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8/19/2019 Gleydson Luiz Alves Da Silva - Artigo 1 http://slidepdf.com/reader/full/gleydson-luiz-alves-da-silva-artigo-1 1/16  Revista CEFOP/FAPAZ de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia  – Vol. 6 - Ano 3 - Nº 06 - Jul/Dez 2015 – São Paulo: FAPAZ: 2015 - ISSN 2317-8841 1 PERSPECTIVAS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: PRÁTICA VIVENCIADA NA ESCOLA ESTADUAL DR. JOÃO FLORENTINO MEIRA DE VASCONCELOS EM ITABAIANA-PB GLEYDSON LUIZ ALVES DA SILVA Licenciado em Biologia - UVA; Licenciando em Letras/ LIBRAS - UFPB; Licenciando em Pedagogia - FMN; Especialista em Educação e Gestão Ambiental - FACISA; Especialista em Supervisão e Orientação Educacional - FACISA; Especialista em Língua Brasileira de Sinais - UNICID; Especialista em Atendimento Educacional Especializado - UCAM. E-mail: [email protected] Artigo submetido em jun/2015 e aceito em jul/2015 RESUMO A educação inclusiva é uma das temáticas mais discutidas e tem ganhando grande repercussão na educação brasileira. Incluir só não basta inserir o educando com deficiência na sala de regular ou até mesmo nas salas de recursos multifuncionais, e sim, por meio das práticas metodológicas que possam incluir todos os educandos com ou sem deficiência, respeitando os argumentos mencionados na Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva no que diz respeito que todos aprendem juntos independente de suas limitações, na qual o educador é um mediador importante na sala de recursos que por meio de suas metodologias eficazes ou até mesmo tentar ajudar o aluno a compreender as atividades propostas que visem atender as suas necessidades desencadear ou minimizar o fracasso escolar pela falta de metodologias que busquem atender as necessidades dos educandos com deficiência. Nesta perspectiva, a sala de recursos multifuncionais visa atender alunos com deficiência e com necessidades educativas especiais, de acordo com as políticas públicas de inclusão. Em suma, este artigo científico através de uma pesquisa de campo com os educadores de exercem suas funções na Sala de Recursos da Escola Estadual de Ensino Fundamental. Drº João Florentino Meira de Vasconcelos em Itabaiana-Paraíba, objetivando analisar e refletir sobre as contribuições e as relevâncias do atendimento educacional especializado para o educando com deficiência e o seu desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, este artigo está elencado em três momentos: o processo histórico da educação especial na perspectiva da educação inclusiva, as contribuições do atendimento educacional especializado para a educação com deficiência e as relevâncias que esse atendimento pode refletir na formação social do educando. Palavras- chave: Atendimento Educacional. Contribuições. Relevâncias. Educando. 1. INTRODUÇÃO O movimento em favor da inclusão vem ganhando grande repercussão na sociedade contemporânea, seja por meio de debate, seminários, simpósios a discussão sobre temática

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PERSPECTIVAS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA EDUCAÇÃOINCLUSIVA: PRÁTICA VIVENCIADA NA ESCOLA ESTADUAL DR. JOÃO FLORENTINO

MEIRA DE VASCONCELOS EM ITABAIANA-PB

GLEYDSON LUIZ ALVES DA SILVALicenciado em Biologia - UVA; Licenciando em Letras/ LIBRAS - UFPB; Licenciando em Pedagogia - FMN;

Especialista em Educação e Gestão Ambiental - FACISA; Especialista em Supervisão e Orientação Educacional -

FACISA; Especialista em Língua Brasileira de Sinais - UNICID; Especialista em Atendimento Educacional

Especializado - UCAM.E-mail: [email protected] 

Artigo submetido em jun/2015 e aceito em jul/2015

RESUMOA educação inclusiva é uma das temáticasmais discutidas e tem ganhando granderepercussão na educação brasileira. Incluirsó não basta inserir o educando comdeficiência na sala de regular ou até mesmonas salas de recursos multifuncionais, e sim,por meio das práticas metodológicas que

possam incluir todos os educandos com ousem deficiência, respeitando os argumentosmencionados na Política Nacional daEducação Especial na Perspectiva daEducação Inclusiva no que diz respeito quetodos aprendem juntos independente desuas limitações, na qual o educador é ummediador importante na sala de recursosque por meio de suas metodologias eficazesou até mesmo tentar ajudar o aluno acompreender as atividades propostas quevisem atender as suas necessidadesdesencadear ou minimizar o fracasso escolarpela falta de metodologias que busquematender as necessidades dos educandoscom deficiência. Nesta perspectiva, a sala de

recursos multifuncionais visa atender alunoscom deficiência e com necessidadeseducativas especiais, de acordo com aspolíticas públicas de inclusão. Em suma, esteartigo científico através de uma pesquisa decampo com os educadores de exercem suasfunções na Sala de Recursos da Escola

Estadual de Ensino Fundamental. Drº JoãoFlorentino Meira de Vasconcelos emItabaiana-Paraíba, objetivando analisar erefletir sobre as contribuições e asrelevâncias do atendimento educacionalespecializado para o educando comdeficiência e o seu desenvolvimento noprocesso de ensino e aprendizagem. Paratanto, este artigo está elencado em trêsmomentos: o processo histórico daeducação especial na perspectiva daeducação inclusiva, as contribuições doatendimento educacional especializado paraa educação com deficiência e as relevânciasque esse atendimento pode refletir naformação social do educando.

Palavras- chave: Atendimento Educacional. Contribuições. Relevâncias. Educando.

1. INTRODUÇÃOO movimento em favor da inclusão vem ganhando grande repercussão na sociedade

contemporânea, seja por meio de debate, seminários, simpósios a discussão sobre temática

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vem ganhando grande espaço social, no que diz respeito a igualdade social e os direitos iguais deacesso e permanência a uma educação de qualidade.

Ao discutir sobre inclusão, esse mesmo termo expressa uma abordagem educacional que

vem se mostrando benéfica para os deficientes que são cidadãos com os mesmos direitos comoqualquer pessoa sem deficiência, embora apresentam suas limitações no meio social. A teoria ea prática sobre inclusão trazem um desafio constante para todos os professores, pois envolvemnão somente a opinião política e ética relacionada à inclusão, mas também pontos de vistapessoais e sociais.

De acordo com a Constituição brasileira de 1988, o artigo 205 prevê o direito de todos àeducação e o artigo 208 prevê o atendimento educacional especializado, e a inclusão escolar,fundamentada na atenção à diversidade, exigindo mudanças estruturais nas escolas comuns eespeciais.

Para tanto, sabe-se que todos os alunos de uma independente de sua comunidade,

independente de suas necessidades educacionais especiais, etnia, gênero, diferençaslinguísticas, religiosas, sociais, culturais, têm o mesmo direito de acesso e a permanência naescola, com o grupo de sua faixa etária e que a escola deva acolher e valorizar as diferenças.Sabe-se que educação especial é uma modalidade transversal de educação escolar que permeiatodos os níveis de ensino, etapas e modalidades de educação, por meio da realização doatendimento educacional especializado, assim configurando uma proposta pedagógica queassegure recursos e serviços educacionais, orientando e colaborando com a educação regularcomum, em benefício de todos os alunos.

Os avanços da escola brasileira nessa direção têm acontecido muito lentamente, e onumero crescente de alunos outrora excluídos das turmas do ensino comum (notadamente os

alunos com deficiência) são uma provocação constante nesse sentido.A Politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva constitui

uma grande força alavancada pela educação brasileira, em favor da inclusão. Ao romper com apossibilidade de a Educação Especial substituir a escola comum, o documento sinaliza a aberturade novos horizontes educacionais. O norte inclusivo da Politica torna a Educação Especial umamodalidade presente em todos os níveis e demais modalidades de ensino, complementando aformação dos alunos, sem, contudo, confundir-se com o que é especifico do progresso deescolarização comum.

Em sua nova perspectiva, a educação inclusiva, a Educação Especial se entranha nossistemas escolares, articula-se com eles e celebra a diferença múltipla, a diferença dentro das

diferenças, sem ceder aos que se recusam a participar da mesma celebração! Desfazem-se,então, distorções que destituíram a Educação Especial de seu lugar próprio.

A expressão “atendimento especializado”, entendido de forma equivocada, comosinônimo de escolarização realizadas pelas escolas com classes especiais, alimentou por longoperíodo as práticas educacionais direcionadas a alunos com deficiência, bem como a formaçãode professores de educação especial. Tal erro, decorrente de um pensamento de que os alunoscom deficiência não eram capazes de aprender, provocou a existência de um sistema, queimpedia a inclusão escolar dos alunos nas escolas de rede regular de ensino.

A correção deste erro foi possível na medida em que as teorias se aprimoraram e com aconstatação de que os alunos ditos especiais também aprendiam.

Assim, de acordo com o documento Sala de Recursos Multifuncionais (MEC, 2006), oatendimento educacional especializado deve ser uma ação dos sistemas de ensino para acolher

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a diversidade ao longo do processo educativo. Constitui parte diversificada do currículo dosalunos com necessidades educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,complementar e suplementar os serviços educacionais comuns.

Abordagem inclusiva se organiza de duas formas de inclusão sendo total e / ou parcial. Ainclusão implica em mudanças de paradigmas educacionais, de conceitos e de atitudes.Portanto, considera que as crianças devem aprender juntas, com objetivos e processospedagógicos individuais, diferentes. Garantindo o acesso a aprendizagem e a formalização doseducandos no contexto escolar.

Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo envolvendo os profissionais que exercemsuas funções na Sala de Recursos Multifuncional da Escola Estadual de Ensino Fundamental. Dr.João Florentino Meira de Vasconcelos em Itabaiana-PB, onde através da aplicação de umquestionário objetivo sobre o tema em discussão, objetivando analisar e refletir sobre ascontribuições e relevâncias do atendimento educacional ao educandos com deficiência na sala

de recursos multifuncional.Espera-se deste artigo que, possa orientar e apoiar os profissionais da educação que

lidam direta ou indiretamente com estudantes com deficiência no contexto escolar e emespecial aos educadores da Sala de Recursos Multifuncional, inserindo no contexto escolarformando-o e integrando-o no convívio social.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Contextualização Histórica sobre a Educação das Pessoas com DeficiênciaAtualmente no Brasil, o atendimento educacional às pessoas com deficiência teve início

na época do Império com a criação de duas grandes instituições: o Imperial Instituto dosMeninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant –  IBC, e o Instituto dos SurdosMudos, em 1857, atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos –  INES, ambos no Rio deJaneiro. No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi - 1926, instituição especializadano atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954 é fundada a primeira Associação dePais e Amigos dos Excepcionais –  APAE e; em 1945, é criado o primeiro atendimentoeducacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por HelenaAntipoff.

No ano de 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa serregulamentada pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº.

74.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação, preferencialmente dentro dosistema geral de ensino.

Ainda, a Lei nº. 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir ‘tratamento especial’

para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontrem em atraso considerável

quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização de um

sistema de ensino capaz de atender as necessidades educacionais especiais e acaba reforçando oencaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais.

Na Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais,“promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisqueroutras formas de discriminação” (art.3º inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um

direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e aqualificação para o trabalho. No ensejo, em seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de

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condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e, garante

como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmentena rede regular de ensino (art. 208).

Vale ressaltar que, os documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos(1990) e a Declaração de Salamanca (1994), passam a influenciar a formulação das políticaspúblicas da educação inclusiva. Para tanto, os sistemas de ensino devem matricular todos osalunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidadeseducacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidadepara todos (MEC/SEESP, 2001).

A Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001,afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdadesfundamentais que as demais pessoas, definindo como discriminação com base na deficiência,toda diferenciação ou exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e

de suas liberdades fundamentais.A Lei nº 10.436/02 reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de

comunicação e expressão, determinando que sejam garantidas formas institucionalizadas apoiarseu uso e difusão, bem como a inclusão da disciplina de Libras como parte integrante docurrículo nos cursos de formação de professores e de fonoaudiologia.

Em suma, a Portaria nº 2.678/02 aprova diretriz e normas para o uso, o ensino, aprodução e a difusão do Sistema Braille em todas as modalidades de ensino, compreendendo oprojeto da Grafia Braile para a Língua Portuguesa e a recomendação para o seu uso em todo oterritório nacional.

Em 2006, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o Ministério da Educação, o

Ministério da Justiça e a UNESCO lançam o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanosque objetiva, dentre as suas ações, fomentarem, no currículo da educação básica.Decreto nº 5.296/04 regulamentou as leis nº 10.048/00 e nº 10.098/00, estabelecendo normas ecritérios para a promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidadereduzida.

O Decreto nº 5.626/05, que regulamenta a Lei nº 10.436/2002, visando à inclusão dosalunos surdos, dispõe sobre a inclusão da LIBRAS como disciplina curricular, a formação e acertificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de Libras, o ensino da LínguaPortuguesa como segunda língua para alunos surdos e a organização da educação bilíngue noensino regular.

2.2 A Educação Especial nas Modalidades de EnsinoA Educação Especial consiste no atendimento às necessidades educativas dos estudantes

identificados com potencial de talento em salas de aula do ensino regular. Fundamenta-se nodesenvolvimento de estratégias diferenciadas de abordagem das habilidades e competências docurrículo comum, com vistas à suplementação, diferenciação, modificação e ao enriquecimentocurricular.

É um processo que tem por objetivo promover o desenvolvimento das potencialidades depessoas com deficiência, condutas típicas ou de altas habilidades, e que abrange os diferentesníveis e graus do sistema de ensino, fundamenta-se em referenciais teóricos e práticos

compatíveis com as necessidades específicas de seu alunado.

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O processo educativo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até osgraus superiores de ensino sob o enfoque sistêmico, a educação especial integra o sistemaeducacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que é a de formar cidadãos

conscientes e participativos.Para com Scotti (1999, p. 20), “a educação deve ser por princípio liberal, democrático e

não doutrinária”. Dentro desta concepção o educando é, acima de tudo, digno de respeito e do

direito e o acesso à educação de melhor qualidade.O aluno que apresenta necessidades educacionais diferentes dos demais educandos no

domínio da aprendizagem curricular correspondente à sua idade que requer recursospedagógicos e metodológicos educativos específicos.

Com isso, a educação especial obedece aos mesmos princípios da educação geral, deve-se iniciar no momento em que se identifique atraso ou alterações no desenvolvimento global dacriança e continuar ao longo da vida, valorizando suas potencialidades e lhe proporciona todos

os meios para desenvolvê-las.

2.2 Conceituando Educação InclusivaEntende-se por educação inclusiva, como meio de implementação de uma pedagogia

que é capaz de educar com sucesso todos os educandos, mesmo aqueles comprometidos, isto é,oferecer às pessoas com deficiência as mesmas condições e oportunidades sociais, educacionaise profissionais acessíveis as outras pessoas, respeitando as características de cada um(a).

No entanto, a inclusão escolar constitui uma proposta que representa valores simbólicosimportantes, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades educacionais paratodos, mas encontra ainda sérias resistências, que se manifestam ao contrário da ideia de que

todos devem ter acesso garantido à escola. A dignidade, os direitos individuais e coletivosgarantidos pela Constituição Federal impõem às autoridades e a sociedade brasileira aobrigatoriedade de efetivar essa política, como um direito público subjetivo, para o qual osrecursos humanos e materiais devem ser direcionados, atingindo necessariamente, toda aeducação básica. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades EducativasEspeciais.

A Declaração de Salamanca, 1994, acredita e proclama que:Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais

eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras,construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas

provêm em uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em últimainstância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.

Portanto, a educação inclusiva dar-se-á através de mecanismos que irá atender adiversidade como, por exemplo, as propostas curriculares adaptadas, a partir daquelas adotadaspela educação básica de qualidade. O atendimento dos educandos com deficiência incluídos emclasses comuns, exige serviços de apoio integrado por docentes e técnicos qualificados e umaescola aberta à diversidade.

A proposta inclusiva representa uma política pública na área da pesquisa e trabalho e depráticas educativas com atividades que precisam sair da teoria, romper com o caráterassistencialista e paternalista que sempre envolveu a educação “especial”. A inclusão do

deficiente na rede regular de ensino assume uma bandeira acima de tudo humanista edemocrática.

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A prática da inclusão depende muito da sensibilidade, conscientização, do respeito, doconhecimento dos processos de desenvolvimento, da aceitação e muito menos da legislação. Éum processo de engajamento individual, social e coletivo de superação de preconceitos.

Contudo, a inclusão é oposição a qualquer tipo de segregação, dentro ou fora da escola.O educando deve permanecer na escola todo o tempo junto de seus pares, significa a fusão dossistemas regular e especial.

3. O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (A.E.E.)O A.E.E. (Atendimento Educacional Especializado) é um serviço de cunho pedagógico,

conduzido por professor especialista na área, que tem a função de complementar e suplementar(no caso de alunos superdotados). Este atendimento educacional é realizado em classes comunsda rede regular de ensino em horário oposto. Com isso, a escola tem por objetivo de oferta esteserviço através de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades

educacionais dos alunos e também os recursos de tecnologia assistiva (TA) para alunos comnecessidades educacionais especiais e/ ou com deficiência.

De acordo com Alves (2006), a sala de recursos multifuncionais é um espaço para arealização do atendimento educacional especializado de educandos que apresentam em suaaprendizagem, alguma necessidade educacional temporária ou permanente de acordo com asDiretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, assim temos:

  Educandos com dificuldades acentuadas de aprendizagem oulimitações no processo de desenvolvimento de acompanhamento dasatividades curriculares;

  Alunos com dificuldades de comunicação e sinalização diferenciada

dos demais educandos;  Educandos que evidenciam altas habilidades/ superdotação e que

apresentam uma grande facilidade e talento criativo.No entanto, o atendimento se dá para alunos que moram próximos as escolas que

possuem a sala de A.E.E. e se estendem para aqueles alunos que moram distante da escola, masnecessitam desse atendimento, podendo ser realizado individualmente ou em pequenos grupos,para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em horáriodiferente daquele em que frequentam a sala de aula comum.

Com isso, é relevante mencionar que o atendimento educacional especializado, nas salasde recursos multifuncionais, se caracteriza por ser uma ação do sistema de ensino no sentido de

acolher a diversidade ao longo do processo educativo, constituindo num serviço disponibilizadopela escola para oferecer o suporte necessário às necessidades educacionais especiais dosalunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento, à autonomia e à sua cidadania. (ALVES, 2006)São inúmeros os desafios para a concretização da verdadeira inclusão, estabelecidas em notatécnica, decretos e leis que buscam incluir alunos com deficiência na sala de aula. Com isso, asPolíticas Públicas foram alimentadas e construídas com a participação de diversos segmentos,daí surge as salas de recursos multifuncionais que proporcionam o atendimento educacionalespecializado, aos alunos com deficiência e aqueles que possuem necessidades educativasespeciais, dando-lhes suporte, apoio pedagógico e a utilização de uma metodologia pedagógicaflexível e assistiva para os que necessitam deste atendimento específico ou coletivo.

Com esta perspectiva, é importante mencionar o atendimento educacional especializadoque tem como objetivo identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade

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que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suasnecessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacionalespecializado diferenciam-se das atividades realizadas na sala de aula comum, não sendo

substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa formação dosalunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.

3.1 Perspectivas do Atendimento Educacional EspecializadoSabe-se que o atendimento especializado é constituído por mecanismos pedagógicos

diversificados visando atender as necessidades educacionais especiais dos educandos, com oobjetivo de apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns. Nestetocante, E é importante frisar que este atendimento não pode ser confundido com reforçoescolar ou mera repetição dos conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas deconstituir um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de apropriação de

conhecimentos.Em suma, o educador da Sala de Recursos deve atuar como docente, nas atividades de

complementação ou suplementação curricular específica que constituem o atendimentoeducacional especializado.É a perspectiva do profissional do A.E.E. na Escola:

  Criar mecanismos de condições de inclusão desses alunos em todas asatividades da escola;

  Orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua participação noprocesso educacional;

  Informar a comunidade escolar a cerca da legislação e normas

educacionais vigentes que asseguram a inclusão educacional;  Participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do

atendimento às necessidades especiais dos educandos;  Auxiliar no preparo do material específico para o uso dos educandos na

sala de recursos;  Orientar a elaboração de material didático-pedagógico que possam ser

utilizados pelos educandos nas classes comuns do ensino regular;  Além de, indicar o uso de equipamentos e materiais específicos e de

outros recursos existentes na família e na comunidade e articular, comgestores e educadores, para que o projeto pedagógico da instituição de

ensino se organize coletivamente numa perspectiva de EducaçãoInclusiva.

As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2001, em seuartigo 2° orientam que:

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo àsescolas organizar-se para o atendimento aos educandos, comNecessidades Educativas Especiais, assegurando as condições necessáriaspara uma educação de qualidade para todos. (Alves, 2006, p.11).

Para que se compreenda melhor a educação inclusiva, precisamos ter objetividadequanto à necessidade em profundas transformações no âmbito escolar, inclusive este tema já

fora comentado anteriormente, que é consequência das transformações que a globalização nosimpõe e gradativamente vai aumentando a exclusão. Assim, o Atendimento Educacional é de

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fato muito importante para contribuir na integridade dos educandos com necessidadeseducacionais especiais. Para tanto, é papel da escola de acolher as variadas culturas e aindainterligar a igualdade e a diferença, considerando assim os seus direito a fim de superar as

diversidades entre as mesmas. Neste argumento é que aparece a perspectiva de escola inclusiva,em que todos os alunos com necessidades educacionais especiais devem ir às escolas para serbem atendidos e bem assistidos.

3.2 Atendimento aos educandos com Condutas Típicas no A.E.E.Condutas típicas são comportamentos voltados para si próprio ou comportamentos

voltados para o outro, por exemplo: locomover-se o tempo todo, pegar objetos que estãoalheios a eles, este tipo de comportamento é esperado para uma criança na primeira infância,pois se trata de um momento em que se encontra explorando o ambiente em que vive.(PROJETO ESCOLA VIVA, 2002).

De acordo com Silva (2011), condutas típicas possui uma variedade de significados emrelação ao comportamento. São manifestações comportamentais típicas de portadores desíndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que provocam atrasos nodesenvolvimento da pessoa e prejuízos no relacionamento social.Para o ensino pedagógico, se faz necessário obedecer aos critérios metodológicos de aplicaçãoque favoreçam a contextualização significativa, e que motivem a sua participação nas atividadesque lhe chamam a atenção.

3.3 O ensino da LIBRAS ao Educando surdo no A.E.E.Para o ensino de uma língua há, portanto, obedecer aos critérios metodológicos de

aplicação que favoreçam a contextualização significativa, portanto, vale ressaltar que nemsempre o sigo linguístico é motivado.

No atendimento especializado, o professor deve planejar o processo metodológico deensino da língua de sinais que está interligado as referências visuais, anotação da línguaportuguesa, a datilologia, os parâmetros e os classificadores, assim, é possível organizar a aulacomo um meio de orientação durante o transcorre da aula, baseado no que se foi planejado.

O AEE deve ser planejado com base na avaliação dos conhecimentos prévios doseducandos surdos traz consigo, assim podendo ser lapidado e estimulado a construção de novosmeios de aprimorar as habilidades desenvolvidas pelo o educando, avaliando e analisando o usoda língua de sinais.

Para o ensino da Língua Portuguesa no atendimento especializado, é importanteressaltar que os educandos surdos no momento em que realizam a leitura de um texto, poema,frases e outros, os mesmos buscam correlacionar a imagem gráfica. Assim, Martins (1982) definea leitura com uma relação entre o leitor e a experiência configurada as imagens e a grafia, pormeio de texto. Envolve os aspectos sensoriais, emocionais e racionais, portanto, ler não é dizer o já falado, mas falar do outro sentido é impossível uma leitura do consenso, as diferentesinterpretações revelam a riqueza contida nos textos.

3.4 O ensino de Braille aos Educandos com Deficiente Visual no A.E.E.Crianças cegas devem aprender o Braille. Isto lhes dá uma forma de ler e escrever.

Máquinas de datilografia desenvolvidas pelo Instituto Perkins, conhecidas como “PerkinsBraillers” estão disponíveis em todos os países. Braille pode ser produzido diretamente sobre

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um relevo em Braille. Também os textos em Braille podem ser produzidos em formato de textode computador e impressos utilizando uma impressora Braille. Pormenores estarão disponíveisatravés de sua associação nacional para cegos. Eles os ajudarão a encontrar professores de

Braille. Uma vez que as crianças possam utilizar Braille elas podem aprender juntamente comcrianças videntes.

É importante mencionar que, o Braille é um sistema de leitura composto por seis pontospequenos em relevo sobre papel. Combinações diferentes de pontos correspondem a letras. Apessoa cega lê movendo os dedos sobre as fileiras de pontos. Braille pode ser produzido usandouma máquina especial ou com uma reglete e instrumento pontudo (punção). É necessário terpapel especial para dar uma qualidade melhor ao Braille, porém, também papel manilha podeser usado quando não se tem papel Braille

Alunos cegos devem desenvolver a formação de hábitos e de postura, destreza tátil, osentido de orientação, esquemas e critérios de ordem e organização, o reconhecimento de

desenhos, gráficos, diagramas, mapas e maquetes em relevo, dentre outras habilidades. Asestratégias de aprendizagem, os procedimentos, o acesso ao conhecimento e à informação,bem como os instrumentos de avaliação, devem ser adequados às condições visuais desteseducandos.

No A.E.E. o educador deve valorizar o comportamento exploratório, a estimulação dossentidos remanescentes, a iniciativa e a participação ativa. Algumas atividadespredominantemente visuais devem ser adaptadas com antecedência, e outras durante a suarealização, por meio de descrição, informação tátil, auditiva, olfativa e qualquer outra referênciaque favoreça a configuração do cenário ou do ambiente. É o caso, por exemplo, de exibição defilmes ou documentários, excursões e exposições.

3.5 O Atendimento ao educando com Deficiente Física no A.E.E.No A.E.E. pode-se encontrar educandos que possuem características próprias e

necessidades diversificadas, sejam eles deficientes ou não. No entanto, em se tratando dealunos deficientes, tais características e necessidades tornam-se acentuadas.

Por exemplo, os educandos deficientes físicos, por exemplo, precisam ser incentivados eestimulados a adquirir a consciência do próprio corpo e, tanto a escola quanto a família,apresenta papel fundamental nesse aspecto. A prática de esportes é uma alternativa parafavorecer o desenvolvimento dessa consciência, bem como de outras competências. Contudo,quando o aluno possui deficiência física, é necessária uma série de adaptações para que, tanto a

prática de esportes, quanto a realização de outras atividades, sejam viabilizadas.No A.E.E. o ensino precisa ser cooperativo, pois o educando com deficiência física pode

precisar da ajuda de seu educador. Os educadores precisam se adaptem ao educando e às suaspeculiaridades e que, em contrapartida, o aluno se adapte ao professor, otimizando o processoensino-aprendizagem.

Portanto, para que o deficiente físico seja incluído e tenha atendido seus direitos deacesso e permanência no ensino regular, torna-se necessário que a escola tenha como princípiosa tolerância, a flexibilidade e a busca por adaptações que favoreçam o melhor desempenho doeducando.

Além disso, para a garantia de uma inclusão com sucesso e qualidade, escola e família

devem caminhar juntas. Devem propiciar ao aluno deficiente físico que se aproxime dos outros,que seja bem acolhido, aceito e recebido pelo meio. A participação em atividades culturais

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favorece a interação do deficiente físico com outras pessoas, mas não garante a aceitação domesmo. Portanto, é necessário que haja o diálogo e que se crie estruturas para receber osconflitos e inserir os deficientes físicos de forma que estes sejam aceitos pelos demais.

3.6 Deficiência Intelectual no A.E.E.Muitos pesquisadores mencionam que a deficiência intelectual é marcada por um

impasse para o ensino na escola comum e para a definição Atendimento EducacionalEspecializado, devido ao complexo conceito e a imensa variedade de abordagens que dificultamo diagnóstico da deficiência intelectual.

O educando com essa deficiência apresentar em seu comportamento diversas formas delidar com o ambiente na qual está inserido. O mesmo apresenta dificuldade de construirconhecimento em relação aos demais educados ditos “normais’ quanto a capacidade cognitiva

de evoluir na aprendizagem. Por essa razão a escola continua sendo um ambiente de exclusão,

quando preconiza que todos devem aprender do mesmo modo ou no mesmo ritmo.Na realidade, há muito paradigma a ser reformulado e adaptado para alcançar os

conceitos preestabelecidos quanto a aprendizagem do educando com deficiência intelectual.

3.7 Educandos com Alta Habilidade/ Superdotação no A.E.E.A definição da concepção de inteligência que subsidia o atendimento é importante, pois

além de dar sustentação ao conceito de altas habilidades/superdotação, definirá em conjuntocom esse último conceito as formas de identificação e as propostas de atendimento educacionalespecializado que serão oferecidas a esses alunos.

O comportamento superdotado consiste nos comportamentos que refletem uma

interação entre três grupamentos básicos dos traços humanos - sendo esses grupamentos:habilidades gerais e/ou específicas acima da média, elevados níveis de comprometimento com atarefa e elevados níveis de criatividade. As crianças superdotadas e talentosas são aquelas quepossuem ou são capazes de desenvolver este conjunto de traços e que os aplicam a qualquerárea potencialmente valiosa do desempenho humano. (RENZULLI, 1986, p.11/12).

Identificar é definir um conjunto de características que promovem a identidade de umindivíduo ou de um grupo de indivíduos. Nesse sentido, quando se fala em identificação das altashabilidades/superdotação estamos nos referindo à observação sistemática dos comportamentoscom indicadores nas diferentes áreas das inteligências considerando a frequência, intensidade ea consistência com que esses comportamentos se manifestam. Os principais objetivos da

identificação dos sujeitos com altas habilidades/superdotação são: (1) fomentar a própria açãoeducativa, estabelecendo intervenções que possibilitem o atendimento adequado àssingularidades destes alunos e (2) promover estudos e investigações na área, que sedimentem oatendimento a este grupo social (VIEIRA, 2005).

4. CONHECENDO O MEU ESPAÇO ESCOLAR

4.1 Histórico da E.E.E.F.Drº João Florentino Meira de VasconcelosA Escola Estadual de Ensino Infantil e Fundamental. Dr. João Florentino Meira de

Vasconcelos, está localizada na Rua José Rodrigues de Lima nº 16, no bairro Suburbana, cidade

de Itabaiana. Sua fundação se deu no dia 13 de julho de 1970, tendo como decreto de criação de

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nº 50/37 do estado da Paraíba, como entidade mantenedora a Secretaria de Estado da Educaçãoda Paraíba.

A equipe administrativa é composta por dois gestores escolar, sendo Maria da Conceição

Silva Araújo (Diretora) e Maria Menina da Silva (Vice diretora), além de 2 agentesadministrativos responsáveis pela organização dos arquivos da escola e ainda, responsáveis pelaorganização de expedição de documentos.

O corpo docente atualmente é composto por 34 (trinta e quatro) professores, sendo 5(cinco) professores polivalentes, 28 (vinte e oito) professores de disciplinas curricularesespecíficos e ainda, 2 (Dois) Intérpretes de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), 2 (Dois)Professores de A.E.E., 1 (Hum) secretário geral e 12 (doze) funcionários de apoio.

O corpo discente é composto por 527 (Quinhentos e Vinte e sete) educandos e 23 (Vinte etrês) educandos surdos, totalizando (Quinhentos e Cinquenta) alunos contabilizados nos turnos:manhã, tarde e noite, envolvendo os programas educacionais oferecidos pelo Ministério da

Educação. A escola está localizada em bairro de uma comunidade carente da cidade e possuiuma área com ótima localização na comunidade, no entanto a infraestrutura éconsideravelmente boa e ampla e atualmente é composta por 20 (vinte) salas, sendo divididosem: 08 salas de aula, 01 cozinha, 04 sanitários, 01 pátio, 01 secretaria, 01 sala de professores, 01laboratório de informática, 01 direção, 01 biblioteca e 01 sala de recursos.

O estabelecimento de ensino é assistido pelos projetos do Ministério da Educação e daSecretaria de Estado da Educação e Cultura da Paraíba, que tem contribuído para ofuncionamento da escola: PNLD (Programa Nacional do Livro Didático); PDDE (ProgramaDinheiro Direto na Escola); PDE (Programa de Desenvolvimento da Educação); Mais Educação;Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Revivendo os Saberes.

5. MATERIAIS E MÉTODOSA presente pesquisa foi realizada no período de Fevereiro a Abril de 2014, com os

educadores da Sala de Atendimento Educacional Especializado (A.E.E.) na Escola Estadual deEnsino Fundamental. Drº João Florentino Meira de Vasconcelos, localizado no Bairro daSuburbana em Itabaiana-PB.

Foram utilizados como instrumento de pesquisa questionários (ANEXO A) constituídospor questões objetivas, sendo o público alvo: 2 (Dois) educadores do A.E.E. Ainda, participaramda análise dos dados da pesquisa: Intérpretes de LIBRAS, pedagogos e orientadoreseducacionais, e ainda, registros dos momentos da pesquisa no ambiente escolar (ANEXO B).

Após a pesquisa, os dados coletados foram expressos e fixados no mural do educandário, e seráfeito um estudo profundo para que todas as ideias expressas sejam avaliadas e transformadasem ações para o bem da comunidade.

5.1 Entrevista com os Educadores do Atendimento Educacional EspecializadoForam entrevistados dois profissionais da Sala de A.E.E., na qual todos foram saudados e

apresentei a proposta deste trabalho e a importância das indagações destes profissionais para oenriquecimento deste artigo, ao mesmo tempo, explanei a relevância deste trabalho para aeducação e a nossa sociedade.

Após a explicação, iniciei a entrevista om a seguinte pergunta: Qual a relevância que o

Atendimento Educacional Especializado assume no contexto escolar e na vida dos educandosque necessitam deste atendimento especializado?

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EDUCADOR A: O A.E.E. assume um papel importantíssimo para a construção e formaçãodo educandos om necessidades educativas especiais, dando-os a esperança de apender cada vezmais e de serem incluídos com a diversidade de pessoas na escola, sendo respeitado e

valorizado, contemplando a ideologia de que todos aprender juntos independentemente de suadeficiência ou necessidade.

EDUCADOR B: A relevância maior é que, om a implementação desta sala de recursos naescola, quebrou-se as barreiras limitatórias dos alunos om deficiência não podem ingressar aescola. Hoje, esse paradigma foi quebrado e o aluno com deficiência pode sim ser inseridos naescola utilizando os recursos que esta sala dispõe para atender as necessidades dos mesos.Após as indagações dos profissionais, perguntou-se: Qual a importância do AtendimentoEducacional Especializado para os educandos que possui necessidades educativas especiais e/ oudeficiência?

EDUCADOR A: Oportunizar e garantir o acesso e a permanência na escola, com o direito

a educação de acordo com suas adaptações oferecidas na escola, contribuindo com o seudesenvolvimento na aprendizagem e na formação do seu conhecimento.

EDUCADOR B: O A.E.E. assume um papel importante na vida social dos educandos comdeficiência. Dando-os condição plena a integrarem com os demais colegas de sala de aula, eainda, a enriquecer seus conhecimentos prévios com adaptações oferecidos pelos recursosexistentes na sala.

Em seguida perguntou-se aos profissionais: Os materiais e recursos que a sala de A.E.E.possui são suficientes para suprir o atendimento pedagógico da diversidade de educandos que asala atende de acordo com cada necessidade individual?

EDUCADOR A: Parcialmente sim. Porque há alunos que necessitam de recursos

acessíveis e de grande porte para atender as necessidades dos mesmos.EDUCADOR B: As vezes sim. Dependendo da necessidade educativa de cada um. Em

muitas situações como professora busco usar e criar metodologias temporárias (materiaisrecicláveis)para atender a necessidade de cada um.

Depois perguntou-se: De que forma são trabalhadas as metodologias para atender asnecessidades dos educandos com necessidades educativas especiais?

EDUCADOR A: As metodologias são trabalhadas de forma coletiva ou individualdependendo de cada necessidade do aluno ou de acordo com a deficiência.

EDUCADOR B: Cada aluno apresenta a sua necessidade ou deficiência, no entanto, nóscomo professores trabalhamos em conjunto, discutindo a necessidade e a flexibilidade do plano

de curso para atender as necessidades dos alunos.Realizou-se a seguinte pergunta: Quais as técnicas específicas e metodológicas são

utilizadas para atender as necessidades educativas dos educandos?EDUCADOR A: Gravuras ilustrativas, desenhos, pintura, objetos com espessura para

deficientes visuais, educação oral para a orientação dos alunos om deficiência intelectual e o usomanual da língua de sinais para os surdos.

EDUCADOR B: Recursos didáticos para orientação, atividades adaptadas, recortes defiguras. Para os alunos surdos são utilizados recortes de figuras, em seguida mostramos o sinalda LIBRAS correto e consequentemente a palavra significativa.

Perguntou-se: Como se dá o ensino da Língua Portuguesa para os educandos surdos no

Atendimento Educacional Especializado?

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EDUCADOR A: Escrevo no quadro a frase em português e em seguida, apresento emLIBRAS. São dois momentos importantes para o ensino.

EDUCADOR B: Realmente, usamos esse método, pois acreditamos que podemos

mostrar o aluno as duas fases da escrita. O aluno surdo, ele sente muitas dificuldades na línguaportuguesa devido às muitas concordâncias.

Ainda perguntou-se: Quais as dificuldades e desafios encontrados no AtendimentoEducacional Especializado?

EDUCADOR A: Material de apoio, suporte pedagógico. Muitas vezes seguimosorientações dos livros que encontramos e achamos que pode ajudar nas estratégias de ensino. Afalta do acompanhamento familiar.

EDUCADOR B: Parcerias com as famílias, manutenção dos recursos tecnológicos,capacitação para nós profissionais da educação especial.

Em consonância levantou-se a seguinte pergunta: Quais as contribuições do

Atendimento Educacional para os educandos com deficiência?EDUCADOR A: Conhecimento concreto e de forma diferenciada da sala regular, pois aqui

o aluno ele interage melhor, assim contribui para o seu desenvolvimento de conhecimento. Ummomento diferenciado de aprender de forma clara, muitas vezes o aluno na correria e troca deprofessores e aulas, o aluno guardar suas dúvidas e traz para o AEE.

EDUCADOR B: Integração e suporte ao aluno com necessidades educativas especiais.Muitos deles afirmam que gostam mais do atendimento especial do que a sala regular, devido àatenção e o desenvolvimento claro dos conteúdos e o suporte dos professores.Perguntou-se aos educadores do A.E.E.: Quais as relevâncias positivas no processo dedesenvolvimento do educando com necessidades educativas especiais no A.E.E.?

EDUCADOR A: Formação do ser humano ao conhecimento, integração e socialização naeducação, construção dos conhecimentos adquiridos no dia a dia e o acesso a uma educação dequalidade, dando-lhes competências e o desenvolvimento de habilidades.

EDUCADOR B: Considerando essa afirmação, nada é mais significativo tanto paraportadores de NEE ou não, que sejam destacados pelo seu potencial e não pelas dificuldades queenfrentam. Fazer predominar suas qualidades, sejam elas quais forem, torna o processoeducativo válido para esses educandos.

Por fim, perguntou-se: Quais os entraves encontrados no A.E.E. para a complementaçãoe suplementação da aprendizagem dos educandos com necessidades educativas especiais?

EDUCADOR A: A disposição e manutenção de mais recursos de tecnologia assistiva para

o trabalho com os alunos. A ausência do apoio da família na integração com os professores deAEE e o suporte em casa para que o aluno possa desenvolver a sua aprendizagemcontinuadamente.

EDUCADOR B: Concordo com a professora. Mesmo assim, essa continuação sóacontecerá se a família participar atentamente dos projetos, das ações pedagógicas da escola eainda, participara da vida escolar do aluno em casa ou até mesmo na escola.

6. RESULTADOS E DISCUSSÕESA instituição tem que incluir, sustentar, acompanhar, apoiar, enriquecer e oferecer tudo o queessa pessoa necessita em sua singularidade para ter êxito no objetivo educativo de integrar. Na

sociedade atual onde predomina a competição e o egoísmo, valores que tornam mais difícil a

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aceitação de quem tem dificuldade, e até de quem não têm o fator da empatia e o de colocar-seno lugar do outro, são fundamentais para o fortalecimento da autoestima do aluno.

Portanto, verifiquei que existem, os benefício e entraves acerca a educação de educandos

com necessidades educativas especiais. Com essa perspectiva, é importante mencionar estar apar das legislações vigentes para mostrar a importância desse atendimento aos educandossurdos. Assim, minimizando as barreiras da comunicação entre os indivíduos surdos e ouvintes.

Mediante a elaboração e execução deste trabalho de pesquisa, percebeu-se que aspropostas do Atendimento Educacional Especializado deveriam ser executadas, acompanhadase proporcionar apoio pedagógico aos profissionais que nela realizam o atendimento, conformesão apresentados por leis, nota técnica, decretos que dão seguridade a sala de recursos.

Contrariando a concepção sistêmica da transversalidade da educação especial nosdiferentes níveis, etapas e modalidades de ensino, a educação não se estruturou na perspectivada inclusão e do atendimento às necessidades educacionais especiais, limitando, o cumprimento

do princípio constitucional que prevê a igualdade de condições para o acesso e permanência naescola e a continuidade nos níveis mais elevados de ensino.

Assim, a Educação Brasileira que delimita uma escolarização como privilégio de umgrupo, uma exclusão legitimada nas políticas educacionais, partindo de um processo dedemocratização, tendo em vista as Leis que rege os Fundamentos Legais e Institucionais, comoa nossa Constituição Brasileira e a Nossa LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educaçãonacional), incluindo as Leis Orgânicas dos Estados e Municípios, e do outro lado acadêmico,encontramos os pesquisadores, especialistas, filósofos, doutores entre outros, e o que nos restaainda é realmente uma Política Pública honesta, que possa realmente universalizar o acesso aeducação sem excluir os indivíduos e grupos considerados fora dos padrões homogeneizadores

da escola.Mediante a entrevista, percebeu-se as dificuldades que as educadoras encontraram para

dar suporte aos alunos surdos, e ainda, a falta de recursos pedagógicos adequado pertinentesaos alunos surdos. Ainda na entrevista, a sala de recursos possui recursos de tecnologia assistivae as educadoras afirmaram que não sabem utilizar esses recursos. Com isso, percebemos a faltade acompanhamento pedagógico.

A escola e a família sabem que agora seu papel é fundamental e que a parceria é muitoimportante. O apoio aos pais e professores por outros profissionais é indispensável, mas há umfator ainda mais importante: a afetividade.

O aluno com NEE necessita ser acima de tudo respeitado, aceito e ter acesso aos mesmos

materiais que os demais sem nunca deixar de ser recebido tanto pelos colegas, professores efuncionários de maneira afetiva, sem deixar de colocá-lo a par das regras de funcionamento dainstituição. Ser um portador de NEE, não significa ter privilégios e para que ele sinta-serealmente incluído ele deve perceber que tem as mesmas responsabilidades que os demaiscolegas.

Já o papel do professor não é de ser um facilitador, mas um mediador da aprendizagem,apontar caminhos e fomentar o espírito investigativo em seus alunos, a fim de que este busquepor seus próprios meios e tentativas solucionar seus problemas e acreditar que tem condiçõesdentro de suas potencialidades de participar efetivamente do funcionamento da escola e doprocesso de construção do conhecimento.

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Um número significativo de alunos com dificuldades de aprendizagem apresentamtambém, dificuldades emocionais, sociais e de conduta. Por esta razão devem ser consideradosaspectos emocionais, afetivos e relações sociais.

Outro fator importante é que, por não ter suporte e apoio pedagógico de profissionais daárea, as educadoras se mostraram esforçadas e sempre buscam metodologias adequadas pararealizam o atendimento adequado na sala de recursos.

Diante desse quadro, me fez refletir e entender sobre a aprendizagem das pessoas comsurdez e a sua integridade social. Com isso, é importante buscar meios e mecanismos desocialização e aplicação de metodologias de inclusão para garantir o acesso e a permanência aeducação.

O A.E.E. é um momento didático muito importante para a educação dos educandos comdeficiência, garantindo autonomia e desenvolvimento pleno de conhecimento, além depromover a socialização e interação com os membros que englobam a comunidade escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAISEm suma, de acordo com as análises da pesquisa de campo realizada com os profissionais

da Sala de Atendimento Educacional Especializado na Escola Estadual de Ensino Fundamental.Dr. João Florentino Meira de Vasconcelos em Itabaiana-PB pode-se perceber que a escola passapor um processo adaptativo e importante para o desenvolvimento da educação inclusiva. E suagarantia de funcionamento, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva deEducação Inclusiva têm mencionado e dado o suporte condizente para uma educação plena eacessível para todos, sustentado pelas novas delineações para atuação na área e a garantia naorganização e implementação de serviços que garantam a educação flexível e normativa para os

educandos com deficiência.Com esta perspectiva, é importante mencionar sobre as relevâncias que estas ações

podem realizar na vida da educação dos surdos na prática, contribuindo na formação pessoal esocial, assim, as escolas assumem um papel integrativo e de formação na vida do cidadão. Nestacontextualização o termo inclusão de pessoas com Necessidades Educativas Especiais, tornou-se tão presente em nossa prática enquanto educadores há uma extensa bibliografia referente aoassunto, mas em nenhum deles, encontremos todas as respostas.

É preciso que se procure primeiro, entender que inclusão não é apenas acesso àeducação. Mas um processo onde um indivíduo com NEE, que culturalmente não faria partedeste meio encontre condições reais de desenvolvimento. Um dos grandes erros da nossa

educação está na supervalorização das habilidades linguísticas e lógico-matemáticas econsequentemente uma falta de conhecimento das diferentes áreas de altas habilidades.

Para incluir de maneira efetiva significa proporcionar estratégias que contemplem todosos envolvidos no processo, alunos ditos ‘’normais’’ e com NEE, a fim de que todos tenham

espaço para o desenvolvimento de suas habilidades, dentro de suas limitações.Para fortalecer as considerações conclusivas, a proclamação da Declaração da Salamanca

(1994), que constituiu uma mudança nos paradigmas da Escola Integrativa para Escola Inclusiva,vem se tentando uma lenta caminhada, com muitos obstáculos, entre eles: o preconceito, a faltade recursos, a falta de preparação docente, falta de adequação dos currículos, erros conceituais,supervalorização da desvantagem.

Objetiva-se que este artigo sirva para que pensemos em um futuro não tão distante ondea inclusão seja tão natural, quanto é à entrada de todo cidadão em idade escolar, independente

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de suas limitações, raça, religião e nacionalidade. Esta pesquisa vem engrandecer e contribuircom a educação brasileira a desvendar os mistérios, as dificuldades e os desafios pertinentes aoatendimento educacional.

Esse enfrentamento com a realidade, com as dificuldades será difícil, desafiadora e diriaaté, de certa forma, desconfortável. Cabe a nós decidirmos qual posição tomar. Seja de merosexpectadores ou de cidadãos conscientes e humanizados a ponto de estender a mão ecompreender que ninguém está imune e que o mundo foi feito para todos.

Com isso, há diversas discussões que acerca o tema inclusão do aluno surdo na escolaelencado sobre as dificuldades e desafios das escolas brasileiras. Para tanto, as salas de recursosmultifuncionais apresenta-se como um refúgio de apoio e suporte ao educando surdo, além dedar condições plenas acessíveis para contribuir com a educação dos surdos.

Além disso, este artigo mostram no decorrer da descrição as relevâncias e ascontribuições que o atendimento educacional pode gerar na vida dos indivíduos com

necessidades educativas especiais. Criando, um mecanismo importante para o conhecimento eo acesso a educação, cria direitos e o usufruir desses direitos mencionados nas ações prática noatendimento.

REFERÊNCIASALVES, Denise de Oliveira. Sala de Recursos: espaços para atendimento educacionalespecializado. Elaboração de Denise de Oliveira Alves, Marlene de Oliveira Gotti, Claudia MaffiniGriboski, Claudia Pereira Dutra. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de EducaçãoEspecial, 2006.BRASIL. Ministério da Educação. Sala de Recursos Multifuncionais: espaços para o Atendimento

Educacional Especializado. Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2004.BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 4.024, de 20 de dezembro de 1961.BRUN, G; RAPIZO, R. Reflexões sobre o ato de perguntar. Mimeo; 1989.FERNANDES, Sueli. Metodologia da Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2006.MAZZOTA, Marcos. Educação especial do Brasil. São Paulo: Cortez, l996.SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA. Teoria e Prática: aeducação especial. João Pessoa: Graffiset, 2008.SCOTTI, Annete Rabelo. Adaptação curricular na inclusão: Integração. Ano 9. n 21, p.19-20,1999.SENGE, P. (org.). Escolas que aprendem. Porto Alegre: Artes Médicas; 2005.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Declaração de Salamanca. Biblioteca Virtual de DireitosHumanos. Atualizada em 23/05/2005. Avesso em 25 de maio de 2013.