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GERENCIAMENTO DE PROCESSO EM UM GALPÃO DE RECICLAGEM NO MUNICÍPIO DE BOCAIUVA-MG Ana Maria de Souza Reis Silva (FACIT ) [email protected] Gisele Figueiredo Braz (FACIT ) [email protected] A logística empresarial tem o seu conceito relacionado às atividades de armazenagem, processamento e manutenção dentro de um processo produtivo de uma organização. Para chegar a esse conceito a logística sofreu modificações no decorrer dos anos, na qual em 1920 no âmbito das guerras militares era considerada uma atividade de distribuição, tornando-se no século XX um sistema integrado onde as atividades estão presentes em todas as etapas do gerenciamento de um processo. Com o constante crescimento da área empresarial surge à preocupação com a qualidade do produto que tem como objetivo orientar cada setor da organização a procura de executar suas tarefas de forma correta e no tempo devido. Observa-se que por consequência houve um aumento do consumo e da geração de resíduos sólidos no mundo, surgindo assim o termo Logística Reversa, na qual se refere a uma logística voltada para a reciclagem, descarte e gerenciamento de materiais. O projeto teve por objetivo avaliar o conhecimento sobre gestão de processo em um Galpão de Reciclagem no município de Bocaiuva- MG com o intuito de propor melhorias no aproveitamento dos materiais e local. Utilizando uma metodologia descritiva na qual tem como meios de investigação a pesquisa de campo e bibliográfica, ao final pretende-se conseguir que os associados possuam o conhecimento sobre a parte literária e a importância de suas atividades práticas para a sociedade, e que os mesmos possam realizar suas tarefas com qualidade e de forma que consigam ter um maior aproveitamento dos materiais recolhidos e do local onde trabalham. Palavras-chaves: logística empresarial, gerenciamento do processo e galpão de reciclagem. XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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GERENCIAMENTO DE PROCESSO EM UM

GALPÃO DE RECICLAGEM NO MUNICÍPIO DE

BOCAIUVA-MG

Ana Maria de Souza Reis Silva (FACIT )

[email protected]

Gisele Figueiredo Braz (FACIT )

[email protected]

A logística empresarial tem o seu conceito relacionado às atividades de

armazenagem, processamento e manutenção dentro de um processo

produtivo de uma organização. Para chegar a esse conceito a logística sofreu

modificações no decorrer dos anos, na qual em 1920 no âmbito das guerras

militares era considerada uma atividade de distribuição, tornando-se no

século XX um sistema integrado onde as atividades estão presentes em todas

as etapas do gerenciamento de um processo. Com o constante crescimento

da área empresarial surge à preocupação com a qualidade do produto que

tem como objetivo orientar cada setor da organização a procura de executar

suas tarefas de forma correta e no tempo devido. Observa-se que por

consequência houve um aumento do consumo e da geração de resíduos

sólidos no mundo, surgindo assim o termo Logística Reversa, na qual se

refere a uma logística voltada para a reciclagem, descarte e gerenciamento

de materiais. O projeto teve por objetivo avaliar o conhecimento sobre

gestão de processo em um Galpão de Reciclagem no município de Bocaiuva-

MG com o intuito de propor melhorias no aproveitamento dos materiais e

local. Utilizando uma metodologia descritiva na qual tem como meios de

investigação a pesquisa de campo e bibliográfica, ao final pretende-se

conseguir que os associados possuam o conhecimento sobre a parte literária

e a importância de suas atividades práticas para a sociedade, e que os

mesmos possam realizar suas tarefas com qualidade e de forma que

consigam ter um maior aproveitamento dos materiais recolhidos e do local

onde trabalham.

Palavras-chaves: logística empresarial, gerenciamento do processo e galpão

de reciclagem.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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1 Introdução

A área de atuação da logística iniciou-se nas épocas das operações militares (DRUCKER,

1969) e tinha como finalidade montar uma estratégia de combate. Mas no século XX, o

conceito sofreu modificações fazendo com que a logística fosse considerada uma ferramenta

de integração de todos os setores internos e externos da organização com capacidade de

satisfazer o processo ou serviço adequadamente até o cliente final.

E ao longo dos últimos vinte anos vêm sendo considerada uma das atividades que mais

evoluiu dentro de uma empresa, tornando-se um setor estratégico para os negócios

(BALLOU, 2012), passando assim a ser considerada como uma área de integração do

gerenciamento do processo com função principal de minimizar os custos e maximizar a

lucratividade da organização.

Tendo em vista a ampliação do conceito logístico e o crescente aumento industrial surge uma

preocupação com as questões ambientais que induz à discussão e à criação do conceito

Logística Reversa, cujo foco é relacionar o retorno de bens a serem processados e em

reciclagem de materiais.

Assim, o objetivo deste é avaliar o conhecimento sobre a gestão de processo e propor

melhorias no aproveitamento dos materiais e de um galpão de reciclagem na cidade de

Bocaiúva - MG. Este estudo justifica-se devido ao fato de se observar um crescimento no

setor de reciclagem de resíduo sólidos no Brasil através da formação de Galpões de

Reciclagem e por notar que o conhecimento e aplicação da logística nas associações trarão

benefícios em seu ramo de atuação.

2 Logística

A palavra logística vem do grego “Logistikos” e possui o significado de cálculo e raciocínio

matemático; essa definição foi utilizada como parâmetro em operações militares norte-

americanas, aplicadas ao transporte, distribuição e suprimento das tropas (DRUCKER, 1969).

Baseando-se nesse conceito, o Barão Antoine-Henri Jomini, em 1836, escreveu “Sumário da

Arte da Guerra” que está dividida em cinco atividades: estratégia, grande tática, logística,

engenharia e tática menor e relacionou a logística ao deslocamento das tropas, ao transporte,

aos preparativos administrativos, ao suporte e à saúde dos soldados.

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A filosofia de logística passa a ser implementada dentro das organizações buscando o

relacionamento fornecedor-empresa-cliente.

2.1 Logística Empresarial

“A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que

facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de

consumo final” (BALLOU 2012, p.24).

Essa tem como objetivo intercalar a produção com o cliente final dando a esse o nível de

serviço desejado, além disso, procura atingir metas da cadeia de suprimentos como

desenvolver mix de atividade com a finalidade de ter o máximo do retorno do investimento

realizado em um curto prazo.

De acordo com Ballou (2012), pode-se afirmar que a logística atualmente passa a ter além do

valor de lugar, valores de tempo, de qualidade e de informação. Os fatores estão relacionados

ao prazo de entrega preestabelecido, a qualidade desejada e a possibilidade de rastreamento

do produto, fazem com que o produto esteja no lugar certo na hora correta e com plena

satisfação do cliente.

2.2 Logística Reversa e Logística Verde

No período pós-guerra, houve uma preocupação com questões ambientais que, junto com o

crescente desenvolvimento industrial, gerou a necessidade de se promover ações voltadas para

a sustentabilidade. O comportamento da sociedade era voltado para um alto consumo de

produtos e isso acelerou a produção, o que proporcionou um aumento de resíduos. E para

tentar equilibrar a situação, deu-se origem à logística reversa juntamente com a logística

verde.

A logística reversa passou por evolução até chegar ao conceito atualmente definida:

Logística reversa é a área da logística empresarial que planeja, opera e

controla o fluxo e as informações correspondentes, do retorno dos bens de

pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ciclo produtivo, por

meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas

naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa,

entre outros (LEITE, 2009, p.16,17).

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A logística Verde é utilizada na estrutura da organização a partir da prática dos 3Rs: reduzir,

reutilizar e reciclar. O primeiro refere-se a diminuir a quantidade de resíduos produzidos, o

segundo é de utilizar um produto várias vezes e o terceiro R é voltado para transformar um

resíduo considerado lixo e em útil novamente (DONATO, 2008 apud TORRE, 2009).

Diante disso, as duas logísticas diferem-se, segundo Resende (2004, p. 28): "Logística

Reversa estuda meios para inserir produtos descartados novamente no ciclo de negócios,

agregando-lhes valor de diversas naturezas. Enquanto a Logística Verde planeja e diminui

impactos ambientais da logística comum”.

2.4 Manutenção de Estoque

O objetivo da manutenção do estoque é a melhoria do atendimento aos clientes e a eficiência

operacional. O atendimento ao cliente consiste em disponibilizar material ou produto acabado

de acordo com a demanda pedida. E a eficiência operacional relaciona-se ao menor custo de

preparação de itens, aumento na capacidade produtiva, a compra de itens em quantidade

maior e valor menor, proteção contra alterações de preços e contingências (CHING, 2009).

Para o gerenciamento do estoque como é conhecido, a manutenção de estoque, é fundamental

para o composto logístico e administração. Tendo como função o planejamento e o controle

desde a matéria-prima ao produto acabado (ARNOLD, 2009; BALLOU, 2012). O

planejamento tem por objetivo determinações dos valores do estoque, datas de entrada e saída

e ponto e pedidos dos materiais (CHING, 2009).

2.3 Gestão da Qualidade

De acordo NBR ISO 9000, o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) tem como objetivo

controlar e administrar uma organização quanto à qualidade (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DE NORMAS TÉCNICAS, 2005). Segundo Arnold (2009), qualidade significa buscar a

satisfação do usuário em relação ao produto ou serviço.

Ao implementar o programa de gestão de qualidade, e para que os resultados pretendidos

sejam vistos, é necessário aplicar os esforços tanto nas áreas técnicas do processo quanto na

área humana. Para isso existem técnicas como a gestão de pessoas e gerenciamento de

processo que sustentam, respectivamente, os esforços realizados pela qualidade (DAVIS,

2001).

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2.4 Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

Entende-se que são resíduos nos estados sólido e semissólidos, os “... que resultam de

atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de

varrição” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005, p.1).

O objetivo desse gerenciamento é de redução da produção de lixo, o máximo

reaproveitamento, reciclagem de materiais e a disposição dos resíduos de forma mais sanitária

e ambientalmente trazendo, assim, benefícios tanto social como ambiental.

O sistema de gerenciamento integrado de resíduos sólidos se divide em fases que envolvem

desde a geração até a disposição final.

A primeira fase é a geração de resíduos que são provenientes das atividades diárias da

sociedade (IBAM, 2001). A segunda fase consiste nas atividades de coleta, armazenagem e

transporte. A fase seguinte é o tratamento que consiste em processar o resíduo para que haja

redução do volume, mobilidade, e/ou toxicidade. A última fase do gerenciamento é a

disposição final, a fim de destinar e armazenar os resíduos para deterioração.

2.5 Os galpões de Reciclagem

Os galpões de Reciclagem é um modelo de tratamento do gerenciamento do resíduo sólido e

têm como característica básica o recebimento dos resíduos da coleta seletiva. Nessas unidades

os colaborados são organizados em associações ou cooperativas e realizam as seguintes

atividades relacionadas com os resíduos: coleta, separação, armazenagem, prensagem, estoque

e destino final (SILVA, 2007).

3 Materiais e Métodos

O projeto foi realizado em um Galpão de Reciclagem localizado no município de Bocaiúva,

norte de Minas Gerais. O gerenciamento desse galpão é feito pela ASCABOC- Associação de

Catadores de Materiais Recicláveis de Bocaiúva, criada 03 de junho de 2004, com o apoio da

Prefeitura local e por Marisa de Souza Alves. Seu objetivo é melhorar a qualidade de vida dos

catadores da região, mas foi além, beneficiando a cidade na diminuição de resíduos sólidos no

lixão.

As atividades relacionadas ao projeto tiveram como suporte a revisão de literatura, por meio

de livros, palestras, artigos, revistas e trabalhos acadêmicos; e a pesquisa de campo, de

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natureza aplicada, que tem como método procurar a solução para um determinado problema

através de aplicação prática. Para esse fim aplicou-se uma abordagem tanto qualitativa quanto

quantitativa.

O universo (população) da pesquisa de campo é representado por todos seis catadores, que

realizam todas as atividade do setor, porém, apenas dois possuem o cunho gerencial.

Os dados da pesquisa foram obtidos a partir de uma entrevista semiestruturada realizada com

os associados, juntamente com visitas ao local para identificar e descrever o processo, as

tarefas que são realizadas e como são feitos os registros.

A fim de identificar quais os materiais estocados, as condições do galpão e a característica do

universo amostral, foi aplicado questionário, além de uma planilha de cadastro para

determinar a quantidade de material que atualmente é armazenado e entregue aos

fornecedores e compradores e criado um inventário para identificar a quantidade de estoque

no Galpão durante todo o mês. Todas as planilhas foram geradas na ferramenta Excel 2010.

As informações foram coletadas no período de 10 de setembro a 10 de novembro/2013.

A etapa de conscientização foi realizada através de palestras cujo enfoque foram a reciclagem

e a segurança do trabalho.

4 Gerenciamento de Processo em Empresa Prestadora de Serviço

Por meio da entrevista realizada, obtiveram-se respostas relacionadas ao desenvolvimento das

atividades e os meios para sua realização, concluindo que o galpão de reciclagem tem como

finalidade o recolhimento de materiais recicláveis a fim de serem encaminhados para a

reutilização.

O Galpão possui estrutura organizacional dividida em seis principais setores: setor de coleta,

triagem, estocagem, prensagem, pesagem e expedição.

Devido a ter maquinários pesados dispostos no chão de fábrica e as áreas de triagem e

estocagem tanto de matéria-prima e do material prensado serem fixas, o que se movimenta

dentro do processo produtivo do Galpão são os materiais recicláveis que são divididos em três

classes principais: papel, plástico e metais; sendo a Garrafa Pet o mais rentável.

Quadro 1 – Materiais recicláveis

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Fonte: Aa Autora (2013)

A associação recebe aproximadamente três carregamentos mensais de materiais doados por

empresas ou órgãos públicos que, com a coleta porta a porta, produzem um total recolhido de

quase 19 toneladas/mês de material reciclado, proporcionando a comercialização de um

carregamento a cada 30 dias de 15 toneladas/mês.

Para identificar o processo, foi realizada a entrevista com os associados de cunho gerencial, a

fim de delimitar claramente os fornecedores (Supplier), as entradas (Input), o processo

(process), a saída (Output) e os clientes (Customer) sobre todo o processo realizado no

Galpão (QUADRO 2).

Quadro 2 – SIPOC

Fonte: Autora

A associação funciona no horário de 8 às 17 horas. A coleta do material, feita porta a porta, é

realizada pelos seis associados no período da manhã, entre as 7 e 11 horas.

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Os associados, de posse do carrinho de coleta disponibilizado pela associação, são divididos

em grupos de dois e fazem rondas nas ruas da cidade de Bocaiúva-MG entre os bairros

Centro, Maria Rosa, Zumbi, Bonfim e Pernambuco; as rotas são alternadas durante a semana

para que todos os bairros sejam atendidos.

Quando o material é recolhido porta a porta, a triagem já começa a ser realizada na coleta, já

que os associados levam ao Galpão somente os materiais que “aos seus olhos” podem ser

reciclados. De acordo com os associados, essa forma de classificar foi passada na criação da

Associação (Galpão), por meio de uma palestra, cujo tema foi “A Reciclagem no Mundo”.

Outro meio de coleta utilizado são as doações feitas, devido à parceria com empresas e órgãos

públicos da própria cidade, que encaminham os materiais recicláveis à associação em

caminhões próprios. Esses são responsáveis pela separação do material entre recicláveis ou

não recicláveis no próprio âmbito industrial antes de encaminharem a doação para o galpão.

Na área frontal, os materiais, previamente selecionados para doação, são colocados em área

livre, sendo considerados estoques de matéria-prima e após direcionados à estocagem, dando

sequência ao processo.

A etapa de estocagem é realizada a fim de armazenar os materiais por tipo até atingirem uma

quantidade significativa para dar sequência no processo de prensagem; as ferramentas

utilizadas, para agrupar os materiais e auxiliar a atividade, são big bags, saco de ráfia, que

comportam até 40 kg de material, cordas e outras.

A etapa de prensagem se dá para reduzir espaço na estocagem do material e tem como

benefício a valorização do preço, já que o produto enfardado aumenta em até 40% o valor

real.

Ressalta-se que o único material que não passa pela etapa de prensagem é o papel branco, que

é picado, utilizando uma Picadeira de Papel, e estocado em big bags até a comercialização.

No final do mês, os materiais estocados serão encaminhados para a comercialização e, ao

transportar o material para o caminhão, serão pesados para identificar a quantidade de

material que está sendo comercializada. Após serem pesados, são registrados em uma ficha

contendo informações da quantidade e tipo de material.

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Para finalizar o processo é realizada a etapa de comercialização com empresas ou

organizações que irão realizar o processo de reciclagem do material. Essas disponibilizam o

caminhão para o transporte do material e os associados ficam responsáveis pelo carregamento

e verificação da quantidade a ser transportada. A comercialização dos materiais é realizada

por nove empresas que se enquadram no segmento de reciclagem.

Observou-se que não há registros históricos da quantidade de material estocado e

consequentemente não há controle de estoque.

4.1 Gestão de Pessoas

Para identificar o perfil dos associados e seus conhecimentos sobre a reciclagem, foi criado

um formulário com um universo amostral de seis catadores, os dados obtidos passam a ser

descritos a seguir.

Quanto ao gênero dos associados, notou-se que 67% são do gênero masculino e 33% do

feminino. Essa diferenciação não altera na capacidade produtiva do galpão, pois todos

realizam as mesmas atividades.

Observou-se que mais de 50% dos associados possuem idade entre 25 a 40 anos; quanto ao

seu nível de escolaridade se restringiu ao fundamental incompleto.

Os catadores tiram o sustento apenas do serviço realizado na Associação. Para IPT (2003),

alguns fatores que delimitam os catadores terem um emprego formal são as novas exigências

do mercado, fazendo que os catadores sejam constituídos por uma massa de desempregados

por possuírem uma idade avançada e baixa escolaridade.

Identificou-se que todos os catadores que hoje fazem parte do grupo de trabalhadores da

associação já trabalharam com a reciclagem, seja em lixões ou nas ruas das cidades com o

objetivo de se sustentarem. Segundo Rezende; Macêdo (2007), os catadores catam e separam

o material reciclado do lixo numa quantidade significativa para a venda, essa é realizada entre

os catadores e os atravessadores – os sucateiros, que comercializam com as empresas de

reciclagem.

Por meio da avaliação do formulário, apenas 50% dos catadores estão na associação desde

que foi fundada, e apenas metade deles possui o conhecimento sobre Reciclagem.

4.2 Aspecto Logístico Para uma Gestão Efetiva

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Na entrevista, constatou-se que 100% dos associados não possuíam o conhecimento do termo

e funcionalidade da logística. Para que entendessem que esse conceito aplicado à associação

traria benefícios, foi realizada uma palestra com os resultados descritos a seguir.

Na etapa de coleta e comercialização, a Logística se preocupa desde a definição de quais os

tipos de materiais recicláveis a serem selecionados para a reciclagem, até a logística de coleta

possível (meios de transporte utilizados, rotas de coleta), a capacidade da associação para a

coleta de determinados materiais, definição da frequência, fluxo da etapa de recolhimento e

definição, forma de comercialização do material reciclável.

Já nas etapas de triagem e estocagem, puderam-se observar aspectos logísticos nas

disponibilidades de locais de armazenamento das matérias-primas e enfardados, definição de

locais para disposição de coletores para recolhimento de materiais, maquinários e setores,

além de levantamento e solicitação de materiais e equipamentos necessários para operar a

coleta seletiva, como big bags, sacos plásticos, picadeira de papéis e balança para pesagem do

material.

4.3 Mapear, Analisar o Processo

Conforme o IPT (2003), e observado neste trabalho, o objetivo central de uma cooperativa de

catadores de material reciclável é gerar oportunidades de trabalho e de renda. Mas para que

isso ocorra, é necessário desenvolver as fases de mapear e analisar o processo a fim de

melhorar ou implantar novas ideias aos processos já existentes, procurando controlar e

observar ganhos em eficiência e eficácia.

4.3.1 Propostas de Melhorias na Gestão de Pessoas

O objetivo principal dos catadores é possuir uma renda mensal para sobreviver, mas os

catadores não possuíam a capacidade para o trabalho do mercado atual, assim, sugeriu-se ao

poder público municipal remunerá-los, ou suas organizações, pelo serviço de coleta seletiva.

Também se propôs padronizar as atividades desenvolvidas dentro da associação, com o fim de

formalizar a melhor maneira de executar uma atividade. Campos (1998) afirma que a

padronização é a base da estrutura da qualidade.

4.3.2 Propostas de Melhorias no Processo

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Por meio da entrevista e visitas ao local, realizou-se um estudo de tempos e movimentos com

o objetivo de identificar qual é a etapa do processo que prejudica a produtividade do Galpão

(TAB. 1).

Tabela 1 – Cronoanálise das atividades referentes ao mês de agosto

Fonte: Autora

Ao analisar os resultados, percebeu-se que os setores que demandam um maior tempo dos

associados são os de coleta e expedição que respectivamente possuem uma média de tempo

de 216 min/dia e de 150 min/dia referentes a um dia de carregamento, embora não tenham

sido considerados como setores críticos do processo, pois o tempo gasto para realização da

atividade de coleta já é predeterminado na associação e a comercialização ocorre apenas uma

vez no mês.

Observou-se que o modo de realização da coleta da associação é um dos meios mais

utilizados no ramo da reciclagem, todavia para aperfeiçoar a etapa foram propostos outros

meios. Consoante Martins (2005), existem três técnicas que podem acompanhar a etapa de

coleta porta a porta: os próprios geradores separam os materiais recicláveis dos não

recicláveis, quando se possui postos de entregas, voluntários; e quando há contêineres

distribuídos, a população deposita ali os materiais recicláveis.

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Desse modo, a partir do momento em que se utilizam canais de comunicação disponíveis para

sensibilizar a população sobre coleta seletiva, o ganho é visível. Assim, para melhor

exemplificação foi realizado no projeto uma coleta de dados que demostrou a quantidade de

materiais recolhida no mês de agosto, setembro e outubro. Notou-se que houve um ganho em

estoque de materiais recicláveis coletados quando foi proposto aos associados que quando

realizarem a coleta diária, conversem com as pessoas dos bairros para que deixem os

materiais recicláveis separados dos demais. Percebeu-se um ganho de aproximadamente 3

(três) toneladas/mês de material coletado. Como proposta, para melhor divulgação do assunto,

confeccionar folhetos explicativos sobre reciclagem, distribuí-los e anexá-los em pontos de

coleta.

Gráfico 1 – Quantidade de Material (ton.) Recolhida por

Mês

Fonte: Autora

O Setor de triagem é considerado a atividade que demanda maior atenção, pois o seu tempo

médio de realização é de aproximadamente 85 min/dia, quando se consegue tirar apenas 2

toneladas de material por vez. Ao comparar os resultados dos dois primeiros dias de coleta,

percebeu-se que não teve uma variação agressiva de tempo, mesmo que no 1º dia houvesse

um descarregamento de material doado pelas empresas ou órgãos públicos e no 2º dia não

houve doação. Segundo Rezende; Macêdo (2007), a etapa de triagem, quando realizada de

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modo manual gasta aproximadamente 60 min triando 2,5 ton/dia, mas quando possui uma

parte mecânica e outra manual, com o mesmo tempo, consegue-se triar aproximadamente 13

ton/hora.

Assim, a solução encontrada no momento foi que, no ato da coleta porta a porta, os próprios

catadores já separem em big bags os materiais e ao estocarem no galpão, esses já possuam

áreas distintas. Outro ponto que beneficiou a melhora na etapa de triagem foi a capacitação

dos associados, essa aplicação foi realizada através de duas palestras: “A Importância da

Reciclagem” e “Como Reciclar com Qualidade”, na primeira, o enfoque dado foi como

realizar as atividades de um processo produtivo de um Galpão de Reciclagem com qualidade

e de forma que essas sejam desenvolvidas corretamente a fim de trazer lucratividade tanto de

produção quanto financeira. Na segunda palestra, foi abordada a importância das atividades

realizadas pelos associados no mundo, além de dar ênfase aos materiais a serem reciclados e

como realizá-la.

Após a capacitação dos colaboradores ou associados, observou-se que houve uma facilitação

na etapa de triagem, além de se conseguir ter um controle sobre o estoque de material e

agilidade na movimentação. Para comprovação, o método de cronoanálise foi aplicado

novamente, no mês de Setembro, no mesmo período de 10 dias; ao comparar os resultados

comprovou-se um ganho de 23% que se refere há 20 min/dia livres.

Tabela 2 – Cronoanálise das atividades referentes ao mês de

setembro

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F

onte: Autora

Com a redução do tempo na etapa de triagem ocorre uma realocação na atividade

administrativa da associação, criada a partir da aplicação de duas planilhas, de controle

simples e fácil de entender, que objetiva controlar os materiais que entram e saem da

associação e que permanecem no estoque, além de auxiliá-los na etapa de comercialização e

separação do capital gerado para os associados.

5 Considerações Finais

A partir do desenvolvimento do projeto, constou-se que os processos críticos da associação

são a etapa de coleta e triagem. Assim, foi proposto incentivar a ampliação e o

aperfeiçoamento das práticas de coleta seletiva e triagem da reciclagem o que fez aumentar

aproximadamente 3 (três) toneladas de material recolhido no final do mês, além de reduzir o

tempo gasto na atividade de triagem de aproximadamente 65 minutos para 40 minutos,

aumentando R$ 60,00 reais na renda de cada colaborador e a associação teve um ganho de R$

360,00 reais/mês.

Constatou-se também que 50% dos catadores da Associação de Bocaiúva-MG não possuíam

conhecimento sobre o tema de suas atividades. Para informá-los, foram realizadas palestras,

conversas informais com o intuito de levar o conhecimento sobre gestão de processo para

eles, pois, sem essa capacitação, tinham dificuldades em passar para os geradores e convencê-

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los a separarem os materiais. Nota-se que 100% do universo amostral estudado hoje sabe a

importância de suas atividades.

O tempo ganho após realização das melhorias na etapa de triagem foi transferido para área

administrativa com o incentivo aos catadores de terem uma manutenção de estoque além de

qualidade de trabalho. Essas melhorias foram conseguidas através de propostas de

padronização das atividades e com o uso de planilhas para controlar a quantidade real de

material no estoque e vendido.

Além de identificar que 100% dos associados não conheciam o tema Logística e, após a

realização do projeto, foi concluído que todos assimilaram o conceito e os benefícios que a

Logística aplicada nas etapas de reciclagem do material traria.

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