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Gestão Ambiental e Responsabilidade Social

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Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores.

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Gestão Ambiental e Responsabilidade Social

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Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Profa. Ms. Carla Caprara Parizi

Revisão Textual:Profa. Esp. Márcia Ota

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• Responsabilidade Social Empresarial

Nesta segunda unidade, abordaremos o tema “Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores”.

O material foi organizado em:

1 - Aviso: É o primeiro contato com o aluno.

2 - Mapa Mental: Representação Visual da Organização da disciplina contemplando os conteúdos e suas relações.

3 - Contextualização e Problematização: Texto Introdutório, que visa lembrar a importância dos conteúdos abordados.

4 - Material teórico: Visa promover o estudo do tema “Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores”.

5 - Apresentação narrada no formato “adobe presenter”, que sintetiza o conteúdo teórico.

6 - Atividade de Sistematização: Atividade avaliativa do tipo “teste de múltipla escolha”, baseada nos conteúdos estudados no “Material teórico”, no livro sugerido, e nas leituras complementares, com autocorreção pelo Blackboard.

7 - Atividade de Aprofundamento: Atividade Avaliativa –

Unidades I, III – Atividade de Aprofundamento: Fórum de discussão.

Unidades II, IV e V – Atividade Reflexiva ou de Aplicação.

8 - Material complementar: oferece possibilidades de se ampliar o estudo sobre o tema.

9 - Referências bibliográficas.

Como método de estudo, você deverá:

Primeiramente, realizar as propostas de leitura. Assim, após ter se apropriado de aspectos relacionados ao tema em questão, devem ser feitas as atividades de fixação dos conteúdos (Atividade de Sistematização) e as atividades de interação (Fórum, Reflexiva ou Aplicação).

Mas, não se esqueça de utilizar os fóruns de discussão e a lista de e-mails para sanar as dúvidas.

· Nesta unidade da disciplina de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social, abordaremos o tema “Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores”.

Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

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Unidade: Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Contextualização

Você sabia que já vivenciamos duas grandes revoluções?

Uma delas foi a Agrícola, que ocorreu há mais de 10.000 anos, trazendo à tona conceitos de propriedade de terra, feudalismo, riqueza, comércio, dinheiro status, cidades, etc ( MIHELCIC E ZIMMERMAN, 2012).

Já no século XVIII, houve a Revolução Industrial, que trouxe máquinas, estradas, ferrovias, fábricas, empresas, capitalismo, etc (MIHELCIC E ZIMMERMAN, 2012).

No entanto, nos tempos atuais, vivenciamos uma outra Revolução: a da Sustentabilidade. Assim sendo, não há mais alternativas, é preciso encarar o desafio, tendo em vista a importância desse assunto para os tempos atuais.

Você Sabia ?

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Introdução

Já conhecemos em Unidades anteriores a trajetória percorrida ao longo do tempo para a discussão em relação à degradação ambiental e a sustentabilidade. Nesta unidade, no entanto, nos preocuparemos em discutir mais enfaticamente a responsabilidade social, muito embora na prática não possamos separar os temas.

Tanto o movimento do desenvolvimento sustentável quanto o da responsabilidade social são temas antigos em ascensão, embora de origens distintas.

A preocupação com a responsabilidade social começa associada à questão da Pobreza na Idade Moderna, época em que surgiram as Empresas (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

Na era Moderna, surgiram, então, políticas da pobreza, diferentemente da Idade Média, onde as iniciativas para aliviar o sofrimento dos pobres eram feitas por caridade cristã, justificando-se pela forma com que Cristo viveu, sempre de forma humilde, além do quê riqueza acumulada poderia ser sinônimo de condenação ao inferno (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

Na linha do tempo, a responsabilidade social empresarial passou por vários estágios. Nos Estados Unidos e na Europa, no início do século XX, grandes empresas construíam escolas, bibliotecas e igrejas, incorrendo em melhoria da qualidade de vida (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

Já nas décadas de 1930 e 1940, a responsabilidade voltou-se para dentro das empresas, ou seja, as preocupações direcionaram-se para os direitos trabalhistas, tais como: como redução de jornada, melhoria das condições de trabalho; aspectos ainda de extrema relevância nos dias de hoje (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

Em 1960, inicia-se também o movimento ambientalista, e em 1970 e 1980 se intensificam os movimentos sociais em favor dos direitos das mulheres, homossexuais, minorias raciais e religiosas, pessoas com necessidades especiais, estudantes, consumidores e idosos (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

Enfim, ao longo dos anos, as preocupações aglutinaram-se e encorparam as discussões voltadas à Responsabilidade Social, como o respeito à diversidade humana, o combate à corrupção, a promoção da qualidade de vida, inclusive no trabalho, a preocupação e o cuidado com o meio ambiente (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

A preocupação e o fortalecimento das Teorias tomaram impulso graças à grande quantidade de organizações Nacionais e Internacionais que promoveram a prática da Responsabilidade Social, como é o caso do Instituto Ethos e o do IBase - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. A ISO elaborou também uma norma de Responsabilidade Social, a ISO 26000. (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social foi criado em 1998 por um grupo de empresários, da iniciativa privada, cujo objetivo é a partir de troca de experiências e sistematização de conhecimentos desenvolver ferramentas para auxílio na análise de práticas voltadas à gestão e ao compromisso com a responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.

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Unidade: Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

O Ibase é uma Organização fundada em 1981 pela sociedade civil, cujo objetivo é a radicalização da democracia e a afirmação de uma cidadania ativa. As iniciativas são regidas pelos princípios da Igualdade, solidariedade, participação e justiça socioambiental.

Assim sendo, podemos inferir que uma organização sustentável é aquela que busca seus objetivos atendendo concomitantemente a equidade social, prudência ecológica e eficiência econômica (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

Atualmente, para referir-se a ações relativas à sustentabilidade de uma organização é muito comum a utilização dos termos Responsabilidade Social Empresarial ou Responsabilidade Corporativa.

No Brasil, conforme Pereira, Silva e Carbonari (2011), a desigualdade social e a impossibilidade de atendimento a estas demandas fazem com que a Responsabilidade Social Empresarial seja mais relevante.

Primeiramente, vale destacar que ações isoladas por razões humanitárias não são sinônimo de responsabilidade social, talvez a origem tenha sido assim, mas a responsabilidade social empresarial se constrói por meio de ações interligadas, inseridas no planejamento e na cultura da organização, envolvendo a todos (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

Atualmente, é intensa a quantidade de iniciativas em sintonia com os movimentos da responsabilidade social das empresas e do desenvolvimento sustentável, originando os conceitos de organização e de empresa sustentável, ou seja a responsabilidade social das empresas é um caminho para alcançar a sustentabilidade empresarial (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

Explore

Conheça mais sobre o Instituto Brasileiro acessando http://www.ibase.br

1 – Responsabilidade Social Empresarial

Para Pensar

Mas, como podemos medir as ações voltadas a responsabilidade social de uma empresa?

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1.1 – Iniciativas para conquista da Gestão da Responsabilidade Social

As Iniciativas são locais, regionais e empresariais nas formas de diretrizes, normas voluntárias, ou mesmo de instrumentos que viabilizem a gestão e operacionalização das expectativas deste movimento (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

O quadro 1.1 mostra a responsabilidade social empresarial nos níveis estratégicos e operacionais.

Níveis Estratégicos

Visão, Valores e Missão

Princípios Diretivos

Declaração Universal dos Direitos do HomemAgenda 21Carta da terraMetas do MilênioPacto Global

Política, Liderança e Recursos

Códigos e Regulamentos

Convenções da OITDiretrizes da OCDE para as MultinacionaisConvenção contra a corrupção

Níveis Operacionais

Impactos Econômicos

Impactos Ambientais

Impactos Sociais

Processos e Normas

ISO 9001ISO 14001OHSAS 18001NBR 16001AA1000SA 8000ISO 26000Códigos de boas Práticas do setor

Relatórios Padrões de Relatórios

Balanço SocialGRIIndicadores Ethos

Fonte: Modificado de Barbieri e Cajazeira, 2012

1.1.1 – Princípios Diretivos

Conforme mostra o quadro 1.1, são exemplos de princípios diretivos que impulsionaram a criação de normas de gestão e outras ferramentas e instrumentos de gestão para as práticas de gestão da responsabilidade social (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012):

Declaração Universal dos direitos do homem (1948) – Importante fonte para orientar a concepção de políticas de responsabilidade social quer seja para uma entidade pública ou privada.

Agenda 21 – realizada no Rio de janeiro em 1992 é um plano de ação para alcançar objetivos do desenvolvimento sustentável.

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Unidade: Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Carta da Terra – foi concluída em 2000, surgiu para incluir questões que não foram tratadas na Declaração de 1992 no Rio de Janeiro, procurando sanar as deficiências existentes, cujos temas básicos são:

Respeitar e cuidar da comunidade da vida.

Integridade Ecológica.

Justiça Econômica e Social.

Democracia, não violência e paz.

Metas do Milênio – Aprovada em 2001 pelas Nações Unidas, cujo objetivo é reforçar o compromisso entre as Nações dos pactos celebrados anteriormente, são eles:

Erradicar a extrema pobreza e a fome.

Atingir o ensino básico fundamental.

Promover igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres.

Reduzir a mortalidade infantil.

Combater a AIDS, a malária e outras doenças.

Melhorar a saúde das gestantes.

Garantir a sustentabilidade do Planeta.

Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

Pacto Global – Fórum aberto à participação de empresas e outras organizações, para se engajar neste Pacto é necessário expressar seu apoio ao Pacto, cujos princípios são:

Princípios de direitos Humanos:

• 1 – Respeitar e proteger os direitos humanos.

• 2 – Impedir violações de direitos humanos.

Princípios de direitos do Trabalho:

• 3 – Apoiar a liberdade de associação no trabalho.

• 4 – Abolir o trabalho forçado.

• 5 – Abolir o trabalho Infantil.

• 6 – Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho.

Princípios de Proteção Ambiental:

• 7 – Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais.

• 8 – Promover a responsabilidade ambiental.

• 9 – Encorajar tecnologias que não agridam o meio ambiente.

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Princípio contra a Corrupção:

• 10 – Combater a Corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

1.1.2 – Códigos e Regulamentos

Como mostrado no quadro 1.1, são exemplos de Códigos e Regulamentos (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012):

Convenções da OIT – Organização Internacional do trabalho, criada em 1919, cujas convenções e recomendações são voltadas para as relações de trabalho e envolve empregadores, empregados e governos.

Diretrizes da OCDE para as Multinacionais – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, elaborou por exemplo, a Convenção Contra o Suborno de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Internacionais de 1997, incluída na Legislação Brasileira.

Convenção Contra a Corrupção – É fundamental para qualquer gestão de responsabilidade social empresarial, A Transparency International (TI) define a corrupção como sendo o abuso do poder, cujo objetivo é obter ganhos privados ilegítimos.

Qualquer que seja o princípio deve ser cumprido, se for incorporado a Legislação, no caso Brasileira.

Ex: Direito de Repouso, limitação de horas de trabalho são direitos que fazem parte da legislação; portanto, as empresas devem cumpri-los.

1.1.3 – Processos e Normas

Para operacionalizar os princípios estabelecidos nos Acordos e Convenções são necessários instrumentos gerenciais, conforme quadro 1.1.

O processo de Normalização internacional é intensificado com a criação da International Organization for Standardization (ISO) em 1947. É válido destacar que recebeu propositadamente essa sigla ISO, que significa em grego Igualdade, justamente por desenvolver trabalhos de normalização técnica, que representem o consenso de seus membros.

O Brasil representado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) participa das decisões e estratégias da ISO (ISAIA, 2010).

Pense

Afinal, qualquer princípio deve ser cumprido??

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Séries de normas ISO é um conjunto de normas, cujo objetivo é fornecer informações, estabelecer requisitos e auxiliar na implementação dos seus requisitos (ISAIA, 2010).

ISO 9001 – é a mais conhecida da série 9000, ela especifica requisitos de um sistema de gestão da qualidade.

ISO 14000 - Esta série estabelece diretrizes para um sistema de gestão ambiental, exemplificando temos:

ISO 14001 - Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e Orientação para uso.

ISO 14004 - Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.

ISO 14063 – Norma que fornece a uma organização as diretrizes sobre princípios gerais, política, estratégia e atividades relacionadas com a comunicação ambiental, tanto interna quanto externa.

OSHAS 18001 – Entrou em vigor em 1999. Foi concebida pela recusa da ISO em criar normas sobre saúde e segurança do trabalho. Portanto, esta norma trata de um sistema de gestão de segurança e da saúde ocupacional. É um compromisso de redução dos riscos decorrentes do trabalho, recaindo em um processo dinâmico de melhoria contínua. Foi criada a partir de um grupo de certificadores do Reino Unido, Irlanda, Austrália, África do Sul, Espanha e Malásia (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

NBR 16001 – Norma Brasileira de Responsabilidade Social, que estabelece requisitos mínimos, permitindo que a organização crie e implemente um sistema de gestão da responsabilidade social. Segundo ABNT (2013), levando em conta: responsabilização, transparência, comportamento ético, consideração pelos interesses das partes interessadas, atendimento aos requisitos legais, respeito às normas internacionais de comportamento e aos direitos humanos à promoção do desenvolvimento sustentável (www.abntcatalogo.com.br).

Trocando Ideias

Qualidade? Por que falar sobre qualidade agora?

Segundo estudiosos (apud Barbieri e Cajazeira, 2012) da área da Qualidade, todo movimento voltado a esta área contribui para impulsionar e fortalecer o movimento direcionado à responsabilidade social. Assim, é possível se concluir que “a organização que melhora continuamente a qualidade terá adotado ao final um estilo de gestão mais social”.

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Esta norma apresenta-se compatível com as estruturas das normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, o que facilita a integração das mesmas (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

Os sistemas de gestão podem receber certificações, para fazê-lo devem submeter esse sistema a um Organismo externo, no caso da NBR 16001 é denominado de Organismo de Certificação de Sistema de Gestão da Responsabilidade Social (OCR), que por sua vez é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

AA 1000 – Origem Reino Unido - define melhores práticas para prestação de contas a fim de assegurar a qualidade da contabilidade, auditoria e relato social ético de todos os tipos de organizações.

AS 8000 – É uma norma internacional de avaliação da responsabilidade social e parte do princípio que as empresas devem cumprir as leis relativas aos empregados e terceirizados, adotando as disposições das convenções da Organização Internacional do Trabalho (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

A Norma Internacional ISO 26.000 foi publicada em novembro de 2010 e lançada a versão em português em dezembro de 2010 – ABNT NBR ISO 26.000 a qual concede Diretrizes sobre a Responsabilidade Social.

A Responsabilidade Social das Organizações consiste em responsabilizar-se pelos impactos causados por conta dos processos decisórios perante a sociedade e meio ambiente. O que implica em um comportamento ético e transparente, o qual contribui para o desenvolvimento sustentável, compatível com as leis aplicáveis e as normas internacionais de comportamento.

A ISO 26.000:2010 não tem a finalidade de certificação, é uma norma de diretrizes e de uso voluntário.

1.1.4 – Padrões de Relatórios/Indicadores

Segundo Barbieri e Cajazeira (2012), um sistema de gestão deve possuir mecanismos de comunicação transparentes para as partes envolvidas. Algumas normas já citadas anteriormente (ISO 14063, ISO 14001) atendem ao princípio da comunicação, porém não recomendam nenhum tipo específico de instrumento (ferramenta), cabendo a organização pela tomada de decisão de qual instrumento deve ser utilizado.

Naturalmente, a escolha de um Instrumento depende da estratégia, da política, dos princípios, dos programas, ou seja de particularidades da Organização (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

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Unidade: Responsabilidade Social: Diretivas e Indicadores

Segundo Pereira, Silva e Carbonari (2011), os indicadores de sustentabilidade corporativa servem para:

Trazer reflexão sobre temas que nem sempre são geridos.

Identificar Metas.

Explicitar o aprendizado e a reação da empresa diante de suas falhas.

Quantificar o impacto.

Dar transparência e consistência à prestação de contas.

Contextualizar e tornar tangível o desempenho.

Permitir a comparabilidade.

Evidenciar a evolução.

No quadro 1.1, são citados alguns exemplos de padrões de relatório, que seguem:

Balanço Social – É um modelo, criado em 1997 pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), que se trata de um demonstrativo e é publicado anualmente. Nele, constam informações sobre projetos, benefícios e ações sociais voltados para funcionários, investidores, analistas de mercado, acionistas e comunidade (stakeholders) e os dados são expressos em valores financeiros ou de forma quantitativa (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

GRI – Global Report Initiative, uma ONG internacional dedicada a desenvolver, divulgar e medir o desempenho das organizações, sob o aspecto da sustentabilidade ambiental, social e econômica, prestando desta forma contas à sociedade (BARBIERI e CAJAZEIRA, 2012).

Indicadores Ethos – A Organização que se utiliza deste Indicador tem a vantagem de comparar-se com outras empresas e analisar os pontos fortes e fracos e assim ter oportunidade de melhoria. Neste indicador, aspectos econômicos que não tenham ligação com aspectos sociais e ambientais não são levados em conta (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

Stakeholders é um termo muito utilizado e significa pessoa que seja afetada, ou possa ser afetada pelo desempenho de uma organização.

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É fácil perceber que usar os indicadores não é tarefa simples, pois eles devem ser flexíveis o suficiente para que possam ser alterados e adaptados, se for necessário.

O quadro 1.1 apresenta apenas exemplos de Indicadores naturalmente existem muitos outros, destacam-se ainda:

ISE – Índice de Sustentabilidade – Índice lançado pela Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) em 2005, reflete o retorno de uma carteira de ações de empresas que tem um comprometimento com a sustentabilidade social empresarial (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

Relatório de Sustentabilidade Dow Jones – É um indicador de desempenho financeiro, índice de reajuste ligado à bolsa de Nova York. As organizações que constam deste índice são as mais capazes de criar valor para seus acionistas, a longo prazo (PEREIRA, SILVA E CARBONARI, 2011).

As empresas, certamente, detêm marcas que apresentam ativos intangíveis (bens e direitos que não apresentam forma física), que são preciosos e demandam tempo e dinheiro para serem construídos: a transparência e ética. Enfim, a responsabilidade socioambiental passa credibilidade, é, sem dúvida, uma forma de gestão estratégica, mas vai muito além de estratégia e obrigação, é um compromisso permanente que a organização sela para tornar a sociedade mais justa e contribuir para seu desenvolvimento.

Viver em uma sociedade injusta, onde as Organizações privadas ou públicas não são transparentes, é viver numa “terra de ninguém”.

Para Pensar

Mas, afinal, Por que as empresas devem investir em um sistema de gestão de responsabilidade social?

Terra de ninguém é um termo empregado para designar um território não ocupado ou, mais especificamente, um território sob disputa entre partes que não o ocuparão por medo ou incerteza. (WIKIPEDIA 2013)

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Refletindo

É fato que já tivemos duas grandes revoluções, uma delas foi a Agrícola, que ocorreu há mais de 10.000 anos e trouxe à tona conceitos de propriedade de terra, feudalismo, riqueza, comércio, dinheiro status, cidades, etc ( MIHELCIC E ZIMMERMAN, 2012).

A outra revolução foi a Industrial, que ocorrera no século XVIII, trazendo máquinas, capitalismo, estradas, ferrovias, fábricas, empresas, etc (MIHELCIC E ZIMMERMAN, 2012).

E a última delas a Revolução da Sustentabilidade, não há mais alternativas. Assim sendo, não há mais alternativas, é preciso encarar o desafio, tendo em vista a importância desse assunto para os tempos atuais.

Em Síntese

É fato, que precisamos nos preparar para atendermos não só a legislação que é obrigatória, mas incorporar na missão de toda organização normas que tragam benefícios à sociedade, conquistando, desta forma, o status de empresa transparente e sustentável.

Tudo indica que os consumidores estão começando a levar em consideração alguns critérios ambientais e sociais na escolha por um produto ou processo; portanto, não há como fugir dessa responsabilidade.

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Material Complementar

Explore

Como textos complementares desta Unidade, indico as leituras dos livros:

BARBIERI, J.C.; CAJAZEIRA, J.E.R. Responsabilidade social em empresarial e empresa sustentável – da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2012.

PEREIRA, A.C.;SILVA, G.Z;CARBONARI, M.E.E. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011

SROUR, R.H. Ética Empresarial – A Gestão da Reputação. Rio de janeiro: Elsevier, 2003.

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Referências

BARBIERI, J.C.; CAJAZEIRA, J.E.R. Responsabilidade social em empresarial e empresa sustentável – da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2012.

PEREIRA, A.C.; SILVA, G.Z;CARBONARI, M.E.E. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011

SROUR, R.H. Ética Empresarial – A Gestão da Reputação. Rio de janeiro: Elsevier, 2003.

CATÁLOGO DE NORMAS: Disponível em: www.abntcatalogo.com.br - Acesso em 22/janeiro/ 2013

WIKIPEDIA: Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra_de_ningu%C3%A9m – Acesso em 22/Janeiro/2013

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Anotações

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