gerenciamento dos custos dos acidentes

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Gerenciamento dos Custos dos Acidentes e Doenças Ocupacionais Objetivo: Identificar e isolar os custos referentes aos Acidentes, Doenças ocupacionais e locais insalubre, para: Manter os recursos financeiros aos Programas de Segurança; Gerar novos recursos financeiros aos Programas de Segurança; Gerar recursos financeiros para modificação do local de trabalho; Administrar os custos com EPIs. Conceitos: Investimento Aplicação ou emprego de capitais, com esperança de obter proveitos; Custo Valor gasto para adquirir ou produzir um bem ou realizar um serviço; Lucro Ganho, rendimento ou remuneração de um investimento ou benefícios e vantagens; Ponto de Equilíbrio Nível em que o investimento é suficiente para cobrir todos os custos, não obtendo lucro e nem prejuízo; Prejuízo Quando se deixa de obter lucro, vantagem ou beneficio. Gráficos Demonstrativos das curvas de Custo e Investimento $ $ $ I C C I a b NS c d NS f e g NS Gráfico 1 Gráfico 2 Gráfico 3 onde: C – Curva que demonstra o Custo apurado dos Acidentes e Doenças Ocupacionais; I – Curva que demonstra o Investimento realizado para a Adoção das Medidas Preventivas; $ – Valores verificados (investimento e custo);

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Page 1: gerenciamento dos custos dos acidentes

Gerenciamento dos Custos dos Acidentes e Doenças Ocupacionais

Objetivo:Identificar e isolar os custos referentes aos Acidentes, Doenças ocupacionais e locais insalubre, para:

Manter os recursos financeiros aos Programas de Segurança; Gerar novos recursos financeiros aos Programas de Segurança; Gerar recursos financeiros para modificação do local de trabalho; Administrar os custos com EPIs.

Conceitos:Investimento – Aplicação ou emprego de capitais, com esperança de obter proveitos;Custo – Valor gasto para adquirir ou produzir um bem ou realizar um serviço;Lucro – Ganho, rendimento ou remuneração de um investimento ou benefícios e vantagens;Ponto de Equilíbrio – Nível em que o investimento é suficiente para cobrir todos os custos, não obtendo lucro e

nem prejuízo;Prejuízo – Quando se deixa de obter lucro, vantagem ou beneficio.

Gráficos Demonstrativos das curvas de Custo e Investimento

$ $ $ I C C I

a b NS c d NS f e g NS Gráfico 1 Gráfico 2 Gráfico 3

onde:C – Curva que demonstra o Custo apurado dos Acidentes e Doenças Ocupacionais;I – Curva que demonstra o Investimento realizado para a Adoção das Medidas Preventivas;$ – Valores verificados (investimento e custo);NS – Nível de Segurança verificado (nível baixo – local inseguro com ocorrências de grande número de

acidentes e doenças ocupacionais, verificando-se também alto número de reclamações trabalhista; nível alto – local seguro com ocorrências de pequeno número de acidentes e doenças ocupacionais, verificando-se também baixo número de reclamações trabalhista).

Gráfico 1 - Representa o comportamento da curva do Investimento.No início, com pequenos investimentos verificam-se aumentos significativos no Nível de Segurança. No final, com grandes investimentos, verificam-se pequenos aumentos no Nível de segurança, chegando-se a um ponto em que, aumentando-se o Investimento o Nível de Segurança não sofre variação. Quando o Investimento é baixo, o Nível de Segurança também é baixo, aumentando-se o Investimento, o Nível de Segurança também aumenta;Ponto “a” – baixo Investimento, baixo Nível de Segurança;Ponto “b” – alto Investimento, alto Nível de Segurança.

Gráfico 2 - Representa o comportamento da curva do custo.No início, com pequenos aumentos no Nível de Segurança obtém-se grandes reduções nos custos. No final, com grandes aumentos no Nível de Segurança, verificam-se pequenas reduções dos custos, chegando-se a um ponto em que, aumentando-se o Nível de Segurança os custos não sofrem variação. Quando o Nível de Segurança é baixo, o Custo é alto, aumentando-se o Nível de Segurança, o Custo é reduzido;Ponto “c” – alto Custo, baixo Nível de Segurança;Ponto “d” – baixo Custo, alto Nível de Segurança.

Page 2: gerenciamento dos custos dos acidentes

Gráfico 3 - Representa a sobreposição das curvas do Investimento e Custo.Neste gráfico encontramos o Ponto de Equilíbrio “e” das curvas, onde, os valores do Investimento e do Custo se eqüivalem.Ponto “f” – reduzindo-se os Investimentos, os Custos aumentam e o Nível de Segurança cai;Ponto “g” – aumentando-se os Investimentos, os Custos são reduzidos e o Nível de Segurança

aumenta. Esse ponto não é interessante para a empresa operar, porque o investimento é maior que os prováveis custos, e isso, significa perda financeira.

O empresário, procura sempre trabalhar, o mais próximo possível, no Ponto de Equilíbrio “e”, pois, no ponto “g” os custos são altos e, no ponto “f” o investimento é maior que as prováveis perdas, deixando-se de obter proveitos.

Composição dos Custos:1 – Custos Diretos:

a) Custo de Prestação dos primeiros socorros ao acidentado - gastos com curativos, medicamentos, transporte, etc. (inclusive despesas com convênio, se houver);

b) Custos administrativos – horas empregadas para preenchimento da CAT, investigação e analise de acidente, etc.;

c) Custo de Intervenção – horas empregadas pelos funcionários que intervieram para evitar maiores danos;d) Custo da reposição de peças e materiais danificados – valor da aquisição das peças e materiais;e) Custo de recuperação do local - horas da mão-de-obra empregada na limpeza, conserto e reposição de

peças e materiais;f) Pagamento dos primeiro 15 dias de afastamento do acidentado - horas pagas;g) Recolhimento do FGTS ao funcionário afastado, durante o tempo de afastamento (valor recolhido).

2 – Custos Indiretos:a) Custo da parada da produção - horas de funcionários, máquinas ou setores, que, em decorrência do

acidente, permaneceram parados devido à paralisação da linha de produção, máquina danificada, pane no sistema de alimentação (hidráulica, elétrica e pneumática), comentários do acidente, etc.;

b) Custo para recuperação da produção, devido à paralisação (horas extras empregadas na recuperação);c) Custo de substituição do funcionário (custos de seleção, recrutamento, admissão e treinamento); d) Custo da redução da produtividade - funcionários que ficaram com receio de trabalhar ou funcionário

novato (verificar a variação da produção e calcular o seu custo);e) Custo por atraso (verificar se ocorreu atraso na entrega do produto ou serviço e, se esse atraso gerou o

pagamento de multa. Se sim, computar as multas pagas);f) Custo de remanejamento do acidentado – quando o funcionário necessitar de transferencia de função,

devido a seqüelas do acidente (diferença entre o salário da atividade que está exercendo com o salário pago ao acidentado).

g) Benefícios concedidos aos funcionários afastados.3 – Custos Segurados:

a) Tratamento e recuperação do acidentado (consultas, exames, hospitalização, curativos, etc.;);b) Período de afastamento (valor pago pela seguradora durante o período de afastamento do funcionário);c) indenizações pagas devido a seqüelas (auxilio acidente).

4 – Custos Judicias (trabalhista e civil), gerados pela falta de segurança:a) Custo pelo pagamento de honorários dos advogados;b) Despesas para a preparação da documentação de defesa (cópias, autenticações, etc.);c) Despesas e custas judiciais (deslocamento e horas gastas pelo preposto e testemunhas); d) Pagamento de perícia (perito e assistente técnico);e) Pagamento de indenizações ou acordos.

5 – Outros Custos gerados pela falta de segurança:a) Adicional de insalubridade;b) Aumento da Taxa do Seguro (previdenciário e contra incêndio);c) Pagamento de multas;d) Embargo ou Interdição de máquinas, setores ou empresa, pela falta de segurança;e) Imagem prejudicada da empresa no mercado;f) Perda de clientes devido à falta de segurança.

Obs.: quando o calculo do custo for baseado em horas da mão-de-obra empregada, não esquecer de computar os encargos sociais, e, nos caso de Horas Extras, computar o referido acréscimo.