gestão e fiscalização de contratos -...

253
Gestão e fiscalização de contratos

Upload: vothu

Post on 10-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Gesto e fiscalizao de contratos

  • Objetivo do curso

    Dotar o aluno de referencial terico eprtico que permita o planejamento,controle, acompanhamento e fiscalizao dofiel cumprimento das obrigaes assumidaspelas partes do contrato administrativo.

  • As competncias desenvolvidas neste curso

    Entender a terceirizao de servios

    Entender o ciclo do processo de contratao

    Gerir riscos

    Conhecer o contrato administrativo

    Reunir as competncias necessrias fiscalizao de contratos

  • Introduo ao curso:Compreender porque licitamos

    Porque compramos e no utilizamosos recursos humanos j disponveisno Governo para atender anecessidade pblica?

  • Onde obter o bem ou servio?

    Fazer internamente

    Custos de produo

    Adquirir

    Custos de transao

    Como escolher?

  • Razes para fazer

    Ausncia de fornecedores competentes

    Propriedade intelectual

    Controle de qualidade

  • Exemplo de sucesso de

    fazer

    7

    made in USA

    Fabricao prpriacomo mecanismo degerao de valor

  • Como surgiu a terceirizao?*

    Foi amplamente utilizadana Segunda GuerraMundial como forma dasindustrias aumentaremsua produo, focando-seem sua atividade principal.

    Aps o trmino da guerra,a terceirizao evoluiu econsolidou-se como umatcnica administrativaeficiente e eficaz quandoaplicada adequadamente.

  • Razes para terceirizar

    Organizacionais

    Aumentar a eficincia (foco naatividade principal);

    Incrementar o valor dos produtos e asatisfao dos usurios.

    Modernizao

    Melhorar o desempenho;

    Adquirir conhecimentos e tecnologiasque no esto disponveisinternamente;

    Aprimorar a gesto de riscos.

    Financeiras

    Concentrao de recursos parainvestimentos em ativos nas reasessenciais.

    Custos

    Reduzir custos aproveitando a expertise do fornecedor;

    Transformar custos fixos em custos variveis.

    Recursos humanos

    Transformar os empregados emexperts na atividade essencial daorganizao;

    Aumentar o empenho e atividades noessenciais (criar).

  • Como terceirizar corretamente*

    1) Terceirizar no s a transferncia deatividade interna da organizao;

    2) Deve implicar tambm a transferncia dosfatores de produo; e

    3) A gesto da atividade terceirizada.

  • Os 7 pecados da Terceirizao*

    MOMENTO PECADO CAPITAL LIO APRENDIDA

    plan

    ejamen

    to

    Terceirizar atividadesque no deveriam serterceirizadas

    Somente atividades acessrias podem serterceirizadas. A abordagem do essencial vs. noessencial pode ser implementada tanto no mbito daempresa como no da atividade.

    Selecionar ofornecedor errado

    Os clientes terceirizados devem procurarfornecedores que sejam capazes de fornecer assolues mais atuais e confiveis

    Redigir um contratopobre

    O contrato a principal ferramenta para estabelecerum equilbrio de poder nos relacionamentos deterceirizao. Os bons contratos possuem quatrocaractersticas. Devem ser precisos, completos,equilibrados e flexveis.

  • Os 7 pecados da Terceirizao*MOMENTO PECADO CAPITAL LIO APRENDIDA

    Incio

    do

    con

    trato

    Subestimar asquestes depessoal

    A perda de empregados-chave e a falta decomprometimento podem ameaar seriamente aviabilidade dos esforos de terceirizao. Contudo, umaboa comunicao e um comportamento tico emrelao aos empregados ajudam a evitar essesproblemas.

    Perder ocontrole daatividadeterceirizada

    A fim de manter o controle sobre as atividadesterceirizadas, os clientes devem manter um pequenogrupo de profissionais qualificados. Uma administraoativa do fornecedor tambm crucial.

    Subestimar oscustos ocultosda terceirizao

    Os custos ocultos (i.e., de procura, contratao eadministrao) podem ameaar a viabilidade dosesforos de terceirizao. Os custos ocultosprovavelmente so mais baixos quando soterceirizadas atividades primrias.

  • Os 7 pecados da Terceirizao*

    MOMENTO PECADO CAPITAL LIO APRENDIDA

    Troca defornecedor/retomadado servio

    Deixar de planejaruma estratgia desada

    O fim do contrato de terceirizao deve serplanejado desde o princpio. crucial estabelecerclusulas de reversibilidade no contrato.

  • 1 Passo:Conhecer o ciclo de contratao

    O planejamento da contratao deve comear antes mesmo da

    instruo processual

  • Importncia do Planejamento

    o Estado que descura do dever de planejaradequadamente suas aes, estar, por viareflexa, ferindo o princpio da eficincia,diante da sua incapacidade de concretizar, demodo racional, socialmente eficaz eeconmico, os interesses pblicos primriossob sua tutela.

    Thiago Marrara

  • Planejamento

    um princpio fundamental da administrao federal (art. 6, inciso I do Decreto-lei n 200, de 1967);

    instrumento essencial e indispensvel para acorreta e adequada alocao dos recursospblicos, evitando desperdcios e o mau usodos valores da coletividade (Acrdo n 2183/2008 TCU)

  • Do impacto negativo da falta de planejamento

  • SOBRE A IMPORTNCIA DE PENSAR AGOVERNANA E A GESTO DO PROCESSO

    Mas o planejamento deve anteceder e transcender o processo

  • Willian E. Deming

    No se gerenciao que no semede, no semede o que nose define, no sedefine o que nose entende, noh sucesso no queno se gerencia

    19

  • Definio do TCU

    A governana das aquisies compreende oconjunto de diretrizes, estruturasorganizacionais, processos e mecanismos decontrole que objetivam assegurar que asdecises e as aes relativas gesto dasaquisies estejam alinhadas s necessidadesda organizao e se contribuem para o alcancedas suas metas.

  • IN MP/CGU n 1/2016

    compreende essencialmente os mecanismos deliderana, estratgia e controle postos emprtica para avaliar, direcionar e monitorar aatuao da gesto, com vistas conduo depolticas pblicas e prestao de servios deinteresse da sociedade.

    21

  • CICLO PDCA

  • Governana

    Gesto

    Aquisies

    Acrdo 1.520/2015 Plenrio - TCU

    Governana - Alta direo, que avalia e monitora, por meiodo estabelecimento de diretrizes, polticas e controles, oatingimento dos objetivos estratgicos.

    Aquisies so as contrataes de bens e serviosdestinados a viabilizar a execuo das atividades do rgos,em ltima instncia, atingir os objetivos definidos pela altaadministrao.Gesto - envolve a execuo de processos e aes, por corpo

    gerencial qualificado, com vistas a cumprir os objetivosestratgicos traados.

  • Como implementar?

    Institua objetivos organizacionais alinhados com a

    estratgia da organizao

    Estabelea indicadorespara cada objetivo, que mea um benefcio para

    a instituio

    Imponha metas para cada indicador

    Crie mecanismos para que a alta Administrao

    acompanhe o desempenho da gesto

    Estabelea diretrizes estratgicas para as compras, estoques,

    sustentabilidade, etc.

    Edite normativo interno que estruture a rea de

    aquisio

    Edite ato que regule a competncia, atribuies

    e responsabilidades de todos os envolvidos na

    aquisio

    Edite normativo que regule o gerenciamento

    de riscos e o implemente

    Avalie a criao de um comit de aquisies

  • Outros precedentes importantes!

    Acrdo n 1.236/2015-Plenrio;

    Acrdo n 1.273/2015-Plenrio;

    Acrdo n 1.679/2015-Plenrio; e

    Acrdo n 2.622/2015-Plenrio.

    Referncia: Referencial de Governana eGesto do Sistema de Servios Gerais SISG

  • DO PLANEJAMENTO DA CONTRATAO

    Entendendo o ciclo de contratao

  • Ciclo de Contratao segundo a OCDE

    1) Identificar a necessidade a ser atendida

    2) Determinar aquele que

    mais adequado para atend-la

    3) Assegurar que o objeto ser entregue no lugar certo, tempo certo e

    ao melhor preo

    4) Garantindo que o processo conduzido de modo justo e transparente

    Resultado:

    Processo licitatrio

    exitoso

    Fonte: OCDE C(2015)2

    27

  • Passo a passoIN N 05, DE 2017

    Planejamento

    Estudos Preliminares

    Gerenciamento deRiscos

    Termo de Referncia

    Seleo do fornecedor

    Edital

    Contrato

    Parecer Jurdico

    Gesto do contrato

    Administraoativa da execuodo contrato

    critrios e prticas de sustentabilidade

    Alinhamento com o Planejamento Estratgico

  • FONTE: Referencial de governana e gesto do sistema de servios Gerais

    SISG Ciclo 2017/2018*

  • Boas inovaes da IN n 5, de 2017

    Formalizao da equipe de planejamento

    (art. 22, 2)

    Padronizao dos

    documentos (Edital e

    Contrato da AGU)

    Participao da fiscalizao no planejamento da contratao

    (art. 21, I, d)

  • Controle tem incio no planejamento

    PDCA: Plan-Do-Check-ActAes Corretivas e Aes de melhoria

    Tempo

    INICIAO PLANEJAMENTO

    EXECUO

    ENCERRAMENTO

    CONTROLE

    Esfo

    ro

    A atuao da fiscalizao deve ter incio ainda na fase deplanejamento, ajudando na definio das melhoressolues para a futura contratao.

  • Discutindo boas prticasEstratgias para melhorar o planejamento das contrataes

    32

  • Boa prtica n 1

    O TCU recomendou, no Acrdo n3.016/2015-Plenrio, que o fiscal do contratoarmazene dados da execuo contratual, demodo que a equipe de planejamento dacontratao da prxima licitao conte cominformaes de contratos anteriores (srieshistricas de contratos de servios contnuos),o que pode facilitar a definio dasquantidades e dos requisitos da novacontratao, semelhantemente ao previsto noart. 67, 1, da Lei n 8.666/1993.

  • Papel ativo do fiscal na construo da soluo a ser contratada

    O fiscal o agente mais capacitado paraorientar a elaborao das rotinas a seremimplementadas na prxima contratao, demodo que constitui uma boa prticaadministrativa a definio de rotina que insiraesses servidores na fase de planejamento dacontratao.

    Ver art. 21, I, d da IN n 5, de 2017

  • Boa prtica n 2

    O acompanhamento da execuo do contrato tratado de modo muito conciso pela legislao.

    Assim, recomendvel, com fundamento no art.115 da Lei n 8.666/1993, que o ente contratanteregule internamente, os procedimentosfiscalizatrios.

    Art. 115. Os rgos da Administrao poderoexpedir normas relativas aos procedimentosoperacionais a serem observados na execuo daslicitaes, no mbito de sua competncia,observadas as disposies desta Lei. (...)

  • Elaborando os documentos da licitao

  • Na fase de planejamento, so definidasas necessidades da administrao quanto contratao de servios, seguindo-se osseguintes passos:

    a) elaborar documento formalizador dademanda;

    b) elaborar o estudo preliminar;

    c) elaborar o projeto bsico ou termo dereferncia;

    d) estimar o custo da contratao;

    e) elaborar o edital.

  • Documento formalizador da demanda

    setor requisitante deve elaborar o documento, contendo:

    a) justificativa da necessidade da contrataoexplicitando a opo pela terceirizao dos servios econsiderando o Planejamento Estratgico, se for o caso;

    b) a quantidade de servio a ser contratada;

    c) a previso de data de inicio da prestao dos servios;

    d) a indicao dos servidores que iro elaborar osEstudos Preliminares e o Gerenciamento de Risco e, senecessrio, daquele a quem ser confiada a fiscalizaodos servios, o qual poder participar de todas as etapasdo planejamento da contratao.

  • Debate

    1. Tendo em vista a nova redao do art. 21, Ida IN n 5, de 2017, o setor requisitante terque se engajar mais na elaborao dosdocumentos da licitao?

    2. A fiscalizao passou a ser encargopreferencial do setor requisitante, em razodo disposto no art. 21, I, d da IN n 5, de2017?

  • Estudos Preliminares

    Plano de trabalho o documentoessencial proposta de terceirizao.

    A previso legal para que se elaboreplano de trabalho est contida no art. 2do Decreto n 2.271, de 1997.

    A IN n 5, de 2017 o nominou deEstudos Preliminares, detalhando-o no art.24.

  • Para que serve?

    Anlise da viabilidade

    Justificativa da necessidadedos servios;

    Realizar levantamento domercado e justificar aescolha do tipo e soluo acontratar;

    Realizar a estimativa depreos;

    Descrever a soluo comoum todo;

    Levantamento dos elementos essenciais

    Identificar o alinhamento como planejamento do rgo;

    Definir os requisitos dacontratao;

    Estimar as quantidades;

    Justificar o parcelamento ouno;

    Realizar demonstrativo dosresultados esperados;

    Requisitos de sustentabilidade;

  • Declarao da viabilidade da contratao

    Ao final, o estudo preliminar deve:

    1. Explicitamente declarar que a contratao vivel ou que a contratao no vivel,justificando com base nos elementosanteriores dos Estudos Preliminares.

    2. Sempre que for possvel identificar osservidores que participaro da fiscalizao docontrato, os quais podero ser convidados aparticipar do Planejamento da Contratao.

  • Quais atividades podem ser terceirizadas?

    No!

    As inerentes s categorias do Plano de cargos e salrios do rgo;

    As estratgicas, responsveis pela tomada de deciso ou que exeram atividades de imprio estatal

    Depende

    Apoio administrativo, desde que haja descrio objetiva no contrato das tarefas a serem executadas;

    Sim!

    As elencadas no Decreto n 2.271, de 1997;

    As dos cargos extintos ou em extino;

    As auxiliares, instrumentais ou acessrias.

  • O que inerente?

    segundo o Dicionrio Online Michaelis:

    o adjetivo proveniente do latim inhaerenteque qualifica aquilo que :

    1 Ligado estruturalmente;

    2 Que por natureza inseparvel de algumacoisa;

    3 Inseparvel.

  • Terceirizao

    Contrato de

    prestao de servios

    Contrato

    de trabalho

    NO pode haverPESSOALIDADE eSUBORDINAO.

  • Caracterizao da relao de trabalho

    A) Pessoalidade: Significa que, o trabalhador no poderfazer-se substituir por outro trabalhador para que o servioseja realizado;

    B) No eventualidade: Para que se caracterize a relaoempregatcia necessrio que o trabalho prestado sejapermanente (habitualidade);

    C) Onerosidade: o pagamento, pelo empregador, aoempregado de uma determinada remunerao em funo docontrato de trabalho firmado por ambos;

    D) Subordinao: a direo da prestao laboral peloempregador, sendo este quem determinar o modo como otrabalho ser realizado.

  • Gerenciamento de riscos

    processo para identificar, avaliar, administrare controlar potenciais eventos ou situaes,para fornecer razovel certeza quanto aoalcance dos objetivos da organizao;

    IN Conjunta MP/CGU n 1, de 2016

  • Gerenciamento de riscos

    A responsabilidade pelo Gerenciamento deRiscos compete equipe de Planejamento daContratao devendo abranger as fases doprocedimento da contratao (Planejamentoda Contratao, Seleo do Fornecedor,Gesto do Contrato)

    Se materializa no Mapa de Riscos

  • Mapa de riscosConstante atualizao aps as fases

    I - dos Estudos Preliminares;

    II - do Termo de Referncia ou Projeto Bsico;

    III - aps a fase de Seleo do Fornecedor; e

    IV - aps eventos relevantes, durante a gestodo contrato pelos servidores responsveispela fiscalizao.

  • Termo de referncia

    Concludo o plano de trabalho, o prximopasso elaborar o termo de referncia quedever conter, entre outros elementos:

    1. a avaliao do custo;

    2. as caractersticas essenciais do servio a sercontratado (a exemplo da metodologia deexecuo); e

    3. orientar a execuo e a fiscalizaocontratual.

  • Minutas Padronizadas da AGU

    Art. 29. Devem ser utilizados osmodelos de minutaspadronizados de Termos deReferncia e Projetos Bsicos daAdvocacia-Geral Unio,observadas as diretrizesdispostas no Anexo V, bem comoos Cadernos de Logsticaexpedidos pela Secretaria deGesto do Ministrio doPlanejamento, Desenvolvimentoe Gesto, no que couber.

  • Termo de referncia

    Resumidamente:

    1) O plano de trabalho (ou estudospreliminares) um documento queatesta os elementos mnimosnecessrios ao sucesso da contratao(um esboo da contratao).

    2) J o termo de referncia apresenta odetalhamento do servio a sercontratado, a metodologia de suaexecuo

  • PESQUISA DE PREOS

    I - Painel de Preos;

    II - contrataes similares de outros entespblicos, com validade de 180 dias;

    III - pesquisa em mdia especializada ouInternet; ou

    IV - pesquisa com os fornecedores, comvalidade de 180 dias.

  • metodologia

    1. mdia, a mediana ou o menor dos valorescotados;

    2. desde que o clculo incida sobre umconjunto de trs ou mais preos, oriundos deum ou mais dos parmetros adotados nesteartigo,

    3. desconsiderados os valores inexequveis e osexcessivamente elevados.

  • Edital

    O edital o documento que regulamenta aparticipao das empresas no certame. O editalestabelece a regra do jogo da licitao.

    O art. 40 da Lei n 8.666/1993 estabelece asclusulas obrigatrias que devem constar noseditais das contrataes pblicas.

    A IN n 05/2017 regulamentou o assunto noANEXO VII.

  • Controles internos - (Anexo VII-B)

    A) Conta-Depsito Vinculada - bloqueada paramovimentao.

    B) Pagamento pelo Fato Gerador (foco noefetivamente executado/resultado). - pendente deregulamentao.

    c) Vedaes (fixar quantitativo de mo de obra a serutilizado na prestao do servio; benefcios queno os elencados na CCT; exigir de fornecimento debens ou servios no pertinentes ao objeto, etc)

  • PORTARIA N 409, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2016

    1 Os instrumentos convocatrios e oscontratos de que trata o caput podero preverpadres de aceitabilidade e nvel dedesempenho para aferio da qualidadeesperada na prestao dos servios, compreviso de adequao de pagamento emdecorrncia do seu resultado.

    Cuidados essenciais no edital

    http://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/legislacao/portarias/561-portaria-n-409-de-21-de-dezembro-de-2016

  • IMR

    mecanismo que define, em basescompreensveis, tangveis, objetivamenteobservveis e comprovveis, os nveisesperados de qualidade da prestao doservio e respectivas adequaes depagamento

    Ver Anexo V-B

  • Atentar para o rol do art. 2, 2 da Portaria n 409 MPDG

    2 obrigatrio que os instrumentos convocatrios e oscontratos mencionados no caput contenham clusulas que:I - exijam declarao de responsabilidade exclusiva dacontratada sobre a quitao dos encargos trabalhistas esociais decorrentes do contrato;II - exijam a indicao de preposto da contratada pararepresent-la na execuo do contrato;III - estabeleam a possibilidade de resciso do contrato porato unilateral e escrito do contratante e a aplicao daspenalidades cabveis, em caso de no pagamento dos salriose demais verbas trabalhistas, bem como pelo norecolhimento das contribuies sociais, previdencirias e paracom o Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS);

  • IV - prevejam, com vistas garantia do cumprimento das obrigaestrabalhistas nas contrataes de servios continuados com dedicaoexclusiva de mo de obra:a) que os valores destinados para o pagamento de frias, dcimoterceiro salrio, ausncias legais e verbas rescisrias aos trabalhadoressero efetuados pela contratante contratada somente na ocorrnciado fato gerador; oub) que os valores para o pagamento das frias, dcimo terceiro salrioe verbas rescisrias aos trabalhadores da contratada serodepositados pela Administrao em conta vinculada especfica, abertaem nome da contratada, com movimentao somente por ordem dacontratante.V - exijam a prestao de garantia, inclusive para pagamento deobrigaes de natureza trabalhista, previdenciria e para com o FGTS,em valor correspondente a cinco por cento do valor do contrato,limitada ao equivalente a dois meses do custo da folha de pagamentodos empregados da contratada que venham a participar da execuodos servios contratados, com prazo de validade de at noventa diasaps o encerramento do contrato; e

  • VI - prevejam a verificao da comprovao mensal, pelacontratante, do cumprimento das obrigaes trabalhistas,previdencirias e para com o FGTS, em relao aosempregados da contratada que efetivamente participarem daexecuo dos servios contratados, em especial, quanto:a) ao pagamento de salrios, adicionais, horas extras, repousosemanal remunerado e dcimo terceiro salrio;b) concesso de frias remuneradas e pagamento dorespectivo adicional;c) concesso do auxlio-transporte, auxlio-alimentao eauxlio-sade, quando for devido;d) aos depsitos do FGTS; ee) ao pagamento de obrigaes trabalhistas e previdenciriasdos empregados dispensados at a data da extino docontrato.

  • Introduo ao estudo do contrato administrativo

    Problematizao

  • Um bom contrato no aquele em que uma

    das partes subjuga a outra sua vontade.

    Tambm no o em que as partes, felizes e

    risonhas, caminham em busca de um

    objetivo comum. Um bom contrato o que,

    no s bem celebrado, mas sobretudo bem

    administrado, conduz as partes a

    satisfazerem seus respectivos interesses,

    apesar de serem esses divergentes.

    Antnio Carlos Cintra do Amaral

    Introduo

  • Existem objetos contratuais para

    os quais a atividade de

    fiscalizao se resume anlise da

    conformidade do bem entregue

    com aquele contratado.

    Introduo

  • Introduo

    Em outras situaes, a fiscalizao

    invivel, pois a forma de execuo

    do servio contratado no admite

    fiscalizao e orientao por parte

    do fiscal.

    Ex: servios advocatcios, cuja

    atividade no pode ser

    acompanhada por um representante

    da administrao (em razo da

    independncia tcnica do

    profissional, forma de execuo,

    etc.).

    Introduo

  • 1. os recursos pblicos esto sendo executados do modo mais

    eficiente possvel;

    2. os recursos (materiais e humanos) esto sendo empregados

    na qualidade e quantidade indicadas na proposta;

    3. Todas as obrigaes legais esto sendo adimplidas.

    J na execuo de servios

    tcnicos ou obras de

    engenharia, a fiscalizao

    fundamental para garantir

    que:

    Introduo

  • no basta ter um contrato bem elaborado eadaptado s necessidades da administrao eaos interesses do contratado. imperioso quehaja uma gesto atenta e competente dasatividades contratuais, visando tornar efetivasas condies nele inscritas

    Floriano de Azevedo Marques Neto

    O fiscal assegura o resultado

  • Do contrato administrativo

  • contrato

    negcio jurdico bilateralou plurilateral;

    que visa criao,modificao ou extinode direitos e deveres;

    com contedopatrimonial.

  • contrato

    Contrato manifestao recproca de vontadesentre dois entes, conformando uma relaojurdica bilateral em que os respectivosinteresses das partes se compem e instituemuma vontade comum nascida do consenso,autnoma e diferenciada das vontadesindividuais originais, que, a ambassubordinando, passar a reger a relao assimformada.

    Diogo de Figueiredo Moreira Neto

  • Escada de Pontes de Miranda

    Plano da existncia:

    1) Agente

    2) Vontade

    3) Objeto

    4) Forma

    Plano da validade:

    1) capacidade (do agente);

    2) liberdade (da vontade ouconsentimento);

    3) licitude, possibilidade,determinabilidade (do objeto);

    4) adequao (das formas).

    Plano da eficcia:

    1) condio;

    2) termo;

    3) encargo;

    4) consequncias doinadimplemento negocial (juros,multas, perdas e danos);

    5) outros elementos.

    TARTUCE, Flvio. Direito Civil, v 3, p. 15

  • Contrato administrativo

    Quando a administrao pblica uma daspartes contratantes, surgem dois tipos decontratos:

    a) Contratos semipblicos: casos em que aadministrao est em relao de igualdadecom o particular, sem poderes exorbitantes.Ex: a administrao na qualidade de locatria.

    b) Contratos administrativos: contratos em quea administrao rene todas as prerrogativasdo regime pblico. Ex: contrato de obrapblica.

  • Contrato administrativo -caractersicas

    forma prescrita em lei;

    procedimento legal;

    natureza de contrato de adeso;

    natureza intuito personae;

    presena de clusulas exorbitantes.

  • Contrato administrativo

    Prerrogativas:

    Supremacia e indisponibilidade do interessepblico.

    Modificao unilateral - exceto clusulasfinanceiras.

    Extino por ato unilateral da administrao.

    Imposio de sanes.

    Garantia de equilbrio econmico-financeiro.

  • Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

  • Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    O contrato administrativo a prpria relaojurdica entretida entre aadministrao e oparticular.

    J o termo de contrato ouos instrumentosequivalentes so apenasos documentos queformalizam essa relao.

  • Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    Art. 62. O instrumento de contrato obrigatrio nos casos de concorrncia e detomada de preos, bem como nas dispensas einexigibilidades cujos preos estejamcompreendidos nos limites dessas duasmodalidades de licitao, e facultativo nosdemais em que a administrao pudersubstitu-lo por outros instrumentos hbeis,tais como carta-contrato, nota de empenho dedespesa, autorizao de compra ou ordem deexecuo de servio.

  • Conceito da Lei 8.666/1993

    Art. 2o. [...]

    Pargrafo nico. Para os fins desta Lei,considera-se contrato todo e qualquer ajusteentre rgos ou entidades da AdministraoPblica e particulares, em que haja um acordode vontades para a formao de vnculo e aestipulao de obrigaes recprocas, sejaqual for a denominao utilizada.

  • Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    Art. 62 (...)

    2o Em "carta contrato", "nota de empenho dedespesa", "autorizao de compra", "ordem deexecuo de servio" ou outros instrumentos hbeis,aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55 destaLei. (Redao dada pela Lei n 8.883, de 1994)

    A esses instrumentos aplicam-se, no que couber,exigncias do termo de contrato. Exemplo: descrio doobjeto, preo, prazos, condies de execuo, condiesde pagamento, regime de execuo, obrigaes e direitosdas partes, entre outras. Manual do TCU.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htm

  • Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    Contrato verbal Outros instrumentos Termo de contrato

    < R$ 4.000,00

    (art. 60, PU, LGL)

    Convite Concorrncia

    Contratao direta e prego

    com valor de convite

    Tomada de preos

    Qualquer valor, tratando-se de

    compra com entrega imediata

    e integral ou compra para

    pronta entrega, de que no

    decorram obrigaes futuras*.

    Contratao direta e prego com

    valor de tomada de preos e

    concorrncia.

  • Termo de contrato ou instrumentos equivalentes

    * ilegal autorizar a prestao de servios sem aformalizao do devido termo de contrato. AC-0423-05/11-P- AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI

    *O termo de contrato deve ser formalizado,sempre que houver obrigaes futurasdecorrentes do fornecimento de bens e servios,independentemente da modalidade de licitao.AC-1219-13/07-1 - AUGUSTO NARDES

  • Das clusulas necessrias do contrato administrativo

  • Necessidade de observar o art. 55 da Lei n8.666, de 1993;

    Deve-se evitar a mera reproduo dosdispositivos legais.

    Ex: tabela de penalidades, em vez de reproduzir oart. 87 da Lei n 8.666, de 1993 conformedisposto no Acrdo n 265/2010-Plenrio.

    Clusulas contratuais

  • 9.1.9. descreva objetiva e exaustivamente, em clusula daminuta contratual, os motivos que ensejaro a aplicao de cadaum dos tipos de penalidade administrativa previsto, evitando-sedescries genricas (e.g., descumprimento parcial de obrigaocontratual), em ateno ao disposto no art. 55, incisos VII e IX, daLei n 8.666/93, e aos princpios da proporcionalidade e darazoabilidade;

    Acrdo TCU 265/2010-Plenrio

  • I- o objeto e seus elementos caractersticos; II - o regime de execuo ou a forma de fornecimento; III - o preo e as condies de pagamento, os critrios, data-base e periodicidade do reajustamento

    de preos, os critrios de atualizao monetria entre a data do adimplemento das obrigaes e ado efetivo pagamento;

    IV - os prazos de incio de etapas de execuo, de concluso, de entrega, de observao e derecebimento definitivo, conforme o caso;

    V - o crdito pelo qual correr a despesa, com a indicao da classificao funcional programtica eda categoria econmica;

    VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execuo, quando exigidas; VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabveis e os valores das multas; VIII - os casos de resciso; IX - o reconhecimento dos direitos da Administrao, em caso de resciso administrativa prevista no

    art. 77 desta Lei; X - as condies de importao, a data e a taxa de cmbio para converso, quando for o caso; XI - a vinculao ao edital de licitao ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e

    proposta do licitante vencedor; XII - a legislao aplicvel execuo do contrato e especialmente aos casos omissos; XIII - a obrigao do contratado de manter, durante toda a execuo do contrato, em

    compatibilidade com as obrigaes por ele assumidas, todas as condies de habilitao equalificao exigidas na licitao.

    Art. 55. Clusulas necessrias

  • 1) Instrumento de medio de resultado (IMR): Anexo V-B;estabelecer indicadores, metas, mecanismos de clculos e ajustesde pagamento.

    2) Verificar se existe disposio regulamentando o recebimento dagarantia, e quais os seus termos Anexo VII-F.

    3) Em especial, verificar se o contrato possui a previso de retenoda garantia DOIS PROBLEMAS: (i) ser considerada extinta com adevoluo da aplice ou carta-fiana; (ii) garantia ser usada paracobrir a verbas rescisrias que a empresa no pagar.

    4) Verificar se o contrato autoriza prorrogao por at 60 meses.5) Verificar se o reajuste ocorrer por reajuste em sentido estrito (por

    ndice verificar se o contrato j elegeu o ndice) ou porrepactuao, e quais so as suas regras.

    6) Existncia de conta vinculada.7) Tabela de infraes e multas correspondentes.

    Clusulas contratuais

  • Da vigncia do contrato administrativo

  • Vigncia contratual

    Entende-se por durao ou prazo devigncia o perodo em que os contratosfirmados produzem direitos e obrigaespara as partes contratantes.

  • Vigncia contratual

    Prazo de vigncia X prazo de execuo:

    a) Prazo de vigncia - perodo em que produzefeitos jurdicos e vincula as partes prestao e contraprestao assumidas.

    b) Prazo de execuo - perodo previsto nocontrato para que o particular execute asobrigaes contratualmente assumidas (etapas deexecuo, de concluso, de entrega).

  • Vigncia contratual

    Regra geral no pode ultrapassar os limitesde vigncia dos crditos oramentrioscorrespondentes.

    2017ago set out nov dez

    ago 1

    Data do encerramento do crdito oramentrio

    dez 31

    dez 31

    2017

    Data da celebrao do contrato administrativo

    Data limite de vigncia docontrato administrativoenquadrado na regra geral doart. 57, caput da Lei n 8.666,de 1993.

  • Vigncia contratual

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 39:

    "A vigncia dos contratos regidos pelo art. 57,caput, da Lei n 8.666, de 1993, podeultrapassar o exerccio financeiro em queforam celebrados, desde que as despesas aeles referentes sejam integralmenteempenhadas at 31 de dezembro, permitindo-se, assim, sua inscrio em restos a pagar."

  • Vigncia contratual

    Regra geral - conforme ON AGU n 39

    set out nov dez

    2018ago out dez fev abr jun ago2017 2018

    Data da celebrao do contrato administrativo

    ago 1

    Data do encerramento da vigncia do contrato

    ago 1

    Data do encerramento do crdito oramentrio

    dez 31

    Data limite para o empenho integral das despesas do contrato

    dez 31

    Obs: O TCU (Acrdo n 2823/2015-Plenrio) alertou que o uso

    desmesurado de inscries e reinscries de obrigaes financeiras na

    rubrica Restos a Pagar configura desvirtuamento do princpio da anualidade.

  • Vigncia dos contratos de servios continuados

    Art. 57. A durao dos contratos regidos poresta lei ficar adstrita vigncia dos respectivoscrditos oramentrios, exceto quanto aosrelativos:

    (...)

    II - prestao de servios a serem executadosde forma contnua, que podero ter a suadurao prorrogada por iguais e sucessivosperodos, com vistas obteno de preos econdies mais vantajosas para aadministrao, limitada a sessenta meses.

  • Vigncia dos contratos de servios continuados

    Q: Quais so os servios que podem serconsiderados contnuos?

    R: A caracterizao de determinado serviocomo contnuo no est relacionada com assuas qualidades intrnsecas, mas, sim, aoatendimento de necessidade perene daadministrao contratante.

    Ex. Passagens areas. AC-0132-02/08-2

    https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/MostraDocumento?lnk=(AC-0132-02/08-2)[NUMD][B001]

  • Vigncia dos contratos de servios continuados

    O manual de licitaes e contratos do TCUrecomenda a edio de ato normativo interno,indicando expressamente quais so os serviosconsiderados contnuos para cada um dosrgos pblicos contratantes.

    A ttulo de exemplo, destacamos a Portaria n1.478, de 27 de novembro de 2014, doMinistrio da Educao, que indica quais so osservios que o MEC considera contnuos:https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/DOU-1-12-14.pdf

    https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/DOU-1-12-14.pdf

  • Vigncia dos contratos de servios continuados

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 1: a vignciado contrato de servio contnuo no est adstritaao exerccio financeiro.

    20202016 2017 2018 2019 2020

    Data da celebrao do contrato administrativo

    08/01/2016

    2 termo aditivo

    08/01/2018

    3 termo aditivo

    08/01/2019

    4 termo aditivo

    08/01/2020

    1 termo aditivo

    08/01/2017

  • Vigncia dos contratos de servios continuados

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 38:

    Nos contratos de prestao de servios de naturezacontinuada, deve-se observar que:

    a) o prazo de vigncia originrio, de regra, de at12 meses;

    b) excepcionalmente, esse prazo poder ser fixadopor perodo superior a 12 meses nos casos em que,diante da peculiaridade e/ou complexidade doobjeto, fique tecnicamente demonstrado o benefcioadvindo para a administrao; e

    c) juridicamente possvel a prorrogao do contratopor prazo diverso do contratado originariamente."

  • Vigncia dos contratos de servios continuados

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 35:

    Nos contratos cuja durao ultrapasse oexerccio financeiro, a indicao do crditooramentrio e do respectivo empenho paraatender a despesa relativa ao exercciofuturo poder ser formalizada porapostilamento."

  • Vigncia por prazo indeterminado

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 36: "A administrao pode estabelecer a vigncia por

    prazo indeterminado nos contratos em que sejausuria de servios pblicos essenciais de energiaeltrica, gua e esgoto, servios postaismonopolizados pela Empresa Brasileira de Correios eTelgrafos (ECT) e ajustes firmados com a ImprensaNacional, desde que, no processo da contratao,estejam explicitados os motivos que justificam aadoo do prazo indeterminado e comprovadas, acada exerccio financeiro, a estimativa de consumo ea existncia de previso de recursos oramentrios."(NR)

    ANEXO IX, 1.1, da IN 5/2017 SEGES/MP:

  • Da vigncia e eficcia

  • Vigncia e eficcia

    Como visto, a vigncia de um contratoconsiste no perodo em que os contratosfirmados podem produzir direitos eobrigaes para as partes contratantes.

    Contudo, conforme dispe o art. 61,pargrafo nico da Lei n 8.666, de 1993, ocontrato somente ser eficaz aps a suapublicao na imprensa oficial.

  • Vigncia e eficcia

    Art. 61. (...) Pargrafo nico. A publicao resumida do

    instrumento de contrato ou de seusaditamentos na imprensa oficial, que condio indispensvel para sua eficcia, serprovidenciada pela administrao at o quintodia til do ms seguinte ao de sua assinatura,para ocorrer no prazo de vinte dias daqueladata, qualquer que seja o seu valor, ainda quesem nus, ressalvado o disposto no art. 26desta lei. (Redao dada pela Lei n 8.883, de1994)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8883.htm

  • Vigncia e eficcia

    Assim, possvel resumir que:

    vigncia contratual tem por finalidadedeterminar o perodo de tempo durante oqual um contrato administrativo seapresenta como obrigatrio para as partes;

    por outro lado, a eficcia consiste napotencialidade de produo de efeitos docontrato.

  • Vigncia e eficcia

    O que ocorre com um contrato assinado eno publicado? A doutrina diverge:

    Para Maral Justen Filho, os prazoscontratuais devero ser computados a partirda data da publicao e no a partir da datada assinatura.

    J para Lucas Rocha Furtado, a ausncia depublicao uma ilegalidade de naturezaformal que no deve afetar a execuo ouvalidade do contrato.

  • Vigncia e eficcia

    Parecer n 06/2014/CPLC/DEPCONSU/PGF/AGU:

    Assim, conclui-se que os termos de contratono devem condicionar o incio de suavigncia publicao do extrato de quetrata o art. 61, pargrafo nico da lei n8.666/93, mas indicar, como incio de suavigncia, a data de sua assinatura ou deprazo expressamente indicado noinstrumento contratual, ainda que anteriorou posterior publicao.

  • Forma de contagem do prazo contratual

  • Forma da contagem do prazo contratual

    ORIENTAO NORMATIVA AGU N 03:

    Na anlise dos processos relativos prorrogao de prazo, cumpre aos rgosjurdicos verificar se no h extrapolao doatual prazo de vigncia, bem como eventualocorrncia de soluo de continuidade nosaditivos precedentes, hipteses queconfiguram a extino do ajuste, impedindoa sua prorrogao.

  • Forma da contagem do prazo contratual

    Cdigo Civil/2002. Art. 132. Salvo disposio legal ouconvencional em contrrio, computam-se os prazos, excludoo dia do comeo, e includo o do vencimento.

    (...)

    3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igualnmero do de incio, ou no imediato, se faltar exatacorrespondncia.

    20202016 2017 2018 2019 2020

    Data da celebrao do contrato administrativo

    08/01/2016

    2 termo aditivo

    08/01/2018

    3 termo aditivo

    08/01/2019

    4 termo aditivo

    08/01/2020

    1 termo aditivo

    08/01/2017

  • Prorrogao contratual aspectos processuais Anexo IX IN 5.17

    Os contratos de servios de naturezacontinuada podero ser prorrogados quandohouver autorizao formal da autoridadecompetente e observados os seguintesrequisitos:

    a) previso no edital e estar formalmentedemonstrada que a natureza do CT continuada;

    b) Antecedncia e autorizao da autoridadecompetente (IN fala em setor de licitao);

    c) Relatrio que discorra sobre a execuo cominformaes de que os servios tenham sidoprestados regularmente;

    d) Justificativa de que a Administrao mantminteresse na realizao do servio.

  • Prorrogao contratual aspectos processuais Anexo IX IN 5.17

    e) Manifestao expressa da contratada nointeresse da prorrogao;

    f) Comprovao de que o valor do contratopermanece economicamente vantajoso para aAdministrao (pesquisa de preos);

    g) Comprovao de que o contratado mantm ascondies iniciais de habilitao;

    h) indicao dos crditos oramentrios;

    i) anlise da Consultoria Jurdica; e

    j) celebrao de termo aditivo.

  • Prorrogao contratual prazo expirado

    No poder haver renovao quando expirado oprazo de vigncia contratual, haja vista que ocontrato encontra-se extinto. Veja o que diz aOrientao Normativa da AGU n 03/2009 sobre oassunto.

    Na anlise dos processos relativos prorrogaode prazo, cumpre aos rgos jurdicos verificarse no h extrapolao do atual prazo devigncia, bem como eventual ocorrncia desoluo de continuidade nos aditivosprecedentes, hipteses que configuram aextino do ajuste, impedindo a suaprorrogao.

  • Prorrogao contratual

    De acordo com a IN SEGES/MPOG n 05/2017, avantajosidade econmica para prorrogao doscontratos de servios continuados estarassegurada, sendo dispensada a realizao depesquisa de mercado, quando o contrato contiverprevises de que:

    a) os reajustes dos itens envolvendo a folha desalrios sero efetuados com base em conveno,acordo coletivo ou em decorrncia de lei.

    b) os reajustes dos itens envolvendo insumos emateriais sero efetuados com base em ndicesoficiais previamente definidos no CT.

  • Prorrogao contratual

    c) no caso de servios continuados de limpeza,conservao, higienizao e de vigilncia, os valoresde contratao, ao longo do tempo e a cadaprorrogao, sero iguais ou inferiores aos limitesestabelecidos em ato normativo da SEGES/MPOG.

    Por outro lado, a administrao no poderprorrogar o contrato quando:

    a) os preos estiverem superiores aos estabelecidoscomo limites pelas portarias da SEGES/MPOG para osservios de limpeza e vigilncia exige negociao

    b) a contratada tiver sido declarada inidnea ouimpedida no mbito da Unio ou suspensa no prpriorgo contratante, enquanto perdurarem os efeitos.

  • Alteraes no contrato administrativo

  • Alteraes contratuais

    I Unilateral:

    a) Qualitativa.

    b) Quantitativa.

    II - Acordo entre as partes.

    Art. 65 da Lei n

    8.666/1993

    Em qualquer caso, alguns pressupostos devem serobservados:1) necessidade da administrao;2) interesse pblico;3) motivao do ato, o qual tem que ser justificado e

    aprovado pela autoridade competente;4) o objeto contratado no pode ser desnaturado;5) fato superveniente; e6) respeito aos direitos do contrato (equilbrio econmico-

    financeiro).

  • Alteraes contratuais

    a) Alterao Qualitativa sem alterao nanatureza ou na dimenso do objeto.

    b) Alterao Quantitativa h alterao nadimenso do objeto.

  • Limites legais para as alteraes

  • Deciso n 215/99 Plenrio:

    Tanto as alteraes contratuais quantitativas que modificam a dimenso do objeto quanto asunilaterais qualitativas que mantmintangvel o objeto, em natureza e em dimenso esto sujeitas aos limitespreestabelecidos nos 1 e 2 do art. 65 daLei n 8.666/93, em face do respeito aos direitosdo contratado, prescrito no art. 58, I, da mesmalei, do princpio da proporcionalidade e danecessidade de esses limites seremobrigatoriamente fixados em lei.

    Tanto as alteraes quantitativas quanto as qualitativasdevem observar:a) 25% valor inicial atualizado do contrato, para o caso de

    acrscimos ou de supresses em obras, servios oucompras;

    b) 50%, para o caso de acrscimos, na hiptese dereforma de edifcio ou de equipamento.

    c) Supresso consensual pode ultrapassar os limitesindicados acima.

  • Como devem ser calculados os limites de 25% e 50%?

    Acrdo 749/2010-TCU-Plenrio

    Valor inicial atualizado 100.000,00

    Supresso (40.000,00)

    Saldo 60.000,00

    Aplicao do limite legal (25% x 100.000,00) 25.000,00

    Valor final mximo do contrato (c/aditivos) 85.000,00

    As redues ou supresses de quantitativos devemser consideradas de forma isolada, ou seja, oconjunto de redues e o conjunto de acrscimos devemser sempre calculados sobre o valor original do contrato,aplicando-se a cada um desses conjuntos,individualmente e sem nenhum tipo de compensaoentre eles, os limites de alterao estabelecidos no art.65 da Lei n 8.666/93.AC-1498-23/15-P BENJAMIN ZYMLER

  • Equilbrio econmico-financeiro do contrato

  • Equilbrio econmico e financeiro

    O equilbrio econmico-financeiro a igualdadeformada, de um lado, pelas obrigaes assumidaspelo contratante no momento do ajuste e, do outrolado, pela compensao econmica que lhecorresponder.

    Encargos = Remunerao

    Fixada quando da apresentao da proposta pelolicitante, essa relao no pode ser quebrada

    art. 37, inciso XXI, da CRFB.

  • Equilbrio econmico e financeiro

    A proteo conferida ao equilbrio econmico-financeiro protege o contrato tanto da leaordinria quanto da extraordinria:

    a) lea ordinria ou empresarial: consiste norisco relativo possvel ocorrncia de umevento futuro desfavorvel, mas previsvel ou

    suportvel, por ser usual no negcio efetivado.(Maria Helena Diniz. Dicionrio jurdico. So Paulo: Saraiva, 1998. p. 157)

    Sua recomposio s devida se houverpreviso legal ou contratual autorizativa. Ex.:reajuste para recompor as perdas inflacionrias.

  • Equilbrio econmico e financeiro

    b) lea extraordinria: pode ser entendidacomo o risco futuro imprevisvel que, pela suaextemporaneidade, impossibilidade de previsoe onerosidade excessiva a um dos contratantes,desafie todos os clculos feitos no instante dacelebrao contratual (DINIZ, 1998, p. 158).

    Sua recomposio devida a qualquer tempo,independentemente de pedido ou previsocontratual (mas, claro, exige prvia anlise paraconcesso).

  • Equilbrio econmico e financeiro

    Agravos econmicos que podem alterar a equaoeconmica do contrato:

    1. os oriundos das sobrecargas decididas pelo contratanteno uso de seu poder de alterao unilateral do contrato;

    2. resultantes de medidas tomadas sob titulao jurdicadiversa da contratual (fato do prncipe);

    3. sofridos em razo de fatos imprevisveis produzidos porforas alheias s pessoas contratantes e queconvulsionam gravemente a economia do contrato;

    4. provenientes das chamadas sujeies imprevistas (ex.perfil geolgico adverso);

    5. resultantes da inadimplncia da administraocontratante, isto , de uma violao contratual.

  • Equilbrio econmico e financeiro

    REAJUSTE

    REPACTUAO

    Reequilbrio

    econmico-financeiro

    Procedimentos e/ou instrumentos utilizadospara a manuteno do equilbrio econmico-financeiro dos contratos:

  • Reajuste

    O reajuste tem por finalidade recompor oequilbrio financeiro do contrato em razo davariao normal do custo de produo decorrenteda inflao. (art. 61 da IN 5/2017)

    Podem ser utilizados ndices especficos, setoriaisou gerais, desde que oficiais.

    A periodicidade para a concesso do reajuste igual ou superior a um ano, contado a partir dadata limite para apresentao da proposta ou dooramento a que essa se referir.

  • Reajuste

    Veja a Orientao Normativa AGU n 23, de 01de abril de 2009.

    O edital ou o contrato de servio continuadodever indicar o critrio de reajustamento depreos, sob a forma de reajuste em sentidoestrito, admitida a adoo de ndices gerais,especficos ou setoriais, ou por repactuao,para os contratos com dedicao exclusiva demo de obra, pela demonstrao analtica davariao dos componentes dos custos.

  • Reajuste sutis diferenas

    A Orientao Normativa AGU n 24, de 01 deabril de 2009, estabelece:

    O contrato de servio continuado sem dedicaoexclusiva de mo de obra deve indicar que o reajustedar-se- aps decorrido o interregno de um ano contadoda data limite para a apresentao da proposta

    E a IN 5/2017, art. 61, 4, regula:

    Nos casos em que o valor dos contratos de servioscontinuados sejam preponderantemente formadospelos custos dos insumos, poder ser adotado oreajuste de que trata este artigo

  • Reajuste

    No h que se apresentar planilha de custospara que essa seja submetida anlise daadministrao. Ocorre aplicao direta do ndiceindicado no contrato.

    O instrumento administrativo utilizado paramaterializar a alterao do valor do contrato emvirtude da aplicao do reajuste contratual oapostilamento ou o termo aditivo, conforme ocaso.

  • Repactuao - Arts. 54-61 IN 5/2017

    a forma de manuteno do equilbrioeconmico-financeiro do contrato, que deve serutilizada para servios continuados comdedicao exclusiva da mo de obra.

    A repactuao calculada com base naconveno coletiva de trabalho.

    O marco inicial para a contagem do prazo de01 ano, para que a empresa possa solicitar arepactuao, contado da CCT, que serviu debase para a elaborao da proposta de preos.

  • Repactuao

    No contrato de servio continuado comdedicao exclusiva de mo de obra, ointerregno de um ano, para que se autorizea repactuao, dever ser contado da datado oramento a que a proposta se referir,assim entendido o acordo, conveno ou dissdiocoletivo de trabalho, para os custos decorrentesde mo de obra, e da data limite para aapresentao da proposta em relao aosdemais insumos (Orientao Normativa daAGU n 25/2009).

  • Repactuao

    Nas repactuaes subsequentes primeira, aanualidade ser contada a partir da data do fatogerador que deu ensejo ltima repactuao.

    No caso das repactuaes subsequentes primeira, o interregno de um ano deve sercontado da ltima repactuaocorrespondente mesma parcela objeto danova solicitao. Entende-se como ltimarepactuao a data em que se inicia seus efeitosfinanceiros, independentemente daquela em quecelebrada ou apostilada (OrientaoNormativa da AGU n 26/2009).

  • Repactuao

    O prazo para solicitar a repactuao se inicia como atendimento dos pressupostos e finda na data daprorrogao contratual subsequente ou doencerramento do contrato, conforme o caso. aPrecluso!

    O instrumento administrativo utilizado paramaterializar a alterao do valor do contrato emvirtude da aplicao da repactuao contratual oapostilamento ou o termo aditivo, sendo esseultimo obrigatrio, caso a concesso darepactuao coincida com a prorrogaocontratual.

  • Repactuao um caso especial

    sobre o reajuste das tarifas de transportepblico:

    os rgos e entidades da administraopblica federal direta, autrquica e fundacionaldevero observar, nos processos derepactuao referentes a servios continuadoscom dedicao exclusiva de mo de obra,quando envolver reajuste do vale transporte,as seguintes condies:

    a) a majorao da tarifa de transporte pblicogera a possibilidade de repactuao do itemrelativo aos valores pagos a ttulo de vale-transporte;

  • Repactuao

    b) o incio da contagem do prazo de um anopara a primeira repactuao deve tomar comoreferncia a data do oramento a que a propostase refere, qual seja, a data do ltimo reajuste detarifa de transporte pblico;

    c) os efeitos financeiros da repactuaocontratual decorrente da majorao de tarifa detransporte pblico devem viger a partir daefetiva modificao do valor de tarifa detransporte pblico;

  • Reequilbrio econmico-financeiro

    Est previsto no art. 65, inciso II, alnea d, daLei n 8.666/1993, e pode ser requerido aqualquer momento. Decorre da lea extraordinriae extracontratual.

    Trata-se do restabelecimento da relaocontratual inicialmente ajustada pelas partes,desde que a alterao tenha sido provocada pelalea extraordinria superveniente ao originalmentecontratado. Pode ocorrer reviso para mais ou paramenos.

    O 5 do mesmo dispositivo traz um exemplode fato ensejador da reviso do contrato: aalterao dos encargos da contratada em face deimposio legal.

  • Reequilbrio econmico-financeiro

    Exemplo: publicao da Lei n 12.546/2011, aqual promoveu a desonerao da folha depagamento para alguns setores da economia(mudana da BC para a contribuioprevidenciria).

    O instrumento administrativo utilizado paramaterializar a alterao do valor do contrato emvirtude da aplicao do reequilbrio econmico-financeiro o termo aditivo.

  • Resumo

    INSTITUTO REEQUILBRIOECONMICO-FINANCEIRO

    REAJUSTE REPACTUAO

    OBJETIVO Recomposio de custos Restabelecer poder aquisitivo da moeda ou

    insumos.

    Alcanar valor de mercado.

    EMBASAMENTOLEGAL

    Art. 37, XXI, Constituio Federal.

    Alnea d, Inciso II, art. 65 da Lei n 8.666/93.

    Artigo. 40, inciso XI, artigo 55, inciso III,

    ambos da Lei n 8.666/93

    Lei n 10.192/01

    Instruo Normativa/SLTI/MP n

    02/2008Decreto n 2.271/97

    PERIODICIDADENo h. Anual Anual

    NDICEPREDEFINIDO No Sim No

  • Da fiscalizao do contrato

  • Fiscalizao de contratos

    Fundamento legal: Obrigatoriedade: art. 58, inciso III,c/c art. 67 da Lei n 8.666/1993.

    Poder-dever da administraopblica.

  • O que fiscalizar?

    Definio da Portaria TCU n 297/2012:

    Fiscalizao de contrato de servioterceirizado de natureza continuada:conjunto de procedimentos destinados verificao da conformidade daprestao dos servios e da alocaodos recursos necessrios, de forma aassegurar o cumprimento do objeto docontrato, bem como da regularidade fiscal,trabalhista e previdenciria das contratadase de seus empregados.

  • Gesto e fiscalizao

    H distino entre gesto e fiscalizao decontratos?

    A IN SEGES/MPOG n 5/2017 estabeleceu emseu Anexo I as definies de gestor de contrato,fiscal tcnico e fiscal administrativo.

    A Portaria TCU n 297/2012 define gestora decontrato como sendo uma unidade ousubunidade, vinculada ou no ao objeto docontrato, responsvel pela fiscalizao dadocumentao comprobatria da contratada.

  • Gesto e fiscalizao

    a) Gestor de contrato: o gestor do contrato aquele a quem incumbe coordenar asatividades das fiscalizaes tcnica,administrativa e setorial e de fazer a interface(incluindo processual) com o contratado ecom os setores internos do rgo/entidade.

    b) Fiscal de contrato: deve verificar a corretaexecuo do objeto da avena, de modo alegitimar a liquidao dos pagamentos devidosao contratado, ou, conforme o caso, paraorientar as autoridades competentes acerca danecessidade de serem aplicadas sanes ou deresciso contratual.

  • Avalia a execuo do objetonos moldes contratados:

    Quantidade, qualidade,tempo e modo;

    Compatibilidade com osindicadores dedesempenho;

    Subsidia o pagamento combase no resultado.

    Fiscal Tcnico

    Avalia aspectosadministrativos daexecuo de servios comregime de dedicaoexclusiva de mo de obra

    Obrigaes previdencirias,fiscais e trabalhistas;

    Providncias tempestivasnos casos deinadimplemento.

    Fiscal Administrativo

    Avalia aspectos tcnicos eadministrativos

    Prestao ocorresimultaneamente:

    Setores distintos;

    Unidades desconcentradasde um mesmo rgo ouentidade

    Fiscal Setorial Pblico Usurio

    Avalia aspectosqualitativos do objetopor meio de pesquisa desatisfao junto aousurio.

    Avaliao dosresultados, recursos eprocedimentosutilizados pelacontratada.

  • 1) A designao como fiscal de contrato pode ser recusada?

    1R: Em princpio no, porquanto no se trata de ordem manifestamente ilegal (art. 116, IV, Lei 8.112/90)

    2R: IN 5/2017, art. 43: no pode serrecusada...por no se tratar de ordem ilegal,devendo expor ao superior...deficincia elimitaes tcnicas que possam impedir...

    Acrdo n 2.917/2010 Plenrio5.7.7. O servidor designado para exercer o encargo de fiscal no podeoferecer recusa, porquanto no se trata de ordem ilegal. Entretanto, tem aopo de expor ao superior hierrquico as deficincias e limitaes quepossam impedi-lo de cumprir diligentemente suas obrigaes. A opo queno se aceita uma atuao a esmo (com imprudncia, negligncia,omisso, ausncia de cautela e de zelo profissional), sob pena de configurargrave infrao norma legal (itens 31/3 do voto do Acrdo n 468/2007-P). (Trecho do relatrio do acrdo do Min. Valmir Campelo)

    Questes preliminares

  • Questes preliminares

    2) Contudo, ainda que no possa ser recusada,o fiscal pode solicitar a capacitao para aatividades, alm de solicitar que exista umaavaliao da compatibilidade da suaqualificao com aquela exigida para aatividade

    5.7.6. Acerca das incumbncias do fiscal do contrato, o TCU entende quedevem ser designados servidores pblicos qualificados para a gesto doscontratos, de modo que sejam responsveis pela execuo de atividadese/ou pela vigilncia e garantia da regularidade e adequao dos servios(item 9.2.3 do Acrdo n 2.632/2007-P).

    Questes preliminares

  • O fiscal do contrato no pode ser responsabilizado, casono possua condies apropriadas para o desempenho desuas atribuies.

    Demonstrado nos autos que a responsvel pelafiscalizao do contrato tinha condies precrias pararealizar seu trabalho, elide-se sua responsabilidade.

    (...) Ademais, ainda para a unidade tcnica, os elementosconstantes do processo indicariam no serem exequveis asfunes de executor tcnico da forma determinada, tendoem conta ser perceptvel a impossibilidade de uma nicapessoa cumprir todas as funes que lhe foram atribudas(TCU. Acrdo n. 839/2011-Plenrio).

    Questes preliminares

  • Questes preliminares

    3) Ento se preciso ter condies adequadas,posso recusar a designao se j estiverfiscalizando um outro contrato? Qual o limitede contratos?

    R: No. Acrdos n 2.831/2011-P, 38/2013-Pe 1.094/2013-P

    9.1.2. Designe fiscais, considerando a formao acadmica ou tcnica doservidor/funcionrio, a segregao entre as funes de gesto e defiscalizao do contrato, bem como o comprometimento concomitante comoutros servios ou contratos, de forma a evitar que o fiscal responsvelfique sobrecarregado devido a muitos contratos sob sua responsabilidade;

    Questes preliminares

  • Questes preliminares

    4) Mas se preciso ter qualificao para o exercciodo cargo, posso recusar a fiscalizao de umcontrato de obra pblica se no for engenheiroou arquiteto?

    R: No. Acrdos 2512-P. Contudo, a escolha dofiscal deve recair sobre pessoa que tenhaconhecimento tcnico suficiente do objeto queest sendo fiscalizado, pois falhas na fiscalizaopodem vir a alcanar o agente pblico que onomeou, por culpa in eligendo.

    Relatrio [...] A funo de fiscal de contratos, mediante o acompanhamentoda execuo do objeto (no caso, obras), tambm no configura exerccioilegal da profisso de engenheiro. Trata-se de incumbncia prevista noartigo 67 da Lei 8.666/1993, que no requer habilitao especfica, sobpena de se inviabilizar o cotidiano da Administrao Pblica. Voto [...]designao do servidor para integrar a equipe de fiscalizao da execuodo contrato, apesar de sua ausncia de formao em engenharia, nada tevede irregular, j que constituiu mero desempenho da incumbncia previstano art. 67 da Lei 8.666/1993. (TCU, Acrdo n 2512, Plenrio.)

    Questes preliminares

  • Questes preliminares

    5) No quero ser fiscal. No podemosterceirizar essa atividade?

    R: TCU, Acrdo n 1930/2006-P; Acrdo n606/2009, Plenrio.

    A contratao de empresa para que auxilie a administrao na fiscalizao de contratos no retira desta a obrigao do acompanhamento, porquanto a funo do terceiro contratado de assistncia, no de substituio.AC-0606-12/09-P - AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI

    A responsabilidade da administrao pblica no se exime com acontratao de servios de superviso e auxlio no controle da execuocontratual.AC-1930-42/06-P - AUGUSTO NARDES

    Questes preliminares

  • Contedo extra- Estrutura e Responsabilidade

    Assuntos: CONTROLES INTERNOS e RISCO. DOU de 16.09.2015, S. 1, p. 79. Ementa: o TCU deu cincia Superintendncia de Administrao do Ministrio da Fazenda em Gois e Tocantins (SAMF/GO-TO) sobre impropriedades/deficincias caracterizadaspela: a) falta de estrutura regimental, ensejando improvisaes e divises em setores baseadas nas gratificaes disponveis; b) deficincia nos controles internos, dada a falta ou insuficincia de viso sistmica dos processos de trabalho pelos servidores, de segregao de funes, de mapeamento de riscos, de tempestiva e integral disseminao da informao e comunicao e de avaliaoqualitativa do atendimento s determinaes/recomendaes(itens 1.7.2 e 1.7.5, TC-018.366/2014-7, Acrdo n 5.103/2015-1 Cmara)

  • Art. 41 na indicao, considerar:

    i. Compatibilidade com as atribuies do cargo;

    ii. A complexidade da fiscalizao;

    iii. O quantitativo de contratos por servidor; e

    iv. A capacidade do servidor para o desempenho dasatividades.

    Art. 43, p.u. na recusa por falta de qualificao, deve aAdministrao providenci-la para o servidor, conforme anatureza/complexidade ou designar outro.

    A QUALIFICAO DA FISCALIZAO DEVE SER TEMA DOPLANEJAMENTO DA CONTRATAO REDUO DE RISCO

    O QUE DIZ A IN 5/2017 SOBRE A INDICAO DA EQUIPE DE FISCALIZAO ?

  • Assistncia de terceiros

    O art. 67 da Lei n 8.666/1993 faculta administrao contratar terceiros para assistir esubsidiar informaes nas atividades defiscalizao e acompanhamento.

    Terceiro a pessoa fsica ou jurdicacontratada para auxiliar o fiscal na sua tarefa.

    A contratao do terceiro no obrigatria,cabendo administrao verificar se acomplexidade do contrato exige a assistnciadesse terceiro.

  • 2) pregoeiro X fiscal - princpio da segregao de funes;

    3) membro da comisso de licitao tambm no (equipe de apoio tambm no);

    vedado o exerccio, por uma mesma pessoa, das atribuies de pregoeiro ede fiscal do contrato celebrado, por atentar contra o princpio da segregaodas funes.AC-1375-20/15-P - Bruno Dantas

    A execuo de contrato deve ser acompanhada por servidor especialmentedesignado para tanto, no cabendo a designao de membros da comissode licitao para o desempenho da atividade.AC-2146-10/11-2 - JOS JORGE

    Quem no pode ser designado fiscal de contrato

  • 4) 1.5.1.3. observe o princpio da segregao de funes, abstendo-se de nomear, para a fiscalizao e acompanhamento dos contratos, servidores que tenham vnculo com o setor financeiro da unidade.

    (Ac 4701/2009-1)

    5) os servidores que executam o oramento no devem serdesignados para fiscal de contrato(Ac 1131/2006-1)

    6) Conformistas de gesto e contbeis (Ac 70/2008-2)

    7) parentes do dono da empresa;

    Parentes ou cnjuges de proprietrios ou scios de entidades contratadas nodevem ser designados como responsveis pela fiscalizao, gesto, ouqualquer funo que envolva o controle da execuo do respectivo contrato.AC-1885-33/09-P - ANDR LUS DE CARVALHO

    Quem no pode ser designado fiscal de contrato

  • A fim de evitar qualquer ingerncia nas atividades defiscalizao, no deve o fiscal de contratos sersubordinado ao gestor de contratos, e, a bem doprincpio da segregao de funes, as atividades degestor de contratos e fiscal de contratos no devem seratribudas a uma mesma pessoa. "No obstante a nosegregao dessas duas atribuies no possam serconsideradas ilegais, ela deve ser evitada".

    FURTADO, Lucas Rocha. Curso de licitao e contratosadministrativos. 4. ed. atual. Belo Horizonte: Frum,2012. p. 440.

    Deve ser evitado

  • Gestores e fiscais - funes e atribuies concorrentes

    garantir que esses servidores tenhamcondies de lidar com a carga de trabalhototal relativa a esses contratos,considerando aqueles j sob responsabilidadedeles e o novo contrato.

    (Acrdo n 3.137/2014-Plenrio)

  • 1) Necessidade de edio de ato formal - AC-1534-10/09-1 - AUGUSTO NARDES. (Art. 42 IN 5/2017)

    2) Deve ser nomeado fiscal ou fiscais para cadacontrato - AC-3676-25/14-2 - JOS JORGE.

    3) O fiscal deve ser cientificado formalmente (contendo inclusive atestado de recebimento) - AC-1094-15/13-P.

    4) A portaria de designao ou ato normativo internodo rgo deve definir, taxativamente, as atribuies eresponsabilidades de cada um dos agentes(fiscal/gestor/ordenador de despesas/autoridadesuperior).

    5) Indicar um substituto do fiscal.

    definir papis e responsabilidades dos atores e reas envolvidas na contratao, tais como:a) ateste dos produtos e servios;b) resoluo de problemas;c) acompanhamento da execuo dos trabalhos;d) gerenciamento de riscos;e) sugesto de aplicao de penalidades;f) avaliao da necessidade de aditivos contratuais; eg) conduo do processo de repactuao, quando for o caso.

    Cuidados da portaria de designao do fiscal

    http://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20130509/AC_1094_15_13_P.doc

  • Preposto

    A indicao do preposto do

    contratado obrigatria porfora do art. 68 da Lei n8.666/1993.

    O preposto figuraessencial no acompanhamentoda execuo dos servios pelolado da empresa contratada.

    Ele o contato imediato dofiscal do contrato com aempresa contratada.

  • IN 5.17 art. 44 - Preposto

    O preposto deve ser designado antes do

    incio da prestao dos servios e mantido nolocal em que os servios sero prestados.

    Entende-se como local da prestao dosservios o prdio da contratante ou a cidade emque estiver localizado.

    O preposto pode ser justificadamente recusadopela Administrao, devendo a empresa designaroutra pessoa.

    As comunicaes entre o fiscal do contrato e opreposto da contratada devem ser feitaspreferencialmente por escrito.

  • IN 5.17 art. 44 - Preposto

    Poderes e deveres do preposto DEVEM estarno instrumento do contrato.

    COMUNICAES entre rgo/entidade eempresa contratada devem ser realizadas porescrito sempre que o ato exigir talformalidade, admitindo-se excepcionalmente oe-mail. RECOMENDAES.

    Fiscalizao pode convocar o preposto paraadoo de providncias que devam sercumpridas de imediato. ORIENTAO no caso dedescumprimento.

    A depender da natureza dos servios, pode serexigida a manuteno do preposto no local ouum sistema de escala.

  • IN 5/2017 SEGES/MP

    ANEXO VIII :

    10.3, a -Devem ser evitadas ordens diretas da Administrao dirigidas aosterceirizados. As solicitaes de servios devem ser dirigidas ao preposto daempresa. Da mesma forma, eventuais reclamaes ou cobranas relacionadasaos empregados terceirizados devem ser dirigidas ao preposto.

    b toda e qualquer alterao na forma de prestao do servio, como anegociao de folgas ou a compensao de jornada, deve ser evitada, umavez que essa conduta exclusiva do empregador.

  • Da instruo documental

    Sobre a importncia do processo organizado de fiscalizao

  • conhecimento do regime jurdico;

    conhecimento dos termos contratuais;

    conhecimento do processo que resultou nocontrato, inclusive atos da fase de planejamento;

    conhecimento do rol de atribuies sob seu encargo,e quais as providncias a serem tomadas diante dosproblemas; e

    organizao.

    Fatores de sucesso para a fiscalizao

  • O acompanhamento e controle dos contratosadministrativos devem se dar por meio deprocessos organizados, inclusive com o rol dedocumentos necessrios verificao prvia aospagamentos, bem como devem ser segregados ospapis e responsabilidades dos envolvidos nacontratao, mormente as atividades a seremdesenvolvidas pelos fiscais de campo e gestoresdo contrato.

    AC-0748-10/11-P - UBIRATAN AGUIAR

    Sobre a importncia do processo

  • 1. Estudos Preliminares: necessidade a ser atendida e resultados esperados com o contrato; realidade do mercado respectivo

    2. Gerenciamento de Riscos e seu Mapa3. Termo de referncia ou projeto bsico4. Instrumento convocatrio da licitao (edital)5. oramento e planilha de custos;6. cronograma fsico-financeiro / controle da despesa do CT7. proposta da contratada;8. documento coletivo de trabalho da categoria envolvida na

    prestao dos servios (conveno, acordo ou dissdio coletivo de trabalho);

    9. instrumento de contrato;

    Reunio dos documentos essenciais fiscalizao

  • Reunio dos documentos essenciais fiscalizao

    10. documento de designao do preposto pela contratada;

    11. livro dirio com registro de ocorrncias, de preferncia assinado pelopreposto da contratada;

    12. Instrumento de Medio de Resultado (IMR) com indicadores, metas,formas de acompanhamento e redutores;

    13. cpia de atas (REGISTROS) de reunies realizadas com o preposto dacontratada, a fim de discutir a qualidade da contratao.

    Reunio dos documentos essenciais fiscalizao

  • Portaria n 297 TCU:

    Art. 3 Para cada contrato de terceirizao,devem ser autuados um processo administrativode liquidao e pagamento, por exercciofinanceiro, e um processo administrativo deacompanhamento e anlise da documentaotrabalhista e previdenciria.

    Compilao dos principais documentos para fcilmanuseio do fiscal.

    Sugestes para a organizao do processo de fiscalizao

  • A administrao deve formalizar processo paraacompanhamento da execuo dos contratos,com a documentao fsica e financeiranecessria, bem como incluir em sistemacontbil, ou em outro sistema gerencial,informaes sobre o contrato e/ou projeto aoqual est vinculado, a fim de aperfeioar suagesto e atender ao princpio da eficincia.

    AC-2605-38/12-P - MARCOS BEMQUERER

    Sugestes para a organizao do processo de fiscalizao

  • O edital e o contrato devem prever ametodologia de mensurao dos serviosefetivamente prestados, incluindo os critriosutilizados para verificao das quantidades edos valores expressos nas notas fiscaisemitidas pelas empresas contratadas.

    AC-4665-43/08-1 - VALMIR CAMPELO

    Sobre a importncia de conhecer a metodologia de mensurao dos servios

  • Na execuo de contrato administrativo, devehaver documento especfico para controledos servios prestados, para o fim depagamento contratada, que dever conter adefinio e a especificao dos servios aserem realizados e as mtricas utilizadas paraavaliar o volume de servios solicitados erealizados.

    AC-1545-31/08-P - MARCOS BEMQUERER

    Necessidade de observar o contrato

  • No mesmo sentido

    Os mecanismos de controle de execuo doscontratos administrativos devem sertransparentes, seguros e rastreveis, de modoa permitir a verificao da quantidade equalidade dos servios prestados. Os serviosprestados s podem ser pagos em suatotalidade mediante evidncia documentalde sua realizao, de acordo com a qualidadeprevista no edital da licitao e aps o efetivocontrole dos fiscais do contrato.

    Sobre a importncia de conhecer a metodologia de mensurao dos servios

  • Gesto e fiscalizao

    A fiscalizao dos contratos com dedicaoexclusiva de mo-de-obra deve ser realizadacom base em critrios estatsticos. (AnexoVIII-B da IN 5.2017 e Acrdo 1214/2013-P)

    Deve levar em considerao falhas queimpactem o contrato como um todo e noapenas erros e falhas eventuais no pagamentode alguma vantagem a um determinadoempregado (Anexo VIII-B da IN 5.2017)

  • Gesto e fiscalizao

    A IN SEGES/MP n 5/2017 disponibilizaprocedimentos a serem adotados pelo fiscal decontratos, de modo a verificar o cumprimentodas obrigaes assumidas pela empresacontratada.

    O Anexo VIII-B da referida instruonormativa traz um guia da fiscalizao dosContratos de Prestao de Servios comdedicao exclusiva de mo de obra.

  • ESTRUTURA da fiscalizao

    1. fiscalizao inicial;

    2. fiscalizao mensal (a ser feita antes dopagamento da fatura);

    3. fiscalizao diria;

    4. fiscalizao especial;

    5. fiscalizao por amostragem;

    6. fiscalizao quando da extino ou rescisodos contratos;

    7. providncias em caso de indcios deirregularidade.

  • ANEXO VIII-B

    FISCALIZAO ADMINISTRATIVA

  • Elaborar uma planilha-resumo de todo o contrato administrativo.Ela conter informaes sobre todos os empregados terceirizadosque prestam servios no rgo ou entidade, divididos por contrato,com os seguintes dados: nome completo, nmero de inscrio noCPF, funo exercida, salrio, adicionais, gratificaes, benefciosrecebidos, sua especificao e quantidade (vale-transporte, auxlio-alimentao), horrio de trabalho, frias, licenas, faltas,ocorrncias e horas extras trabalhadas.

    Pedir cpia de todas as CTPS (a conferncia feita aos poucos, poramostragem).

    Atentar para as observaes do Anexo VIII da IN 5.

    Sobre a importncia da fiscalizao inicial primeira providncia

  • realizar reunio com os empregadosterceirizados e inform-los de seus direitosprevistos em contrato, esclarecendo que estoautorizados a noticiar administrao odescumprimento de quaisquer desses direitos.

    Lembrar de fazer essas duas providncias, nocaso de admisso de novos terceirizados.

    Sobre a importncia da fiscalizao inicial segunda providncia

  • Como interagir junto ao contratado

    As interaes, num primeiroestgio, devero ser realizadaspelo fiscal com o preposto docontratado.

    As interaes, sempre quepossvel, devero ser realizadaspor escrito, sem prejuzo da trocade informaes e orientaesverbais entre as partes.

    O Gestor e setor de contratospoder atuar quando esgotadas,sem xito, as aes da alada dofiscal.

  • Ao constatar alguma irregularidade naexecuo do contrato, quais providncias ofiscal deve tomar?

  • Art. 67. (...) 1 O representante da administrao anotar

    em registro prprio todas as ocorrnciasrelacionadas com a execuo do contrato,determinando o que for necessrio regularizao das faltas ou defeitos observados.

    2o As decises e providncias queultrapassarem a competncia do representantedevero ser solicitadas a seus superiores emtempo hbil para a adoo das medidasconvenientes.

    Retornando ao art. 67, da Lei n 8.666, de 1993

  • Na execuo contratual, o fiscal do ajuste deverealizar o fiel registro de todas as ocorrnciasrelevantes observadas, e a administrao nopode se furtar ao direito-dever de aplicar assanes administrativas previstas, quando foro caso.

    AC-6462-29/11-1 - WALTON ALENCAR RODRIGUES

    Sobre a importncia dos registros na fiscalizao

  • Sobre a importncia dos registros

    O registro da fiscalizao de obra pblica atovinculado, fundamental para procedimentos deliquidao e pagamento dos servios. controleessencial que a administrao exerce sobre ocontratado, o qual propicia aos gestoresinformaes acerca do cumprimento docronograma das obras e a conformidade daquantidade e qualidade contratadas eexecutadas.

    AC-4593-29/10-2 - JOS JORGE

    Sobre a importncia dos registros na fiscalizao

  • hierarquia

    Autoridade superior

    Gestor

    Fiscal

  • Ordem de atuao

    FISCALRequer

    regularizao das falhas

    SUPERIORESAlterao

    Reviso

    Sanes

    Resciso, etc.

  • 1. criao de manual de fiscalizao art. 115 da LGL;2. adoo dos editais, contratos e check-lists da AGU - Acrdo n

    1.520/2015-Plenrio;3. realizao de reunies peridicas com o preposto da contratada;4. processo organizado, como j visto;5. formalizao dos atos de fiscalizao;6. utilizao e preenchimento do livro de ocorrncias diariamente

    pelo fiscal do contrato;7. guia de fiscalizao (especialmente nos contratos com alocao

    exclusiva de mo de obra) com regras claras e conhecidas pela contratada;

    8. solicitar o auxlio da assessoria jurdica sempre que houverdvidas na fiscalizao do contrato e, obrigatoriamente, emmomento prvio promoo de alteraes do objeto.

    Recapitulando as boas prticas

  • Cuidados no ateste e pagamento

  • Liquidao

    A despesa pblica passa por trs etapas: oempenho, a liquidao e o pagamento.

    O simples empenho no autoriza o pagamento,que somente ir ocorrer aps sua regularliquidao.

    A liquidao da despesa consiste na verificaodo direito adquirido pelo credor, tendo por baseos ttulos e documentos comprobatrios dorespectivo crdito.

  • Liquidao

    A liquidao visa verificar a origem e o objetodo que se deve pagar, a importncia exata apagar e a quem se deve pagar a importncia paraextinguir a obrigao.

    Com o ateste do fiscal de contratos, a despesa considerada liquidada e o pagamento, que odespacho exarado por autoridade competente,poder ser efetuado.

  • Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto ser recebido:

    I - em se tratando de obras e servios:

    a) provisoriamente, pelo responsvel por seuacompanhamento e fiscalizao, mediantetermo circunstanciado, assinado pelas partesem at 15 (quinze) dias da comunicaoescrita do contratado;

    9.4.20. instrua seus fiscais de contrato quanto forma de verificar e medir aexecuo de servios e o recebimento de bens, observando os preceitos dosart. 73 e 76 da Lei n 8.666/1993, alertando-os para a responsabilidadepessoal pelos atestos emitidos;TCU - Acrdo n 1.330/2008 P

    Ateste da fatura

  • 1. Deve-se evitar a prtica do atesto adistncia. AC-2507-39/11-P

    2. importante verificar a conformidade do quefoi cotado e do que est sendo entregue(gnero e marca). AC-0536-07/11-P

    3. irregular o recebimento de equipamento diverso do indicado na proposta, sem atestao de equivalncia tcnica. AC-0558-09/10-P

    Cuidados essenciais no ateste da fatura

    Na hiptese de aceitao de proposta fora das especificaes do edital epagamento por bens desconformes, diante de atesto e liquidao indevidada despesa, cabe multa por grave infrao norma legal.AC-7870-32/11-1 - JOS MCIO MONTEIRO

  • Pagamento

    O pagamento representa a ltima fase daexecuo da despesa.

    Aps a realizao dos servios, a empresacontratada faz jus em receber comocontraprestao o pagamento devido a cargo daadministrao.

    O prazo para a administrao efetuar opagamento estabelecido no instrumentoconvocatrio e no contrato.

  • Pagamento

    Esse prazo deve representar o tempo necessrio paraque a administrao realize todos os trmites internospara efetuar o pagamento empresa contratada.

    A Lei n 8.666/1993: Art. 5o, 3o em, at, 5 diasteis do recebimento da fatura; art. 40, inciso XIV, alneaa - o prazo de pagamento no pode ser superior a 30dias, do final do perodo de adimplemento.

    A IN n 5/2017, Anexo XI, prev prazo de 5 dias teissubsequentes ao recebimento da NF/Faturada paraos casos do limite do 24, II da LLCA, ou 30 dias contadosdo recebimento da NF/Fatura para os demais casos.PROBLEMA

  • Pagamento

    NOVIDADE DA IN 5/2017

    Art. 50, II recebimento definitivo pelo gestor, concretiza

    o ateste e comunicar a empresa para emitir a NF/Fatura.

    NO Anexo XI:

    4.1. Considera-se ocorrido o recebimento da Nota Fiscalou Fatura no momento em que o rgo contratanteatestar a execuo do objeto do contrato.

    4.2. Observado a alnea c do inciso II do art. 50 destaInstruo, quando houver glosa parcial dos servios, acontratante dever comunicar a empresa para que emitaa nota fiscal com o valor exato dimensionado, evitando,assim, efeitos tributrios sobre o valor glosado pelaAdministrao.

  • Pagamento

    O pagamento dever ser efetuado mediante aapresentao de nota fiscal ou da fatura pelacontratada. E SE NO APRESENTAR??

    Deve realizar consulta on line no Sicaf arespeito da regularidade fiscal, ou naimpossibilidade de acesso ao referido sistema,mediante consulta aos stios eletrnicos oficiaisou documentao mencionada no art. 29 da Lein 8.666/1993.

    E SE A EMPRESA ESTIVER COM PROBLEMANO SICAF??

  • Pagamento

    A administrao poder conceder um prazopara que a contratada regularize suas obrigaestrabalhistas ou suas condies de habilitao,sob pena de resciso contratual, quando noidentificar m-f ou a incapacidade da empresade corrigir a situao.

    Ver IN 2/2010 SLTI/MP regras funcionamento SICAF

  • Pagamento

    De acordo com o TCU, Acrdo n 1.612/2013-Plenrio, o Setor de Contabilidade, que responsvelpor efetuar o pagamento, somente poder efetu-loaps confrontar todos os atestes das notas fiscais comas portarias de fiscalizao de contratos, ematendimento ao disposto nos art. 62 e 63 da Lei n4.320/1964. (VCIO DE COMPETNCIA)

    A no observncia pode acarretar pena deresponsabilidade solidria do servidor que efetuou opagamento, caso a administrao venha sofrer algumdano decorrente da autorizao do pagamento sem a

    observncia, ora mencionada.

  • Reteno

    lcita a previso contratual de reteno pelaAdministrao de pagamentos devidos contratadaem valores correspondentes s obrigaestrabalhistas e previdencirias inadimplidas,incluindo salrios, demais verbas trabalhistas eFGTS, relativas aos empregados dedicados execuo do contrato. Acrdo 3301/2015-P.Relator: WALTON ALENCAR RODRIGUES.

  • Reteno

    Nos contratos de execuo continuada ou parcelada,o inadimplemento das obrigaes fiscais dacontratada, incluindo a seguridade social, enseja,alm das penalidades legais, a resciso do contrato ea execuo das garantias para ressarcimento devalores e indenizaes devidos Administrao,sendo vedada a reteno de pagamento por servioj executado, ou fornecimento j entregue, sobpena de enriquecimento sem causa daAdministrao. AC 2079/2014-P

  • Responsabilidade subsidiria da administrao pelos encargos trabalhistas

  • Responsabilidade da administrao

    H dois tipos de responsabilidades imputadas administrao, quando na qualidade detomadora de servios, ao celebrar contratos deprestao de servios terceirizao: solidria esubsidiria.

    A responsabilidade solidria refere-se aosdbitos decorrentes do no recolhimento dascontribuies previdencirias.

    Por seu turno, a responsabilidadesubsidiria refere-se aos encargostrabalhistas no honrados pela empresacontratada.

  • Responsabilidade da administrao

    O amparo legal para a imputao daresponsabilidade solidria encontra-se no 2,art. 71, da Lei n 8.666/1993.

    Na responsabilidade solidria, o credor podecobrar a dvida do devedor principal ou docoobrigado, ou de ambos, indistintamente. Asolidariedade no comporta benefcio de ordem.

    Na responsabilidade subsidiaria, o credor devecobrar primeiramente o devedor principal esomente na impossibilidade deste honrar osdbitos que se pode cobrar a dvida total ouparcial, conforme o caso, do devedor coobrigado.

  • Responsabilidade solidria

    Depreende-se da parte final do 2, art. 71,que a responsabilidade solidria da administraopblica decorre, exclusivamente, da execuo decontrato nos termos do art. 31 da Lei n8.212/1991: prestao de servios por cessode mo de obra.

    Art. 31. A empresa contratante de serviosexecutados mediante cesso de mo deobra, inclusive em regime de trabalhotemporrio, dever reter 11% (onze porcento) do valor bruto da nota fiscal ou faturade prestao de servios e [...].

  • Responsabilidade solidria

    Definio de cesso de mo de obra:

    Cesso de mo de obra a colocao disposio da empresa contratante, em suasdependncias ou nas de terceiros, detrabalhadores que realizem servios contnuos,relacionados ou no com sua atividade-fim,quaisquer que sejam a natureza e a formade contratao, inclusive por meio detrabalho temporrio na forma da Lei n6.019/1974. (IN RFB n 971/2009)

  • Responsabilidade solidria

    Definio de cesso de mo de obra:

    Para os fins desta Lei, entende-se como cessode mo-de-obra a colocao disposio docontratante, em suas dependncias ou nas deterceiros, de segurados que realizem servioscontnuos, relacionados ou no com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam anatureza e a forma de contratao (Redaodada pela Lei n. 9.711, de 1998)

    (Lei 8.212/1990 SEGURIDADE SOCIAL art. 31, 3o)

  • Responsabilidade solidria

    Excluso da responsabilidade solidria

    O art. 151 da IN RFB n 971/2009 exclui aresponsabilidade do tomador de servios quandoesse fizer a reteno de 11% sobre o valor brutoda nota fiscal, da fatura ou do recibo deprestao de servios e recolher previdnciasocial a importncia retida.

    A prpria IN n 971/2009 apresenta em seusart. 117 e 118 a relao de servios contratadosmediante cesso de mo de obra e sujeitos reteno de 11% sobre o valor bruto da notafiscal, da fatura ou do recibo.

  • Responsabilidade solidria

    As listagens apresentadas pelos art. 117 e 118so exaustivas quanto obrigatoriedade depromover a reteno de 11% (onze por cento)sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou dorecibo.

  • Responsabilidade subsidiria

    A administrao temque contratar bem efiscalizarcorretamente!!!

    - Culpa in eligendo contratao.

    - Culpa in vigilando execuo docontrato.(fiscalizao)

  • Responsabilidade subsidiria

    Em relao responsabilidade subsidiria,a partir da reescritura do Enunciado TST 331, aresponsabilidade da administrao pblica dotipo subjetiva.

    condicionada evidenciao de condutaculposa no cumprimento das obrigaes da Lein 8.666/1993, especialmente na fiscalizao documprimento das obrigaes contratuais e legaisda prestadora de servio como empregadora.

    A responsabilidade subsidiria do tomador deservios abrange todas as verbas decorrentes dacondenao referentes ao perodo da prestaolaboral.

  • Responsabilidade subsidiria

    Segue, in verbis, os incisos IV, V e VI doEnunciado TST 331:

    IV - O inadimplemento das obrigaestrabalhistas, por parte do empregador,implica a responsabilidade subsidiria dotomador dos servios quanto quelasobrigaes, desde que haja participado darelao processual e conste tambm do ttuloexecutivo judicial.

  • Responsabilidade subsidiria

    V- Os entes integrantes da administraopblica direta e indireta respondemsubsidiariamente, nas mesmas condies doitem IV, caso evidenciada a sua condutaculposa no cumprimento das obrigaesda Lei n 8.666/1993, especialmente nafiscalizao do cumprimento das obrigaescontratuais e legais da prestadora de serviocomo empregadora. A aludidaresponsabilidade no decorre de meroinadimplemento das obrigaestrabalhistas assumidas pela empresaregularmente contratada.

  • Responsabilidade subsidiria

    VI A responsabilidade subsidiria dotomador de servios abrange todas asverbas decorrentes da condenao referentesao perodo da prestao laboral.

    De modo a mitigar a responsabilidadesubsidiria, importante fiscalizar a execuocontratual, realizando entrevistas/questionrioscom os empregados contratados, verificando, emespecial, se a empresa contratada efetuou orecolhimento e depsito do INSS e FGTS,respectivamente, e o pagamento das verbastrabalhistas.

  • Responsabilizao do servidor pblico

  • So trs as esferas de responsabilizao:

    1. cvel;

    2. penal; e

    3. Administrativa.

    Alm dessas trs instncias punitivas, tambm soaplicveis as sanes previstas na Lei n 8.429*, de 1992,pela prtica de atos de improbidade administrativa,aquelas aplicadas pelo TCU, tambm podendo responderpor aes ou omisses que infrinjam a Lei deResponsabilidade Fiscal (LC n 101/2000) e ser acionadospor meio da Lei da Ao Popular (Lei n 4.717/1965).

    Responsabilizao do servidor pblico

  • Cdigo Civil: Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria,

    negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano aoutrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    (...) Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar

    dano a outrem fica obrigado a repar-lo.

    So quatro, portanto, os pressupostos da responsabilidadecivil: (i) conduta (ao ou omisso); (ii) dano (perda oudiminuio); (iii) nexo de causalidade entre a conduta e odano; (iv) culpa ou dolo do agente causador.

    CvelAssim, ao contrrio da responsabilidade daadministrao, que , em regra, objetiva, emconformidade com o disposto no art. 37, 6 daConstituio Federal, os servidores pblicos somente sopassveis de responsabilizao civil caso restedemonstrada sua conduta dolosa ou culposa.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm

  • Ademais, importante registrar que oSupremo Tribunal Federal firmou oentendimento de que o servidor pblico nopode ser acionado diretamente peloparticular, mas apenas perante aadministrao, quando essa for condenada eexercitar o seu direito de regresso em face doservidor faltoso. (in RE 327.904, Rel. Min.Carlos Britto, julgamento em 15-8-06, DJ de 8-9-06).

    Cvel

  • Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa aqualquer modificao ou vantagem, inclusiveprorrogao contratual, em favor doadjudicatrio, durante a execuo dos contratoscelebrados com o poder pblico, sem autorizaoem lei, no ato convocatrio da licitao ou nosrespectivos instrumentos contratuais, ou, ainda,pagar fatura com preterio da ordemcronolgica de sua exigibilidade, observado odisposto no art. 121 desta lei.

    Penal - LLCA

  • Art. 96. Fraudar, em prejuzo da Fazenda Pblica,licitao instaurada para aquisio ou venda de bensou mercadorias, ou contrato dela decorrente:

    I - elevando arbitrariamente os preos; II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria

    falsificada ou deteriorada; III - entreg