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1 com MAPAS MENTAIS GESTÃO DE CONVÊNIOS FEDERAIS E TERMOS DE PARCERIA Economista e AFC Paulo Ricardo Grazziotin Gomes [email protected] [email protected] e-MENTÁRIO DE GESTÃO PÚBLICA http://groups.google.com.br/group/equipetd 2 PRGG © Os slides a seguir estão sujeitos a desatualizações diante de cada LDO anual, de decisões judiciais, de entendimentos do Tesouro Nacional, da Secretaria Federal de Controle Interno, do Tribunal de Contas da União* e de tribunais ou conselhos de contas estaduais/municipais; além de o instrutor não pretender substituir as análises técnico-jurídicas que se ofereçam às situações-limite do cotidiano dos órgãos e/ou entidades concedentes ou convenentes a que pertençam os(as) prezados(as) treinandos(as). Bom proveito! Brasília-DF, outubro/2005. (*) Versão atualizada com julgados do Tribunal de Contas da União, publicados no DOU, até a edição de 28.09.2005. Novos acórdãos poderão ser acompanhados, gratuitamente, no e-MENTÁRIO DE GESTÃO PÚBLICA: http://groups.google.com.br/group/equipetd Aviso aos navegantes

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com M

APAS

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GESTÃO DECONVÊNIOS FEDERAIS E TERMOS DE PARCERIA

Economista e AFCPaulo Ricardo Grazziotin Gomes

[email protected] [email protected]

e-MENTÁRIO DE GESTÃO PÚBLICAhttp://groups.google.com.br/group/equipetd

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Os slides a seguir estão sujeitos a desatualizações diante de cada LDO anual, de decisões judiciais, de entendimentos do Tesouro Nacional, da Secretaria Federal de Controle Interno, do Tribunal de Contas da União* e de tribunais ou conselhos de contas estaduais/municipais; além de o instrutor não pretender substituir as análises técnico-jurídicas que se ofereçam às situações-limite do cotidiano dos órgãos e/ou entidades concedentes ou convenentes a que pertençam os(as) prezados(as) treinandos(as).

Bom proveito!Brasília-DF, outubro/2005.

(*) Versão atualizada com julgados do Tribunal de Contas da União, publicados no DOU, até a edição de 28.09.2005. Novos acórdãos poderão ser acompanhados, gratuitamente, no

e-MENTÁRIO DE GESTÃO PÚBLICA:

http://groups.google.com.br/group/equipetd

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Instrumento formal que pactua a transferência de recursos públicos federais visando a execução de programas de trabalho ou ações de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação, que tenha como partícipes órgãos/entidades da administração pública direta, autárquica ou fundacional, empresa pública, sociedade de economia mista, de qualquer esfera de governo, ou entidades civis devidamente organizadas, sem fins lucrativos.

É a descentralização do crédito e a transferência de recursos; não tem nada a ver com estagiários (CIEE, por exemplo; art. 3° da Portaria/MP n° 8, de 23.01.2001).

Convênio federal

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“(...) a União, ao firmar um convênio, não apenas transfere recursos para um município. Mais que isso, busca realizar um objetivo específico de seu interesse, cumprindo um dos princípios fundamentais estatuídos no Decreto-lei nr. 200/67: o da descentralização. Os recursos do convênio vinculam-se a dotação orçamentária própria, aprovada pelo Congresso Nacional, atrelada ao objeto específico acordado e que sópode ser modificada por meio de prévia autorização legislativa (art. 167, inciso VI, da Constituição Federal). Daí decorre o legítimo e direto interesse na efetiva consecução do convênio” (DOU de 02.03.2005, S. 1, p. 93. Voto do Ministro-Relator pertinente ao Acórdão nr. 200/2005-TCU-1ªCâmara).

O Tribunal de Contas da União determinou à Fundação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que abstenha-se de celebrar convênios sem ter assegurada a dotação orçamentária necessária, conforme dispõe o art. 7º, inciso III, § 2º c/c o caput do art. 116 da Lei nº 8.666/93 (item 1.1, TC-007.848/2004-2, Acórdão nº866/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 08.06.2005, S. 1, p. 73).

Convênio federal

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• Pré-1964: a prestação de serviços e a organização do espaço urbano eram de total responsabilidade dos municípios.

• 1966 (reforma tributária): cria-se a dependência financeira e, em conseqüência, a dependência política dos governos estaduais e municipais em relação ao Governo Federal (verticalização das estruturas de poder); M tem que adequar-se à disponibilidade federal de $, passando as prefeituras àatuação de modelos pontuais de ação, destituídos, não raras vezes, de critérios racionais a longo prazo.

• 1988 (Constituição Federal vigente):

Apelos (municipalismo e redemocratização) fortaleceram, em novo arranjo federativo, a autonomia dos M (como instância de governo) com transferência de funções (saúde, assistência social e educação), poder decisório e recursos, da U para E e M.

Maior eqüidade na distribuição dos recursos tributários entre U, E e M; os M brasileiros participam, por meio de transferências compulsórias, de 16% a 18% do total da renda tributária (30%, em média, nos países ricos; e 50% na Escandinávia).

Evolução histórica do federalismo brasileiro

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A evolução da distribuição tributáriaConstituiConstituiççãoão 194619461. UNIÃO1. UNIÃOImportaImportaççãoãoConsumoConsumoRendas e ProventosRendas e ProventosCombustCombustííveis e Lubrificantesveis e LubrificantesEnergia ElEnergia EléétricatricaSeloSeloOutrosOutros

2. ESTADOS2. ESTADOSVendas e ConsignaVendas e ConsignaççõesõesTransmissão Transmissão Causa Causa MortisMortisExportaExportaççãoãoSeloSeloOutrosOutros

3. MUNIC3. MUNICÍÍPIOSPIOSTerritorial RuralTerritorial RuralTransmissão Transmissão Inter VivosInter VivosPredial e Territorial UrbanoPredial e Territorial UrbanoIndIndúústria e Profissõesstria e ProfissõesLicenLicenççaaDiversões PDiversões PúúblicasblicasSeloSelo

4. UNIÃO, ESTADOS4. UNIÃO, ESTADOSE MUNICE MUNICÍÍPIOSPIOSTaxas e Taxas e ContribContrib. de Melhorias. de Melhorias

ReformaReforma 19641964--196619661. UNIÃO1. UNIÃOImportaImportaççãoãoExportaExportaççãoãoRendas e ProventosRendas e ProventosPropriedade Territorial RuralPropriedade Territorial RuralProdutos IndustrializadosProdutos IndustrializadosOperaOperaçções Financeirasões FinanceirasTransportes e ComunicaTransportes e ComunicaççõesõesCombustCombustííveis e Lubrificantesveis e LubrificantesEnergia ElEnergia EléétricatricaMineraisMinerais

2. ESTADOS2. ESTADOSTransmissão de Bens ImTransmissão de Bens ImóóveisveisCirculaCirculaçção de Mercadoriasão de Mercadorias

3. MUNIC3. MUNICÍÍPIOSPIOSPropriedade Territorial UrbanaPropriedade Territorial UrbanaServiServiçços de Qualquer Naturezaos de Qualquer Natureza

4. UNIÃO, ESTADOS4. UNIÃO, ESTADOSE MUNICE MUNICÍÍPIOSPIOSTaxas e ContribuiTaxas e Contribuiçções de Melhoriasões de Melhorias

ConstituiConstituiççãoão 198819881. UNIÃO1. UNIÃOImportaImportaççãoãoExportaExportaççãoãoRendaRendaPropriedade Territorial RuralPropriedade Territorial RuralProdutos IndustrializadosProdutos IndustrializadosOperaOperaçções Financeirasões Financeiras

2. ESTADOS2. ESTADOSCirculaCirculaçção de Mercadoriasão de Mercadoriase Servie Serviççosos

Transmissão Transmissão Causa Causa MortisMortise Doae Doaççãoão

VeVeíículos Automotoresculos Automotores

3. MUNIC3. MUNICÍÍPIOSPIOSPropriedade Territorial UrbanaPropriedade Territorial UrbanaServiServiççososTransmissão Bens ImTransmissão Bens ImóóveisveisInter VivosInter VivosVenda de CombustVenda de Combustíível a Varejovel a Varejo

4. UNIÃO, ESTADOS4. UNIÃO, ESTADOSE MUNICE MUNICÍÍPIOSPIOSTaxas e ContribuiTaxas e Contribuiççõesõesde Melhoriasde Melhorias

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“Uma reforma tributária que favoreça os estados e municípios, estabelecendo uma partilha mais adequada de tributos e recursos é absolutamente necessária. Mas não é suficiente. É imprescindível que ela se faça acompanhar de uma clara redefinição de competência entre os vários níveis da Federação, fortalecendo-se não apenas a receita como a autonomia e a capacidade dos municípios para decidirem os assuntos de seu imediato interesse” (BELTRÃO, Hélio. Descentralização e liberdade. Rio de Janeiro: 1984, p. 24).

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Governo Collor - É extinta a Secretaria de Articulação dos Estados e Municípios (SAREM), sem a criação de outra estrutura que a substituísse na assistência a E e M (hoje, tal função está a cargo das associações de mais de 5.500 municípios).

Com o desmantelamento do apoio institucional da U a E/M (inexistência de um projeto de “descentralização solidária”), houve vazio na órbita do planejamento local, dificultando a modernização nas estruturas dos M; além de favorecer, na via de conseqüência, a postura da espera pelos favores de Brasília.

Daí o porquê em a U reter ↑ $ para distribuição negociada (transferências voluntárias), impondo um orçamento federal fragmentado (contemplando obras de natureza estritamente local),além de reforçar a: i) ambigüidade de competências entre as diversas esferas de governo; e ii) opção de muitos prefeitos de pequenas e médias cidades pelo “caronismo fiscal”, em detrimento de uma ação planejada para aproveitar ao máximo a base tributária existente, em detrimento ao que determina o art. 11 da Lei de ResponsabilidadeFiscal (Lei Complementar n.° 101, de 04/05/2000).

Evolução histórica do federalismo brasileiro

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CONCÊNTRICO

CONFLITIVO

ALICIADOR

ANÁRQUICO

FEDERALISMO BRASILEIRO

De 01 janeiro de 2004 até 30 setembro de 2004, o Governo Federal firmou aproximadamente 90.000 convênios, perfazendo um total transferido voluntariamente

da ordem de R$ 30 bilhões, sendo que, no âmbito do TCU, 70% das contas (em processos de TCE) têm sido julgadas irregulares (cf. Diálogo Público, Curitiba-PR,

30.09.2004)

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“Como a maioria dos municípios não dispõe sequer de um contador ou profissional habilitado a preencher todos os formulários e satisfazer a todas as exigências burocráticas dos órgãos federais, eram eles freqüentemente obrigados a contratar despachantes para fazê-lo, chegando mesmo a recorrer a intermediários e escritórios especializados para acelerar a liberação dos recursos” (BELTRÃO, Hélio. Descentralização e liberdade. Rio de Janeiro: 1984, p. 26).

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Efeito concentração(mecanismo de descentralização)“Tendência à progressiva concentração das decisões* em níveis mais elevados de governo, concomitantemente com a própria expansão da participação do governo na economia. (...) o mecanismo decisório é progressivamente centralizado nas mãos do Governo Federal, ao mesmo tempo em que a execução direta é atribuída aos governos locais”(REZENDE, Op. cit., p. 23).(*) Objetivo simultâneo de centralização das decisões para compatibilizar os problemas de política fiscal com a formulação geral de política econômica, e de descentralização das atividades executivas para aumentar a eficiência da atuação do governo.

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Tamanho do governo e grau de descentralização político-administrativa

“Países descentralizados com alto grau de desequilíbrio vertical (descentralização sustenta-se em grande volume de transferência de recursos do governo central para os demais) apresentam, em média, governos ainda maiores”.Vide: a) FUKUSAKU, K. & MELLO JR., Luiz. Fiscal descentralization and macroeconomic stability: theexperience of large developing and transitioneconomies. Democracy, Descentraliztion andDeficits in Latin America. BID/OECD; b) STEIN, Ernesto. Fiscal decentralization and government sizein Latin America. Democracy, Decentralizationand Deficits in Latin America. BID/OECD.

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DESCENTRALIZAÇÃO(alínea “b”, § 1.°, e § 6.°, art. 10 do Decreto-lei n.° 200/67)

“Art. 10. A execução das atividades da administração federal deveráser amplamente descentralizada.§ 1.° A descentralização será posta em prática (...):(...)b) da administração federal para a das unidades federadas, quandoestejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;(...)§ 6.° Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa e exercerão controle e fiscalização * indispensáveis sobre a execução local, condicionando-se a liberação dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convênios (...)”(grifos nossos).(*) O acompanhamento será concomitante ( e periódico) à execução dos convênios, conforme entendimento do Tribunal de Contas da União na alínea “f”, item 8.1.2 da Decisão n° 650/99-TCU-P (e o inc. I, § 3°, art. 116 da Lei n° 8.666/93).

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Aparelhamento do proponente/convenente

As dificuldades administrativas e a ausência de adequada estrutura de gerenciamento não servem para elidir irregularidades em convênios celebrados com a União. A municipalidade deve, antes, dotar-se de adequada capacidade administrativa para utilizar os recursos federais, o que inclui a capacidade de gestão do próprio prefeito (Voto do Ministro-Relator relativamente ao Acórdão nº 429/2005-TCU-Plenário, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 177), aí incluídos os treinamentos, a exemplo deste.

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Condições prévias do proponenteO Ministro de Estado do Meio Ambiente sugeriu aos órgãos e entidades supervisionadas pelo MMA que verifiquem (na análise preliminar de viabilidade técnica quando de pedidos de convênios) os antecedentes do órgão/entidade proponente quanto: a) natureza da entidade; b) compatibilidade do pleito com a área de atuação do proponente; c) situação de prestações de contas anteriores; d) capacidade instalada e/ou mobilização, em especial quanto às condições que tem o proponente para realizar a parceria (Nota Ministerial de 16/04/2001; vide inc. I, art. 25 do Decreto-lei n.° 200/67). Quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio com os órgãos estaduais e municipais, devido à falta de aparelhamento do proponente local, os órgãos federais buscarão com eles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica (cf. parágrafo único, art. 9.° do Decreto-lei n.° 200/67).

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Acompanhamento da execuçãoA LDO para 2.005 (inc. II, art. 45 da Lei n.° 10.934, de 11/08/2004) determina caber ao órgão concedente o acompanhamento da execução das atividades.O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério da Justiça que realizasse fiscalizações periódicas no local de execução do objeto do convênio, nos temos do que dispõem os arts. 23 da IN/STN n° 001/1997, 116, § 3°, I, da Lei n°8.666/1993, e 10, § 6°, do Decreto-lei n° 200/1967 (item 13.1.5, TC-007.866/2003-2, Acórdão n° 1.357/2005-TCU-2a Câmara, DOU de 24.08.2005, S. 1, p. 91).O Tribunal de Contas da União determinou à Secretaria Especial dos Direitos Humanos que promovesse a fiscalização dos objetos conveniados dentro do prazo de execução/prestação de contas, nos termos do art. 23 da IN/STN n° 01/1997, inclusive mediante visitas “in loco” (item 2, TC-005.160/2004-0, Acórdão n° 2.083/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 21.09.2005, S. 1, p. 116).

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Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.

Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos.

Observações: a) a Gazeta Mercantil de 08/02/2001 traz notícia de que empresas de consultoria e de auditoria estão trabalhando “para que os municípios consigam aumentar a participação das receitas próprias no total arrecadado, com a organização das contas e respectiva redução de evasão e elisão fiscal”; b) “A consciência de termos contas bem estruturadas é o primeiro e talvez o mais valioso antídoto contra a corrupção” (FHC, Goiânia-GO, em 15/10/2000); c) em fev/2001, o Conselheiro Presidente do TCE/RJ disse à Rede Globo de TV que, dos 91 municípios do Estado do RJ, 70 arrecadam apenas 10% do que efetivamente poderiam fazê-lo; e d) após a Emenda Constitucional n.° 29/2000, a “Planta de Valores Genéricos-PVG”(planta cadastral), é requisito (de progressividade) para o lançamento do IPTU (informações adicionais pelo tel. 61 347-9344); d) vide art. 2.° da IN/STN-MF/n.° 01, de 04/05/01 (in DOU de 07/05/01, S. 1, p. 15).

Art. 11 da Lei de Responsabilidade Fiscal

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“Os programas serão formulados de modo a promover, sempre quepossível, a descentralização, a integração com Estados e Municípios e a formação de parcerias com o setor privado” (art. 8.° do Decreto Federal n.° 2.829, de 29/10/98).

Normativos pertinentes às descentralizações de recursos pela via dos convênios federais

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§ 5.°, art. 10, Decreto-lei n.° 200/1967

“§ 5.° Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconveniência, a execução de programas federais de caráter nitidamente localdeverá ser delegada, no todo ou em parte, mediante convênio, aos órgãos estaduais ou municipaisincumbidos de serviços correspondentes” (grifamos).Atenção: “é tecnicamente impossível um órgão transferir recursos para cumprimento de uma ação que não cabe a ele executar originalmente. (...) Seria o mesmo que descentralizar competência que não possui” (vide Acórdão n° 138/2001-TCU-Plenário).

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Convênios e contratos“No convênio, os partícipes visam exclusivamente à consecução de um determinado objeto, de comum interesse. Por esse motivo é que não se admite a obtenção de qualquer vantagem que exceda o interesse comum pretendido com o próprio objeto, como, por exemplo, a percepção de taxa de administração, sob pena de desconfiguração do ajuste. Já o contrato pressupõe interesses opostos (diferenciados), existindo sempre uma contraprestação, um benefício, uma vantagem” (Súmula da Consultoria Zênite n.° 042, de junho/1999).No DOU de 13.04.2005, S. 1, p. 159, consta que o instrumento de convênio deve ser utilizado em situações em que os interesses dos partícipes forem convergentes, nos termos do art. 48 do Decreto 93.872/86 (TC-008.592/2000-6, item 1.5, Acórdão nr. 558/2005-TCU-1ª Câmara).

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Celebração de convênio, quandodeveria ser contrato administrativoO Tribunal de Contas da União (na instrução do Acórdão/TCU-P/n° 010/2002, item 8.2) entendeu inadequada a utilização de instrumento de convênio (determinando a formalização do ajuste por meio de contrato administrativo), pois que a Entidade federal pagou pela prestação de um serviço de seu interesse (EIA/RIMA) pela FADESP (Fundação de Apoio). Além disso, a Corte de Contas entendeu serem os objetivos das partes “claramente distintos, não estando portanto, presentes as condições sine qua non para a celebração do instrumento de convênio, quais sejam, a existência de interesse recíproco entre os partícipes e a execução sob o regime de mútua cooperação” (vide, ainda, Decisão n°061/99-TCU-P; Acórdão n° 245/2001-TCU-Plenário).

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Fundação de Apoio interveniente

No DOU de 18.03.2005, S. 1, p. 113, o Tribunal de Contas da União recomenda que se evite que fundação de apoio (Lei n° 8.958/1994) figure como interveniente em convênio federal para o desempenho de atividades de competência exclusiva da entidade pública federal (item 9.3.1 do Acórdão nr. 216/2005-TCU-Plenário).

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Artigo 48 do Decreto Federal n.°93.872/1986

“Art. 48 - Os serviços de interesse recíprocodos órgãos e entidades da Administração Federal e de outras entidades públicas ou organizações particulares, poderão ser executados sob regime de mútua cooperação, mediante convênio, acordo ou ajuste” (grifos nossos).

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Parágrafo único, art.48 do Decreto Federal n.° 93.872/1986

“Parágrafo único - Quando os participantes tenham interesses diversos e opostos (diferenciados), isto é, quando se desejar, de um lado, o objeto do acordo ou ajuste, e de outro lado a contraprestação correspondente, ou seja, o preço, o acordo ou ajuste constitui contrato”.Obs.: sugerimos a leitura da Orientação Objetiva constante do ILC de nov/97.

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Lembretes!1.° ⇒ No convênio em que um ente público concedente repasse recursos financeiros para organização particular realizar, na condição de convenente, projeto de interesse público, de competência comum ou concorrente, a nenhumdeles move o fim de lucro (entidade sem fins lucrativos →ONGs).2.° ⇒ Quando o concedente e o convenente forem órgãos públicos federais (da Administração Direta) pode-se utilizar a Portaria Ministerial para as descentralizações, aceitável pelo parágrafo único, art. 53 do Decreto n.° 93.872, de 23/12/86*.3.° ⇒ Enquanto os municípios brasileiros participam de uma renda tributária que varia entre 16% a 18% do total – por meio de transferências obrigatórias – a média dessa participação, nos países desenvolvidos, oscila entre 30% e 32%, chegando a mais de 50%, nos países escandinavos.(*) Entre federais, haverá mero destaque orçamentário (ver art. 4° do Decreto n° 825).

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Oscip?

Reconhecimento de “uma institucionalidade na sociedade civil organizada que é substancialmente diferente daquela filantrópica, de base caritativa e religiosa” (FERRAREZI, Elisabete. OSCIP: saiba o que são organizações da sociedade civil de interesse público. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento, 2002, p. 34), iniciado em junho de 1997, no âmbito do Conselho da Comunidade Solidária, num processo de interlocução política que redundou no encaminhamento de projeto de lei ao Poder Legislativo, em julho de 1998.

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Lei n.° 9.790/99 e as Oscip`sEsfera pública › esfera governamental (estatal) “esfera pública ampliada”, “esfera pública não estatal”, “setor público não estatal” ou “esfera pública social” (publicização da ação estatal).Com a Lei n.º 9.790, de 23/03/1999, que tratou da qualificação de pessoas jurídicas de direito privado (associações; sociedades civis ou fundações de direito privado), sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip`s), instituiu-se e disciplinou-se as ações públicas de origem privada e o “termo de parceria” com o denominado Terceiro Setor* (vide item 8.2.5 da Decisão n° 210/2000-TCU-P), excluídos os sindicatos e as associações de classe ou de representação de categoria profissional; as instituições religiosas; as organizações partidárias; as entidades de benefício mútuo, entre outras (vide art. 2.° da Lei n.°9.790/99).O Decreto Federal nº 3.100, de 01/07/99, regulamentou a Lei n.°. 9.790/99, à guisa de “contraponto ao postulado hegemônico da primazia do mercado como eixo regulador da sociedade” (FERRAREZI, Elisabete. OSCIP: saiba o que são organizações da sociedade civil de interesse público. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento, 2002, p.14).(*) O Estado é denominado de “primeiro setor”; as organizações do mercado de “segundo setor”; e o “Terceiro Setor” é constituído por organizações criadas por pessoas, de forma voluntária e sem finalidade lucrativa, sendo freqüentemente associado à solidariedade. Segundo Olga Lucia Toro – a analisar a experiência de crescimento do Terceiro Setor na América Latina – “mais de 60% das organizações sem fins lucrativos foram criadas ou consolidadas no último quartel do século XX”.

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Lei n.° 9.790/99 e as Oscip`sAs Oscip`s deverão ter gestão e administração transparente e eficiente (incisos I a IV, art. 4.° da Lei n.° 9.790/99) e requisitoscontábeis, para que suas prestações de contas sejam estruturadas em conformidade com os princípios fundamentais dacontabilidade, tornando-as acessíveis a qualquer pessoa.“De forma inovadora, o referido diploma legal, no inciso VI do art. 4.°, abriu a possibilidade expressa de remunerar-se os dirigentesdas entidades sem fins lucrativos (todavia sem o estabelecimentode um valor máximo; vide art. 37 da MP n.° 66, de 29/08/02), tanto aqueles que atuem efetivamente na gestão executiva (diretores-gerais, diretores-executivos, administrativos, financeiros e outros) como também aqueles que prestem serviços específicos à entidade (profissionais liberais, consultores, empregados administrativos, prestadores de serviços, etc...)” (José Eduardo Sabo Paes, in “Correio Braziliense” de 10/05/99, caderno Direito & Justiça, p. 6).Pesquisa Ibope (1988), 22,6% das pessoas doavam, voluntariamente, alguma parte de seu tempo para ações de ajuda a alguma entidade ou pessoa fora de suas relações mais próximas (quase 20 milhões de pessoas).

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Lei n.° 9.790/99 e as Oscip`sNo dia 27/07/99 foi baixada Portaria/MJ/n.° 361 sobre a qualificação de Oscip`s na Secretaria Nacional de Justiça/MJ (informações sobre o processo de reforma do marco legal do Terceiro Setor para as OSCIP`s disponíveis na Divisão de OSCIP do MJ, Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Edifício Anexo II, sala 329, CEP: 70.064-901; tels. 61 429-3139, 9188 ou 3573; fac-símile 61 429-3546, http://www.mj.gov.br/snj/oscip.htm ).Necessário o prévio cadastramento (em 01/07/02, havia 343 cadastros de OSCIP deferidos no MJ) para participar dos “concursos de projetos”(demanda induzida) para posterior assinatura de “termo de parceria”; todavia os convênios federais (IN/STN/MF/n.° 01/97; demanda espontânea, “de balcão”, “administração casuística”, cf. § 3.°, art. 10 do Decreto-lei n.° 200/67) continuam a existir.Às OSCIP’s poderão ser destinados recursos a título de subvenção social e de auxílio (*) segundo inc. IV, art. 30, e inc. VI, art. 32 da Lei n.°10.934, de 11/08/2004.(*) Auxílio: despesa (transferência de capital) destinada a entidades públicas ou privadas sem finalidade lucrativa, independente de contraprestação direta em bens e serviços, derivada diretamente da Lei de Orçamento, ou seja, meras autorizações orçamentárias (vide § 1.°, art. 63 do Decreto n.° 93.872, de 23/12/86; e § 6.°, art. 12 da Lei 4.320/64; vide, ainda, Decisão n° 210/2000-TCU-Plenário).

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Em pesquisa intitulada “As organizações sem fins lucrativos no Brasil, ocupações, despesas e recursos”, integrante de projeto internacional da Universidade Johns Hopkins (Baltimore, Maryland - EUA), ficou explicitado que, no Brasil, “as doações de indivíduos são responsáveis por 14% do financiamento total da organizações sem fins lucrativos, completando-se o perfil dos recursos com 14,5% provenientes do governo, 3,2% provenientes de empresas e cerca de 68% de receitas próprias – proporções que estão na média registrada na América Latina”(FERRAREZI, Elisabete. OSCIP: saiba o que são organizações da sociedade civil de interesse público. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento, 2002, p.22; grifamos).“Embora todas as organizações do Terceiro Setor sejam pessoas jurídicas de direito privado que têm em comum o fato de não visarem lucro, nem todas são de interesse público”(FERRAREZI, Elisabete. OSCIP: saiba o que são organizações da sociedade civil de interesse público. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento, 2002, p.31).

Lei n.° 9.790/99 e as Oscip`s

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Termo de parceria“(...) é um novo instrumento criado para facilitar e desburocratizar a cooperação entre as organizações da sociedade civil e o Estado” (FERRAREZI, Elisabete. OSCIP: saiba o que são organizações da sociedade civil de interesse público. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento, 2002, p.8).Extensão dos campos de atuação para além dos limites da educação, da saúde e da assistência. É definido no art. 9.° da Lei n.° 9.790/99 como instrumento destinado à formação de vínculo de cooperação entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Oscip`s para o fomento e a execução das seguintes atividades de interesse público: promoção da assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da educação; promoção gratuita da saúde; promoção da segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; promoção do voluntariado; promoção do desenvolvimento econômico e social e combate àpobreza; experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita; promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos e da democracia; estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos.Busca o rompimento para com o clientelismo e a dependência da burocracia e dos políticos, tão comuns no histórico da obtenção de recursos federais em Brasília-DF pela via dos convênios (“balcão”).

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Termo de parceriaQualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização dos recursos ou bens de origem pública serão objeto de ação fiscalizatória dos Tribunais de Contas respectivos e do Ministério Público, conforme artigos 12 e 13 da Lei n.° 9.790/99 (controle pelo resultado; todos são honestos até prova em contrário!).A Lei n .° 9.790/99 institui novo marco legal* (sistema classificatório) nos limites da renúncia fiscal oferecida pelo Estado (coexistência com os títulos de “Declaração de Utilidade Pública-DUP”, Decreto n°50.517/61, e de “Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social”, Decreto n° 2.536/98).Características do Termo de Parceria: simplificação de procedimentos; OSCIP com Conselho Fiscal; transparência das demonstrações financeiras e atividades da OSCIP (controle social); realização de auditoria nas demonstrações; foco nos resultados; publicidade da execução físico-financeira; existência de Comissão de Avaliação; previsão de concursos de projetos (demanda induzida).(*) Marco legal “é o que fornece a regulação para as organizações, permitindo seu reconhecimento institucional pelo Estado e o fomento de suas ações por meio de parcerias, isenções e imunidades fiscais”(FERRAREZI, Elisabete. OSCIP: saiba o que são organizações da sociedade civil de interesse público. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento, 2002, p.26)

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Objetivos da nova regulaçãoLei n° 9.790/99

Ampliar o campo de atuação das associações com fins públicos, incluindo novas áreas de ação social.Reduzir custos operacionais e agilizar procedimentos para o reconhecimento institucional.Ampliar, modernizar e flexibilizar a realização de parcerias com os governos, tendo como foco a avaliação de resultados.Criar mecanismos mais adequados de responsabilização, de modo a garantir que os recursos de origem estatal sejam bem aplicados e efetivamente destinados a fins públicos.

Fonte: FERRAREZI, Elisabete. OSCIP passo a passo. Brasília: Agência de Educação para o Desenvolvimento, 2003, p. 12)

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Outras transferências voluntáriasDiretas (verbas da educação).Fundo a fundo (verbas da saúde).Contrato de repasse (Decreto n.° 1.819/96, de 16/02/96; e Portaria/MF/n.° 10, de 20/01/98, in DOU de 21/01/98):via CEF: a) na SEDU/PR (Morar Melhor; Gestão Urbana e Infra-

estrutura Urbana-PRÓ-INFRA; e Ação Municipalização do Turismo; vide Portaria/SEDU-PR/n.° 9, in DOU de 20/02/01); b) vide art. 104 da Lei n.° 10.934, de 11/08/2004 (LDO p/ 2005), o qual afirma que as transferências voluntárias poderão ser feitas por intermédio de instituições e agências financeiras oficiais, que atuarão como mandatárias da União para execução e fiscalização; c) Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES), no qual recursos do OGU cobrem até 50% da implantação de Estações de Tratamento de Esgotos Sanitários (ETE), pagando-se por esgoto tratado da ETE, mediante cumprimento de metas de abatimento de cargas poluidoraspactuadas (vide, todavia, item 8.2.1 da Decisão n° 210/2000-TCU-Plenário).

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Contrato de repasse 1Além do instrumento de convênio, o contrato de repasse éum termo que está sendo muito utilizado para transferência de recursos financeiros da União para Estados, Distrito Federal ou Municípios, por intermédio de instituição ou agência financeira oficial federal, destinados à execução de programas governamentais. Essa modalidade encontra-se disciplinada pelo Decreto n° 1.819, de 16/02/1996.Comenta-se, na Esplanada dos Ministérios, que a Caixa Econômica Federal passou por um processo de revitalização institucional após os contratos de repasse.CF/88 - Art. 167. São vedados: "X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios."

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Contrato de repasse 2O órgão federal competente para a execução de determinado programa ou projeto firma termo de cooperação com instituição ou agência financeira oficial federal, que passa a atuar como mandatária da União e que, por sua vez, celebra o contrato de repasse com o Estado, Distrito Federal ou Município.Esta modalidade de instrumento é firmado entre as instituições financeiras federais, na qualidade de mandatárias da União (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) e o órgão ou entidade estadual ou municipal. Uma das atribuições dessas instituições financeiras é realizar o acompanhamento da aplicação dos recursos previamente à liberação das parcelas.

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LEI n.° 8.666/93

A Transparência Internacional considera a nossa lei de licitações

como uma das melhores do mundo(cf. Jornal Nacional de 25/02/2002).

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TRABALHOS LEGISLATIVOS

PLS n.º 59/92 (PLC n.º 1.491-D, de 1991) - Dep. Luís Roberto Ponte (PMDB-RS).Outros projetos: a) CPI das obras públicas (Senador Élcio Álvares, PFL-ES); b) anteprojeto do TCU (Ministro Paulo Afonso); c) do Senador Fernando Henrique Cardoso (segundo a Gazeta Mercantil de 23/09/92, a razão média “prêmio das seguradoras/PIB”, de 1960-90, ficou, no Brasil, em 0,88%; enquanto que, nos EUA, situou-se em 8,4%) e; d) Substitutivo do Senador Pedro Simon(PMDB-RS; Relator no Senado Federal).Resgate do denominado “Projeto Ponte” pelo

Deputado Walter Nory (PMDB-SP).

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Lei n° 8.666/93Art. 116 Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios,

acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.

§ 1º a celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

I - identificação do objeto a ser executado;II - metas a serem atingidas;III - etapas ou fases de execução;IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;V - cronograma de desembolso;VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das

etapas ou fases programadas;VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que

os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.

§ 2º Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva.

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Lei n° 8.666/93§ 3º As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade

com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes:

I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão competente do sistema de controle interno da Administração Pública;

II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;

III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.

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Lei n° 8.666/93§ 4º Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês.§ 5º As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste.§ 6º Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes,inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos.

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PRINCÍPIOS BÁSICOSConstituição Federal/88 (art. 37) e Lei n.° 8.666/93 (arts. 3.° e 116)

LegalidadeImpessoalidadeMoralidadePublicidadeEficiência

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Boa idéia, esquecida no passado:parágrafo único, art. 22 da Lei n.° 10.524, de 25/07/02, in DOU de 26/07/02

Em se tratando de “verbas carimbadas” (decorrentes de emendas parlamentares) que objetivem atender ações municipais, no âmbito de cada programa, o concedente federal deverá orientar-se “no sentido de conferir tratamento isonômico”, ressalvados os impedimentos de ordem legal, técnica ou operacional, devidamente justificados, e observados ainda os limites de naturezas orçamentária e financeiraO Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério do Meio Ambiente que, em cumprimento ao disposto no art. 35, § 1°, da Lei n° 10.180/2001, não se eximisse de realizar a necessária análise de custos dos convênios, ainda que eles sejam financiados com recursos provenientes de emenda parlamentar (item 1.13, TC-010.634/2003-0, Acórdão n° 1.389/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 20.07.2005, S. 1, p. 89).

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QUAIS SÃO OS ELEMENTOS DO INSTRUMENTO DE CONVÊNIO?

Preâmbulo (art. 6.°);cláusulas (art. 7.°);assinaturas (art. 10); eanexos.

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Termo simplificado de convênio

Poderá ser formalizado: a) quando o valor da transferência for igual ou inferior ao previsto na alínea “a ”, inc. II do art. 23 da Lei n.°8.666/93 (limite para convites de compras e serviços - até R$ 80.000,00); b) quando o convenente for órgão ou entidade da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal ou do Distrito Federal, independente do valor da transferência.

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Formalidades da IN/STN/MF/n.° 01/97

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Plano de trabalho deve conter (art. 2.°)razões que justifiquem a celebração do convênio (inc. I; “justificativa da proposição”);descrição completa do objeto a ser executado (inc. II; “identificação do objeto”);descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativamente (inc. III; “cronograma de execução”; o TCU, na Decisão n° 762/2001-TCU-P, considerou “irregularidade grave (...) a firmatura de Convênio cujo Plano de Trabalho não contemple a descrição das metas a serem atingidas com a consecução do objeto”);etapas ou fases da execução do objeto, com previsão de início e fim (inc. IV; “cronograma de execução”);

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“plano de aplicação” dos recursos a serem desembolsados pelo concedente e da contrapartida financeira do proponente (por natureza de despesa), para cada projeto ou evento (inc. V);“cronograma de desembolso” (inc. VI);declaração do proponente de que não está em situação de mora ou de inadimplência junto a qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Federal Direta e Indireta, datada dentro dos 30 dias que antecedem a celebração (inc. VII do art. 3.º e §2.º), sob pena de ratificação (§ 2.°, art. 3.° da IN/STN n.° 01/97);

Plano de trabalho deve conter (art. 2.°)

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Plano de trabalho deve conter (art. 2.°)comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do imóvel, mediante certidão de registro no cartório de imóveis, quando o convênio tiver por objeto a execução de obras ou a realização de benfeitorias (reforma e ampliação, p.e.) no mesmo (inc. VIII; ver item 8.4.5 do Acórdão n° 088/2000-TCU-2a. Câmara), com as condicionantes da IN/STN n° 04, de 04/12/03, DOU de 05/12/03;especificação completa dos bens a serem produzidos ou adquiridos (§1.°);Obs.: sobre obra que ultrapasse R$ 2 milhões, o § 6.°, art. 8.° da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2.002 (Lei n.° 10.266, de 24/07/2001) determinou o encaminhamento (pelos órgãos centrais do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal) de informações pormenorizadas sobre a obra (especificação, estágio em que se encontra, cronograma...) para Comissão Mista Permanente de Senadores e Deputados. se o objeto do convênio for obra, instalação ou serviço, o projeto básico integrará o plano de trabalho com os elementos constantes do inc. IX, art. 6.° da Lei n.° 8.666/93 (§ 1.°);

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Contrapartida municipal(inc. I, § 1.°, art. 44 da Lei n.° 10.934, de 11.08.2004 )

Entre 3 a 8%, no caso de municípios com até 25.000 habitantes;Entre 5 a 10%, nos demais municípios situados nas áreas da ADENE, da ADA e no Centro-Oeste;De 20 a 40%, para os demais municípios.

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Contrapartida estadual(inc. II, § 1.°, art. 44 da Lei n.° 10.934, de 11.08.2004)

De 10 a 20%, para estados (e Distrito Federal) localizados em áreas da ADENE, da ADA e no Centro-Oeste; eDe 20 a 40% para as demais estados da Federação.

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Condições específicas estabelecidas em contratos de financiamento ou acordos

internacionaisOs limites máximos de contrapartida (explicitados nos 3 últimos slides) (...) poderão ser ampliados para atender a condições estabelecidas em contratos de financiamento ou acordos internacionais (§ 3.°, art. 44 da Lei n.° 10.934, de 11/08/2004).Sobre o aporte de recursos por parte do convenente

em valores superiores à contrapartida (projetos culturais), vide item 8.1.2 da Decisão n° 24/2002-TCU-Plenário.

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Reduções nas contrapartidas(por ato do titular do órgão concedente; § 2°, art. 44 da Lei n°

10.934/04)forem oriundos de doações de organismos internacionais ou de governos estrangeiros, ou de programas de conversão da dívida externa doada para fins ambientais, sociais, culturais ou de segurança pública;beneficiarem municípios incluídos nos bolsões de pobreza, identificados como áreas prioritárias;destinarem-se i) a ações de segurança alimentar e combate à fome, bem como aquelas de apoio a projetos produtivos em assentamentos constantes do Plano Nacional de Reforma Agrária ou financiadas com recursos do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (§ 3°, art. 7° do Decreto n°4.564, de 01/01/2003).; ii) a Municípios que se encontrem em situação de emergência ou estado de calamidade pública formalmente reconhecidos por ato do Governo Federal, durante o período em que essas situações subsistirem (pelo art. 2.° do Decreto n.° 4.185, de 05/04/2002, os percentuais de contrapartida serão estabelecidos em atos específicos) ; iii)ao atendimento dos programas de educação básica (art. 2.° do Decreto n.°4.185/02, os % de contrapartida serão estabelecidos em atos específicos); iv) ao atendimento de despesas relativas à segurança pública.

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Decreto n.° 4.185/2002(limites de contrapartida – inc. II, § 2°, art. 44 da Lei n.° 10.934/04)

Contrapartidas do ente federado para ações quebeneficiem municípios incluídos nos bolsões de pobrezaidentificados como prioritários no “Comunidade Solidária”e no “Comunidade Ativa” (ou no Projeto Alvorada):Municípios: a) com até 25 mil habitantes (1%); b) com mais de 25 mil habitantes, em áreas da ADENE, da ADA e no Centro-Oeste (2%); c) demais municípios (4%).Estados e DF: a) em áreas da ADENE, da ADA e no Centro-Oeste (2%); b) demais Estados (4%).Quais os M? → O Secretário-Executivo do ComunidadeSolidária baixou Portaria de n.° 02, de 09/04/2002, in DOU de 12/04/2002, Seção 1, ps. 20 a 27 (§ 2.°, art. 1.° do Decreto n.° 4.185, de 05/04/2002; vide, ainda, Decreto n.°2.999, de 25/03/99 e www.comunidadesolidaria.org.br).

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Decreto n.° 3.936/2001Limites de contrapartida estadual – educação fundamental.

A contrapartida do Distrito Federal e dos Estados quefirmarem convênios com o Ministério da Saúde(Secretaria de Gestão de Investimentos em Saúde), no âmbito do Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem, com intuitode executar o Curso de Complementação do EnsinoFundamental, na modalidade de jovens e adultostrabalhadores do PROFAE, será de 1%.Art. 2.° do Decreto n.° 4.185/02 – Os percentuais de

contrapartida exigidos nos programas de educaçãofundamental serão estabelecidos em atos próprios.

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Outros requisitos legaisInstituir, regulamentar, prever e arrecadar todos os tributos previstos nos arts. 155 [dos Estados e DF: a) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; b) ICMS; e c) IPVA] e 156 [dos Municípios: a) IPTU; b) transmissão inter vivos; e c) ISS] da CF/88.Conferir art. 11 (e parágrafo único) da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.° 101, de 04/05/2.000) a INSTITUIR; PREVER e ARRECADAR.Obs.: o município com até 50.000 habitantes, até a LRF, estava dispensado dessa exigência (vide Lei nº9.811/99, art. 34, § 8.º, por exemplo).Atende ao disposto no art. 25 da Lei Complementar n.°101, de 2000 (conferir IN/STN-MF/n.° 01, de 04/05/01, in DOU de 07/05/01, S. 1, p. 15; alterada pelo art. 2.°da IN/STN n.° 01/2002).

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Art. 25 da LRFArt. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes (conceito do consumo do Governo na teoria keynesiana) ou de capital(investimento do setor governamental) a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.

§ 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:

I - existência de dotação específica;II - (VETADO)

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Art. 25 da LRFIII - observância do disposto no inciso X do art. 167 da

Constituição (vedação de transferência voluntária ouempréstimo a E e a M para pagt.°de pessoal a, i e p);

IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos,

empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;

b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;

c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar (vide Decreto Federal n.° 4.049, de 12/12/01) e de despesa total com pessoal;

d) previsão orçamentária de contrapartida (§ 3.°, art. 1.° daIN/STN/MF n.° 5, DOU de 09/06/00; e Decreto n.° 4.185/02).

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Art. 25 da LRF§ 2o É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.Obs.: a) “não é considerada como razão determinante pararegistro de inadimplência no SIAFI a falta de atingimento pleno do objeto do convênio em virtude (…) da aplicação dos respectivosrecursos em finalidade diversa daquela definida no correspondente plano de aplicação, sem entretanto, configurarmudança do objeto (LATO SENSU), e desde que não comprometao atingimento do objetivo pretendido pela Administração e nãoconfigure ato irregular, má gestão ou dano ao Erário, assimdeclarado pelo agente qualificado do órgão concedente no ato de revisão/aprovação do plano de aplicação e de análise dacompetente prestação de contas”(ON/SFC n.° 2, de 21/09/95, inDOU de 22/09/95, S. 1, p. 14.759); b) Ver inc. V, art. 7.° (evitardescontinuidade) e art. 23 (poder discricionário) da IN/STN 01. § 3o Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.

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Três explicações adicionais à LRF1.ª: “Existe diferença entre instituir e prever a arrecadação de determinado imposto. Instituirsignifica estabelecer na legislação tributária do ente, mediante autorização da Casa Legislativa, as condições gerais para identificar o fato gerador e as formas de lançamento, arrecadação e recolhimento de determinado tributo. Prever é realizar estudos técnicosespecializados para projeção quantitativa e qualitativados contribuintes potenciais, dimensionar épocaprópria para impor o crédito tributário e detectar o aparelhamento administrativo necessário àconcretização da arrecadação e do recolhimento”(CRUZ, Flávio da. Lei de responsabilidade fiscal comentada. São Paulo: Atlas, 2000, p. 52).

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2.ª: Diante da progressividade do IPTU (EmendaConstitucional n.° 29/2000), a Planta de ValoresGenéricos (PVG; ou planta cadastral) é uma base cartográfica (na escala 1/2000, com equidistânciaaltimétrica de 1 metro) onde são georeferenciadosíndices representativos dos valores do m2 ou do lotepadrão (por zona, por logradouro ou por trecho no interior de logradouro) na busca do valor venal dos terrenos que – em função de critérios sócio-econômicos– serve de subsídio para a fixação dos valores unitáriosque serão utilizados no cálculo do IPTU (por unidadeautônoma). Como subproduto da realização da PVG tem-se o zoneamento da área urbana e daquelasuscetível de urbanização (nos próximos 10 anos); semembargos à obtenção do Plano Diretor, numa etapafinal.

Três explicações adicionais à LRF

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3.ª: Com o Programa Nacional de Apoio às FinançasMunicipais (PNAF), o Ministério da Fazenda e a CEF, com US$ 1,1 bi (do BID), têm como prioridade a assinatura de convênios com 900 prefeituras de médioporte, sendo que 2.020 cidades já enviaram para a CEF termo de adesão ao PNAF. “O projeto tem de ser implantado em até quatro anos e o prazo de pagamentoé de até vinte anos” (Gazeta Mercantil de 14/03/2001).Conferir Portaria Interministerial/STN e SOF/n.° 163, de 04/05/01 (in DOU de 07/05/01, S. 1, p. 15), a qualdispõe sobre normas gerais de consolidação de ContasPúblicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em obediência ao disposto no art. 51 da Lei Complementar n.° 101, de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Três explicações adicionais à LRF

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Continuando com as outras condicionantes

Estar adimplente com relação a prestações de contas relativas a recursos anteriormente recebidos da Administração Pública Federal, mediante convênios, acordos, ajustes, subvenções sociais*, contribuições, auxílios e similares.(*) É inadmissível subvenção social para despesas de capital (Acórdão n° 016/2002-TCU-1ª Câmara).

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Demais condicionantes

Ter apresentado, certidões de regularidade, vigentes, fornecidas pela SRF/MF, pela PGFN/MF, e pelos correspondentes órgãos estaduais e municipais (art. 3.°, inc. I, da IN/STN/MF/n.° 01/97);

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Em linhas gerais, a certidão de regularidade expedida pela SRF/MF comprova que o contribuinte não estáem débito com a União; a certidão relativa à Dívida Ativa da União, expedida pela PGFN/MF, comprova que o contribuinte não está sendo executado judicialmente, supondo-se, portanto, que não está em débito com a União.

Uma explicação adicional sobre as 2 certidões

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Nos convênios plurianuais a comprovação da regularidade é exigida a cada início de ano; nas simples liberações de parcelas, portanto, não é necessária a sua comprovação.

Deve-se indicar cada parcela de despesa relativa à parte a ser executada em exercícios futuros, com a declaração de que serão indicados em Termos Aditivos os créditos e empenhos ou nota de movimentação de crédito para sua cobertura (visa assegurar a conclusão do objeto conveniado).

Faz-se necessária, ainda, a indicação de que os recursos, para atender às despesas em exercícios futuros, no caso de investimento, estão consignados no plano plurianual, ou em prévia lei que o autorize e fixe o montante das dotações que, anualmente, constarão do orçamento, durante o prazo de sua execução (visa assegurar a conclusão do objeto conveniado).

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Nos aditamentos para conclusão do objeto, não se exigirá a comprovação de regularidade, à exceção do CADIN, desde que o prazo não ultrapasse 12 meses, conforme inc. III, art. 6.° da Lei n.° 10.522, de 19/07/02 (in DOU de 22/07/02).Os aditivos deverão preservar a proporcionalidade ($) entre o concedente e o convenente.

Atenção !

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Demais condicionantesInexistência de débito junto ao Instituto Nacional de Seguro Social - INSS, referente aos três meses anteriores (CRP-Certificado de Regularidade Previdenciária). No caso de o convenente estar pagando ao INSS débito parcelado, deverá comprovar a regularidade quanto ao pagamento das parcelas (art. 3.°, inc. II, da IN/STN/n.° 01/97);Obs.: vide Decreto n.° 3.788, de 11/04/01 (DOU de 12/04/01), que dispõe sobre o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP); regulamentado pela Portaria/GM-MPAS/n.° 2.346, de 10/07/01, inDOU de 12/07/01, S. 1, p. 49, cujo art. 5.° dispõe que o CRP está sendo exigido, nas transferências voluntárias e nos convênios, desde 1.° de novembro de 2001.

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Demais condicionantes

Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, fornecido pela Caixa Econômica Federal (CEF) (art. 3.°, inc. III, da IN/STN/n.° 01/97).

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Demais condicionantes

Não estar inscrito como inadimplente no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI (art. 3.°, inc. V, da IN/STN/MF/n.° 01/97);Não estar inscrito há mais de 30 dias no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados- CADIN (art. 3.°, inc. VI, da IN/STN/MF/n.°01/97);

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A Lei n.° 10.522, de 19/07/02 (DOU de 22/07/02), que dispõe sobre o CADIN, em seu art. 26 suspende a restrição para transferência de recursos federais a Estados, DF e municípios destinados à execução de ações sociais e ações em faixa de fronteira, em virtude de enorme quantidade de inadimplementos no CADIN e no SIAFI, dispensando inclusive a apresentação de certidões exigidas em leis, decretos e outros atos normativos (§ 1.°), exceto os débitos junto ao INSS (§2.°; vide, também, o parágrafo único, art. 2.° do Decreto n.° 3.788, de 11/04/2001, bem como Portaria/MPAS/n.° 2.346, de 10/07/01, in DOU de 12/07/01).Todavia, há que se apensar a consulta ao CADIN no processo (cf. inc. III, art. 6.° da Lei n.° 10.522/02; bem como Mensagem/CONED-STN/s/n.°, de 25/06/01).

Atenção !

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Ações sociais“(...) as ações sociais (...) são aquelas exercidas com o objetivo de se conseguir o bem-estar e a justiça sociais, em especial nas áreas da seguridade social, da saúde, da previdência social, da assistência social, da educação, da cultura e do desporto, e nos seus desdobramentos” (item 22 do Parecer/AGU n° GM-027, de 15.09.2000, aprovado pelo Presidente da República em 05.04.2001, DOU de 31.12.2001, p. 230).

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Demais condicionantesO objeto do convênio corresponde a subprojetos ou subatividades, que deverão constar na Lei de Orçamento do Estado, Distrito Federal ou Município; ou estar atrelados à abertura de crédito suplementar por Decreto, ou em trâmite no legislativo local.Em caso de investimentos, o TCU entendeu (na alínea “b”, item 8.1.2 da Decisão n° 762/2001-TCU-P) que -além de a contrapartida estar fundamentada na lei orçamentária do beneficiário para o exercício em que se dará a celebração do termo – o Programa Plurianual do proponente deverá contemplar os recursos a título de contrapartida, também. Observe bem, caro treinando, que a simples comprovação por declaração do proponente não é admitida!

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Demais condicionantesAtendidas as exigências previstas, a área técnica e a assessoria jurídica apreciarão os documentos correspondentes, dentro de suas respectivas competências (art. 4º da IN/STN/Nº 01/97; vide Perguntas e Respostas do ILC de ago/2.000, pergunta 07); após o que, o pleito poderá ser aprovado, indeferido ou, ainda, o concedente solicitará providências corretivas complementares, se for o caso.A Corte de Contas não aceitou a formalização de convênio anteriormente às análises técnica e jurídica (vide Acórdão n° 132/2001-TCU-Plenário).O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério da Integração Nacional que promovesse análise mais rigorosa nos planos de trabalho àluz das condicionantes apontadas nos estudos ambientais dos empreendimentos, registrando a análise ambiental no parecer técnico que recomenda a celebração do convênio (item 1.1, TC-014.765/2004-8. Acórdão n° 894/2005-TCU-Plenário, DOU de 14.07.2005, S. 1, p. 117).O Tribunal de Contas da União determinou à Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica/MI que incluísse exigência de comprovação da concessão de outorga no “check list” de documentos exigidos para emissão do Parecer da Coordenação-Geral de Convênios (item 1.2, TC-014.765/2004-8, Acórdão n° 894/2005-TCU-Plenário, DOU de 14.07.2005, S. 1, p. 117).

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Englobarão, além da viabilidade técnica do pleito quanto as suas características, a análise de custos (Acórdão n° 257/2000-TCU-P; alínea “c”, item 8.1.2 da Decisão n° 650/99-TCU-P), de maneira que o montante de recursos envolvidos na operação seja compatível com o seu objeto, não permitindo a transferência de valores insuficientes para sua conclusão, nem excessivos que permitam a prática de preços acima dos vigentes no mercado.Acerca do parecer técnico sobre a viabilidade de pleitos, ver: a) o primoroso roteiro anexo à Portaria do Ministro da Agricultura e do Abastecimento de n.° 616, de 30/12/98 (in DOU de 31/12/98, Seção 1, páginas 32 e 33); b) a Portaria/GM-MA/n.º332, de 30/08/2000 (in DOU de 04/09/2000, S. 1, p. 29); c) Nota s/n.° do Ministro do Meio Ambiente, datada de 16/04/01, e expedida por meio do Memorando-circular n.° 036/2001/GM, de 20/04/2001; d) sobre aplicação de multa, pelo TCU, a responsável por análise técnica (Decisão n° 166/2001-TCU-1ªCâmara); e) item 8.2.4 da Decisão n° 349/2001-TCU-2ª C.

Análises técnicas 1

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O Tribunal de Contas da União determinou ao Fundo Nacional de Saúde que estabeleça parâmetros de custos, no mínimo regionais, de forma a possibilitar uma análise mais objetiva da compatibilidade dos recursos pleiteados em cada convênio, em relação aos preços de mercado e aos de outros convênios com objetos similares, realizados no mesmo período e na mesma região (item 9.2.10 do Acórdão nº 585/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 287).Veja o interessante Banco de Preços em Saúde:

http://bpreco.saude.gov.br/bprefd/owa/consulta.inicioO Tribunal de Contas da União se preocupa com a alocação de servidores nas áreas de aprovação de projetos (análise técnica) e de análise de prestação de contas, levando-se em conta o volume de tarefas a serem desenvolvidas (item 9.4.2.3 do Acórdão nº 481/2005-TCU-Plenário, DOU de 09.05.2005, S. 1, p. 100).

Análises técnicas 2

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O Tribunal de Contas da União determinou que seja evitada a “celebração de convênio realizada antes do parecer da Assessoria Jurídica” e a “emissão de pareceres técnicos sem informações suficientes sobre o projeto ou atividade a ser desenvolvida peloconvenente” (alínea “a.4”, item 8.2 da Decisão n° 243/99-TCU-Plenário).O Tribunal de Contas da União determinou à Fundação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que observe, como requisito para celebração de convênios, os ditames do caput do art. 4º, c/c o seu § 1º da IN/STN nº 01/97, abstendo-se de celebrar convênios sem pareceres técnicos e/ou jurídicos (item 1.2, TC-007.848/2004-2, Acórdão nº 866/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 08.06.2005, S. 1, p. 73).O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério do Meio Ambiente que ao emitir pareceres técnicos de viabilidade, durante o processo de aprovação de convênios, cumprisse o disposto no art. 35, § 1o, da Lei n° 10.180/2001, realizando a necessária análise de custos, não permitindo a transferência de valores insuficientes para a conclusão dos respectivos objetos, nem o excesso que permita umaexecução por preços acima dos vigentes no mercado (item 1.8, TC-010.634/2003-0, Acórdão n° 1.389/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 20.07.2005, S. 1, p. 89).

Análises técnicas 3

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Análises técnicas 4 Licenciamento ambiental

O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério do Meio Ambiente que, quando a análise da documentação apresentada em processo de convênio federal, verificasse o cumprimento do art. 10 da Lei n° 6.938/1981, com a apresentação do respectivo licenciamento ambiental, nos casos em que estiver legalmente previsto (item 1.12, TC-010.634/2003-0, Acórdão n° 1.389/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 20.07.2005, S. 1, p. 89).

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Análises técnicas 5 Infra-estrutura básicaO Tribunal de Contas da União determinou à SUFRAMA que, antes da celebração de convênios ou instrumentos congêneres, realizasse estudos prévios que contemplassem a avaliação da infra-estrutura básica (água, esgoto e energia elétrica), para que os projetos, depois de concluídos, possam operar e atingir seus objetivos sociais (item 1.1, TC-003.358/2004-3, Acórdão n° 1.663/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 19.08.2005, S. 1, p. 81).

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VedaçõesRealização de despesas a título de taxa de administração, gerência ou similar (art. 8.°, inc. I, da IN/STN/n.° 01/97; vide pergunta 1 do ILC de janeiro/2001).Pagamento (a qualquer título) de gratificação, consultoria, assistência técnica ou qualquer espécie de remuneração adicional a servidor que pertença aos quadros de órgão ou de entidades da Administração Pública Federal, Estadual, Municipal ou do DF (art. 8.°, inc. II, da IN/STN/n.° 01/97; e Lei n.º 10.934/04, art. 29, inciso VIII).Obs: 1) como serviço de consultoria, entende-se os instrumentos “celebrados com pessoas físicas ou jurídicas, mediante os quais os contratados obrigam-se a fornecer produto de natureza intelectual para uso do órgão ou entidade contratante com o objetivo de subsidiar a tomada de decisão” (vide Decisão/TCU/n.° 330/2002-Plenário); 2) vide inusitada Decisão n° 31/2000-TCU-P (área da saúde).

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Serviços de consultoria sob controle acirrado(§ 2.°, art. 29 da Lei n.° 10.934/04, LDO p/ 2005)

Os serviços de consultoria somente serão contratados para execução de atividades que comprovadamente não possam ser desempenhadas por servidores ou empregados da Administração Federal, publicando-se no Diário Oficial da União, além do extrato do contrato, a justificativa e a autorização da contratação, na qual constará, necessariamente, quantitativo médio de consultores, custo total dos serviços, especificação dos serviços e prazo de conclusão (§ 2.°, art. 29 da Lei n.° 10.934/04).Atenção! Na instrução do Acórdão n° 245/2001-TCU-P, a Corte de Contas alerta para simulacro visando ocultar relação de emprego, sob o véu da contratação de serviço de consultoria (não eventualidade da prestação de serviço; relação de dependência e subordinação; utilização do local de trabalho da ANATEL e “remuneração mediante salário, já que o valor fixo percebido independia da quantidade ou complexidade dos serviços efetivamente prestados”).

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Cuidado com a licença de servidor para tratar de interesse particular

Segundo Decisão n° 354/98-TCU-1ªCâmara, o servidor público federal em gozo de licença para tratar de interesse particular mantém o vínculo com a União (vide, ainda, Decisão n° 308, 2ªCâmara, de 09/11/1995; e Decisão n°130, 2ª Câmara, de 19/06/1997).

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VedaçõesAditamento com alteração do objeto (art. 8.°, inc. III, da IN/STN/n.° 01/97, alterada pela de n.° 02/02).Utilização de recursos em finalidade diversa ou distoante da estabelecida no instrumento (art. 8.°, inc. IV, da IN/STN/n.° 01/97).Realização de despesa em data anterior ou posterior* àvigência do instrumento (art. 8.°, inc. V, da IN/STN/n.°01/97).(*) O Tribunal de Contas da União determinou ao INCRA que efetuasse os repasses de recursos aos convenentes antes do término das respectivas vigências, as quais não se confundem com o prazo para a prestação de contas (item 9.6.2.2, TC-003.095/2001-6, Acórdão n°2.127/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 21.09.2005, S. 1, p. 151).

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VedaçõesAtribuição de vigência ou de efeitos financeiros retroativos (art. 8.°, inc. VI, da IN/STN/n.°01/97);Realização de despesas com taxas bancárias, multas, juros ou correção monetária (videAcórdão n° 372/2001-TCU-2ª C), inclusive, referentes a pagamentos ou recolhimentos fora do prazo (art. 8.°, inc. VII, da IN/STN/n.°01/97);

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VedaçõesTransferência de recursos para clubes, associações de servidores ou quaisquer entidades congêneres, excetuadas creches e escolas para o atendimento pré-escolar (art. 8.°, inc. VIII, da IN/STN/n.° 01/97; e inc. VII, art. 29 da Lei n.° 10.934/04).Realização de despesas com publicidade, salvo as de caráter educativo, informativo ou de orientação social, das quais não constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores (art. 8.°, inc. IX, da IN/STN/n.° 01/97; sobre a aplicação de marcas e de assinaturas “OBRA FINANCIADA COM RECURSOS DO GOVERNO FEDERAL” ou “PROJETO FINANCIADO COM RECURSOS DO GOVERNO FEDERAL”, chamamos a atenção para o endereço eletrônico http://www.presidencia.gov.br/marca.htm).

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PublicidadeA eficácia dos convênios e seus aditivos fica condicionada àpublicação do extrato no DOU (com todos os elementos do art. 17), a ser providenciado pelo concedente até o 5º dia útil do mês seguinte ao da assinatura do termo; devendo ocorrer no prazo de vinte dias a contar daquela data (art. 17, IN/STN/n.º 01/97).Os órgãos concedentes disponibilizarão na Internet informações contendo, no mínimo, data da assinatura dos convênios, nome do convenente, objeto, valor liberado e classificação funcional programática e econômica do respectivo crédito (vide Lei n.°9.755/98, sobre site do TCU, bem como IN/TCU/n.° 28, de 05/05/1999, e art. 49 da Lei n.° 10.934/04).Por Decreto de 18/10/2000 (DOU de 19/10/2000, S. 1, p. 3), foi criado, no âmbito do Conselho de Governo, o Comitê Executivo do Governo Eletrônico (CEGE); atenção para a implantação, em 05/dez/2001, da Rede Multiserviço [email protected], bem como dos pontos eletrônicos de presença em localidades de até 600 habitantes, bem como nas localidades junto aos postos de fronteira.

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Os concedentes deverão(art. 48 da Lei n° 10.934/04)

Divulgar, pela internet:a) até 30 de setembro, o conjunto de exigências e procedimentos, inclusive formulários, necessários à realização das transferências; eb) os meios para apresentação de denúncia sobre a aplicação irregular dos recursos transferidos;Viabilizar acompanhamento, pela Internet, dos processos de liberação de recursos;Adotar procedimentos claros, objetivos, simplificados e padronizados que orientem os interessados de modo a facilitar o seu acesso direto aos órgãos da administração pública federal.(*) Uma boa lembrança do passado (não muito distante): o §4.°, art. 4.° da Lei n.° 10.524, de 25/07/2002 (LDO para 2003), dispunha que o “Governo Federal viabilizará, para todo cidadão, consultas gerenciais aos dados da execução orçamentária e financeira do Siafi por meio da Internet”.

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Consulta convêniosA Secretaria Federal de Controle Interno –SFC (por força dos incisos V e XI, art. 24 da Lei n.°10.180, de 06/02/01; dos incisos XIX e XX, art. 11 do Decreto n.° 3.591, de 06/09/00; e dos incisos XIX e XX, art. 13 do Decreto n.° 4.490, de 28/11/02) deve fornecer informações sobrea situação físico-financeira dos projetos e das atividades constantes dos orçamentos daUnião, bem como criar condições para o exercício do controle social sobre os programascontemplados com recursos oriundos dos orçamentos da União.

http://www.cgu.gov.br/sfc/convenio/convenios.asp

http://www.cgu.gov.br/sfc/convenio/convenios.asp

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Onde será executado o convênio?

A execução orçamentária e financeira, no exercício de 2005, das transferências voluntárias de recursos da União, cujos créditos orçamentários não identifiquem nominalmente a localidade beneficiada, inclusive aquelas destinadas genericamente a Estado, fica condicionada à prévia publicação, em órgão oficial de imprensa, dos critérios de distribuição dos recursos (art. 51 da Lei n.° 10.934, de 11/08/2004, LDO para 2005).

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PublicidadeArt. 17 da Lei n.° 10.266, de 24/07/01, por exemplo: A elaboração do projeto, a aprovação e a execução da lei orçamentária de 2002 deverão ser realizadas de modo a evidenciar a transparência da gestão fiscal, observando-se o princípio da publicidade e permitindo-se o amplo acesso da sociedade a todas as informações relativas a cada uma dessas etapas.Lei n.° 8.666/93, art. 63: “É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos” (limitados ao custo da reprodução gráfica, cf. § 5.°, art. 32 da Lei n.° 8.666/93; conferir ILC* n.° 49, de março de 1998, p. 260).(*) Recomendamos a leitura mensal do ILC (Informativo de Licitações e Contratos), telefones (0XX41) 264-2764; (0XX41) 365-7558 ou (0XX41) 365-7558. Ele traz artigos sobre convênios.

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Liberação de recursosQuando o convenente for órgão da Administração Federal, integrante da conta única, a remessa de recursos se dará mediante movimentação de crédito, com autorização de saque (art. 18, IN/STN/n.º01/97).No caso de convenente órgão ou entidade da Administração Federal, não integrante da conta única, bem como instituição privada, os recursos serão depositados e geridos no Banco do Brasil, na CEF, ou em outra instituição bancária cujo controle acionário a União detenha (inc. III, art. 18 da IN/STN/MF/n.°1/97, alterada pela IN/STN/MF n.° 1/99, de 01/02/99; vide, todavia, alternativa do inc. III, § 1.°, art. 18 da IN/STN/MF/n.° 1/97).

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Liberação de recursosPara órgão Estadual, Municipal ou ao Distrito Federal, os recursos serão depositados no Banco do Brasil, CEF, instituição bancária de controle acionário da União ou banco oficial estadual (art. 18, inc. IV da IN/STN/n.º 01/97, com a redação dada pela IN/STN de n.° 01/99).Na hipótese de inexistirem na localidade os bancos relacionados anteriormente, a preferência será: outro banco oficial federal, outro banco oficial estadual, agência bancária local (§ 1.°, art. 18 da IN/STN/n.º01/97); caso não haja agência bancária no município, sugere-se consulta prévia ao concedente no sentido de que acate, em seu poder discricionário (art. 23 da IN/STN/n.º 01/97), a utilização alternativa de agência bancária de outro município.

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Notificações: “controle social”No prazo de 2 dias, a contar da data da liberação dos recursos, em se tratando de repasse à UF e Municípios (ou a entidades a eles vinculadas), o concedente deverá notificar as respectivas Assembléias Legislativas ou Câmaras Municipais (art. 1.° da Lei n.°9.452, de 20/03/97, in DOU de 21/03/97; Lei n.°8.666/93, art. 116, § 2.°).Obs: o TCU, na instrução da Decisão n° 762/2001-TCU-P, considerou como “falha de caráter eminentemente formal” a ausência nos autos de comunicações, despachos, ofícios, memorandos, pareceres, declarações e outros documentos relativos a convênio, a exemplo dos ofícios às Assembléias Legislativas ou às Câmaras Municipais (vide item 8.1.5 da citada Decisão n° 762/2001).

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Notificações: “controle social”

A Prefeitura, beneficiária da liberação de recursos do governo federal, deverá notificar os partidos políticos, os sindicatos de trabalhadores e as entidades empresariais, com sede no Município, acerca do seu recebimento; no prazo de 2 dias úteis, a contar da data do recebimento dos recursos (Lei nº 9.452, de 20/03/97, in DOU de 21/03/97, art. 2º).

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Cuidados na execuçãoO convênio deverá ser executado fielmente pelas partes, respondendo cada uma delas pelas conseqüências de sua inexecução total ou parcial.A função normativo-fiscalizadora será exercida pelos concedentes (§6.°, art. 10 do DL 200/67; e art. 23 da IN/STN 1/97), preferencialmente dentro do prazo regulamentar de execução/prestação de contas do convênio. O TCU preocupa-se com órgãos concedentes em que haja carência de técnicos, comprometendo as fiscalizações (Acórdão n° 552/2001-TCU-2ª C).O STF (diante de requerimento da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil-ATRICON) deferiu, em 01/09/99, pedido de medida liminar em ADIN 1934-7, no tocante àdescentralização dos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (Lei n.° 8.742/93), impedindo a aplicação do art. 1.° (e parágrafo único) da Lei n.° 9.604, de 05/02/98, o qual atribuía aos Tribunais de Contas E fiscalização sobre a aplicação dos recursos (o TCU – e não os TCE’s - pode fiscalizar recursos repassados pela União a E a M; vide Acórdão 154/98-TCU-P, Gov. Est. da BA).

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A fiscalização dasControladorias-Gerais da União nos EstadosCom relação a transferências voluntárias a entidades de Direito Privado, a avaliação (amostral) dar-se-á sobre a aplicação dos recursos visando, apenas, a verificação do cumprimento do objeto avençado (“f”, item 4, S. I, Cap. I, do anexo à IN/SFC/n.° 01, de 06/04/01).O foco das unidades de controle interno está “nosresultados da ação governamental” (item 13, S. IV, C. I do do anexo à IN/SFC/n.° 01, de 06/04/01).Compete às unidades de controle interno “fiscalizar (…) ações descentralizadas à conta de recursos oriundos dos orçamentos da União, quanto ao nível de execução das metas e dos objetivos estabelecidos” (subitem XVIII, item 2, S. IV, Cap. I, do anexo à IN/SFC/n.° 01, de 06/04/01; e inc. XVIII, art. 13 do Decreto n.° 4.490/2002).

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O Controle Interno do Executivo Federal, nos seus trabalhos de fiscalização e auditoria, verificará “se o objeto pactuado, nosinstrumentos em que a União assume compromissos, com previsãode transferência de recursos financeiros de seus orçamentos paraEstados, Distrito Federal e Municípios, foi executado, obedecendo aosrespectivos projeto e plano de trabalho, conforme conveniado, e se sua utilização obedece à destinação prevista no termo pactual” (item 8, S. IV, Cap. I, do anexo à IN/SFC/n.° 01, de 06/04/01).Diante de uma possível ilegalidade, sugere-se seja informado o respectivo Tribunal de Contas estadual.NO DOU de 08.04.2005, S. 1, p. 135, consta que “no julgamento das contas relativas a convênios, e recursos descentralizados em geral, há que se dar maior peso à avaliação dos resultados, sendo razoável, nessa hipótese, considerar a intempestividade como falha formal (...) situações de intempestividade devidamente justificadas não acarretam sanções aos gestores” (Voto do Ministro-Substituto, relativamente ao Acórdão nr. 416/2005-TCU-2ª Câmara).

A fiscalização das Controladorias-Gerais daUnião nos Estados sobre E, DF e M

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Cuidados na execuçãoNão se desviar da finalidade original do convênio (videOrientação Normativa da SFC n.° 2, de 21/09/95, in DOU de 22/09/95, S. 1, p. 14.759).Não celebrar convênio com mais de uma instituição para o cumprimento do mesmo objeto (parágrafo único, art. 25 da IN/STN/MF n.° 01/97), exceto quando se tratar de ações complementares*, o que deverá ficar consignado no respectivo convênio, delimitando-se as parcelas referentes, de disponibilidade deste, e as que devam ser executadas à conta de outro instrumento.(*) O Tribunal de Contas da União determinou à Fundação Cultural Palmares que somente celebrasse convênios com mais de uma instituição para o cumprimento do mesmo objeto quando tratar-se de ações complementares (item 9.8.4, TC-009.800/2002-1, Acórdão n° 1.504/2005-TCU-1a

Câmara, DOU de 28.07.2005, S. 1, p. 219).

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Cuidados na execuçãoNão incorrer em atraso não justificado no cumprimento de etapas ou fases programadas (eventos novos, imprevisíveis e inevitáveis, originam circunstâncias excludentes de responsabilidade, vide instrução do Ministério Público ao Acórdão n° 139/2003-TCU-1a. Câmara).Não admitir práticas atentatórias aos princípios fundamentais da Administração Pública (arts. 37 e 70 da CF/88; e art. 3.° da Lei n.° 8.666/93) nas contratações e demais atos praticados, sob pena de suspensão das parcelas subseqüentes.“O convenente será comunicado pelo órgão concedente da ocorrência de fato que motive a suspensão ou o impedimento de liberação de recursos a título de transferências voluntárias” (§ 1.°, art. 46 da Lei n.°10.934, de 11/08/2004).

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Cuidados na execuçãoCumprir fielmente as cláusulas ou condições estabelecidas no convênio.Em caso de denúncia, conclusão, rescisão ou extinção do instrumento, devolver os saldos, em no máximo 30 dias, sob pena de instauração de tomada de contas especial-TCE (ver IN/TCU n.° 35, de 23/08/2000, in DOU de 28/08/2000, Seção 1, p. 60, a qual deu nova redação à IN/TCU n.° 13, de 04/12/96).Obs.: a) o TJ/SP decidiu que o “rompimento de convênio não ocorre por rescisão, mas sim por denúncia”, por livremente acordada (Apelação n.° 179.517-1/5, de 02/03/93, in RDP, 7/1994, p. 274; vide, ainda, ILC de maio/97, e inc. I, art. 36 da IN/STN n.° 01/97); b) é vedada a inclusão de cláusula (no instrumento) que crie obrigatoriedade de permanência e sanções para o partícipe denunciante.Não utilizar o recurso em desacordo com o plano de trabalho, sob pena de rescisão do convênio e de instauração de TCE (vide Pergunta 9 do ILC de janeiro/2.000).

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Cuidados na execuçãoMovimentar os recursos do convênio na conta específica, com emissão de cheques/OB/aviso de débito, exclusivamente, para pagamentos de despesas previstas no plano de trabalho.Apresentar a prestação de contas parcial, quando se tratar de convênio de 3 ou mais parcelas, sob pena de suspensão das parcelas ou de rescisão do convênio.Obs.: o Tribunal de Contas da União, em decorrência dos princípios da supremacia do interesse público e da oportunidade, recomendou que as transferências pertinentes a convênios com entidades e órgãos fossem efetuadas em mais de uma parcela, principalmente quando, durante o processo de habilitação, constatar-se histórico de inadimplências no Cadinou no Siafi (item 9.2.4 do Acórdão nº 585/2005-TCU-2ªCâmara, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 287).

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Função gerencial/fiscalizadora“Dentro do prazo regulamentar de execução/prestação de contas do instrumento, a função gerencial/fiscalizadora deve ser exercitada peloórgãos/entidades concedentes dos recursos, ficando assegurado aosseus agentes qualificados o poder discricionário de reorientar ações e de aceitar justificativas plausíveis com relação às eventuaisdisfunções havidas na execução” (Decisão/TCU n.° 58/93-Plenário; subitem “i”, item 4 da ON/SFC n.° 3, de 19/12/95, in DOU de 21/12/95; conferir, ainda, § 6.°, art. 10 do Decreto-lei n.° 200/67; art. 23 da IN/STN n.° 1/97 e inc. II, art. 45 da Lei n.° 10.934, de 11/08/2004).Obs.: a) cuidados especiais com as obras com indícios de irregularidades graves (segundo o TCU), pois que deverão ser adotadas medidas saneadoras pelo concedente, conforme art. 97 daLei n.° 10.934, de 11/08/2004; b) O Congresso Nacional divulgará(na Internet) a relação das obras com indícios de irregularidadesgraves, cf. inc. § 7.°, art. 97 da Lei n.° 10.934, de 11/08/2004 (LDO para 2005).

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Exercício sobre o uso da tábua de

números aleatórios, ou eqüiprováveis

Uma equipe de “agentes 23” (do concedente federal) pretende selecionar para uma 1a. etapa de fiscalização in loco, aleatoriamente, 8 de 36 municípios gaúchos beneficiários de transferências voluntárias da União (convênios federais) promovidas à conta de dotações específicas do Programa de Aparelhamento de Bibliotecas Públicas, sob os cuidados do MinC. Utilizando-se de uma tábua de números eqüiprováveis (igual a que você dispõe*), e diante do universo das municipalidades atendidas (explicitado a seguir), escolha um número de coluna (de 1 a 5) e um número de linha (de 1 a 13) da tábua e indique, posteriormente, quais os municípios que serão visitados pelos “agentes 23” federais.(*) BUSSAB, Wilton de Oliveira & PEREIRA, José Severo de Camargo. Tábuas de estatística. São Paulo: Harbra, 1985, ps. 15 a 17.

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Caxias do Sul35André da Rocha23Nova Prata11

Torres36Bagé24Esteio12

São Marcos34Capão da Canoa22Serafina Corrêa10

Nova Araçá33Garibaldi21Farroupilha9

Protásio Alves32Veranópolis20Carlos Barbosa8

Canela31Guaporé19Cotiporã7

Nova Petrópolis30Antônio Prado18Osório6

São Francisco29Vila Flores17Alegrete5

Nova Bassano28Flores da Cunha16Ijuí4

Gramado27Nova Pádua15Estrela3

Bento Gonçalves26Paraí14Camaquã2

Canoas25Tramandaí13Vacaria1

CONVENENTEn°CONVENENTEn°CONVENENTEn°

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Erro amostral e homogeneidade

O erro amostral identifica quanto os resultados de uma pesquisa podem variar. Um erro amostral de 5% mostra que os percentuais de respostas obtidas (também chamados de “freqüências”) podem variar para mais 5% ou menos 5%. Por exemplo, se as crianças que o “agente 23” quer avaliar devem ter 7 anos de idade, então, para que a pesquisa seja considerada válida, apenas 5% dos entrevistados da 1ª série poderão ter idade superior ou inferior a 7 anos; senão, o resultado será inconsistente.Outro fator que precisa ser considerado pelo “agente 23” é a variação da população com relação àhomogeneidade da popublação.

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Qual o tamanho da amostra?

Fonte: IPGN (SEBRAE).

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Órgão/entidade estadual oumunicipal ou organização privada

Inclui no orçamento o projeto/atividadePrevê verba no orçamento para

contrapartida

Avalia a área de necessidade localVerifica qual o projeto ou atividade que se enquadra Identifica o órgão federal que

descentraliza os recursos

Elabora o plano de trabalho (ou de atendimento) Apresenta solicitação ao órgão

federal. Envia as certidões ao futuro concedente

Instituição FinanceiraCEF ou BB

Órgão/Entidade Federal

Analisa o plano de trabalho (ou de atendimento)Verifica o cumprimento das condições estabelecidas na LRF

e LDOSolicita as comprovações das exigências da LRF e LDO

Celebra contrato de repasse

Celebra instrumento de convênio

Transfere os recursos eFiscaliza a sua aplicação

Órgão/EntidadeEstadual ou Municipal ou

entidade privada--------------------------------

Aplica os recursos

Não presta contas:

Tomada deContasEspecial

Presta contas

Flux

o de

tra

nsfe

rênc

ias

volu

ntár

ias

Participa de um treinamento e se

cadastra no Ementário de Gestão Pública

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Sistema de Fiscalização de Obras do TCU - FISCOBRAS

O TCU tem enviado à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) informações sobre a execução físico-financeira das obras constantes dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento, inclusive na forma de banco de dados.

Conferir em → http://www.camara.gov.br/cmoO Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério da Integração Nacional, relativamente a convênio federal firmado com prefeitura, que fosse examinada “in loco” a efetiva execução do objeto da avença, especialmente no que concerne à localização e profundidade dos poços, àextensão da tubulação adutora e às características e materiais da rede elétrica e da eletrobomba (item 1.1.4, TC-020.268/2004-8, Acórdão n° 889/2005-TCU-Plenário, DOU de 14.07.2005, S. 1, p. 116).

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Fiscalização nas ONGsAs entidades privadas beneficiadas com recursos públicos a qualquer título submeter-se-ão à fiscalização do PoderPúblico, com a finalidade de verificar o cumprimento de metas e objetivos para os quais receberam os recursos (art. 106 da Lei n.° 10.934, de 11/08/2004).Os Analistas e Técnicos de Finanças e Controle da SFC terãoacesso a qualquer processo, documento ou informação no exercício das atribuições de auditoria e fiscalização (art. 26 da Lei n.° 10.180, de 06/02/01, in DOU de 07/02/01).Sobre sigilo bancário, de que trata a Lei n.° 4.595/64, vide Parecer PGFN/CAT/n.° 0002/96, de 02/01/1996, e NotaPGFN/CAF/n.° 082/96, de 26/02/1996, no sentido de que“não se pode argumentar que a natureza da verba, a partirdo momento em que passa a integrar uma conta corrente, deixa de ser pública e entra para a esfera privada, nãoestando sujeita à fiscalização” (item 27 do ParecerPGFN/CAT/n.° 0002/96).

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Como proceder para alteraro plano de trabalho (repactuação/remanejamento)?Apresentar a proposta de repactuação, com as devidas justificativas, em prazo a ser fixado pelo ordenador de despesa do concedente (tempo necessário para análise e decisão), antes do término da vigência. O ordenador de despesas deverá dar a anuência formal do órgão federal concedente para a validade da alteração (art. 15, caput, da IN/STN/n.° 01/97). Atenção para os fatos de que: a) o inc. VI, art. 167 da CF/88 veda a retirada de recursos de custeio para capital; bem como para a vedação do inc. III, art. 8.° da IN/STN/MF/n.° 01/97 (alteração do objeto, ou das metas); b) o concedente não acatará a proposta de repactuação quando feita após o prazo estipulado para execução (= vigência); c) para a mudança de localidade, faz-se necessária anuência do órgão repassador, conforme alínea b.2 dos Considerandos do Acórdão n° 677/2001-TCU-1ª Câmara.

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A proposta de alteração não poderá modificar o objeto “lato sensu” do convênio (art. 15, § 1.°, da IN/STN/n.° 01/97; vide também ON/SFC n.°02/95, in DOU de 22/09/95, S. 1, p. 14.759).As alterações no plano de trabalho são procedimentos excepcionais, só devendo ser propostas em casos estritamente necessários.

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Prestação de contas(artigos 28 a 35 da IN/STN/n.° 01/97)

Constituição Federal(art. 70, parágrafo único).

“Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de

natureza pecuniária”.

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O que significa prestaçãode contas parcial?

É a documentação apresentada para comprovar a execução de uma parcela recebida (em caso de convênios com 3 ou mais parcelas) ou sobre a execução dos recursos recebidos ao longo do ano (em caso de convênios plurianuais).Um aparte: o Tribunal de Contas da União recomendou ao Ministério da Saúde que a exemplo da boa prática adotada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio da Ordem de Serviço nº 1 DENSP, de 01.08.1997, edite norma técnica disciplinando os procedimentos relativos à forma de liberação dos recursos, fixando o número de parcelas proporcionalmente ao valor do financiamento dos convênios, de modo a evitar o repasse em uma só parcela, principalmente de valores de maior materialidade (item 9.3.7 do Acórdão nº 585/2005-TCU-2ªCâmara, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 287).

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Quando deve ser apresentadaa prestação de contas parcial?

Quando a liberação dos recursos ocorrer em 3 ou mais parcelas, a prestação de contas parcial referente à primeira parcela écondição para a liberação da terceira; a prestação referente à segunda, para a liberação da quarta e, assim, sucessivamente (art. 21, § 2.°, da IN/STN/MF/n.° 01/97).

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O que deve conter a prestaçãode contas parcial?

Conforme o § 2.°, art. 28 e o art. 32 da IN/STN/MF/n.° 01/97, conterá:relatório de execução físico-financeira (do convenente);demonstrativo da execução da receita e da despesa, evidenciando os recursos recebidos em transferência, a contrapartida, os rendimentos auferidos na aplicação dos recursos no mercado financeiro (videPergunta 7 do ILC de set/98), quando for o caso, e os saldos de recursos não aplicados;

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O que deve conter a prestaçãode contas parcial?

relação de pagamentos;relação dos bens adquiridos, produzidos ou construídos com recursos federais;extrato da conta bancária * específica do período que se estende do recebimento da 1.ª parcela até o último pagamento e, se for o caso, a conciliação bancária;(*) O Tribunal de Contas da União recomendou ao Banco do Brasil S.A. que se abstivesse de realizar lançamentos a débito de conta bancária de convênio federal sob a modalidade “PAGTOS DIV”, englobando diversas ordens bancárias de pagamento, mas lançando débito por débito, pagamento por pagamento ou OB por OB, com vistas à transparência na utilização dos recursos de cada convênio (item 9.2, TC-005.046/2005-3, Acórdão n° 1.371/2005-TCU-Plenário, CONVÊNIOS. DOU de 19.09.2005, S. 1, p. 122).

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O que deve conter a prestação de contas parcial?

cópia do termo de aceitação definitiva da obra, quando o objeto do convênio for a realização de obras ou serviços de engenharia;Atenção: a) a construtora tem responsabilidades legais (solidez e segurança; ética profissional - plágio, usurpação e alteração do projeto). Pela solidez e segurança da obra, responderá durante 5 anos do recebimento definitivo. O direito de responsabilizar o contratado prescreve em 10 anos, mas da data do aparecimento do vício ou defeito (RT 275/352) (“vide” BLC n.° 3/94, p. 124); b) no caso de convênios que envolvam a execução de obras, incluir no respectivo termo cláusula exigindo a comprovação do registro da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART junto ao respectivo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (item 9.2.11 do Acórdão nº 585/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 287); c) o Tribunal de Contas da União recomendou que somente fosse autorizado saque da conta específica (aberta pelo convenente municipal) na medida em que fosse comprovada a boa e regular execução dos serviços de engenharia e/ou obras executados e medidos (item 4, TC-005.655/2005-5, Acórdão n° 1.327/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 08.07.2005, S. 1, p. 95).

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O que deve conter a prestação de contas parcial?cópia dos despachos homologatório e adjudicatório da licitação realizada ou a justificativa para sua dispensa ou inexigibilidade, conforme o caso, com o respectivo embasamento legal quando o convenente pertencer à Administração Pública, sujeita à Lei n.°8.666/93 (obs: a falta de licitação na utilização dos recursos não caracteriza débito, mas enseja multa,Acórdão n° 77/2003-TCU-2a. C).Atenção: 1) mediante Parecer n.° 020/96 -CORIC, de 25.07.96, a Secretaria Federal de Controle do Ministério da Fazenda interpretou o inc. VI, art. 43, no sentido de que “não há como adjudicar sem ter havido, antes, a homologação”, por parte da autoridade competente (externa à CPL; inc. VI do art. 43) que promove o controle de todo o certame no que concerne ao mérito, até mesmo porque há“impossibilidade legal de uma autoridade homologar os seus próprios atos” (vide BLC n.° 2, de fev/96, p. 99); 2) a falta de licitação, para o TCU, não caracteriza débito, mas enseja multa (Acórdão n° 87/2003-TCU-2ª C); 3) o convenente deve utilizar a modalidade apropriada nos procedimentos licitatórios, quando da aplicação de recursos federais, conforme Acórdão n° 125/2000-TCU-Plenário.

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Prestação de contas final?Até 60 dias, contados da data do término da vigência do convênio (inc. VIII, art. 7.° e art. 28, § 5.°, da IN/STN/n.°01/97, com a redação da IN/STN/n.° 02/02, in DOU de 27/03/02). Caso o convenente (beneficiário) não a apresente, será concedido um prazo de 30 dias para a sua apresentação ou o recolhimento dos recursos corrigidos na forma da lei (Sistema Débito do TCU), incluídos os rendimentos da aplicação no mercado financeiro, à conta do concedente federal. Após esse prazo, se não cumpridas as exigências ou se existirem evidências de irregularidade de que resulte prejuízo ao Erário, será instaurada a competente TCE (art. 31, §§ 4.°, 7.° e 8.° da IN/STN/n.° 01/97; vide § 1.°, art. 1.° da IN/TCU n.° 35/2000).Atenção: quando o órgão concedente for extinto, sugere-se ao convenente a busca de orientação junto à Controladoria-Geral da União na capital do Estado, “ex vi” do disposto no item 2 da Orientação Normativa ON/SFC n.° 01, de 17/07/95 (in DOU de 18/07/95, S. 1, páginas 10.597 e 10.598).

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O que deve conter a prestaçãode contas final?

Segundo o artigo 28 da IN/STN/n.° 01/97, conterá:relatório de cumprimento do objeto (caput);plano de trabalho (inc. I);cópia do termo de convênio (inc. II);relatório de execução físico-financeira (inc. III);demonstrativo da execução da receita e despesa (inc. IV);relação de pagamentos (inc. V);relação de bens (inc. VI);

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O que deve conter a prestaçãode contas final?

extrato bancário (inc. VII);termo de aceitação definitiva da obra (inc. VIII);comprovante de recolhimento de recursos (inc. IX);homologações e despachos adjudicatórios das licitações ou justificativas de dispensa, no caso do órgão pertencer à Administração Pública. (inc. X);Atenção: mesmo sendo o convenente entidade privada sem fins lucrativos, deverá adotar os procedimentos previstos na Lei n° 8.666/93, inclusive o pregão previsto na Lei n° 10.520/02 (art. 27 da IN/STN/n.° 01/97, com a redação dada pela IN/STN/n° 3, de 25.09.2003, inDOU de 30.09.2003).

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A Lei n° 8.666/93No DOU de 18.03.2005, S. 1, p. 163, consta determinação

relativamente à fundação privada no sentido de que, em convênios federais, “realize os procedimentos licitatórios relativos às obras e aos serviços previstos na Lei 8.666/93, quando realizados com recursos públicos federais” (item 1.3 do Acórdão nr. 410/2005-TCU-1ª Câmara).

O Tribunal de Contas da União determinou a uma prefeitura municipal que, quando da execução de convênios federais, instrua os processos de dispensa e inexigibilidade de licitação com todos os documentos necessários, previstos no art. 26, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93 (item 9.11.1 do Acórdão nº 683/2005-TCU-Plenário, DOU de 10.06.2005, S. 1, p. 319).

O Tribunal de Contas da União determinou à Prefeitura de Barbalha/CE que observasse, ao executar convênios federais, a vedação à participação em certame licitatório, direta ou indiretamente, de servidor ou dirigente de órgão ou entidade municipal contratante ou responsável pela licitação, consoante art. 9º, inciso III da Lei nº 8.666/93 (item 1.1.3.4, TC-003.905/2003-4, Acórdão nº 935/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 23.06.2005, S. 1, p. 136).

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Parcelamento do objeto e não fracionamento da licitação

O Tribunal de Contas da União determinou àPrefeitura Municipal de Guamaré-RN que, em licitação com verbas federais, observasse a Lei nº 8.666/93, em especial o parcelamento do objeto (art. 15, IV) e o não fracionamento da licitação (art. 3º, § 2º) (item 1.1, TC-012.984/2004-5, Acórdão nº 2.154/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 28.09.2005, S. 1, p. 83).

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PregãoO Tribunal de Contas da União admitiu a modalidade pregão, prevista na Lei n° 10.520/2002, na execução de convênios federais (item 1.13, TC-011.832/2004-9, Acórdão n° 1.017/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 05.07.2005, S. 1, p. 135).Decreto Federal n° 5.504, de 05.08.2005 (DOU de

08.08.2005, S. 1, p. 1) – estabelece a exigência de utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica (Decreto Federal nº 5.450, de 31.05.2005), para entes públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços comuns, realizadas em decorrência de transferências voluntárias de recursos públicos da União, decorrentes de convênios ou instrumentos congêneres, ou consórcios públicos.

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“A boa e regular aplicação dos recursos públicos só pode ser comprovada mediante o estabelecimento de nexo entre o desembolso dos recursos federais recebidos e os comprovantes de despesa apresentados” (“a prestação de contas não pode ser constituída por um agrupamento desordenado de documentos de despesas, que nada comprovem”, vide Acórdão n° 399/2001-TCU-2ª C). Quando o convenente for integrante da administração direta ou indireta, do governo federal, fica dispensado de apresentar os documentos referidos nos incisos V (relação de pagamentos), VI (relação de bens), VII (extrato bancário), IX (comprovante de recolhimento) e X (cópias das homologações e despachos adjudicatórios) do art. 28.No caso em que já tiver sido feita prestação de contas parcial, dispensam-se os documentos indicados nos incisos III a VIII e X (art. 32 da IN/STN/n.° 01/97).

Atenção!

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E o órgão concedente?Terá, a partir da data do recebimento da prestação de contas, 60 dias para pronunciar-se sobre a aprovação ou não da prestação de contas apresentada, sendo 45 dias para o pronunciamento da unidade técnica responsável pelo programa e 15 dias para o pronunciamento do ordenador de despesa (art. 31, caput, da IN/STN/n.°1/97).Obs: 1) nos itens 8.2.2 e 8.2.3 da Decisão n° 349/2001-TCU-2ª Câmara, o Tribunal de Contas da União propugna pela “estruturação institucional” do concedente, com vistas à análise das prestações de contas, “de forma criteriosa e tempestiva (...), observando rigorosamente os aspectos e prazos definidos na IN n° 01/97/STN”; 2) pode-se reconsiderar a aprovação de prestação de contas (Dec. n°936/2001-TCU-Plenário); 3) aprovação imprópria de contas pode acarretar em responsabilidade (Dec. n°484/2001-P).

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O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério do Meio Ambiente que implementasse controles internos administrativos mais eficazes, relativamente àexecução de convênios, que permitam o cumprimento dos prazos de análise das prestações de contas previstos na IN/STN n°01/1997 (item 1.2, TC-010.634/2003-0, Acórdão n° 1.389/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 20.07.2005, S. 1, p. 89).

E o órgão concedente?

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Porque prestação de contas no prazo regular?

Evitar a instauração de tomada de contas especial que, por sua vez, é um procedimento que demanda muito esforço e mão-de-obra, resultando, por conseguinte, em alto custo para a Administração Pública Federal (concedente, Secretaria Federal de Controle Interno e Tribunal de Contas da União).Pelo § 2.°, art. 1.° e art. 3.° da IN/TCU/n.° 35, de 23/08/00, a tomada de contas especial “deve ser instaurada somente após esgotadas as providências administrativas internas com vistas àrecomposição do Tesouro Nacional”.Os responsáveis pela Secretaria Federal de Controle Interno, ao tomarem conhecimento da omissão do dever de instaurar a TCE, adotarão medidas necessárias para sua instauração, sob pena de responsabilidade solidária (art. 2.° da IN/TCU n.° 35, de 23/08/00; vide inc. XXV, art. 11 do Decreto Federal n.°3.591, de 06/09/2000, in DOU de 08/09/00).

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Análise da prestação de contas parcial ou final pelo concedente

Efetuar, imediatamente ao recebimento da prestação de contas, o registro no Cadastro de Convênios no SIAFI (mudando da conta “a comprovar” para “a aprovar”).Certificar-se de que foram apresentados, com informações consistentes, todos os documentos exigidos;

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Análise da prestação de contasparcial ou final pelo concedente

Emitir parecer técnico (vide interessantes Portarias/GM/MA/n.°s 616, de 30/12/98, e 332, de 30/08/00) quanto à execução física e ao atingimento dos objetivos do convênio, podendo valer-se de laudos de vistoria (vide, também, interessante Portaria/GM/MA/n.° 607, de 08/10/1996, in DOU de 09/10/96, S. 1, p. 20.235) ou de informações obtidas junto a autoridades públicas do local de sua execução;Emitir parecer financeiro quanto à correta e regular aplicação dos recursos do convênio;

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O parecer técnico, quando da aprovação, deve obrigatoriamente estar em consonância com aquele emitido preliminarmente para aprovação do pleito, sem a obrigatoriedade de que sejam de autoria do mesmo profissional.Segregação de funções: o art. 3.° da Portaria do Ministro de Estado da Agricultura e do Abastecimento de n.° 607, de 08/10/96 (in DOU de 09/10/96, S. 1, p. 20.235), determina que “a incumbência da elaboração do prévio parecer técnico de viabilidade e da vistoria in loco de acompanhamento não poderárecair sobre um mesmo servidor”.O Tribunal de Contas da União recomendou ao Ministério da Saúde que estude a conveniência de editar norma técnica, a exemplo da Funasa, estabelecendo critérios e procedimentos técnicos de elegibilidade e prioridade para a aplicação de recursos financeiros nas ações de saúde (item 9.3.8 do Acórdão nº585/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 287).

Atenção !

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Princípio de controle interno administrativoda segregação de funções

“A estrutura das unidades/entidades deveprever a separação entre as funções de autorização/aprovação de operações, execução, controle e contabilização, de tal forma quenenhuma pessoa detenha competências e atribuições em desacordo com este princípio”(subitem IV, item 3, Seção VIII, Cap. VII, do anexo à IN/SFC/n.° 01, de 06/04/01, in DOU de 12/04/01, S. 1, página 20).

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Análise da prestação de contasparcial ou final pelo concedente

Aprovada a prestação de contas, o concedente efetuará o registro no SIAFI (da situação de “a aprovar” para “aprovado”), e fará constar do processo declaração expressa de que os recursos transferidos tiveram boa e regular aplicação (art. 1.° da IN/STN/MF n.° 01/2000, in DOU de 14/03/00); mantendo o processo que deu suporte ao registro no SIAFI arquivado na unidade gestora, no prazo e condições estabelecidos pela STN/MF, conforme parágrafo único, art. 8.° do Decreto n.° 3.589, de 06/09/00 (in DOU de 08/09/00, S. 1, p. 112).

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Análise da prestação de contas parcial ou finalNa hipótese da não aprovação da prestação de contas, e exauridas todas a providências cabíveis (art. 35), o ordenador de despesas registrará o fato no SIAFI (da situação contábil de “a aprovar” para “inadimplência efetiva”) e encaminhará o respectivo processo ao órgão setorial de contabilidade a que estiver jurisdicionado, para instauração de TCE e responsabilização do agente (parágrafo único, art. 35 da IN/STN/n.° 01/97), conforme incisos III e VI, art. 6.º do Decreto Federal n.° 3.589, de 06/09/00 (in DOU de 08/09/00, S. 1, p. 112).O Relatório do Tomador de Contas (órgão setorial de contabilidade, pelo inc. VI, art. 6.° Decreto n.° 3.589/00) indicará, de forma circunstanciada, as providências administrativas internas adotadas pelo concedente com vistas à recomposição ao Tesouro Nacional (inc. IV, art. 4.° da IN/TCU n.° 35/2000).

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Documentos fiscaisAs despesas serão comprovadas mediante documentos fiscais originais (vide alínea “c”, § 2.°, art. 36 do Decreto n.° 93.872, de 23/12/86, e Decisão n° 051/2001-TCU-2ª C) ou equivalentes, devendo as faturas, recibos, notas fiscais e quaisquer outros documentos comprobatórios serem emitidos em nome do convenente ou do executor, devidamente identificados com a referência, por escrito, ao título e número do respectivo convênio federal (alínea “i”, item 8.1.2 da Decisão n° 650/99-TCU-Plenário; vide Acórdão n° 399/2002-TCU-1ª C).“Os papéis não originais, ou a cópia não autenticada deles, não deveriam ser aceitos como comprovação de despesas, dado serem frágeis como elementos de prova” (item 21 do relatório de instrução à Decisão n° 051/2001-TCU-2ª C).O art. 5.° da Portaria/GM-MA/n.° 607, de 08/10/96 (in DOU de 09/10/96, S. 1, p. 20.235), por exemplo, exige “cópias dos documentos fiscais comprobatórios das despesas efetuadas àconta dos recursos transferidos”.

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Em prestação de contas, no tocante a despesas com hospedagem, deve ser anexada cópia da nota fiscal do hotel e o detalhamento dos serviços/consumos “extras” de cada hóspede (TC-017.060/2004-7, itens 1.1.12 e 1.1.13, relativamente ao Acórdão nº 381/2005-TCU-Plenário, DOU de 22.04.2005, S. 1, p. 73).O Tribunal de Contas da União determinou a uma prefeitura que comprovasse as despesas referentes a convênios federais mediante documentos fiscais ou equivalentes, devendo as faturas, recibos, notas fiscais ou quaisquer outros documentos comprobatórios serem emitidos em nome do convenente ou do executor, devidamente identificados com referência ao título e número do convênio. Além disso, o Controle Externo determinou que os supracitados documentos fossem mantidos em arquivo, em boa ordem, no próprio local em que foram contabilizados, à disposição dos órgãos de controle interno e externo, pelo prazo de 5 (cinco) anos (itens 1.1 e 1.2, TC-004.030/2005-9, Acórdão n° 1.163/2005-TCU-1ª Câmara, DOU de 27.06.2005, S. 1, p. 142).

Documentos fiscais

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Alínea a.3, item 8.2 da Decisãon° 243/99-TCU-Plenário

“Inobservância da exigência de identificação do número do convênio nos originais dos documentos comprobatórios de despesas, fragilizando a eficácia do controle, uma vez que um mesmo documento pode ser reproduzido indefinidamente e servir de respaldo para duas ou mais fontes de recursos (art. 30, caput, IN/STN n° 01/97)”.O Tribunal de Contas da União determinou, ainda, a uma prefeitura municipal que identificasse, por meio de carimbos específicos, as notas fiscais, faturas e capas de processos administrativos referentes a aquisições com recursos do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), visando diferenciá-los de documentos relativos àaquisição de gêneros similares com recursos diversos (item 9.3.8, Acórdão n° 966/2005-TCU-Plenário, DOU de 22.07.2005, S. 1, p. 101).

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Documentos fiscaisOs documentos citados anteriormente serão mantidos em arquivo e em boa ordem, no próprio local em que forem contabilizados (não com o Contador na capital), à disposição dos órgãos regionais de controle interno e da SECEX do TCU, pelo prazo de 5 anos do julgamento da tomada ou prestação de contas (pela regularidade), do concedente, relativa ao exercício em questão, conforme § 5.°, art. 78 do Decreto-lei n.° 200, de 25/02/1967, e § 5.°, art. 139 do Decreto Federal n.° 93.872, de 23/12/1986 (vide, ainda, item 8.4.4 do Acórdão n° 088/2000-TCU-2a. C).Obs.: a) o fato de ter havido a aprovação da prestação de contas por parte de Secretaria de Controle Interno não justifica a ausência de apresentação de comprovantes de despesas ao Tribunal de Contas da União; b) a regularidade fiscal declarada pela Receita Federal não tem correlação com a devida aplicação dos recursos repassados (item 34 da Análise de Mérito, relativamente ao Acórdão nr. 354/2005-TCU-Plenário; DOU de 18.04.2005, S. 1, p. 113); c) o Tribunal de Contas da União determinou a um convenente municipal que arquivasse, mesmo na hipótese de utilização de serviços de contabilidade de terceiros, a documentação nas dependências do convenente, conforme art. 30, § 2º, IN/STN nº 01/97 (item 1.3, TC-004.030/2005-9, Acórdão nº 1.163/2005-TCU-1ª Câmara, DOU de 27.06.2005, S. 1, p. 142).

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Decisões do TCUCompete ao prefeito sucessor apresentar as contas referentes aos recursos federais recebidos por seu antecessor quando este não o tiver feito ou, na impossibilidade de fazê-lo, adotar as medidas legais visando ao resguardo do patrimônio público, com a instauração da competente tomada de contas especial, sob pena de co-responsabilidade.Atenção: o Ministro-Relator considerou um “risco” e “um caminho arriscado” o fato de ex-prefeito deixar para seu sucessor o ônus da prestação de contas de convênio federal (ref. Acórdão nº 628/2005-TCU-1ªCâmara, DOU de 20.04.2005, S. 1, p. 159).

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Decisões do TCUA documentação encaminhada diretamente ao Tribunal de Contas da União, referente aos recursos recebidos, embora constituída de elementos de uma prestação de contas, não ésuficiente para um ajuizamento da sua regularidade quando não apreciada pelo Ordenador de Despesa (concedente) e pela SFC/CGU, por não se poderem suprimir instâncias de controle, sem o prejuízo de anularem-se atribuições e competências.

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Decisões do TCU

É imprescindível a instauração da tomada de contas especial do conveniado que der causa a desvio, alcance ou malversação de recursos federais transferidos ou outra irregularidade que resulte em prejuízo ao erário.

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Decisões do TCUÉ inadmissível o desvio de finalidade na aplicação de recursos

provenientes de convênios, constituindo prática de infringência a cláusulas pactuadas e gerando obrigação de ressarcimento ao órgão repassador, ainda que os recursos tenham sido aplicados em benefício do convenente, ensejando o julgamento pela irregularidade das contas, com a aplicação de multa prevista na Lei Orgânica do TCU (Lei n.° 8.443/92).Obs.: a) vale a pena conferir a Orientação Normativa do Secretário Federal de Controle - SFC de n.° 2, de 21/09/95, publicada no DOU de 22/09/95, Seção 1, página 14.759; b) “Évedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada” (§ 2.°, art. 25 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LC n.° 101/2000; e § 5.°, art. 1.° da IN/STN/MF n.° 5,in DOU de 09/06/00); c) dúvidas sobre a LRF:

[email protected]://www.federativo.bndes.gov.br

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Decisões do TCUÉ vedada a realização de despesas a título de taxa de administração em convênios ou instrumentos similares (ressalvados os termos de parceria firmados na forma da Lei n.° 9.790/99 e do Decreto n.° 3.100/99), por configurar desvio de finalidade na aplicação de recursos federais repassados com finalidade específica (vide Súmula Zênite 042, de jun/99)Obs.: “Assim, o princípio da finalidade impõe que o administrador, ao manejar competências postas a seu encargo, atue com rigorosa obediência à finalidade de cada qual. Isto é, cumpre-lhe cingir-se não apenas à finalidade própria de todas as leis, que é o interesse público, mas também a finalidade específica abrigada na lei a que esteja dando execução” (Celso Antônio Bandeira de Mello, apud Doutrina/Parecer do ILC de jan/2.000 sob o título “Convênio e o desvio de finalidade”).

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Uma introdução àTomada de Contas Especial

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O LONGO RITO DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

Ordenador de Despesas(Concedente)

Contador(Tomador de Contas)

CGUSFC (2)

Ministro de Estadosupervisor

Tribunal de Contas da União(3)

julgamento pela irregularidade(título executivo)AGU

PGFNMF (?)

DívidaAtiva

(execução)

ESFERA

CÍVEL

ESFERA CRIMINAL

ESFERA ELEITORAL

Ministério PúblicoPGR

ações criminais(ou ACP’s)

Ministério PúblicoEleitoral

Justiça Eleitoral(inelegibilidade por 5 anos)

Inadimplência Diversos Responsáveis

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Art. 93 do Decreto-lei n.° 200/67 eart. 145 do Decreto Federal n.° 93.872/86

“Art. 93 . Quem quer que utilize dinheiro público terá de justificar seu bom e regular emprego na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades administrativas competentes”.

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Art. 66 do Decreto Federal n.°93.872/86

“Art. 66 - Quem quer que receba recursos da União (...), inclusive mediante (...) convênio, para realizar pesquisas, desenvolver projetos, estudos, campanhas e obras sociais, ou para qualquer outro fim, deverá comprovar seu bom e regular emprego, bem como os resultados alcançados”.

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Art. 84 do Decreto-lei n.° 200/67

“Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades administrativas, sob pena de co-responsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares, deverão tomar imediatas providências para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a tomada de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas” (grifos nossos).

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Definição de “TCE” pelo SFC“É um processo administrativo, instaurado pela autoridade administrativa competente, quando se configurar omissão no dever de prestar contas, a não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União, da ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens e valores públicos, ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário” (item 7, Seção II, Capítulo I, do anexo à IN/SFC/n.° 01, de 06/04/01, in DOU de 12/04/01, S. 1, p. 12).É “procedimento de exceção” (grifamos; cf. item 8, Seção II, do anexo à IN/SFC/n.° 01, de 06/04/01).

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Definição de “TCE” pelo TCU“É um processo devidamente formalizado, dotado de rito próprio, que objetiva apurar a responsabilidade daquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao Erário, devendo ser instauradasomente após esgotadas as providênciasadministrativas internas com vistas àrecomposição ao Tesouro Nacional” (grifos nossos; cf. art. 3.° da IN/TCU/n.° 35, de 23/08/00, in DOU de 28/08/00, S. 1, p. 60).Daí o porquê da notificação para apresentação da prestação de contas em até 30 dias (I, art. 38 da IN/STN-MF/n.° 01/97).

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Quando a TCE é instaurada?Quando não apresentada a prestação de contas no prazo de até 30 dias, concedidos em notificação pelo concedente (art. 38, caput, e inc. I da IN/ 01/97).Quando não aprovada a prestação de contas em decorrência: da não execução total do objeto, do atingimento parcial dos objetivos avençados, do desvio de finalidade, da impugnação de despesas, do não cumprimento da disponibilização dos recursos da contrapartida e/ou de não aplicação dos rendimentos decorrentes de aplicações financeiras no objeto do convênio (art. 38, inc. II, da IN/ n.° 01/97; videinteressantes Acórdãos de n°s 683/2001-TCU-2ªCâmara e 67/2003-TCU-2ª C).

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Quando a TCE é instaurada?Verificado qualquer fato que resulte em dano ao erário (art. 38, inc. III, da IN/STN/n.° 01/97).Houver determinação do Tribunal de Contas da União a respeito, adotada (com base no art. 47 da Lei n° 8.443/92, geralmente) pelo Plenário, 1a. ou 2a. Câmaras, ao entender que há fato motivador suficientemente relevante para ensejar a instauração de TCE com vistas à apreciação dos órgãos colegiados do Tribunal de Contas da União (art. 5.° da IN/TCU/n.° 35, de 23/08/2000; neste caso, o TCU deverá explicitar ao concedente a motivação de sua demanda pela instauração da TCE) (vide Acórdão n° 158/2003-TCU-1a. Câmara).Atenção: se não houve dano ao Erário, devido à aplicação da totalidade dos recursos nos objetos avençados no instrumento de convênio, a restituição de valores à União configura enriquecimento sem causa (alínea “e” do Parecer do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, relativamente ao Acórdão nº 625/2005-TCU-1ª Câmara, DOU de 20.04.2005, S. 1, p. 156).

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Das providências adotadas pelo concedente (art. 38 da IN n.° 01/97)

Quando verificado qualquer um dos motivos para a instauração de TCE, o concedente deverá notificar o responsável, assinalando prazo máximo de 30 dias para saneamento dos fatos apresentados ou o recolhimento do valor do débito imputado, acrescido de juros e correção monetária na forma da lei (Sistema Débito do TCU).

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Da notificação ao responsávelA notificação deverá ser feita, imediatamente, após constatado o fato;Deverá indicar, objetivamente, o fato que ocasionou dano ao erário;Deverá indicar, precisamente, o valor do débito;Deverá estar resguardada por comprovação que assegure a certeza da ciência do interessado (AR, SEDEX…; conforme § 3.°, art. 26 da Lei n.° 9.784/99).

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Das providências adotadas pelo concedente

Não atendida a notificação, o ordenador de despesas solicitará ao órgão setorial do Sistema de Contabilidade Federal (tomador de contas do Ministério concedente, pelo inc. VI, art. 6.°do Decreto n.° 3.589, de 06/09/00) a instauração da TCE e a responsabilização do agente, indicando, precisamente: o nome do responsável, o CPF do responsável, o motivo da TCE e o valor do débito.

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Setorial contábil e auditoriaA setorial contábil fará relatório circunstanciado dos fatos constantes do processo e inscreverá, no SIAFI, a responsabilidade do convenente (pessoa física), cf. inc. III, art. 6.° do Decreto n.° 3.589, de 06/09/00.Encaminhará à auditoria (Coordenação-Geral de Auditoria de Tomada de Contas Especiais da SFC, tels. 61 412-7095, 7061, 7367, 7131, 7136 ou 7133) que, após emissão de Certificado de Auditoria, acompanhado de Relatório (inc. V, art. 4.° da IN/TCU n.° 35/00), levará ao conhecimento do Senhor Ministro de Estado supervisor (por intermédio do Assessor Especial de Controle Interno da Pasta – inc. III, art. 13 do Decreto n.°3.591/00), para fins de pronunciamento ministerial em caráter indelegável (c.f. art. 52 da Lei n.° 8.443/92 e inc. VI, art. 4.° da IN/TCU n.° 35/00); com o posterior encaminhamento do processo de TCE ao TCU.O TCU restituirá o processo à origem, por falha de instrução (art. 8.° da IN/TCU n.° 35, de 23/08/2000, in DOU de 28/08/2000).

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Do trâmite do processoSe instaurada a TCE e o responsável apresentar medidas saneadoras ou recolher o débito, antes do encaminhamento do processo ao TCU, poderá ser dada a baixa da inadimplência do convenente no SIAFI, e também, a baixa da responsabilidade (desde que o SIAFI ainda esteja aberto), sendo arquivado o processo;É vedada a realização de atos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial no âmbito do SIAFI após o último dia útil do exercício, exceto para fins de apuração do resultado, os quais deverão ocorrer até o trigésimo dia de seu encerramento (§ 2.°, art. 42 da Lei n.°10.934/04; vide, sobre exercício financeiro coincidente como ano civil, o art. 34 da Lei n.° 4.320/64).

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Do trâmite do processo

No caso do processo já ter sido encaminhado ao TCU, será procedida a baixa da inadimplência do convenente, porém mantida a inscrição de responsabilidade, que será baixada somente após o julgamento daquele órgão de Controle Externo;

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Declarações de terceiros em auxílioa convenente arrolado em TCE

“Não têm o condão de comprovar a boa e fiel aplicação dos recursos, haja vista que são meios insuficientes para substituir, ou mesmo suprir, as exigências legais previstas no Instrução Normativa” (Acórdão n° 217/2001-TCU-2ª Câmara e Acórdão n° 106/1998-TCU-Plenário).No DOU de 31.03.2005, S. 1, p. 292, consta que declarações de terceiros não são aceitas, por si só, como meio de prova capaz de atestar a boa e regular aplicação dos recursos públicos (item 8 do Voto do Relator no Acórdão nr. 469/2005-TCU-1ªCâmara).

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Quais as conseqüências do julgamentopela irregularidade em uma TCE?

Além de serem condenados a ressarcir os prejuízos apurados (> 1500 UFIR; extinta pelo § 3.°, art. 29 da Lei n.° 10.522, de 19/07/02) e, eventualmente, a recolher uma multa proporcional ao dano, os responsáveis que tiverem suas contas julgadas irregulares pelo TCU terão os seus nomes enviados ao Ministério Público Eleitoral, conforme o art. 1.°, inc. I, alínea “g”, e o art. 3.° da Lei Complementar n.° 64, de 18.05.90, combinado com o art. 91 da Lei n.°8.443/92 (Lei Orgânica do TCU). Esses responsáveis, se declarados inelegíveis pela Justiça Eleitoral, ficarão impossibilitados de candidatar-se a cargos eletivos por cinco anos.

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Quais as peças exigidas num processo de Tomada de Contas Especial à vista da IN/TCU n.°

35/2000?

1) Ficha de qualificação do responsável, indicando: nome, CPF, endereço residencial, profissional e número de telefone, cargo, função e matrícula (se servidor público).2) Termo formalizador da avença, quando for o caso.3) Demonstrativo financeiro do débito, indicando: valor original, origem e data da ocorrência, parcelas recolhidas e respectivas datas de recolhimento, se for o caso.4) Relatório do Tomador de Contas indicando, de forma circunstanciada, as providências adotadas pela autoridade competente inclusive quanto aos expedientes de cobrança de débito remetidos ao responsável.

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Quais as peças exigidas num processo de Tomada de Contas Especial à vista da IN/TCU n.°

35/2000?5) Relatório da comissão de sindicância ou de inquérito (se for o caso).6) Cópias das notificações expedidas ao responsável e àentidade convenente (se for o caso), relativamente à cobrança, acompanhadas de Aviso de Recebimento (AR), ou qualquer outra forma que assegure a certeza da ciência do interessado, conforme disposto no § 3.°, art. 26 da Lei n.° 9.784, de 20/01/99 (vide item 3 da Nota n.º 65/2001 GSNOR/SFC, de maio de 2001).7) Informação do gestor de que o nome do responsável foi incluído no Cadastro Informativo dos Débitos não Quitados de Órgãos e Entidades Federais (CADIN), na forma prevista na legislação em vigor (Lei n.° 10.522/2002).Obs.: pela alínea “d”, item 8 do Acórdão n° 274/2001-TCU-P, encaminha-se o nome ao CADIN após o trânsito em julgado das deliberações do Tribunal de Contas da União.

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Quais as peças exigidas num processo de Tomada de Contas Especial à vista da IN/TCU n.°

35/2000?8) Registro de inscrição de responsabilidade do Agente.9) Registro de inadimplência, suspensão de inadimplência ou impugnação da convenente.10) Elementos emitidos, por área técnica da concedente, relativos à celebração do convênio, que subsidiem a manifestação do Controle Interno sobre a observância das normas legais e regulamentares pertinentes, com relação à celebração do termo, avaliação do plano de trabalho, fiscalização do objeto e instauração tempestiva da tomada de contas especial e demais documentos constantes da solicitação de recursos (§ 1.°, art. 4.° da IN/TCU/n.°13/96).11) Outro elemento que permita ajuizamento acerca da responsabilidade ao Erário (especificar).

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Quais as peças exigidas num processo de Tomada de Contas Especial à vista da IN/TCU n.°

35/2000?

12) Outras observações.

Em caso de dúvidas, sugerimos entrar em contato com a Coordenação-Geral de Auditoria de Tomada de Contas Especial da Secretaria Federal de Controle Interno – SFC/CGU, tels. (61) 61 3412-7095, 7061, 7367, 7131, 7136 ou 7133, conhecedora do assunto por força do inc. III, art. 16 do Decreto n.° 4.490, de 28/11/2002 (in DOU de 29/11/2002, Seção 1, p. 23).

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Aspectos contábeis básicos(ótica do órgão federal concedente)

SIAFIO Tribunal de Contas da União determinou ao DNIT que

atualizasse, no SIASG , os dados relativos à execução financeira de convênio, bem assim as informações referentes aos contratos dele decorrentes, após a disponibilização, pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do novo módulo (SICONV/SIASG - Sistema de Gestão de Convênio, Contrato de Repasse e Termo de Parceria), do referido sistema destinado a viabilizar a digitação e o tratamento de dados dos contratos executados no âmbito dos convênios, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres (item 9.1, Acórdão n° 923/2005-TCU-Plenário, DOU de 14.07.2005, S. 1, p. 163).

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Um aparte, por favor!A LDO para 2005 (Lei n.° 10.934, de 11/08/2004, art. 19) determina que os órgãos e entidades concedentes disponibilizarão no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) informações sobre os convênios firmados.Os órgãos e entidades que decidirem manter sistemas próprios de controle de convênios deverão providenciar a transferência eletrônica de dados para o SIASG, mantendo-os atualizados mensalmente.O concedente deverá manter atualizado (no SIASG) os dados referentes à execução física e financeira dos contratos correspondentes aos convênios que celebrar.Conferir IN/SLTI/MP/n.° 01, de 08/08/2002 (DOU de 09/08/2002), a qual dispõe sobre os módulos para o SIASG (vide em http://www.comprasnet.gov.br , em “legislação”).

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O COMUNICA n° 022107, de 14.07.2005, da emissora SLSG/SIASG/DF, explicita que desde 04.07.2005, o Sistema de Gestão de Convênios (SICONV) está disponível no SIASG; informando que, em atendimento à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), os novos convênios deverão ser incluídos através do SIASG, os quais serão registrados automaticamente também no SIAFI, para posterior execução (EXECCONV). Para os convênios registrados no SIASG/SICONV, os respectivos documentos orçamentários (NE e NC) deverão ser incluídos também via SIASG. Cabe ressaltar que, em breve, será obrigatória a inclusão dos convênios que não foram incluídos via SIASG, e seus respectivos documentos orçamentários, por meio do SICONV.A respectiva habilitação, no novo Sistema (SICONV), deverá ser realizada pelos cadastradores parciais de cada órgão. O manual estará disponível no Portal de Compras do Governo Federal -Comprasnet, Link Publicações> Manuais> SIASG> Manual SICONV ; ao tempo em que esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos com os Srs. Kleber e/ou Neto, do MP/DLSG, no telefone (61) 3313-1066, ou pelos e-mail’s

[email protected]@planejamento.gov.br

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Importante!Deve haver compatibilidade entre os prazos de vigência dos contratos firmados pelos partícipes locais e o do convênio federal correspondente (item 9.1.13.3, Acórdão n° 1.005/2005-TCU-Plenário, DOU de 28.07.2005, S. 1, p. 123).

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ASPECTOS CONTÁBEIS NO SIAFI (CONCEDENTE)

1° Pré-convênio

2° Convênio ..............................

3° Liberação dos $ (OB) ..........

4° Prestação de .......contas

A LIBERAR

A COMPROVAR

A APROVAR

APROVADO INADIMPLÊNCIA INADIMPLÊNCIA

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Registros contábeisO manual SIAFI, da Secretaria do

Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda (volume 05 - Subsistema Convênio, módulo 08.00.00) contém as informações necessárias para a operacionalização dos registros no SIAFI.

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Considerando tratar-se o SIAFI da base de dados oficiais do Governo Federal, aliado ao imperativo de configurar-se a contabilidade em sistema tempestivo de informações e, considerando ainda, o disposto no artigo 77 do Decreto-lei n.° 200/67, o qual dispõe que “todo ato de gestão financeira deve ser realizado por força do documento que comprove a operação e registrado na contabilidade, mediante classificação em conta adequada”, o agente público deve primar pela tempestividade e pela fidedignidade dos lançamentos contábeis, “em observância às normas vigentes e àtabela de eventos do SIAFI”, segundo parágrafo único, art. 6.° do Decreto n.° 3.589, de 06/09/2000.

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FLUXO DO CONVÊNIO NO SIAFI

1º - PRÉ-CONVÊNIOTransação no SIAFI =ATUPRECONV

Base legal: inciso I, art. 4º da IN/STN/nº01/97.

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Art. 4º, inc. I ⇒ Atendidas as exigências de regularidade (art. 3.°), o setor técnico e o de assessoria jurídica do órgão ou entidade concedente, segundo as suas respectivas competências, apreciarão o texto das minutas de convênio, acompanhado do extrato, obtido mediante consulta ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal -SIAFI, do cadastramento prévio do Plano deTrabalho, realizado pelo órgão concedente, contendo todas as informações ali exigidas para a realização do convênio (pré-convênio).

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2º - CONVERSÃO DO PRÉ-CONVÊNIO EM CONVÊNIO (após publicação do extrato no DOU)Transação: CONVERCCONVBase legal: art. 13 da IN/STN/n.º 01/97“ Art. 13. A execução de convênio subordinar-se-á ao prévio cadastramento do Plano de Trabalho, apresentado pelo convenente, no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal -SIAFI, independentemente do seu valor, ou do instrumento utilizado para sua formalização.”

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Após a conversão (com a concomitante geração do n.°/SIAFI da

transferência), o convênio serálançado automaticamente na conta

contábil 1.9.9.6.2.03.00 - A LIBERAR.

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3º - LIBERAÇÃO DOS RECURSOSTransação: OB

Base legal: Capítulo VI da IN/STN n.º 01/97Nenhuma liberação de recursos transferidos poderáser efetuada sem o prévio registro no Subsistema CAUC do SIAFI (art. 47 da Lei n.° 10.934, de 11/08/04).O novo CAUC possibilita a verificação de

inadimplências pela Internet (regularidade do Ente); sendo que qualquer CNPJ do Ente Federado o prejudicará como um todo.

Destacamos os artigos 19 e 21, conforme segue:

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“Art. 19. A liberação de recursos financeiros por força de convênio, nos casos em que o convenente não integre os orçamentos fiscal e da seguridade social, constituirá despesa do concedente; e o recebimento receita do convenente”.

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Art. 19, parágrafo único. Quando o convenente integrar o Orçamento Fiscal ou o da Seguridade Social, a liberação dos recursos se processará mediante:I – repasse *:a) do órgão setorial de programação financeira para entidade da administração indireta e entre estas; eb) das entidades da administração indireta para órgãos da administração direta, ou entre estes, se de outro órgão ou Ministério.(*) Repasse: liberação de recursos de Órgão Setorial de Programação Financeira para entidade (ai); entre entidades (ai); de entidade (ai) para órgão da administração direta; entre órgãos da administração direta de ministérios diversos (art. 19, inciso II do Decreto n.°825, de 28/05/93).

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II - Sub-repasse ** - entre órgãos da administração direta de um mesmo órgão ou ministério e entre unidades gestoras de uma mesma entidade da Administração Indireta”.(**) Sub-repasse: liberação de recursos dos Órgãos Setoriais de Programação Financeira para as UG’s de sua jurisdição e entre as UG’s de um mesmo ministério, órgão ou entidade (art. 19, inciso III do Decreto n.° 825, de 28/05/93).

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“ Art. 21. A transferência de recursos financeiros destinados ao cumprimento do objeto do convênio obedecerá ao Plano de Trabalho previamente aprovado, tendo por base o cronograma de desembolso, cuja elaboração terá como parâmetropara definição das parcelas o detalhamento daexecução física do objeto e a programação financeirado Governo Federal”. A Unidade Gestora deverá observar, no momento da liberação dos recursos, o evento adequado (vide art. 73 do Decreto-lei n.° 200/67).

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Após a liberação dos recursos, o convênio serálançado automaticamente na conta contábil 1.9.9.2.04.00 - A COMPROVAR

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TERMO ADITIVOTransação: INCADITIVOBase legal: art. 16 da IN/STN/nº 01/15

Os convênios só poderão ser alterados, com as devidas justificativas, mediante proposta a ser apresentada em prazo que vier a ser fixado pelo ordenador de despesa do concedente, antes do término da vigência (art. 15), e desde que aceita pelo Ordenador de Despesas. As alterações sujeitam-se ao registro no SIAFI, conforme determina o art. 16 da IN/STN/Nº 01/97.

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4º - PRESTAÇÃO DE CONTAS

Transação: EXECCONVFindo o prazo para a prestação de

contas:SITUAÇÃO 1 - o convenente apresenta a

prestação de contas no prazo legal, e o ordenador de despesas efetua imediatamente o registro do recebimento no SIAFI.

Base legal: § 2.º do art. 31 da IN/STN/nº 01/97.

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Após efetuar a transação EXECCONV tipo de execução 01 o saldo do convênio passará da conta 1.9.9.6.2.05.00 - A APROVAR

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Situação 2 - quando o convenente não apresentar a prestação de contas no prazo estabelecido (após 90 dias do término da vigência), o ordenador de despesas efetuará o registro de INADIMPLÊNCIA EFETIVA no SIAFI, sem embargos das providências previstas no § 7º do art. 31.Base legal para o lançamento de inadimplência: § 2.º, art. 31 da IN/STN/nº 01/97.

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Após efetuar a transação EXECCONV, tipo de execução 04, o saldo do convênio passará da conta contábil 1.9.9.6.2.04.00 - A COMPROVARpara 1.9.9.6.2.09.01 - INADIMPLÊNCIA EFETIVA.

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5º - ANÁLISE DA PRESTAÇÃODE CONTAS

Transação: EXECCONVSituação 1 - O Gestor (ordenador de despesa da unidade concedente), no prazo de 60 dias, manifestando expressamente que aprova prestação de contas, registrará o convênio na situação de APROVADO no SIAFI e manterá o processo arquivado na unidade gestora.Base legal: caput e § 3º, art. 31 da IN/STN/nº 01/97 (com a redação dada pelo art. 1.° da IN/STN/nº01/2000, que acabou com a homologação no SIAFI); bem como parágrafo único, art. 8.° do Decreto n.°3.589, de 06/09/00.

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Situação 2 - O Gestor, no prazo de 60 dias, manifestando expressamente que não aprova a prestação de contas, registrará no SIAFI a situação de INADIMPLÊNCIA EFETIVA e tomarámedidas saneadoras (notifica a entidade para apresentação de justificativas e alegações de defesas julgadas necessárias).Base legal: caput e § 4.º, art. 31 e § 1.º do art. 38 da IN/STN/nº 01/97.

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PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL

“ Art. 35. Constatada irregularidades ou inadimplência na apresentação da prestação de contas parcial, o ordenador de despesas suspenderá imediatamente a liberação de recursos e notificará o convenente dando-lhe o prazo máximo de 30 (trinta) dias para sanar a irregularidade ou cumprir a obrigação”.

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(...) Parágrafo único: Decorrido o prazo da notificação, sem que a irregularidade tenha sido sanada, ou adimplida a obrigação, o Ordenador de Despesas comunicará o fato, sob pena de responsabilidade, ao órgão setorial do Sistema de Contabilidade Federal (vide incisos III e VI do Decreto n.° 3.589/00) a que estiver jurisdicionado que providenciará (…) a instauração de Tomada de Contas Especial (…)”.

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6º - TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

Na hipótese de a prestação de contas não ser aprovada, bem como a sua não apresentação, exauridas todas as providências cabíveis, o Ordenador de Despesas encaminhará o processo ao órgão setorial de contabilidade a que estiver jurisdicionado, solicitando a instauração de Tomada de Contas Especial.

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SUSPENSÃO DE INADIMPLÊNCIA(moda antiga, égide da IN/STN/n.° 02/93)Poder-se-ia baixar a inadimplência da instituição que, sob nova administração, comprovasse não ter sido o atual administrador o responsável pelos atos anteriores inquinados de irregularidades, além de haver tomado todas as providências no sentido de ressarcir o erário, inclusive mediante a impetração de ação judicial competente (§ 3º, art. 3º da IN/STN/n.° 02/93).Atenção: faculta-se, também, a escolha da remessa dos autos da TCE para a SFC como forma de retirar inadimplências (de convenentes) relacionadas a antigos convênios firmados sob a égide da IN/STN/MF/n.° 02/93 (princípio da legislação nova mais benéfica).

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Após a instauração da Tomada de Contas Especial e inscrição do potencial responsável na conta “Diversos Responsáveis” (pelo órgão de contabilidade analítica do concedente) e remessa dos autos à Secretaria Federal de Controle Interno (§ 2.º, art. 5º da IN/STN/ n.º 01/97, com a redação dada pela IN/STN/n.° 05, de 08/10/2001, in DOU de 09/10/2001).No DOU de 25.02.2005, S. 1, p.110, consta que os órgão de controle não admitiram a “ existência (...) de saldo de valores inscritos na conta ‘diversos responsáveis’ sem que houvesse a cobrança das quantias em alcance” ( TC-013.116/1994-0, ref. Acórdão nr. 84/2005-TCU-Plenário).

SUSPENSÃO DE INADIMPLÊNCIA(moda nova)

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Ao pé d`oreia, sô! Presta atenção!!Fica muito fácil para os órgãos de controle (SFC/CGU e TCU) verificarem, em trilhas de pré-auditoria contábil, os seguintes aspectos:

1. convênios em situação de “a comprovar” com vigência expirada;

2. convênios em situação de “a aprovar” com mais de 60 dias de recebimento da respectiva prestação de contas; e

3. saldo na conta de convênios a pagar de exercícios anteriores (conta contábil 21211.03.02; a sinalizar para a liquidação de convênios sem o devido processo de formalização ou para a ausência de baixa no saldo da conta).No DOU de 09.03.2005, S. 1, p. 149, o TCU recomendou fosse evitada “a permanência de saldos na conta contábil 21211.03.02 – ‘Convênios a Pagar de Exercícios Anteriores’por períodos longos, por se tratar de conta transitória” (alínea “c”, item 9.4 do Acórdão nr. 298/2005-TCU-1ª Câmara).

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CasuísticaPerguntas & respostas

Atenção: os exemplos a seguir, utilizando nomesde cidades e distritospitorescos do Brasil, sãofictícios.

“Só divertindo-nos aprendemos. A arte de ensinar não é outra senão a arte de despertar a curiosidade das almas jovens para depois satisfazê-las; e a curiosidade é viva apenas nas almas

felizes” (Anatole France, escritor, 1844-1924).

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• Para convênios que prevejam execução de obras e benfeitorias em imóvel, é necessária a comprovação da propriedade do imóvel por parte do convenente? De que forma pode se dar tal comprovação?

CASO

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PRGG ©

• Resposta: O artigo 2.º, inciso VIII, da IN/STN/MF/n.°01/97 afirma, explicitamente, que o interessado deve comprovar o exercício pleno dos poderes inerentes àpropriedade do imóvel, mediante CERTIDÃO DE REGISTRO NO CARTÓRIO DE IMÓVEL, quando o convênio tiver por objeto a execução de obras ou benfeitorias no mesmo, ressalvadas as condicionantes da IN/STN n° 04, de 04/12/2003, in DOU de 05/12/2003, a qual deu nova redação ao inc. VIII, art. 2°da IN/STN n° 01, de 15/01/1997.

SOLUÇÃO

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• Para recebimento e movimentação dos recursos de um convênio, é necessário que a Prefeitura de Boa Hora-PI (ou Governo Estadual) abra uma conta bancária específica para esse fim ou poderá movimentá-los na conta do tesouro municipal (ou estadual)?

CASO

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PRGG ©

• Resposta: Há necessidade expressa de se abrir uma conta específica para movimentação dos recursos de um convênio, exceto se o convenente for um órgão ou entidade integrante da Conta Única do Governo Federal. Esta exigência trata-se de cláusula obrigatória a constar do Termo de Convênio, conforme preceituado no art. 7.°, inciso XIX, da IN/STN/n.°01/97.

SOLUÇÃO

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207

PRGG ©

• Um determinado município firmou dois convênios concomitantes, de objetos distintos (a - patrulha agrícola; e b - eletrificação rural), com o Ministério da Agricultura. Nesse caso, há necessidade de que a Prefeitura de Recursolândia-TO abra duas contas para movimentação dos recursos ou poderá fazê-lo em uma única conta, por tratar-se de recursos oriundos do mesmo Ministério concedente em Brasília-DF?

CASO

208

PRGG ©

• Resposta: Há necessidade expressa de se abrir uma conta específica para movimentação dos recursos de um convênio. Em se firmando dois ou mais convênios, deve ser aberto o mesmo quantitativo de contas que o número de convênios firmados pois, caso contrário, descaracterizaria a especificidade da conta, bem como prejudicaria, demasiadamente, a análise financeira das prestações de contas respectivas (art. 7.°, inciso XIX, combinado com o art. 20 da IN/STN/n.° 01/97; vide Nota CORIC/SFC/n.°02/97, de 06.03.97, disponível no sistema LEGIS, em http://www.legis.cgu.gov.br/).

• Mesmo quando o governo estadual, por exemplo, possuir “conta única”, mesmo assim faz-se necessária a abertura de conta específica, cf. item 8.5.1 do Acórdão n° 134/2002-TCU-Plenário, in DOU de 26/04/2002.

SOLUÇÃO

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209

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• Para movimentação financeira dos recursos de um convênio, pode a Prefeitura abrir a conta específica no Banco Oficial Estadual ou, necessariamente, a conta do convênio deve ser aberta no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal?

CASO

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PRGG ©

• Resposta: No caso em tela, a Prefeitura poderá abrir e movimentar a conta específica do convênio em um Banco Oficial Estadual (vide inc. IV, artigo 18, da IN/STN/n.°01/97, com a redação dada pela IN/STN/MF/n.° 01/99, de 01/02/99), salvo legislação específica disciplinando em contrário.

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• Quando a contrapartida do convenente for em dinheiro, énecessário que o valor correspondente seja depositado na conta específica do convênio?

CASO

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PRGG ©

• Resposta: Não, conforme esclarecimentos prestados na mensagem CONED/STN/MF nº 283504, de 01/06/2001, a contrapartida, quando em dinheiro, não precisa ser depositada naconta especial do convênio. Ademais a legislação vigente não faz esta exigência, mas, no entanto, se cláusula do instrumento de convênio pactuado assim o exigir, este procedimento torna-se uma obrigatoriedade por parte do convenente. Todavia, o Acórdão n° 1.604/2003-TCU-Plenário afirma que a contrapartida deve ser depositada na conta específica.

• Atenção! O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério da Saúde que adotasse medidas visando o monitoramento da execução dos programas de saúde, por parte dos estados e municípios, quando da alocação de recursos federais, de modo a evitar a permanência de recursos em aplicações financeiras ou em outras modalidades sem a devida utilização (item 9.14.1.3, Acórdão n° 999/2005-TCU-Plenário, DOU de 28.07.2005, S. 1, p. 90).

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• Determinada Prefeitura do Nordeste do País, com 49.000 habitantes, está incluída nos bolsões de pobreza e identificada como área prioritária do Programa “Comunidade Solidária” e está pleiteando um convênio para implantação de um Parque Ecológico no município. Neste caso, a contrapartida poderá ser reduzida?

CASO

214

PRGG ©

• Resposta - Sim, consoante § 2, °art. 44 da Lei n.° 10.934/04 (LDO p/ 2.005). A contrapartida poderá ser reduzida quando os recursos forem oriundos de doações de organismos internacionais ou de governos estrangeiros, ou de programas de conversão da dívida externa doada para fins ambientais, sociais, culturais ou de segurança pública; beneficiarem os municípios, incluídos nos bolsões de pobreza, identificados como áreas prioritárias; ou ainda se destinarem: a) a ações de segurança alimentar e combate àfome, bem como aquelas de apoio a projetos produtivos em assentamentos constantes do Plano Nacional de Reforma Agrária ou financiadas com recursos do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza; (continua...)

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• (continuação) - b) a municípios que se encontrem em situação de emergência ou estado de calamidade pública formalmente reconhecidos por ato do Governo Federal, durante o período em que essas situações subsistirem; c) ao atendimento dos programas de educação básica; d) ao atendimento de despesas relativas à segurança pública.Pelo Decreto n.° 4.185, de 05/04/02 (que substituiu o de n.°3.794, de 19/04/01), as contrapartidas para municípios incluídos nos bolsões de pobreza do “Comunidade Solidária”, do “Comunidade Ativa” (e do “Projeto Alvorada”) serão: a) com até 25 mil habitantes (1%); b) em áreas das ADENE, ADA e no Centro-Oeste (2%); c) para os demais municípios (4%).

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• Após a data de publicação da “Lei de Responsabilidade Fiscal” (Lei Complementar n.°101, de 04/05/2.000, in DOU de 05/05/2.000) pode-se dispensar totalmente contrapartida em convênio?

CASO

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PRGG ©

• Resposta - Não, pois que a Lei Complementar n.° 101/00 exige (para a realização de transferência voluntária) a comprovação, por parte do beneficiário, de que há previsão orçamentária de contrapartida (alínea “d”, IV, art. 25); este éo sentido do § 2.°, art. 44 da Lei n.° 10.934, de 11/08/04, que prevê apenas a redução de limite mínimo de contrapartida. Contrapartida de 0% não é contrapartida. O Secretário do Tesouro Nacional - nos termos do § 3.°, art. 1.° da IN/STN/MF n.° 5, de 08/06/00, in DOU de 09/06/00 -reforçou que o convenente ou beneficiário dos recursosdeverá comprovar, previamente à celebração do respectivoinstrumento e mediante documentação hábil, o cumprimentoda previsão orçamentária de contrapartida, entre outrasexigências do inc. IV, art. 25 da Lei de ResponsabilidadeFiscal. Vide Decreto n.° 4.185, de 05/04/2002. (…)

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• (continuação...) Todavia – acredite se quiser – o art. 29 da MP n.° 2.178-36, de 24/08/2001, afirma que os recursos destinados às ações do Programa de Apoio a Estados e Municípios para a Educação Fundamental de Jovens e Adultos e do Programa de Apoio aos Estados para a Expansão e Melhoria da Rede Escolar do Ensino Médio, instituídos no âmbito do Ministério da Educação, “não estarão sujeitos às exigências estabelecidas no § 2.° do art. 34 da Lei n.° 9.811, de 28 de julho de 1999, no inciso III do art. 35 da Lei n.° 9.995, de 25 de julho de 2000, e no inciso III do art. 34 da Lei n.° 10.266, de 24 de julho de 2001” (Sic).

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• Aquela mesma prefeitura ( com 49.000 hab.) necessitará da comprovação de que instituiu, regulamentou e arrecada os tributos previstos na Constituição Federal [a) IPTU; b) transmissão inter vivos; e c) ISSQN]?

CASO

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PRGG ©

• Resposta - Sim, pois não vale mais a regra do antigo § 8.°, art. 34 da Lei n.° 9.811/99 (LDO p/ 2.000, para aqueles municípios com menos de 50 mil habitantes); o parágrafo único, art. 11 da Lei Complementar n.° 101/00 veda a realização de transferência voluntária para o ente da Federação que não instituir, prever e arrecadar (efetivamente) todos os tributos da competência constitucional.

Daí o porquê em a Gazeta Mercantil de 08/02/01 trazer interessante matéria intitulada “Municípios recorrem a auditorias”, onde consta que consultorias externas estão trabalhando para aumentar a participação das receitas próprias no total disponível às prefeituras, num esforço de reorganização tributária municipal.

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• E como se dará a comprovação de que aquela prefeitura efetivamente instituiu, regulamentou e arrecada os tributos previstos na Constituição Federal [a) IPTU; b) transmissão inter vivos; e c) ISSQN]?

CASO

222

PRGG ©

• Resposta – Dar-se-á “mediante apresentação dos balancetes contábeis dos exercícios anteriores, da proposta orçamentária para o exercício seguinte, caso ainda não iniciado, ou, ainda, da Lei Orçamentária, se já aprovada” (parágrafo único, art. 2.° da IN/STN-MF/n.° 01, de 04/05/01, in DOU de 07/05/01).

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• As entidades de direito privado precisam oferecer contrapartida para a celebração de convênios federais?

CASO

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PRGG ©

• Resposta – Sim, se for exigência constante do instrumento de convênio. A contrapartida poderá ser atendida por intermédio de recursos financeiros, de bens ou de serviços, desde que economicamente mensuráveis (Acórdão n° 1.429/2004-TCU-Plenário), tendo por limites os percentuais estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias anual (Lei n.° 10.934/04; ver § 2.°, art. 2.° da IN/STN/n.° 01/97), conforme orientações da CONED/STN-MF nas Mensagens/s/n.°, de 19/06/01 e de 30/06/01. Todavia, a própria STN-MF, para o exercício de 2001, entendeu (de forma inusitada) que “o disposto no § 2.°, do art. 2.° da IN/STN-MF/n.° 01/97, não obriga, nos casos de convênios de instituições de direito privado, à exigência de contrapartida de recursos, dado que a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o corrente exercício assim não impõe” (Fac-símile/CONED-STN/s/n.°, de 18/04/01, ipsis litteris). Peça a opinião de seu auditor interno; ou ligue para a STN no tel. (61) 3412-3051 ou no fax (61) 3412-3026, [email protected]

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• Qual o percentual de contrapartida a ser aplicado pelas entidades de direito privado?

CASO

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PRGG ©

• Resposta - A contrapartida poderá ser atendida por intermédio de recursos financeiros, de bens ou de serviços, desde que economicamente mensuráveis, tendo por limites os percentuais estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (ver § 2.°, art. 2.° da IN/STN/n.° 01/97), para os municípios onde estiverem localizadas, conforme Parecer n.° 17/97 SFC/CORIC, de 29.08.97.

SOLUÇÃO

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PRGG ©

• Um município da Região Nordeste do país (área da ADENE), com 30.000 habitantes, poderá firmar convênio com determinado Ministério, em Brasília, oferecendo uma contrapartida de 2% do valor do projeto?

CASO

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PRGG ©

SOLUÇÃOResposta – Não, a princípio. A LDO p/ 2.005 (Lei n.° 10.934/04), nos incisos I e II, § 1°, art. 44, limita os seguintes percentuais de contrapartida:

• de 10 a 20%, no caso de convênios com estados localizados nas áreas da ADENE, da ADA ou no Centro-Oeste;• de 20 a 40%, para os convênios celebrados com os demais estados; • de 3 a 8%, em casos de municípios com até 25.000;• de 5 a 10%, nos demais municípios localizados nas áreas da ADENE, da ADA ou no Centro-Oeste;• de 20 a 40%, para os demais municípios.

Todavia, se o referido município integrar a lista do Secretário-Executivo do “Comunidade Solidária”, com relação aos bolsões de pobreza, a contrapartida será de 2%, conforme Decreto n.° 4.185, de 05/04/02; vide Portaria de n.° 02, de 09/04/2002, in DOU de 12/04/2002, Seção 1, páginas 20 a 27.

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CASO

• Os salários pagos pelo convenente a seus funcionários, seja organização pública ou entidade privada sem fins lucrativos, podem ser considerados como contrapartida?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - Sim, desde que os funcionários

estejam diretamente envolvidos na execução do objeto do convênio (vide § 2.°, art. 2.° da IN/STN/MF/n.°01/97).

Atenção, a STN-MF, para o exercício de 2001, entendeu (de forma inusitada): “O disposto no § 2.°, do art. 2.° da IN/STN-MF/n.° 01/97, não obriga, nos casos de convênios de instituições de direito privado, àexigência de contrapartida de recursos, dado que a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o corrente exercício assim não impõe” (Fac-símile/CONED-STN/s/n.°, de 18/04/01, ipsis litteris).

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PRGG ©

CASO

• Pode-se transferir recursos federais para entidade privada sem fins lucrativos, objetivando despesas locais de investimento (obras, aquisição de imóvel, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente...)?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - Sim, é possível mediante auxílio,

conforme entendimento do Egrégio Tribunal de Contas da União nos termos da Decisão n° 210/2000-TCU-Plenário, in DOU de 25/04/2000. Todavia, háque estar previsto (em termo constitutivo da pessoa jurídica), como cláusula pétrea, a transferência ou retorno de seu patrimônio ao Estado ou à Instituição dotada das mesmas características, no caso de encerramento de suas atividades.

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CASO

• Munícipes interessados na consecução do objeto do convênio, mediante o oferecimento ao Prefeito de trabalho voluntário e gratuito, poderão ter suas horas trabalhadas arroladas como contrapartida da Prefeitura de Bem-Bom (BA)?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - Não é recomendável, pois que tal prestação

de serviços não encontra amparo na Lei Nacional n.° 8.666/93, de cumprimento obrigatório por parte da Prefeitura, conforme art. 27 da IN/STN/MF/n.° 01/97. Convém lembrar que esta lei instituidora de normas de licitações e contratos administrativos também é a lei que dispõe sobre os convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres (art. 116 da Lei n.° 8.666).

Por outro lado, o Tribunal de Contas da União afirmou que, em convênios federais, despesas efetuadas com prestador de serviço voluntário devem ser devidamente comprovadas, sob pena de glosa desses valores e de rejeição da respectiva prestação de contas (item 9.3.1, TC-016.409/2002-5, Acórdão n° 1.133/2005-TCU-Plenário, DOU de 22.08.2005, S. 1, p. 172).

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CASO

Pode-se fazer convênio para que uma pessoa jurídica promova treinamento e aperfeiçoamento de pessoal (curso sobre convênios, por exemplo) de determinado órgão público federal?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - Sim, desde que haja a necessária

reciprocidade de interesses e o convenente não tenha fins lucrativos (vide ILC de jan/2001); todavia o Tribunal de Contas da União já decidiu (Decisão/TCU/n.° 439/98, in DOU de 31/07/98) que o ideal, em casos do gênero, seria a inexigibilidade de licitação pelo art. 25 da Lei n.° 8.666/93.

Todavia, deve ser exigida dos convenentes a guarda de comprovantes do cumprimento das obrigações pactuadas, especialmente no que se refere aos cursos ofertados e respectivas cargas horárias, total de alunos matriculados, endereços e telefones dos alunos beneficiados (item 9.2.4 do Acórdão nº 480/2005-TCU-Plenário, DOU de 09.05.2005, S. 1, p. 92).

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CASOO pagamento de horas/aula a instrutores (servidores

públicos), em convênio, está vedado pelo inc. II, art. 8.° da IN/STN-MF/n.° 01/97?

Obs: LDO p/2005 (Lei n.° 10.934, de 11/08/04, inc. VIII, art. 29)Art. 29. Não poderão ser destinados recursos para atender a despesas com:(...)VIII – pagamento, a qualquer título, a militar ou a servidor público, da ativa, ou a empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, por serviços de consultoria ou assistência técnica, inclusive os custeados com recursos provenientes de convênios, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, firmados com órgãos ou entidades de direito público ou privado, nacionais ou internacionais.

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Não, “cumpre informar que entendemos que o

pagamento de horas/aula a instrutores e professores, ainda que servidores públicos, não sofre restrição perante a referida IN. (…) Entendemos que a ministração de aulas ou instruções não se enquadra no conceito de consultoria e/ou assistência técnica” (Fac-símile/STN-MF/s/n.°, de 30/01/01). Ademais, a nova redação do inc. II, art. 8.° (pela IN/STN-MF/n.° 02, de 25/03/2002) proíbe apenas consultoria e assistência técnica. Em tempo, não raras vezes, os melhores especialistas se encontram nos quadros do próprio Setor Público (vide art. 11 do Decreto n.° 4.081/2002).

Obs: como serviço de consultoria, entende-se os instrumentos “celebrados com pessoas físicas ou jurídicas, mediante os quais os contratados obrigam-se a fornecer produto de natureza intelectual para uso do órgão ou entidade contratante com o objetivo de subsidiar a tomada de decisão” (vide Decisão n.° 330/2002-Plenário, processo n.° 016.049/1999-3, in DOU de 24/04/2002).

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta (continuação) – Em tempo, o Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão, mediante entendimento oficial da Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação (da SRH/MP) em 18/12/2002, inserido no processo n.°04500.002854/2002-11, afirmou pela impossibilidade de contratação de Professores de Instituições Federais de Ensino, optantes pelo regime de dedicação exclusiva-DE (40 horas semanais de trabalho e 2 turnos diários), para acordos de cooperação técnica internacional, conforme proibição do inciso I, art. 14 do Decreto n.° 94.664, de 23/07/1987.

Há que se adotar cuidados redobrados nos convênios celebrados com fundações de apoio (onde muitos professores universitários também prestam serviço); que, segundo Decisão n°727/2000-TCU-Plenário (e art. 3°, IV, da Lei n° 8.958/94), sujeitam-se, ainda, a fiscalização do TCU e da CGU.

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• Resposta (continuação) – O Tribunal de Contas da União determinou ao Instituto Benjamin Constant que se abstivesse de contratar servidores públicos por meio de convênios federais, por contrariar a IN/STN n° 01/1997 e a LDO (item 1.16, TC-011.832/2004-9, Acórdão n° 1.017/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 05.07.2005, S. 1, p. 135).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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• Por quais meios o órgão proponente pode comprovar que dispõe de contrapartida para execução do futuro objeto do pretendido convênio federal?

CASO

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta - Mediante qualquer meio de prova capaz de imprimir convicção, ao concedente, de que os recursos referentes à contrapartida estão devidamente assegurados. A comprovação citada poderá ser feita, por exemplo, pela apresentação:

• da Lei Orçamentária do Estado ou Município, aprovada;• declaração expressa do convenente....(continua)

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO• do Projeto de Lei Orçamentária;• do Pedido de Suplementação de Crédito;• da documentação que demonstre o exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do bem imóvel;• da demonstração da disponibilidade de recursos humanos, de bens ou serviços economicamente mensuráveis, com o respectivo valor/custo; etc.Atenção para o constante no inciso XXIII, art. 1.° do Decreto-lei n.° 201, de 27/02/67, com a redação dada pelo inc. XXIII, art. 4.° da Lei n.° 10.028, de 19/10/2000 (DOU de 20/10/2000): “realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição estabelecida em lei”.

244

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CASO

Pode o proponente apresentar algumas certidões de que tratam os incisos de I a VI (SRF e PGFN; CRP/INSS; FGTS; PIS/PASEP e CADIN), art. 3° da IN/STN/01/97, com prazos vencidos, ficando para atualizá-las quando da assinatura do convênio?

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• Resposta - Não. Ao apresentar a proposição do projeto a ser executado, o proponente deverá apresentar os comprovantes de regularidade constantes dos incisos anteriormente mencionados devidamente vigentes, visto que a documentação será submetida à apreciação jurídica do órgão transferidor, que fará tal exigência (inc. II, art. 4.°, da IN/STN/n.° 01/97).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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Resposta (continuação) – Pelo § 2.°, art. 40 da LC n.°101/00 (LRF), nas operações de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e fomento para o repasse de recursos externos, a STN/MF sóprestará garantia a ente que atenda, também, às exigências legais para o recebimento de transferência voluntária (videincisos V e VII, art. 5.° do Decreto n.° 3.590, de 06/09/2000).

O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério do Meio Ambiente que, quando da celebração de convênios, se abstivesse de publicá-los enquanto existir pendência de apresentação da documentação obrigatória (item 1.11, TC-010.634/2003-0, Acórdão n° 1.389/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 20.07.2005, S. 1, p. 89).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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CASO

Pode a assessoria jurídica do órgão público estadual beneficiário apreciar o termo de convênio, após a assinatura do instrumento?

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• Resposta – Não, até mesmo porque o art. 4.° da IN/STN/MF/n.° 01/97 é silente quanto à apreciação jurídica do órgão estadual (vide, todavia, o parágrafo único, art. 38 da Lei n.° 8.666/93, ao qual também está vinculado o órgão público estadual). Sugere-se, a título de boa prática administrativa, que a minuta do convênio também seja remetida à apreciação do órgão de advocacia consultiva do futuro convenente; em especial se ele for de outra esfera administrativa, sujeito às disposições do parágrafo único, art. 38 da Lei Nacional n.° 8.666, de 21/06/93.O Tribunal de Contas da União determinou a um Ministério que se manifestasse, de forma fundamentada e conclusiva, sobre irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas Estadual (TCE), quanto a glosas e ao excesso de custos verificado (excesso de valor pago em relação ao executado) (item 1.2, TC-009.146/2005-7, Acórdão n° 1.263/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 06.07.2005, S. 1, p. 225).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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CASO

Pode o Ordenador de Despesas do órgão/entidade federal concedente não observar os pareceres técnicos ou jurídicos contrários à celebração de convênio?

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• Resposta – Sim, “tudo é permitido, mas nem tudo convém” (I Cor 6, 12 e I Cor 10, 23). O Tribunal de Contas da União, contudo, não aceitou tal prática no âmbito do INCRA/PB, conforme instrução do Acórdão n° 104/2000-TCU-P, in DOU de 13/06/2000.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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CASO

Pode uma determinada Assembléia Legislativa exigir apreciação e aprovação prévias de convênios firmados pelo Poder Executivo Estadual com o Governo Federal, de que resultem para o Estado alguma obrigação de caráter pecuniário?

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• Resposta – Não (vide inc. V, art. 103 e alíneas “a” e “p”, art. 102 da CF/88), diante dos princípios da independência e harmonia dos poderes. Ademais, a Assembléia Legislativa manifesta sua autorização prévia quando da apreciação da lei orçamentária anual (art. 165, § 8.°, CF/88), de iniciativa do Executivo; como também é objeto de autorização legislativa a abertura de crédito suplementar (ou especial; vide art. 167, inc. V da CF/88). Em que pese não restar dúvidas quanto à ação fiscalizadora do Legislativo sobre o Executivo, o STF tem decidido que tais exigências ofendem a CF/88, conforme se depreende na ADIns de n.°s 462-0 (BA, in DJ de 02/08/92); 177-9 (RS); 342-9 (PR); 165-5 (MG) e 676-2 (RJ); conferir, ainda, Jurisprudência do ILC (Informativo de Licitações e Contratos) de agosto/97.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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CASO

Podem ser aceitas despesas tais como requisição de talões de cheques, CPMF e extratos bancários, nas prestações de contas?

254

PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta - Com exceção da CPMF, as demais, por serem taxas bancárias, não poderão ser demonstradas como despesas. De acordo com o inciso VII, art. 8° da IN/STN/01/97, a inclusão de despesas da espécie é vedada, bem como despesas com multas, juros ou correção monetária, referentes a pagamentos ou recolhimentos fora do prazo.

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PRGG ©

CASO

Num convênio, podem ser explicitados gastos com depreciação, computados em “reserva para reequipamento”?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Segundo Mensagem/CONED-STN/s/n.°, de 29/03/01, “no que reporta à reserva para reequipamento, que pode incluir os gastos de depreciação ou amortização, entendemos nada a opor, desde que constante dos custos do projeto” (ipsislitteris).

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PRGG ©

CASO

Um convênio que teve seu prazo de execução encerrado em 30.11 poderia ter sua vigência com término originalmente fixado em 28.02 do ano seguinte (considerando a inexistência de termo aditivo anterior)?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Não. A vigência deveria ter sido fixada de acordo com o prazo previsto para a execução do objeto do convênio expresso no plano de trabalho; pois a partir de 27/03/2002 o prazo de prestação de contas não está mais incluído no prazo de vigência.

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CASOA prorrogação por atraso na liberação dos recursos de que trata o inc. IV, art. 7.° da IN/STN/MF/n.° 01/97 (por limitação do empenho das dotações orçamentárias e da movimentação financeira para atingir a meta de resultado primário, nos termos do art. 9.° da Lei Complementar n.° 101/00) prescinde do termo aditivo a que se refere o art. 15 da referida Instrução Normativa?Contingenciamento de despesa e corte linear das emissões: “Art. 9.° Se verificado, no final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias” (Lei Complementar n.°101, de 04/05/2.000).

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Não, conforme entendimento da Secretaria Federal de Controle Interno, nos termos do seu Parecer n.°17, de 29/08/1997. “A expressão ‘de ofício’ (…) não enseja a dispensa das justificativas a que se refere o caputdo art. 15, (…) justificando-se que a prorrogação do prazo de vigência deu-se devido a atraso na liberação dos recursos e, mais conforme o art. 17 do ato normativo, a eficácia do convênio e seus aditivos condiciona-se àpublicação do respectivo extrato no DO”, sem embargos aos respectivos registros no SIAFI (art. 16 da IN/STN/MF/n.° 01/97).

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CASO

Um convênio, assinado e publicado, com vigência até31/12 teve seus recursos contingenciados, e sódescontingenciados no dia 30/12 (tendo sido inscritos em “restos a pagar”, pois que não houve transferência alguma no exercício). Atingido o prazo fatal de vigência (31/12), sem pronunciamento ou providências do concedente para prorrogação, pergunta-se: aplica-se a prorrogação por atraso (inc. IV, art. 7.° da IN), mesmo que procedida no exercício seguinte?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Não, a prorrogação deveria ter sido providenciada pelo concedente, impreterivelmente, até o dia 31/12, conforme entendimento freqüente do Egrégio Tribunal de Contas da União no sentido de que não hácomo prorrogar algo que não mais existe no mundo do Direito, uma vez que já extinto por atingimento do prazo de vigência, conforme Informação n.°002/GAB/COFIC/CISET/MEC, de 26/04/99.Obs: Ver: a) art. 20 do Decreto n.° 2.451 (RP para efetiva execução no exercício), o qual foi revogado pelo Decreto n.° 3.331, de 07/01/2000; b) Decreto n.° 4.049, de 12/12/2001.

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CASO

No caso de aquisições de bens, de contratação de obras civis ou de seleção de consultores em um convênio federal firmado à conta de recursos provenientes (no todo ou em parte) de acordo de empréstimo junto ao BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento), deve-se aplicar a Lei n.° 8.666/93 (na hipótese de o convenente ser uma prefeitura ou governo estadual) para evitar quebra da soberania nacional?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Depende. Primeiramente, há que se mencionar que um acordo de empréstimo, como pacto específico (i -decorrente do Tratado de Bretton Woods, em 22/07/44; ii -demanda autorização do Senado Federal; e iii - de natureza específica), decorre de Tratado Internacional que, uma vez ratificado, incorpora-se ao ordenamento jurídico brasileiro como se fosse lei ordinária, recepcionando-o como norma de direito supranacional (vide § 2.°, art. 5.° da CF/88).

Assim sendo, as normas de aquisição de bens e obras, bem como os procedimentos para seleção de consultores, integram os acordos internacionais assinados pelo Brasil (videanexo IV de Acordo de Empréstimo com o BIRD) que, após aprovados e promulgados, incorporam-se ao ordenamento jurídico interno.

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta (continuação) – Por força de cada Acordo de Empréstimo, os desembolsos dos recursos financiados pelo BIRD estarão adstritos às despesas elegíveis, além de respaldarem-se em 4 princípios: a) necessidade de economia e eficiência na implementação do projeto, principalmente nas aquisições de bens, serviços e contratação de consultores neles previstos; b) o interesse do BIRD em oferecer a todos os licitantes elegíveis, de 189 países desenvolvidos e em desenvolvimento, a oportunidade de competir para o fornecimento de bens e serviços financiados pelo Banco (DB-Diário Oficial da ONU); c) o interesse do BIRD em estimular o desenvolvimento da indústria nacional do país do projeto; e d) a importância da transparência no processo de aquisições.

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta (continuação) – Ora, como as diretrizes do BIRD para aquisições e contratações baseiam-se em princípios específicos de economia, transparência e eficiência, todos os princípios da Lei n.° 8.666/93 estão atrelados a um ou a outro daqueles 3 princípios, razão porque a aplicação das diretrizes do BIRD éjuridicamente correta.Assim, como regra prática, quando presente um centavo de US$ do Banco, deverão ser adotadas as regras “guidelines” do BIRD; quando se estiver executando tão apenas recursos da contrapartida nacional, dever-se-á adotar a Lei n.° 8.666/93 (conferir Parecer n.° 1.413/CONJUR/MMA/99, de 08/12/99; Consulta TC 7225/91, de 05/05/92, do TCE/BA; Acórdão TJ/MS ref. Ap. 35.438-3, de 21/12/93; Decisão n.° 245/92-TCU-Plenário, de 20/05/92; Acórdão TCE/SP n.° 8424/026/91, de 07/04/93; Parecer TCE/PR n.° 6.420/95; entre outros).

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CASO

Quais são as regras básicas do BIRD em aquisições de bens, de contratação de obras civis ou de seleção de consultores em um convênio federal firmado à conta de recursos provenientes do Banco, então?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – São basicamente 4 as modalidades que estarão explicitadas no Acordo de Empréstimo com o BIRD:a) ICB (International Competitive Bidding, ou concorrência pública internacional) – é a regra geral; é utilizada quando as obras importam mais de US$ 5 milhões, e a aquisição de bens e a contratação de serviços somarem mais de US$ 350 mil. Há ampla divulgação (United Nations Development Business, Notificação Geral de Aquisições; jornal de circulação nacional; embaixadas e/ou missões comerciais); preferência doméstica somente para bens brasileiros; em inglês, francês ou espanhol; especificação da moeda de cotação; procedimento em 1 envelope; exame prévio e obrigatório pelo Banco; prazo razoável para elaboração das propostas; critério de avaliação explícito (geralmente o menor preço avaliado). O BIRD não permite que se dê vista das propostas em seção de abertura.

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta (continuação) – b) NCB (National Competitive Bidding, ou concorrência pública nacional, de âmbito internacional) – se algum fornecedor estrangeiro quiser participar, poderá fazê-lo. A única diferença marcante com relação à ICB é quanto à divulgação (em jornais nacionais). O idioma nacional é aceitável, as preferências não são aceitáveis e o prazo para preparar ofertas não émenor do que 30 dias;c) Shopping (comparação de preços) – para comprar em 10 a 15 dias; compras pequenas; comissão de avaliação; pode-se variar em até 15% (semelhante ao § 1.°, art. 65 da Lei n.° 8.666/93); no mínimo 3 propostas escritas (fax é aceitável); não há habilitação; não se pode falar de marca; definir quantidade dos bens, prazo elugar de entrega dos mesmos.

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta (continuação) – d) LCB (Limited International Bidding, ou concorrência internacional limitada) – quando o número de fornecedores é limitado quando da aquisição de componentes especializados em projetos industriais. Deve-se solicitar propostas a um número limitado de fornecedores, com a não objeção do Banco, utilizando-se os mesmos procedimentos de uma licitação pública internacional (ICB), não aplicando preferências nacionais.Atenção: o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão tem orientado os interessados nesses assuntos “birdianos”; tratar com a Secretaria de Assuntos Internacionais –SEAIN/MP, telefones n.°s (61) 429-4823 ou (61) 429-4395, e-mail: [email protected]

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CASO

E se a prefeitura de Rio Sono-TO, na condição de convenente, em vez do shopping optou pela dispensa de licitação na contratação de serviço ou na efetivação de compra de pequeno vulto (até R$ 8 mil; cf. inc. II, art. 24 da Lei n.° 8.666/93), tratando-se de instrumento pactuado à conta de recursos do BIRD? “E agora José”?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – “Morreu!” (dá-lhe Nérso), pois que as Diretrizes e Termos de Referência para Auditoria de Projetos Financiados peloBanco Mundial na Região da América Latina e Caribe exigem ações de auditoria para a verificação “in loco” (anual ou interina) do cumprimento das cláusulas do acordo de empréstimo e dos regulamentos aplicáveis, em especial no tocante às licitações realizadas, para certificação de que os procedimentos de aquisição do BIRD foram devidamente seguidos; sendo que o Banco supervisiona o trabalho executado pelos auditores.No caso desta pergunta, as despesas poderão ser consideradas inelegíveis pela Secretaria Federal de Controle Interno –SFC/CGU. Em se tratando de convênio firmado no âmbito das demais esferas de governo, atuará auditor independente.

Atenção: sobre o assunto, sugere-se procurar a SFC/CGU; tels. (61) 412-7188 ou (61) 412-7190, diante do inc. III, art. art. 17 do Decreto n.° 4.490/02.

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CASO

Quando do repasse de recursos a outros entes federativos e/ou seus órgãos e entidades, decorrentes de empréstimos ou acordos internacionais, aprovados pelo Senado Federal, são admitidas condições particulares que contrariem a normatização nacional vigente (atual IN/STN n.° 01/97), como por exemplo o possível ressarcimento de despesa realizada anteriormente àvigência do convênio?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – O Tribunal de Contas da União (cf. item 8.3.1 da Decisão n.°333/1999-Plenário, de 09/06/99, processo n.° 825.201/1997-7, in DOU de 22/06/99) admitiu condições particulares que contrariem a normatização vigente da STN, desde que seja(m) incluída(s) “no instrumento formalizador cláusula(s) específica(s) para tal mister, dando conta da excepcionalidade da medida, diante das disposições da norma geral vigente, e fazendo referência à autorização do Senado Federal, especialmente quanto a possíveis ressarcimentos de despesas realizadas anteriormente à vigência do convênio, explicitando claramente os quantitativos e condições acordadas”.→Atenção (convênios ordinários): a simples existência do objeto do convênio não é suficiente para afirmar a sua execução com os recursos federais transferidos, sendo necessário o vínculo entre estes e as despesas efetuadas na consecução do objeto (Voto do Ministro-Relator relativamente ao Acórdão nº 422/2005-TCU-Plenário e Súmula/TCU nº103, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 169).

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CASOUma prefeitura apresentou, em sua prestação de contas de convênio, duas notas fiscais da empreiteira datadas do dia 01/04/200X, nos valores de R$ 500.000,00 e R$ 350.000,00, sendo que a totalidade dos recursos transferidos voluntariamente pelo Ministério X (R$ 850.000,00) foram depositados (na conta específica do convênio) no dia 31/03/200X, véspera, portanto, da emissão daqueles 2 documentos fiscais e dos conseqüentes pagamentos à empreiteira.Como deverá proceder o Ministério X diante de tamanha “agilidade”?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Aqueles 2 documentos fiscais “não se prestam a comprovar a execução do objeto, uma vez que não éadmissível que a obra tenha sido executada em menos de um dia” (Acórdão n° 356/2001-TCU-2ª Câmara, in DOU de 02/07/2001, S. 1, p. 195).Sugere-se ao “agente 23” – diante de um descalabro do gênero – solicitar àquela prefeitura cópia do contrato administrativo firmado com a suposta empresa vencedora da licitação; comprovação da utilização da contrapartida do convênio; termo de recebimento definitivo da aludida obra; etc.Não basta comprovar a execução do objeto, há que ser comprovada a realização do objeto com os recursos repassados por meio do convênio específico (vide Acórdão n° 574/2001-TCU-2ª Câmara, in DOU de 23/10/2001, S. 1, p. 167).

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• Resposta (continuação) – O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento que se abstivesse de aprovar prestações de contas (total ou parcial) de convênios com irregularidades na liquidação e pagamento de despesas (item 2.2, TC-005.619/2005-9, Acórdão n° 1.197/2005-TCU-2a Câmara, DOU de 10.08.2005, S. 1, p. 168).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

278

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CASOComente com o colega ao lado o que se deve fazer quando um fiscal da Administração concedente (o “Agente 23”), em viagem de acompanhamento no interior do país, depara-se com notas fiscais adulteradas?

→Um aparte: o Tribunal de Contas da União recomendou ao Ministério da Saúde que fizesse gestões junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com o objetivo de suprir as carências de recursos humanos e materiais necessários ao exercício das atividades de acompanhamento e fiscalização da execução dos convênios (item 9.3.3 do Acórdão nº 585/2005-TCU-2ªCâmara, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 287).

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Cautelosamente, encaminhar as cópias dos documentos fiscais à Secretaria de Fazenda do Estado (SEFAZ), para conhecimento e adoção das providências pertinentes, conforme entendimento do TCU no item 8.2 da Decisão n° 650/99-TCU-P; bem como comunicar ao Ministério Público do Estado, para a adoção das providências pertinentes (item 8.3, Decisão n° 650/99).

Atenção: 1) o TCU tem questionado a ausência de documentos comprobatórios (relatório de fiscalização in loco) de ações de orientação, fiscalização e supervisão por parte de concedentes federais sobre as atividades desenvolvidas pelo convenente na realização do cronograma de execução previsto no Plano de trabalho (vide alínea “a.5”, item 8.2 da Decisão n° 243/99-TCU-P); 2) o TCU tem criticado a “ausência de fiscalização ou de forma precária dos convênios firmados” (Acórdão n° 104/00-TCU-P); 3) o “agente 23” deve orientar, supervisionar e fiscalizar (Decisão n°234/99-TCU-P).

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Um aparte:terceirização do “agente 23”

O Tribunal de Contas da União determinou à Caixa Econômica Federal que empreendesse, com equipe própria, rigorosa supervisão dos relatórios entregues pelos engenheiros terceirizados, contratados para acompanhar a execução físico-financeira das obras financiadas com recursos federais (item 9.4.3 do Acórdão nº 682/2005-TCU-2ªCâmara, DOU de 13.05.2005, S. 1, p. 102).

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CASO

No caso de existir executor (Secretaria da Prefeitura) formalmente designado no termo de convênio, a notificação dos 30 dias, por parte do concedente, irápara quem? Para o Prefeito? Para o Secretário executor?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Conforme o inciso V, § 1.°, do art. 1.° da IN/STN/MF/n.° 01/97, o “executor” não manifesta consentimento nem assume obrigações em seu nome, sendo um mero realizador. Assim, quem se obriga perante o “concedente” é o “convenente”, a quem geralmente incumbe prestar contas e a quem deve ser dirigida a notificação dos 30 (trinta) dias (ver caput, art. 35 da IN/STN/MF n.° 01/97). Caso o convênio fosse firmado com a Secretaria Municipal, órgão dependente do M, o M deveria figurar como interveniente, cf. IN/STN-MF/n.° 01, de 28/02/2002 (in DOU de 13/03/2002, Seção 1, p. 19).Obs.: tal circunstância não se confunde com a que decorre de uma Tomada de Contas Especial, onde a responsabilização deve recair sobre quem efetivamente pratica o ato imputado de irregular, quepode ser, inclusive, o “executor”.

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CASO

Um convênio foi assinado pela Prefeita de Mãe dos Homens-MG, tendo como executor uma Secretaria Municipal, sob a gestão do seu respectivo Secretário (Dr. Simão Leve), o qual agiu por sua conta e risco. Constatadas irregularidades na execução, foi demandada uma Tomada de Contas Especial-TCE pelo órgão concedente. Quem deverá constar como “responsável”na TCE? A Prefeitura? A Prefeita? A Secretaria Municipal? O Secretário Simão Leve? O Contador do Município? Todos?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – O Secretário Municipal, na condição de Gestor da unidade executora, conforme alíneas “b”, “c” e “d”, inciso III, art. 16 da Lei n.° 8.443, 16/07/92, combinado com o § 2.° do art. 16 do mesmo dispositivo legal. Sobre a responsabilidade de uma pessoa física, sugerimos a leitura do processo TC n°011.823/90-9 (in DOU de 23/10/1998, S. 1, p. 28-29).

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CASO

Ainda sobre a pergunta anterior; e se a Tomada de Contas Especial tivesse por motivo a não apresentação da Prestação de Contas? Ainda seria o Secretário Municipal o “responsável”?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Não, neste caso o “responsável” na TCE seria a Excelentíssima Senhora Prefeita Municipal, conforme Declaração de Voto do Tribunal de Contas da União constante da Decisão n.° 702/98-TCU-P, inDOU de 23/10/98, S. 1, p. 29.

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CASO

Sem querer ser “chato” [;)]; e se os recursos citados nos 2 slides anteriores tivessem sido indevidamente aplicados (desvio de finalidade), com sua utilização em proveito da Prefeitura de Mãe dos Homens-MG (aquisição de material de consumo; pagamento a servidores…), quem constaria como “responsável” na TCE?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – A Prefeitura, conforme Decisão n.° 141/91-TCU-P, de 28/08/91; o que operaria, também, pela impossibilidade de suspensão de inadimplência (pela remessa da TCE à SFC/CGU).

O Tribunal de Contas da União, com base no art. 3º da Decisão Normativa 57/2004-TCU, condenou pessoa jurídica de direito público interno (município) ao recolhimento de recursos aos cofres do FNDE, haja vista transferência dos mesmos para conta da Câmara Municipal por força de decisão judicial (item 9.3 do Acórdão nº 441/2005-TCU-Plenário, DOU de 29.04.2005, S. 1, p. 201).

O Tribunal de Contas da União não aceitou a aquisição de itens com recursos do convênio para outros órgãos do Estado (item 9.6.2.4.6, TC-012.713/2004-2, Acórdão nº 782/2005-TCU-Plenário, DOU de 23.06.2005, S. 1, p. 128).

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CASO

Pode o órgão federal concedente aceitar, quando da análise da prestação de contas, despesas de manutenção administrativa do convenente estadual (pagamento de água, luz, telefone, prêmios de seguros, licenciamentos, taxas de veículos...)?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – À exceção de servidores do convenente alocados, em tempo integral, à execução do objeto, cujas remunerações poderão ser arroladas à guisa de contra-partida estadual, o TCU entendeu como “inaceitáveis” tais despesas de manutenção administrativa, pois “ao celebrar um convênio com uma entidade de um Estado da Federação, o Governo Federal objetiva aproveitar uma infra-estrutura pré-existente, que lhe seria custoso implementar” (vide Acórdão n° 104/2000-TCU-P). Os recursos deverão ser ressarcidos à União, portanto.

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CASO

Converse com o colega ao lado. Uma prefeitura do Rio Grande do Norte recebeu recursos federais para obras de construção de um açude (Açude Tabajara); tendo o prefeito comprovado documentalmente a aplicação da totalidade dos recursos transferidos na consecução do objeto. Com as primeiras precipitações pluviométricas, todavia, as obras não resistiram (levando a concluir pela existência de falhas estruturais).E agora? O que o concedente federal deverá fazer?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Segundo a Decisão n° 260/2001-TCU-2ª C (DOU de 23/10/2001), será instaurada a Tomada de Contas Especial (TCE) e o Tribunal de Contas da União, muito provavelmente, julgará as contas irregulares, haja vista o fato de que o arrombamento das estruturas do Açude Tabajara acarretou prejuízo ao Erário e à comunidade.

O Tribunal de Contas da União considerou como dano causado aos cofres públicos federais a realização do objeto convenial aquém das especificações técnicas, determinando ao Ministério concedente o exame laboratorial relativamente àargamassa (item 1.1.1.1, TC-003.905/2003-4, Acórdão nº935/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 23.06.2005, S. 1, p. 136).

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• Resposta (continuação) – O Tribunal de Contas da União considerou irregulares as contas de ex-Prefeito do Município de Jampruca-MG, em que pese não ter havido locupletamento e/ou desvio de recursos, mas ineficiência por parte do ex-Prefeito no uso dos recursos públicos federais, pois não se conseguiu dar o destino correto às verbas a ele confiadas. Apesar da não ocorrência de débito, os recursos foram utilizados de forma inadequada, haja vista que a construção de uma barreira com 2,5 metros de altura (foi pactuado com a União, originariamente, que a altura da barreira seria de 3,0 metros) não foi suficiente para impedir os transtornos decorrentes das enchentes do Rio Itambacuri (Voto do Relator, Acórdão n° 1.178/2005-TCU-2a Câmara, DOU de 01.08.2005, S. 1, p. 179).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

294

PRGG ©

CASO

Numa Tomada de Contas Especial-TCE, a quem cabe o ônus da prova quanto a possíveis irregularidades apontadas? À Comissão processante da TCE? Ao Controle Interno certificador das contas? Ao Tribunal de Contas da União? Ao Convenente?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Ao convenente, conforme diposição do art. 93 do Decreto-lei n.° 200/67, repisado no art. 145 do Decreto Federal n.° 93.872, de 23/12/86, e conforme o Relatório de instrução à Decisão n.° 148/2000-TCU-2.ª Câmara, in DOU de 22/05/2000, Seção 1 (eletrônica), p. 67. Àquele que recebeu verba federal cabe comprovar a boa e regular aplicação dos recursos (inversão do ônus da prova).

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PRGG ©

CASO

Num convênio em que há repasse de recursos estaduais para entidade privada, é necessário o cumprimento integral da Lei n.° 8.666/93 por esta?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Sim, conforme orientação constante do Informativo de Licitações e Contratos – ILC, de março/2000, pois que se está diante do repasse de verbas estaduais; esta é a idéia, também, da nova redação dada ao art. 27 da IN/STN/n° 1/1997, por meio da IN/STN/n° 3/2003, publicada no DOU de 30.09.2003.

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PRGG ©

CASOPode um Ministério repassar, mediante convênio, recursos para clubes ou associação de servidores para a realização de evento que seja condizente com programa de trabalho de responsabilidade do órgão concedente, considerando a vedação do inc. VIII, art. 8.° da IN/STN/MF/n.° 01/97 e do art. 1.° do Decreto Federal n.° 99.509, de 05/09/90?

Obs.: sobre a discriminação da despesa por funções, com os novos conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade e operações especiais, válidos para a União, os Estados e DF (a partir de 2.000), e para os Municípios (a partir de 2.002), recomendamos a leitura do Decreto n.° 2.829, de 29/10/98 (DOU de 30/10/98), e Portaria/MOG n.° 42, de 14/04/99 (DOU de 15/04/99).

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Sim, conforme Memorando n.° 2.455, de 09/09/97, da Secretaria Federal de Controle Interno, desde que haja “aplicação integral na consecução do objeto preconizado, condicionado, ainda, a prestação de contas e devolução de saldos eventualmente não aplicados”.Obs.: Todos os atos e fatos relativos a pagamento ou transferência de recursos financeiros para outra esfera de governo ou entidade privada, registrados no Siafi, contêm obrigatoriamente referência ao programa de trabalho correspondente ao respectivo crédito orçamentário no detalhamento existente na lei orçamentária.

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PRGG ©

CASO

Devem ser exigidos todos os documentos que comprovam a regularidade do convenente, elencados no art. 3.° da IN/STN/MF/n.° 01/97, quando da celebração de convênio entre Entidades da Administração Pública Federal?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Sim, uma vez que não há amparo para tais dispensas na norma (à exceção do contido nos incisos do art. 39 da IN/STN/MF/n.° 01/97), conforme Mensagem/COMUNICA/n.° 528029, de 13/11/98, da Secretaria Federal de Controle Interno.

302

PRGG ©

CASO

Com relação à suspensão de inadimplência, de que trata o § 2.°, art. 5.° da IN/STN/MF/n.° 01/97, a quem cabe comprovar que foi a administração anterior a responsável pela situação de inadimplência? Ao Administrador atual da convenente? À Comissão de TCE?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – À Comissão de TCE, conforme Mensagem/COMUNICA/SFC/n.° 116539, de 23/03/97, uma vez que, de acordo com caput, art. 8.° da Lei n. ° 8.443/92 (Lei Orgânica do TCU), a TCE tem a função de apurar os fatos, identificar os responsáveis e quantificar o dano.

Cabe ressaltar que o atual administrador pode, em muito, colaborar com essa comprovação (vide Nota/SFC n . ° 007, de 18.04.1997).

304

PRGG ©

CASOQual o conceito de “obra em andamento”, de que trata a alínea “a”, inc. VI, art. 73 da Lei n.° 9.504, de 30/07/97 (Lei Eleitoral, sob o título “Das condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais”)?

P.S.: “Art. 73 São proibidas (…)VI – nos três meses que antecedem o pleito:a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos

Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública;”

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – É aquela em andamento, já iniciada e ainda não concluída.

“E esse início da obra deve ser, inequivocamente, físico, ou seja, deve ter sido iniciada a construção, a reforma, a fabricação, a recuperação ou a ampliação” (cf. item 33 do Parecer/AGU/n.° GQ-113, que adotou o Parecer n.° AGU/LA-02/96, in DOU de 29/10/96); como se vê, “étotalmente diverso e independente dos atos preparatórios necessários ao início da obra” (item 34; vide, ainda, Mensagem/STN/MF/n.°2000/185476, de 01/06/00). Não se aplica mais a orientação da SFC, inMensagem/COMUNICA/n.° 258989, de 06/07/98.

O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério das Cidades que, quando celebrar convênios para financiar contratos em andamento, adote providências necessárias no sentido de as prefeituras municipais procederem às devidas alterações nas cláusulas contratuais referentes àorigem dos créditos orçamentários e recursos financeiros que garantirão a sua continuidade, em cumprimento ao art. 55, inciso V, da Lei nº8.666/93 (item 9.1.3 do Acórdão nº 685/2005-TCU-Plenário, DOU de 10.06.2005, S. 1, p. 324).

306

PRGG ©

CASO

É permitido o parcelamento administrativo de débitos de responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, e de suas Entidades da Administração Indireta, decorrentes exclusivamente de convênios celebrados com a União?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Depende, poderão ser parcelados em até trinta parcelas mensais e consecutivas, conforme art. 10 da Lei n.°10.522, de 19/07/02, e segundo art. 31 da Portaria Conjunta/SRF e PGFN/n.° 02/98 (débitos vencidos até31/08/97), baixada em 31/10/1998, que regulamentou o disposto no § 3.°, art. 26 da Lei n.° 10.522/02 (in DOU de 22/07/02).O TCU recomendou que fossem adotadas providências no sentido de que seja normatizado o parcelamento de débitos apurados no âmbito da FUNASA, em fase anterior àinstauração da TCE, desde que solicitado pelo responsável (do convenente), cf. item 8.2 da Decisão n° 718/2000-TCU-Plenário, in DOU de 20/09/2000.

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CASO

A aplicação em mercado financeiro poderá ocorrer em qualquer agente financeiro autorizado pela legislação, na busca por melhores taxas de aplicação?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Deverá ser realizada apenas no agente financeiro onde se encontrar a conta específica para recebimento dos recursos, aberta pelo convenente, pois tal conta é vinculada ao convênio realizado, conforme Nota da Secretaria Federal de Controle Interno n.° 29, de 21/09/1998.

→No DOU de 03.03.2005, S. 1, p. 205, o Tribunal de Contas da União determinou a uma prefeitura municipal que abstenha-se de realizar negociatas com agiotas (item 9.4.3 do Acórdão nr. 142/2005-TCU-Plenário).

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PRGG ©

CASO

Durante o transcorrer do prazo de execução do convênio, pode-se mudar a conta específica para depósito?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Sim, desde que haja a realização de um termo aditivo ao convênio, pois ao proceder a modificação de agente financeiro, estar-se-ia modificando a cláusula relativa à conta específica vinculada ao convênio; logo, para a alteração de cláusula de convênio, necessário que se faça um termo aditivo, conforme orientação da Secretaria Federal de Controle Interno por intermédio da Nota n.° 29, de 21/09/98.

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PRGG ©

CASO

Quais as exigências da recente Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n.° 101/00) – além daquelas anualmente explicitadas na LDO – para a realização de transferência voluntária?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Pelo § 1.°, art. 25 da Lei Complementar n.°101, de 04/05/00, as exigências da LRF são as seguintes: a) existência de dotação específica; b) observância do disposto no inciso X, art. 167 da CF/88 (não pagamento a pessoal; ver Mensagem/CONED-STN/n.° 258825, de 22/05/01); c) comprovação, por parte do beneficiário, que se acha em dia com o pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao transferidor, bem como quanto às pretações de contas anteriores, cumprimento dos limites constitucionais da educação e da saúde, observância de limites das dívidas e das operações de créditos e, ainda, previsão orçamentária da contrapartida.

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CASO

Como se dará a comprovação de aplicação dos limites constitucionais relativos à aplicação de recursos nas áreas de educação e saúde (art. 25, § 1.°, inciso IV, alínea “b”, da LRF; art. 212 da CF/88; e alínea “b”, inciso II, art. 3.° da IN/STN/n.° 01, de 04/05/01), para a realização de transferência voluntária?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Segundo a mensagem/CONED-STN/n.° 300301, de 11/06/01, tal comprovação poderá ser atestada mediante apresentação de certidão expedida por Tribunal ou Conselho de Contas sob cuja jurisdição esteja o ente da Federação a ser beneficiado com a transferência voluntária. A certidão referir-se-á às contas do ano anterior ao de sua expedição, se já decorrido o prazo de 30/04 (municípios) ou de 31/05 (Estados), conforme o caso, acrescido dos sessenta dias a que se refere o art. 57 da LRF.

Se o prazo acima estipulado ainda não houver sido decorrido, poderá ser aceita certidão relativa às contas do exercício imediatamente antecedente ao exercício anterior ao de sua expedição, acompanhada de declaração do (…)

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta (continuação) – … chefe do Poder Executivo de que as contas ainda não apreciadas estão em conformidade com o disposto na referida Lei Complementar n.° 101/2000, com validade até que o referido prazo se complete.

“A comprovação de aplicação mínima de recursos em ações ou serviços públicos de saúde, de que trata o art. 198 da CF/88, com a redação dada pela EC n.° 29, de 14/09/00, somente será exigível após o encerramento do exercício de 2001, contando-se, ainda, o prazo necessário, na forma do caput deste artigo para a emissão de certidão pelo Tribunal ou Conselho de contas competente

“O registro, no Cadastro Único de exigências para transferências voluntárias para estados e municípios (CAUC), será procedido na forma disposta na IN n.° 01/2001, desta Secretaria” (ipsis litteris).

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CASO

Como vou saber se o proponente atende àqueles requisitos do art. 25 da Lei de Responsabilidade Fiscal na análise de viabilidade do pleito? Cada Estado e Município tem sistemas de contabilidade pública diferenciados. “E agora José”?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda está cuidando do assunto. Pela edição da IN/STN-MF/n.° 01, de 04/05/01 (DOU de 07/05/01), foi criado o Cadastro Único de Exigências para Transferências Voluntárias para Estados e Municípios (CAUC), como subsistema do SIAFI para toda a Administração Pública Federal, direta e indireta, destinado a registrar os entes da Federação que cumprirem as exigências da referida Instrução Normativa. O registro seráprocedido pelas UG’s quando do recebimento da documentação habilitadora, ou por unidade preposta. Quanto à apresentação das contas de E e M à STN/MF (letra “g”, II, art. 3.° da IN/STN/n.°01/01), o respectivo registro no CAUC será realizado pela STN.

Os Tribunais e Conselhos de Contas poderão proceder ao registro no CAUC e, por meio de comunicação formal à STN, solicitar a baixa do registro. …

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Quanto à diversificação de sistemas e classificações contábeis praticadas por estados e municípios, tal problemática está com os dias contados à luz da Portaria Interministerial/STN e SOF/n.° 163, de 04/05/01 (in DOU de 07/05/01, S. 1, p. 15), a qual dispõe sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Estamos diante de uma revolução na Contabilidade Pública. A propósito, sugerimos a leitura das seguintes obras sobre o assunto: a) LIMA, Diana Vaz de & CASTRO, RóbisonGonçalves de. Contabilidade pública – integrando União, Estados e Municípios (SIAFI e SIAFEM). São Paulo: Atlas, 2000; b) PÍRES, João Batista Fortes de Souza. Contabilidade Pública – teoria e prática. Brasília: Franco & Fortes, 5a. Edição -2000.

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – O art. 54, § 1° do Decreto n° 93.872/86, determina que “o recebimento de recursos da União, para a execução de convênio firmado entre quaisquer órgãos ou entidades federais, estaduais, ou municipais, independente de expressa estipulação no respectivo termo, obriga os convenentes a manter registros contábeis específicos, para fins deste artigo, além do cumprimento das normas gerais a que estejam sujeitos (Lei n° 4.320/64, arts. 87 e 93)” (vide Decisão n°490/2001-TCU-Plenário, in DOU de 09/08/2001, S. 1, p. 516-517).

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CASO

As transferências relativas a convênios estão sujeitas àcronologia de pagamentos do órgão público convenente, determinada pela Lei n.° 8.666/93?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Não, uma vez que a própria Lei n.° 8.666/93 estabelece tal procedimento em relação às obrigações relativas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, respeitada cada fonte diferenciada de recursos, apenas nas execuções diretas das unidades, não alcançando as transferências de recursos mediante convênios, haja vista que o pagamento das parcelas convencionadas no instrumento deverá observar rigorosamente o cronograma de desembolso, desde que o cronograma físico-financeiro, referente à execução do objeto pactuado, esteja, também, sendo cumprido pelo convenente e estejam sendo respeitadas as demais cláusulas e obrigações estabelecidas (vide Parecer/SFC/n.° 22, de 17/09/97).

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CASO

Pode o órgão/entidade federal concedente liberar antecipadamente parcelas, em dissonância com o cronograma de desembolso?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Não, o Tribunal de Contas da União não aceitou tal expediente no âmbito do INCRA/PB, por exemplo, conforme Acórdão n° 104/2000-TCU-Plenário (DOU de 13/06/2000).Por oportuno, há que se fazer uma reflexão sobre o porquê da exigência do Relatório Físico-Financeiro na prestação de contas parcial (§ 2°, art. 28 e art. 32 da IN/STN/MF n°01/97), à luz do que dispõe o § 3°, art. 116, da Lei n°8.666/93.

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CASO

É facultada a emissão de vários empenhos, no transcorrer do exercício, para atender a transferência parcelada de recurso de convênio, pelo valor de cada parcela?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Não, tendo em vista o contido no § 1.°, art. 30 do Decreto Federal n.° 93.872, de 23/12/86, bem como art. 8.° da Lei n.° 8.666/93, conforme Parecer/SFC/n.° 22, de 17/09/97.

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CASO

Qual o momento do início da vigência dos convênios? Da promessa do Ministro? Da assinatura? Da publicação? Ou de uma data “cabalística” à escolha dos partícipes?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Segundo o Parecer/SFC/n.° 35, de 21/08/98, o convênio tem vigência quando de sua assinatura, desde que outra data não tenha sido estabelecida, já que a partir daí, começa a validade do mesmo. Neste sentido, Carlos Pinto Coelho Mota, em sua obra “Eficácia nas Licitações e Contratos”, cita o seguinte entendimento do Prof. Leon Frejda: “tomadas as providências legais e publicado o extrato ou seu aditamento no prazo legal, seus efeitos retroagem à data da sua assinatura, como corolário do prazo que a lei concede ao administrador para providenciar e publicar o documento”. (....)

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta (continuação) - Cabe ressaltar que o período de vigência do convênio trata-se de cláusula obrigatória a ser estabelecida no instrumento de convênio, conforme disposto no art. 7.°, inciso III da IN/STN-MF/n.° 01/97.

Faz-se necessário mencionar que a vigência écoincidente com o prazo para a consecução do objeto e em função das metas estabelecidas (prazo de execução), conforme alteração proveniente da IN/STN-MF/n.° 02, de 25/03/2002, publicada no DOU de 27/03/2002.

Com a assinatura do convênio, o convenente já pode licitar (vide Decisão n° 1093/2001-TCU-Plenário).

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CASO

Pode o órgão/entidade federal concedente – diante do seu poder normativo-fiscalizador conferido pelo Decreto-lei n° 200/67 – aceitar Plano de Trabalho com previsão de despesas fora do período de vigência do convênio?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Não, conforme o Tribunal de Contas da União, no Acórdão n° 104/2000-TCU-Plenário (DOU de 13/06/2000).Cabe ressaltar que o Secretário do Tesouro Nacional é o agente competente para disciplinar (normativamente) o modus faciendi dos convênios federais, na condição de titular do órgão central do Sistema de Administração Financeira Federal, na forma do inc. II, art. 11 e inc. VIII, art. 12 da Lei n° 10.180, de 06/02/2001.

Cuidados redobrados, portanto, quando das tentativas de adaptar o texto da IN/STN/MF n° 01/97, inclusive no que pertine aos modelos integrantes das prestações de contas. Leis administrativas (de ordem pública) não podem ser descumpridas por acordo de vontade (Acórdão n° 665/2001-TCU-1ª Câmara, in DOU de 16/11/2001).

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CASOPode um convênio conter cláusula detalhando os vários tipos de gastos a realizar? Não seria muita rigidez?

Observações: a) o TCU, no item 8.4.3 do Acórdão n°088/2000-TCU-P, afirma que este detalhamento deve ser feito no plano de trabalho, “a fim de evitar dúvidas quanto aos reais objetivos dos instrumentos que por ventura venham a ser celebrados, bem como em relação aos custos de cada meta”; b) deve haver compatibilidade dos elementos apresentados nos planos de trabalho com os objetivos dos convênios (alínea “a”, item 8.1.2 da Decisão n° 650/99-TCU-P).

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Sim, segundo Mensagem/STN-MF/s/n.°, de 29/03/01, aconselhando-se, todavia (e se for de conveniência), “alguma subcláusula que permita ajustamento desses gastos mediante mera troca de correspondência (desde que não altere o valor $ transferido). Observamos que esse detalhamento não écláusula de objetivo, assim vista como necessária por uma ou pelas partes, podendo ser acrescida a modelos ou formatos”(ipsis litteris).Observação: cuidados especiais na correta identificação do elemento de despesa, em especial quanto à diferenciação entre “51 - obras e instalações” [construção; reforma; recuperação; ampliação; etc.] e “39 - outros serviços de terceiros-pessoa jurídica” [demolição; reparação; adaptação; etc.], conforme incisos I e II, art. 6.° da Lei n.° 8.666/93.

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CASO

Num convênio entre órgãos federais, tendo havido a descentralização orçamentária, e diante da expectativa de breve descentralização financeira (repasse ou subrepasse), pode o órgão convenente realizar despesas com o financeiro próprio?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Sim, “dinheiro não tem cor”, pois o repasse (ou subrepasse) financeiro entre órgãos federais equivale a um aumento de cota, com o respectivo decréscimo da cota do órgão repassador. Assim, a utilização pelo convenente em adiantamento de seus recursos próprios não gera maiores problemas (cf. Mensagem/fac-símile/ s/n.º, ao MMA, de 27/06/00, proveniente da CONED/STN/MF).

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CASO

A quem compete proceder o registro de “inadimplência suspensa” quando ocorrer a circunstância prevista no §2.º, art. 5º da IN/STN n.º 01/97 (Instauração da TCE, inscrição de responsabilidade e remessa à SFC/CGU, não sendo o atual administrador o faltoso)?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Nos bons tempos, cabia à Unidade de Controle Interno a que estivesse jurisdicionado o concedente. Todavia, como as Unidades de Controle Interno no Ministério concedente (as extintas Secretarias de Controle Interno-CISET`s) acabaram em 17/02/2000 (pelo Decreto n.° 3.366/00), o referido registro está, desde então, a cargo da própria unidade concedente.

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CASOQual o significado da expressão “transferência voluntária”, de que trata a alínea “a”, inc. VI, art. 73 da Lei n.º 9.504/97, de 30/09/1997 (Lei Eleitoral)?P.S.: “Art. 73 São proibidas (…)

VI – nos três meses que antecedem o pleito:a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos

Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública;”

Obs. LRF: “Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde”(LC n.° 101/00)..

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – De acordo com a alínea “a”, item 35 do Parecer/AGU/n.° GQ-158 (in DOU de 07/07/98, S.1, p. 11), “transferência voluntária” é aquela não obrigatória (compulsória), dependendo da vontade de quem a faz. Assim, é“transferência voluntária” aquela “oriunda de dotação orçamentária”, uma vez que o orçamento não determina a realização de despesas; apenas as autoriza, podendo ser realizadas ou não, pelos executores do orçamento, dependendo esse ato da vontade do executor (compare c/ definição do art. 25 da Lei Complementar n.° 101, de 04/05/00, DOU de 05/05/00).Obs.: transferências compulsórias são as referidas nos artigos 157 (inc. II); 158 (inc. II) e 159 da CF/88 (vide alínea “b.1”, it. 13 do mesmo Parecer/AGU).

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CASOConsiderando os termos da pergunta anterior, indagamos: a merenda escolar, por exemplo, prevista na Constituição Federal, art. 208, VII, como suplementar, que possui lei específica (MP n.° 2.178-36, de 24/08/01, in DOU de 25/08/01) estabelecendo a sua transferência automática, sem formalização de convênio, com valores já previamente determinados em função do número de alunos, pode ser considerada uma “transferência voluntária”?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Em que pese ser uma disposição constitucional e possuir legislação própria definindo os mecanismos de transferência, valores e outros, por se tratarem de recursos orçamentários, na forma mencionada na alínea “b.2”, item 13 do Parecer/AGU/ n.º GQ-158 (in DOU de 07/07/98, S. 1, p. 10), as transferências para atender à merenda escolar são “transferências voluntárias” (Programa Nacional de Alimentação Escolar), pois podem ou não ocorrer, à critério do órgão concedente; sendo que a distribuição será proporcional ao número de alunos matriculados nas redes públicas de ensino localizadas em cada município, no ano anterior (inc. I, art. 54 da Lei n.° 10.934/04).

O Tribunal de Contas da União orientou no sentido de que os alimentos oriundos do PNAE (Merenda Escolar) fossem consumidos somente pelos alunos e não por professores, servidores de escolas ou outras pessoas estranhas à finalidade do PNAE (item 1.5, TC-004.030/2005-9, Acórdão n° 1.163/2005-TCU-1ª Câmara, DOU de 27.06.2005, S. 1, p. 142).

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CASO

E os recursos do FUNDEF (Fundo de Manutenção do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), são considerados “transferências voluntárias”?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – No caso do FUNDEF, os recursos que compõem tal Fundo são oriundos dos impostos pertencentes aos próprios Estados, Distrito Federal e Municípios, que são retidos pela União, rateados e redistribuídos, sem constar do orçamento da União. Portanto, não são “transferências voluntárias”, e sim “compulsórias”, exceto a complementação da União ao fundo, prevista na Constituição Federal, mas dependente de recursos orçamentários consignados no orçamento do FNDE (vide art. 6.°, §§ 1.° e 2.°, da Lei n.° 9.424, de 24/12/96).

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CASO

Podem ser celebrados e publicados convênios que não se enquadrem nas exceções constantes da Lei nº9.504/97 (Lei Eleitoral), com municípios, durante o período de proibição de transferência de recursos, nos meses que antecedem ao pleito eleitoral?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – Não existe óbice para a prática de atos preliminares à transferência de recursos, nos meses que antecedem ao pleito eleitoral. Assim, poderão ser assinados e publicados convênios, sem, no entanto, ser procedida a correspondente transferência, conforme alínea “d”, item 35 do Parecer/AGU/n.° GQ-158, publicado no DOU de 07/07/98, S. 1, p. 10.

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CASO

Nos três meses que se seguiram ao dia 01/07/2.000, atéà data do pleito municipal de 2.000, podiam ser repassados recursos federais, mediante convênios, a estados, contemplando a execução de obras, de serviços ou o atendimento de necessidades da população que fossem da exclusiva responsabilidade municipal ou, ainda, que tivessem por objeto realização de programa nitidamente local?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Não, segundo entendimento da Secretaria Federal de Controle Interno no item 9 do Memorando n.°2.234 SEC-ADJ/GAB/SFC, de 02/10/1996, nos seguintes termos: “(…) impossibilidade de se realizar convênios com estados, ou com quaisquer outros entes públicos, ou da iniciativa privada, contemplando a execução de obras, a execução de serviços ou o atendimento de necessidade da população que sejam da responsabilidade exclusiva dos municípios, ou, ainda, que tenham por objeto realização de programa nitidamente local que, mesmo implicitamente, propicie o uso político dos recursos para beneficiar candidato”.

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CASO

Sem o intuito de aborrecer, ainda sobre o tema em questão, poderia um órgão federal realizar transferência voluntária para entidade privada sem fins lucrativos, durante o período eleitoral de proibição, mesmo que as ações a serem empreendidas viessem a beneficiar diretamente um determinado município? Isso não seria uma forma de burlar a legislação?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Poder-se-ia configurar uma burla àlegislação, segundo o item 9 do Memorando n.° 2.234 SEC-ADJ/GAB/SFC, de 02/10/1996 (destinado à ex-CISET do então Ministério do Planejamento e Orçamento).

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CASO

Efetivamente, qual a documentação legal a ser anexada ao Plano de Trabalho a ser encaminhado ao concedente?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Em linhas gerais, são os seguintes os documentos anexados à solicitação:- expediente (ofício, carta...) do dirigente da entidade proponente ao dirigente do órgão federal repassador, encaminhando o pleito;- Certidão Negativa da PGFN;- Certidão Negativa da SRF (CQTF);- Certidão Negativa da Secretaria Estadual de Fazenda;- Certidão Negativa da Secretaria Municipal de Fazenda;- Certificado de Regularidade Previdenciária do INSS (a partir de 01/11/01, conforme art. 5.° da Portaria/MPAS/n.°2.346, de 10/07/01, in DOU de 12/07/01, S. 1, p. 49);...

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

- ... Certificado de Regularidade do FGTS;- Certificado de Regularidade do PIS/PASEP;- relação de materiais permanentes a serem adquiridos;- comprovante de designação do representante legal;- comprovação de que os recursos da contrapartida estão assegurados;- comprovação de abertura de conta bancária;- Demais condicionantes e exigências específicas do órgão federal repassador.

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CASO

Entidade proponente desejosa de celebrar convênio está regular no CADIN e apresentou “certidão positiva com efeitos negativos”, passada pela Secretaria da Receita Federal (CQTF). Consultando-se o SIAFI, transação CONCREDOR, o proponente está em situação ATIVA NÃO REGULAR. Esta última informação é fator impeditivo para que o proponente celebre convênio com a União?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Não, pois que não há relação alguma com inadimplência de proponente (impeditiva para celebração do pleito). A inadimplência do proponente serácomprovada com as certidões exigidas legalmente, com a consulta ao CADIN e com a consulta ao SIAFI (CONCONV – conta INADIMPLENTE). Em tempo, a certidão positiva com efeitos de negativa(CQTF) é válida e comprova adimplência, conforme orientação da Coordenação-Geral de Auditoria de Tomadas de Contas Especiais (SFC/DA-TCE) em 29/11/2000.

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CASO

Qual a periodicidade para apresentação dos relatórios de execução físico-financeira? Mensal? Trimestral? Anual? No final da vigência do convênio?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta - Os prazos para apresentação da prestação de contas são:

•prestação de contas parcial: da 1a. parcela, até o dia anterior previsto, no plano de trabalho aprovado, para a liberação da 3a. parcela; e assim sucessivamente. Conforme o art. 32 da IN/STN/01/97, a prestação de contas parcial deverá conter, entre outros, o relatório de execução físico-financeira (art. 28, inc. III, da IN/01/97- vide anexo III);...

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO•prestação de contas final: até 60 dias após o término da vigência do convênio.

Nos convênios plurianuais não há necessidade de recolhimento dos saldos, quando ainda dentro do prazo de execução, se os recursos puderem ser reincluídos no orçamento do convenente ou inscritos em “restos a pagar”.

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CASODiante de denúncia jornalística de que um

convênio estava tendo execução “irregular” [desvio de finalidade – aquisição de um carro de passeio de luxo para servir ao Gabinete do Prefeito – todavia com alegada aplicação dos recursos em benefício da municipalidade] já no seu 2° mês de vigência, o “agente 23” do concedente foi ao município e atestou que não havia condições de opinar pela irregularidade, naquele momento, haja vista o fato de que a execução do convênio encontrava-se em sua fase inicial (“inexistindo, portanto, elementos para se proceder a uma avaliação quanto à eficácia e à efetividade”). Um auditor do TCU, um ano mais tarde, aceitaria tal postura do concedente? (converse com o colega ao lado)

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Pelos julgados do TCU TC-325.378/91-6 (Acórdão n° 3/94, 1ª C, Ata 01/94), TC- 020.570/92-9 (Acórdão n° 1/96, 1ª C, Ata 01/96), TC- 775.047/95-3 (Acórdão n° 7/97, 2ª C, Ata 01/97), TC-929.541/98-7 (Acórdão n° 69/00, 2ª C) e TC-250.114/98-4 (Acórdão n°107/00, 1ª C), um auditor do Tribunal de Contas da União, em face de ter ficado caracterizada a irregularidade decorrente da aplicação dos recursos em finalidade diversa da pactuada, possivelmente opinaria pela devolução à União da quantia referente ao automóvel (após julgamento de contas por irregularidade), com a aplicação de multa ao responsável (art. 58 da Lei n° 8.443/92); sem embargos àrecomendação ao “agente 23” de que, doravante, não seja omisso.

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CASO

Como a Prefeitura de Espera Feliz-MG deve proceder, ao pretender entregar sua prestação de contas, se o órgão que repassou os recursos federais foi extinto?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Pela Decisão/TCU n.° 423/92-P (Ata TCU n.°43/92), repisada no item 4, subitem “ii”, da Orientação Normativa SFC n.° 2, de 21/09/95, a decisão “sobre a regularidade ou não da aplicação dos recursos transferidos é tarefa do órgão que os repassou; se extinto, de seu sucessor”. Sugere-se ao convenente a busca de orientação junto: a) à Controladoria-Geral da União no Estado, na condição de unidade descentralizada do Sistema de Controle Interno, na capital do Estado, “ex vi” do disposto no item 2 da Orientação Normativa ON/SFC n.° 01, de 17/07/95 (inDOU de 18/07/95, S. 1, páginas 10.597 e 10.598); ou b) ao Conselho Regional de Contabilidade, por força do item 31, art. 3.° da Resolução/CFC/n.° 560, de 28/10/1983.

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CASO

O Município de Peixe Gordo-CE executava um convênio para aquisição de equipamentos para uma colônia de pescadores. Nesse período, aconteceu um incêndio de grandes proporções, necessitando que a Prefeitura canalizasse parte dos recursos daquele convênio para recuperação da área afetada e assistência às vítimas. Essas despesas poderão ser comprovadas na prestação de contas do convênio, visto tratar-se de um motivo de evidente emergência?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta - Não (vide inciso IV, art. 8º da IN/STN/n.° 01/97); ademais, a própria Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n.°101/00), em seu art. 25 (§ 2.°), afirma ser “vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada”(afinal, a parceria não é do porquinho com a galinha) [;)].

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CASOFalando em incêndio. Um prefeito não apresentou

contas de recursos recebidos pela via de convênio federal. Muito tempo depois, como ex-prefeito alegou, em processo de Tomada de Contas Especial no TCU, que um incêndio intencional, apurado em inquérito policial, resultara na destruição total dos prédios da Prefeitura e da Câmara Municipal, e de toda a documentação guardada naqueles edifícios (sendo que esta alegação de sinistro junto ao TCU ocorreu 16 meses após o incêndio). Como você acha que o TCU se comportará diante desses argumentos? (converse com o colega ao lado)

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta – O TCU poderá arquivar a TCE e considerar as contas iliquidáveis, desde que o ex-prefeito comprove, por qualquer meio, a boa aplicação dos recursos federais a ele confiados (no objeto do convênio). Caso contrário – como ocorrido no Acórdão n° 292/2001-TCU-1ª C – “não há como afastar daquele ex-gestor a responsabilidade pelo ressarcimento dos valores transferidos ao Município”.

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CASO

Em que tipo de aplicação financeira devem ser aplicados os recursos de um convênio?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - Conforme os incisos I e II, § 1°, art. 20 da

IN/STN/n.° 01/97, os recursos financeiros deverão ser aplicados em caderneta de poupança de instituição financeira oficial, se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês; e em aplicação financeira de curto prazo, ou operação de mercado aberto lastreada em título da dívida pública federal, quando sua utilização estiver prevista para prazos menores (vide também o § 4.°, art. 116 da Lei n.° 8.666/93).

No DOU de 13.04.2005, S. 1, p. 196, o Tribunal de Contas da União não aceitou aplicação de recursos federais recebidos mediante convênios em títulos privados; não aceitando, também, a apropriação da diferença entre a remuneração oferecida às aplicações lastreadas em títulos privados e públicos (itens 9.2.3.1 e 9.2.3.2 do Acórdão nr. 594/2005-TCU-1ª Câmara).

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PRGG ©

CASO

Os rendimentos obtidos da aplicação financeira dos recursos federais transferidos podem ser utilizados pelo convenente no objeto do convênio?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Sim; esses serão aplicados obrigatoriamente no objeto do convênio e se sujeitam às mesmas condições de prestação de contas exigidas para os recursos federais transferidos (vide § 2.°, art. 20 da IN/STN/01/97; § 5.°, art. 116 da Lei n.° 8.666/93; e Acórdãos/TCU-P/n°s 67/2003 e 90/2003).

Deve-se atentar para o fato de que se os recursos forem transferidos nas duas categorias econômicas do art. 12 da Lei n.°4.320/64 (“despesas correntes” e “despesas de capital”) não seránecessário aplicar (no objeto pactuado) os rendimentos auferidos de forma proporcional (%) às somas transferidas para despesas correntes e de capital, pois que o $ advindo da aplicação junto àinstituição financeira da conta específica não possui correlação com dotação orçamentária deliberada pelo Legislativo para uso em categoria econômica específica.

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PRGG ©

• Em um convênio entre dois órgãos/entidades federais, pode o convenente aplicar os recursos recebidos em caderneta de poupança?

CASO

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta: Não; ao órgão/entidade federal não será permitida, em nenhuma hipótese, a aplicação financeira de recursos recebidos por descentralização (vide art. 20, § 4.° da IN/STN/n.° 01/97).

372

PRGG ©

• No caso de um convênio, no qual a Prefeitura de Venha-Ver (RN) não aplicou os recursos no mercado financeiro, pode o órgão concedente solicitar a devolução dos valores correspondentes aos rendimentos relativos ao tempo em que os recursos deveriam ter sido aplicados? Existe base legal para tal procedimento?

CASO

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PRGG ©

• Resposta - Sim, consoante art. 7.°, inciso XIV, da IN/STN/n.° 01/97 (cláusula expressa e obrigatória do instrumento).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

374

PRGG ©

• Num cenário de situação anormal do mercado financeiro (a exemplo da crise asiática do final de 1997), a rentabilidade dos recursos descentralizados via convênio foi atingida (saldo negativo). Poder-se-ia, então, responsabilizar o convenente?

CASO

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• Resposta - Não, pois que imprevisto, imprevisível; logo, não imputável ao convenente (vide Acórdão n°737/2001-TCU-1a. C).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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PRGG ©

CASO

O que é termo simplificado de convênio? A Prefeitura Municipal de Picadinha-MS poderáser beneficiária do mesmo, independente do valor do convênio?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - É o termo de convênio com cláusulas simplificadas, no qual um modelo é preenchido com os dados do concedente, do convenente, do objeto e da execução do objeto. Embora a elaboração do termo simplificado de convênio seja de responsabilidade do órgão concedente, é importante que o convenente conheça as informações e cláusulas que necessariamente devem constar desse termo simplificado...

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O termo simplificado de convênio poderá ser formalizado quando: ⇒ o valor da transferência for igual ou inferior ao previsto na alínea “a”, inciso II do art. 23 da Lei 8666/93 (R$ 80 mil), corrigido na forma do art. 120 do mesmo diploma legal;⇒ o convenente, ou destinatário da transferência ou da descentralização for órgão ou entidade da Administração Pública Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal (inciso I, § 1°, art. 9° da IN/STN/01/97);⇒ quando se tratar do custeio ou financiamento de programas suplementares definidos no inciso VII, art. 208, da CF/88 (atendimento ao educando, no ensino fundamental, mediante programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde), executados por órgão público, ou por entidade da administração estadual ou municipal.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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• Existe a possibilidade da Prefeitura de Combinado-TO firmar um convênio verbal com um determinado Órgão Federal, ficando para formalizá-lo posteriormente?

CASO

380

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta: Não. É nulo, e de nenhum efeito, o convênio verbal com a União (vide art. 9.°, § 2.° da IN/STN/n.°01/97).

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PRGG ©

CASOOs convenentes estão sujeitos à observância da

Lei n.° 8.666/93 na execução dos convênios federais?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta - Sim, no caso de o convenente integrar a administração pública de qualquer esfera do governo, principalmente no que se refere à licitação e ao contrato administrativo. Sendo o convenente entidade privada sem fins lucrativos, também estará sujeito àquela Lei n.° 8.666/93, inclusive quanto à modalidade de licitação prevista na Lei n°10.520, de 17.07.2003, conforme recente determinação do Secretário do Tesouro Nacional nos termos da IN/STN/n° 3, de 25.09.2003, publicada no DOU de 30.09.2003.

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PRGG ©

CASOPode o convenente municipal aproveitar uma

licitação pública (para o mesmo objeto) realizada um ano antes da celebração do instrumento de convênio?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta - Não, segundo entendimentos do Egrégio Tribunal de Contas da União na alínea “a” dos Considerandos do Acórdão n° 023/2002-TCU-1ª Câmara,in DOU de 07/02/2002, Seção 1, página 98.

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CASOEm uma celebração de convênio federal, o

interveniente necessariamente tem que ser da mesma esfera administrativa a qual pertença o convenente?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - Não. A condição para que o interveniente participe do convênio é que manifeste o seu compromisso e/ou assuma obrigações em lugar do convenente (vide art. 1º, § 1º, inciso IV da IN/STN/n.° 01/97), geralmente de natureza técnico-científica. Todavia - com a nova redação dada ao § 5.°, art. 1.°da IN/STN-MF/n.° 01/97, mediante art. 1.° da IN/STN-MF/n.°01/2002, de 28/02/2002 (DOU de 13/03/2002) – na hipótese de o convênio vir a ser formalizado com órgão ou entidade dependente (que recebe $ do ente controlador para pagamentos com pessoal ou de custeio em geral ou de capital) de ente da Federação, o estado, Distrito Federal ou município deveráparticipar como interveniente e seu representante também assinará o termo de convênio (vide inc. III, art. 2.° da Lei Complementar n.° 101, de 05/05/2000).

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CASO

Em uma celebração de convênio federal, poderia o interveniente ser uma pessoa física (um pesquisador do CNPq, por exemplo)?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - Não. Segundo o inc. IV, § 1.°, art. 1.° da IN/STN/MF/n.° 01/97, o interveniente será um órgão público ou uma entidade supervisionada, de qualquer esfera de governo, ou entidade privada. Vale lembrar que - na hipótese de o convênio vir a ser formalizado com órgão ou entidade dependente de ente da Federação - o estado, o DF ou município deverá participar como interveniente e seu representante também assinará o termo de convênio, conforme IN/STN-MF/n.° 01/2002, publicada no DOU de 13/03/2002, Seção 1, p. 19.

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CASO

Em uma celebração de convênio federal, poderia o convenente (beneficiário) ser uma pessoa física (um médico, por exemplo)?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta - Não. Segundo art. 1.° da IN/STN/MF/n.° 01/97, o convenente (beneficiário) não poderá ser pessoa física.

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CASO

Os órgãos ou entidades públicos estaduais ou municipais podem celebrar um outro convênio, de objeto diferente, sem, antes, o primeiro convênio estar totalmente executado?

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta - Sim, desde que cumpridas as formalidades da IN/STN/n.° 01/97 e, em especial, o inciso II do art. 4.° desse normativo, ou seja, com relação à capacidade técnica.

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393

PRGG ©

CASO

Em quais casos não se aplica a obrigatoriedade de celebração de convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres para as transferências de recursos federais?

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PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Para as transferências decorrentes de recursos originários da repartição da receita prevista em legislação específica, as repartições de receitas tributárias, as operações de crédito externas, as destinadas a atender estado de calamidade pública legalmente reconhecido por ato ministerial (vide § 4.°, art. 1° da IN/STN/n.° 01/97), ou quando lei específica estabelecer forma própria de descentralização.

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CASO

Na “certeza” de breve fechamento de uma operação de crédito externa (que já vem sendo tratada há 2 anos), com o conseqüente ingresso de recursos financeiros para o Ministério X, pode este Ministério emitir, desde já, notas de empenho para agilizar os procedimentos de descentralização aos estados e ao DF, considerando a existência de dotação específica e suficiente para tanto na Lei de Meios anual?

396

PRGG ©

SOLUÇÃOSOLUÇÃOResposta – Sim, “é possível o empenho da despesa no caso de existência de dotação específica e suficiente na Lei de Meios”(cf. Mensagem/fac-símile/ s/n.º, ao MMA, de 27/06/00, proveniente da CONED/STN/MF). “A existência de crédito orçamentário é condição inqüestionável à emissão prévia da nota de empenho” (cf. Mensagem/SIAFI/SFC/n.° 358188, de 03/11/95). Pelo item 47 do Parecer/AGU/GQ - n.° 191, inDOU de 07/05/99, o qual se vincula todos os órgãos e entidades federais (cf. § 1.°, art. 40 da Lei Complementar n.°73, de 10/02/93), “o empenho não cria obrigação”.Obs.: a SFC/CGU está monitorando as contas contábeis: “valores em trânsito”; “créditos em liquidação”; “ajustes financeiros”; e “outras despesas operacionais” (com o evento 70.778)...

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

Resposta (continuação) – Por oportuno, cabe ressaltar o conteúdo do art. 42 da Lei n.° 10.934/04, que determina serem vedados quaisquer procedimentos pelos ordenadores de despesa que viabilizem a execução de despesas sem comprovada e suficiente disponibilidade de dotação orçamentária, cabendo à contabilidade registrar os atos e fatos relativos à gestão orçamentário-financeira efetivamente ocorridos, “sem prejuízo das responsabilidades e providênciasderivadas da inobservância do caput deste artigo” (conferir, sobre impugnação de ato de despesa, redação do art. 73, e parágrafo único, do Decreto-lei n.° 200/67).

398

PRGG ©

• Quais as conseqüências do julgamento pela irregularidade em uma Tomada de Contas Especial-TCE?

CASO

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• Resposta - O ressarcimento dos prejuízos apurados (cobrança judicial, acima de 1500 UFIR’s *, com inscrição na Dívida Ativa da União, após remessa do Acórdão à AGU, decorrido o trânsito em julgado da sentença condenatória; vide itens 8.1 e 8.8 da Decisão n.° 94/2000-TCU-Plenário) e, eventualmente, multa proporcional ao dano; sendo que os responsáveis terão seus nomes enviados ao Ministério Público Eleitoral. Esses responsáveis, caso declarados inelegíveis pela Justiça Eleitoral, ficarão impossibilitados de candidatar-se a cargos eletivos por cinco anos, consoante Lei Complementar n.° 64/90, combinada com o art. 91 da Lei n.° 8.443/92 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União).

(*) A Unidade de Referência Fiscal-UFIR, instituída pelo art. 1.°da Lei n.° 8.383/91, foi extinta pelo § 3.°, art. 29 da Lei n.°10.522, de 19/07/02.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

400

PRGG ©

• E se o ex-prefeito que deu causa a dano ao Tesouro Nacional, sobejamente evidenciado em processo de TCE (já julgado pelo Tribunal de Contas da União), tiver falecido? Acabará em pizza portuguesa?

CASO

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401

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• Resposta – Segundo item 5 da Nota n.° 65/2001 GSNOR/SFC, de maio de 2001, “o falecimento não é causa de extinção de débito. Transfere-se, nessa circunstância, aos herdeiros e sucessores a responsabilidade pela obrigação”. A Constituição Federal (art. 5.°, XLV) dispõe: “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do patrimônio transferido”. O Código Civil, no art. 1.796, estabelece: “a herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe couber”.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

402

PRGG ©

• Um determinado ex-prefeito de Tupirata-TO (em pleno exercício de seus direitos políticos) teve sua prestação de contas julgada pelo TCU, em um processo de TCE, como irregular, tendo sido notificado a devolver o valor correspondente ao Erário. No ano seguinte, houve eleição municipal e esse mesmo Prefeito foi reeleito. Nesse caso, com o novo mandato, essa Prefeitura poderá firmar novos convênios com a União?

CASO

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• Resposta - Não, conforme art. 5.°, § 2.°, da IN/STN/n.°01/97, após a inscrição do responsável na conta “Diversos Responsáveis” e remessa do processo à SFC/CGU, a Prefeitura será liberada para receber novos recursos federais, mediante suspensão da inadimplência (pela setorial contábil), desde que a entidade tenha outro administrador, que não o faltoso (vide também art. 38, § 2.°, inciso II, alínea “b”, da mesma norma da Secretaria do Tesouro Nacional).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

404

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• Um determinado ex-prefeito teve seu nome arrolado como responsável em processo de Tomada de Contas Especial (TCE). Por motivo de diferenças e rivalidades políticas com a atual administração municipal, não lhe foi possível obter a documentação comprobatória da aplicação dos recursos. O que você acha que o ex-prefeito deveráfazer?

CASO

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• Resposta – Conforme instrução do Acórdão n° 021/2002-TCU-1ª Câmara, e diante da negativa de vistas àdocumentação requerida (documentos públicos), na qualidade de ex-Prefeito Municipal, deveria fazer valer o seu direito peticional pela via judicial; sem embargos àconcomitante solicitação ao Tribunal de Contas do Estado para que oficiasse a Prefeitura a entregar a documentação.

• Interessante: no DOU de 31.03.2005, S. 1, p. 294, consta que, em convênios federais, despesas suportadas com recursos da contrapartida municipal estão fora da jurisdição do Tribunal de Contas da União, cabendo o assunto ao respectivo Tribunal de Contas estadual (item 12 do Voto do Relator no Acórdão nr. 470/2005-TCU-1ª Câmara).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

406

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• Além das sanções pessoais ao governante que não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n.°101/00) - previstas na Lei ordinária de n.° 10.028, de 19/10/00 (in DOU de 20/10/00, Lei de Crimes de Responsabilidade Fiscal) - existem sanções institucionais passíveis de serem aplicadas (suspensão temporária das transferências voluntárias). Isso posto, em que hipóteses serão suspensos os convênios federais?

CASO

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• Resposta – Dentre as sanções relacionadas àsuspensão de transferências voluntárias na LRF (LC n.° 101/00), temos:quando o governante não instituir, prever e

arrecadar seus impostos (parágrafo único, art. 11);quando for desrespeitado o limite quadrimestral

para a dívida consolidada (ou fundada →amortização além de 12 meses), depois de vencido o prazo de retorno (até o término dos 3 quadrimestres subseqüentes, com pelo menos ↓ 25% no 1.°) ao limite máximo (e enquanto perdurar o excesso (§2.°, art. 31);

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

408

PRGG ©

• Resposta (continuação)quando se ultrapassar os limites das despesas totais com pessoal e não se alcançar adequação nos 2 quadrimestres seguintes (sendo de pelo menos , no 1.° quadrimestre), perdurando o excesso (inc. I, § 3.°, art. 23);quando o Município não apresentar (até 30/abr), e o Estado (até 31/mai), suas contas do exercício anterior ao Executivo Federal, para fins de consolidação nacional por esfera (§ 2.°, art. 51 da LRF, e art. 111 da Lei n.° 4.320/64; conferir, ainda, mensagem/CONED/n.° 335796, de 27/06/01, sobre encaminhamento de consultas à STN/MF, via CEF, ou diretamente àquela STN).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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205

409

PRGG ©

• Resposta (continuação) – Atenção para o que determina o § 3.°, art. 25 da LC n.° 101/00, no sentido de que, para fins de suspensão de transferências voluntárias, excetuam-se aquelas relativas à educação, à saúde e à assistência social.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

410

PRGG ©

• O que deve fazer o prefeito sucessor quando seu antecessor não tiver apresentado as contas referentes aos recursos federais recebidos pelo Município de Varre-Sai (RJ), mediante convênio federal?

CASO

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206

411

PRGG ©

• Resposta - Segundo a Súmula/TCU/n.° 230, deverá adotar as medidas legais visando ao resguardo do patrimônio público, com a instauração da competente tomada de contas especial, sob pena de co-responsabilidade; em assim o fazendo, ele estará operando para liberar o município da inadimplência junto ao SIAFI (pela não apresentação da prestação de contas), conforme Nota n.° 007 CORIC/SFC, de 18.04.97. Cabe ao prefeito novo, como sucessor, em face dos princípios da impessoalidade e da continuidade administrativa, prestar contas dos recursos repassados, ou na impossibilidade, adotar as medidas legais cabíveis, tais como acionar judicialmente o ex-prefeito ou solicitar ao órgão repassador a instauração da competente tomada de contas especial.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

412

PRGG ©

Resposta (continuação) - Segundo o DOU de 31.03.2005, S. 1, p. 349, quando o prefeito sucessor não dispõe dos recursos transferidos, não possui documentos relativos ao convênio federal e toma as providências cabíveis, não há razão para imputar-lhe débito ou multa (item 6 do Voto do Relator, relativamente ao Acórdão nr. 368/2005-TCU-2ª Câmara).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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207

413

PRGG ©

• O § 2.°, art. 1.° e o art. 3.° da IN/TCU/n.° 35/2000 - considerando os princípios da racionalização administrativa e da economia processual - fazem referência à adoção de medidas cabíveis internas pela autoridade administrativa federal (concedente), que não necessariamente a Tomada de Contas Especial. Que medidas são essas?

CASO

414

PRGG ©

• Resposta – Além da notificação (quando não apresentada a prestação de contas) no prazo de até30 dias (art. 38, caput, e inc. I da IN/STN n.° 01/97), a própria IN/TCU n.° 35/00 faz referência, entre os integrantes do processo de TCE, de relatório de Comissão de Sindicância ou de Inquérito, se for o caso (inc. VII, art. 4.° da IN/TCU n.° 35/00). O ato de telefonar para o Prefeito pedindo-lhe que recolha o débito ao Erário, por exemplo, também pode surtir efeito.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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208

415

PRGG ©

• Quando o TCU faz referência a “medidas cabíveis internas” no § 2.°, art. 1.° e o art. 3.° da IN/TCU/n.° 35/2000; é porque existem medidas cabíveis externas diante de ato lesivo ao patrimônio público?

CASO

416

PRGG ©

• Resposta – Exatamente. O art. 5.°, LXXIII, da CF/88 afirma que todo cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público, para invalidar atos ou contratos administrativos (e congêneres), como corolário do exercício, pelo povo, da função fiscalizatória sobre o Poder Público (vide Lei n.° 4.717/65).

• Outrossim, a Lei n.° 8.429/92 trata de ato de improbidade administrativa (administração corrupta), cabendo ao Ministério Público ajuizar ação civil pública (inc. III, art. 129 da CF/88; vide, ainda, Lei n.° 7.347/85).Para oferecer denúncia à Controladoria-Geral da União é sóir até: http://www.presidencia.gov.br/form_main.htm

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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209

417

PRGG ©

• Resposta (continuação) – Merece destaque, ainda, o disposto no art. 101 e parágrafo único da Lei n.°8.666/93 (em face do “caput” do art. 116):

“ Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efeitos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a ocorrência.Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, mandará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas ”.Este dispositivo corresponde ao art. 27 do Código de Processo Penal.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

418

PRGG ©

• Quais os conseqüências de um ato de improbidade administrativa?

CASO

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210

419

PRGG ©

• Resposta – Pelo § 4.°, art. 37 da CF/88, os atos de improbidade administrativa importam:a) a suspensão dos direitos políticos;b) a perda da função pública;c) a indisponibilidade dos bens;d) o ressarcimento ao Erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

420

PRGG ©

• O TCU tem relacionado as principais irregularidades/impropriedades em suas verificações sobre a aplicação local de convênios federais?

CASO

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421

PRGG ©

• Resposta - Sim, segundo o TCU, as falhas mais freqüentes são: a) Plano de Atendimento/Trabalho com ausência de informações exigidas por lei; b) não comprovação de que as contrapartidas estão asseguradas; c) não publicação, por parte do órgão repassador, do extrato de convênio; d) desvio de finalidade na aplicação dos recursos; e) desfalque ou desvio de dinheiro ou bens* adquiridoscom recursos provenientes do convênio; f) descumprimento de cláusulas pactuadas;...(*) O Tribunal de Contas da União recomendou ao Ministério do Meio Ambiente que fizesse constar, dos convênios federais celebrados para a instalação de dessalinizadores, que os convenentes passariam a ter a responsabilidade de fazer a manutenção dos equipamentos e o monitoramento da água produzida, seja com recursos próprios, seja contratando terceiros (alínea “a”, item 8.2, Acórdão n° 1.032/2005-TCU-Plenário, DOU de 05.08.2005, S. 1, p. 93).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

422

PRGG ©

• g) não aplicação das contrapartidas; h) não recolhimento dos saldos à conta do órgão ou entidade repassadora, quando do encerramento do convênio; e i) não apresentação da prestação de contas no prazo regular (*).

• (*) O TCU, na instrução do Acórdão n° 104/2000-TCU-Plenário, não aceitou “a omissão de providências em virtude de não encaminhamento de prestação de contas no prazo legal pelo convenente”.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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212

423

PRGG ©

• O Fundo Nacional do Meio Ambiente-FNMA, por exemplo, também tem relacionado os principais pontos de verificação sobre seus convênios?

CASO

424

PRGG ©

• Resposta - Sim, segundo o FNMA, as falhas mais freqüentes são:

a) dificuldades dos proponentes no correto preenchimento dos planos de trabalho;

b) registro de inadimplência dos proponentes no SIAFI/CADIN;

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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213

425

PRGG ©

c) dificuldade na comprovação de regularidade de situação dos proponentes junto às instituições públicas, mediante apresentação de certidões;

d) número elevado de termos aditivos com objetivo de prorrogar vigência;

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

426

PRGG ©

e) preenchimento incorreto de peças da prestação de contas;

f) atraso na apresentação de prestação de contas; g) não comprovação da aplicação da

contrapartida; h)desvio de finalidade na aplicação dos

recursos;

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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214

427

PRGG ©

i) não devolução de saldos de recursos;

j) despesas realizadas fora da vigência do convênio;

k) não aplicação dos recursos no mercado financeiro.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

428

PRGG ©

• O TCU pode apreciar documentação encaminhada diretamente a si, sem que tenha sido apreciada previamente pelo Ordenador de Despesas do concedente, no tocante a peças que integram prestação de contas?

CASO

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215

429

PRGG ©

• Resposta - Não, pois não podem ser suprimidas instâncias de controle, sem o prejuízo de anularem-se atribuições e competências, conforme Decisões TCU n.°s 70/92-P; 258/92-1a C; 278/92-P; 499/92-1a C e 14/96-1a C.

→Um aparte: o Tribunal de Contas da União determinou àCaixa Econômica Federal que fizesse incluir nas prestações de contas dos programas financiados com recursos públicos federais circunstanciados relatórios fotográficos das etapas de execução e de conclusão das obras e serviços de engenharia realizados, a fim de possibilitar ampla documentação dos estados inicial, intermediário e final das obras (item 9.4.1 do Acórdão nº 682/2005-TCU-2ª Câmara, DOU de 13.05.2005, S. 1, p. 102).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

430

PRGG ©

• É possível a realização de despesas a título de taxa de administração em convênios ou instrumentos similares?

CASO

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216

431

PRGG ©

• Resposta - Não, pois se configuraria em desvio de finalidade na aplicação de recursos federais repassados com finalidade específica, conforme jurisprudência do TCU constante dos Acórdãos de n.°s 77/96-P; 105/96-1a C e 87/96-P; bem como das Decisões n.°s 293/95-P; 300/96-P; 310/93-P; 541/95-P; 207/96-P; 432/95-P e 422/96-P. Há que se ressaltar, todavia, o permissivo de remuneração do corpo diretivo de OSCIP quando em relacionamento com a União mediante termo de parceria, decorrente de concurso de projetos.

• No DOU de 13.04.2005, S. 1, p. 197, consta que a utilização de parte dos rendimentos de aplicação no mercado financeiro para custear despesas próprias da Fundação de Apoio caracteriza realização de despesas a título de taxa de administração, de gerência ou similar, o que é vedado (item 9.2.3.4 do Acórdão nr. 594/2005-TCU-1ª Câmara).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

432

PRGG ©

• O recolhimento dos valores consolidados na dívida pessoal de prefeito, efetuado pelos cofres da Prefeitura Municipal de Porto Rico-PR, desobriga o responsável do débito que lhe foi imputado?

CASO

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217

433

PRGG ©

• Resposta - Não, consoante Acórdãos/TCU/n.°s 75/95-P; 76/95-P; 176/95-1a C; 188/95-1a C; 190/96-1a C; 114/96-1a C e 82/96-P.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

434

PRGG ©

• Como se dá a alteração no Plano de Trabalho? Qual o prazo máximo para solicitar tal alteração?

CASO

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218

435

PRGG ©

• Resposta - Com a apresentação de proposta de repactuação, com as devidas justificativas, no prazo fixado pelo Ordenador de Despesa do concedente, antes do término da vigência (observar a novidade do prazo de vigência coincidente com o prazo de execução); sendo que o Ordenador de Despesa deverá dar a anuência do órgão concedente para a validade da alteração (art. 15, caput, da IN/STN/n.° 01/97); desde que não objetive modificar o objeto do convênio (art. 15, §1.°, da IN/STN/n.° 01/97), “lato sensu”.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

436

PRGG ©

• Posso considerar os rendimentos obtidos em aplicação financeira como contrapartida?

CASO

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219

437

PRGG ©

• Resposta - Não, segundo o § 3.°, art. 20 da IN/STN/n.° 01/97.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

438

PRGG ©

• Ao se firmar um convênio com um Estado ou Município, existe a obrigatoriedade de dar ciência à Câmara Municipal ou àAssembléia Legislativa respectiva? Em caso afirmativo, a quem compete fazer tal comunicado, o órgão repassador ou o órgão recebedor?

CASO

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220

439

PRGG ©

• Resposta - O órgão repassador deverá dar ciência do convênio federal firmado à Câmara Municipal ou àAssembléia Legislativa do convenente, conforme preceitua o art. 116, § 2.° da Lei 8.666/93, combinado com o art. 11 da IN/STN/n.° 01/97.

• No Substitutivo do Senador Pedro Simon ao Projeto “Luís Roberto Ponte”, constava ainda no fim do § 2.° do art. 116 “...respectiva, as quais convocarão ao controle social da gestão pública, por intermédio da imprensa oficial, entidades civis organizadas da localidade”.

• O responsável pela comunicação às câmaras/assembléias é o órgão responsável pelo programa, e não a instituição financeira (exceto em relação a recursos próprios), conforme instrução da Decisão n° 203/2001-TCU-Plenário).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

440

PRGG ©

• O Município de Não-Me-Toque (RS) tem obrigatoriedade de comunicar aos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais com sede naquela localidade quanto aos recursos federais recebidos via convênios?

CASO

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221

441

PRGG ©

• Resposta - Sim, há necessidade de comunicar aos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais, com sede no município, em até dois dias úteis a contar da data do recebimento dos recursos, consoante Lei n.° 9.452, de 20/03/97, in DOU de 21/03/97.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

442

PRGG ©

• A prefeitura de Marajá do Sena-MA pode pagar (àconta do convênio) gratificação adicional por assistência técnica a servidor pertencente aos seus quadros? E os salários dos servidores municipais envolvidos na execução do objeto do convênio, arrolados a título de contrapartida?

CASO

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222

443

PRGG ©

• Resposta - Não, conforme proibição constante do art. 8.°, inc. II, da IN/STN/n.° 01/97. Quanto aos salários dos servidores, desde que estejam alocados (em tempo integral) na execução do objeto pactuado e, também, esteja previsto no instrumento, poderá o convenente pagar os referidos salários (com todas as despesas que lhe são inerentes, inclusive férias), conforme Decisão/TCU/n.° 31/2000-TCU-Plenário, in DOU de 14/02/2000.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

444

PRGG ©

• É facultada a transferência de recursos para clubes, associações de servidores ou quaisquer entidades congêneres?

CASO

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223

445

PRGG ©

• Resposta - Não, excetuadas creches e escolas para o atendimento pré-escolar, conforme o art. 8.°, inc. VIII, da IN/STN/n.° 01/97, bem como inc. VII, art. 29 da Lei n.° 10.934/04.

SOLUÇÃO

446

PRGG ©

• É facultada a realização de despesa com publicidade, de caráter nitidamente educativo, informativo ou de orientação social?

CASO

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224

447

PRGG ©

• Resposta - Sim, nesses casos, conforme art. 8.°, inc. IX, da IN/STN/n.° 01/97; desde que não constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

• Atenção: a) para o inciso II, art. 25 da Lei n.°8.666/93, o qual veda a inexigibilidade de licitação para serviços de publicidade e divulgação (também aplicável às entidades privadas sem fins lucrativos, na condição de convenentes); e b) para a Instrução Normativa n.° 19, de 21/02/00, da Secretaria de Comunicação de Governo da Presidência da República.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

448

PRGG ©

• Por quanto tempo poderá ser prorrogado um convênio federal?

CASO

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225

449

PRGG ©

• Resposta - Aos convênios se aplica o disposto no inc. III, art. 7.° da IN/STN/1/97, não se admitindo prazo de vigência indeterminado (vide Orientação Objetiva do ILC de nov/97; bem como Pergunta 7 do ILC de set/97), ex vi do disposto no § 3.°, art. 57 e caput do art. 116 da Lei n.° 8.666/93, pois que incompatível com o princípio da anualidade da lei orçamentária (art. 165 da CF/88). Desde que justificadamente solicitada prorrogação, ...

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

450

PRGG ©

• no prazo fixado pelo Ordenador de Despesas, antes do término da vigência original, e aceita pelo Ordenador de despesas, poderá o instrumento ser prorrogado sucessivamente até o prazo máximo de 60 meses (inc. II, art. 57 da Lei n.° 8.666/93); sendo necessárias justificativas e termos aditivos anuais, com vistas à adequação de cláusulas do instrumento, inclusive quanto aos respectivos créditos orçamentários, consoante § 1.°, art. 30 do Decreto Federal n.° 93.872/86.

• No DOU de 25.02.2005, S. 1, p. 110, resta explícita a impossibilidade de “prorrogação do prazo de um convênio por período superior a cinco anos” (alínea “b” do Relatório, TC-013.116/1994-0, Acórdão nr. 84/2005-TCU-P).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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451

PRGG ©

• Quando o objeto do convênio for realizado somente à conta de recursos do órgão federal concedente, restando intacta a contrapartida do convenente, esta deverá ser devolvida ao concedente?

CASO

452

PRGG ©

• Resposta - Sim. Os saldos de recursos, inclusive de contrapartida e da aplicação financeira, serão devolvidos ao concedente, de forma proporcional (rateio %, cf. Mensagem/SIAFI n.° 821888, de 28/05/1996; vide, ainda, instrução do Acórdão n° 139/2003-TCU-1a. C), no prazo máximo de 30 dias, conforme previsto no inc. XIII, art. 7.° e no § 9.º, art. 31 da IN/STN/n.° 01/97.O Tribunal da Contas da União entendeu que a não aplicação de

contrapartida em convênio regido por norma anterior à IN/STN/MF n° 01/97 não acarreta a devolução dos recursos e a instauração de TCE (Acórdão n°641/2001-TCU-2ª Câmara, in DOU de 23/01/2002)O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério do Meio Ambiente que, quando da análise da prestação de contas de convênio federal, passasse a verificar se a contrapartida acordada fora devidamente aplicada na realização do objeto proposto e que, caso detectasse a não aplicação dos recursos, fosse exigido o recolhimento dos valores, monetariamente atualizados, à conta do concedente, observando-se a proporcionalidade em relação aos recursos federais empregados na execução do objeto (item 1.14, TC-010.634/2003-0, Acórdão n° 1.389/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 20.07.2005, S. 1, p. 89).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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453

PRGG ©

• Onde está escrito sobre o rateio (proporcionalidade) na devolução dos recursos decorrentes de contrapartida? Quem deu tal orientação?

CASO

454

PRGG ©

• Resposta – Não obstante se tratar, também, de uma questão de legalidade, considerando o fato de que a devolução total dos recursos não efetivados (de contrapartida do convenente) ao concedente, desde que cumprido todo o objeto do convênio, caracterizaria um enriquecimento ilícito; a proporcionalidade na devolução, incluindo exemplo prático, foi estabelecida pela Secretaria Federal de Controle Interno-SFC (órgão legalmente responsável, àépoca, pela orientação normativa sobre o assunto) por intermédio da Mensagem/COMUNICA/n.° 821888, de 28/05/96. Além disso, a devolução proporcional foi objeto do Acórdão n° 78/2004-TCU-Plenário.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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228

455

PRGG ©

• Quando a Prefeitura não tiver efetivado a contrapartida (nem devolvido ao concedente), pode-se firmar um novo convênio somente para a execução daquela contrapartida que ficou “dormindo em berço esplêndido”, sob os cuidados paternais(maternais) do(a) Exm.°(ª) Senhor(a) Prefeito(a) Municipal?

CASO

456

PRGG ©

• Resposta – Não; não haveria necessidade de se firmar um novo convênio, bastando dar-se um prazo para a citada execução (o prazo de citação também serve, excepcionalmente, para a correção de impropriedades e reorientação de ações, cf. Dec./TCU/ n.° 58/93-P e item 4 da ON/SFC/n.° 2/95). Na hipótese da nova minuta de convênio não se referir apenas àquele destino anterior da citada contrapartida, não se poderá firmá-lo, pois que a contrapartida deveria ter sido recolhida (ainda que proporcionalmente) ao concedente, razão pela qual se estaria abrindo mão, com relação ao convênio original, de uma exigência obrigatória, o que é ilegal [:(]. Além do mais, a entidade que não cumpriu com a contrapartida e não a recolheu, tem que estar inadimplente com a União, ficando impossibilitada de firmar novos convênios federais.

• O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério do Meio Ambiente que se abstivesse de celebrar convênios com o mesmo convenente, visando àcomplementação de metas não atingidas por ele em acordo anterior, cuja prestação de contas final ainda não tenha sido formalmente aprovada (item 1.10, TC-010.634/2003-0, Acórdão n° 1.389/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 20.07.2005, S. 1, p. 89).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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229

457

PRGG ©

• Há glosa parcial em prestação de contas final de um convênio? Como ficariam os registros no SIAFI?

CASO

458

PRGG ©

• Resposta – A regra geral de uma glosa é a de que ela é essencialmente parcial, ou se trataria de um “desvio de finalidade” do convênio, com conseqüente impugnação. O registro no SIAFI se dará com o lançamento dos valores não glosados em “aprovado”, mantendo-se os valores glosados em “a comprovar”, com inscrição em diversos responsáveis.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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230

459

PRGG ©

• Em um convênio (MMA e Prefeitura de Peixe-Boi, no Pará), cujo objetivo era montar um Centro de Pesquisa de Qualidade Ambiental, era prevista a contrapartida do município por meio de bens (computadores). Não obstante, a Prefeitura não forneceu os computadores para o Centro, deixando então de utilizar a contrapartida conveniada. Nesse caso, como deverá ser realizada a devolução da contrapartida ao MMA?

CASO

460

PRGG ©

• Resposta - Ao se firmar o convênio, são previamente definidas as obrigações dos partícipes, inclusive quanto ao valor do concedente e contrapartida do convenente, sendo que esta poderá ser em bens (Acórdão n° 1.429/2004-TCU-Plenário), desde que economicamente mensuráveis (vide art. 2.°, parágrafo 2.° da IN/STN/n.° 01/97), assim devem ser recolhidos os valores correspondentes ao custo dos computadores (atualizados monetariamente).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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461

PRGG ©

• Um Prefeito “moiteiro” percebe que o valor % da contrapartida do município, em convênio federal, está aquém daquele fixado anualmente na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Tal postura é perigosa nestes novos tempos de responsabilidade fiscal?

CASO

462

PRGG ©

• Resposta – Sim, o art. 3.° da Lei n.° 10.028, de 19/10/2000 (in DOU de 20/10/2000), alterou o item 12, art. 10 da Lei n.° 1.079, de 10/04/1950, qual seja: “12) realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição estabelecida em lei”.

• Atenção: em que pese o fato de a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.° 101/00) ter sido publicada em 05/05/2000; as tipificações criminais a ela pertinentes só se efetivaram a partir de 20/10/00, com a publicação da Lei n.°10.028/00. Pelo, inciso XL, art. 5.° da CF/88: “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.

• Ver, ainda, nova redação dada ao inc. XXIII, art. 1.° de Decreto-lei n.° 201/67, alterado pela Lei n.° 10.028/00.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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232

463

PRGG ©

• O Prefeito Iberê Laxado apresentou Plano de Trabalho a um Ministério, em Brasília, sustentado em estudos geológico/hidrológico precários, com a fixação de metas de credibilidade duvidosa. Quais os riscos que estará sujeito aquele Prefeito, após a execução parcial do objeto, por não ter trabalhado com afinco na fase da planejamento?

CASO

464

PRGG ©

• Resposta – A execução parcial do objeto (com a redução das metas físicas estabelecidas no correspondente Plano de Trabalho), em que pese os recursos federais terem sido aplicados integralmente na finalidade prevista, ensejará uma Tomada de Contas Especial com julgamento pelo TCU por má gestão, ou seja, irregularidade de contas, conforme caso assemelhado constante do Acórdão n° 023/2002-TCU-1ªCâmara.Sobre a necessidade de o Plano de Trabalho ser bem feito (estar completo), sugerimos a leitura do Acórdão n°104/2000-TCU-Plenário (DOU de 13/06/2000).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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233

465

PRGG ©

• Pode um Ministério concedente efetuar a imediata inscrição em dívida ativa dos créditos da União, na área de sua competência, objetivando cobrança executiva, independente de se aguardar o resultado de uma Tomada de Contas Especial sob apreciação do TCU?

CASO

466

PRGG ©

• Resposta – Sim, “não há óbice que a autoridade competente instaure processo administrativo, com o objetivo de apurar a liquidez e certeza do crédito de natureza não tributária e, após conclusão dos trabalhos, adotar as providências para a inscrição em dívida ativa da União, desde que tal procedimento não suprima a instauração de Tomada de Contas Especial”, conforme Decisão n° 155/2001-TCU-Plenário, in DOU de 06.04.2001, Seção 1, pág. 211.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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234

467

PRGG ©

• Existe um valor mínimo para devolução de saldo de recursos de convênios, ou seja, o convenente pode isentar-se de devolver um determinado valor por considerá-lo irrisório?

CASO

468

PRGG ©

• Resposta - Não, segundo Parecer SFC n.°10/98, de 05.06.98, não existe autorização legal para que seja dispensada a devolução de recursos de convênios, mesmo considerando-se o valor irrisório. Ademais, há que se observar o “princípio da indisponibilidade do bem público”.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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235

469

PRGG ©

• As organizações não governamentais (ONG’s), quando em relacionamento com a União por intermédio de convênio, estão sujeitas às exigências da Lei n.° 8.666/93?

CASO

470

PRGG ©

• Resposta - As ONG’s deverão adotar os procedimentos estabelecidos na Lei n.° 8.666/93, especialmente no que pertine à licitação e ao contrato; podendo adotar, ainda, a modalidade prevista na Lei n.° 10.520/02, conforme IN/STN/n°3, de 25.09.2003 (in DOU de 30.09.2003).

• Obs.: quanto às contrapartidas das ONG’s, estas se obrigam a disponibilizá-las nos mesmos percentuais para os municípios em que estão localizadas (nos percentuais determinados pela LDO respectiva).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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236

471

PRGG ©

• A única possibilidade de alterar a vigência éaquela explicitada no inc. IV, art. 7.° da IN/STN/n.° 01/97 (atraso na liberação dos recursos)?

CASO

472

PRGG ©

• Resposta - Não; casos há em que, devidamente justificados (caput, art. 15 da IN/STN/n.° 01/97), poder-se-á admitir alteração de vigência pelo tempo tecnicamente necessário (p.e.: embargos judiciais a licitações; intempéries; greve de servidores municipais; falência de empreiteira adjudicada em processo licitatório; etc.).

• “A execução dos planos de governo deve ter a flexibilidade necessária para ajustar-se às surpresas da natureza, às conveniências gerais de política e ao imprevisível comportamento dos homens” (BELTRÃO, Hélio. Descentralização e liberdade. Rio de Janeiro: Record, 1984, p. 56).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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237

473

PRGG ©

• Como proceder quando o convenente tem seus recursos, inclusive do convênio e da contrapartida, bloqueados por decisão judicial de natureza trabalhista?

CASO

474

PRGG ©

• Resposta - Segundo entendimentos preparatórios à Decisão n.° 392/96-TCU-2a. Câmara, “o convenente não éresponsável pela restituição do valor à União, pois o mesmo não foi utilizado nem indevidamente nem em proveito próprio de seus gestores; pelo contrário, não foram sequer gastos por impossibilidade do órgão em movimentá-los diante da Decisão Trabalhista”; ficando, portanto, sobrestada a respectiva prestação de contas. O banco corrigirá os recursos pela variação da caderneta de poupança.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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475

PRGG ©

• No caso de recursos estarem parcialmente bloqueados (indisponíveis), pode a Administração Federal firmar instrumento de convênio do total, incluindo cláusula prevendo oportunamente termo aditivo (TA) quando do desbloqueio?

CASO

476

PRGG ©

• Resposta - Não, devido à obrigatoriedade de constar, de cláusula própria do instrumento, a classificação programática e econômica da despesa, mencionando-se o número e a data da Nota de Empenho, conforme inciso VI, art. 7.° da IN/STN/n.° 01/97, a repisar mandamento legal do caput, art. 60 da Lei n.° 4.320/64, além da obrigatoriedade da comprovação de estarem assegurados os recursos da contrapartida pactuada (§3.° do art. 2.°).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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239

477

PRGG ©

• E se o bloqueio tivesse sido efetuado, na esfera estadual, sobre os recursos previstos como contrapartida?

CASO

478

PRGG ©

• Resposta - Da mesma forma, não se poderia firmar o instrumento, pois há necessidade do convenente ter efetivamente assegurados os recursos da contrapartida.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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479

PRGG ©

• A unidade convenente apresenta sua prestação de contas faltando o relatório físico-financeiro; qual o procedimento a ser adotado pelo órgão federal concedente?

CASO

480

PRGG ©

• Resposta - Segundo o item 8.1.6 da Decisão n.° 608/98-TCU-Plenário, de 09/09/98, o órgão repassador deveráabster-se “de efetuar, no SIAFI, os lançamentos a aprovar e comprovado referentes aos convênios, nos casos em que a prestação de contas não atenda aos requisitos previstos no art. 28 da IN/STN n.° 01/97” (a falta de qualquer peça enseja a consideração, pelo concedente, da não prestação das contas; mesmo que a documentação a este título tenha sido entregue no setor de protocolo do concedente).Curiosamente, o Tribunal de Contas da União julgou regulares, com ressalva, as contas de uma ONG, quando sua prestação de contas de deu de forma incompleta, porém foi comprovada a realização do objeto (o TCU caracterizou como falha de natureza formal, não resultante em dano ao Erário), conforme Acórdão n° 421/99-TCU-2ª Câmara (vide, ainda, TC-279.172/1992-3).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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241

481

PRGG ©

• De quem é o direito de propriedade dos bens remanescentes na conclusão do convênio? Do concedente (União) ou do convenente estadual (ou municipal)?

CASO

482

PRGG ©

• Resposta - O direito de propriedade dos bens adquiridos, produzidos, transformados ou construídos, deve ser definido em cláusula específica e obrigatória no Termo de Convênio, conforme art. 7.°, inciso IX, da IN/STN n.° 01/97, bem como art 26 da mesma norma da Secretaria do Tesouro Nacional, com a redação dada pela IN/STN-MF/n.° 02, de 25/03/2002 (in DOU de 27/03/2002).O Tribunal de Contas da União determinou a uma prefeitura que, relativamente a convênios federais, efetuasse o tombamento dos equipamentos adquiridos, conforme preceitua a Lei nº 4.320/64 (item 9.2.4, Acórdão nº1.082/2005-TCU-1ª Câmara, DOU de 13.06.2005, S. 1, p. 121).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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483

PRGG ©

• Pode-se destinar direito de propriedade dos bens remanescentes na conclusão do convênio a um terceiro?

CASO

484

PRGG ©

• Resposta - Não; os bens só poderão ser destinados aos partícipes, na forma previamente definida em cláusula obrigatória do instrumento de convênio federal (inciso IX, art. 7.° da IN/STN-MF/n.°01/97).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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243

485

PRGG ©

• É possível aditar um convênio, visando repassar mais recursos do que os inicialmente previstos, sem contudo alterar o objeto conveniado? E o limitador quantitativo do § 1.º, art. 65 da Lei n.º8.666/93?

CASO

486

PRGG ©

• Resposta - Sim; a NOTA/CORIC/SFC/n.° 33, de 02/10/98, admite a inobservância do limite constante do § 1.° do art. 65 da Lei n.° 8.666/93 quando houver alteração quantitativa do objeto do convênio, apenas. Entretanto, quando houver redirecionamento - com a conseqüente reavaliação dos planos de trabalho, aplicação e cronograma de desembolso -a alocação dos recursos deverá observar os limites constantes do § 1.°, art. 65 da Lei n.° 8.666/93. Ressalta-se, em tempo, que tal aditamento necessita de análise técnica por parte do concedente federal.Há que se mencionar que uma prefeitura que detém contrato administrativo com empreiteira, p. e., está limitada pelo §1.°, art. 65 da Lei n.° 8.666/93.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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487

PRGG ©

• O Ministério do Meio Ambiente firmou um convênio com o Governo do Estado do Piauí, para recuperação de matas ciliares em 14 municípios daquele Estado. O Governo do Estado, para execução deste objeto, firmou novos convênios com cada um dos 14 municípios envolvidos. Pergunta-se: a figura do “subconvênio”, como no caso em tela, é permitida pelas normas vigentes?

CASO

488

PRGG ©

• Resposta - Sim, desde que as novas transferências sejam submetidas às mesmas exigências que foram feitas pelo convênio inicial (vide art. 25., IN/STN/n.° 01/97). Há que se mencionar, todavia, que o ideal teria sido a fixação ex-ante, em cláusula do termo de convênio original (instrumento federal), de que os referidos municípios piauienses figurariam como “executores”, na forma do inciso V, art. 1.° da IN/STN/MF/n.° 01/97.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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245

489

PRGG ©

• Considerando que nesse mesmo convênio da pergunta anterior, um dos 14 municípios não conseguiu executar o objeto a contento e, consequentemente, dificultando o Governo do Piauí de prestar contas regularmente ao MMA. Dessa forma, quem o MMA inscreverá como inadimplente? O Governo do Estado? O Município que não executou o objeto? Ou a ambos?

CASO

490

PRGG ©

• Resposta - O Governo do Piauí. O vínculo do Governo Federal, no caso em tela, deu-se tão somente com o Governo do Estado, órgão com o qual foi pactuado o convênio, cabendo a este a respectiva prestação de contas, e (na via de conseqüência) seráincluído no cadastro de inadimplentes do SIAFI (Parecer SFC n.° 12/97, de 07.07.97).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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491

PRGG ©

• Pode a Prefeitura de Passa Bem-MG adiantar recursos de convênio (suprimento de fundos) a um funcionário do Setor de Pagamentos, para que o servidor efetue determinadas despesas do convênio?

CASO

492

PRGG ©

• Resposta - Não. Segundo artigo 20 da IN/STN/n.°01/97, só serão permitidos saques da conta específica do convênio, para pagamento de despesas previstas no Plano de Trabalho, mediante cheque nominativo ao credor ou ordem bancária. Ademais, não haveria compatibilidade entre os débitos no extrato bancário e a relação de pagamentos realizada, conforme preceitua o Acordão n.° 298/99-TCU-1a. Câmara.Sobre o pagamento de despesas não previstas em Plano de Trabalho (hotéis, restaurantes, consultoria àcomissão de licitação...), vide, por exemplo, Decisão n°780/98-TCU-Plenário, in DOU de 20.11.1998. ...

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

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493

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• Resposta (continuação) – Cabe mencionar que o Tribunal de Contas da União, no Acórdão n° 399/2002-TCU-1ª C (DOU de 27/06/2002), afirmou ser necessário “o nexo causal entre os recursos do convênio e a aquisição dos serviços e materiais descritos”; caso contrário, estar-se-á diante de um “defeito fundamental”, impedindo a aprovação da respectiva prestação de contas apresentada pelo convenente.

• O Tribunal de Contas da União determinou que fosse evitada a transferência de recursos de convênios para conta movimento de Entidade convenente, mesmo para cobrir eventual saldo devedor do dia, de tal sorte a não constituir o cometimento de desvio de finalidade (item 9.4.3, Acórdão n° 1.239/2005-TCU-2a Câmara, DOU de 10.08.2005, S. 1, p. 188).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

494

PRGG ©

• Pode o Órgão Federal concedente celebrar convênio no final do exercício (em dezembro), empenhando o valor total, inclusive os valores referentes a etapas de execução do objeto que se realizem no exercício subsequente?

CASO

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495

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• Resposta - Sim; em que pese o antigo parágrafo único, art. 20 do Decreto Federal n.° 2.451/98 (revogado pelo Decreto Federal n.° 3.331, de 07/01/2.000) vedar anteriormente o empenho de valores referentes a parcelas cuja execução do objeto não se realizasse efetivamente no próprio exercício a que se referissem os créditos orçamentários.O Tribunal de Contas da União determinou ao Ministério do Meio Ambiente que, quando da definição dos objetos dos convênios, atentasse para que eles estejam coerentemente adequados ao que será executado pelo convenente e para o fato de que o prazo proposto para execução deve estar compatível com o grau de complexidade do trabalho a ser realizado, sob pena de incorrer em ilegalidade em função do não alcance dos objetivos avençados (item 1.7, TC-010.634/2003-0, Acórdão n° 1.389/2005-TCU-1a Câmara, DOU de 20.07.2005, S. 1, p. 89).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

496

PRGG ©

• É possível a celebração de convênios com previsão de despesas com festividades, coquetéis ou similares?

CASO

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• Resposta - Desde que o convenente não integre a Administração Pública Federal e que os gastos com as festividades sejam condizentes com a respectiva ação programática do concedente (ação cultural, p.e.), não vemos óbice legal para tal previsão; não obstante o TCU, em reiteradas decisões, haver determinado aos órgãos/entidades federais que se eximissem da realização de despesas com coquetéis e festividades, tendo em vista os esforços de contenção de gastos do Governo Federal (Decisão n.°281/93 - 2.ª Câmara; Acórdão 62/95 – Plenário; Acórdão 172/95-P; Decisão 232/98 e Acórdão 138/2001-P, dentre outros). O TCU, no item 8.3.2 do Acórdão n° 291/2001-P, determina “seja evitada a realização de despesas exageradas e suntuosas com festividades, eventos comemorativos e outros congêneres, tendo em vista a jurisprudência do TCU contrária a tais práticas”.

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

498

PRGG ©

• Pode o órgão concedente levar a minuta de convênio para a prévia apreciação jurídica do Tribunal de Contas da União?

CASO

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499

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• Resposta - Não, o parágrafo único, art. 38 da Lei n.°8.666/93 dispõe que a análise jurídica sobre a minuta do convênio é atribuição da assessoria jurídica da Administração (vide, também, Súmulas/TCU/n.°s 078 e 088).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

500

PRGG ©

• Pode o órgão setorial de contabilidade (antes do Decreto n.° 3.366, de 16/02/2.000, a CISET no Ministério concedente) recusar-se de enviar a tomada de contas especialpara o TCU sob a alegação de que as contas do órgão concedente, no referido exercício, já haviam sido julgadas regulares pela Corte de Contas?

CASO

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• Resposta - Não, segundo entendimento constante do item 4 (instrutório) do processo TC-700.187/97-9, a que se refere o Acórdão n.° 09/2000-TCU-Plenário, de 02/02/2.000 (referências: Conselho Regional de Biomedicina-CRBM da 1.ª Região e CISET/MTb).

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

502

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Uma Uma úúltima dica de leitura,ltima dica de leitura,antes da avaliaantes da avaliaççãoão

DOU de 18.04.2005, S. 1, ps. 110 a 112. Histórico sobre convênios federais e outras transferências a entidades privadas sem fins lucrativos; bem como recomendação àPresidência da República (com cópia para a Secretaria do Tesouro Nacional) para que proceda à regulamentação do art. 116 da Lei nº8.666/93 (itens 9.2 e 9.3 do Acórdão nr. 353/2005-TCU-Plenário).

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AVALIAÇÃOPLANO DE TRABALHOLembre-se de que o TCU tem criticado Planos de Trabalho

elaborados de forma genérica, sem os elementos mínimos necessários às análises claras e objetivas dos objetos a serem executados, resultando em prejuízos às avaliações sobre o cumprimento de metas (alínea “a.7”, item 8.2 da Decisão n°243/99-TCU-Plenário).

O Tribunal de Contas da União não aceitou a cobrança de serviços não incluídos no Plano de Trabalho (item 9.1.4.1, Acórdão n° 914/2005-TCU-Plenário, DOU de 14.07.2005, S. 1, p. 156).

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PREENCHIMENTO DE PLANO DE TRABALHOCom as informações fictícias a seguir, preencher a documentação necessária para a solicitação de recursos federais junto à FUNASA, com vistas à celebração de um convênio, tomando por base que você representa o órgão proponente, ou seja, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará-SESPA.A Entidade interessada: é a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará-SESPA, CNPJ n.° 05.005.005/0001-28, com sede à Av. Jardim de Capanema, n.° 1.729, em Belém-PA, CEP: 66.080-010, telefone (0XX91) 228-8857, tendo como Secretário e responsável o médico sanitarista Dr. Omar Mota, CPF n.°001.001.001/01, portador do RG (identidade) n.° 343.343, SSP/PA, expedida em 28/04/1965, matriculado sob o n.° 081-18, domiciliado na Av. Nossa Senhora de Nazaré, n.° 1.729/ap. 401, Belém-PA, CEP: 67.072-030, conta bancária 735.347-5 (da SESPA), agência 0001-X, do Banco do Brasil.

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A situação: o Pará, situado no norte do Brasil, com vasta região dominada pela floresta amazônica e com áreas de garimpo, verificou um aumento de 25% dos casos de malária, quando se registrou, entre 1999 a 2000, que o número de pacientes acometidos pela doença passou de 102.000 para 130.000, com um aumento das formas graves da doença, produzidas pelo “P. falciparum”, de 48.000, em 1999, para 58.000, em 2000, havendo o conseqüente aumento de internações hospitalares e óbitos por malária.Assim, torna-se necessária alguma medida que possa atenuar esse impacto quanto aos aspectos social e econômico para o Estado, com medidas que possam reverter esse quadro, impedindo a mortalidade e reduzindo a morbidade.

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A proposta: acredita-se que só pela adoção de medidas concretas, harmônicas e coordenadas é que se poderá atingir os objetivos de redução dos casos de malária, devendo ser priorizadas algumas ações de diagnóstico por meio de exames laboratoriais em aproximadamente 20.300 pacientes que se encontram em maior área de risco, bem como tratá-los com medicação apropriada, na medida da necessidade detectada.Dar-se-á ênfase na capacitação de servidores estaduais em terapêutica de malária (a 300 técnicos agentes de saúde), a 5 malariologistas (médicos de nível superior) e a 30 laboratoristas das cinco Unidades de Saúde do Estado, os quais estarão alocados (em tempo integral) no convênio; desenvolvendo, também, um programa de educação em saúde voltado para as comunidades (com a alocação efetiva de seu pessoal, o futuro convenente prevê gastos da ordem de $ 25.000,00).As interveniências: 1) torna-se necessária, para facilitar a execução dessas atividades, a participação do Hospital Alba Sidrim, pertencente ao Estado, com sede à Av. Presidente Vargas, n.° 43, em Belém-PA, CEP: 65.065-065, CNPJ 03.003.003/0001-43, telefax n.° (0XX91) 225-2525, tendo como Diretor o Dr. Antônio Liga Tripa, CPF n.° 031.031.031/31, RG 3.003, SSP-PA., matrícula funcional n° 19.651.990.

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A interveniência: O hospital deverá desempenhar papel decisivo no tratamento dos pacientes identificados pelos exames laboratoriais e atuará, também, como Laboratório Central de Referência (para contraprova de determinados casos).2) O Governadoria do Estado do Pará (CNPJ 01.002.004/0001-07), por intermédio de seu Controlador-Geral do Estado, Dr. João Furabolo, CI n° 334-334, SSP-PA, CPF 198.874.223/65, auditor estadual matrícula 3456, em atenção ao que determina o art. 1.° da IN/STN-MF/n.° 01/2002, de 28/02/2002, designará (sem ônus) 1 auditor para acompanhar, amiúde, a execução do convênio (servidor da Controladoria-Geral do Estado, pertencente à Administração Direta do Executivo e ligada diretamente ao Exm° Senhor Governador do Pará), Rua Saci, 76, sala 812, Centro, Belém-PA, CEP: 65.012-220). Os custos: o projeto pretendido terá a duração de 07 (sete) meses de execução, com início em janeiro de 200X.

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Despesas (para o “Plano de Aplicação”)Contrapartida de 10% (UF localizada em área da ADA)

Aquisição de reagentes e corantes (mat. consumo)….….…R$ 50.000,00 Aquisição e distribuição de medicamentos (mat. consumo) R$ 45.000,00Deslocamento de técnicos (passagens)……………………..R$ 5.000,00Cobertura de gastos c/ hospedagem/alimentação (diárias)…R$ 15.000,00 Compra de lápis, canetas, blocos e pastas(mat. consumo)....R$ 5.000,00Remuneração de instrutores (serv. terceiros de p. física)…..R$ 15.000,00Compra de 05 microscópios (material permanente)………..R$ 10.000,00Compra de 05 centrífugas (material permanente)…………..R$ 10.000,00Compra de 05 balanças de precisão (material permanente)...R$ 10.000,00Contratação de empresa para produção (serv. p. jurídica)….R$ 60.000,00

de material audiovisual e folhetosTotal da solicitação das transferências federais..………R$ 225.000,00

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Se planejamos para um ano, devemos plantar cereais. Se planejamos para uma década,

devemos plantar árvores. Se planejamos para uma vida toda, devemos educar e treinar o

homem.

Paulo Ricardo Grazziotin [email protected]

[email protected]

e-MENTÁRIO DE GESTÃO PÚBLICAhttp://groups.google.com.br/group/equipetdEQ

UIPE

TD