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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS RONY SILVA PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL “GESTÃO INDUSTRIALLondrina/PR 2013

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Page 1: Gestão Industrial

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS

RONY SILVA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL “G ESTÃO INDUSTRIAL”

Londrina/PR 2013

Page 2: Gestão Industrial

RONY SILVA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

“G ESTÃO INDUSTRIAL”

Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Paraná, Produção Textual Individual do 5º Semestre. Orientador:

Page 3: Gestão Industrial

Londrina/PR 2013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 03

2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 04

2.1 DEFINIÇÕES CONCEITUAIS............................................................................. 04

2.1.1 Critérios de Rateios dos Custos Indiretos 00

2.1.2 Custeio por Absorção 00

2.1.3 Produtos em Processo 00

2.1.4 Produtos Acabados 00

2.2 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO 00

2.3 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 00

2.3.1 Com Base nos Custos 00

2.3.2 Com Base no Mercado 00

2.4 ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO 00

2.4.1 Margem de Contribuição 00

2.4.2 Ponto de Equilíbrio 00

2.5 IMPORTÂNCIA DE SISTEMA INTEGRADO PARA GERAR INFORMAÇÕES 00

2.5.1 A Importância do Sistema Integrado para Gestão Industrial 00

2.6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 00

2.6.1 Conceitue Cinco Demonstrações Contábeis Obrigatórias 00

3 CONCLUSÃO........................................ ............................................................... 00

4 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 00

Page 4: Gestão Industrial

3

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho será apresentado tanto conceituação como

também o embasamento indo de encontro ao cenário da gestão industrial e os

conceitos e teorias que embasem o cálculo dos custos unitários utilizando unidades

equivalentes, a formação do preço de venda, o cálculo da margem de contribuição e

do ponto de equilíbrio, de modo que haja compreensão no entorno dos principais

aspectos, ponderações realizadas para que os aspectos e controles contábeis sejas

eficazes para a empresa na qual venha a ser aplicados.

No entanto mediante as mudanças é necessário que os profissionais

área administrativa de uma organização tenham habilidade para identificar as

necessidades da empresa tendo entre os principais objetivos o estudo dos aspectos

e controles contábeis para que os mesmos sejam eficazes para a empresa na qual

venha a ser aplicados

As habilidades de conhecimento do ramos da atividade econônica a

qual a empresa está inserida deve ser contínua, evitando assim mudanças

inesperadas que surpreendam o gestor e que o impessam de contribuir para

desenvolvimento empresarial. Desta forma entende-se a importância da capacitação

continuada dos profissionais, sendo tal fato imprescindível para o desenvolvimento

das empresas e o sucesso do gestor.

Page 5: Gestão Industrial

4

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 DEFINIÇÕES CONCEITUAIS

A empresa industrial Holandesa Ltda., produz e comercializa

diretamente ao comércio varejista, chocolates em dois formatos: Bombons e Barras.

2.1.1 Critérios de Rateios dos Custos Indiretos

Representa a alocação de custos indiretos aos produtos em

fabricação, segundo critérios racionais. Exemplo: depreciação de máquinas rateada

segundo o tempo de utilização (h/m) por produto etc.

Contudo, dada a dificuldade de fixação de critérios de rateio, tais

alocações carregam consigo certo grau de arbitrariedade.

A importância do critério de rateio está intimamente ligada

à manutenção ou uniformidade em sua aplicação. Devemos lembrar que

a simples mudança de um critério de rateio afeta o curso de produção e

consequentemente afetará o resultado da empresa.

2.1.2 Custeio por Absorção

É aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da

área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos,

fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é

revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada

produto ou produção (ou serviço) absorva parcela dos custos diretos e indiretos,

relacionados à fabricação.

2.1.3 Produtos em Processo

São os produtos que já sofreram um processo de transformação

parcial, mas não totalmente finalizados.

Page 6: Gestão Industrial

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2.1.4 Produtos Acabados

São os produtos totalmente finalizados, prontos para

comercialização.

2.2 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO

O custeamento por processo se utiliza do conceito de unidades

equivalentes para apurar a quantidade do estoque periódico de produtos em

processo, quando o processo em questão ainda não foi totalmente concluído. No

final do período de apuração de custo, são encontrados produtos em diferentes

graus de acabamentos nos diversos estágios do processo produtivo.

Em um primeiro momento vamos simular uma situação simples de

cálculo de preço do produto, em que todos os produtos iniciados no período foram

totalmente concluídos, assim os dados nesse período formam os seguintes:

Custos de produção do período............................................................... R$ 25.000,00

Unidades produzidas e acabadas no período...................................................... 2.500

Assim para determinarmos o custo de cada unidade basta dividir os

custos de produção do período pela quantidade produzida, obtendo-se assim um

custo unitário de R$ 10,00.

Em um segundo momento os dados apresentados pela empresa

foram:

Custos de produção do período................................................................R$ 25.000,00

Unidades que iniciaram na produção .................................................................. 3.000

Unidades acabadas no período ........................................................................... 2.500

Unidades em elaboração (essas unidades estão 50% elaboradas) ...................... 500

Neste momento, para calcularmos o custo médio por unidade, não

podemos simplesmente dividir o custo de produção do período pela quantidade

iniciada ou acabada, pois os produtos acabados e os produtos que ficaram em

elaboração receberam custos no período, assim, devemos determinar o quanto é

pertinente a cada produto.

Desta forma, procederemos ao cálculo do equivalente de produção:

Unidades acabadas ............................................................................................. 2.500

Unidades em processo (50% acabadas) ................................................................ 225

Page 7: Gestão Industrial

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Equivalente total de produção ............................................................................. 2.725

Portanto o custo médio de cada unidade será de R$ 10,00 (R$

27.250,00 / 2.725 unidades).

Estoque de produtos acabados (2.500 x R$ 10,00) ............................... R$ 25.000,00

Estoque de produtos em processo (500 x 50% x R$ 10,00) .......................... 2.500,00

Total ........................................................................................................ R$ 27.500,00

2.3 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

2.3.1 Com Base nos Custos

A decisão do preço de venda é uma das mais importantes para a

empresa, pois a receita que a empresa recebe na venda de seus produtos ou

serviços é a principal entrada de recursos na empresa. Recursos estes que serão

utilizados para saldar os custos e despesas incorridos e apure lucro no período,

visando assim a remunerar o capital aplicado pelo proprietário na entidade.

Com base nos custos: Para definir o preço de venda com base nos

custos incorridos para fabricar um produto ou realizar um serviço agrega-se a esses

custos uma margem conhecida como Mark-up.

O Mark-up consiste em uma margem, geralmente expressa na forma

de um índice ou percentual, que é adicionado ao custo dos produtos. Esses custos

apresentarão variações, dependendo do método de custeio utilizado.

Nesta forma utiliza-se o custo do bem ou serviço; sobre esse custo

agrega-se uma margem denominada Mark-up.

A expressão do resultado pode ocorrer de 2 formas: Resultado em

valor absoluto; Percentual sobre o preço de venda.

Custo unitário: R$ 10,00

Despesas gerais e Adm.: 10% s/ PV

Comissão sobre vendas: 5% s/ PV

Tributos incidentes S/ PV: 20% s/ PV

Margem de lucro desejada: 5% s% PV

O Mark-up é então assim calculado:

DGA: 10%

COM: 5%

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IMP: 20%

MLD: 5%

Total = 40% sobre o PV

PV será no custo acrescido de 40% do PV:

PV = R$ 10,00 + 40% PV

PV = R$ 10,00 + 0,4 PV

PV - 0,4 PV = R$ 10,00

0,6 PV = R$ 10,00

PV = R$ 10,00 / 0,6

PV = R$ 16,67

Preço de venda unitário R$ 16,67

Custo unitário(-) = (R$ 10,00)

(-) Desp. Gerais e adm. 10% = (R$ 1,67)

(-) comissão 5% = (R$ 0,83)

(-) Impostos 20% = (3,33)

Margem de lucro desejada 5% = R$ 0,83

2.3.2 Com Base no Mercado

Nos métodos de formação de preço de venda para o mercado, a

empresa poderá decidir pela fixação com base nos preços praticados pelo mercado,

deixando, como prioridade, uma menor atenção aos seus próprios custos ou à

procura de seus produtos.

Desta forma, o preço de venda praticado pela empresa poderá ser

igual, menor ou maior do que o praticado no mercado, dependendo dos objetivos e

das inferências que deduz sobre as possíveis influências que podem lhe

causar os componentes do sistema que está inserida.

Quando a empresa decide adotar este procedimento, ou

desconhece quase por completo sua estrutura interna, ou aparenta confiar nesta

estrutura, ou então, seu sistema de informações baseia-se apenas nos custos

integrais e históricos em lugar dos custos incrementais (aumento de volume), ou

futuros (derivados dos planos existentes).

Page 9: Gestão Industrial

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Sobre a formação do preço baseado no mercado, Motta (1997:35),

considera que: As preocupações seguintes sejam tomadas para compatibilizar a

formulação de uma estratégia de preço, quais sejam:

1. Identificar os custos incrementais e evitáveis que são aplicáveis a uma

alteração de vendas.

2. Calcular a margem de contribuição e variação das vendas em equilíbrio

relativas à mudança de preço proposta.

3. Avaliar a sensibilidade ao preço por parte dos compradores, com a

finalidade de estimar a plausibilidade de eles alterarem suas compras, acima ou

abaixo da variação das vendas em equilíbrio.

4. Identificar os concorrentes e avaliar suas prováveis reações.

5. Identificar compradores para os quais os custos, sensibilidade ao

preço e concorrência são significativamente diferentes, e segmentá-los com base

no preço, onde for possível.

6. Calcular as consequências em termos de lucro, aritmética ou graficamente,

para diversas e prováveis alterações das vendas.

7. Aceitar ou rejeitar as modificações de preço propostas, considerando os

benefícios de resultados favoráveis, em comparação com os riscos percebidos de

consequências desfavoráveis."

Quando formado com base no mercado, o preço de venda poderá

ser determinado pelos seguintes fatores: monopólios, oligopólios, convênios e

concorrenciais (agressivos e/ou promocionais).

Existe também aquele que busca envolver tanto os custos, as

decisões de concorrência, e as características do mercado, chamado de método

misto, para o qual Santos (1991, p. 125) chama a atenção, afirmando que "seria

bastante temeroso para a administração de uma empresa estabelecer preços sem a

combinação desses fatores.

Cedo ou tarde ela teria de arcar com as consequências de sérios

erros que poderiam deixar de ser cometidos.

Outros fatores a serem considerados na formação de preços com

base no mercado é que há setores em que os preços são geralmente ditados

apenas pelo mercado, tais como:

• setores de alta tecnologia, devido aos curtos ciclos de vida dos produtos;

Page 10: Gestão Industrial

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• setores em que os preços de mercado sejam facilmente conhecidos, como

no caso de commodities;

• setores em que os custos dos produtos são difíceis de determinar;

Entretanto é natural que os gestores dediquem maiores atenções

aos produtos que alcancem maior lucratividade; e é o sistema de custos que vai

proporcionar informações sobre as margem efetivamente obtidas.

Neste sentido, o ABC se apresenta como um sistema que fornece

informações mais acuradas, isto é, mais isentas de erros sistemáticos.

Além disso, há de se considerar que produtos fabricados sob

encomenda geralmente não possuem preços de mercado disponível, fato

proporcionado pela obrigatoriedade da análise de valor efetuada sobre as

atividades.

Ampliando os aspectos acerca do método de acumulação de custos

que a empresa opte por utilizar, um destes aspectos e aquele que se refere à

condição, ou autonomia descentralizada, do efetivo controle sobre os recursos

aplicados no processo produtivo.

Formar preços baseados no mercado direciona a necessidade das

empresas em obterem conhecimentos sobre seus concorrentes, estratégias de

marketing adotadas, elasticidade da demanda dos produtos ou serviços, bem como

a média de preço de determinado bem junto ao ambiente externo.

2.4 ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO

O processo de planejamento empresarial envolve a seleção

de objetivos, bem como a definição dos meios para atingir tais objetivos. Cabe

assinalar que a maximização dos lucros constitui o objetivo mais relevante e clássico

de qualquer organização empresarial com fins de lucro.

O lucro é uma variável-resultado, ou seja, é a consequência final

da gestão empresarial, para qual concorrem muitas outras variáveis tais como

receitas, custos, despesas, volume ou nível de atividade etc.

Em relação ao planejamento e controle empresariais, a ACVL

fornece importantes dados que facilitam a elaboração de orçamentos, bem, como a

projeção do lucro, dado que a análise supõe conhecido o comportamento dos custos

Page 11: Gestão Industrial

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e despesas, em relação ao nível de atividade, o qual constitui um requisito

indispensável para a elaboração de qualquer orçamento.

Cabe relatar que a ACVL pode ser aplicada tanto em empresas

industriais, quanto em empresas de serviços, públicas ou privadas, com fins

lucrativos ou sem eles.

A análise CVL está baseada num conjunto de suposições que

limitam suas conclusões e especificações:

• Preço de venda não se altera com a quantidade vendida;

• A empresa trabalha com um único produto;

• Os custos podem ser segregados em fixos e variáveis e o comportamento

destes obedece a uma expressão linear;

• A produtividade e eficiência são constantes;

• A quantidade produzida é igual à quantidade vendida.

2.4.1 Margem de Contribuição

Representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda

unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade de produto.

Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrará

determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a contribuição marginal

total do produto para a empresa.

Margem de Contribuição, nada mais é do que os resultados

positivos, obtidos através da receita, menos os custos variáveis. Este resultado, que

é a margem de contribuição, deverá ser igual aos custos fixos para que se chegue

ao ponto de equilíbrio.

É a parcela da receita total que ultrapassa os custos e despesas

variáveis e que contribuíra para cobrir os custos e despesas fixas, e ainda, formar o

lucro.

MC = RT- (CV +DV)

Onde:

MC = Margem de contribuição

RT = Receita total

CV = Custos variáveis

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DV = Despesas variáveis

Ao final de um período específico a empresa industrial Holandesa

Ltda., apurou os seguintes montantes de custos variáveis a cada produto

desenvolvido:

PRODUTO A (Bombons) R$ 5,00

PRODUTO B (Barras) R$ 10,00

Sabendo que os respectivos preços de venda dos produtos são:

R$ 8,34 e R$ 16,67; qual a margem de contribuição unitária de cada produto?

MC = PV - CV

MC PRODUTO A = 8,34 - 5,00 = R$ 3,34

MC PRODUTO B = 16,67 - 10,00 = R$ 6,67

Em um período a empresa industrial Holandesa Ltda., apurou uma

receita total de R$ 150.000,00 com um total de custos variáveis de R$ 25.000,00 e

despesas variáveis de R$ 55.000,00 qual seria a margem de contribuição total as

empresa?

MC = RT - (CV + DV)

MC = 150.000,00 - (25.000,00 + 55.000,00)

MC = R$ 70.000,00

2.4.2 Ponto de Equilíbrio

O volume que a empresa precisa produzir ou vender para que

consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos e despesas

variáveis em que necessariamente ela tem de incorrer para fabricar/vender o

produto.

Ponto de equilíbrio contábil: será obtido quando a soma das

margens de contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os custos e

despesas fixas; [...] não haveria lucro nem prejuízo.

Gastos fixos mensais:

Salário do empregado R$ 850,00

Encargos R$ 650,00

Outros R$ 1.000,00

Page 13: Gestão Industrial

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Gastos unitários variáveis:

PRODUTO A (Bombons) R$ 5,00

PRODUTO B (Barras) R$ 10,00

PECq = Gatos fixos / Preço - MCU

PECq = R$ 2.500,00 / R$ 8,34 – R$ 5,00

PECq = R$ 2.500,00 / R$ 3,34 = 750 unidades

PEC$ = PECq x preço = 750 X R$ 8,34 = R$ 6.255,00

Ponto de equilíbrio econômico: se a empresa quer fixar metas de

vendas e proporciona determinado valor de lucro, você pode utilizar o ponto de

equilíbrio econômico para calcular o volume das vendas a ser conseguido.

A empresa industrial Holandesa Ltda., apurou R$ 10.000,00 de

custos fixos no período, uma margem de contribuição unitária de R$ 3,34 e projeta

uma margem de lucro desejada de R$ 220.000,00; qual seria o ponto de equilíbrio

econômico dessa empresa?

PEEq = custos fixos + lucro desejado / margem de contribuição unitária

PEEq = 10.000,00 + 220.000,00 / 3,34

PEEq = 6.900 UNIDADES

PEE$ = PEEq X preço

PEE$ = 2.500 X 8,34 = 20.850,00

Logo a empresa precisa vender 2.500 unidades do produto para

atingir o lucro desejado.

Ponto de equilíbrio financeiro: o volume de vendas que é suficiente

para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos e outras dívidas que a

empresa tenha que saldar no período, como aquisições de bens, etc.

A empresa industrial Holandesa Ltda., relacionou os seguintes

valores durante o mês de janeiro:

Custos fixos: R$ 10.000,00

Depreciações: R$ 9.000,00

Empréstimos bancários: R$ 12.000,00

Margem de contribuição unitária: R$ 8,34

Page 14: Gestão Industrial

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Qual o ponto de equilíbrio financeiro da empresa?

PEFq = custos fixos + dívidas do período - depreciações / margem de contribuição unitária

PEFq = 10.000,00 + 9.000,00 - 12.000,00 / 8,34

PEFq = 840 Unidades

PEF$ = PEFq X preço

PEF$ = 840 X 8,34 = 7.005,60

A empresa precisa vender 840 unidades para saldar as dívidas e cobrir os custos.

2.5 IMPORTÂNCIA DE SISTEMA INTEGRADO PARA GERAR INFORMAÇÕES

Sistema de informação é entendido como uma combinação de

pessoas, facilidade, tecnologias, mídias, procedimentos e controle, com os quais se

pretende manter canais de comunicações relevantes, processar transações

rotineiras, chamar a atenção dos gerentes e outras pessoas para eventos internos e

externos significativos e assegurar bases para a tomada de decisões inteligentes.

Alguns elementos que compõem a estrutura básica de um sistema

de informação:

• DADOS: conjunto de observações. Representam a “matéria-prima” que por

si só não permite assimilar conhecimento, ou ainda, não difunde nenhum significado;

• INFORMAÇÃO: é um dado processado de uma forma que é significativa

para o usuário e que tem valor real ou percebido para decisões correntes ou

posteriores;

• PROCESSAMENTO: compreende o processo de transformação do dado em

informação;

A sociedade atual se caracteriza pela alta concentração de

informação que é atualizada constantemente, essa mesma sociedade valoriza a

coletividade ao invés do indivíduo e as empresas num mercado cada vez mais

competitivo precisam de diferenciais para conquistar o consumidor, já que a

concorrência aumentou devido à facilidade de produção em larga escala e a

globalização.

Page 15: Gestão Industrial

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Para conseguir o diferencial necessário a informação passa a ser a

base para as transformações operacionais e gerenciais exigidas pelo mercado atual.

Diante disso os sistemas surgem como uma importante ferramenta

para auxiliar os profissionais no monitoramento da informação e consequentemente

na tomada de decisões.

Os sistemas de informação são parte da organização sua finalidade

é ajudar a organização a atingir suas metas, fornecendo aos profissionais uma visão

das operações regulares da empresa, de modo que se possa organizar, controlar,

planejar mais eficaz e eficientemente a tomada de decisão.

Os sistemas de informação também auxiliam os profissionais da

contabilidade a tomar decisões, planejar e controlar as informações baseados em

dados mais precisos.

Os profissionais contábeis sempre trabalharam com informações

sobre negócios, uma vez que seu papel é fornecer informações exatas e relevantes

às partes interessadas em saber como as organizações estão se saindo.

2.5.1 A Importância do Sistema Integrado para Gestão Industrial

Um sistema integrado é a combinação de procedimentos e

processos, empregados numa organização para implantar suas políticas de gestão e

que podem ser mais eficientes para conseguir os objetivos determinados por ela, do

que quando há diversos sistemas individuais se sobrepondo.

A integração dos sistemas de gestão pode abranger diversos temas,

tais como: qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional, recursos

humanos, controle financeiro, responsabilidade social, dentre outros.

2.6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis representam os dados estáticos da

companhia em dado momento, fornecem informações que são úteis para atender:

• Sua necessidade como informação;

• Seu planejamento e controle;

Page 16: Gestão Industrial

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Numa empresa o conjunto de informações é composto

principalmente pelas demonstrações contábeis, que segundo o Art. 176 da Lei

6.404/76 as obrigatórias são:

– Balanço Patrimonial

– DLPA - Demonstração dos Lucros ou prejuízos acumulados

– DRE - Demonstração do Resultado do Exercício

– DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa

– DVA - Demonstração do Valor Adicionado (se companhia aberta)

As demonstrações contábeis são a exposição resumida e ordenada

de dados colhidos e organizados pela Contabilidade.

Objetiva dar aos usuários que se utilizam da contabilidade os

principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período.

O objetivo da análise das demonstrações contábeis como instrumento de gerência consiste em proporcionar aos administradores da empresa uma melhor visão das tendências dos negócios, com a finalidade de assegurar que os recursos sejam obtidos e aplicados, efetiva e eficientemente, na realização das metas da organização. A atividade administrativa deve ser desenvolvida em conexão com as informações contábeis, com vistas aos aspectos de planejamento, execução, apuração e análise do desempenho. (BRAGA, 1999, p.166)

2.6.1 Conceitue Cinco Demonstrações Contábeis Obrigatórias

Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é o mais importante relatório gerado pela

contabilidade. É, pois, a principal Demonstração Financeira. Através dele pode-se

identificar a saúde financeira e econômica da empresa ao final do Exercício Social

ou qualquer outra data prefixada.

O Balanço apresenta aquilo que a empresa tem e que pode utilizar

na sua atividade, e aquilo que a empresa deve num determinado momento; a

diferença entre o que a empresa tem e o que deve representa o seu valor.

Aquilo que a empresa tem é dado o nome de Passivo; a diferença

entre o Ativo e o Passivo, ou seja, o valor da empresa é dado o nome de Capital

Próprio. Graficamente, o Balanço é representado num mapa com dois lados: do lado

esquerdo é representado o Ativo e do lado direito é representado o Passivo e o

capital próprio.

Page 17: Gestão Industrial

16

DLPA - Demonstração dos Lucros ou prejuízos acumula dos

A DLPA evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de

lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido.

De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, adiante

transcrito, a companhia poderá, à sua opção, incluir a demonstração de lucros ou

prejuízos acumulados nas demonstrações das mutações do patrimônio líquido.

A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o

montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na

demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela

companhia.

De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade “A

demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração contábil

destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos resultados

acumulados da entidade”.

Assim, retratando as movimentações ocorridas na conta de lucros ou

prejuízos acumulados do patrimônio líquido, fornecendo explicações sobre seu

comportamento ao longo do exercício social

DRE - Demonstração do Resultado do Exercício

Demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração

contábil dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um

exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas segundo o princípio

contábil do regime de competência.

A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese

financeira dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo

período.

Embora sejam elaboradas anualmente para fins de legais de

divulgação, em geral são feitas mensalmente para fins administrativos e

trimestralmente para fins delegais de divulgação, em geral são feitas resultados

gerado no exercício, mediante especificação das receitas, custos e despesas por

natureza dos elementos componentes, até o resultado líquido final lucro prejuízo.

Page 18: Gestão Industrial

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Este resultado líquido final, se lucra, representa o ganho efetivo

obtido pela empresa que tem por finalidade renumerar os sócios ou acionista e

manter e/ou desenvolver o patrimônio da empresa.

Se prejuízo líquido do exercício, representa a parcela de desgastes

sofrido pelo patrimônio no período. A DRE, como uma demonstração contábil

obrigatória a todos os tipos societários, apresenta-se como extrema utilidade aos

acionistas necessários, alterarem a política dos negócios da empresa.

Com uma DRE bem elabora, voltada aos usuários segundo seus

interesses e que retrate a real situação da empresa será possível uma administração

totalmente voltada para a eficiência e a competência e por outro lado, maleável aos

interesses dos usuários de maneira geral e isenta das interferências legais.

As demonstrações contábeis são utilizadas pelos administradores

para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidades da empresa,

perante acionistas, credores, governo e a comunidade em geral.

Tem, portanto por objetivo revelar, a todas as pessoas interessadas,

as informações sobre e os resultados da empresa.

Classificam-se em Receita Operacional Bruta, Deduções, Custo de

Vendas, Despesas Operacionais, Resultado Não Operacional, Imposto de Renda/

CSSL, Participações

DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa

A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) tornou-se obrigatória

para todas as companhias abertas, com a sanção da Lei n° 11.638/07. Entretanto,

as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, superior a R$

2. 000.000,00 (dois milhões de reais) também estão obrigadas à elaboração da

mesma.

A DFC demonstra a origem e a aplicação de todo o dinheiro que

transitou pelo caixa em um determinado período e o resultado desse fluxo,

considerando que o caixa engloba as contas Caixa e Bancos, mostrando então as

entradas e saídas de valores monetários.

Page 19: Gestão Industrial

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DVA - Demonstração do Valor Adicionado (se companhi a aberta)

O Valor Adicionado representa o quanto de riqueza uma empresa

pode agregar aos insumos de produção que foram pagos a terceiros.

A sua elaboração e divulgação como parte das demonstrações

contábeis divulgadas ao final de cada exercício, tornou-se obrigatória no Brasil, para

as companhias abertas, de acordo com a Lei n° 11.638/07, que introduziu alterações

a Lei n° 6.404/76.

Page 20: Gestão Industrial

19

3 CONCLUSÃO

Com base no estudo apresentado ficou evidenciado que as

organizações para serem competitivas e lucrativas, precisam estar atentas ao seu

ambiente interno e externo, não deixando de perder de vista o referencial

mercadológico como o principal tópico dos processos de mudanças organizacionais,

que incorporam ao ambiente empresarial novas tecnologias e novos modelos de

gestão.

Encontramos nas bibliografias sobre o assunto e também na

legislação Brasileira, assinalando o caminho percorrido até hoje pela contabilidade,

pois o tema não se esgota e quanto mais refletimos sobre sua aplicabilidade, quanto

maior for a compreensão sobre os cálculos dos custos unitários utilizando unidades

equivalentes; sobre o cálculo da margem de contribuição e do ponto de equilíbrio,

entre outras coisas relevantes da contabilidade.

Apesar das limitações o conhecimento dos custos para uma

empresa é fator preponderante para sua sobrevivência. Nenhuma empresa,

independentemente do porte e segmento, sobreviverá por muito tempo se praticar

preços de venda abaixo de seus custos.

Tão importante quanto saber determinar os custos dos produtos

fabricados ou dos serviços prestados, é saber otimizar os custos e os preços a ser

praticados, estudando técnicas que proporcionem a redução dos custos e a correta

valoração dos produtos, sem no entanto, reduzir qualidade.

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REFERÊNCIAS

BRAGA, Hugo Rocha, ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Mudança das contábeis na lei societária, São Paulo: Atlas, 2008. p. 11-3; 138-9. ______. Demonstrações contábeis, São Paulo: Atlas, 1999. p. 124 -166