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METODOLOGIA PARA MONITORAMENTO DAS FAIXAS DE SEGURANÇA DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO E SUBTRANSMISSÃO �
GEOPROCESSAMENTO 2003
V CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO �
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ÚRSULA CAROLINE DE SIQUEIRA
Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Geoprocessamento, Departamento de Cartografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de especialista em Geoprocessamento. Orientado: Profa. Maria Márcia Magela Machado
BELO HORIZONTE 2003
METODOLOGIA PARA MONITORAMENTO DAS FAIXAS DE SEGURANÇA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO E
SUBTRANSMISSÃO
SIQUEIRA, Úrsula Caroline Metodologia para monitoramento das faixas de segurança de Linhas de Transmissão e Subtransmissão vi, 28 f, il Monografia (Especialização) – Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Geociências, 2003 1-Geoprocessamento 2-Invasão 3-Monitoramento
AGRADECIMENTOS Primeiramente gostaria de agradecer à minha família pela força, incentivo e por terem
contribuído muito por mais uma etapa importante em minha vida.
Gostaria de agradecer em especial ao meu noivo Dayron pela compreensão, pela força e
apoio nos momentos mais difíceis.
Agradeço também aos colegas da Cemig Cel. Cícero, Afonso, José Osvaldo, Carlos
Alberto e demais pelo apoio, incentivo, pois trabalhando com vocês pude enriquecer muito
os meus conhecimentos em Geoprocessamento.
Não podendo esquecer dos colegas Charles e Christian pelas orientações nos trabalhos do
curso e finalmente agradeço e muito à minha orientadora Maria Márcia pela compreensão
e dedicação.
iii
SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES v RESUMO vi 1. INTRODUÇÃO 1 2. OBJETIVOS 4 2.1 OJETIVO GERAL 4 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5 4. FUNDAMENROS TEÓRICOS 7 5. MATERIAIS E MÉTODOS 10 5.1 SELEÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 10 5.2 BASE DE DADOS 11 5.3 TRATAMENTO DOS DADOS E TABULAÇÃO 12 5.4 MAPAS TEMÁTICOS 12 6. RESULTADOS 13 7 ANÁLISE DOS RESULTADOS 18 8 CONCLUSÃO 21 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22
iv
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 – Classificação da faixa de segurança – Zoneamento, pág. 08 Figura 02 – Área de estudo da LT BH Bonsucesso BH Sion no município de Belo Horizonte, pág. 10 Figura 03 – Foto aérea da LT BH Bonsucesso BH Sion 1999, pág. 11 Mapa 01 – Distribuição da localização das invasões em 1999 na LT BH Bonsucesso BH
Sion, pág. 13 Mapa 02 – Densidade da Invasão (Nº de construção / área) em 1999 na LT BH Bonsucesso
BH Sion, pág. 14 Mapa 03 – Situação da LT no ano de 1999 na LT BH Bonsucesso BH Sion, pág. 15 Mapa 04 - Situação da LT no ano de 2003 na LT BH Bonsucesso BH Sion, pág. 16 Mapa 05 – Alteração da situação nos vãos da LT BH Bonsucesso BH Sion de 1999 para
2003, pág. 17 Tabela 01 – Distâncias dos invasores às torres das Lt´s, pág. 18 Gráfico 01 – Distância dos invasores às torres das Lt´s, pág. 18 Tabela 02 – Locação dos vãos, pág. 19
v
RESUMO Com o grande processo de urbanização, acelerado e desordenado, ao longo dos anos,
principalmente nos grandes centros, sabe-se que podem ocorrer invasões em terrenos
públicos e privados. As constantes invasões em faixas de RDRs e LTs para construção de
moradias tem sido motivo de preocupação para todas as concessionárias de energia
elétricas existentes no país. Nas grandes cidades o caso é agravado devido ao pouco espaço
e pela vinda de retirantes que buscam oportunidades de trabalho. Não havendo local onde
se instalarem, montam seus barracos sob viadutos e sob as linhas de energia elétrica, cujo
terreno normalmente está desocupado devido a faixa de segurança mantida pela Empresa
concessionária. Na monografia foram utilizadas técnicas de geoprocessamento criando
uma metodologia para o monitoramento das faixas de segurança com invasão. A
metodologia utilizada permite a disponibilização de prognóstico e possibilita consulta
sistemática sobre cada trecho das linhas de transmissão e subtransmissão para
embasamento de ações visando a solução do problema da ocupação favorecendo assim o
planejamento para possíveis atuações da fiscalização.
vi
1 1 INTRODUÇÃO
O Brasil é um país de dimensão continental com uma grande carência de informações
gerenciais adequadas sobre nossos problemas urbanos, rurais e ambientais e o uso da
geoinformação é um fator fundamental na melhoria da capacidade de entender, gerenciar e
ordenar nosso imenso território.
Em decorrência de sua vasta extensão, suas características morfológicas e condições
favoráveis de pluviosidade, o Brasil tem a mais rica e extensa rede hidrográfica do globo,
proveniente de três centros dispersores de água:
a) A Cordilheira dos Andes, onde nascem os formadores do rio Amazonas;
b) O Planalto das Guianas, que dá origem aos rios da margem esquerda da bacia
Amazônica;
c) O Planalto Central Brasileiro, de onde se originam os rios das mais importantes
bacias brasileiras: a Amazônica (rios da margem direita), a Platina, e a do São
Francisco.
A bacia do São Francisco, com área de 631.133km2 é, sem dúvida, uma das mais
importantes do país. Situa-se quase totalmente em áreas de planalto, entre altitudes que
variam de 400 a 1000m; seu principal rio, o São Francisco, nasce na Serra da Canastra
(Minas Gerais) e deságua no Atlântico em estuário. Possui acentuados declives em seu
leito com grande potencial energético e produção hidrelétrica que abastece tanto a região
Sudeste (usina de Três Marias, Minas Gerais), como o Nordeste com as usinas de
Sobradinho e Paulo Afonso (Bahia).
A Cemig está atualizando o mapeamento de suas Linhas de Transmissão e Subtransmissão,
Barragens, Subestações, Usinas dentre outros temas específicos de cada departamento.
Sabemos que as invasões no trajeto das faixas de segurança das linhas de transmissão e de
subtransmissão estão relacionadas diretamente às condições sócio-econômicas vigente em
nosso país e o problema não é específico da Cemig, ocorre em diversas concessionárias.
As faixas de segurança devem ser respeitadas principalmente por existir um campo
eletromagnético de alta freqüência, perigoso e extenso.
2
A invasão acarreta riscos à vida e à saúde de quem vive próximo, compromete o
funcionamento de aparelhos elétricos, como os eletrodomésticos, e inviabiliza o acesso
necessário de técnicos nas áreas para as manutenções e reparos nas redes do sistema
elétrico.
Na rede da Cemig os invasores são, em sua grande maioria, famílias de baixa renda, sem
opções de moradia, que vêem na faixa de segurança uma área disponível para se
estabelecerem, mesmo em condições precárias de vida e segurança.
Estas ocupações nas faixas de segurança da Cemig ocorreram principalmente ao longo dos
últimos anos nas áreas urbanas e periféricas das grandes cidades e representam um passivo
para a empresa, o qual deve ser solucionado, sob o risco de se agravar, através da
ocorrência de novas invasões e também pelo adensamento das moradias em áreas já
ocupadas.
No ano de 2001 foi criada a Política Interna da CEMIG referente ao Equacionamento e
Prevenção da Ocupação Humana sob Linhas de Transmissão e Subtranmissão onde os
objetivos são a prevenção de invasões sob faixas de segurança e nas áreas com invasões já
consolidadas adoção de medidas de segurança para a população e para a estrutura das
linhas.
A partir de então foi formado um Comitê que elaborou diretrizes para a solução do
problema da ocupação a saber:
a) As ações preventivas para garantir a não invasão das faixas de segurança de linhas de
transmissão e subtransmissão;
b) Nas áreas invadidas e com ocupações já consolidadas deve-se buscar a adoção de
medidas orientadas à melhoria das condições de segurança da população e para evitar
danos às estruturas;
3
c) Deve-se prover estrutura de pessoal própria ou contratada para a execução e
acompanhamento dessas ações.
d) A indicação em mapa das áreas com risco de invasões deverá ser feita através de uma
avaliação de risco, considerando a proximidade de áreas invadidas, a presença de infra-
estrutura, o fácil acesso, a topografia e condições da área favorecendo a construção de
moradias e a verificação da existência de lideranças e de movimentos organizados de
invasão.
e) As áreas deverão ser classificadas como:
Alto Risco: onde o acompanhamento pela equipe de vigilância deverá ocorrer com maior
periodicidade;
Médio Risco: a equipe de vigilância deve acompanhar a área com freqüência;
Baixo Risco: a equipe de vigilância deve acompanhar a área com freqüência;
As áreas das faixas de domínio identificadas com o maior risco de invasão deverão ser
delimitadas com construção de cercas, muros, placas e/ou a instalação de marcos fixos
demonstrando que pertencem à Cemig. E as áreas das faixas de servidão de LT’s
classificadas como de alto risco poderão ser adquiridas pela Cemig ou estabelecidas
parcerias com os proprietários de forma a possibilitar a construção de cercas ou muros e
permitir um controle mais efetivo da área.
A GE/IA (Gerência de Infra-Estrutura Administrativa) assumiu a coordenação da atividade
de fiscalizar, evitar e promover a remoção de invasões em faixas de segurança da Cemig.
Na expectativa de contribuir com este trabalho optamos utilizar técnicas de
geoprocessamento para sugerir metodologia para a implementação do necessário
monitoramento da ocupação das Linhas de Transmissão e Subtransmissão.
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2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Tentar representar a realidade de forma simplificada, gerando informações para subsidiar o
monitoramento das invasões em faixas de segurança de linha de transmissão e
subtransmissão através da espacialização de dados que poderão ser correlacionados e servir
de base para criação de metodologia estruturada em técnicas de geoprocessamento.
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2.2 Objetivos Específicos
Verificar a possibilidade de uso de imagens para a detecção de invasões podendo assim
localizá-las e quantificá-las.
Verificar a densidade e concentração das invasões
Verificar a eficácia das técnicas de geoprocessamento para auxiliar no processo de invasão
Mapear as alterações com relação a invasão nos vãos da Linha de Transmissão LT BH
Bonsucesso BH Sion no período de 1999 e 2003.
Indicar pontos com maior potencial de invasão nos vãos entre as torres 1 e 21.
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Na pesquisa bibliográfica realizada sobre o tema não foram encontrados referências
abordando especificamente a questão de invasões de Linhas de Transmissão e
Subtransmissão. Contudo, vários trabalhos de geoprocessamento tratam da metodologia de
monitoramento dos mais variados tipos e para as mais diversas finalidades ressaltando a
otimização do trabalho desenvolvido com a utilização dos softwares do tipo SIG. Entre
eles está o trabalho desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica em conjunto com o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que desde 1990 através de
monitoramento, vêm apontando a forte pressão e intervenção antrópica sobre a vegetação,
o processo contemporâneo de desmatamento sem controle e a fragmentação florestal,
somados a um baixo índice de áreas em processo de regeneração. Tais resultados
permitiram concluir que a biodiversidade vem sendo comprometida e comprovam a
fragilidade e o elevado grau de ameaça de extinção desse bioma. “Os avanços tecnológicos
na área da informação, do sensoriamento remoto e geoprocessamento vêm contribuindo ao
aprimoramento dos trabalhos, permitindo estudos e resultados cada vez mais precisos e
detalhados”explica Flávio Ponzoni.
As tecnologias de geoprocessamento e sensoriamento remoto são utilizadas também em
operações de vigilância na Amazônia Legal.Cristina Mattos desde 1989, atua nas áreas de
ecologia, sensoriamento remoto e geoprocessamento aplicados a monitoramento ambiental
e planejamento territorial, avaliação de impactos e modelagens matemáticas, com ênfase
em aplicações e projetos na Amazônia. Nos últimos cinco anos, Cristina Mattos tem
contribuído para o desenvolvimento e integração do Sistema de Vigilância da Amazônia
(Sivam) e para a operação da célula de Vigilância Ambiental do Sistema de Proteção da
Amazônia (Sipam). A pesquisadora Cristina explicita que em um dos trabalhos recentes,
que nas ações de combate a queimadas no Amazonas e Roraima, por exemplo, dados de
satélites, de sensores aerotransportados e da rede instalada do Sistema de Proteção da
Amazônia (Sipam) foram utilizados para a vigilância ambiental e meteorológica, e para o
planejamento e controle de missões em campo, gerando produtos como imagens, mapas,
relatórios e alertas que atenderam a demandas específicas das instituições envolvidas.
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Pesquisadores paulistas trabalham em um Projeto Piloto desde 2001 no qual foi
desenvolvido um sistema integrado de gestão da água para a hidrovia Tietê-Paraná que
considera fatores de segurança, ambiente, logística, meteorologia, hidrologia e ocupação da
área de influência, disponibilizando as informações em tempo real. O projeto piloto do
Sistema Integrado de Gestão do Uso Múltiplo das Águas (Sigest) está em fase final de
validação. O sistema permitirá minimizar eventuais impactos ambientais, não só da
operação de comboios de barcaças, como do uso das terras nas margens e zonas de
influência da bacia hidrográfica. A base de dados georreferenciados do Sigest permite
analisar, num ambiente virtual acessível via Internet, informações essenciais à navegação,
como as condições de vento ou de vazão do rio para passagem sob pontes, em eclusas ou
trechos difíceis. Tais informações estariam disponíveis tanto para o monitoramento de
operações ou órgãos ligados à prevenção de acidentes, como para os pilotos das
embarcações. Os dados também servem de subsídio para políticas de ordenamento
territorial, que incluem a definição de zonas adequadas à instalação de portos e distritos
industriais ou armazéns agrícolas e a delimitação de zonas restritas, de preservação
ambiental, essenciais à recarga de lençóis freáticos ou aqüíferos subterrâneos.
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4 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Diante da utilização de termos técnicos, sentimos a necessidade de defini-los para maior
clareza.
Faixa de Segurança – Está relacionado à segurança de pessoas e instalações, em relação
aos aspectos eletromagnéticos e de balanço dos cabos condutores. Esta faixa deve permitir
também o livre acesso de equipamentos e equipes de trabalho para a manutenção das linhas
ou serviços de reparo. Sua largura varia em função da tensão da linha, do balanço dos
cabos (devido à ação do vento), dos efeitos eletromagnéticos e do posicionamento das
fundações de suporte. As distâncias de segurança são definidas por normas da ABNT,
visando garantir o bom desempenho da linha de transmissão e a segurança de terceiros. A
definição da faixa de segurança é feita na fase de projeto, observando diversos parâmetros,
entre os quais a tensão da linha, velocidade dos vento no local, e pode variar de acordo
com estas condições. A largura das faixas de segurança (ou de servidão/domínio) de
Linhas da Cemig tem variado conforme o seguinte:
Linhas de tensão de 69 kV: entre 16 e 28 metros
Linhas de tensão de 161 kV a 500 kV: entre 28 e 80 metros
Faixas de Servidão e de Domínio – A área definida como faixa de segurança é
estabelecida do ponto de vista jurídico, e de sua posse, como faixa de servidão ou faixa de
domínio. As faixas definidas como servidão ou domínio devem ter largura no mínimo igual
à da faixa de segurança, existindo casos onde também incorporam áreas necessárias à
implantação de futuras linhas.
Faixa de Servidão – é a faixa de terreno destinada à segurança das LT´s, incluída mediante
indenização ao proprietário de um valor correspondente a um percentual do valor de pleno
domínio, de acordo com a restrição imposta ao uso do imóvel. Neste caso, não há
transferência de domínio e o proprietário poderá continuar a usar a faixa desde que
observadas as normas de segurança.
Faixa de Domínio – é a faixa de terreno destinada à segurança das LT´s, instituída
mediante desapropriação de pleno domínio. Neste caso, o imóvel passa a ser de
propriedade da Cemig. É aplicada em área urbana, onde o imóvel é destinado a lotes, pois
o expropriado perde totalmente o seu uso em razão da instalação da linha.
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Classificação da Faixa de Segurança
Informações importantes sobre a faixa de segurança
Classificação da faixa de segurança (Ver desenho)
Fig. 01
Região A:
Localizada em torno das estruturas da Linha de Transmissão, num raio de 11m, não é
permitido qualquer construção/ ornamentação. Área de alto risco e deve ser mantido o
acesso em caso de manutenção.
Região B:
Caracteriza o corredor interno aos cabos, ao longo da Linha de Transmissão (não estando
incluída a região A), representada pela projeção dos cabos condutores ao solo. Área de
níveis de potenciais elevados e sujeito ao abaixamento do cabo condutor.
Nesta região estamos permitindo somente a implementação de ajardinamentos ( máximo
de 1.5m), gramados, subdividos de tal forma a não permitir transformar o local em área de
lazer.
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Região C:
É a porção da faixa em que os limites externos são definidos. É delineada a partir da
projeção do cabo condutor ao solo, a contar do eixo da Linha de Transmissão e de ambos
os lados. (não estando incluídas as regiões A e B).
Esta área é verificada pelo balanço do cabo condutor, analisando o vão em estudo, sendo
um dos fatores que caracteriza a faixa de segurança da LT. Nesta região ainda há a
presença de níveis de potenciais elevados.
Nesta região está sendo permitido o que foi definido para a região B. (aqui deve ser
analisado cada situação)
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5 MATERIAIS E MÉTODOS
Para o desenvolvimento deste trabalho foram consideradas as seguintes etapas:
��Seleção da Área de Estudo
��Seleção dos dados cedidos pela Segurança da Cemig
��Tratamento dos Dados
��Confecção dos Mapas Temáticos
5.1 Seleção da Área de Estudo
A partir das necessidades da Segurança da Cemig em fiscalizar as linhas de transmissão
com invasão das faixas de segurança na região metropolitana e no Estado; foi escolhida a
LT BH Bonsucesso BH Sion localizada na região metropolitana de Belo Horizonte por
causa da disponibilidade de dados para o trabalho foi utilizada para a faixa de segurança
dos vãos a largura de 28 metros que era o valor predominante.
Através de levantamento de campo sabe-se que esta LT encontra-se invadida atualmente, a
linha passa por diversos bairros na região metropolitana de Belo Horizonte.
Fig. 01 – Área de estudo da LT BH Bonsucesso BH Sion no município de Belo Horizonte
BELO HORIZONTE
�
�
BH BONSUCESSO
BH SION
0 2 4 6 8 10 km
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Fig. 02 – Foto da aérea da LT BH Bonsucesso BH Sion em 1999
5.2 Base de Dados
- Os dados sobre a LT foram disponibilizados pela Cemig em Access (Banco de
Dados). Nos dados contém atributos da LT como nome da LT, código, tensão,
altura do cabo solo, existência ou não de invasores na LT;
- As imagens são fotografias aéreas ortoretificadas tiradas por avião na altitude de
10.000m com resolução de aproximadamente de 60cm. A projeção original
utilizada é UTM com o Datum SAD 69 e convertida para a Projeção Cônica
Conforme Lambert com Falso West de 5.000.000, Falso Norte de 10.000.000,
Meridiano Central de –45o, 1º Paralelo Padrão –15,5o, 2º Paralelo Padrão –21,5o,
Meridiano de Origem 0o, SAD 69. Estas imagens pertencem a empresa Vista Aérea
sediada em Belo Horizonte.
- Levantamento de campo feito pela equipe de fiscalização (empresa terceirizada)
que disponibiliza a situação atual com relação às invasões.
12 5.3 Tratamento dos Dados e Tabulação
A CEMIG forneceu, como subsídio para o trabalho, dados da fiscalização de linhas de
transmissão feitos por uma empresa terceirizada no campo, onde foram levantadas as
invasões sem entretanto haver quantificação, apenas informando se a LT está invadida ou
não.
A quantificação dos invasores na linha de transmissão foi feita através da imagem do Vista
Aérea datada de 1999 portanto só se tem quantificação neste ano.
Os dados disponíveis são fotografias aéreas de 1999 e o levantamento de campo.realizado
semanalmente.
5.4 Mapas Temáticos
Tendo em vista todas as etapas anteriores com base nas informações contidas no Banco de
Dados e nas imagens do Vista Aérea foram confeccionados mapas temáticos abordando os
principais aspectos da pesquisa, como as invasões na LT BH Bonsucesso BH Sion nos
anos de 1999 e 2003 para subsídio de ações a serem implementadas.
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6 RESULTADO
Mapas temáticos produzidos:
6.1 Mapa de Distribuição da Localização das invasões em 1999 na LT BH Bonsucesso
BH Sion
Através da fotografia aérea foi feita a quantificação das invasões na faixa de segurança da
LT através do software ARCVIEW.
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6.2 Mapa da Densidade das invasões por vão (nº de construção / área) em 1999 na LT
BH Bonsucesso BH Sion
Foi feito um buffer na LT delimitando a faixa de segurança a partir de então conseguimos
calcular a densidade da população que invadiu a faixa de segurança. Este trabalho foi feito
com a utilização do software ARCVIEW.
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6.3 Mapa da Situação da invasão no ano de 1999 na LT BH Bonsucesso BH Sion
Utilizando a fotografia aérea quantificamos os invasores que estão dentro da faixa de
segurança. Este trabalho foi feito com a utilização do software ARCVIEW.
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6.4 Mapa da Situação da invasão no ano de 2003 na LT BH Bonsucesso BH Sion
Com o levantamento de campo quantificamos os invasores que estão dentro da faixa de
segurança. Este trabalho foi feito com a utilização das tabelas fornecidas pela Cemig e do
software ARCVIEW.
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6.5 Mapa da Alteração da Situação nos vãos da LT Bonsucesso BH Sion de 1999 para
2003
Com a ajuda do software ARCVIEW comparamos a situação com relação à existência de
invasão ou não nos vãos.da LT dos anos de 1999 para 2003
18 7 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Analisando o mapa temático de distribuição da localização dos invasores percebe-se
claramente que estas estão mais concentrados nas proximidades das torres.
Do universo de 212 invasores nos vãos da LT BH Bonsucesso BH Sion cujos vãos têm 1
em média 269,41m, 117 invasores estão localizados a no máximo 50 metros das torres o
que equivale a 55,2% do total.
Ou seja mais da metade das invasões estão localizadas próximas às torres da LT.
Na tabela e gráfico abaixo estão apresentados uma estatística acumulativa desta
distribuição.
Dist. Raio da Torre N º de Invasores % do Total Invasões Acumulado (N º de Invasores) % do Total Acumulado 50 117 55,2% 117 55,2% 70 39 18,4% 156 73,6% 100 28 13,2% 184 86,8% 150 28 13,2% 212 100,0%
Tabela 1 - Distâncias dos invasores às torres das Lt´s
Distribuição dos Invasores nas proximidades das Torres de Lt´s
2839
117
28
0
20
40
60
80
100
120
140
50 70 100 150
Distância Raio da Torre
Nº
de In
vaso
res
Gráfico 1 - Distâncias dos invasores às torres das Lt´s
Podemos concluir que quanto mais próximos às torres das Lt´s maior é o número de
invasores conseqüentemente maior são os riscos que a população corre, pois como já dito a
distância mínima de segurança da torre é o raio de 11 metros.
19 1 -A tabela de locação dos vãos cedida pela Cemig apresenta a dimensão dos mesmos: Vão Distância
(m) Vão Distância
(m) Vão Distância
(m) Vão Distância
(m) 1 37,47 7 614,20 13 190,00 19 137,80 2 279,00 8 115,00 14 177,40 20 123,10 3 305,30 9 153,70 15 276,90 21 123,10 4 635,00 10 313,00 16 472,00 22 39,10 5 594,00 11 209,00 17 237,40 6 484,30 12 215,30 18 195,00
Tabela 2 - Locação dos vãos Maior vão 635,00 m Menor Vão 37,47 m Pelo mapa da densidade da invasão por vão no ano de 1999 na faixa de segurança da LT
BH Bonsucesso BH Sion pode-se ver quais vãos estão mais densamente invadidos e os que
estão sujeitos a serem invadidos através da fotografia aérea tirada pelo Vista Aérea,
visualizamos o crescimento populacional na região onde se tem edificações, arruamentos e
loteamentos, logo pode-se direcionar e intensificar a fiscalização da LT nos vãos mais
críticos evitando assim que ocorra novas invasões.
A situação das invasões nos vãos 17, 18, 19, 20, 21 é muito preocupante, pois estes estão
densamente invadidos e em seu arredor também , não sendo possível a retirada por força
bruta dos invasores porque já estão consolidados a mais de 1 ano sendo possível somente
após Liminar da Judicial.
No mapa da situação da invasão no ano de 1999 na LT BH Bonsucesso BH Sion podemos
ver que os vãos 4,5,6,9,10,12,13,15,16,17,18,19,20,21 estão invadidos ou seja 67% da LT
está invadida.
No mapa da situação da invasão no ano de 2003 na LT BH Bonsucesso BH Sion ocorreu
um decréscimo das invasões que pode ser devido ao trabalho de fiscalização e desocupação
implantado pela Cemig a partir de 1999. Hoje estão invadidos os vãos 6,7,17,18,19,20 e 21
ou seja 33% da LT. O que nos remete a erma redução de 50% aproximadamente.
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Através do mapa de alteração da situação da invasão nos anos de 1999 e 2003 na LT BH
Bonsucesso BH Sion podemos visualizar os vãos que não estavam invadidos em 1999 e
estão invadidos em 2003, os vãos que estavam invadidos em 1999 e os não invadidos em
2003, os vãos que estavam invadidos em 1999 e continuam invadidos em 2003 e os vãos
que não estavam invadidos em 1999 continuam sem serem invadidos em 2003, o que
permite ver claramente quais são os vãos possuem invasão consolidada, os vãos com
invasões recentes, os vãos que deixaram de estar invadidos em 2003 por causa do trabalho
feito pela fiscalização.
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8 CONCLUSÃO
Portanto a metodologia utilizada que resultou na geração de mapas temáticos contribuiu
efetivamente para o monitoramento das faixas de segurança de linhas de transmissão e
subtransmissão.
Utilizando as imagens do Vista Aérea as fotografias aéreas ortoretificadas demonstramos
que é possível identificar e quantificar os invasores dentro da faixa de segurança.
A partir deste trabalho pudemos observar que o levantamento de campo das faixas de
segurança com relação às invasões, deve ser feito de uma maneira mais por menorizada ,
por exemplo, a informação sobre a localização da invasão dentro do vão é muito
importante porque está relacionada ao grau de risco. A proximidade dos invasores às torres
é de extrema preocupação para as concessionárias de energia elétrica, tanto que há uma
classificação, conforme já apresentado que relaciona o risco com esta proximidade: o raio
de 11 metros a partir da torre delimita a área de alto risco, onde não é permitida qualquer
construção / ornamentação, zona “B” está localizada no corredor interno dos cabos, não
incluindo a zona “A”, sendo permitida somente o ajardinamento e, por último, a zona “C”
não estão incluídas as zonas “A” e “B” nesta região está sendo permitido o que foi definido
pela região “B” é delineada a partir da projeção do cabo ao solo, a contar do eixo da linha
de transmissão e de ambos os lados.
A situação das invasões existentes no ano de 2003 na LT BH Bonsucesso BH Sion
visualizada nos mapas é satisfatória e permite concluir que após a contratação da empresa
que faz a fiscalização das LT´s em 1999 houve uma diminuição bastante considerável nas
invasões desta LT.
Os mapas temáticos permitem a identificação de regiões com maior potencial de invasão,
logo possibilitam manter uma fiscalização de prevenção.
O trabalho mostrou-se produtivo, pois a metodologia utilizada permite a disponibilização
de prognóstico e possibilita consulta sistemática sobre cada trecho para embasamento de
ações visando a solução do problema da ocupação.
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bacias Hidrogáficas. Geo múndi. Disponível em: http://www.geocities.com/geo_mundi/br2.htm . Acesso 10/08/2003
CRISTINA MATOS. Geotecnologias aplicadas a operações integradas de vigilância da Amazônia. 4º Congresso e Feira Internacionais de Geoinformação, que acontecerá em São Paulo de 21 a 23 de maio.
ER/LT CEMIG. Uso e ocupação do solo. Belo Horizonte, 03 out. 2000. GEDOC Arquivo Tecnológico CEMIG.
IMÁGENS AÉREAS. Fotografias aéreas disponível em http://www.vistaaerea.com.br. Acesso em 10/2002 MÁRCIA HIROTA, da Fundação SOS Mata Atlântica; Flávio Ponzoni, do Inpe; Marcos Reis Rosa, da ArcPlan. 4º Congresso e Feira Internacionais de Geoinformação, que acontecerá em São Paulo de 21 a 23 de maio.
POLÍTICA INTERNA DA CEMIG. Equacionamento e Prevenção da Ocupação Humana Sob Linhas de Transmissão e Subtransmissão.Belo Horizonte, Junho de 2002