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Glândula Pineal A epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios . A glândula pineal é uma estrutura cinza-avermelhada do tamanho aproximado de uma ervilha (8 mm em humanos), localizada logo rostro- dorsal à colículo superior e atrás da stria medullaris , entre os corpos talâmicos posicionados lateralmente. Anatomicamente, é considerada parte do epitálamo . É uma estrutura epitalâmica pequena e única, situada dorsalmente à região caudal do diencéfalo. Ela é derivada de células neuroectodérmicas e, à semelhança da retina , desenvolve-se a partir de uma invaginação do teto da parede do terceiro ventrículo. Os pinealócitos em vertebrados inferiores têm uma forte semelhança com as células fotorreceptoras do olho . As células pineais humanas partilham um ancestral comum com células da retina . Função Há algumas décadas, acreditava-se que a glândula pineal fosse um órgão vestigial (assim como o apêndice em humanos), sem função atual. No entanto, mesmo órgãos vestigiais podem apresentar alguma função, ocasionalmente diferente da função do órgão do qual se originou. Aaron Lerner e colegas da Universidade de Yale descobriram que a melatonina está presente em altas concentrações na pineal. A melatonina é um

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Glândula Pineal

A epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios.

A glândula pineal é uma estrutura cinza-avermelhada do tamanho aproximado de uma ervilha (8 mm em humanos), localizada logo rostro-dorsal à colículo superior e atrás da stria medullaris, entre os corpos talâmicos posicionados lateralmente. Anatomicamente, é considerada parte do epitálamo. É uma estrutura epitalâmica pequena e única, situada dorsalmente à região caudal do diencéfalo. Ela é derivada de células neuroectodérmicas e, à semelhança da retina, desenvolve-se a partir de uma invaginação do teto da parede do terceiro ventrículo.

Os pinealócitos em vertebrados inferiores têm uma forte semelhança com as células fotorreceptoras do olho. As células pineais humanas partilham um ancestral comum com células da retina.

Função

Há algumas décadas, acreditava-se que a glândula pineal fosse um órgão vestigial (assim como o apêndice em humanos), sem função atual. No entanto, mesmo órgãos vestigiais podem apresentar alguma função, ocasionalmente diferente da função do órgão do qual se originou. Aaron Lerner e colegas da Universidade de Yale descobriram que a melatonina está presente em altas concentrações na pineal. A melatonina é um hormônio derivado do aminoácido triptofano, que tem outras funções no sistema nervoso central. A produção de melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz.

A retina detecta a luz, sinalizando a informação para o núcleo supraquiasmático. Fibras neuronais que se projetam deste para os núcleos paraventriculares, que transmitem os sinais circadianos para a medula espinhal e via sistema simpático para os gânglios cervicais posteriores, e destes para a glândula pineal.

A glândula pineal é grande na infância e reduz de tamanho na puberdade. Parece ter um papel importante no desenvolvimento sexual, na hibernação e no metabolismo e procriação sazonais. Acredita-se que os altos níveis de melatonina em crianças inibem o desenvolvimento

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sexual, e tumores da glândula (com conseqüente perda na produção do hormônio) foram associados a puberdade precoce. Após a puberdade, a produção de melatonina é reduzida, e a glândula freqüentemente está calcificada em adultos.

A citoestrutura da pineal parece ter similaridades evolutivas com células retinais de cordados. Demonstrou-se que aves e répteis modernos expressam o pigmento fototransdutor melanopsina na glândula pineal. Acredita-se que as glândulas pineais de aves possam funcionar como os núcleos supra-quiasmáticos de mamíferos.

Relatos em roedores sugerem que a glândula pineal podem influenciar a ação de drogas de abuso como a cocaína e antidepressivos como a fluoxetina; e pode também contribuir na regulação da vulnerabilidade neuronal a lesões.

A pineal na filosofia e misticismo

A glândula pineal tem sido considerada - desde René Descartes (século XVII), que afirmava que nela se situava a alma humana - um órgão com funções transcendentes. Além de Descartes, um escritor inglês com o pseudônimo de Lobsang Rampa, entre outros, dedicaram-se ao estudo deste órgão.

Com a forma de pinha (ou de grão), é considerada por estas correntes religioso-filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança estrutural com o órgão visual. Localizada no centro geográfico do cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em nossos ancestrais.

Os defensores destas capacidades transcendentais deste órgão, consideram-no como uma antena. A glândula pineal tem na sua constituição cristais de apatita. Segundo esta teoria, estes cristais vibram conforme as ondas eletromagnéticas que captassem, o que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha em suas migrações. No ser humano, seria capaz de interagir com outras áreas do cérebro como o córtex cerebral, por exemplo, que seria capaz de decodificar essas informações. Já nos outros animais, essa interação seria menos desenvolvida. Esta teoria pretende explicar fenômenos paranormais como a clarividência, a telepatia e a mediunidade.

A Doutrina Espírita dedica-se à formulação destas explicações desde Allan Kardec (século XIX). Na obra Espírita Missionários da Luz, ditada pelo espírito de André Luiz, através da psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, a epífise é descrita como a glândula da vida espiritual e mental. Para a Doutrina Espírita, a epífise é órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Preside os fenômenos nervosos da emotividade, devido a sua ascendência sobre todo o sistema endócrino, e desempenha papel fundamental no campo sexual. Na mesma obra, André Luiz descreve ainda que a epífise está ligada à mente espiritual através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência formal ainda não pode identificar, comandando as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade.

Já na visão dos hindus, é o principal órgão do corpo, possuidor de dois chacras ou centros de energia responsáveis pelo desenvolvimento extra-físico, como receptores e transmissores de energia vital: o chacra do terceiro olho, central na testa, acima da altura dos olhos, e o chacra coronário, mais superior, também na cabeça.

Na atualidade, o assunto é estudado pelo especialista Dr. Sérgio Felipe de Oliveira. Segundo ele, a pineal seria capaz de gerar forças psíquicas a todos os armazéns autônomos do órgão.

Dr. Sérgio é psiquiatra e mestre em ciências pela Universidade de São Paulo, Diretor-clínico do Instituto Pineal Mind, e diretor-presidente da AMESP (Associação Médico-Espírita de São Paulo), Dr. Sérgio é um dos maiores pesquisadores ma área de psicobiofísica da USP e vem ganhando destaque nos meios de comunicação com suas pesquisas acerca do papel da glândula pineal em fenômenos ligados ao parapsiquismo.Psicobiofísica é a ciência que integra a psicologia, a física e a biologa. Na biologia, estuda-

se o lobo frontal, responsável pela crítica da razão; mas o cérebro funciona elétricamente – aí

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entra a física, que serve de substrato para o pensamento crítico, que é o psicológico. (Interação MENTE/CORPO = ESPÍRITO/FÍSICO).

A AMESP é uma associação de utilidade pública que reúne médicos dedicados ao estudo da relação entre a medicina e a espiritualidade.

O Pineal Mind é um instituto de saúde mental, onde se realizam pesquisas e atendimentos à psicoses, síndromes cérebro-vasculares, ansiedades, depressão, psicoses infantis, uso de drogas e álcool. Tem também um setor de psiconcologia (psicologia aplicada ao câncer) e estudam também os aspectos psicossomáticos ligados à cardiologia, etc.

Particularmente, nas pesquisas comportamentais, O Dr. Sérgio Felipe de Oliveira estuda os estados de transe e a mediunidade.

A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura das sombrancelhas. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Ela capta as radiações do Sol e da Lua. A pineal obedece aos chamados Zeitbergers, os elementos externos que regem as noções de tempo. Por exemplo, o Sol é um Zeitberger que influencia a pineal, regendo o ciclo de sono e vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina. Isso dá ao organismo a referência de horário. Existe também o Zeitberger interno, que são os genes, trazando o perfil de ritmo regular de cada pessoa. Agora, o tempo é uma região do espaço. A dimensão espaço-tempo é a quarta dimensão. Então, a glândula que te dá a noção de tempo está em contato com a quarta dimensão. Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, através do tempo. A pineal é a única estrutura do corpo que transpõe essa dimensão, que é capaz de captar informações que estão além dessa nossa dimensão.

Todos os animais têm essa glândula, ela os orienta nos processos migratórios, por exemplo, pois ela sintoniza o campo magnético. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, é um terceiro olho, literalmente.

Dr. Sérgio acredita que a pineal seria o atrofio de um órgão fotorreceptor para um órgão neuroendócrino. A pineal não exolica integralmente os fenômenos paranormais, como simplesmente os olhos não explicam a visão.

Você pode ter olhos perfeitos, mas não ter a área cerebral que interprete a imagem. É como um computador: você pode ter todos os programas em ordem, mas se a tela não funciona, você não vê nada.

Os cientistas Vollrath e Semm, que têm artigos publicados na revista Nature, de 1988 comprovaram que a pineal converte as ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos.

A parapsicologia diz que estes campos eletromagnéticos podem afetar a mente humana. O Dr. Michael persinger, da Laurentian University, no Canadá, fez experiências com um capacete que emite ondas eletromagnéticas nos lobos temporais. As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido “visões” e sentiram presenças espirituais. O Dr. Persinger atribui esses fenômenos á influência dessas ondas eletromagnéticas.

Sobre essas experiências o Dr. Sérgio Felipe conclui: O espiritual age pelo campo eletromagnético. Então, dizer que este campo interfere no cérebro não contraria a hipótese de uma influência espiritual. Porque, se há uma interferência espiritual, esta se dá justamente pelo campo eletromagnético.

O Dr. Sérgio acredita que o parapsiquismo é um atributo biológico, que acontece pelo funcionamento da pinela, qua capta o campo eletromagnético, através do quel a espiritualidade interfere. Não só no espiritismo, mas em qualquer expressão de religiosidade.

A American Medical Association, do Ministério da Saúde dos EUA possui vários trabalhos publicados sobre mediunidade e a glândula pineal:

- A pineal forma cristais de apatita, isso independe da idade da pessoa. As crianças podem ter estes cristais na pineal em grande quantidade. Pelas pesquisas, perceberam, que quando um adulto tem muito desses cristais na pineal, ele tem mais facilidade de sequestrar o campo eletromagnético. Quando a pessoa sequestra esse campo magnético, esse campo chega num

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cristal e ele é replido e rebatido pelos outros cristais e este indivíduo então apresenta mais facilidade no fenômeno da “incorporação”. Ele incorpora o campo com as informações do universo mental de outrem. É possível visualizar estes cristais na tomografia.

Observaram também, que quando o paciente tem muita facilidade de desdobramento, ele não apresenta estes cristais.

- A paranormalidade na criança é diferente da de um adulto. É uma mediunidade anímica, é de saída. Ela sai do corpo e entra em contato com o mundo energético, outras dimensões.

- A glândula pineal está localizada em uma área cheia de líquido. O som dos mantras faz vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Deve vibrar o líquor, a glândula, alterando o metabolismo.

Melatonina

Conseqüências do Declínio da Melatonina 

O declínio da produção de Melatonina pode ter várias causas, entre elas: desnutrição, interação de drogas e medicamentos, stress e o envelhecimento.

Uma pessoa sob stress produz normalmente mais adrenalina e cortisol.Sabemos que para cada molécula de adrenalina formada, quatro moléculas de Radicais

Livres irão ser produzidas e com isto a probabilidade de lesão nas células aumenta.

Além disto, a adrenalina e o cortisol induzem a formação de uma enzima "a Triptofano pirolase" capaz de destruir o Triptofano antes que este atinja a Glândula Pineal. Com isto, nem a Melatonina é fabricada e nem a Serotonina (o que pode gerar compulsão a hidrato de carbono, com tendência a aumento de peso e depressão).

A Melatonina é uma substância anti-radical livre, portanto, antioxidante. Ela é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica (membrana que protege o cérebro), portanto, capaz de desempenhar funções à nível neuronal. Essa ação é de fundamental importância na proteção dos neurônios contra as lesões dos radicais livres. Nosso tecido cerebral é muito mais suscetível à ação dos radicais livres que qualquer outra parte do nosso organismo e na medida em que os níveis de Melatonina vão caindo pode haver um concomitante declínio na função cerebral.

As desordens do sono podem ser também um dos efeitos do decréscimo da Melatonina. Com o envelhecimento a glândula pineal funcionaria menos e haveria uma queda na produção da Melatonina. Isso acaba fazendo com que alguns pacientes idosos reclamem da qualidade do sono ou de insônia, porém, pode ser que durmam com facilidade quando não deveriam, durante o dia, assistindo televisão, etc.

Na medida em que envelhecemos nosso Sistema Imunológico vai perdendo o desempenho vigilante, diminuindo as defesas e permitindo que nosso organismo fique mais vulnerável às constantes agressões. As pesquisas atuais têm nos sugerido haver uma importante relação entre alguns hormônios (Estrogênio, Testosterona, DHEA, Melatonina, Pregnenolona e Hormônio do Crescimento) e o Sistema Imunológico. Nesse ponto a Melatonina vem se destacando como um agente de manutenção da harmonia e do funcionamento do Sistema Imunológico.

Ela parece ser capaz de aumentar a mobilidade e atividade das células de defesa, fortalecer a formação dos anticorpos, facilitar a defesa contra os vírus, moderar a superprodução de corticóides gerados pelo stress prolongado ou repetitivo e equilibrar a função tireoideana, a qual atua diretamente na produção de importantíssimas células de defesa, os linfócitos T.