoritariamente governista,

votando quase sempre de acordo com a vontade de Dilma. Nas 26 votações nominais ocorridas en-tre outubro e dezembro de 2011, a taxa de governismo do PSD foi de 97%: 45 dos 48 deputados do partido votaram com o governo em mais de 90% das vezes. Mas isso mudou no começo deste ano.

Desde fevereiro, aumentaram os votos oposicionistas do PSD. Só sobraram dois deputados no “nú-cleo duro” do governo na Câmara. Na média, a taxa de governismo do PSD caiu de 97% para 68%. A causa dessa mudança de compor-tamento é a eleição municipal. Em fevereiro, o presidente do partido, Gilberto Kassab, trocou a aliança com o PT em São Paulo pelo apoio a José Serra, do PSDB. A troca de aliado refletiu-se em outras cida-des.

É tentador identificar o “cau-dismo” como um reflexo do com-portamento caudatário que a maio-ria dos partidos tem em relação ao governo. Afinal, apenas 4 das 23 legendas com representação na Câ-mara podem dizer que fazem opo-sição a Dilma. Na média, suas ban-cadas votaram mais de metade dasvezes contra o governo em 98 vota-ções nominais: PSDB (78% de opo-sicionismo), DEM (74%), PSOL (72%) e PPS (66%).

Mas enquanto PSDB e PSOL são razoavelmente coesos nos vo-tos de seus deputados, os outros dois sofrem de “caudismo”. Entre os deputados do PPS, a taxa de go-vernismo varia dos 25% de Rober-to Freire (SP) a mais do que o do-bro disso, como é o caso de Almei-da Lima (SE), que votou mais ve-zes com o governo do que contra ele. O desvio padrão dos votos da bancada do PPS é 26% maior do que a dos tucanos, por exemplo.

Não é coincidência que PT e PSDB, os partidos que polarizam a política no País há 18 anos, este-jam entre os mais coesos. Nem que PSB e PMDB, que buscam romper essa polarização, rivalizem com eles em coesão.

Apesar de a Política Nacio-nal de Resíduos Sólidos estar em vigor desde o final de 2010, ela ainda não está produzindo efeitos práticos na destinação do lixo gerado no País. Essa é a principal conclusão do le-vantamento anual da Associa-ção Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Em 2011, das 55,5 milhões de toneladas de resíduos cole-tadas no ano, 58,06% (32,2 mi-lhões) foram destinadas corre-tamente - em aterros sanitários.O restante (23,3 milhões) segueindo para lixões e aterros con-trolados, que não têm tratamen-to de chorume ou controle dos gases de efeito estufa produzi-dos em sua decomposição.

Em relação a 2010, houve uma melhora de meio ponto por-centual na destinação correta dos resíduos, mas, como os brasi-leiros aumentaram sua geração de lixo em 1,8% em relação aoano anterior, na prática, 2011 observou um aumento na quan-tidade de resíduos jogados em lixões e afins. A geração per capita média do País foi de 381,6 quilos por ano, 0,8% su-perior ao do ano anterior.

Dos 5.565 municípios, 60,5% deram destino inadequado a mais de 74 mil toneladas de resíduos por dia. Em todo o País, mais de 6,4 milhões de toneladas sequer foram coletadas no ano, indo parar em terenos baldios, cór-regos etc. Os dados, que serão lançados hoje, fazem parte da última edição do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil .

Meta até 2014. A produçãode resíduos subiu menos que en-tre 2009 e 2010, quando o saltofoi de 6,8%. "Mas ela continuacrescendo. Foi o dobro do quan-to cresceu a população no mes-mo período", afirma Carlos Sil-

va Filho, diretor da Abrelpe. "Es-perávamos já ver algum refle-xo da política. Mas, se conti-nuar neste ritmo, não vamos conseguir acabar com os lixões até 2014", diz.

A meta a que ele se refere é uma das estabelecidas pela lei,que também define que, do ma-terial coletado, somente os re-jeitos devem ir para os aterros

- o que exclui tudo o que pos-sa ser reaproveitado como, por exemplo, com compostagem, e reciclado. Mas nesse quesito tam-bém não houve muito avanço. Dentre os municípios brasilei-ros, 58,6% disseram ter coleta seletiva - só 1% a mais que em 2010.

O problema é que as solu-ções para a questão do lixo de-mandam muito tempo. Para cri--ar um aterro sanitário é preci-so de espaço, de licenciamento ambiental. Segundo Silva Fi-lho, leva, em média, três anos. "E mesmo eles sendo criados, se não mexer na quantidade de geração (de resíduos), a vida útil do aterro cai."

Para Elisabeth Grimberg, coordenadora da área de resí-duos sólidos do Instituto Pólis, esse quadro só vai mudar quan-do aproveitamento e reciclagem estiveram funcionando. Ela men-ciona a logística reversa, que prevê que cabe a produtores e co-merciantes cuidar do descar-te de seus produtos e emba-lagens. "Onde está o modelo disso? É preciso implementar que os devidos responsáveis assumam suas atribuições."

Um dos gargalos ainda é a falta de investimento. Segun-do o panorama, em 2011, a mé-dia mensal dos gastos dos mu-nicípios brasileiros com servi-ços de limpeza urbana foi de R$ 10,37 por habitante por mês - 4% maior na comparação com 2010.

Silva Filho estima que pre-cisaria ser no mínimo o dobro para resolver o déficit na co-leta e na destinação, conside-rando que metade dos resíduostem destino inadequado (so-mando também o que não é coletado).

“Não dá mais para conside-rar que é possível resolver a cus-to zero, como acontecia com os lixões. E isso envolve também cobrar o serviço da população. Uma taxa básica, que aumente, por exemplo, se a pessoa não se-para os recicláveis, mas diminua se ela o fizer”, propõe.

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www.globalnews.com.br Totalmente online Maio de 2012 03

PQEC: reconhecendo o valorcom a prestação de serviços

Juro ao consumidor cai para 6,25%, é o menor em 17 anos

Divulgação

CINCO VEZES DILMA

PAULO SKAF Presidente da Federação e do

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP)

A Federação das Indús-strias do Estado de São Paulo (Fiesp) es-

tá satisfeita com os resultados de sua campanha “Energia a Preço Justo”. Criada para aler-tar a sociedade a respeito do vencimento das concessões do setor elétrico a partir de 2015, a iniciativa conquistou o apoio de centenas de mi-lhares de cidadãos, entidades empresariais e organizações de defesa dos consumidores.

A Fiesp calculou o impac-to do fim dos contratos sobre o preço da energia elétrica no Brasil e chegou a números estarrecedores. Com a licita-ção dos ativos, determinada pela Constituição, a sociedade poderá economizar nada me-nos do que R$ 1 trilhão nos próximos 30 anos. Os defen-sores da reprorrogação das concessões, por sua vez, não demonstram a mesma trans-parência e sugerem uma mu-dança na lei para beneficiar algumas poucas empresas em detrimento de 190 milhões de brasileiros. Nesse aspecto, a campanha teve sua segunda vi-tória:antes tida como “con-senso”, a tal reprorrogação pas-sou a ser tratada como “impas-se”.

A solução desse impasse está nas mãos de uma pessoa que não apenas conhece o se-tor elétrico, como também já demonstrou, em diversas opor-tunidades, ser contra a repror-rogação das concessões: a pre-sidente Dilma Rousseff. Sem-pre que esteve diante do te-ma, Dilma agiu no sentido de preservar a lei e os interesses maiores do Brasil .

A questão do fim dos con-tratos tem sido apreciada por Dilma desde 2003 e, por cinco vezes, ela mostrou ser con-tra qualquer possibilidade de reprorrogação. A Medida Pro-visória n.º 144 de 2003, co-nhecida como a Lei de Refor-ma do SetorElétrico, assina-da pelo então presidente Lula e por sua ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, varre da ordem jurídica qualquer possibilidade de reprorroga-ção das concessões de gera-ção para os contratos firmados depois de 2003. Nos contratos de transmissão e distribui-ção, limitou rigorosamente as condições de prorrogação a “no máximo igual período”

do contrato original. Ou seja, um veto a qualquer hipóte-se de reprorrogação. Para os contratos anteriores a 2003, Dilma aquiesceu a ato de go-verno anterior que prorroga-ra os contratos em 1995, por 20 anos. Sua lei reafirmou o término dos contratos a par-tir de 2015. Essa foi a pri-meira vez.

Dilma seguiu como mi-nistra de Minas e Energia por quase dois anos mais. Rejei-tando pressões e não conven-cida de qualquer erro em sua lei, nunca a alterou. Essa foi a segunda vez.

Na segunda metade de 2005, Dilma foi convocada para a chefia da Casa Civil da Pre-sidência da República. Sabe--se que a questão do fim dos contratos do setor elétrico lhe foi submetida, requen-tada, inúmeras vezes. Em nenhum momento, contudo, Dilma tomou qualquer ini-ciativa para revogar a sua lei. Essa foi aterceira vez.

Entre março e outubro de 2010, na campanha para a Presidência que a consagra-ria com o voto de mais de 55 milhões de eleitores, a can-didata Dilma, que os brasi-leiros já conheciam, nunca disse ter passado a concor-dar com a reprorrogação de concessões. Essa foi a quar-ta vez.

Agora, em 2012, o gover-no Dilma anuncia sua rejei-ção à tese de reprorrogação das concessões dos terminais portuários. E decide cumprir a lei e licitá-los novamente. Essa foi a quinta vez.

Desta forma, sugerir que a presidente da Repúbli-ca admita voltar atrás num tema que lhe é tão familiar só pode ser fruto de inco-erência. A trajetória políti-ca de Dilma Rousseff for-jou uma mulher comprome-tida com a sua palavra, com a sua história e com o seu povo. Pedir-lhe que renun-cie a tudo isso é desconhe-cer o seu caráter. Fazer isso em nome do interesse de poucos é um desrespeito. Querem convencer Dilma a desfazer tudo o que ela fez. Ao que tudo indica, sairão frustrados.

422 empresas conquistaram a certificação PQEC, sen-do que 44 receberam o selo PQEC + ISO 9001:2008

O SESCON-SP e a AESCON-SP promoveram uma grande festa, no

Expo Transamérica, para certifi-car e homenagear as 422 organi-zações que perseguiram a quali-dade em sua prestação de servi-ços no último ano. Mais de 4,5 mil pessoas participaram da sé-tima edição de entregas de cer-tificados do PQEC, o Programade Qualidade de Empresas Con-tábeis, e puderam conferir o show da dupla Victor & Leo.

Durante seu discurso, o pre-sidente do Sindicato, José Ma-ria Chapina Alcazar, agradeceu todas as empresas que acredita-ram do projeto e seu uniu à Enti-dade. “O PQEC hoje é uma reali-dade consagrada, graças ao em-penho e dedicação de todos vo-cês”, destacou o líder setorial, parabenizando o SESCON-SP pe-lo PQEC.

Representando as entidades congraçadas da Contabilidade pau-lista, o presidente do CRC SP, Luiz Fernando Nóbrega, destacou a participação da categoria no de-senvolvimento do Brasil , que ho-je já é a 6ª economia do mundo. “Certamente contribuímos e con-tribuiremos significativamente para esta nova realidade brasi-leira”, disse.

O vice-presidente da Asso-ciação Comercial de São Paulo, Roberto Mateus Ordine, ressal-

tou a importância da qualidade pa-ra o desenvolvimento do País.“São os empresários e profissio-nais de contabilidade responsá-veis pela qualificação da gestão das empresas do País”. Na mes-ma linha, falou o chanceler da UNISESCON, Paulo Nathanael Pereira de Souza. “É fundamen-tal aliar o conhecimento e a va-lorização do capital humano e o PQEC cada ano se renova neste intuito”, frisou o educador.

Os deputados estaduais Ita-mar Borges e Célia Leão repre-sentaram a Assembleia Legis-lativa do Estado de São Paulo na cerimônia. “As empresas brasilei-ras precisam diretamente do auxílio da categoria contábil”, disse Bor-ges. “Em sua sétima edição, o PQEC mostra a sua força e pa-pel de auxiliar o crescimento do País”, acrescentou Célia.

O superintendente da Re-ceita Federal em São Paulo, Jo-sé Guilherme Antunes Vasconcelos, também pres-tigiou a ceri-mônia. “Este evento mos-tra a for-ça do trablho de vocês, que têm cottribu-ído significa-t i v a m e n t e com a admi-n i s t r a ç ã o t r i b u t á r i a . O SESCON-

-SP é nosso parceiro e um porta--voz das aflições de toda a cate-goria e do empreendedorismo”.

Para Leandro Boeno, da or-ganização São Lucas Assessoria Contábil, do primeiro módulo, o programa revolucionou o dia a dia da sua empresa, seja na forma de trabalhar ou na mudança de liderar uma equipe. “A certifi-cação qualifica ainda mais as empresas, pois traz credibili-dade”.

De acordo com o representante da Gam Global Accounting, Ricar-do Soares, que conquistou o segun-do módulo, o Programa agrega va-lores à empresa em relação a sua produtividade, qualidade dosserviços apresentados e ainda traz uma grande projeção no mer-cado para as empresas certifi-cadas.

Fonte: Assessoria de Im-

prensa SESCON-SPEduardo/SESCON

A redução da taxa bási-ca de juros, a Selic, e as pressões do go-

verno para redução do spread bancário impactaram na dimi-nuição dos juros aos consumi-dores e empresas em abril , de acordo com pesquisa da Ane-fac. No caso da pessoa física, a taxa média geral recuou 0,08 ponto porcentual, de 6,33% ao mês em março para 6,25% em abril , a menor desde o início da pesquisa, há 17 anos. O pata-mar anterior já era recorde, de acordo com a entidade.

Das seis linhas de crédito pa-ra o consumidor pesquisadas, ape-nas a de crédito do cartão de

crédito rotativo permaneceu es-tável e não apresentou redução entre março e abril .

Entre as empresas, as três li-nhas pesquisadas apresentaram redução de tarifa no mês pas-sado. A taxa média caiu 0,07 ponto porcentual, de 3,70% ao mês para 3,63%, a menor desde dezembro de 2009.

A previsão da entidade é que a expectativa de novas reduções da Selic pelo Banco Central (BC) e a maior competição do sistema bancário contribuam pa-ra a tendência de queda das ta-rifas.

Desde dezembro de 2011, a Selic caiu 2 pontos percentuais,

de 11% ao ano para 9% no mês passado.

No mesmo intervalo, obser-va a Anefac, a taxa de juros mé-dia para pessoa física apresen-tou uma redução de 7,85 pontos percentuais, de 114,84% ao ano para 106,99%. Nas operações decrédito para pessoa jurídica, hou-ve uma redução de 4,32 pon-tos percentuais (57,72% para 53,40%).

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Maio de 2012 04GLOBAL NEWS

Saúde em FocoDiabetes entre homens tem tendência de alta

Cientistas britânicos conseguiram cessar a degeneração das células do cérebro de ratos

“Várias doenças degenerativas resultam da

composição de proteínas mal

formadas.”

Medicamento único trataria várias doenças cerebrais

Divulgação

Divulgação

O percentual de homens com 18 anos ou mais diagnos-ticados com diabetes su-

biu de 4,4% em 2006 para 5,2% no ano passado, indica estudo apresen-tado pelo Ministério da Saúde, recém divulgado.

Esse histórico, aliado a outras pesquisas já feitas, levou o ministé-rio a dizer que existe uma tendência de alta da doença entre os homens, explicada pela pasta como a união entre o crescimento do diagnóstico e de fatores de risco, como obesidade e envelhecimento da população.

Já entre a população como um todo (5,6%) e as mulheres (6%), a tendência é de estabilidade, segun-do Deborah Malta, coordenadora de vigilância de doenças e agravos não transmissíveis do ministério.

Os dados foram retirados do Vi-gitel 2011, inquérito telefônico fei-to com 54.144 adultos com 18 anos ou mais, nas 27 capitais. A pesqui-sa, anual, questiona sobre hábitos de vida e fatores de risco.

A presença do diabetes aumenta com o avanço da idade. Enquanto apenas 0,6% dos jovens de 18 a 24 anos informaram ter tido diagnóstico da doença, esse percentual sobe para 21,6% entre os adultos com 65 anos ou mais.

Também está relacionada à esco-laridade, porque tende a cair entre pessoas mais instruídas. “A educação tem peso importante nas ações de saúde. O índice é duas vezes maior

se comparadas as pessoas com menos de oito anos de escolaridade e as com 12 anos ou mais de estudos”, afirmou o ministro da saúde Alexandre Padi-lha.

Essa relação com o estudo, se-gundo Malta, deve estar ligada à pre-sença de hábitos de vida mais saudá-veis na população mais escolarizada.

O programa de popularização de academias de ginástica, entre outras medidas adotadas recentemente pelo governo, foi citado como armas para reverter a tendência de alta do dia-betes.

Internações

O custo das internações por dia-betes na rede pública chegou a R$ 87,9 milhões, informou o ministério. Em 2008, estava na faixa dos R$ 65 milhões. Uma única internação custa, em média, R$ 603 e dura seis dias.

Malta diz que é preciso avaliar os dados dos próximos anos para veri-ficar se essa é uma tendência que se mantém. “Precisamos de mais tempo para avaliar. Mas, ao mesmo tempo que teve um aumento do diagnóstico de homens, teve um recuo nas inter-nações, é um movimento contrário. A gente esperaria até um aumento.”

Em 2010, 54,5 mil pessoas mor-reram pelo diabetes. A meta do go-verno, para os próximos dez anos, é reduzir em 2% ao ano a mortalidade por doenças crônicas não-transmissí-veis, onde está inserido o diabetes.

P esquisadores britâni-cos já estudam a pos-sibilidade de usar um

mesmo medicamento para com-bater uma série de doenças queafetam o cérebro, como o mal de Alzheimer e o mal de Pa-rkinson. Em um estudo publi-cado na revista Nature, eles afirmam ter cessado a degene-ração cerebral de ratos de la-boratório e dizem que o mesmo procedimento pode ser aplicá-vel a humanos.

Várias doenças degenerati-vas resultam da composição de proteínas mal formadas. Os pes-quisadores da Universidade de Leicester o que causava a má formação nos ratos e como ela

matava as células cerebrais. Eles mostraram que conforme os ní-veis de proteínas defeituosas se elevam, as células tentam cessar a produção de todo tipo de novas proteínas.

É o mesmo mecanismo usa-do pelas células quando há uma infecção de vírus - inter-romper a produção de proteí-nas interrompe a disseminação do organismo. Mas “desligar” o sistema por um longo perí-odo acaba por prejudicar as células cerebrais, que também param de produzir as proteínas das quais necessitam para fun-cionar.

A equipe então tentou ma-nipular a interrupção de prote-

ínas. Quando conseguiram im-pedir as células de “desligar”, evitaram que o cérebro de de-generasse. Nesses casos, os ra-

tos viveram significativamente mais.

A pesquisadora Giovanna Mallucci explica que “a chave do processo é a interrupção da

produção de proteína. A prote-ína em si é ignorada e é isso que torna o estudo relevante”. A ideia, que ainda não foi tes-tada, é saber se o a prevenção do desligamento pode prevenir doenças priô-nicas - causa-das por prote-ínas defeituo-sas.

“O que o processo nos dá é um ca-minho, ou se-ja, um trata-mento que po-de ter benefí-cios ante vá-rias doenças.

A ideia ainda está em seus está-gios iniciais. Ainda precisamos confirmar esse conceito em ou-tros distúrbios”, afirma a pes-quisadora.

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www.globalnews.com.br Totalmente online Maio de 2012 05

Professor Leonardo Placucci éagraciado com a Salva de Prata

LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSOPresidente da OAB-SP, Advogado criminalista, mestre e doutor pela USP

EM DEFESA DA NOSSA SOBERANIA

Aurélio Miguel, Leonardo Placucci e Rubens Calvo

Lino/GN O Brasil que esteve repre-sentado em Washinton, na figura da presidente

Dilma Rousseff, em princípios de abril , em encontro com o presidente norte-americano Ba-rack Obama, empresários e jor-nalistas, é o País que começa a ser respeitado no concerto das Nações: economia em ascen-são, inflação sob equilíbrio, es-toque total da dívida controla-do em 36% do PIB e exibindo inegável mobilidade social. Ca-minha, desse modo, para con-solidar uma interlocução igua-litária e uma interlocução per-manente com as principais lide-ranças mundiais. Está em jogo, nesse momento, a corresponsa-bilidade das principais Nações na meta de recuperação da eco-nomia mundial, o que implica a adoção de política monetária que seja benéfica ao conjunto e não apenas a uma das partes do todo, condição essencial ao exercício pleno da soberania e da autodeterminação dos po-vos.

Mas o Brasil , que desempe-nha papel de respeito como pro-tagonista internacional, é bem diferente do ente que dita nor-mas em solo nacional. Não pa-rece o mesmo o Governo que ex-pressa conceitos para o mundo e defende posições como as que apresenta, por exemplo, à Fede-ração Internacional de Futebol (FIFA) com vistas à organiza-ção da Copa de 2014. Vejamos. A Comissão de Estudos criada pela OAB/SP para avaliar o Projeto da Lei Geral da Copa fez o alerta: caso seja aprovado no Senado nos termos propos-tos pelo Governo estará na con-tramão da boa norma do Direito e da Justiça. Será considerado mais um conluio para beneficiar interesses privativos de grupos, em detrimento dos direitos da coletividade. E, se assim ocor-rer, estarão ameaçados os prin-cípios da soberania e da segu-rança jurídica.

É inacreditável que se obe-deça fielmente à FIFA propon-do-se uma Lei para atender ex-clusivamente aos interesses da organização, especialmente no

capítulo que abre mão da proi-bição de venda de bebidas alco-ólicas nos estádios. A leitura é linear. Nesse caso, trata-se de defender o patrocinador, um fa-bricante de cerveja. Inaceitável para um país que deixou para trás, desde o grito da Indepen-dência, em 1822, sua posição subalterna, desfraldando a ban-deira da soberania e da vontade própria. O veto à comerciali-zação de álcool nos estádios, inegável avanço do Estatuto do Torcedor, corre o risco de se tornar letra morta face à pressão econômica da entidade. Temos também nos curvado às ameaças de retaliação da organização, a ponto de consentirmos, no tex-to do projeto da Lei, que a União assuma as responsabilidades ci-vis por danos que vier a causar, “por ação ou omissão”, à FIFA.

Na trajetória da Nação re-publicana, o atual momento vi-vido pelo país apequena o esco-po de independência e altanaria. Enquanto no plano externo con-seguimos convecer nossos par-ceiros de Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) a endos-sar o posicionamento brasileiro frente à principal Nação do pla-neta, no nosso próprio quintal caminhamos para o retrocesso. Não será fora de propósito se o velho epíteto – República das Bananas – for resgatado na es-teira das heranças nefastas de nossa cultura política, como a privatização do patrimônio pú-blico, do corpo institucional do Estado, da anomia e da relativi-zação das leis.

Cabe agora ao Senado dizer que País é este: o que faz ouvir sua voz em fóruns de lideranças globais ou a republiqueta que se deixa usar conforme a von-tade de minorias e de suas res-pectivas injunções políticas e econômicas. Torna-se relevante lembrar aos nossos legisladores que vivemos em um Estado De-mocrático de Direito, cujo prin-cípio fundamental e inalienável, expresso em sua carta Magna, é o da soberania, seguido pelo ideário da igualdade, sob a norma sagrada: o poder emana do povo.

A Solenidade foi realizada no auditório da Uni Sant’Anna

O Presidente da CâmaraMunicipal de São Pau-lo, José Police Neto,

abriu a sessão solene de entrega de Medalhas Anchieta e Diplomas de Gratidão da Cidade de São Paulo à Associação Beneficente Espíri-ta Lar Divina Vida, ao GRAAC, àFundação Espírita André Luiz eentrega da Salva de Prata ao pro-fessor Leonardo Placucci.

Transferida do Palácio Anchie-ta para o auditório da Uni Sant’Annaa cerimônia contou com a presença de Rubens Calvo, proponente da homenagem, vereador Aurélio Mi-guel, deputado Arnaldo Faria de Sá, entre outras autoridades, di-retores de instituições homena-geadas e ícones do empresariado.

Emocionado, o reitor da Uni Sant’Anna disse: “Recebi várias homenagens, mas nunca minha voz ficou embargada assim, não tenho palavras para agradecer e acho que não mereço tudo isto. Sou

um humilde aprendize segui o que minhamãe me aconselhou: estude. Sou filho delavradores, comecei aos 7 anos como aju-dante de sapateiro e vim para São Paulo onde, aos 16, me for-mei normalista e, comecei a dar aula. A educação muda tu-do e vem em primei-ro lugar. É um pri-vilégio receber uma solenidade da Câma-ra aqui” conclui.

Regina Gomes, Onofre Baptista e André Luís também foram homenageados pelo brilhante traba-lho desenvolvido na área social. No telãoforam exibidos diver-sos trechos da atua-ção dos homenagea-

dos e suas insti-tuições.

Cerca de 300 pessoas estavampresente ao even-to, após a cerimô-nia todos se con-fraternizaram num delicio-so coquetel, com boa mú-sica.

Foi uma noite inesquecí-vel regada a muita emoção. Todos os homenageados fi-

caram felizes e entusiasmados a continuar trabalhando pelo projeto social, ajudando a to-dos os que necessitam.

Regina EliasPlacucci e sua irmã, Lourdes Placucci

Público presente ao evento

Mesa diretora do evento

O Metrô desapropria imóveis para construir a Linha LaranjaO governo de São Paulo

vai desapropriar 406 imóveis para construir

a futura Linha 6 - Laranja do Me-trô.

Ao todo, a área desapropriada soma 407.400 m², nos bairros da Freguesia do Ó, Lapa, Barra Funda, Perdizes, Consolação, Bela Vista eLiberdade.

Dos imóveis desapropriados, 52 são terrenos vagos, 214 residên-cias e 140 imóveis comerciais.

A nova linha vai ligar a Zona Norte, região da Vila Brasilân-dia, ao centro da cidade terá 15,9 km de extensão.

Com 15 paradas, l igará a es-tação Brasilândia à São Joaquim e fará integrações com os trens da CPTM na estação Água Bran-ca, com a Linha 4-Amarela, na estação Higienópolis-Mackenzie, e com a Linha 1-Azul, na esta-ção São Joaquim.

O ajuizamento das ações de desapropriação deverá ocorrer nosegundo semestre deste ano, comoferta do valor de referência doITBI municipal (imposto de trans-missão de bens entre vivos).

Os proprietários deverão cum-prir as exigências legais para con-seguirem levantar 80% do valor de-positado em juízo pelo Metrô, incluindo comprovação de pro-priedade e impostos em dia.

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Maio de 2012 06GLOBAL NEWS

Economia e AgronegócioPorto em Ilhéus na Bahia opõe turismo e exportação

A excelente colheita do futuroBrasil precisa equacionar vários gargalos para conso-lidar sua liderança na produção mundial de grãos.

“O projeto do porto será a redenção de

Ilhéus.”

Divulgação

“Grande parte desse acréscimo virá do

Brasil, cuja produção terá de aumentar 40%

na década..”

Divulgação

A construção de um mega complexo portuário emIlhéus, com investimen-

to estimado em R$ 3,5 bilhões e 1,8 mil hectares de área total, gera a esperança de redenção à cidade que há mais de duas décadas assiste ao desmoro-namento da “civilização do cacau” e às tentativas fracas-sadas de recuperar a glória do passado. Mas o projeto do Por-to Sul da Bahia também assus-ta uma parcela dos empresários e ambientalistas da região, que temem efeitos devastadores para o turismo e sobre um dos pedaços de mata atlântica mais preservados do litoral bra-sileiro.

O futuro do complexo, que tem a pretensão de transfor-

mar-se em ponto final da pro-metida Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e em estru-tura de escoamento para a pro-dução do interior da Bahia, es-tá chegando a um momento de-cisivo. Seis audiências públi-cas para discutir seus impactos ambientais com a população lo-cal deverão ocorrer entre os dias 28 de maio e 2 de junho. À fren-te do pedido de licenciamento, o governo estadual percebeu os riscos de um veto do Ibama ao local originalmente escolhido para abrigar o porto e tenta ago-ra viabilizá-lo em um ponto a cer-ca de dez quilômetros do cen-tro de Ilhéus, com expectativa de dar o pontapé inicial nas obras até o fim deste ano.

O porto planejado é do tipo

“offshore”, ou seja, tem cais avan-çado no mar e ligado à costa por uma ponte de acesso com mais de três quilômetros. Ele está di-vidido em duas áreas: um termi-nal de uso privativo da Bahia Mineração (Bamin), idealiza-do para escoar o minério de fer-

ro a ser extraído de uma jazida em Caetité, e um porto públi-co, que é candidato a inaugu-rar o novo sistema de conces-sões desenhado pela União. No total, a previsão do governo baiano é que as duas áreas pos-

sam movimentar cerca de 100 milhões de toneladas por ano, equivalente à demanda hoje deItaqui, no Maranhão, tornan-do-o um dos três maiores com-plexos portuários do Brasil , em movimentação de carga bruta.

A construção do Porto Sul deverá gerar 2.560 empregos diretos no pico das obras, que vão durar até 54 meses, segun-do o estudo de impacto ambien-tal (EIA-Rima). Depois, serão cerca de 1.700 funcionários pa-ra as operações. O aquecimen-to do mercado de trabalho em-bala os sonhos de Ilhéus, que jamais se recuperou dos efei-tos da vassoura-de-bruxa, a pra-ga responsável por dizimar a produção de cacau no fim dos anos 80. Em 1987, último ano

antes da praga, a safra beirou 400 mil toneladas. Hoje, uma colheita de 150 mil toneladas é motivo de comemoração.

“O projeto do porto será a redenção de Ilhéus”, acredita o prefeito Newton Lima (PT), que viu a população do muni-cípio encolher na década pas-sada - o censo apontou redução de 222 mil para 184 mil entre os anos 2000 e 2010.

A té 2020, a produção mundial de alimentosterá de aumentar 20%

para atender à crescente deman-da, vinda principalmente da ex-pansão das classes médias das economias emergentes, segun-do estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvol-vimento Econômico (OCDE). Grande parte desse acréscimo virá do Brasil , cuja produção terá de aumentar 40% na déca-da, mais que o dobro das proje-ções para a agricultura da Aus-trália (17%), EUA e Canadá (15%) e União Europeia (4%). Mas, para consolidar a sua li-derança mundial na produção de grãos e de carnes, o país te-rá de superar diversos obstácu-los - como a deficiente infra-estrutura, barreiras comerciais de países importadores e falhas no planejamento.

“O dado da OCDE demons-tra que a posição de liderança do Brasil é um fator que tem sido considerado por organiza-ções internacionais, mas para chegarmos a isso precisaremos fazer nossa lição de casa”, afir-mou o coordenador do Centro de Agronegócios da FGV, Ro-berto Rodrigues. Para o secre-tário-executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, o setor precisa aprimorar sua

gestão. “O produtor precisa ter uma contabilidade clara, ter oscustos de produção e comercia-lização bem definidos e preci-sa se capitalizar, para usar a co-lheita bem sucedida como fi-nanciamento para a próxima sa-fra, o que reduz a necessidade de ir ao banco”, disse.

Outro desafio será superar as barreiras logísticas. Em dez

anos, apenas em milho e soja o país produzirá 100 milhões de toneladas a mais do que o volume atual de 130 milhões toneladas, o que criará pressões sobre a infraestrutura. Para trans-portar a produção.

“Cabe frisar que parte da produção de milho da próxi-ma safra já ficará a céu aberto, por conta da falta de estrutura de armazenamento”, destacou André Pessôa, sócio consultor da Agroconsult. Estima-se que cerca de 45 milhões de tone-ladas de grãos produzidas nas regiões Norte, Nordeste e Cen-

tro-Oeste são desloca-das, principamente, porestradas para portos da região Sul e Sudeste, por falta de opções lo-gísticas próximas às re-giões produtoras.

Com pelo menos 50 milhões de hectares dis-poníveis para ampliar sua liderança na agri-cultura mundial, o Brasil terá de continuar aumentando sua pro-dutividade, com investimentos em tecnologia. Entre 1990 e 2010, o país elevou em 173% sua produção de alimentos, com um acréscimo de apenas 36% de área e de 100% em produti-vidade. “Isso criou uma econo-mia de 52 milhões de hectares que foram preservados.

O Brasil tem no etanol o biocombustível mais competi-tivo do mundo. Enquanto o eta-nol de cana reduz 61% das emis-sões de gases estufa, os com-bustíveis a partir de beterraba (Europa) e de milho (EUA) di-minuem 20%. O combustível bra-sileiro é 4,5 vezes mais energé-tico do que o produzido de be-terraba ou trigo e quase sete vezes mais eficiente do que o que vem do milho. Para aten-der ao mercado nacional, o Bra-sil terá de importar neste ano 1,8 bilhão de litros de etanol

de milho dos EUA. O problema é a política de preços da gaso-lina, sem reajuste desde 2008, que reduz a competitividade do etanol nas bombas e engessa os investimentos das usinas, segun-do Rodrigues. Analistas esti-mam que, para atender à de-manda interna e externa, a pro-dução sucroalcooleira teria mais que dobrar.

China e Índia, por exem-plo, têm uma relação inferior a três veículos por cem habitan-

tes, enquanto no Japão e EUA essa relação supera 60 veícu-los. “Em biocombustível, temos um cenário fantástico, China e Índia são potenciais compra-dores. Poderíamos ser o cata-lisador da economia verde no mundo, mas o governo e a ini-ciativa privada não têm estra-tégia. Precisamos atacar isso, porque logo poderemos ter de importar biodiesel também”, frisou Rodrigues.

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EducaçãoMaio de 2012 08GLOBAL NEWS

Bingo Beneficente “Eu e a Mamãe”O ano caminha sua estra-

da marcando pausas edescansos da jornada

nas datas comemorativas. Tudo co-meça com o Revelion, e então, vem o Carnaval, a Páscoa, as Fes-tas Juninas, as comemorações daPátria e, quando piscamos, já che-gamos ao Natal.

O ano escolar também segue sua caminhada. As marcas da es-trada não são somente as provas,os trabalhos e as médias, mas, tam-bém, os eventos tradicionais e es-perados por todos. E, assim, o Colégio Imperatriz Leopoldina chega ao 12º Bingo, e com ele aoportunidade de novamente ho-menagear a todas as mamães. Na-da melhor do que divertir-se jo-gando Bingo com a família e ain-da auxiliar as senhoras do Lar para Idosas “OASE”, que um diajá foram mães e tias, e, agora, como avós e bisavós, continuamdando, de alguma forma, sua con-tribuição de carinho e experiên-cia.

Agradecemos a todos que, di-

reta ou indiretamente, participa-ram desta ação social e, de uma forma muito especial, a nossa sem-pre colaboradora Silvana Salvia,da loja Sisal Basic Colection, responsável pelo lindo desfile de moda que mais uma vez abri-lhantou o evento. Um abraço ca-rinhoso a cada uma das mães do grupo organizador: Christia-ne Barão, Flavia de Abreu Diz, Luciana Gallo, Luciene Bochi, Marcia S. Ferreira e Sandra S. Machado que, com tanta alegria doaram seu tempo e suas mãos caprichosas.

As fotos podem ser vistas em nosso portal www.colegio-cil .com.br , em eventos 2012.

Agora estamos nos prepa-rando para o musical em ale-mão “Liebe Erde, ich beschütze dich”, no dia 26 de maio. En-tão, até lá!

Obrigada,Evelyn Mattheswww.colegiocil.com.br

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Maio de 2012 09www.globalnews.com.br Totalmente online

Uni Sant’Anna investe no esportee reúne 650 atletas de 42 equipesA instituição tem tradição na formação de esportistas de al-to nível técnico, entre eles atletas olímpicos Aurélio Miguel

ÉTICA NA POLÍTICA BRASILEIRA

PROF. LEONARDO PLACUCCIReitor da Uni Sant’Anna

C om tradição de mais de três décadas no in-centivo à prática es-

portiva, a Uni Sant’Anna, Cen-tro Universitário de renome na Zona Norte de São Paulo, con-solida o investimento na for-mação de atletas de alto níveltécnico e na formação de cam-peões. Atualmente reúne 650 alu-nos atletas bolsitas, de 42 equi-pes em 21 modalidades.

Grande parte desses atletas é fruto da parceira com a Secre-taria Municipal de Esportes, La-zer e Recreação de Suzano (SP),o Jaguaré Esporte Clube, a So-ciedade Esportiva Palmeiras e o Serviço Social da Indústria – SESI/SP. Entre as modalidades estão atletismo, vôlei, vôlei de praia, basquete, futsal, hande-bol, judô, karatê, taekwondo, luta olímpica, natação, boxe, skateboard e beisebol.

Segundo Cesar Farid, geren-te de Esportes, não é a toa que a instituição coleciona tantos tí-tulos e revela atletas promisso-res. “A Uni Sant’Anna é refe-rência do esporte universitário no Brasil , com mais de 30 anos de incentivo no setor. Tanto quedevido a esse investimento for-mou as equipes mais fortes do País em diversas modalidades, femininas e masculinas, sendo considerada um gestor do espor-te universitário”, explica.

A aposta nessas equipes e atletas rendeu à Uni Sant’Anna incontáveis pódios e tí tulos depeso ao longo dessa trajetória. Em 2011 conquistou o Troféu

Eficiência entre as melhores Fe-derações Universitárias Estadu-ais e Instituições de Ensino Su-perior do Brasil, considerado oprêmio máximo concedido pe-la Confederação Brasileira deDesporto Universitário – CBDU.

No ano passado, a instituição foi Campeã na Liga do Des-porto Universitário Nacional emsete modalidades: handebol (fe-minino), futsal (masculino), ju-dô (masculino e feminino), ka-ratê (feminino), taeknowdo (mas-culino e feminino), tênis de me-sa (masculino) e xadrez (mas-culino). No Jubs 2011 – Olim-píadas Universitárias, o time debasquete masculino também sa-grou-se campeão.

De olho nas Olimpíadas de Londres 2012, Farid adianta quea expectativa é de que cinco atle-tas da instituição estejam na de-legação brasileira – quatro noatletismo e um na natação. “Atéo início de junho teremos essesnomes. Se forem selecionados, certamente serão uma promes-sa de medalhas para o País. Porenquanto, quem já carimbou o passaporte para Londres foi o Jonathan Henrique Silva, que conquistou o índice olímpico no salto triplo”, finaliza.

Incentivo ao esporte e for-mação de campeões – Com o le-ma de que o esporte auxilia na construção da cidadania entre jovens e adolescentes, reforçan-do a competit ividade, a Uni Sant’Anna desenvolve o Pro-grama de Apoio ao Esporte – PAE. O programa oferece ao

aluno a oportunidade de cursar o Ensino Superior. Seleciona-do pelo diretor de cada modali-dade, passa a participar de tre-inos e jogos e, consequentemen-te, ganha uma bolsa de estudo.

Ao logo de sua trajetória, a Uni Sant’Anna formou atletas revelações que conquistaram mar-cas jamais esquecidas e, que mos-traram ao Brasil e ao mundo, oresultado do apoio dado pela ins-tituição. Entre eles estão cam-peões olímpicos, atletas de Jo-gos Pan-americanos ou que re-presentaram o País em grandes campeonatos, como: Aurélio Mi-guel e Henrique Guimarães, do Judô; Maurreen Higa Maggi, Jadel Gregório e Keila Costa, do Atletismo; Carioquinha e Is-rael, do Basquete; Cláudio Ka-no e Hugo Hoyama, do Tênis de Mesa; e Talmo e Jorge Ed-son, do Vôlei.

Nos Jogos Olímpicos de 2008, 29 alunos atletas fizeram par-te da delegação brasileira.

Centro Universitário Sant’Anna – Oferece mais

de 40 cursos de Graduação e Pós-graduação nos campi San-tana e Shopping Aricanduva, além da Faculdade Sant’Anna de Salto, localizada no interior paulista. O Centro Universi-tário tem tradição no atendi-mento a alunos portadores de deficiência e no incentivo à práti-ca esportiva e conta, ainda, comoCentro Clínico Tucuruvi, que faz atendimento gratuito para po-pulação na área de fisioterapia.

Mais de 30% dos universitários das federais usaram o EnemM ais de 30% dos es-

tudantes que ingres-saram em univer-

sidades federais no ano de 2010usaram a prova do Enem, seja pa-ra compor toda a nota de classi-ficação ou parcialmente. Os da-dos são do Censo do Ensino Su-perior, divulgado pelo Inep (ór-gão ligado ao Ministério da Edu-cação e responsável pelo Enem).

De acordo com os dados, qua-se 1,6 milhão de pessoas ingres-

saram em instituições de cursosuperior em todo o país no anode 2010. A grande maioria (1.181.650) se matriculou em institui-ções particulares, seguido pelasfederais (251.059), estaduais (130.035) e municipais (27.468).

Somados todos os alunos in-gressantes, o Enem foi usado pa-ra compor a nota de 15,4% de-les. Dentre os matriculados emuniversidades federais, a região Sul concentra o maior percen-

tual de beneficiados (44,2%). Emseguida vem o Nordeste (36,9%),o Sudeste (32,4%), Centro-Oeste (13,4%) e a região Norte (12,2).

Os dados do Censo aponta-ram ainda que o número de pes-soas matriculadas em cursos degraduação em todo o país mais quedobrou entre os anos de 2001 e 2010. O salto foi de 3.036.113 para 6.379.299. O destaque fica pa-ra as instituições particulares.

N ão só no Brasil sefala muito em éti-ca, hoje. Mas te-

mos motivos de sobra para nospreocuparmos com a ética noBrasil. O fato é que, em nossoPaís, assistimos a uma degra-dação moral acelerada, prin-cipalmente na política. Ou se-rá que essa baixeza moral sem-pre existiu? Será que hoje elaestá apenas vindo a público?Uma ou outra razão, ou ambascombinadas, são motivos sufi-cientes para provocar uma re-ação ética dos cidadãos cons-cientes de sua cidadania.

Constituem objetivos fun-damentais da República Fede-rativa do Brasil: construir umasociedade livre, justa e solidá-ria; garantir o desenvolvimen-to nacional; erradicar a pobre-za e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regi-onais; promover o bem de todos,sem preconceitos de origem, ra-ça, sexo, cor, idade e quais-quer outras formas de discri-minação (Art. 3° da Constitui-ção da República Federativa do Brasil, 1988).

A falta e a quebra da ética ameaçam todos os setores e as-pectos da vida e da cultura deum país. Mas não há como ne-gar que, na vida política, a falta ou quebra da ética tem o efeito mais destruidor. Isto se dá porque o político deve ser um exemplo para a sociedade.

A política é o ponto de equi-líbrio de uma nação. Quando a política não realiza sua função, de ser a instância que faz valer a vontade e o interesse coleti-vo, rompe-se a confiabilidade e o tecido político e social do país. O mesmo acontece quan-do a classe política apóia-se no poder público para fazer valer seus interesses privados.

A multiplicação de escân-dalos políticos no Brasil só nãoé mais grave que uma de suas próprias consequências: a de converter-se em coisa banal, coisa natural e corriqueira, diante da qual os cidadãos se-

jam levados a concluir: “sem-pre foi assim, nada pode fazer isso mudar”, ou coisa ainda pior: “ele rouba, mas faz”.

Do outro lado, uma vida po-lítica saudável, transparente, representativa, responsável,verdadeiramente democrática,ou seja, ética, tem o poder de alavancar a autocofiança de um povo e reerguer um país alquebrado e ameaçado pela desagregação.

A ideia de “vida pública”, “serviço público”, “interesse pú-blico”, tem sido uma idéia des-gastada por nosso passado co-lonial, populista, autoritário--militar e pelo nosso presente neoliberal privatizante. O “pú-blico” em nossa história tem se realizado frequentemente comosinônimo de ineficiência, desca-so, desleixo, baixa qualidade, trampolim para a realização deinteresses privados, etc. A “coi-sa pública” tem sido conside-rada aquilo que, por ser “de todos”, é “de ninguém”, e por isso pode ser apropriada, usa-da e abusada. A atual genera-lização da corrupção política tem levado essa crise do “pú-blico” ao limite.

Cada lei deve ser a expres-são da vontade majoritária dos municípios ou o resultado de um pacto social entre todos eles. A corrupção é uma prá-tica inaceitável, mais ainda no exercício de um mandato político, de governadores avereadores. Os vereadores de-vem ser um referencial ético para os cidadãos.

Falar de ética é falar de convivência humana. São os problemas da convivência hu-mana que geram o problema da ética. Há necessidade de ética porque os seres humanos não vivem isolados; e os seres hu-manos convivem não por es-colha, mas por sua consti-tuição vital. Há necessidade de ética porque há o outro ser humano.

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Aquecimento do planeta fará sofrer as principais capitais brasileirasAlém de SP, Rio, BH e Manaus, cidades do NE estão entre as que mais sofrerão com a mudança de temperatura, afirma estudo do Inpe e da Unesp

GAUDÊNCIO TORQUATOJornalista, professor titular da USP e consultor político.

DE VOLTA PARA O PASSADO

É possível que nostempos de PedroII o bordão por-

tuguês fosse expressão decompromisso com a verda-de: palavra de rei não vol-ta atrás. Foi com o propó-sito de ver cumprida sua palavra que o generoso im-perador, nos idos de 1877, ante a devastadora seca queassolava o Nordeste, pro-clamou a sentença que vi-ria a abrir o dicionário de promessas para a região: “Não restará uma única jo-ia na coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fo-me”. Ao que se sabe, não fal-tou nenhuma joia na coroa do imperador.. .

Milhares de nordestinosnão resistiram à inclemên-cia das grandes secas que assolaram o semiárido ao correr do século 20 (a de 1915 foi devastadora). E hoje, se não morrem mais de fome, passam muitas ne-cessidades, a começar da falta de água nas tornei-ras de suas casas. Nos últimos tempos o crônico problema emergiu sob man-chetes que dão conta da pior seca em 30 anos - no caso da Bahia, a mais grave em 47 anos -, situação queressuscita as agruras do pas-sado, simbolizadas por ca-minhões-pipa levando água para 600 cidades, filas depessoas com balde na mão,lavouras dizimadas, carca-ças de animais nas terras esturricadas, pequenos re-banhos desfilando uma es-tética da fome.

Os danos começam a atacar o bolso e o estôma-go: a mão de milho, com 50 espigas, subiu de R$ 8para R$ 15, o quilo de feijão, de R$ 3 para R$ 6,20. O fato é que o efei-to da seca já se faz sentir na economia nordestina, a denotar que os padrões da vida moderna e os bilhões despejados por governan-tes em obras de serventia duvidosa não conseguem preencher as demandas daspopulações. Com o celu-lar pregado ao ouvido en-quanto espera a vez de pe-gar água na mangueira do caminhão-pipa, o moço de bermuda mais parece um insólito retrato da extrava-gância. Afinal, aquele apa-relho de cores berrantes esom estridente destoa da ce-na que lembra a saga do passado, tão bem descrita

por trovadores e imorta-lizada pelo cancioneiro ma-ior do Nordeste, o de Luiz Gonzaga, ao puxar o la-mento: “Quando a lama virou pedra/ e mandacaru secou,/ quando o Riba-ção de sede/ bateu asa e voou,/ foi aí que eu vim me embora/ carregando a minha dor”.

O povo já não vai em-bora porque há um colchãosocial para atenuar as do-res de quem vê a lama vi-rar pedra. Dos 13 milhões de famílias que recebem Bolsa-Família, a concen-tração maior é no sertão doNordeste, onde 70% são as-sistidos pelo programa. Is-so explica o contraste que sevê naquela fila da água: umtraço do Brasil tecnológico,simbolizado pelo celular, aoqual 164 milhões de brasi-leiros têm acesso; e o de-senho do País das grandes carências, dentre as quais a de água, que deixou de pin-gar nas torneiras de 85% dos municípios da região.

Como contemplar a mo-ldura desconjuntada sem achar que nossa posição de sexta economia do mundo deixa transparecer um te-cido roto, a imagem de um queijo suíço, cheio de fu-ros? Às imagens entrelaça-das de passado e presente se soma o acervo verbor-rágico sobre a seca, pleno de promessas, feitos e rea-lizações. Compreende-se arazão: a água, oxigênio da vida, oxigena também am-bições políticas. Transfor-ma-se em discurso para as massas assoladas por sua es-cassez. Pratica-se, em seu en-torno, o jogo político, umrecheio de promessas vãs embalado no pacote de ma-zelas da cultura regional

Na campanha presiden-cial de 1950, Getúlio Var-gas, ao discursar no Ceará,lembrava que seu governo,em menos de 15 anos (de 1930 a 1944), conseguira aumentar a capacidade de acumulação de água no Nordeste, de 630 milhões para 2 bilhões de m3, coma construção de 225 açu-des. Gastara 15 milhões decruzeiros. Juscelino Kubits-chek, ao assumir a Presi-dência, em 1956, garantiuno discurso de posse: “Es-ta é a última seca que as-sola o Nordeste”. A garan-tia do presidente que inaugurou a barragem do Açude de Orós, na época o maior do País, evapo-

rou-se como a água dos reservatórios. No ciclo da ditadura militar, o trata-mento seguiu os trâmites ortodoxos: estado de ca-lamidade pública nos mu-nicípios afetados e abertu-ra de crédito extraordiná-rio. A era FHC fechou os olhos ao fenômeno, que acontece com intervalos próximos a dez anos. Ini-ciou um tímido programa de alistamento para uma bolsa de emergência. O en-tão presidente referiu-se poucas vezes à seca. “O povo do Nordeste e do nor-te de Minas deve encarar a seca, criando condições de enfrentamento no qual o cidadão será o vence-dor”, dizia.

O período de Lula abriu esperanças. Os nor-destinos imaginavam que um filho da região arruma-ria a ideia para contornar o flagelo. Sacou ele de seu bornal a obra de transpo-sição do Rio São Francis-co, com a qual prometeu combater “a indústria da seca”. Hoje, trechos estão paralisados. Obras feitas,e abandonadas, se degra-dam. O desânimo se ins-tala. Ademais, apenas 4% da água desviada pelos canais deverá ser usada pa-ra consumo humano, en-quanto 70% seguirá para irrigação em grandes pro-jetos de exportação e 26%,para uso industrial. Sob esse acervo de projetos inacabados, ausência de visão sistêmica, carência de continuidade, interes-ses conflituosos entre Esta-dos, expande-se a primei-ra grande seca do século 21.

À guisa de conclusão: e agora, presidente Dil-ma, o que fazer para a re-gião conviver, de maneira harmoniosa, com o fenô-meno? Por que regiões áridas do mundo acharam a solução para seu pleno de-senvolvimento, como áreas dos EUA, de Israel (Deser-to de Neguev), do Méxi-co, do Peru, do Chile e do Senegal? Como integrar a moto, o celular, o óculos ray-ban, a quinquilharia made in China à paisagem real do País? Como dizer ao sertanejo Manoel e a sua mulher, Rosa, perso-nagens de Deus e o Diabo na Terra do Sol, do genial Glauber Rocha, que eles não participam do filme De Volta para o Futuro?

U m estudo que com-binou modelagemclimática com in-

dicadores sociais das cida-des brasileiras apontou on-de estão as populações maisvulneráveis às mudanças cli-máticas no País. Em um ce-nário de aquecimento glo-bal, moradores de São Pau-lo, Rio de Janeiro, Belo Ho-rizonte, Manaus e de vários municípios nordestinos se-rão os que estarão mais su-jeitos a riscos.

O trabalho, realizado porpesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais (Inpe) e da Universi-dade Estadual Paulista (Unesp), considerou que as pro-jeções que mostram para as próximas décadas aumento de temperatura e mudanças no regime de chuvas não contam sozinhas quais po-dem ser os impactos reais aos homens.

Mas, ao cruzar esses da-dos com a densidade popu-

lacional e o Índice de Desen-volvimento Humano (IDH),os cientistas deduziram queseria possível oferecer uma noção melhor do problema.

Dificuldade de resposta

O ecólogo David Lapola,da Unesp em Rio Claro, res-ponsável por cruzar os da-dos, explica: “O Nordeste temIDH (índice que combina edu-cação, saúde e renda) bai-xíssimo, talvez alguns dos menores do País, e a densi-dade populacional é relativa-mente alta. São indicativos deque essas pessoas terão ma-ior dificuldade para respon-der a um cenário de mudança climática, mesmo se ela nãofor a mais severa do País, co-mo aponta o primeiro mapa”.

Já em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, o pro-blema é a grande densidadepopulacional e o agravamen-to, com as mudanças climá-ticas, de situações já comuns

hoje quando acontecem eventos extremos, como enchen-tes e deslizamentos de terra, e que os governos ainda não conseguem resolver.

O contrário vale para ocentro e o Norte do País. Ape-sar de lá o indicador climá-tico apontar uma situação de mudanças climáticas mais severas, na comparação com osdemais Estados, os vazios demográficos tendem a possi-bilitar que a população seja menos vulnerável.

Os pesquisadores explicam que a ideia geral foi apontar quais serão as áreas mais pro-blemáticas a fim de aproxi-mar as informações climáticas dos tomadores de decisão, de modo que eles tenham melho-res condições de desenvolver políticas públicas para essas cidades. “Com centenas deprojeções climáticas, era maisdifícil decidir, mas um traba-lho como esse melhora a re-lações entre os cientistas e os políticos”, afirma Lapola.

Maio de 2012 011GLOBAL NEWS

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Casa Verde é um bairro da cidade de São Paulo, loca-lizado na Zona Norte. Tra-

dicional bairro de sambistas, é fa-moso por ser o bairro das escolas de samba Império de Casa Verde e Morro da Casa Verde. É um bairro relativamente recente, seu aniver-sário é comemorado no dia 21 de maio.

História

O Bairro Casa Verde, teve na sua evolução um processo lento. No início do século

XX o que caracterizava a cidade eram as mudanças sofridas, os sí-tios passavam a ser loteados e as vilas viravam dormitórios, é então a partir desta que o bairro da Casa Verde passa a se caracterizar. O lo-te do bairro era de propriedade de Amador Bueno (1641), passando mais tarde para seu descendente Jo-sé Arouche de Toledo Rendon.

O primeiro lote de terreno, foi vendido ao português J. Marques Caldeira, oficial de justiça, no dia 21 de maio de 1913. Sua localiza-ção era na esquina das ruas João Rudge com rua Saguairu.

Por volta de 1915, os irmãos Rudge, construíram a ponte sobre o rio, usando madeira de lei, ponte que era tosca e estreita e que repre-sentou um grande impulso para a região.

O crescimento do bairro foi re-lativo e lento, até que em 1922 os trilhos de bonde chegaram ao bair-ro. Oswaldo de Souza Rudge, au-xiliado eficientemente por seu pai Horácio Vergueiro Rudge, implan-tava a Transvias Canadenses.

A inauguração do bonde no ano de 1922, foi muito festiva, correndo a população a homenagear ruido-samente os diretores da empresa elé-trica, senhores Mac Connel e Ed-gar de Souza. Este veículo trouxe um novo panorama e desenvolvi-mento ao bairro, situado a 6 Km do cento da cidade.

A luz elétrica foi instalada em 1937. Depois disso, entre 1940/1950,

a casa Verde experimentou um ver-dadeiro “boom”. Nesse período, foi o bairro da Zona Norte que apre-sentou o maior crescimento demo-gráfico.

Pela Lei 2.335 de 28 de dezem-bro de 1928, foi criado o Distrito, com área de 10,91 Km2. Antes, fora instalado o Posto Policial, e a pri-meira autoridade foi o Sr. José Fa-zolaro. O Distrito abrangia a áreapertencente à antiga fazenda e as Vi-las: Bianca, loteada em 1930; És-ter, Parque Peruche, São Bento, Baruel, ambas urbanizadas entre 1930/1940; e ainda as Vilas Ban-deirantes, Retiro Feliz, Santista, La-ranjeiras que surgiram nas décadas de 40/50.

A Vila Baruel tem este nome de-vido a um antigo proprietário do sítio, em 1857, Sr.Francisco Baruel.

O Jardim São Bento é parte de uma antiga chácara aberta no meio da mata virgem, e propriedade de José Góis Morais, em 1702. O Jar-dim das Laranjeiras surgido por volta de 1940 ganhou esta deno-minação por situar-se próximo ao Bairro do Limão.

Ao passar do tempo o bairro co-meça a ver o seu crescimento, mes-mo em um processo vagaroso os benefícios surgem, como a cons-trução da ponte de madeira, chega-da do bonde, a luz elétrica, a cons-trução da igreja.

Origem do nome

O que a lei reconhece como subdistrito na divisão po-lítica da cidade, muitas ve-

zes não corresponde ao que a po-pulação considera como bairro. O bairro possui características mui-to próprias que, com o passar do tempo se reforçam e acabam por individualizá-lo de maneira incon-fundível tanto para os que moram nele como no conceito geral.

Na casa verde vemos um exem-plo onde a denominação do bairro resulta da “voz anônima” dos que primeiro se fixaram ou afluíram para lá seguindo referências popu-

lares e a “criação” de “Vila Tietê” teve que acabar por curvar-se a no-menclatura popular da casa verde.

Há controvérsia quanto a ori-gem do nome. Sabe-se no entanto que a história se entrelaça com a das moças descendentes de Ama-dor Bueno Ribeiro eram filhas do general José Arouche de Toledo Rendon muito populares entre os rapazes da faculdade de direito do Largo S. Francisco de quem o gene-ral foi o primeiro diretor.

Alguns relatos dão conta de umacasa verde no sítio na margem den-tro do Rio Tietê; outros falam da grande e nobre irmandade Arou-che Rendon. Viviam numa casa ver-de, na antiga travessa do Colégio (hoje Anchieta). Elas eram conhe-cidas como “as moças da casa ver-de da travessa do colégio” as terras do general José Arouche de Toledo Rendon se estendiam até a margem direita do Tietê.

Em 1852 morre dona Caetano Antonia, a última das “moças da ca-sa verde” o sítio passa pela mão de vários donos até chegar a família Rudge que acaba por loteá-lo. Mas na voz popular a região continuou a ser chamada como Casa Verde nu-ma referência a casa.

Esporte

Na esfera esportiva, Casa Ver-de tem também seus filhos ilustres. Prova disso, são as

duas medalhas olímpicas de ouro conquistadas pelo nosso sau-doso Ademar Ferreira da Sil-va, na catego-ria de salto tri-plo nas olimpía-das de 1952, naFinlândia, e 1956, na Aus-trália.

Eder Jofre,nosso galinhode ouro, cam-peão mundial

de boxe na categoria Galo durante quatro temporadas consecutivas de 60 a 64, voltando a ser campeão em 1973 em Brasília, agora entre os peso pena.

O bairro contou também com os campeões Sul-Americanos Luiz Ignácio da Silva (Luizão) e Ralf Zumbano entre outros.

Outro destaque para a prata ca-saverdense é o jogador de futebol Serginho Chulapa, ou melhor Sér-gio Bernardino, tendo iniciado sua carreira nos campos da várzea de Casa Verde.

O jogador de vôlei, o campeão Montanaro, é outro atleta criado no bairro. Basílio, que ficou famoso e apelidado de o “Pé de Anjo” por ter marcado o gol que deu o título ao Corinthians Paulistas após uma longa espera de 25 anos, nasceu na Casa Verde, tendo iniciado sua trajetória esportiva no Cruz da Es-perança no Bairro da Casa Verde. Cláudio Roberto Sollito, goleiro 4 vezes campeão pelo Corinthians, também é prata casaverdense.

Progresso

Hoje o bairro concentra uma grande quantidade de con-cessionárias de veículos na-

cionais e importados. Além de ter em seu espaço um dos locais mais tradicionais da Zona Norte, o Jar-dim São Bento, considerado um dos bairros nobres da região norte.

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Empreendedores congratulam o bairro por contribuir com o

desenvolvimento da Zona Norte.

A loja de calçados Sa-bino, tem uma gran-de variedade de cal-

çados e sempre com os melho-res preços e formas de paga-mento.

Tradicional no bairro, a Sa-bino acompanha todas as ten-dências de moda em calçados trazendo diversas opções de mo-delos, tamanhos e cores.

“Estamos há 63 anos na Ca-sa Verde, onde tudo começou por intermédio do meu pai, queé o comerciante vivo mais an-tigo do bairro. Graças à Deus sempre trabalhou muito e de forma honesta e é muito que-rido por todos.

Nossa loja abrange não só pessoas do bairro, mas tam-bém de outros locais como Osasco, Guarulhos, Barueri e até do interior”.

Amamos, moramos e investimos na nossa Casa Verde

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Maio de 2012 014GLOBAL NEWS

Page 15: GlobalNews Maio

www.globalnews.com.br Totalmente online Maio de 2012 015

Parabeniza a Casa Verde e seus empreende-dores, pelos 99 anos de desenvolvimento e progresso. www.globalnews.com.br

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Maio de 2012 016GLOBAL NEWS

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www.globalnews.com.br Totalmente online Maio de 2012 017

Chip deixará licenciamento mais caro no próximo ano

Brasil tem pior taxa de repetência

Transparência vai inibir uso inadequado do dinheiro

Café deve ter maior safra já produzida pelo Brasil

Alameda Afonso Schmidt, 57 - Santa Terezinha - Tel.: (11) 2579-1325 www.drycleanusa.com.br/saopaulo/santaterezinha

A Lei de Acesso à Infor-mação garante o direi-

to da população a conhecer osatos de governo e de Estado pormeio das melhores tecnologiasde informação”, discursou a pre-sidente. “A transparência a par-tir de agora obrigatória, tam-bém por lei, funciona como o inibidor eficiente de todos os maus usos do dinheiro pú-blico, e também, de todas as violações dos direitos huma-nos.”

Comemorada pelo governo, a Lei de Acesso à Informação écriticada por especialistas, quelamentam a falta de um órgão independente para monitorar a sua implantação no País - no

âmbito do Executivo fede-ral, esse papel caberá à Con-troladoria-Geral da União (CGU).

A legislação determina a criação de serviço de informa-ções ao cidadão (SIC) em ca-da órgão com o intuito de aten-der o público e dar informa-ções sobre a tramitação de do-cumentos - o SIC do Planalto funcionou nesta quarta, aten-dendo solicitações de informa-ção aos ministérios da Casa Civil, Comunicação Social, Se-cretaria de Reções Institucio-nais, Secretaria-Geral da Presi-dência, Gabinete de Seguran-ça Institucional e da vice--presidência da República.

P roprietários de carros, mo-tos, caminhões ou ônibus

terão mais uma taxa para pagar. Até junho de 2014, todos os ve-ículos serão obrigados a receber um chip de identificação, e o va-lor do acessório será repassado ao proprietário, informa o Dena-tran (Departamento Nacional de Trânsito).

O preço do equipamento ain-da não foi divulgado oficialmen-te e poderá variar conforme a re-

gião. A intenção é que ele seja co-brado junto com o licenciamento, já a partir do próximo ano.

As informações armazenadas no transmissor - placa, multas, ta-xas e vistorias pendentes - serão captadas por antenas instaladas em vias estratégicas e transmi-tidas para centrais de processa-mento de dados. Assim, o fiscal pode ser imediatamente alertado e abordar o motorista do carro irregular.

O Brasil teve o pior desem-penho na taxa de reprova-

ção no ensino médio, entre colé-gios públicos e privados, desde que as estatísticas passaram a ser divulgadas, em 1999. O índice de 2011 ficou em 13,1%, registran-do aumento de 5% em relação aoano anterior. Os dados são do Inep, divulgados nesta semana.

‘Agora que sabemos os re-sultados, temos condições de darum choque nesse problema. Tem muita coisa que dá para fazer ago-ra, não precisa esperar gerações para ver os resultados.’ Wanda

cita, por exemplo, que os pio-res resultados estão no noturno - período que concentra 40% das vagas. Entretanto, só 27% dos alunos desse período conjugam trabalho e estudos.

No ensino fundamental, a re-provação foi de 9,6% e o aban-dono, de 2,8%. Segundo Wanda, pesquisas mostram que os resul-tados de reprovação acabam por expulsar alunos da escola. ‘Um ano de reprovação aumenta em 20% a chance de o aluno sair da escola no ensino médio.

A safra 2012 de café deve chegar a 50,45 milhões de sacas

A safra 2012 de café de-ve chegar a 50,45 mi-lhões de sacas de 60

quilos, de acordo com o segun-do levantamento feito pela Com-panhia Nacional de Abastecimen-to (Conab). O resultado é 16% ma-ior que o da safra anterior (43,48 mi-lhões de sacas) e supera o recordedo ciclo 2002/2003, quando foram produzidos 48,48 milhões de sa-cas.

Segundo a Conab, o aumen-to da produção se deve princi-palmente à alta bienalidade, já que a cultura do café se carac-

teriza pelo revezamento de um ano de alta produção com outro de produção menor, e ao investimento realizado pe-lo produtor na lavoura. Na comparação com 2009, últi-mo ano de alta bienalidade, asafra atual deve crescer 4,09%.

O café arábica deve repre-sentar 75,6% da produção, com38,13 milhões de sacas. MinasGerais é o maior produtor, com26,34 milhões de sacas. A sa-fra de café conilon tem o Es-pírito Santo como principal produtor, com 9,36 milhões

das 12,31 milhões de sacas pro-duzidas no país.

A área plantada com o pro-duto cresceu 3%, passando de 2,278 milhões de hectares em 2011 para 2,346 milhões, um aumento de 68 mil hectares. Mi-nas Gerais tem 1,219 milhão de hectares plantados com café e o Espírito Santo, 492 mil hecta-res. A pesquisa foi realizada en-tre os dias 15 e 28 de abril com visitas dos técnicos da Conab aos estados produtores. O café possuiexelente qualidade, com especialsabor e aroma típicos.

Alta do dólar já encarece viagens para o exterior

O dólar alto ainda não afugenta os consumi-dores brasileiros que

planejam aproveitar a tempora-da de férias no exterior, mas já encarece os pacotes.

Um pacote para a Disney, porexemplo, parte de US$ 1.977 naagência Marsans. Em janeiro,com o dólar turismo a R$ 1,85no dia 31, o valor em reais era3.657,45. Ontem, com a cotaçãoa R$ 2,03, o valor cresce cercade 10%, para R$ 4013,31. Parce-

lado em dez vezes, são R$ 40 amais por mês. Mas em uma fa-mília com mãe, pai e dois fi-lhos, por exemplo, o aumento émultiplicado por quatro (R$ 1.600a mais na conta) e, embora ain-da possa ser diluído, já produz algum impacto no bolso.

Por isso, a recomendação ésempre planejar os passeios aomáximo para minimizar os efei-tos da oscilação da moeda. “O maior problema é se o viajante não tem, no ato do fechamento

do pacote, o valor que preten-de gastar lá fora. Mas se tiver, ele já compra o dólar com a co-tação do dia e se protege da va-riação”, afirma Leonel Rossi, vice-presidente de Relações In-ternacionais da Associação Bra-sileiras das Agências de Via-gens (ABAV). Para quem não tiver o valor pretendido, a me-lhor opção é adquirir a divisa aos poucos, de acordo com a possibilidade, para aproveitar os momentos de queda do dólar.

A recomendação é sempre planejar os passeios ao máximo

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Maio de 2012 018GLOBAL NEWS

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