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Page 1: Gina Dinucci
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Portfolio

GINA DINUCCI

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GINA DINUCCI

Artista visual, vivo e trabalho em São Paulo. Sou bolsista CAPES do Curso de Mestrado na área de Processos e Pro-cedimentos Artísticos no Instituto de Artes da UNESP. Meu trabalho a partir de diversas linguagens aborda a memória imagética, a textura do tempo, a paisagem como história pessoal e o resgate de objetos e imagens esquecidos.

Exposições Coletivas2011 - 10º Salão Nacional de Artes de Jataí-GO2011 - Projeto Fora-do-Eixo-DF 2010 - Arte Pará – Belém-PA2010 - Anuário Embu das Artes - 27º Salão de Artes Plásticas2010 - Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia -PA- Menção honrosa2009 - Panorama Coletivo - Atelier M.Macoe - SP2009 - Bom Retiro, uma costura de povos - Museu da Energia de São Paulo2008 - Coletiva 09 Maneiras - Espaço Cultural El Cafofo – SP2008 - Eterno Feminino – Espaço Decor - SP2006 - Coletiva Anual Pixel House - SP 2005 - Mostra de Fotografia Brasil Afro - Votorantin - SP2005 - Um Olhar Fotográfico-Centro Cultural Oswald de Andrade - SP

http://ginadinucci.com.br/

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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Amálgama

Esta série utiliza a sobreposição de fotografias digitais para discutir suas massas de temporalidade.

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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2011/ da série Amálgama/ fotografia digital / dimensões variáveis

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(...) a fêmea é portadora da vida, ela anima. No nívelmístico, o espírito é considerado masculino; a alma queanima a carne, feminina. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

Anima

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Um álbum de formatura de um colégio feminino de 1942 com uma série de 111 fotografias de meninas é encontrado nas prateleiras empoeiradas de um sebo. A vontade de refazer suas histórias, imaginar seus sonhos me levou a pesquisar as alunas. A descoberta de que a grande maioria já estava morta, ou na fase dos 90 anos fez com que eu me questionasse sobre os significados daquelas imagens. Será que elas já não tinham mais importância para ninguém? Havia alí o rompimento com a vida, o anúncio da ausência e a imi-nência da morte. As fotos estavam deixando de cumprir seu papel primordial ao serem desprezadas, o de eternizar o efêmero. Resolví então re-fotografar todo o álbum, buscando novos sentidos para as imagens. Assim nasce a série Anima, para reanimar as almas das fotografias, dar-lhes um novo movimento e recu-perar a sua primeira função: a de ser observadas.

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2010/ Anima/ Fotoinstalação/ 300 cm x 135 cm/ Menção Honrosa no Prêmio Diário Contemporâneo 2010 - Belém - PA

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2010/ O Banquete para Judith/ Caixa de madeira, facas e fotografia digital/44 cm x 55 cm

detalhe

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Feriu-o duas vezes na nuca e decepou-lhe a cabeça.Desprendeu em seguida o cortinado das colunas, erolou por terra o corpo mutilado.Livro de Judth, Antigo Testamento

O Banquete para Judith

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Judith decaptando Holofernes é uma das cenas religiosas mais representadas da história da arte e por grandes artistas como: Michelangelo, Rem-brandt, Donatelo e Gustav Klimt. Essa história em constante mutação, ao longo de mil anos retoma modelos de virtuosidade, violência e sensualidade em incontáveis criações artísticas. Essa mulher que libera seu povo das tropas de Holofernes (chefe dos exércitos de Nabucodonosor) utili-zando sua beleza e sua inteligência, é uma per-sonagem que constrói o imaginário cultural ocidental. Judith, ao participar de um banquete no acampamento de seu inimigo, aproveita a oca-sião para o embebedar, o decaptar e oferecer a cabeça ao seu povo. Esse ato dramático afasta a ameaça de uma invasão Assíria e demonstra a reconstrução de uma identidade nacionalpor mãos femininas.

Obra selecionada para Salão Arte Pará/2010/exposta no MUFPA

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2010/ Judith III/ fotografia digital/ 70 cm x 35 cm 2010/ Judith II/ fotografia digital/ 70 cm x 35 cm

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2010/ fotografia digital/ 37 cm x 77 cm

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O Que Não Vemos

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2010/ fotografia digital/ 37 cm x 77 cm

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2010/ fotografia digital/ 37 cm x 77 cm

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2010/ fotografia digital/ 37 cm x 77 cm

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2010/ fotografia digital/ 37 cm x 77 cm

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Geometria Plana

São paisagens que podem representar muitos lugares. Ao contrário da assepsia visual característica do Neoplasticismo de Mondrian, este trabalho evoca a multiplicidade das texturas, cores e rastros da presen-ça do homem. Partindo de fotografias tiradas em uma longa viagem, as imagens são recortadas por linhas horizontais e verticais e compostas em pares os quais relatam horizontes assumidamente artificiais. Este trabalho propõe um olhar para as possibilidades de combinações geométricas e orgânicas da natureza, uma reflexão sobre o aspecto das coisas que compõe a paisagem e como nós a influenciamos, uma fusão entre conteúdo e forma.

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2010/ Geometria Plana/ fotografia digital/ 60 cm x 40 cm cada

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2010/ Geometria Plana/ fotografia digital/ 60 cm x 40 cm cada

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A Duração da Impermanência/ 2010/ Vídeo 5’ / Concepção: Gina Dinucci, Performer: Natália Alavarce, Edição: Márcio Marianno.

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Quantas camadas de tempo podem existir em uma fotogra-fia? Se a imagem

fotográfica é um vestígio de tempo, a qual tempo estamos nos referindo?

A Duração da Impermanência

O tempo real está presente no instante do ato fotográfico e é inerente à sua própria construção, mas ex-istem camadas implícitas que só serão percebidas ao longo de um processo de observação. Nas fotogra-fias que formam o vídeo, há uma trama de signos do tempo; a rachadura no muro, o ritmo da respiração, os instantes congelados da fotografia, os instantes prolongados da construção cinética. O tempo propor-cionou a percepção de sua presença e quanto mais olharmos as imagens, mais camadas de tempo serão expostas.

assista aqui

http://www.youtube.com/watch?v=O_Pathph4SU

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A fotoinstalação Lembrancinha é uma série composta por 36 fotografias guardadas em caixas de acrílico utilizadas normal-mente para guardar jóias.

Detalhe

2010/ fotografia digital e caixas de acrílico/ 8 cm x 356 cmobra exposta no Anuário Embu das Artes - 2010

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O instante já é solidãoGaston Bachelard

Lembrancinha

Como podemos guardar o tempo?

Estar próxima ao céu durante uma viagem de avião, me fez pensar que suas sutis mudanças cromáticas de-terminavam uma espécie de ritmo temporal e a composição, que variava de um azul profundo a um cinza nebulozo, me ecoava múltiplas lembranças. Querendo perpetuar a efemeridade daquelas pequenas sensa-ções, decidi registrar a dinâmica de imagens, que funcionavam como metáfora da singularidade de cada in-stante vivido, meus pedaços de vida. O céu, talvez um dos temas mais recorrentes da história das imagens, muito bem representado por Stieglitz, aqui é registrado apenas por alguns minutos e é visto no horizonte, numa relação que ultrapassa a sua distância natural com relação ao homem. Lembrancinha demonstra o fluxo do tempo e cada fotograma é guardado como uma relíquia, para ser lembrada, ou para criar novas lembranças.

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2011/ Uma Paisagem como Biografia/ instalação com 4 fotografias digitais backligth de 70 cm x 70 cm e áudio com narração poética

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Uma Paisagem Como Biografia

Geralmente, quando escolhemos as imagens que irão compor nossos álbuns, preferimos aquelas que consideramos belas e desejáveis para a posteridade. Mas o que quatro fotografias, apa- rentemente sem significado para a família estão fazendo em um álbum? Esta pergunta me fez imediatamente retornar ao momento da produção das imagens. Foram fotografadas por mim em meados de 1978, quando tinha 5 anos na cidade de Guarulhos - SP, no Conjunto Habitacional Parque Cecap. Naquele dia, uma coloração inusitada nas nuvens chamava a atenção de todos e fotografá-las era parte da brincadeira de desvendar o acontecimento. As pequenas dissonâncias de forma e de cor entre uma imagem e outra, narram a história com olhos de criança. Lembro de me sentir detentora de um certo poder, afinal só eu, com meu aparelho poderia perpertuar aquele instante. Hoje, percebo que fotografar a paisagem com a presença dos prédios foi o primeiro passo para eu pensar minha moradia, minha cidade e entender que tudo que construo hoje está extremamante influenciado por eu viverem um núcleo urbano tão complexo e parodoxal.

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A minha casa tem linhas retas que anseiam ser curvas.Tem mil janelas, com vistas pra nenhum lugar.

A terra que salpicava meus pés já não existe mais, são pedras lisas onde passeiam os cachorros e os carros em alta ve-locidade.

Os murais multicoloridos enfileirados em três andares, hoje são pálidos beges esperando encardir-se.Mas os gritos são os mesmos e até mais intensos: das mães, dos filhos, dos vendedores e seus alto falantes, do portão que

corre entre trilhos enferrujados.As portas, agora portais de modelos variados não se repetem, só os sonhos são iguais. Concreto armado para todos.

Que alegria ser efêmero, reformar, transformar-se como uma lagarta, cobrir de pó de gesso os corredores e pegar em-prestado os sossego dos vizinhos para nunca mais devolver.

Minha casa é cidadela labiríntica e possui grades que guardam, protegem, mas também barram as corridas entre um mundo e outro.

Pilares acolhem, jardins expulsam.A brisa não habita minha casa, a luz sim, ela invade como também os olhares alheios. A brisa deve estar do outro lado da

rodovia, onde provavelmente existe um mar.Muitas escadas levam os corpos para suas casas. Enrijecem pernas infantis e senis, apóiam carrinhos de feira, movimentam

móveis baratos, recebem sapatos da moda.A minha casa tem árvores que sempre crescem, onde habitam milhares de pássaros, que por acidente ou vontade entram

pela janela de Dona Encarnação diariamente, que por acidente ou vontade já não se lembra de mais ninguém.

(transcrição do áudio que compõe a instalação)ouça aqui

http://soundcloud.com/gina-dinucci/uma-paisagem-como-biografia

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2010/ Wanted/ fotografia digital/ 100 cm x 80 cm cada

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2010/ Wanted/ fotografia digital/ 100 cm x 80 cm cada

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2011/ Sem Título/ Bíblia e pilão de madeira/ 29 cm x 21 cm

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2010/ As Três Giocondas/ Fotografias impressas em tecido fluido/ 78 cm x 100 cm

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vista frontal

imagens impressas em tecido fluido,os espectadores devem atravessar através delas

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2011/ Sem Título/ Caixa de madeira, fotografia digital e componetes de relógio/ 44 cm x 27 cm

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Detalhe

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VERDADES E FICÇÕES SOBREUM CORPO INCOLETIVO

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.Sentir tudo de todas as maneiras.Sentir tudo excessivamenteÁlvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa

Se pudéssemos traçar um grande mapa com linhas abstratas feitas a partir da experiência física de andar pela cidade, que desenho essas linhas formariam? E se estivéssemos a bordo de um ônibus municipal que trafega diariamente entre o centro e as periferias levando seus trabalhadores, será que desta maneira sentiríamos o verdadeiro corpo da cidade? Quais formas essa experiência traria? Filamentos emaranha-dos, embaraçados, linhas lisas e desimpedias, espaçadas e tremidas? Não podemos prever ao certo seu desenho, mas podemos afirmar que elas representariam a metáfora da própria cidade. Tenho vontade de sentir todos os lugares do mundo. A construção desta malha conceitual é uma maneira de sentir a cidade, passear por suas veias. É conhecê-la não só com os olhos, mas com o corpo todo, enfim, uma cartografia sensível.

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A Duração da Impermanência/ 2010/ Vídeo 5’ / Concepção: Gina Dinucci, Performer: Natália Alavarce, Edição: Márcio Marianno.assista aqui

http://www.youtube.com/watch?v=YKfQsjkViRc

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2011/Verdades e Ficções Sobre Um Corpo Incoletivo/instalação/dimensões variáveis/exposta no Projeto Fora-do-Eixo-DF

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Remexer nossas caixas guardadas e olhar nossas fotografias antigas é uma forma de mergulhar naquilo que passou. As legendas contidas em seus versos nos prendem em um determinado tempo e parecem querer verbalizar a experiência, para que a imagem nunca engane a memória. Quando criança, gostava perceber e interferir nas palavras que continham atrás das fotografias, fosse desenhando garatujas, imitando as letras ou fazendo uma legenda, o mais importante era conceber histórias sobre as imagens. Criava personagens que se multifacetavam, assinava nomes inventados e silenciava os fatos que não agradavam. As situações narradas não seguiam a lógica dos adultos, e muitos acontecimentos passavam longe de seu real teor. A intervenção nas fotografias funcionava como uma pista da minha presença, um vestígio de uma ação sobre o mundo, como que uma frustação por não ter feito a imagem. O Dito e o Implícito oculta o assunto da fotografia original, mas evidencia a sua legenda, mesmo que esta seja indecifrável. Os traços gráficos são mais que uma descrição, são texturas autônomas, que dialogam com a fotografia e acabam se tornando a própria imagem fotográfica, a fotografia se torna então um objeto tridemensional.

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O DITO E O IMPLÍCITO

(...) não arquivamos nossas vidas, não pomos nossas vidas em conserva de

qualquer maneira; não guardamos to-das as maçãs da nossa cesta pessoal; fazemos um acordo com a realidade, manipulamos a existência: rasuramos, riscamos, sublinhamos, colocamos em exergo certas passagens. (ARTIÈRES,

1997, p.3)

2010/O Dito e o Implícito/fotografias expostas em 3 porta-retratos digitais/20 cm x 15 cm