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Page 1: Gestalt-terapia, segundo Perls é uma abordagem existencial na medida em que não se limita a lidar com sintomas e estruturas de caráter. A Gestalt-terapia
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Gestalt-terapia, segundo Perls é uma abordagem existencial na medida em que não se limita a lidar com sintomas e estruturas de caráter.

A Gestalt-terapia se ocupa com a existência total da pessoa, cujos fenômenos são claramente identificados em sonhos.

Sonhos: criação mais espontânea do homem, pois se dá a conhecer sem intervenção da intenção, do desejo ou da escolha deliberada. O sonho simplesmente surge.

Page 3: Gestalt-terapia, segundo Perls é uma abordagem existencial na medida em que não se limita a lidar com sintomas e estruturas de caráter. A Gestalt-terapia

Sonhos = mensagem existencial , tentativa de lidar com situações inacabadas

Criação mais espontânea: surge sem intervenção do desejo, intenção ou escolha deliberada; cada elemento, parte, personagem sendo criação do sonhador. Considerando-se a memória e a realidade, há o elemento projetivo na seleçào de determinados conteúdos em detrimento de outros.

Cada elemento do sonho representa um fragmento da personalidade do sonhador.

Page 4: Gestalt-terapia, segundo Perls é uma abordagem existencial na medida em que não se limita a lidar com sintomas e estruturas de caráter. A Gestalt-terapia

* afirmação de quem se é : cada elemento é uma polaridade * awareness com o que se identifica / o que nega em si * parte que falta

Dramatização : identificação com os elementos do sonho como uma forma de assimilar e recuperar as projeções.

* contrapartida da alienação ( isso é alguma coisa que não me pertence, não sou eu )

* resistência de representar a parte alienada

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Perls orienta-se pelo entendimento de que as diferentes partes do sonho são fragmentos da personalidade do sonhador.

Para tornar-se uma pessoa unificada e inteira, seria necessária a reapropriação dos fragmentos projetados, bem como o potencial oculto neles.

REAPROPRIAÇÃO: Intensificação de awareness

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Sonhos = mais que uma projeção, exploram as possibilidades de contato disponíveis. * sonhador e o terapeuta * sonhador e membros do grupo * sonhador e aspectos da sua vida.

sonho = um palco onde o contato pode ser ativado, destrinchando a existência a existência do sonhador

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Ampliação do sentido de diversidade, da experiência de self, e centramento no próprio mundo. Energia para um alinhamento com um novo material intrapessoal. A auto-imagem estagnada onde os conflitos internos levam à uma negação de polaridades, há uma liberdade para buscar uma nova integraçào com a própria multiplexidade.

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“ O gestalt terapeuta tem uma variedade de alternativas entre as quais ele pode escolher qual lhe parece a maneira mais eficaz para ele trabalhar o material onírico. A seleção vai depender do paciente, o qual pode trabalhar melhor a partir de um ponto de vista que de outro. Ou pode depender do terapeuta, que conhece qual a sua habilidade especial e trabalha de forma compatível com seu estilo pessoal” Erv & Miriam Polster

Page 9: Gestalt-terapia, segundo Perls é uma abordagem existencial na medida em que não se limita a lidar com sintomas e estruturas de caráter. A Gestalt-terapia

Clientes escrevem o sonho

1.Dar um título ao sonho

2.Escrever um provérbio (afirmações com relação de causa e efeito) que faça sentido para o sonho

  3.À partir do provérbio, escrever uma mensagem de vida para as pessoas

4.Aplicar essa mensagem de vida a si mesmo, ao seu momento existencial.

  5.Qual a micro ação que pode ser feita como um primeiro passo para por em prática o que foi refletido á partir da mensagem de vida?

  6.Partilha grupal

MÉTODO MARIA BOWEN

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1.  Cliente escreve o sonho-  2.Escrever, no formato de coluna, todos os elementos do sonho na ordem em que aparecem, exceto artigos, pronomes pessoais e possessivos, preposições, que virão acopladas aos respectivos substantivos-  3. Escrever, junto a cada palavra da coluna, a primeira associação que lhe ocorrer -  4.Com as palavras novas, escrever uma dissertação sobre si mesmo-  5.Ler o que escreveu e aplicar ao seu momento existencial7.Partilha grupal

MÉTODO MARIA BOWEN

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MÉTODO CLÁSSICO DA GESTALT TERAPIA 1. Contar o sonho como se

estivesse contando uma história

* descobrir sobre o que é o sonho

* perceber alterações na voz, postura, mobilização de sentimentos

2. Repetir o sonho no presente, primeira pessoa, dramatizando ou não

* usar elementos do ambiente para criar o setting do sonho

* movimentar-se adotando as posições descritas no sonho

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MÉTODO CLÁSSICO DA GESTALT TERAPIA 3. Identificar-se com cada

elemento do sonho * diálogo entre elementos/

símbolos que demonstrem alguma relação / conflito * mudar de posição em

função do diálogo * tentar chegar a alguma resolução com o diálogo

4.Procurar no sonho algo que esteja obviamente faltando

5.Identificação com o sonho na sua totalidade

6. Integrar o conteúdo trabalhado a outros conteúdos da vida do cliente

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MÉTODO CLÁSSICO DA GESTALT TERAPIA

Considerações GeraisConsiderações Gerais

* * trabalhar primeiro a parte com a qual o cliente menos se identifica

* primeiro objetos, * primeiro objetos, depois lugares, pessoas depois lugares, pessoas por último; iniciar com o por último; iniciar com o mais vago, abrangente, mais vago, abrangente, locais mais amplos, e daí locais mais amplos, e daí para o mais específicopara o mais específico; ;

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MÉTODO CLÁSSICO DA GESTALT TERAPIA

Considerações GeraisConsiderações Gerais

**Sonhos longos : negociar a parte que será trabalhada

Sonhos vagos : trabalhar a imagem / fragmento / sensação

Não lembrar = não querer encarar a própria existência

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  1.O cliente narra o sonho

  2.Cliente narra de novo o sonho no presente

  3.O grupo relaciona os elementos do sonho

4.Cada membro do grupo escolhe um elemento do sonho a ser personificado por ele ; caso mais de uma pessoa deseje personificar um mesmo elemento, o grupo ou ambos podem decidir o impasse ou ambos poderão personificar o mesmo elemento, já que cada um o fará à sua maneira.         

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     Se necessário acrescentar outros objetos para facilitar a integração das pessoas e as pontes entre os vários papeis

   5.  Cada membro do grupo incorpora o seu elemento se descrevendo como tal, dando as características dos elementos e os sentimentos que estejam vivenciando nos seus respectivos papeis       

          6. As partes dialogam entre si, a princípio à partir da ordem em que aparecem no sonho, e logo o sonho adquire vida própria

 7. Chegando à um fechamento os diálogos, cada um irá falar sobre a sua experiência vivenciando o papel, que pontes faz com sua vida, que aprendizados obteve

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  8. O sonhador coloca então como se sentiu ao longo do processo, e qual a compreensão que pode obter sobre si mesmo com o trabalho do sonho

         9. É levantado o tema central do sonho e discutido no grupo, cada membro fazendo pontes com a sua vida pessoal, e até mesmo com o momento grupal, quando é o caso

  O terapeuta faz os comentários finais, amarrando ou aprofundando algum processo

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CONTINUANDO O ENREDO OU UM TRECHO DO SONHO

# Ideal para sonhos interrompidos; sonhos ou trechos com términos insatisfatórios ou ameaçadores.

# Cliente narra o sonho, relaxa, entra no sonho; através da fantasia ou dramatização revive o sonho e cria a continuação o mesmo até um novo fim

# O resultado é elaborado focalizando-se a parte acrescentada e fazendo um paralelo com o momento existencial do cliente.

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CONSTRUINDO SONHOS EM GRUPO - LIKA QUEIROZ

-        # Alguns membros do grupo relatam um sonho curto.

-         # Cada membro do grupo monta a sua história à partir dos sonhos relatados.

-        # Responder individualmente às questões abaixo:

            - Dar um título á história escrita.

-         - Como se desdobra o enredo, a trama da história?

-         -O que acontece com os personagens?

-        

INTEGRANDO SONHOS

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CONSTRUINDO SONHOS EM GRUPO - LIKA QUEIROZ

- Como são os personagens?

       - O que os personagens sentem?

        - O que lhe chamou atenção na história?

         - O que lhe chamou atenção no que chamou atenção?

         - O que você gostaria que tivesse acontecido?

      #  Refletir sobre o sentido que faz o que foi respondido com o momento. existencial de cada um.

     # Partilha grupal ou em sub grupos.

INTEGRANDO SONHOS

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Construindo uma história* Cliente narra os sonhos* Constrói uma história com os sonhos* Relacionar a historia com o momento existencial do cliente: - tema e enredo - trechos significativos* dramatização ou fantasia da história resultante

INTEGRANDO SONHOS

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Pontos Comuns entre os Sonhos * Cliente narra os sonhos* Identificar os pontos comuns de acordo com as categorias oníricas: - personagens - natureza - objetos - emoções / sensações - cenários - atividades solitárias - resultados / interações* relacionar os pontos comuns identificados com o momento existencial do cliente

INTEGRANDO SONHOS - 2

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Temas * Cliente narra vários sonhos de uma noite / semana* Cliente levanta o(s) tema (s ) de cada sonho* Terapeuta acrescenta temas não percebidos* Cliente estabelece a relação entre os temas* Terapeuta facilita a relação dos temas ou padrão mais global resultante com o momento existencial do cliente.

INTEGRANDO SONHOS - 3

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TÉCNICA “O QUE CHAMOU ATENÇÃO”

Um membro do grupo relata um sonho.

Cada membro responde : O que lhe chamou mais atenção no sonho?

O sonho é mais uma vez contado.

Segunda questão: O que lhe chamou atenção em segundo lugar?

Terceira questão: Ao ouvirem mais uma vez o sonho dêm-se conta do que lhes chamou menos atenção, e / ou o que vocês nem haviam percebido que fazia parte do sonho. (lembrar que o que chama menos ou nenhuma atenção tem a ver com conteúdos que estão na zona cega do cliente, núcleos que podem mobilizar resistência)

Cada um lê o que respondeu em relação às questões, qual o tema, padrão, aspectos trazidos; qual a relação com o seu momento existencial?

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I. Ideal para sonhos muito longos ou para clientes que não suportariam trabalhar todo o conteúdo.

¨       Cliente narra o sonho.¨      Cliente seleciona um elemento do sonho que ache intrigante ou inquietante..¨      Cliente fecha os olhos e se imagina sendo esse elemento : o que ele, elemento, pensa, sente, deseja, quer fazer. O cliente dá voz e gesticulação ao elemento.¨      Cliente, no papel do elemento, dialoga com outros elementos do sonho.¨       Cliente se desidentifica do papel e elabora o material que emergiu. 

TRABALHANDO UM ELEMENTO INTRIGANTE DO SONHO

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Utilizando Recursos Artísticos

Pintura Cliente narra o sonho

Terapeuta pede ao cliente para ficar em contato com o sonho (sensações, sentimentos)

Cliente desenha ou pinta o sonho (cartolina, papel 40kg, lápis cera, de cor, tinta guache, pintura a dedo)

Cliente fala sobre o que pintou, sensações ou sentimentos ao olhar para a sua produção.

Terapeuta elabora com o cliente as relações que ele pode estabelecer com o seu momento existencial; faz pontes com conteúdos de sessões anteriores.

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Utilizando Recursos Artísticos 1

Colagem Cliente narra o sonho

Separa figuras que para ele tenham a ver com o sonho, literal ou simbolicamente

Monta uma colagem (pode usar rolinho de fita crepe)

Descreve o que produziu

Terapeuta elabora com o cliente as relações que ele pode estabelecer com o seu momento existencial (temas, crenças, mensagens, conflitos, desejos etc.); faz pontes com conteúdos de sessões anteriores.

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Utilizando Recursos Artísticos 2

ArgilaCliente lembra o sonho e, de olhos fechados, vai mexendo na argila em contato com o que vai lembrandoOlha o que fez, o que sua obra lhe pareceFaz os retoques que sente necessário para terminar a sua peça Apresenta o que produziu, descrevendo-se como sendo a sua obraTerapeuta elabora com o cliente as relações que ele pode estabelecer com o seu momento existencial (temas, crenças, mensagens, conflitos, desejos etc.); faz pontes com conteúdos de sessões anteriores

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Utilizando Recursos Artísticos

Argila – em grupo Segue os mesmos passos do trabalho individual para a confecção da peça Cada membro apresenta sua peça ao grupo descrevendo-se como a mesma O grupo monta uma cena com as peças Cada membro fala sobre a cena e faz paralelos com sua vida a partir da peça individual e da cena. Com macro-grupos o trabalho é feito em sub-grupos e cada sub-grupo constrói sua cena a partir das obras individuais dos seus membros, e se trabalha no sub-grupo que o ajuda a fazer paralelos com seu momento existencial. O terapeuta pode solicitar que os sub-grupos construam uma cena coletiva do grupo como um todo; aí trabalha o momento existencial do grupo.

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CAIXA DE AREIA

Material necessário: caixa retangular ou quadrada, areia, miniaturas diversas.

Cliente conta o sonho.

Terapeuta mostra as miniaturas e convida o cliente a montar o sonho na caixa de areia:

1. - pode montar cena por cena e ir trabalhando cada cena como um processo em si.

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CAIXA DE AREIA - 1

- no final pedir que o cliente represente o sonho como um todo com uma ou várias miniaturas, e trabalhar a mensagem do sonho.

2 - O cliente vai montando as

cenas à medida em que o sonho vai se desenrolando e o terapeuta vai trabalhando os diálogos .

- lembrar que o sonho é um material vivo, que adquire vida própria, portanto a história inicial pode ir mudando ao longo do trabalho, com novos símbolos sendo acrescentados.