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IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE RISCOS – UC - PT
unesp
Banco de dados para a gestão de riscos de movimentos em massa em Coimbra.
Análise da influência dos principais condicionantes atmosféricos
Geórgia Jorge Pellegrina IPMet – UNESP – Brasil
Lúcio Cunha CEGOT – U.C. - Portugal
IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE RISCOS – UC - PT
INTRODUÇÃOInstabilidade das vertentes
Conjunto complexo de movimentos em massa
dos terrenos
Vertentes Naturais Taludes Artificiais
- Desabamentos ou queda de blocos- Deslizamentos planares e rotacionais
- Fluxos de terras e de lamas
Fenômenos com escalas variadas:
Fenômenos de diferentes tipos :
- alguns m3- dezenas a centenas de m3- centenas a milhares de m3
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O crescimento desordenado em áreas suscetíveis aos movimentos em massa, somado à falta de planejamento do uso do solo e a ausência de técnicas adequadas de estabilização,
tem aumentado a ocorrência dos desastres relacionados a esses processos, afetando a população direta e indiretamente.
INTRODUÇÃO
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Assim, faz-se necessário estudar a situação climática para o acompanhamento e prevenção das ocorrências de movimentos em massa, já que, em regra, estes são deflagrados por eventos
de precipitação extrema e/ou de longa duração.
Efetuar cartografia das áreas atingidas por tempo severo e seus impactos, ao longo de um determinado período contribuirá
para ajudar a determinar as áreas de risco.
Com isso, o banco de dados se torna uma ferramenta importante a ser utilizada por profissionais da área e órgãos
tomadores de decisão em prevenção de acidentes.
INTRODUÇÃO
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A pesquisa visa mostrar a aplicação de um banco de dados em problemasde geotecnia ambiental por meio da:
- Espacialização dos danos
- Análise dos principais condicionantes atmosféricos atuantes em Coimbra
OBJETIVO
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CARACTERÍSTICAS DE COIMBRA
As características geomorfológicas e geológicas assumem papel importante no grau de permeabilidade, coesão e mobilidade dos
materiais da vertente e na ocorrência dos movimentos em massa.
A posição geográfica de Coimbra favorece a existência de tipos de solos diversificados, uma morfologia contrastada, com declives acentuados,
associados ao confronto entre as baixas terras litorâneas com as serras e planaltos. Essa posição influencia na ocorrência das chuvas e,
particularmente, nos seus quantitativos.
Entre os elementos climáticos, a precipitação possui papel importante para a região de Coimbra devido a sua grande variabilidade sazonal e
interanual.
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METODOLOGIA
O trabalho foi iniciado por pesquisas nos boletins meteorológicos do IPMA e nos dados de precipitação cedidos pelo IGUC
- período considerado: janeiro/2000 a março 2013.
As análises pluviométricas apontam os acumulados diários deprecipitação (09h às 09h) do período em estudo, onde foramselecionados dias consecutivos de chuva acima de 10 mm. Foramelaborados gráficos anuais dos volumes pluviométricos mensais paracomparação dos anos mais chuvosos com as normais climatológicas eassim proporcionar uma relação com o número de ocorrência demovimentos de massa.
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A etapa a seguir consistiu na procura de eventos de movimentos emmassa nos jornais locais. A pesquisa foi realizada no Diário de Coimbra, comos dias pré-selecionados pela sequência de dias chuvosos.
Fotografias dos artigos de eventos de movimentos em massa em Coimbra
METODOLOGIA
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Assim, foi elaborado um banco de dados de movimentos em massa em Coimbra.
Os eventos foram organizados em tabelas constando:Data
HorárioLocalização
Tipo de OcorrênciaDanos causados
Foram elaboradas Tabelas com os dados de precipitação acumulada no dia da ocorrência e nos 3, 5,10 e 15 dias que antecederam os
movimentos, para auxiliar a identificação dos níveis de saturação do solo, considerando que as chuvas fracas e contínuas favorecem os eventos de
movimentos em massa, tanto quanto as chuvas intensas com duração mais curta.
METODOLOGIA
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RESULTADOS E ANÁLISES
As ocorrências encontradas nas pesquisas realizadas no jornal, foram espacializadas em um ambiente SIG ( Sistema de Informação
Geográfia do ArcGis
Fig. 1 – Movimentos em vertente em Coimbra Jan/2000 a Mar/2013
Fig. 2 – Tipos de movimentos em massa em Coimbra - Jan/2000 a Mar/2013
Fig. 3 – Movimentos em massa em Coimbra -Jan/2000 a Mar/2013 e Inverno/2001
La susceptibilité aux glissements de terrain
Les facteurs:- Pentes- Géologie- L'utilisation des terres
Méthode:- Modèle de régression linéaire pour la pondération des classes à l'intérieur de chaque facteur;- Réseau neuronal pour la pondération des facteurs.
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ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO EM COIMBRA
Anualmente, a maior parte (cerca de 78%) da precipitação em Coimbra, ocorre no outono (setembro, outubro e novembro) e inverno (dezembro,
janeiro e fevereiro), podendo se estender a março (dados do IGUC)
Fig. 4 – Precipitação total mensal média em Coimbra – Período 2000-2012
Fig. 5 – Número mensal médio de dias chuvosos (>0,1 mm) em Coimbra –
Período 2000-2012
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A distribuição de frequência cumulativa de precipitação diária em Coimbra, para o período 2000-2012, é apresentada para primavera, verão,
outono e inverno. A intensidade de precipitação diária varia com as estações do ano.
A menor diferença ocorre entre outono e primavera. A precipitação no inverno são claramente mais intensas, e do verão mais fracas, estando no
nível intermediário a precipitação de outono e primavera. Assim, o inverno, além de apresentar maior volume de chuva e ter maior
número de dias de chuva, as suas intensidades são maiores.
Fig. 6 – Distribuição de frequência cumulativa da precipitação diária em Coimbra, 2000-2012
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Estação Meteorológica IGUC Normais Climatológicas Ocorrências de movimentos de massa
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Acumulados mensais de precipitação, Normais Climatológicas e Númerode Ocorrências de Movimentos em Massa em 2011 – Coimbra.
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Estação Meteorológica IGUC Normais Climatológicas Ocorrências de movimentos de massa
Ano 2001
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Acumulados mensais de precipitação, Normais Climatológicas e Número deOcorrências de Movimentos em Massa em 2001 – Coimbra.
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Conclusão
- Os resultados das análises da precipitação em Coimbra, apontaramque as chuvas mais intensas estavam relacionadas com as superfíciesfrontais frias com trajetórias predominantemente de oeste e asregiões de depressão na Península Ibérica.
Em altitude, as situações mais frequentes foram a circulaçãoatmosférica ondulatória.
Além destas situações sinóticas, os grandes volumes de precipitaçãosão influenciados pela NAO-, pela penetração do ar marítimo, pelorelevo e pela disposição da Bacia Hidrográfica do rio Mondego.
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A relação de períodos longos de chuva, com declividades acentuadasaumenta consideravelmente o número de movimentos em massa,provocando danos severos.
Vale enfatizar que tanto as regiões de baixa pressão atmosférica naPenínsula Ibérica como as superfícies frontais frias são sistemas queproduzem chuvas por um período que pode se estender a dias, podendoocasionar a saturação do solo deflagrando os movimentos de massa.
Devido à frequência e os altos valores de precipitação no outono einverno, por serem consecutivos e ressaltando a possibilidade deocorrência de precipitação prolongada e contínua, existe um fortecontributo para ocorrência de movimentos de massa, com valorespróximos a 20 mm de chuva acumulada diária em Coimbra.
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A maior parte dos movimentos estudados localiza-se na faixa oriental domunicípio de Coimbra, cuja característica predominante é de áreasmais montanhosas, com declives mais acentuados. A generalidade dosmovimentos foi influenciada por ações antrópicas responsáveis pelainstabilização das vertentes, principalmente em estradas. E, 48 %desses eventos ocorreram no Inverno de 2000/2001, o inverno maischuvoso dos últimos anos registrado em Coimbra.
Essa pesquisa mostrou que as análises das informações do banco dedados tornam-se uma ferramenta importante para estudar áreas derisco e verificar ações de prevenção e alerta.