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Gestão da segurança social - O papel da capitalização pública e regimes complementares (Carla Caetano) docente: Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Mestrado em Gestão Pública Istituto Superior de Gestão 2014 LisboaTRANSCRIPT
O papel da capitalização pública e regimes complementares
Mestrado Gestão Pública Gestão Segurança Social
Docente: Dr. Rui Teixeira Santos Discente: Carla Caetano/2014
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OBJECTIVOS Demografia situação actual e prospectiva Projecção da Segurança Social indicadores físicos LEX Capitalização
Regime de Capitalização Pública Repartição vs Capitalização vs Demografia
Complementos Regimes Complementares
De Iniciativa Individual De Iniciativa Colectiva
Príncipios Técnicas/instrumentos
Considerações Bibliografia
país onde se vive mais e onde se nasce menos
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Fig. 1 Demografia: Fecundidade e Esperança de vida. FONTE: APFIPP
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uma população que envelhece e que diminui
Fig. 2 Demografia: População. FONTE: APFIPP
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Fig. 3A Estrutura etária 2011. FONTE: EUROSTAT
Estrutura etária em 2011 e 2060
Fig. 3B Estrutura etária 2060. FONTE: EUROSTAT
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onde a pressão sobre a população activa é cada vez
maior
Fig. 4 Demografia: Velhice e Dependência. FONTE: APFIPP
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Fig. 4 Projecção da Segurança Social: indicadores físicos. FONTE: APFIPP
PROJECÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL
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É possível manter o actual sistema de Pensões?
MISSÃO IMPOSSÍVEL
É possível ter um sistema de Pensões?
MISSÃO IMPERATIVA
NÃO CONDENAR Quem não tem alternativas (reformados) Quem deve ter direito à esperança (jovens)
Preservar o sentido de justiça do Estado
LEX Lei n.º 83-‐A/2013 de 30 de Dezembro
(Lei de Bases do Sistema de Segurança Social)
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Regime Público de Capitalização Art. 82.º Regime Complementar de Iniciativa Colectiva -‐ Art. 83.º Regime Complementar de Iniciativa Individual Art. 84.º
Sistema Complementar (Art. 81.º):
Regime Complementar (Art. 81.º): instrumentos significativos de protecção e de solidariedade
social, concretizada na partilha das responsabilidades sociais, devendo o seu desenvolvimento ser estimulado pelo Estado através de incentivos considerados adequados.
Sistema Previdencial (Art. 50.º): regime em modelo de repartição
CAPITALIZAÇÃO -‐ ORIGEM PAUL VERGET
Diretor de uma cooperativa de mineiros e ourives em França Em 1850 criou a Capitalização com o objectivo de proporcionar auxilio financeiro aos 250 associados, através de suas próprias poupanças (10 centimes/semana) criando um fundo. O sistema era baseado em contribuições mensais, visando à constituição de um capital garantido, pago no final do prazo previamente estipulado ou antecipadamente, através de sorteio na Páscoa , S. João e Natal de 100 francos. Quem ganhava não contribuía mais para o fundo.
O modelo de capitalização prosperou na França e de lá difundiu-‐se pelo mundo sob a designação de através dos países de origem latina, pelo sector financeiro em diversas modalidades de negócios. Portugal acompanhou as tendências de França mas as actividades no sector da capitalização surgiram no Brasil apenas em 1929 (AMADOR,16:17).
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Resumo Histórico SS
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Ano Factos e acontecimentos Fim do séc. XIX Nascem as primeiras associações corporativas de protecção social
1935 Introdução do seguro social. Primeiras pensões de velhice e invalidez
1962 Reforma da Segurança Social com o alargamento do regime de protecção social aos trabalhadores da indústria, comércio e serviços
1972 Criação do estatuto e enquadramento legal da aposentação dos funcionários públicos
1974 Transição para um sistema unificado de Segurança Social; criação da pensão de invalidez e do 13º mês para pensionistas
1975 Primeira regulação do financiamento do Estado no financiamento do sistema de pensões da Segurança Social; introdução de pensões de sobrevivência para trabalhadores rurais
1977 Nova orgânica da Segurança Social; Inclusão de trabalhadores domésticos e de condição de recurso para maiores de 65 anos; redução do período mínimo contributivo
1980 Definição do regime não-‐contributivo
1984 Primeira Lei de Bases da Segurança Social; sistema passa a ser financiado com contribuições de empregados e empregadores, com o Estado a assumir as transferências para o regime não-‐contributivo; actualização valores pensões com inflação
1986 Determinação das contribuições regulares para o regime normal da Segurança Social: 11% para trabalhadores e 24% para empregadores
1990 Introdução do 14º mês para pensionistas (Subsídio de Natal)
1993 Reforma do regime geral da Segurança Social; aumento dos períodos de garantia e da idade de reforma para as mulheres (de 62 para 65)
2000 Nova Lei de Bases da Segurança Social
2002 Nova Lei de Bases da Segurança Social; convergência das pensões mínimas para SMN; revisão formas de cálculo pensão que levam em conta toda a carreira contributiva
2003 Rendimento Social de Inserção 2005 Inicia-‐se a uniformização progressiva dos diferentes regimes
2006 Introduzido o Indexante dos Apoios Sociais, a partir do qual passam ser calculadas todas as prestações do Estado.
2007 Nova revisão da Lei de Bases da Segurança Social; transposição para a Caixa Geral de Aposentações, com regime transitório até 2015. Introdução de factor de sustentabilidade e alargamento do período de calculo da remuneração de referência para toda a carreira contributiva, de forma gradual.
2013 Lei n.º 83-‐A/2013 de 30 de Dezembro -‐Regime Público de Capitalização e Regimes Complementar de iniciativa Colectiva e Individual FONTE: CGA, MSESS
12 FONTE: CGA, MSESS
Regime Público de Capitalização regime de adesão voluntária individual, cuja organização
e gestão é da responsabilidade do Estado, que visa a atribuição de prestações complementares das concedidas pelo sistema previdencial, tendo em vista o reforço da proteção social dos beneficiários. (DR, 2013:16-‐17): -‐ Permite a criação de contas individuais geridas em
regime financeiro de capitalização, que lhes garanta uma proteção social conjugando técnicas de repartição e de capitalização (art. 82.º e n.º 4 do art. 54.º respectivamente da Lei 83-‐A/2013 de 30.12)
-‐ define ainda as formas de gestão das contas individuais, designadamente a possibilidade de contratualização parcial da gestão com entidades do sector privado
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Regime Público de Capitalização -‐ FUNDO
-‐ Contém 2 carteiras autónomas -‐ Carteira da fase de acumulação (FCR-‐A) destina-‐se à maximização do valor capitalizado das contribuições dos aderentes e visa obter uma rentabilidade superior à de uma carteira de dívida pública Alemã medida pelo índice EFFAS Alemanha com maturidade entre 1 e 10 anos
-‐ Só podem fazer parte activos com origem da UE, ou da OCDE -‐ Limite ao investimento: 50% na dívida pública, 25% em acções, 40% em dívida privada, 10% em imobiliário/infraestruturas e 15% de exposição não coberta a moeda estrangeira com circulação legal na UE, ou OCDE (existe risco cambial elevado)
-‐ Carteira de risco prudente, com regras de segurança, rendibilidade, diversificação e liquidez (art. 7º do Regulamento do FCR)
FUNDO DE CERTIFICADOS DE REFORMA
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Fundo dos Certificados de Reforma
a) Taxa interna de rentabilidade anual de entregas mensais constantes, respeitando as datas de subscrição no período indicado b) O índice EFFAS Alemanha representa uma carteira de dívida pública Alemã de 1 a 10 anos c) Inclui valor nocional dos futuros e valias potenciais dos forwards d) Dados semanais dos últimos 2 anos
Fig. 5 FCR Fase de acumulação. Fonte IGFCSS, IP (2014).
Fig. 6 -‐ Total da Carteira. Fonte IGFCSS, IP (2014).
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Fundo dos Certificados de Reforma -‐ A
Fig. 4 FCR-‐A: Peso por tipo de activo. Fonte IGFCSS, IP (2014).
Fig. 5 Variação do FCR-‐A. Fonte IGFCSS, IP (2014).
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Fundo dos Certificados de Reforma -‐ A
Fig. 5 Rentabilidade Mensal. Fonte IGFCSS, IP (2014).
Fig. 6 Fluxo de carteira. Fonte IGFCSS, IP (2014).
Notas: -‐ As rentabilidades passadas não constituem garantia de rentabilidades futuras -‐ As rentabilidades dependem do regime de tributação de cada aderente
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RCP -‐ Repartição vs Capitalização A questão central do financiamento das pensões, enquanto rendimento de
substituição de um rendimento de trabalho na fase activa, seja por eventualidades de longo prazo (velhice), seja por eventualidades imediatas (invalidez), é o da existência, ou não, de acumulação prévia, sob a forma de um seguro social obrigatório público ou, em alternativa, sob a forma de um sistema de seguros privados, obrigatórios ou facultativos, que garantam o pagamento das pensões convencionadas. O que distingue o carácter do financiamento é saber se estamos face à mutualização
pura dos custos com prestações pelo conjunto de activos que fazem parte do sistema de pensões, e neste caso as contribuições contemporâneas pagam as pensões contemporâneas é o regime de repartição pura ou se estamos face à existência de uma reserva previamente constituída em função da prestação definida que se pretende garantir, sendo as contribuições calculadas actualmente é o regime de capitalização pura, podendo, neste caso, existir ou não coincidência entre a geração que constitui a reserva e a geração que utiliza a reserva. A capitalização e a repartição são apenas mecanismos/técnicas de financiamento
de prestações e como tal não tem sentido serem qualificadas de públicas ou privadas. Pode haver capitalização pública e repartição privada, assim como pode existir capitalização privada e repartição pública. (SILVA, 2012:13)
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RCP -‐ Capitalização vs Demografia Julga-‐se que o sistema de capitalização pode resolver o impasse demográfico da
repartição. Mas a questão demográfica também se coloca na capitalização, uma vez que quando uma dada geração activa chega à idade de reforma tem de poder transaccionar os seus activos financeiros com a geração que a substituiu na produção. Ou seja, o problema não é entre técnicas de financiamento, a repartição e a capitalização, mas entre produção e consumo dos activos e dos reformados. Com efeito, os activos têm não só de produzir para o seu consumo como também de
abdicar de uma parte do seu consumo para poderem investir nos títulos em poder dos reformados. Se para além disso estes títulos forem de dívida pública são os activos que pagam parte dos juros através dos impostos sobre o seu rendimento. Estamos, assim, perante a falácia da composição do produto. O que é verdade para um indivíduo não é verdade para o conjunto dos indivíduos. Enquanto um indivíduo consegue transferir reservas financeiras, ao longo do tempo, abdicando de uma parte do consumo corrente, não é possível à sociedade, como um todo, fazer essa transferência na economia nacional. O output produzido, ceteris paribus, é o mesmo. Trata-‐se apenas de o repartir entre activos e reformados. O custo em capitalização depende da relação entre rendas, respectivamente à idade da reforma e na idade activa (SILVA, 2012:17).
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RCP -‐ Capitalização vs Demografia Se o custo das rendas for muito elevado ou se forem racionadas, a
contribuição para um regime em capitalização pode tornar-‐se proibitivo. Para evitar o racionamento das rendas e nivelar o seu custo, elas devem ser organizadas colectivamente de forma a evitar a anti-‐selecção e criar dimensão para minimizar os riscos financeiros e de longevidade. O problema da segurança social resume-‐se à criação de riqueza. A única
maneira de provar que um sistema de capitalização melhora a segurança do sistema é verificar se os dois efeitos se concretizam: 1.º _ que ocorrerá um aumento global da poupança nacional; 2.º _ na hipótese de ter existido aumento da poupança, traduzir-‐se-‐á num
aumento do produto e da riqueza nacionais. Se nenhum dos sistemas (repartição e capitalização) apresenta vantagens
claras sobre o outro, e se cada um deles tem vantagens e inconvenientes, a sua combinação pode melhorar a situação global. Têm-‐se uma carteira diversificada que minimiza o risco de irreversibilidade ligado à transição de um sistema para outro (SILVA, 2012:18).
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COMPLEMENTOS -‐ ORIGEM As noções de prevenção, mesmo nas suas formas mais básicas, têm acompanhado o Homem desde que este passou a organizar-‐se em sociedade. Quando o núcleo de organização social da família estava essencialmente ligada a actividades agro-‐pecuárias, as situações de morte, invalidez ou acidentes, eram suprimidos pela própria família ou grupos vizinhos da mesma comunidade. À medida que o processo de urbanização evoluiu, o papel da família, enquanto fornecedora do amparo aos idosos reduziu-‐se. Em contrapartida foram surgindo novos sistemas voluntários de organização social. Estes sistemas, formados por grupos com interesses afins, como indivíduos com actividades económicas semelhantes, proximidade geográfica, ou mesmo a percepção da dificuldade comum de enfrentar situações inesperadas, não implicavam obrigações pecuniárias, mas ajuda a todos que fossem atingidos pela morte ou doença. Assim, eram concedidos desde auxílio para enfermidades, até pensões para o sustento de familiares desamparados.
Entretanto, o aumento na mobilidade geográfica implicou rupturas nas respectivas estruturas familiares. Estes dois fenómenos interligados trouxeram um problema até então inexistente: o sustento dos idosos, sem poder depender de seus familiares para se ampararem, tornando-‐se necessário desenvolver esquemas alternativos que lhes garantissem rendimentos mínimos da velhice e de minimização da pobreza. Progressivamente as preocupações com o futuro e com acontecimentos inesperados que pudessem prejudicar sua capacidade laborativa fizeram com que surgissem instituições destinadas a fornecer um mínimo de segurança social para o ser humano. Tais instituições desenvolveram-‐se ao longo dos anos e geraram mecanismos bastante complexos de segurança e previdência social. Assim, hoje coexistem o sistema habitual de segurança social pública, pela via da repartição e demais sistemas complementares por via da capitalização por empresas especializadas, tal como é o caso de Fundos de Pensões.
COMPLEMENTOS -‐ ORIGEM -‐ Fundos
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No entanto o sistema público de segurança social actual deve ocupar a menor área possível, independentemente da questão do futuro do mesmo, nomeadamente face aos possíveis efeitos da evolução demográfica assegurando pouco mais do que prestações básicas, eventualmente dependentes de condição de recursos, deixando para os planos privados de pensões e de outras prestações todo o restante espaço de protecção. Assim, não só os regimes complementares têm um enorme campo de actuação, mas também funcionam em muitas situações como autênticos regimes substitutivos, a própria base da protecção social, ainda que voluntariamente assumida. Define-‐se pela diversidade do campo de intervenção e organização. A protecção social complementar visa proporcionar todas as garantias que são acrescentadas às previstas no quadro social obrigatório. Visam alargar o campo material de protecção dos sistemas públicos. Os sectores público e privado têm vocações específicas, que os tornam mutuamente necessários, logo interdependentes onde um sector não tenta excluir o outro. Os regimes a seguir descritos são os regimes complementares previstos na legislação, onde se utilizam técnicas de gestão e de garantia mediante princípios que justificam a sua existência.
REGIMES COMPLEMENTARES
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Regime Complementar de Iniciativa Colectiva
regimes de instituição facultativa a favor de um grupo determinado de pessoas. (DR, 2013:17): -‐ Regimes profissionais complementares: trabalhadores
por conta de outrem de uma empresa, grupos de empresas ou de outras entidades empregadoras de um sector profissional ou interprofissional e trabalhadores independentes (art. 84.º da Lei 83-‐A/2013 de 30.12)
-‐ Financiamento efectuado pelas entidades empregadoras
ou pelos trabalhadores independentes, sem prejuízo de eventual pagamento de quotizações por parte dos trabalhadores por conta de outrem
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Regime Complementar de Iniciativa Individual
instituição facultativa, assumindo, entre outras, a forma de planos de poupança-‐reforma, de seguros de vida, de seguros de capitalização e de modalidades mutualistas. (DR,2013:17) NOTA: Iniciativa Colectiva + Iniciativa Individual
podem ser administrados por entidades públicas, cooperativas ou privadas, nomeadamente de natureza mutualista. (art. 85.º da Lei 83-‐A/2013 de 30.12)
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REGIMES COMPLEMENTARES-‐Princípios
Princípios que justificam a necessidade de existência:
Princípio da limitação estrutural dos regimes legais; Princípio da liberdade de empreendimento; Princípio da imposição forçada de receitas; Princípio da adequação
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Baseia-‐se na ideia de que o direito à segurança social garantido pelos regimes legais é, por concepção, um direito limitado; A aceitação deste princípio contraria a ideia da máxima abertura da segurança social; Existem cinco situações de limitação, com uma amplitude de efeitos variável: -‐ Limitação material, relativa ao elenco de eventualidades consideradas para efeitos de protecção;
-‐ Limitação pessoal, resulta das regras definidoras do âmbito pessoal dos regimes;
-‐ Limitação jurídica, inerente ao facto do reconhecimento do direito a prestações, depender de uma série de requisitos;
-‐ Limitação económica, ligada ao facto das prestações não compensarem certos salários, mas apenas parcelas dos valores remuneratórios;
-‐ Limitação temporal, muitas prestações estão sujeitas a um regime de duração limitado.
Princípio da limitação estrutural dos regimes legais REGIMES COMPLEMENTARES
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A amplitude do campo de intervenção dos regimes privados depende das técnicas de protecção escolhidas para a organização de sistemas públicos de segurança social; As modalidades privadas de protecção social, cobrindo as lacunas verificadas nos regimes públicos, podem adequar-‐se de modo eficaz às características sócio-‐profissionais dos grupos mais afectados pela aplicação conjugada, dos princípios da universalidade e da selectividade dos regimes públicos. Efectivam uma dupla função de complementaridade e ajustamento
Princípio da limitação estrutural dos regimes legais REGIMES COMPLEMENTARES
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Baseia-‐se na convicção de que os sistemas de segurança social devem respeitar um espaço próprio para as iniciativas privadas, isto é, que as organizações de um sistema público não podem nem devem eliminar as iniciativas dos cidadãos. Trata-‐se assim, da simples aplicação à área da protecção social do princípio fundamental da liberdade individual, inerente à dignidade humana e ao exercício da cidadania;
Princípio da liberdade de empreendimento REGIMES COMPLEMENTARES
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Princípio que se relaciona com os modelos e as técnicas de financiamento e de gestão financeira dos sistemas públicos de segurança social, que impõem determinados limites, maiores ou menores, conforme as circunstâncias e os países, ao âmbito de actuação dos regimes legais. Esse limite vem a ser a fronteira financeira dos sistemas públicos de segurança social. Por isso, para além desse limite, a protecção social só deve ser efectivada através de regimes complementares privados que se baseiam em poupanças voluntariamente assumidas.
Princípio da imposição forçada de receitas REGIMES COMPLEMENTARES
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Adequação económico-‐social: Os regimes privados apresentam condições de melhor adequação às actividades económicas, ao funcionamento das empresas e às características dos diferentes grupos económico-‐sociais, isto é, harmonizam-‐se melhor com os imperativos do aparelho produtivo (pensada numa perspectiva puramente territorial, à revelia de exigências, institucionais e sócio-‐profissionais, sentidas pela sociedade civil); Adequação financeira: Por vezes, há um excesso de solidariedade financeira dos regimes legais baseados na concepção laborista do direito à segurança social, financiados por quotizações de salários; As transferências financeiras entre regimes e também para regimes não contributivos, leva à descaracterização do esforço contributivo dos interessados e à desorganização da estrutura interna dos regimes contributivos, afectando a sua capacidade protectora; Os sistemas privados superam este inconveniente, dada a sua base contratualista, a ligação mútua de dois contraentes e o enquadramento do seu regime financeiro. Neles os interessados têm em princípio a garantia de uma razoável adequação entre o esforço financeiro efectuado e os resultados protectores obtidos;
Princípio da adequação REGIMES COMPLEMENTARES
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Em termos financeiros, os sistemas privados funcionam em regime de capitalização; Contrariamente aos sistemas públicos que funcionam em regime de repartição; Regime de capitalização, está previsto no artigo 82º Lei de Bases:
Vantagens Permite maior solidez financeira; Redução de custos globais; Maior ligação dos interessados aos mesmos regimes; Permite efeitos benéficos na própria economia:
-‐ Transforma o aforro em investimento; -‐ Equilíbrio financeiro dessas modalidades de protecção social,
que ficam em menor dependência da evolução demográfica.
Princípio da adequação REGIMES COMPLEMENTARES
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Adequação gestionária: A burocracia própria das grandes organizações dos sistemas públicos, aliado a uma menor flexibilidade e sentido informativo e promocional da Administração pública tende a originar menor eficiência no atendimento aos cidadãos, maior desresponsabilização funcional individual, menor sensibilidade para desperdícios gestionários e mesmo para comportamentos fraudulentos dos beneficiários e contribuintes, bem como o adequado controlo das situações de infracção à lei; Pelo contrário, os regimes privados parecem estar em condições de cumprir melhor certos princípios de organização e de gestão, visto que actuam em âmbitos mais circunscritos e controláveis, mais ligados às empresas e eventualmente organizações de representação profissional dos interessados, sujeitos as regras da concorrência e enquadrados em estruturas mais flexíveis, menos formais e mais dinâmicas
Princípio da adequação REGIMES COMPLEMENTARES
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REGIMES COMPLEMENTARES-‐TÉCNICAS Técnicas de gestão:
Técnica da solidariedade: Concretiza-‐se por meio de organismos ou instituições sem fim lucrativo, que actuam, no domínio da economia social, segundo normas jurídico-‐institucionais precisas. Em regra, actuam com a adequada participação dos interessados, como acontece em certos fundos de base legal, as iniciativas das empresas e as associações mutualistas. Técnica de seguro: produtos oferecidos pelas companhias de seguros. Utiliza os velhos mecanismos do seguro comercial, com maiores ou menores adaptações decorrentes da necessidade de assegurar certas formalidades de forma colectiva. Técnica financeira: produtos com as características dos fundos de pensões ou dos planos poupança-‐reforma. Privilegia os mecanismos de reprodução financeira dos fundos em que se apoiam os planos, de prestações definidas ou de contribuições definidas, organizados pelas empresas ou pelos próprios interessados. Os objectivos financeiros da instituição prevalecem face aos objectivos sociais.
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REGIMES COMPLEMENTARES-‐TÉCNICAS Técnicas de garantia: Previdência individual: formas de aforro e de provisão pessoal com largas tradições, como acontece com os seguros, as mutualidades, os planos poupança-‐reforma e produtos semelhantes; Previdência colectiva: Casos em que a cobertura do risco social, baseada ou não numa terceira entidade, é realizada de forma organizada e em grupo, pela consideração global das características do universo abrangido, o que reduz as particularidades individuais e introduz factores de solidariedade.
-‐ Vantagens: Possibilidade de redução dos custos de gestão, uma certa solidariedade financeira entre os participantes assim associados e as isenções fiscais (quando existem).
Desvantagens das modalidades colectivas: Inadequação da cobertura à especificidade de certas situações concretas, as limitações impostas pela própria solidariedade e o facto da protecção poder depender da manutenção do vínculo do contrato de trabalho dos interessados e da participação financeira da empresa.
Pelo seu importante papel na protecção da velhice, invalidez, orfandade e viuvez, os Fundos de Pensões são privilegiados captadores de poupança pela sua especificidade financeira e pelos avultados montantes que os movimentam, os Fundos de Pensões são verdadeiros investidores institucionais e podem ter isenção fiscal. É um património autónomo exclusivamente afecto à realização de um ou mais planos de pensões.
Fundo de Pensões Fechado -‐ Quando disser respeito apenas a um associado ou, existindo vários associados, quando existir um vínculo de natureza empresarial, associativo, profissional ou social entre estes e seja necessário o assentimento destes para a inclusão de novos associados Fundo de Pensões Aberto -‐ Quando não existir qualquer vínculo entre os aderentes ao fundo, dependendo a adesão apenas da aceitação da entidade gestora, sendo o seu património representado por unidades de participação. A constituição dos fundos de pensões abertos é da iniciativa da entidade gestora. Distinguem-‐se por aceitarem adesões colectivas de empresas ou instituições sem qualquer vínculo entre si ou adesões individuais de participantes, dependendo a adesão apenas da aceitação da entidade gestora. O seu património é representado por unidades de participação, com cotação diária. Por exemplo o Fundo de Pensões da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.
Fundos de Pensões
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O Fundo de Pensões de um grupo de empresas será, normalmente, um Fundo Fechado e o Fundo de Pensões em que é possível efectuarem-‐se adesões individuais é um Fundo Aberto. Os Planos Poupança Reforma/Educação e os Planos Poupança em Acções, quando constituídos sob a forma de Fundos de Pensões, assumem a forma de Fundos de Pensões Abertos, nos quais apenas é permitida a adesão individual. Os planos de pensões são o conjunto de regras que definem as condições em que se constitui o direito ao recebimento de uma pensão a titulo de pré-‐reforma, reforma antecipada, reforma por velhice, reforma por invalidez ou ainda em caso de sobrevivência. Em determinados casos, os Fundos de Pensões podem ainda assegurar o pagamento das quantias acumuladas em caso de desemprego de longa duração, doença grave ou incapacidade permanente para o trabalho.
Plano de Pensões
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Os planos de pensões podem ser classificados segundo o tipo de garantias estabelecidas: Planos de Benefício Definido: os benefícios se encontram previamente definidos e as contribuições são calculadas por forma a assegurar o montante de capital necessário a que esse beneficio possa ser pago no valor e datas estabelecidas. Planos de Contribuição Definida: as contribuições são previamente definidas e os benefícios serão os que resultarem do montante das contribuições entregues e da respectiva capitalização. Planos Mistos: onde se conjugam as características dos planos de benefício definido e de contribuição definida. Os planos de pensões podem ainda ser classificados com base na forma de
financiamento: Planos Contributivos: quando estão previstas contribuições dos participantes. Planos Não Contributivos: quando o plano é financiado apenas através das contribuições efectuadas pelo associado do Fundo
Plano de Pensões
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Nome Sociedade Gestora Categoria Admin. Tranquilidade ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados Administ. DirectoresRobbialac ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados Aliança Florestal PensõesGere F. Pensões Fechados Arlíquido SGF F. Pensões Fechados Banco BPI BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Banco Santander Totta Santander Pensões F. Pensões Fechados BANIF Banif Açor Pensões F. Pensões Fechados Banque PrivéeEdmond de Rothschild Europe SGF F. Pensões Fechados Barclays Bank BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados BES ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados BIG Futuro F. Pensões Fechados BP Portugal ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados Brisa PensõesGere F. Pensões Fechados BSNP Santander Pensões F. Pensões Fechados
Caixa Chamusca SGF F. Pensões Fechados CELBI ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados CEMAH BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Central de Cervejas BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Cimpor PensõesGere F. Pensões Fechados CIN SGF F. Pensões Fechados CMVM CGD Pensões F. Pensões Fechados Companhia Portuguesa de Resseguros CGD Pensões F. Pensões Fechados Complementares ANA Banif Açor Pensões F. Pensões Fechados Credit BBVA Fundos F. Pensões Fechados Daimler BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados EDA Banif Açor Pensões F. Pensões Fechados EPAL BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados F.P. Futuro XXI Futuro F. Pensões Abertos
Fundos em Actividade
FONTE: A
PFIPP
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Nome Sociedade Gestora Categoria Fidelidade CGD Pensões F. Pensões Fechados Finibanco Futuro F. Pensões Fechados Ford Lusitana ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados Fundação Oriente Futuro F. Pensões Fechados Galp Energia CGD Pensões F. Pensões Fechados Grupo Nestlé em Portugal BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Grupo Porto Editora PensõesGere F. Pensões Fechados Grupo Secil BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Grupo Vista Alegre BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados I.A.P.M.E.I. BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados IBM Portuguesa PensõesGere F. Pensões Fechados ICP -‐ ANACOM CGD Pensões F. Pensões Fechados IFADAP Futuro F. Pensões Fechados INE CGD Pensões F. Pensões Fechados Jerónimo Martins e Associadas BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Laboratórios Pfizer ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados Militares Forças Armadas BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Nokia Siemens Networks ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados Novartis BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Sacor Marítima PensõesGere F. Pensões Fechados Salvador Caetano ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados Sidul ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados Soporcel PensõesGere F. Pensões Fechados Sumol + Compal PensõesGere F. Pensões Fechados Tabaqueira BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados UNICER BPI Vida e Pensões F. Pensões Fechados Xerox ESAF -‐ FP F. Pensões Fechados
Fundos em Actividade
FONTE: A
PFIPP
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O Certificado de Responsabilidade para a Reforma (CERR) é uma nova marca da exclusiva responsabilidade da APFIPP que vai permitir que a empresa promova, junto dos trabalhadores e do mercado, os benefícios do seu Plano de Pensões de Contribuição Definida, financiado através de Fundos de Pensões. A iniciativa mereceu a valoração por parte do Instituto de Seguros de Portugal por constituir um meio efectivo para a promoção, desenvolvimento e transparência do mercado de Fundos de Pensões. Vantagens do CERR para a Empresa:
Valorização dos benefícios de reforma pelos seus trabalhadores Atracção e retenção dos trabalhadores mais qualificados e exigentes Disponibilização aos trabalhadores de uma compensação de rendimento para a reforma Garante que os benefícios disponibilizados pela empresa se enquadram em boas práticas de mercado
Vantagens do CERR para o Mercado: Reforça a transparência Facilita a comparação Simplifica a criação de Planos de Pensões de Contribuição Definida Promove a Poupança para a Reforma
Pela 1.ª vez (17.04.2013) foram distinguidos 17 Planos de Pensões.
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Certificado Público de Reforma impossibilita o resgate do dinheiro antes da idade da reforma, mesmo devolvendo
benefícios fiscais e sofrendo penalizações; apenas é benéfico para o indivíduo se este se mantiver sempre no activo e haja
contribuição, no caso da cessão da contribuição por motivo de desemprego ou saúde, qualquer que seja a quantia existente no fundo começa a pagar as despesas de manutenção da conta, ou seja, o fundo pode ficar negativo; Comparativamente com a legislação dos PPR privados com o público este último
peca por falta de transparência quanto ao risco de perda de capital investido , uma vez que não há lugar a reembolso antecipado nem à transferência para outros fundos. NÃO GARANTE O CAPITAL E É O ÚNICO NO MERCADO COM RENDIBILIDADE
NEGATIVA
Sistema de capitalização O problema de fundo é que hoje as pessoas vivem em média até aos 85 anos e pretendem trabalhar apenas 35. Entram no mercado de trabalho aos 25 anos de idade (após um período educativo cada vez mais longo e obrigatório) e reformarem-‐se aos 65. Isto dá, só por si, pessoas que trabalham menos de metade da sua vida. Este problema de fundo não é resolvido pelo sistema de capitalização.
CONSIDERAÇÕES
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O sistema de capitalização assume que as poupanças de cada um se valorizam, acumulando um juro invariavelmente superior à taxa de inflação. com ele, as pessoas podem efectivamente pagar as suas reformas sem terem de para elas descontar metade de tudo aquilo que ganham. De facto, se uma pessoa quiser trabalhar dos 25 aos 66 anos de idade (41 anos no total) e depois viver ainda até aos 95 anos de idade (mais 54 anos), a pessoa terá em geral que poupar metade daquilo que aufere para poder pagar a sua reforma. Supostamente no sistema de capitalização as poupanças valorizam-‐se inexoravelmente. Mas em alguns casos as poupanças vão sendo fortemente desvalorizadas por sucessivas crises financeiras e sucessivos crashes bolsistas. Se tivermos em conta a realidade palpável desses crashes, facilmente concluiremos que, num sistema de capitalização, as pessoas deveriam poupar, não metade mas até mais de metade dos seus rendimentos para poderem garantir as suas reformas. O sistema de capitalização também não nos informa sobre o que acontece às pessoas que, de alguma forma, não poupem o suficiente para os seus extra-‐longos períodos de reforma. Cada vez mais encontramos pessoas que vivem até aos 100 anos ou mais de idade. Essas pessoas não têm culpa de nunca mais morrerem, nem têm culpa de jamais terem previsto que iriam viver até tão tarde. Quando as poupanças realizadas se acabam -‐ aos 80 ou 90 anos de idade da pessoa -‐ que se faz?
CONSIDERAÇÕES
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Mas, para além destas insuficiências inerentes ao sistema de capitalização, esse sistema é positivamente maléfico ao contribuir para o financiamento ainda maior da economia. Isto porque poupar para reformas é fazer poupanças a muito longo prazo -‐ ao contrário de poupar para uma eventual situação de desemprego ou de problemas de saúde, em que a poupança é de médio prazo e tem que permanecer disponível para, a qualquer momento, ter que ser disponibilizada. Um sistema de poupança capitalizada para as reformas obriga à formação de enormíssimas quantidades (tendencialmente metade dos rendimentos das pessoas ao longo de toda a sua vida!) de capital financeiro, em busca desesperada por valorizações mais ou menos especulativas. A economia fica totalmente financiada, com enormes montantes de poupança que não correspondem, tendencialmente, a muito valor produtivo real. Trata-‐se de uma receita perfeita para cada vez mais e cada vez maiores crashes financeiros, na medida em que há cada vez mais capital financeiro em busca contínua de possibilidades de investimento rentável que, a prazo, se revelam frequentemente uma miragem.
Lei n.º 44/2013, de 3 de Julho Procede à terceira alteração ao Decreto-‐Lei n.º 158/2002, de 2 de Julho, permitindo o reembolso do valor de planos poupança para pagamento de contratos de crédito à habitação.
CONSIDERAÇÕES
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Obrigada!
MGP_GSS: Carla Caetano/2014
Porque o futuro atormenta e o passado prende,
é que o presente nos escapa (Gustave Flaubert 1821)