gestão integrada de sistemas de · pdf filegestão integrada de sistemas de...
TRANSCRIPT
1
Instituto Superior Técnico
2012
1 1
UNIDADE CURRICULAR DE
DOUTORAMENTO
GESTÃO INTEGRADA DE SISTEMAS DE SANEAMENTO
(GISS)
José Saldanha Matos (Responsável) ([email protected])
Filipa Ferreira ([email protected])
ANO LECTIVO 2011/20102
Instituto Superior Técnico
2012
2 2
ÍNDICE
ÍNDICE (1ª AULA)
1. APRESENTAÇÃO
2. PERSPECTIVA HISTÓRICA E CONDIÇÃO DO SANEAMENTO
EM PORTUGAL E CPLP
2.1 Perspectiva histórica geral
2.2 Situação em Portugal nos Séculos XX/XXI
2.3 Globalização e saneamento no CPLP
2.4 Desafios e Perspectivas
2.5 Metabolismo Urbano e Roadmapping
2
Instituto Superior Técnico
2012
3 3
OBJECTIVOS
• AQUISIÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE
SANEAMENTO DE AGUAS RESIDUAIS.
• CONHECIMENTOS SOBRE NOVAS TENDÊNCIAS,
ABORDAGENS E INSTRUMENTOS DE GESTÃO TÉCNICA DOS
SISTEMAS DE SANEAMENTO (DRENAGEM E ETAR).
• COMPETÊNCIAS EM MODELAÇÃO DINÂMICA DE INFRA-ESTRUTURAS (COLECTORES E ETAR) (SWMM e GPS-X).
OBJECTIVOS
Instituto Superior Técnico
2012
4 4
PROGRAMA
• Enquadramento, perspectiva histórica, desafios, metabolismo
urbano e roadmapping,caracterização e desempenho de
sistemas de águas residuais.
• Soluções de controlo na origem de águas pluviais, soluções
de reserva e órgãos especiais .
• Simulação dinâmica do comportamento de sistemas de
drenagem.
• Operação e processos unitários de tratamento de águas
residuais.
• Simulação dinâmica do comportamento de ETAR. Introdução a
modelação 3D.
SÍNTESE DO PROGRAMA
3
Instituto Superior Técnico
2012
5 5
AVALIAÇÃO
• Trabalho de modelação de um sistema de drenagem de
águas residuais, a realizar por grupos de 3 alunos.
• Exercício de modelação de uma ETAR, a realizar, se possível,
pelos mesmos grupos de alunos .
• Realização de um exame final, escrito e individual, a ter lugar
no fim das aulas .
Trabalho e exercicio (50% + 15%) e Exame (35%)
DESAFIOS DA UC E DOS CANDIDATOS.
SÍNTESE DE AVALIAÇÃO
Instituto Superior Técnico
2012
6 6
ACESSO A DOCUMENTAÇÃO
PASSOS
•IST > Ensino > DEAmb
•IST > Ensino > DEAmb > Páginas de Disciplinas
e seleccionar: GISS
EM ALTERNATIVA, USAR O LINK:
•https://fenix.ist.utl.pt/disciplinas/giss/2011-2012/2-semestre
4
Instituto Superior Técnico
2012
7
PERSPECTIVA HISTÓRICA
evitar inundações
SISTEMAS PLUVIAIS
incómodos significativos
- CLOACA MÁXIMA (Roma) TÚNEIS DE PARIS
- CLOACORIUM (imposto)
- CURATORES CLOACORIUM (Inspectores)
Antes do Séc. XIX (PLUVIAIS)
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
História
Instituto Superior Técnico
2012
8
DESTINO DAS ÁGUAS
RESIDUAIS SOLO : “ÁGUA VAI”
ou
BA RE EM M. R.
ED.
BA– bacia; RE– Rede; EM– Emissário e MR– Meio Receptor; ED – Edifício
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
História
Séc. XIX (Europa)
BACIAS REDE EMISSÁRIO MEIO RECEPTOR
Antes do Séc. XIX (PLUVIAIS)
5
Instituto Superior Técnico
2012
9
B RE EM T MR
ED
B RE EM T MR
D ED
Séc. XX – SISTEMA UNITÁRIO COM TRATAMENTO
D- Descarregador; T- Tratamento
Séc. XX - SISTEMA SEPARATIVO DOMÉSTICO
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
História
Instituto Superior Técnico
2012
10
ED EM R T EX
IND
MR
T
Séc. XX – SISTEMA DOMÉSTICO (ED) e INDUSTRIAL (IND)
E SISTEMAS NO SÉC. XXI ?
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
História
SÉC. XX (Cont.)
6
Instituto Superior Técnico
2012
11 11
SÍNTESE
ANTES DO SÉC XIX – SISTEMAS PLUVIAIS
SÉC XIX E INICIO SEC XX – SISTEMAS UNITÁRIOS
SÉC XX (2ª METADE) – SISTEMAS SEPARATIVOS E UNITÁRIOS
REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA (Século XIX):
• O FERRO FUNDIDO (ÁGUA EM CASA)
• O BETÃO (COLECTORES CIRCULARES SEM JUNTAS
TRANSVERSAIS)
• RAMAIS DE BARRO E GRÉS (ESGOTO FORA DE CASA)
Instituto Superior Técnico
2012
12 12
INÍCIO DO SEC. XX – TRATAMENTO (“LAND TREATMENT” OU “CHAMPS
D’EPANDAGE”; DECANTAÇÃO E DESINFECÇÃO
COM CLORO; FILTRAÇÃO E DECANTAÇÃO
ASSISTIDA COM REAGENTES – CAL)
- Leitos Percoladores (1893)
- Lamas Activadas (1911)
- Tecnologia de membranas, Biofiltração, Desinfecção UV (4º quartel
do Séc. XX)
SÉC XX NA EUROPA – TENDÊNCIA PARA A EXECUÇÃO DE GRANDES SISTEMAS, COMPACTOS – CENTRALIZAÇÃO.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
História
7
Instituto Superior Técnico
2012
13 13
• Situação em Portugal no Sec. XX/XXI
Sistemas separativos (1900-1970)
• Porto (1º quartel do séc. XX), núcleos em Cascais, Estoril - (2º e 3º
quartéis) Barreiro, Viseu, Tomar, Cova da Piedade, Costa da Caparica,
Setúbal, Espinho, Beja, Évora, Elvas, …
Últimos 30 anos do Séc. XX
• Grandes investimentos na zona litoral: Lisboa, Costa do Estoril (Cascais,
Oeiras, Sintra e Amadora), Loures, Almada, Setúbal, Ria de Aveiro,
Grande Porto, Algarve… com efeitos de escala significativo.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
História
Instituto Superior Técnico
2012
14 14
Séc. XXI (2000-2007)
• Grandes investimentos alargados ao País, sobretudo nos sistemas
em “ALTA”. Consolidação de competências do IRAR/ERSAR.
Séc. XXI (2007- )
• Reforço de verbas, sobretudo para os sistemas em “baixa”. Reforço
de competências da ERSAR. Problemas de sustentabilidade e de
Economia de Escala de pequenos sistemas, do interior (AdZC, AdNA).
• Discussão sobre privatizações e concessões, reconfiguração dos
sistemas, parcerias para as baixas (Águas do Vouga).
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
História
8
Instituto Superior Técnico
2012
15 15
QUADRO 1 – NÍVEIS DE ATENDIMENTO EM SANEAMENTO EM PORTUGAL.
Níveis de
Atendimento/Ano
1993
2002
(INSAAR)
2008
2013
(objectivo)
Abastecimento de Água 82% 87% 93% 95%
Drenagem de Águas
Residuais
64% 68% 80%
90%
(70%)
Tratamento de Águas
Residuais
32% 58% 70%
90%
(70%)
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
História
Instituto Superior Técnico
2012
16
NÍVEIS DE ATENDIMENTO (2008)
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
9
Instituto Superior Técnico
2012
17 17
OBJECTIVOS OPERACIONAIS (PEAASAR 2007-2013)
a) Servir cerca de 95% da população total do País com abastecimento de
água;
b) Servir cerca de 90% da população total do País. Em que cada sistema
integrado o nível de atendimento deve ser ≥70%;
c) Cumprir os objectivos de protecção do ambiente e saúde pública;
d) Garantir recuperação integral de custos;
e) Dinamização do tecido empresarial;
f) Reabilitação da “baixa” e articulação da “alta” e “baixa”. (formação de
sistemas multimunicipais para “baixa”- concessões);
g) Água reutilizada (V.R. > 10%);
h) Afluências indevidas (V.R. < 20%).
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Instituto Superior Técnico
2012
18
CONSTRANGIMENTOS – TARIFÁRIOS (2008)
COMPARAÇÃO ENTRE A TARIFA APLICADA NOS SISTEMAS EM BAIXA E A TARIFA DOS SISTEMAS
MULTIMUNICIPAIS (Euros/m3)
Saneamento de Águas Residuais
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
AG
UA
S D
O M
INH
O E
LIM
A
ÁG
UA
S D
E T
RÁ
S-O
S-M
ON
TE
S A
D
ÁG
UA
S D
O A
VE
ÁG
UA
S D
O Z
ÊZ
ER
E E
CÔ
A
ÁG
UA
S D
O M
ON
DE
GO
ÁG
UA
S D
O C
EN
TR
O
SIM
LIS
ÁG
UA
S D
O O
ES
TE
SIM
TE
JO
SIM
AR
SU
L
ÁG
UA
S D
O N
OR
TE
ALE
NT
EJA
NO
ÁG
UA
S D
O C
EN
TR
O A
LE
NT
EJO
ÁG
UA
S D
O A
LG
AR
VE
ÁG
UA
S D
O C
ÁV
AD
O
ÁG
UA
S D
O D
OU
RO
E P
AIV
A
SIM
RIA
EP
AL
SA
NE
ST
Sistemas em baixa Sistemas multimunicipais
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
10
Instituto Superior Técnico
2012
19
O PRESENTE E O FUTURO – INVESTIMENTOS PREVISTOS PEAASAR II (2007 – 2013)
TOTAL ALTA BAIXA OUTROS
4 004 M€ 1 604 2 200 200
ALTA
BAIXA
Para conclusão da infra-estruturação dos sistemas plurimunicipais,
Para melhoria da qualidade do serviço e do cumprimento de novas
disposições da legislação ambiental.
Interligações entre alta e baixa.
Redes em “baixa”.
Renovação e reabilitação, essenciais ao processo de redução de
perdas (redes de água) e de controlo de afluências indevidas (redes
de águas residuais.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Instituto Superior Técnico
2012
20
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Exemplos
O GRANDE
11
Instituto Superior Técnico
2012
21
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Exemplos
O GRANDE
Instituto Superior Técnico
2012
22
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Exemplos
O GRANDE
12
Instituto Superior Técnico
2012
23
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Exemplos
O PEQUENO
Instituto Superior Técnico
2012
24
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Exemplos
GLOBALIZAÇÃO E CONDIÇÃO DO SANEAMENTO NOS CPLP
•População Total
(milhares de habitantes)
•População
Urbana (%)
•2010 •2025 •2010 •2025
•Angola •18.993 •27.441 •59 •69
•Brasil •195.423 •213.802 •87 •90
•Cabo Verde •513 •616 •61 •70
•Guiné-Bissau •1.647 •2.296 •30 •35
•Moçambique •23.406 •31.190 •39 •50
•Portugal •10.732 •10.706 •61 •69
•São Tomé e
Príncipe •165 •216 •62 •72
•Timor-Leste •1.171 •1.869 •28 •36
População total e percentagem de população urbana, relativa ao ano
2010, e projecções para o ano de 2025
(adaptado de UN, 2012).
13
Instituto Superior Técnico
2012
25
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Exemplos
Infra-estruturas de abastecimento de água em Angola
Moçambique
Instituto Superior Técnico
2012
26
1 FORTE EVOLUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO SECTOR EM
PORTUGAL.
. Evolução da preocupação “Higienista”(saúde pública), para a
preocupação “Ambiental” (1ª fase - protecção do meio receptor e 2ª
fase – protecção sustentável).
•Aumento do nível de atendimento
•Aumento de qualidade do serviço (papel da Entidade Reguladora)
2 FORTES PREOCUPAÇÕES COM A SUSTENTABILIDADE
(E3 Ecologia/Economia/Ética)
(Tarifário equilibrado: Protector do Ambiente; Socialmente aceitável;
Garante de continuidade e qualidade do serviço)
3 RECONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DA GESTÃO (INTEGRADA,
ESTRATÉGICA, DO RISCO, AVANÇADA, …)
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Exemplos
FACTOS E DESAFIOS
14
Instituto Superior Técnico
2012
27
E3 R3
Economia
Ecologia Ética Robustez/Redundância Redução/Risco
Resilência
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Outros factores relevantes
FACTOS E DESAFIOS (Cont.)
Instituto Superior Técnico
2012
28
1. EFEITOS DE MUDANÇAS/ALTERAÇÕES (CLIMÁTICAS, ENTRE OUTRAS).
2. EVOLUÇÃO DA REGULAÇÃO (ambiental, qualidade de serviço, económica).
3. INTERACÇÕES ÁGUA/ENERGIA/GEE – Eco-eficiência, Reutilização e
Produção de energia (micro-turbinas, biogás). Pégada ecológica e soluções
verdes (soluções de controlo na origem; soluções de reserva; …).
4. NECESSIDADE DE INCORPORAR A PARTICIPAÇÃO PÚBLICA NAS
DECISÕES, TRANSPARÊNCIA DE PROCEDIMENTOS/ÉTICA E
RESPONSABILIDADE SOCIAL. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL.
Key-words: “Green Cities”, “Sustainable Cities”, “New Water”,
“Sustainable Urban Design Systems”, “RoadMapping”,
“Urban Metabolism”, “Cities of the Future”
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Outros factores relevantes
FACTOS E DESAFIOS (Cont.)
15
Instituto Superior Técnico
2012
29
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Ciclo Urbano da Água - Constituição dos Sistemas
GESTÃO INTEGRADA
(PBRH)
Instituto Superior Técnico
2012
30
ANALOGIA COM CORPO HUMANO
METABOLISMO URBANO
(Corrente higienista, Séc. XIX, John Philips e Edwin Chadwick)
Materiais
Energia
Água
Químicos
Transformações
(processos artificiais)
Resíduos Sólidos
Resíduos Líquidos
Resíduos Gasosos
SISTEMA LINEAR INSUSTENTÁVEL
(PASSADO E PRESENTE) (SISTEMA ABERTO)
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Aspectos Gerais
16
Instituto Superior Técnico
2012
31
Materiais
Energia
Água
Químicos
Transformações
CICLO NA CIDADE DO FUTURO
(SISTEMA NÃO LINEAR, SUSTENTÁVEL)
(SISTEMA FECHADO)
Reutilização
Produção de energia
Reciclagem de materiais
Processos naturais
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Aspectos Gerais
Instituto Superior Técnico
2012
32
Roteiro (“Road Map”) nos Serviços de Águas
Roteiro: Mecanismo processual abrangente de visualização de pontos críticos e de
soluções tecnológicas e de gestão para satisfazer as necessidades e
atingir as metas, no futuro.
ETAPAS:
• ÂMBITO, VISÃO E OBJECTIVOS.
• TENDÊNCIAS E CENÁRIOS (“Forecasting”). Projectar o Futuro.
(Benchmarking, métodos de analogia).
3. ENCADEAMENTO DE ACÇÕES EM RETROSPECTIVA. (“Backcasting”).
4. MEDIDAS E ACÇÕES (Inclui investimentos).
5. MONITORIZAÇÃO.
PRODUTO FINAL – GUIA DE ACÇÃO PARA CONSTRUIR O FUTURO
MAIS IMPORTANTE – O CAMINHO!
Estrada, auto-estradas e bermas , as rotundas e os atalhos. A bússola.
17
Instituto Superior Técnico
2012
33
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Exemplos
APELO À TRANSVERSALIDADE
VISÃO E OBJECTIVOS
TENDÊNCIAS E CENÁRIOS
MEDIDAS, ACÇÕES E INVESTIMENTOS
IDENTIFICAÇÃO DE PONTOS CRÍTICOS E CALENDARIZAÇÃO
Instituto Superior Técnico
2012
34 34
SÍNTESE DE DESAFIOS (EM PEQUENOS SISTEMAS: EP < 2000)
1. Investimentos e Encargos compatíveis (Euros per capita)
2. Simplicidade e flexibilidade de operação.
3. Sustentabilidade integrada: minimização de custos e recursos –
economia de materiais, reagentes e energia.
4. Aceitação social e preservação do ambiente e da paisagem.
Gestão integrada de sistemas descentralizados
(gisd)
Sistemas simplificados (Brasil)
ou sistemas de esgotos decantados (África, Austrália, USA)
18
Instituto Superior Técnico
2012
35 35
EM AGLOMERADOS DE MÉDIA E GRANDE DIMENSÃO
DESAFIOS DIFICULDADES GERAIS
1- CONTROLO DE INUNDAÇÕES (“MUDANÇAS
CLIMÁTICAS)
2- CONTROLO DE POLUIÇÃO DE LARGA ESCALA
“EVENTOS ACIDENTAIS”, EM TEMPO
SECO (EE; ETAR)
3- CONTROLO DE POLUIÇÃO EM TEMPO HÚMIDO
(“EXCEDENTES” DE SISTEMAS
UNITÁRIOS)
4- CONTROLO DE DIFICULDADES À OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO (ASSOREAMENTO,
EROSÃO, CORROSÃO DE MATERIAL,
ASSENTAMENTOS, INFILTRAÇÃO, OUTRAS
AFLUÊNCIAS INDEVIDAS, EXFILTRAÇÃO,
ODORES)
5- GESTÃO INTEGRADA (COLECTOR-ETAR-MEIO
RECEPTOR) COM VISTA À
SUSTENTABILIDADE
6- EXIGÊNCIA DE ECONOMIA E DIMENSÃO ÉTICA
DE PROCEDIMENTOS (TRANSPARÊNCIA E
PARTICIPAÇÃO PÚBLICA)
1- COEXISTÊNCIA DE VÁRIOS TIPOS DE INFRA-
ESTRUTURAS (DIFERENTES IDADES,
DIFERENTES SECÇÕES, DIFERENTES
MATERIAIS) NA MESMA ZONA
2- COEXISTÊNCIA DE VÁRIOS TIPOS DE REDE
(RAMIFICADA, MALHADA, “PSEUDO-
SEPARATIVA”, SEPARATIVA E UNITÁRIA)
NA MESMA ZONA
3- EFEITOS DE MARÉ OU DE NÍVEL DOS RIOS
4- FALTA DE INFORMAÇÃO ESTRUTURADA
(CADASTRO, RESGISTO DE EVENTOS, …)
SOLUÇÃO: EFICIÊNCIA
CHAVE: CONHECIMENTO
Instituto Superior Técnico
2012
36 36
TENDÊNCIAS OU PERSPECTIVAS PARA O AMANHÃ
(SISTEMAS DO SÉCULO XXI)
PARA MÉDIOS E GRANDES SISTEMAS
(TELEMETRIA) (sensores de altura de escoamento e
de caudal). MEDIÇÃO (de facturação, de
controlo, de investigação, …).
Espectrofotometria.
2-MODELAÇÃO COM SIMULAÇÃO
(SWWM/MOUSE/HIDROWORKS/EFOR/GPS-
X/BIOWIN)
3- GESTÃO AVANÇADA DE SISTEMAS (SIG,
MONITORIZAÇÃO, TELEMETRIA,RADAR,
MODELAÇÃO, ACTUADORES AUTOMÁTICOS)
4-REABILITAÇÃO(REPARAÇÃO, RENOVAÇÃO
SUBSTITUIÇÃO) E MANUTENÇÃO/OPERAÇÃO
PROGRAMADA.
PALAVRAS-CHAVE
A – “CONTROLO NA ORIGEM” (ÁGUAS PLUVIAIS)
B – SEPARAÇÃO TENDENCIAL
C – “CONTROLO EM TEMPO REAL”
D – “SUSTENTABILIDADE” OU “ECO-
SUSTENTABILIDADE”. PREOCUPAÇÕES
ACRESCIDAS COM ENERGIA, RECUPERAÇÃO
DE NUTRIENTES E RECURSOS
E – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E CUSTOS
CONTROLADOS
19
Instituto Superior Técnico
2012
37 37
ÍNDICE
ÍNDICE (2ª AULA)
1. RELEVÂNCIA DA MODELAÇÃO E GESTÃO INTEGRADA DE
INFRA-ESTRUTURAS.
2. CONTROLO DOS SISTEMAS.
3. PRINCÍPIOS GERAIS DE CONCEPÇÃO E DISFUNÇÕES
. Etapas de Estudo
Instituto Superior Técnico
2012
38 38
RELEVÂNCIA DA MODELAÇÃO E GESTÃO INTEGRADA
GESTÃO INTEGRADA – INTERACÇÕES
“infiltração/exfiltração” “interacção c/aquífero”
AQUÍFERO
MEIO RECEPTOR
COLECTORES ETAR ÁGUA DE SUPERFÍCIE
“entrada de água” “overflows”
transporte e reserva transporte e reserva transporte e reserva
tratamento tratamento tratamento
(alteração da qualidade) (alteração da qualidade) (alteração da qualidade)
20
Instituto Superior Técnico
2012
39 39
Quadro 1- Aplicabilidade de métodos de cálculo e simulação de
caudais (adaptado de EN 752-4, 2001) (EN, 2008)
Domínio Aplicação
Métodos
Métodos
simples/empíricos
Modelo de
onda
cinemática
Modelos
dinâmicos
Dimensionamento de pequenos sistemas
Dimensionamento de grandes sistemas
Verificação do desempenho em termos de
inundações
Verificação do comportamento hidráulico e
ambiental de sistemas existentes
Concepção e dimensionamento de emissários e
descarregadores de tempestade
Impactes sobre o meio receptor (qualidade)
Impactes sobre o meio receptor (quantidade)
Controlo em tempo real
S
_
_
_
_
_
_
_
S
S
_
S*
S*
S
S
S
NR
NR
S*
S*
S*
S*
NR
NR
S- Aspectos hidrológicos tratam-se de forma simplificada; S* - Aspectos hidrológicos tratam-se de
forma simplificada ou detalhada; NR- Em regra, não recomendável.
Instituto Superior Técnico
2012
40 40
• PARA O CUMPRIMENTO DE DIRECTIVAS, JUSTIFICA-SE O ESTUDO COM O
RECURSO A MODELOS COMPLEXOS (ONDA CINEMÁTICA OU ONDA
DINÂMICA):
1. Para a análise do desempenho de sistemas existentes
2. Para a avaliação de impactos no meio receptor
3. Para fundamentar estratégias de beneficiação e reabilitação
(MOUSE, SWWM, INFOWORKS, …)
• RECURSO A MODELAÇÃO INTEGRADA
Justifica-se se,
• a poluição do meio receptor tiver diversas origens;
• as componentes do sistema interagirem entre si.
21
Instituto Superior Técnico
2012
41
1- Redes interiores dos edifícios
a1) Águas pluviais
a2) Águas residuais domésticas, industriais e comerciais
2- Ramais de ligação à rede geral de drenagem
3- Rede geral de drenagem: colectores, câmaras de visita, sarjetas de
passeio e/ou sumidouros (em redes unitárias ou separativas de águas
pluviais).
CONSTITUIÇÃO DOS SISTEMAS
Instituto Superior Técnico
2012
42
4- Estações elevatórias e condutas de impulsão. Câmaras de parafusos de
Arquimedes (pumping installations).
5- Emissários e interceptores (trunk and interceptor sewers).
6- Estações de tratamento (wastewater treatment plants).
22
Instituto Superior Técnico
2012
43
Solções sustentaveis de
saneamento
ETAR FATACA - ODEMIRA ETAR S. Gonçalo (Guarda)
ETAR- Soluções naturais
ETAR-Soluções compactas ou
ultra-compactas
Instituto Superior Técnico
2012
44
7- Exutores de lançamento e destino final (emissários
submarinos).
(long sea outfalls)
8- Descarregadores de tempestade (weir).
9- Sifões invertidos (inverted syphon).
23
Instituto Superior Técnico
2012
45
10- Outras (pontes, tamisação). Obras especiais-Transições de secção
,pontes-viaduto,...
11- Túneis
(tunnels).
12- Lagoas de amortecimento e retenção (retention ponds) - Reservatórios.
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
Instituto Superior Técnico
2012
46
1 - Na concepção de sistemas de drenagem pública de águas
residuais em novas áreas de urbanização deve, em princípio, ser
adoptado o sistema separativo.
2 - Em sistemas novos, é obrigatória a concepção conjunta do
sistema de drenagem de águas residuais domésticas e
industriais e do sistema de drenagem de águas pluviais,
independentemente de eventuais faseamentos diferidos de
execução das obras.
3 - Na remodelação de sistemas unitários ou mistos existentes
deve ser
considerada a transição para o sistema separativo.
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
24
Instituto Superior Técnico
2012
47
Colectores e câmaras de visita em arruamentos, no núcleo urbano (cidade do cimento)
Emissários e interceptores, em regra, ao longo de linhas de vale (zonas mais baixas)
Traçado naturalmente condicionado pelo destino final das águas residuais
PRINCÍPIOS:
a) Garantir certa distância (da descarga) aos núcleos urbanos
a1) traçado emissários ao longo de vales (rios)
a2) traçado ao longo de zonas planas, com sistemas elevatórios
(proximidade do oceano ou mares, ou albufeiras)
b) Afastamento da rejeição de zonas balneares ou para consumo.
c) Rejeição dos efluentes em locais com boas condições de diluição e
dispersão (oceano aberto) ou,
d) Descarga próximo de locais onde o recurso possa ser aproveitado
(agricultura , limpezas,..)
Traçado em Planta (layout)
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
Instituto Superior Técnico
2012
48
25
Instituto Superior Técnico
2012
49
Representação esquemática do Sistema de Saneamento da Costa do Estoril, com o
interceptor, emissários afluentes (Jamor, Barcarena, etc.) e estações elevatórias das
zonas baixas (▲).
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
Instituto Superior Técnico
2012
50
SISTEMA DE SANEAMENTO DA COSTA DO ESTORIL
(MAIOR EM PORTUGAL)
• Pop. 920 000 hab
• Interceptor principal: ø 1,5 m a ø 2,5 m, em 25 km
• Várias estação elevatórias e emissários afluentes ao
interceptor geral
• ETAR – Fase líquida enterrada, perto da Guia (Cascais), em
beneficiação; Fase sólida (lamas), a 4 km da ETAR-fase liquida.
• Exutor Submarino para lançamento no mar (2700 m, 40 m de
profundidade) com dois difusores de 400 m.
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
26
Instituto Superior Técnico
2012
51
Área de atendimento do Sistema de Saneamento da Costa do Estoril
(Concelhos de Oeiras, Cascais e parte de Sintra e Amadora).
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
Instituto Superior Técnico
2012
52
ETAPAS DE ESTUDO: SÍNTESE
1. TRAÇADO DA REDE E SISTEMA EM PLANTA
2. CÁLCULO DE CAUDAIS
3. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO-SANITÁRIO E
TRAÇADO DO SISTEMA EM PERFIL LONGITUDINAL
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
27
Instituto Superior Técnico
2012
53
PROBLEMAS E DISFUNÇÕES EM SISTEMAS
• ASSOREAMENTO (ENTUPIMENTOS E OBSTRUÇÕES);
• INCRUSTAÇÕES;
• ACUMULAÇÃO DE GORDURA E FILME BIOLÓGICO NAS PAREDES;
• INTRUSÃO DE RAÍZES;
• INFILTRAÇÕES;
• AFLUÊNCIAS INDEVIDAS DE ÁGUAS PLUVIAIS;
• EXFILTRAÇÕES;
• OCORRÊNCIA DE SEPTICIDADE;
• COLAPSO TOTAL OU PARCIAL;
• ENTRADA DE ÁGUA DO MEIO RECEPTOR.
GESTÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA
Instituto Superior Técnico
2012
54
• INUNDAÇÕES DE “ESPAÇOS INTERIORES” (CAVES);
• INUNDAÇÕES DE ESPAÇOS EXTERIORES;
• LIBERTAÇÃO DE ODORES;
• CRIAÇÃO DE ATMOSFERAS TÓXICAS E/OU EXPLOSIVAS;
• CORROSÃO;
• EROSÃO/DETERIORAÇÃO;
• INTERRUPÇÃO DE TRÁFEGO;
• MANUSEAMENTO DE SEDIMENTOS CONTAMINADOS E TRANSPORTE A
DESTINO FINAL;
• IMPACTO NO FUNCIONAMENTO DAS ETAR (EX: ENTRADA DE ÁGUA DO
MAR OU ÁGUAS DA CHUVA, DURANTE PRECIPITAÇÕES).
EVENTUAIS IMPACTOS DAS DISFUNÇÕES
GESTÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA
28
Instituto Superior Técnico
2012
55
GESTÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA
Fotos de
Copenhaga
Instituto Superior Técnico
2012
56
GESTÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA
Fotos de
Copenhaga
29
Instituto Superior Técnico
2012
57 Representação esquemática de tanque interceptor
SISTEMAS DE COLECTORES GRAVÍTICOS DE PEQUENO DIÂMETRO
Sistema de colectores gravíticos de pequeno diâmetro - tipo
Instituto Superior Técnico
2012
58
Exemplo de perfil hidráulico de trecho de sistema de
colectores gravíticos de pequeno diâmetro.
SISTEMAS DE COLECTORES GRAVÍTICOS DE PEQUENO DIÂMETRO