geomorfologia da cidade do rio de janeiro

8/17/2019 Geomorfologia da cidade do Rio de Janeiro

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IFRJ -

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

Relatório de Campo da Visita Técnica:

eomor!ologia da cidade do Rio de Janeiro

"isciplina# eomor!ologia e $idrogra!ia

Rio de Janeiro, %& de outu'ro de %()*



Índice

• Apresentação página 2• Introdução página 2

• Contextualização da Área página 2o Praia do Arpoador página 2o Mirante Dona Marta página 4o Passeio Marítimo página 4

• Imagens em Anexo página

• Consideraç!es "inais página #$

• %i&liogra'a e (e)er*n+ias página #,

Introdução

A geomor)ologia admirá-el da +idade do (io de .aneiro )oi o&ser-ada durante a-isita / praia do Arpoador0 onde pudemos o&ser-ar exemplares de gnaisse)a+oidal0 leptinito e a o&ser-ação do Morro Dois Irmãos ao longe0 )oi tam&1mdis+utido a )ormação da praia e do litoral en)atizando o en+ontro da ro+a +om omar3 o Mirante e 5eliponto Dona Marta )oi possí-el a o&ser-ação atra-1s deuma -isão de #6780 da zona sul0 zona norte0 +entro da +idade e ma+iço doCor+o-ado9 "oi )eita uma dis+ussão so&re o ra&en da %aía de uana&ara0 arespeito de sua relação e in;u*n+ia na -ida ur&ana3 .á no passeio de es+una pela%aía de uana&ara o&ser-amos os ma+iços +ario+as ao longe e o <uantoin;uen+iaram0 desde a 1po+a da des+o&erta da +idade at1 sua atual o+upação9

Contextualização da Área

Praia do Arpoador

a +egada a praia do Arpoador )oi dis+utida a )ormação do litoral do estado do(io de .aneiro0 o pro+esso se deu pela separação entre os +ontinentes Ameri+anoe A)ri+ano0 <ue le-ou tam&1m a )ormação do =+eano Atl>nti+o no -ão )ormadoentre os dois9 A praia do Arpoador ?imagem #@ por sua -ez )oi resultado dopro+esso de intemperismo0 prin+ipalmente +ausados pela água do mar0 e

erosi-os +omo a &risa marítima e a prpria água do mar9



= tipo de ro+a o&ser-ado logo na +egada )oi o naisse "a+oidal ?imagem 2@0+omposto de mi+a0 <uartzo e )eldspato9 Bem uma apar*n+ia <ue +on)ere +om amaioria das des+riç!es: (e+e&e este nome de-ido aos grandes +ristais elípti+osde )eldspato0 +om a apar*n+ia de olos9 Algumas )raturas de alí-io de tensão)oram o&ser-adas0 assim +omo +aminos pre)eren+iais de <uartzo ?imagem @0 Eá

<ue o gnaisse 1 uma ro+a dF+til9 o en+ontro do +amino das ro+as +om o maro+orre o +omeço da )ormação do solo0 <ue entre outros le-ou a )ormação dapraia Eá +itada9

GHua origem e de outros tipos de gnaisses e granitos da +idade está rela+ionadaao e-ento de +olisão +ontinental <ue )ormou o ondana á +er+a de ,7mil!es de anos9 Como resultado0 o material da +rosta se )undiu e0 +om a+ontinuidade do pro+esso0 as ro+as existentes )oram metamor'sadas edo&radas9 = gnaisse )a+oidal 1 )ruto desse pro+esso de )usão0 +ristalização ede)ormação9 = ondana se )ragmentou no Mesozoi+o0 dando origem ao o+eanoAtl>nti+o9 Jste pro+esso deixou seu registro na )orma de di<ues de dia&ásio eestruturas geolgi+as0 +omo )raturas e )alasK ?Mansur0 Car-alo0 Delpim e

%arroso3 2776@9

Hu&imos a Pedra do Arpoador ?imagem 4@0 onde )oi possí-el o&ser-ar maisdetaladamente os pro+essos de intemperismo e erosi-os a+onte+endo0 al1m da)ormação de solo <ue permitiu o desen-ol-imento de -egetação ?imagem @ e deoutros seres -i-os ?imagem $@9 =s pro+essos de intemperismo o&ser-ados )oram:

Intemperismo "ísi+o

• Bemperatura: a +ontração e retração das ro+as em )unção da

temperatura0 le-ando a mi+ro)raturas0 essas por sua -ez permitem aentrada de água ou at1 pe<uenos animais e raízes de plantas9• Co<ue me+>ni+o: a água do mar se +o+a +onstantemente +om as

ro+as0 le-ando a sua <ue&ra ou )ratura9

Intemperismo Luími+o

• Água do mar: A ação da água so&re as ro+as le-a a sua <ue&ra <uími+a0assim +omo a solu&ilização de seus minerais9 e-a / produção de argilas e/ )ormação do solo9

Intemperismo %iolgi+o

• Prin+ipalmente pela ação das raízes das plantas ?imagem @0 <ue+onseguiram se 'xar nas ro+as em +onse<u*n+ia de outros pro+essos Eá+itados9

=utros )oram a +onse<u*n+ia dos pro+essos erosi-os0 dentre eles )oramdesta+ados:

• Jrosão Marina: A água do mar al1m do intemperismo0 pode transportaros minerais das ro+as9

• Jrosão Jli+a: Do mesmo Eeito <ue a marina0 a &risa marítima transporta

pe<uenos sedimentos das ro+as9



Am&as as )ormas de erosão puderam ser o&ser-adas em &ura+os nas ro+as0+omo )a-os de mel ?imagens , e 6@3 A o&ser-ação da )ormação do solo ealgumas +ara+terísti+as )oram possí-eis tam&1m0 dentre eles a o&ser-ação dosdi)erentes orizontes0 no +aso o A <ue 1 o segundo mais super'+ial ?imagens N@9

"oi possí-el o&ser-ar outro tipo de gnaisse0 o eptinito0 <ue 1 mais +laro <ue o"a+oidal ?imagem #7@9 GO +omposto essen+ialmente de <uartzo e )eldspato0 +ompe<ueno teor de granada almandina9 esta ro+a a mi+a 1 prati+amente ausentee a )oliação gnáissi+a 1 pou+o pronun+iada0 tendo a ro+a0 apesar demetamr'+a0 um aspe+to de ro+a ígnea9 =s minerais +onstituintes apresentamse em +ristais pe<uenos0 de aspe+to sa+aroidal0 sendo di)í+il sua identi'+ação aolo nu9 As granadas o+orrem +omo +ristais &em )ormados0 identi'+á-eis por sua+or -ermela arroxeada ?+or de -ino@9 o Arpoador o leptinito o+orre +omo+orpos alongados e pou+o espessos0 do&rados e de)ormados pelos es)orçoste+tQni+os9 De-ido / sua granulometria 'na0 esta ro+a se altera +om maisdi'+uldade do <ue o gnaisse )a+oidal0 '+ando realçada9 Muito pro-a-elmente o

leptinito 1 originado do metamor'smo de antigos -eios aplíti+osK ?Rim&re0 277,@9

Mirante Dona Marta

= primeiro passo na -isita ao Mirante Dona Marta )oi a -ista prin+ipal0 nele )oipossí-el o&ser-ar melor as )eiç!es dos ma+iços +ario+as e do desen-ol-imentoda +idade0 al1m da prpria %aía de uana&ara9

A +idade se desen-ol-eu de maneira di)erente entre os lados sul e norte0 o sul

+om +onstruç!es maEoritariamente de ga&arito maior ?imagem ##@ e o norte +om+onstruç!es de ga&arito menor ?imagem #2@9 5istori+amente a zona norte erauma região pantanosa0 en<uanto a região sul )oi uma o+upação em -ale0in;uen+iando as )ormas de o+upação9

=s ma+iços +ario+as esta-am um pou+o mais prximos0 +omo o Pão de AçF+ar?imagem #@9 Jles eram )ormados de ro+a sedimentar super'+ialmente0 mas aolongo do tempo isso )oi erodido0 so&rando apenas o naisse "a+oidal e o ranito9

Comentouse so&re o %aía de uana&ara0 <ue se trata de uma depressãote+tQni+a )ormada no período Cenozoi+o0 denominada ra&en da uana&ara?"errari0 277#@9 Jla se situa entre a Herra dos Srgãos e di-ersos ma+iços+osteiros3 a 1po+a0 os des+o&ridores a +on)undiram +om a )oz de um granderio0 <ue denominaram (io de .aneiro ?ao <ual a+a&ou &atizando a +idade@0 na1po+a a &aía não tina a entrada tão estreita +omo tem oEe0 de-ido a aterroso+orridos no s1+ulo TUI ?%arros0 2772@9

= segundo ponto )oi o eliponto do Mirante0 de lá )oi possí-el o&ser-ar mais deperto o Cor+o-ado e o Cristo (edentor <ue pare+em se integrar dando aimpressão <ue o Cor+o-ado não teria o mesmo e)eito sem a estátua?imagem#4@9 "oi possí-el o&ser-ar melor )raturas de alí-io de tensão existentes nosma+iços ?imagem # e #$@9

Aps o 'm da etapa do Mirante Dona Marta0 durante a +aminada no +entro da+idade0 )oi possí-el o&ser-ar +onstruç!es <ue utilizaram o naisse "a+oidal0



+omo as paredes externas da IgreEa de Hanta Cruz dos Militares ?Imagens #, e#6@9

Passeio Marítimo na Baía de Guanabara

Por 'm utilizamos o Passeio Marítimo0 o)ere+ido pelo Jspaço Cultural da Marina0para o&ser-ar por outro >ngulo os ma+iços +ario+as0 algumas +onstruç!es e aprpria %aía de uana&ara3 Parte da -ista <ue os des+o&ridores ti-eram em #77)oi de +erto modo possí-el pela lina <ue as +adeias dos ma+iços )azem ?imagem#N@9 ão apenas do (io de .aneiro0 mas +omo de iteri9

As águas da %aía tam&1m puderam ser notadas mais tur-as0 de-ido aoassoreamento e aos poluentes despeEados ?imagem 27@9 Causado prin+ipalmentepor aç!es antrpi+as nos e+ossistemas lo+ais e inter)er*n+ia na rede de

drenagem <ue desem&o+a na mesma9

G= +res+imento popula+ional e o desen-ol-imento industrial trouxeram0 al1m dapoluição de+orrente desse +res+imento0 <uest!es am&ientais de ordem )ísi+a0tais +omo adestruição dos e+ossistemas peri)1ri+os / &aía0 os aterros de seu espelo dVágua0o usodes+ontrolado do solo e seus e)eitos ad-ersos em termos de assoreamento0sedimentaçãode )undo0 inundação e deslizamento de terraK ?ima0 277$@9

Dentre as +onstruç!es o&ser-adas desta+amos em iteri o Museu de Arte

Contempor>nea ?imagem 2#@3 "orte Bamandar1 ?imagem 22@ <ue )azia parte doplaneEamento de de)esa na 1po+a do s1+ulo TUII ao TT0 erguese em uma;oramento ro+oso3 e o aeroporto Hantos Dumont ?imagem 2@ <ue )oi+onstruído no Aterro do Cala&ouço0 um dos exemplos0 al1m das edi'+aç!es0 demodi'+aç!es antrpi+as na %aía9

Anexo



Ima!em " # Praia do Arpoador

Ima!em $ # Gnaisse %acoidal



Ima!em & # 'eio pre(erencial de )uartzo

Ima!em * # Pedra do Arpoador



Ima!em + # Processo de intemperismo ori!inando (ormação dosolo

Ima!em , # -xemplar de borboleta e.idenciando local propríciopara biodi.ersidade



Ima!em / #Buracos de erosão em (ormato de 01(a.o de mel11

Ima!em 2 # -rosão na super(ície da roc3a



Ima!em 4 # 5orizonte A do solo

Ima!em "6 #Comparati.o entre !naisse 7eptinito e !naisse(acoidal



Ima!em "" # 8ona 9ul da cidade do :io de ;aneiro

Ima!em "$ # 8ona <orte da cidade do :io de ;aneiro



Ima!em "& # Ao (undo Pão de Aç=car

Ima!em "* # Maciço do Corco.ado e Cristo :edentor



Ima!em "+ # %ratura de alí.io de tensão

Ima!em ", # %ratura de alí.io de tensão no Morro do Canta!alo



Ima!em "/ # I!re>a de 9anta Cruz dos Militares

Ima!em "2 # Gnaisse %acoidal na (ac3ada da I!re>a



Ima!em "4 # Contorno de uma das cadeias de maciços do :io de

;aneiro

Ima!em $6 # Á!ua tur.a da Baía de Guanabara e.idenciando apoluição



Ima!em $" # Museu de Arte Contempor?nea de <iter@i

Ima!em $$ # %orte amandar na entrada da Baía de Guanabara



Ima!em $& # Aterro onde se situa o Aeroporto 9antos Dumont

Consideraçes nais

A -isita de +ampo atendeu ao propsito de nos propor uma re;exão entre o <ue)oi le+ionado e o <ue o&ser-amos na práti+a0 pois )oi uma )orma pro-eitosa demelorar nossas a&ilidades na análise em +ampo tanto <uanto será muito Ftilna -ida a+ad*mi+a e pro'ssional9 As expli+aç!es e orientaç!es )orne+idasdurante a -isita nos propor+ionaram +one+imento mais amplo <ue s 1 possí-elser ad<uirido na práti+a0 tornando a -isita t1+ni+a agradá-el al1m de didáti+a9

Biblio!raa e :e(erEncias

• Mansur0 Wátia eite3 Car-alo0 Ismar Houza3 Delpim0 Carlos"ernando e %arroso0 Jmilio Uelloso = gnaisse )a+oidal: a mais +ario+a dasro+as (io de .aneiro0 dezem&ro de 2776

• ima0 Jliza&et Cristina da (o+a Lualidade de água da %aía deuana&ara e Haneamento: Xma A&ordagem Hist*mi+a 277$

• "errari0 Andr1 uiz Y J-olução da Be+tQni+a do ra&en da uana&ara YXHP0 Hão Paulo0 277#

• %arros0 Paulo Cezar de =nde nas+eu a +idade do (io de .aneiro Z (e-ista geopaisagem ? on line @3 Uol9 #0 nFmero 20 .ulo[dezem&ro de2772 Y disponí-el em: ttp:[[9)et9gg)9&r[origem\27do\27rio

\27de\27Eaneiro9tm• Rim&res0 Juri+o Ponta do Arpoador Y XJ(.0 ano de 277, disponí-el

http://www.feth.ggf.br/origem%20do%20rio%20de%20janeiro.htm






em ttp:[[9di+ionario9pro9&r[index9pp[Ponta]do]Arpoador • Imagem #7 disponí-el

em ttp:[[9di+ionario9pro9&r[index9pp[Ponta]do]Arpoador • Imagem #, disponí-el

em ttp:[[9arteorganisti+a9org9&r[militares9tml

http://www.dicionario.pro.br/index.php/Ponta_do_Arpoador


http://www.arteorganistica.org.br/militares.html



http://www.arteorganistica.org.br/militares.html

geomorfologia da cidade do rio de janeiro

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