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Brasília, Setembro de 2010 Gestão de Resíduos Gestão de Resíduos Líquidos Líquidos Prof. Nilton Goulart Prof. Nilton Goulart

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gestão de efluentes, poluição hídrica

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Page 1: Geren efluentes

Brasília, Setembro de 2010

Gestão de Resíduos LíquidosGestão de Resíduos Líquidos

Prof. Nilton GoulartProf. Nilton Goulart

Page 2: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Saneamento Básico no BrasilSaneamento Básico no Brasil– 60 milhões de Brasileiros (9,6 milhões de domicílios) não 60 milhões de Brasileiros (9,6 milhões de domicílios) não

dispõem de coleta de esgoto. Localizam-se principalmente:dispõem de coleta de esgoto. Localizam-se principalmente:

Bolsões de pobreza das grandes cidades;Bolsões de pobreza das grandes cidades;

Cidades com menos de 20.000 habitantes;Cidades com menos de 20.000 habitantes;

Regiões Norte e Nordeste.Regiões Norte e Nordeste.

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 3: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Saneamento Básico no BrasilSaneamento Básico no Brasil– Quase 75% de todo o esgoto sanitário coletado nas cidades é Quase 75% de todo o esgoto sanitário coletado nas cidades é

despejado "in natura", o que contribui decisivamente para a despejado "in natura", o que contribui decisivamente para a poluição dos cursos d'água urbanos e das praias;poluição dos cursos d'água urbanos e das praias;

– O esgotamento sanitário requer, portanto, não só a O esgotamento sanitário requer, portanto, não só a implantação de uma rede de coleta, mas também um implantação de uma rede de coleta, mas também um adequado sistema de tratamento e disposição final. adequado sistema de tratamento e disposição final.

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 4: Geren efluentes

Representação espacial do índice de

atendimento total de coleta de

esgotos, distribuído por faixas percentuais,

segundo osestados brasileiros

Fonte:SNIS(2003)

Page 5: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes são geralmente produtos líquidos ou gasosos Efluentes são geralmente produtos líquidos ou gasosos produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos domésticos urbanos, que são lançados no meio domésticos urbanos, que são lançados no meio ambiente. Podem ser tratados ou não tratados. ambiente. Podem ser tratados ou não tratados.

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 6: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Existem basicamente duas categorias de efluentes Existem basicamente duas categorias de efluentes líquidos: líquidos: sanitários ou domésticossanitários ou domésticos e e industriaisindustriais..

• A emissão de efluentes líquidos, no ambiente, foi A emissão de efluentes líquidos, no ambiente, foi regulamentada pelo Protocolo de Annapolis da mesma regulamentada pelo Protocolo de Annapolis da mesma forma que a emissão de gases foi regulamentada pelo forma que a emissão de gases foi regulamentada pelo Protocolo de Kioto.Protocolo de Kioto.

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 7: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes Líquidos DomésticosEfluentes Líquidos Domésticos– Águas residuárias provenientes da utilização de água potável Águas residuárias provenientes da utilização de água potável

em zonas residenciais e comerciais;em zonas residenciais e comerciais;– Caracterizam-se pela grande quantidade de matéria orgânica, Caracterizam-se pela grande quantidade de matéria orgânica,

nutrientes (nitrogênio e fósforo) e microorganismos;nutrientes (nitrogênio e fósforo) e microorganismos;– Podem conter microorganismos patogênicos provenientes de Podem conter microorganismos patogênicos provenientes de

indivíduos doentes (propagação de doenças de veiculaçãoindivíduos doentes (propagação de doenças de veiculação hídrica);hídrica);

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 8: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes Líquidos DomésticosEfluentes Líquidos Domésticos– Composição: Água:99,9% e Sólidos:0,1% Composição: Água:99,9% e Sólidos:0,1% – Sólidos: Substâncias orgânicas:70% e inorgânicas:30%Sólidos: Substâncias orgânicas:70% e inorgânicas:30%– Substâncias Orgânicas: proteínas, carboidratos, gorduras;Substâncias Orgânicas: proteínas, carboidratos, gorduras;– Substâncias Inorgânicas: Areia, sais e metais;Substâncias Inorgânicas: Areia, sais e metais;

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 9: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes Líquidos IndustriaisEfluentes Líquidos Industriais– Águas residuárias provenientes das indústrias;Águas residuárias provenientes das indústrias;– Podem apresentar produtos químicos que impossibilitem a sua Podem apresentar produtos químicos que impossibilitem a sua

coleta no mesmo sistema coletor do esgoto doméstico;coleta no mesmo sistema coletor do esgoto doméstico;– Composição: bastante variada dependendo da indústria;Composição: bastante variada dependendo da indústria;– Presença de compostos químicos tóxicos e metais pesados;Presença de compostos químicos tóxicos e metais pesados;

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 10: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes Líquidos IndustriaisEfluentes Líquidos Industriais– Temperatura elevada, provocando desequilíbrios ecológicos Temperatura elevada, provocando desequilíbrios ecológicos

no corpo receptor;no corpo receptor;– Nutrientes em excesso, causando a eutrofização da água;Nutrientes em excesso, causando a eutrofização da água;– Um mesmo processo industrial pode apresentar grande Um mesmo processo industrial pode apresentar grande

variabilidade nos efluentes dependendo da matéria-prima variabilidade nos efluentes dependendo da matéria-prima utilizada, do processo empregado e do nível tecnológico dautilizada, do processo empregado e do nível tecnológico da

empresa.empresa.

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 11: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Sistemas de Esgotos SanitáriosSistemas de Esgotos Sanitários– Esgoto é o termo utilizado para caracterizar os despejos Esgoto é o termo utilizado para caracterizar os despejos

provenientes dos diversos usos da água;provenientes dos diversos usos da água;

– Esgotos sanitários: despejos líquidos constituídos de esgotos Esgotos sanitários: despejos líquidos constituídos de esgotos domésticos e industriais lançados na rede pública e águas de domésticos e industriais lançados na rede pública e águas de infiltração;infiltração;

Considerações IniciaisConsiderações Iniciais

Page 12: Geren efluentes

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Lançamento de Efluentes em corpos

d´água

Page 13: Geren efluentes

PRIMEIRA PARTE

Evolução histórica, panorama inicial:

o considerava-se que havia valor numa floresta pelo potencial de recursos que poderia gerar se estivesse derrubada;

o havia a idéia de que se tratavam de recursos naturais infinitos, não havia qualquer preocupação em preservar para não faltar.

Mudança da visão:

o recursos naturais passam a ser encarados de maneira diferente, a floresta passa a ter valor em si (exemplo da Floresta Amazônica);

o consenso de que os recursos naturais não são infinitos, inclusive com a indicação de que sua taxa de renovação não acompanha a demanda;

o especial destaque à escassez da água: 1.1 bilhão de pessoas sofrem pela falta de acesso à água potável; e 2.4 bilhões pela falta de sistemas de saneamento. Doenças de veiculação hídrica são as que mais matam crianças entre 1 e 3 anos de idade. (Water Supply and Sanitation Collaborative Council – WSSCC, 2005).

Page 14: Geren efluentes

CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

Primeiro momento:

o controle/fiscalização como função do Poder Público;

Segundo momento:

o há a idéia de que o meio ambiente é bem comum, pertence a todos e todos devem dele cuidar;

o ganha força o conceito de que é injusto que todos arquem com a poluição que traga benefícios para apenas um particular;

o Princípios do Poluidor Pagador, internalização das externalidades negativas., Princípio do Desenvolvimento Sustentável;o controle e fiscalização passam a ser obrigação de todos – empresas, particulares, ministério público, órgão ambientais;

É esta a realidade atual, conforme se percebe pelas leis ambientais.

Page 15: Geren efluentes

LEGISLAÇÃO

• Código de Águas (Decreto 24.643 de 10 de julho de 1934), alterado por leis posteriores, na maioria dos casos para ampliar a força de seus preceitos.

• O Código Florestal (Lei 4771 de 15 de setembro de 1965) tem preceitos especiais para a proteção das matas ciliares ou protetoras das águas.

• Constituição Federal de 1988 fala em responsabilidade de todos / Responsabilização em três esferas: administrativa, penal e civil

Page 16: Geren efluentes

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (...) § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. (...)

Page 17: Geren efluentes

• Responsabilidade civil objetiva: Art. 14, §1º, da Lei nº 6.938/81, recepcionado pela Constituição de 1988 (3º, art. 225)

§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.

Page 18: Geren efluentes

Lei dos crimes ambientais (Lei 9.605/1998)

* Responsabilidade dos sócios, administradores, técnicos, pessoa jurídica:

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

Page 19: Geren efluentes

Lei dos crimes ambientais (Lei 9.605/1998)

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

Page 20: Geren efluentes

Descrição de alguns crimes (Lei 9.605/1998)

Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente

Page 21: Geren efluentes

Descrição de alguns crimes (Lei 9.605/1998)

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º Se o crime é culposo: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Page 22: Geren efluentes

Descrição de alguns crimes (Lei 9.605/1998)

§ 2º Se o crime: I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das

áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população; III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de

uma comunidade; IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou

substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: Pena - reclusão, de um a cinco anos. § 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim

o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Page 23: Geren efluentes

Descrição de alguns crimes (Lei 9.605/1998)

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer

funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Page 24: Geren efluentes

Descrição de alguns crimes (Lei 9.605/1998)

Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em

desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de

detenção, sem prejuízo da multa.

Page 25: Geren efluentes

Descrição de alguns crimes (Lei 9.605/1998)

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano,

sem prejuízo da multa.

Page 26: Geren efluentes

Descrição de alguns crimes (Lei 9.605/1998)

Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões

ambientais: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro

procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. § 1o Se o crime é culposo: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos § 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se há dano significativo ao meio

ambiente, em decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou enganosa.

Page 27: Geren efluentes

Infrações administrativas (Lei 9.605/98)

Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão

que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.

Page 28: Geren efluentes

Infrações administrativas Decreto nº 6.514/2008

Art. 21. Prescreve em cinco anos a ação da administração objetivando apurar a prática de infrações contra o meio ambiente, contada da data da prática do ato, ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que esta tiver cessado.

Art. 61. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam

resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da biodiversidade:

Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).

(...)

Page 29: Geren efluentes

Infrações administrativas Decreto nº 6.514/2008Art. 62. Incorre nas mesmas multas do art. 61 quem:(...)III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de

água de uma comunidade;IV - dificultar ou impedir o uso público das praias pelo lançamento de substâncias,

efluentes, carreamento de materiais ou uso indevido dos recursos naturais;V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas

em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos; (...)VIII - provocar pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais o perecimento de

espécimes da biodiversidade. (...)

Page 30: Geren efluentes

Infrações administrativas Decreto nº 6.514/2008 Art. 66. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos,

atividades, obras ou serviços utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, em desacordo com a licença obtida ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes: (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem:(...)II - deixa de atender a condicionantes estabelecidas na licença ambiental.

Page 31: Geren efluentes

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237/1997

Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1º- Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades relacionadas no Anexo 1, parte integrante desta Resolução.

Consta do ANEXO I:• estações de tratamento de água• interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário;• tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos).

Page 32: Geren efluentes

OUTRAS NORMAS FEDERAIS:

LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997, Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal: a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

Resolução nº 396, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas.

Page 33: Geren efluentes

Resolução Conama nº 357, 17 de março de 2005, depois de três anos de discussão no Conama revogou a Resolução Conama 20/86:

• traz conceitos: corpo receptor, vazão de referência...• classifica as águas pelo uso preponderante em 13 classes de qualidade;• estabelece limites individuais máximos para cada substância em cada classe;• estabelece condições e padrões de lançamentos de efluentes.

Page 34: Geren efluentes

Resolução Conama nº 357

Art. 24. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou

indiretamente, nos corpos de água, após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis.

Parágrafo único. O órgão ambiental competente poderá, a qualquer momento: I - acrescentar outras condições e padrões, ou torná-los mais restritivos, tendo em vista as condições

locais, mediante fundamentação técnica; e II - exigir a melhor tecnologia disponível para o tratamento dos efluentes, compatível com as

condições do respectivo curso de água superficial, mediante fundamentação técnica. Art. 32. Nas águas de classe especial é vedado o lançamento de efluentes ou disposição de resíduos

domésticos, agropecuários, de aqüicultura, industriais e de quaisquer outras fontes poluentes, mesmo que tratados.

(...)

Page 35: Geren efluentes

Resolução Conama nº 357

Art. 34. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis:

§ 1º O efluente não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental competente.

§ 2º Os critérios de toxicidade previstos no § 1º devem se basear em resultados de ensaios ecotoxicológicos padronizados, utilizando organismos aquáticos, e realizados no efluente.

§ 3º Nos corpos de água em que as condições e padrões de qualidade previstos nesta Resolução não incluam restrições de toxicidade a organismos aquáticos, não se aplicam os parágrafos anteriores.

Page 36: Geren efluentes

Resolução Conama nº 357§ 4º Condições de lançamento de efluentes:I - pH entre 5 a 9;II - temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC na

zona de mistura;III - materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Imhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas,

cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes;

IV - regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos pela autoridade competente;

V - óleos e graxas:1 - óleos minerais: até 20mg/L;2- óleos vegetais e gorduras animais: até 50mg/L; eVI - ausência de materiais flutuantes.§ 5º Padrões de lançamento de efluentes:(... Tabela na norma)(...)

Page 37: Geren efluentes

Resolução Conama nº 357

Art. 43. Os empreendimentos e demais atividades poluidoras que, na data

da publicação desta Resolução, tiverem Licença de Instalação ou de Operação, expedida e não impugnada, poderão a critério do órgão ambiental competente, ter prazo de até três anos, contados a partir de sua vigência, para se adequarem às condições e padrões novos ou mais rigorosos previstos nesta Resolução.

(...)

Page 38: Geren efluentes

• Qual legislação aplicar então???

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; (...) VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (...) § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Art. 30. Compete aos Municípios:I - legislar sobre assuntos de interesse local; 

Page 39: Geren efluentes

• CF prevê existência de competência concorrente para legislar sobre meio ambiente, que significa que a União editará normas gerais, Estados as normas específicas e Municípios normas de interesse local

• Para o tema em debate, embora ainda haja alguma discussão, pode-se dizer que valerá a regra que for mais restritiva quanto aos padrões de emissão e classificação dos corpos de água receptores;

 

Page 40: Geren efluentes

• Há a licença ambiental (prévia, de instalação, de operação) e a outorga de uso dos recursos hídricos

 

• Qual o órgão licenciador?Resolução Conama nº 237 estabelece que o licenciamento é exigido num único nível de competência, sendo regra o licenciamento pelo órgão ambiental Estadual. Há exceções e discussão sobre o tema.

 • Condicionantes da licença ambiental – autorização para exercer a atividade de acordo com aqueles parâmetros de lançamento

 • Auto monitoramento (apresentação de relatórios trimestrais) – está sempre dentre as condicionantes do licenciamento

 

Page 41: Geren efluentes

• O órgão ambiental pode aplicar um parâmetro mais restritivo do que a norma? Toma-se os padrões da lei como exigência mínima. Os parâmetros devem ser fixados de acordo com critérios técnicos, sempre observando-se a razoabilidade.

• Possibilidade de impugnação de critérios estabelecidos na licença ou outorga. Somente caso fixados sem observância de questões técnicas – recursos administrativos e até discussões judiciais, nunca é fácil o êxito, mas é possível. Exigir algo por mero capricho, sem necessidade técnica é ilegal.

Page 42: Geren efluentes

CONCLUINDO A SEGUNDA PARTE

Não atendimento das normas pode acarretar:

o Autuação pelo órgão ambiental, mediante fixação de multas, interdição/embargo do estabelecimento, suspensão das atividades, demolição;

o Processo Criminal: contra a própria empresa e contra os técnicos/gestores responsáveis (terceiros ou da própria empresa), penas de reclusão, serviços à comunidade, multa;

o Responsabilidade Civil: necessidade de indenizar o dano ambiental (recomposição do corpo d´água, da fauna/peixes, vegetação...), além da necessidade de indenizar terceiros prejudicados (pescadores, população ribeirinha);

o Desgaste na imagem da empresa (perda de negócios, desde perder clientes até a possibilidade de acesso financiamentos).

Page 43: Geren efluentes

• Haverá, é claro, direito de defesa, quando se poderá demonstrar que o valor da multa é excessivo, que o alcance do dano ambiental em verdade é bem menor, etc. Pode-se impugnar aspectos técnicos, como falha na coleta das amostras utilizadas na fiscalização, contra-provas...Aplicação de agravantes e atenuantes, quando não houver dolo e apenas culpa...

• Além da defesa, pode-se firmar termos de ajustamento de conduta (TAC) ou propor substituição da multa por outras atividades - ressalvas para algo justo e razoável sob pena de impugnação por terceiros.

Page 44: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• ColetoresColetores

• InterceptoresInterceptores

Componentes do Sistema de EsgotosComponentes do Sistema de Esgotos

Page 45: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• ColetoresColetores– Coletor PredialColetor Predial: canalização que conduz os esgotos sanitários : canalização que conduz os esgotos sanitários

dos edifícios;dos edifícios;– Coletor de esgotos ou coletor secundárioColetor de esgotos ou coletor secundário: canalização que : canalização que

recebe efluentes dos coletores prediais;recebe efluentes dos coletores prediais;– Coletor Tronco: Coletor Tronco: canalização principal de maior diâmetro, que canalização principal de maior diâmetro, que

recebe os efluentes de vários coletores de esgotos,recebe os efluentes de vários coletores de esgotos, conduzindo-o a um interceptor e emissário.conduzindo-o a um interceptor e emissário.

Componentes do Sistema de EsgotosComponentes do Sistema de Esgotos

Page 46: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Interceptores: Interceptores: canalizações de grande porte que interceptam canalizações de grande porte que interceptam o fluxo dos coletores com a finalidade de proteger cursos de água, o fluxo dos coletores com a finalidade de proteger cursos de água, lagos, praias, etc, evitando descargas diretaslagos, praias, etc, evitando descargas diretas– emissárioemissário: conduto final de um sistema de esgotos sanitários, : conduto final de um sistema de esgotos sanitários,

destinado ao afastamento dos efluentes da rede para o ponto destinado ao afastamento dos efluentes da rede para o ponto de lançamento (descarga), sem receber contribuições no de lançamento (descarga), sem receber contribuições no percursso;percursso;

Componentes do Sistema de EsgotosComponentes do Sistema de Esgotos

Page 47: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Interceptores:Interceptores:

– Estações elevatóriasEstações elevatórias: instalações eletromecânicas para elevar : instalações eletromecânicas para elevar os esgotos sanitários, com o objetivo de evitar o os esgotos sanitários, com o objetivo de evitar o aprofundamento excessivo das canalizações, proporcionar a aprofundamento excessivo das canalizações, proporcionar a transposição de sub-bacias, a entrada nas estações de transposição de sub-bacias, a entrada nas estações de tratamento ou a descarga final no corpo d’água receptor;tratamento ou a descarga final no corpo d’água receptor;

Componentes do Sistema de EsgotosComponentes do Sistema de Esgotos

Page 48: Geren efluentes

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Interceptores:Interceptores:– Sifões InvertidosSifões Invertidos: canalizações rebaixadas que funcionam sob : canalizações rebaixadas que funcionam sob

pressão, destinadas à travessia de canais, obstáculos como pressão, destinadas à travessia de canais, obstáculos como rodovias, ferrovias, etc;rodovias, ferrovias, etc;

– Órgãos complementaresÓrgãos complementares: obras e instalações complementares : obras e instalações complementares que compreendem poços de visita (câmaras de inspeção, que compreendem poços de visita (câmaras de inspeção, também utilizados como elementos de junção e de mudançatambém utilizados como elementos de junção e de mudança

de declividades) e tanques flexíveis;de declividades) e tanques flexíveis;

Componentes do Sistema de EsgotosComponentes do Sistema de Esgotos

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• Interceptores:Interceptores:

– Estações de Tratamento de EsgotosEstações de Tratamento de Esgotos (ETEs): têm por objetivo (ETEs): têm por objetivo reduzir a carga poluidora dos esgotos sanitários antes de seu reduzir a carga poluidora dos esgotos sanitários antes de seu lançamento no corpo de água receptor;lançamento no corpo de água receptor;

– Obras de lançamento finalObras de lançamento final: destinadas a descarregar de forma : destinadas a descarregar de forma conveniente os esgotos sanitários no corpo de água receptor.conveniente os esgotos sanitários no corpo de água receptor.

Componentes do Sistema de EsgotosComponentes do Sistema de Esgotos

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• ColetaColeta

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• Classificação quanto a eficiência das unidadesClassificação quanto a eficiência das unidades– Tratamento Tratamento preliminarpreliminar– Tratamento Tratamento primárioprimário– Tratamento Tratamento secundáriosecundário– Tratamento Tratamento terciárioterciário

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

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• Tratamento preliminarTratamento preliminar

Se dá por meio de grades e caixas de areia, visando à retenção Se dá por meio de grades e caixas de areia, visando à retenção dos sólidos em suspensão (galhos e demais materiais mais dos sólidos em suspensão (galhos e demais materiais mais grosseiros, como terra, areia e gordura decantáveis) que deve grosseiros, como terra, areia e gordura decantáveis) que deve ser posteriormente conduzido para aterros sanitários ser posteriormente conduzido para aterros sanitários

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

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• Tratamento primárioTratamento primário

Decantação simples por meio da ação da força da gravidade ou Decantação simples por meio da ação da força da gravidade ou por precipitação química, o que requer o uso de equipamentos.por precipitação química, o que requer o uso de equipamentos.Nesse estágio é gerado o lodo primário que deve ser manuseado Nesse estágio é gerado o lodo primário que deve ser manuseado com cuidado e tratado por processos de secagem ou incineração com cuidado e tratado por processos de secagem ou incineração antes da sua disposição no solo. antes da sua disposição no solo.

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

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• Tratamento secundárioTratamento secundário

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

-Remoção de sólidos finos suspensos que não decantam;Remoção de sólidos finos suspensos que não decantam;-Filtração biológica;Filtração biológica;-Processos de lodos ativados (colônias de Processos de lodos ativados (colônias de microorganismos mantidas em contato com o líquido);microorganismos mantidas em contato com o líquido);-Decantação intermediária ou final;Decantação intermediária ou final;-Lagoas de estabilização.Lagoas de estabilização.

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• Tratamento TerciárioTratamento Terciário

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

Quando o lançamento dos efluentes tratados se der em corpos Quando o lançamento dos efluentes tratados se der em corpos d’água importantes para a população, seja porque deles se capta d’água importantes para a população, seja porque deles se capta a água para o consumo, seja porque são espaços de lazer, a água para o consumo, seja porque são espaços de lazer, recomenda-se também o tratamento terciário seguido de recomenda-se também o tratamento terciário seguido de desinfecção, via desinfecção, via cloraçãocloração das águas residuais. das águas residuais.

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• Classificação quanto aos meios empregados na remoção Classificação quanto aos meios empregados na remoção ou transformação das características dos esgotosou transformação das características dos esgotos

– Remoção de sólidos grosseiros em suspensão;Remoção de sólidos grosseiros em suspensão;– Remoção de sólidos grosseiros sedimentáveis;Remoção de sólidos grosseiros sedimentáveis;– Remoção de óleos, graxa e substâncias flutuantes análogas;Remoção de óleos, graxa e substâncias flutuantes análogas;– Remoção de material miúdo em suspensão;Remoção de material miúdo em suspensão;– Remoção de substâncias orgânicas dissolvidas, semidissolvidas Remoção de substâncias orgânicas dissolvidas, semidissolvidas e finamente divididas;e finamente divididas;– Remoção de odores e controle de doenças transmissíveisRemoção de odores e controle de doenças transmissíveis

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

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• Classificação quanto a presença de oxigênioClassificação quanto a presença de oxigênio

– Processos AeróbiosProcessos Aeróbios A decomposição é feita por bactérias aeróbias que consomem o A decomposição é feita por bactérias aeróbias que consomem o oxigênio dissolvido existente na água;oxigênio dissolvido existente na água; A matéria orgânica é convertida em gás carbônico, água e biomassa A matéria orgânica é convertida em gás carbônico, água e biomassa (lodo);(lodo); Exemplos: lagoas de estabilização, lagoas aeradas, etc.Exemplos: lagoas de estabilização, lagoas aeradas, etc.

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

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• Classificação quanto a presença de oxigênioClassificação quanto a presença de oxigênio– Processos AnaeróbiosProcessos Anaeróbios A decomposição anaeróbia além de transformar a matéria orgânica A decomposição anaeróbia além de transformar a matéria orgânica em gás carbonico, água e biomassa, promove a formação de gases como em gás carbonico, água e biomassa, promove a formação de gases como o metano e gás sulfídrico;o metano e gás sulfídrico; A produção de biomassa (lodo) é significativamente menor;A produção de biomassa (lodo) é significativamente menor; Exemplos: reatores anaeróbios, filtro anaeróbio, etc.Exemplos: reatores anaeróbios, filtro anaeróbio, etc.

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

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• Tratamentos mais utilizados no BrasilTratamentos mais utilizados no Brasil

Processos de TratamentoProcessos de Tratamento

-Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente (UASB);Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente (UASB);-Filtro Anaeróbio;Filtro Anaeróbio;-Lagoas de Estabilização;Lagoas de Estabilização;-Lagoa Aerada;Lagoa Aerada;-Lodos Ativados;Lodos Ativados;-Filtro Biológico.Filtro Biológico.

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Representação esquemática de um sistema de tratamentos anaeróbio do tipo UASB Representação esquemática de um sistema de tratamentos anaeróbio do tipo UASB

Representação esquemática de um sistema de filtro anaeróbioRepresentação esquemática de um sistema de filtro anaeróbio

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Representação esquemática de um sistema de lagoas de estabilização Representação esquemática de um sistema de lagoas de estabilização

Representação esquemática de um sistema de lodos ativados com lagoa aeradaRepresentação esquemática de um sistema de lodos ativados com lagoa aerada

Lagoa Aeróbia

Grade+

Desarenador Lagoa Facultativa

Corpo Receptor

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• Enquadramento dos corpos d’ águaEnquadramento dos corpos d’ água– Resolução CONAMA NResolução CONAMA N00 357 de 17/03/2005: estabelece as 357 de 17/03/2005: estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes e classifica os condições e padrões de lançamento de efluentes e classifica os corpos d’ água de acordo com seus respectivos usos;corpos d’ água de acordo com seus respectivos usos;– O controle do lançamento de efluentes deve ser feito de O controle do lançamento de efluentes deve ser feito de maneira que os corpos receptores mantenham-se dentro das maneira que os corpos receptores mantenham-se dentro das condições estabelecidas pelas respectivas classes;condições estabelecidas pelas respectivas classes;

Lançamento de EfluentesLançamento de Efluentes

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• Enquadramento dos corpos d’ águaEnquadramento dos corpos d’ água– A nova resolução exige mais controle que a anterior A nova resolução exige mais controle que a anterior (CONAMA N(CONAMA N00 20 de 18/06/1986) e prevê com base na Lei de 20 de 18/06/1986) e prevê com base na Lei de Crimes Ambientais, pena de prisão para os que não observarem Crimes Ambientais, pena de prisão para os que não observarem os padrões das cargas poluidoras.;os padrões das cargas poluidoras.;– Dos quase 600 parâmetros da resolução, há 39 novas Dos quase 600 parâmetros da resolução, há 39 novas condições e 11 valores e condições mais restritivos. condições e 11 valores e condições mais restritivos.

Lançamento de EfluentesLançamento de Efluentes

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisEsgotos DomésticosEsgotos DomésticosEsgotos DomésticosEsgotos Domésticos Esgotos IndustriaisEsgotos IndustriaisEsgotos IndustriaisEsgotos Industriais

URBANOSURBANOSURBANOSURBANOS RECREAÇÃORECREAÇÃORECREAÇÃORECREAÇÃOAQÜICULTURAAQÜICULTURAAQÜICULTURAAQÜICULTURA AGRICULTURAAGRICULTURAAGRICULTURAAGRICULTURA INDUSTRIALINDUSTRIALINDUSTRIALINDUSTRIALRECARGARECARGA DE AQÜÍFEROSDE AQÜÍFEROS

RECARGARECARGA DE AQÜÍFEROSDE AQÜÍFEROS

NÃONÃO POTÁVELPOTÁVEL

NÃONÃO POTÁVELPOTÁVEL POTÁVELPOTÁVEL POTÁVELPOTÁVEL NATAÇÃONATAÇÃO NATAÇÃONATAÇÃO ESQUI AQUÁTICO,ESQUI AQUÁTICO,

CANOAGEM, ETC.CANOAGEM, ETC.

ESQUI AQUÁTICO,ESQUI AQUÁTICO,CANOAGEM, ETC.CANOAGEM, ETC. PESCAPESCA PESCAPESCA

DESSEDENTAÇÕESDESSEDENTAÇÕES DE ANIMAISDE ANIMAIS

DESSEDENTAÇÕESDESSEDENTAÇÕES DE ANIMAISDE ANIMAIS

POMARESPOMARES E VINHASE VINHAS

POMARESPOMARES E VINHASE VINHAS

FERRAGENS, FIBRASFERRAGENS, FIBRAS E CULTURASE CULTURAS

COM SEMENTESCOM SEMENTES

FERRAGENS, FIBRASFERRAGENS, FIBRAS E CULTURASE CULTURAS

COM SEMENTESCOM SEMENTES

CULTURAS INGERIDASCULTURAS INGERIDASAPÓSAPÓS

PROCESSAMENTOIPROCESSAMENTOI

CULTURAS INGERIDASCULTURAS INGERIDASAPÓSAPÓS

PROCESSAMENTOIPROCESSAMENTOI

PROCESSOSPROCESSOSPROCESSOSPROCESSOS OUTROSOUTROS OUTROSOUTROS

CULTURASCULTURAS INGERIDASINGERIDAS

CRUASCRUAS

CULTURASCULTURAS INGERIDASINGERIDAS

CRUASCRUAS

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Formas potenciais de reusoFormas potenciais de reuso

Lançamento de EfluentesLançamento de Efluentes

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Monitoramento da rede coletora: Porto AlegreMonitoramento da rede coletora: Porto Alegre. . A câmera de vídeo, em cores e com foco de luz próprio, instalada na A câmera de vídeo, em cores e com foco de luz próprio, instalada na ponta de um cabo, pode ser inserida na tubulação através dos poços-de-ponta de um cabo, pode ser inserida na tubulação através dos poços-de-visita e percorrer a distância de até 120 metros, captando imagens do que visita e percorrer a distância de até 120 metros, captando imagens do que se passa por dentro das redes de esgoto cloacal.se passa por dentro das redes de esgoto cloacal.

Experiências InovadorasExperiências Inovadoras

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• Monitoramento da rede coletora: Porto AlegreMonitoramento da rede coletora: Porto Alegre. Permite a determinação do tipo de obstrução que ocorre na rede e se há . Permite a determinação do tipo de obstrução que ocorre na rede e se há

rompimentos e ligações irregulares de esgoto;rompimentos e ligações irregulares de esgoto;. O problema pode ser identificado e o procedimento definido sem a necessidade de . O problema pode ser identificado e o procedimento definido sem a necessidade de

escavação do o solo: economia de tempo e recursos financeiros em escavações escavação do o solo: economia de tempo e recursos financeiros em escavações desnecessárias;desnecessárias;

. Pode-se fazer a intervenção apenas no . Pode-se fazer a intervenção apenas no ponto que está obstruído, diminuindo os transtornos ponto que está obstruído, diminuindo os transtornos

causados pela interrupção no trânsito de veículos, causados pela interrupção no trânsito de veículos, necessária para realizar os trabalhos em redes de necessária para realizar os trabalhos em redes de esgotoesgoto. .

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

Experiências InovadorasExperiências Inovadoras

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• Sistemas Condominiais: a experiência de Angra Sistemas Condominiais: a experiência de Angra dos Reisdos Reis

. A comunidade é dividida em grupos de vizinhança, denominados . A comunidade é dividida em grupos de vizinhança, denominados condomínios, que serão as unidades básicas do sistema;condomínios, que serão as unidades básicas do sistema;. As casas de cada condomínio são ligadas através de um sistema de tubos . As casas de cada condomínio são ligadas através de um sistema de tubos de PVC, que recolhe o esgoto das residências numa rede coletora formada de PVC, que recolhe o esgoto das residências numa rede coletora formada por tubos mais largos.por tubos mais largos.

. A rede coletora conduz o esgoto para as estações de. A rede coletora conduz o esgoto para as estações de tratamento, que, posteriormente, libera a água semtratamento, que, posteriormente, libera a água sem contaminação.contaminação.

Experiências InovadorasExperiências Inovadoras

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• Sistemas Condominiais: a experiência de Angra dos ReisSistemas Condominiais: a experiência de Angra dos Reis. As instalações nas residências foram feitas com mão-de-obra e recursos dos . As instalações nas residências foram feitas com mão-de-obra e recursos dos próprios moradores, orientados pelos técnicos da prefeitura;próprios moradores, orientados pelos técnicos da prefeitura;. Moradores: instalaram a caixa de gordura e a de passagem, e os canos . Moradores: instalaram a caixa de gordura e a de passagem, e os canos necessários. Prefeitura: ligação das casas até a caixa de inspeção da rede de necessários. Prefeitura: ligação das casas até a caixa de inspeção da rede de esgotos e estações de tratamento;esgotos e estações de tratamento;

. Economia de mais de R$ 800 mil (tubos comprados . Economia de mais de R$ 800 mil (tubos comprados diretamente dos fabricantes e contrato com as empresas diretamente dos fabricantes e contrato com as empresas

apenas para a instalação das redes, divididas em oito lotes de apenas para a instalação das redes, divididas em oito lotes de obras.obras.

Experiências InovadorasExperiências Inovadoras

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•Grãos e Flores produzidos a partir do esgoto: UFRN/ProsabGrãos e Flores produzidos a partir do esgoto: UFRN/Prosab. As águas do esgoto, se forem devidamente tratadas, podem cultivar milho hidropônico . As águas do esgoto, se forem devidamente tratadas, podem cultivar milho hidropônico para alimentar o gado com produtividade maior do que os métodos convencionais;para alimentar o gado com produtividade maior do que os métodos convencionais;

. Os nutrientes presentes nas águas. Os nutrientes presentes nas águasresiduárias funcionam como aduboresiduárias funcionam como aduboe provocam crescimento da produção;e provocam crescimento da produção;

. Os pesquisadores da UFRN utilizaram. Os pesquisadores da UFRN utilizaramfiltros anaeróbios no tratamentofiltros anaeróbios no tratamentodos esgotos.dos esgotos.

Experiências InovadorasExperiências Inovadoras

Cultivo de milho hidropônicopara forragem

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e IndustriaisGerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Grãos e Flores produzidos a partir do esgoto: Grãos e Flores produzidos a partir do esgoto: UFRN/ProsabUFRN/Prosab

. A pesquisa também testou com sucesso o reaproveitamento desses . A pesquisa também testou com sucesso o reaproveitamento desses efluentes para produção de flores como beneditas, cravos e cravinas por efluentes para produção de flores como beneditas, cravos e cravinas por hidroponia;hidroponia;

Experiências InovadorasExperiências Inovadoras