geografia e história de rondônia aula 00

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Aula 00 Geografia e História de Rondônia p/ DPE-RO (todos os cargos) Professor: Rodrigo Barreto 79445233204 - José da Conceição Leite Filho

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Aula Demonstrativa.

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  • Aula 00

    Geografia e Histria de Rondnia p/ DPE-RO (todos os cargos)

    Professor: Rodrigo Barreto

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    Geografia e Histria de Rondnia para DPE

    Teoria e exerccios

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 00

    AULA 00

    SUMRIO PGINA

    1. Geografia e Histria do Estado de Rondnia: aspectos

    gerais; limites; evoluo polticoadministrativa e econmica (parte 1); questo acreana e construo da

    estrada de ferro MadeiraMamor; territrio federal do Guapor e criao do Estado de Rondnia.

    4

    2. Questes comentadas 25

    3. Lista de questes 37

    4. Gabarito 47

    Apresentao

    Ol, preparados para essa jornada? com imensa satisfao

    que damos incio ao curso de Geografia e Histria de Rondnia

    para DPE. Antes de comearmos com o contedo de fato, gostaria

    de me apresentar.

    Meu nome Rodrigo Barreto, sou bacharel em Cincias Sociais

    pela Universidade Federal Fluminense e atualmente sou servidor

    efetivo do Senado Federal na rea de Processo Legislativo, atuando

    na Coordenao de Redao Legislativa. Alm disso, sou professor

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    presencial em alguns cursos de Braslia e online aqui no Estratgia

    Concursos.

    Esta primeira aula demonstrativa explorar conhecimentos

    introdutrios e aspectos gerais da Geografia e da Histria de

    Rondnia, a fim de que possamos compreender o panorama geral

    de Rondnia. Os temas de hoje so fundamentais para o

    entendimento das aulas futuras e para a resoluo de diversas

    questes, inclusive muitos aspectos desta aula sero retomados

    mais aprofundadamente em aulas futuras.

    Seguiremos o seguinte cronograma:

    Aula 0

    (23/04)

    Geografia e Histria do Estado de Rondnia: aspectos

    gerais; limites; evoluo polticoadministrativa e econmica (parte 1); questo acreana e construo da

    estrada de ferro MadeiraMamor; territrio federal do Guapor e criao do Estado de Rondnia (parte 1).

    Aula 1

    (30/04)

    Geografia e Histria do Estado de Rondnia: Explorao,

    conquista, ocupao e colonizao da Amaznia;

    mercantilismo e polticas de colonizao dos Vales do

    Madeira e Guapor; submisso do indgena e resistncia

    escrava. Setores produtivos da agropecuria;

    hidrografia; rea e populao.

    Aula 2 Geografia e Histria do Estado de Rondnia: zoneamento

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    (07/05) socioeconmico e ecolgico. Histria do Estado de

    Rondnia: Navegao no Rio Madeira; abertura do Rio

    Amazonas navegao internacional; explorao e

    colonizao do oeste da Amaznia; processo de

    ocupao e expropriao indgena na rea do Beni; mo

    de obra para os seringais do Alto Madeira; evoluo

    polticoadministrativa e econmica (parte 2) e criao do Estado de Rondnia (parte 2).

    Aula 3

    (14/05)

    Simulado

    Dito isto, vamos ao que interessa; ningum tem tempo a

    perder!

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    1. Geografia e Histria do Estado de Rondnia: aspectos

    gerais; limites; evoluo polticoadministrativa e econmica (parte 1); questo acreana e construo da estrada de ferro

    MadeiraMamor; territrio federal do Guapor e criao do Estado de Rondnia.

    No sculo XVII, os colonizadores portugueses iniciavam a

    explorao do territrio do atual estado de Rondnia. Contudo foi

    apenas no sculo XVIII, com a descoberta e a explorao de ouro

    no oeste brasileiro, que aumentou o interesse portugus por

    aquelas terras. J no final do sculo XVIII, com o incio da

    construo do Real Forte Prncipe da Beira, s margens do rio

    Guapor, a implantao dos primeiros ncleos coloniais era

    fomentada, embora eles somente viessem a prosperar realmente no

    fim do sculo seguinte, com o surto da explorao da borracha.

    importante ressaltar que, em 1752, Antnio Rolim de Moura

    instalava-se na Vila Bela da Santssima Trindade, tomando as

    primeiras providncias para defender a capitania que lhe havia sido

    confiada. Assim que atendeu as necessidades das demarcaes, em

    conformidade com o Tratado de Madrid, ele fez uma incurso sobre

    a povoao espanhola de Santa Rosa Velha, na margem direita do

    Guapor, e l instalou um pequeno ponto de vigilncia. Isso j

    demonstrava claramente a preocupao em proteger os limites do

    territrio.

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    Antnio Rolim de Moura foi o primeiro governador da Capitania

    de Mato Grosso nasceu na Vila de Moura, no Baixo Alentejo, no ano

    de 1709. Foi seu pai D. Nuno de Mendona, IV Conde de Val de

    Reis, senhor de Pvoa e de Meadas, Comendador e Alcaide-Mor das

    Comendas e Alcaidarias. Sua me foi D. Leonor de Noronha, filha do

    I Marqus de Angeja, D. Pedro de Noronha. Por linha de varonia,

    vinha da famlia antiqussima e nobilssima dos Mendonas, apesar

    de no ter usado o nome, por sucesso casa dos Azambujas, por

    ter o ltimo varo renunciado o nome da famlia.

    Em novembro de 1751, Antnio Rolim de Moura partiu para as

    minas ao norte de Mato Grosso. Em dezembro chegou ao Guapor,

    e no dia 14 do mesmo ms estava no stio de Pouso Alegre, o lugar

    em que seria fundada a futura Vila Bela da Santssima Trindade, a

    primeira Vila-Capital de Mato Grosso, erigida a essa condio, em

    19 de maro de 1752, na margem direita do Guapor.

    Podemos perceber, portanto, que, desde o incio do sculo

    XVII, vrios grupos de sertanistas provenientes, sobretudo, do

    sudeste brasileiro partiam para as terras do oeste e do norte

    incumbidos do exerccio de capturar ndios. Nessas viagens, nas

    primeiras duas dcadas do sculo XVIII, as terras ao oeste do Brasil

    comeam a ser efetivamente devassadas e povoadas pelas aes

    dos sertanistas.

    Importante ressaltar, antes de prosseguirmos com a

    apresentao dos primrdios do povoamento da regio, que o

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    povoamento na regio se deu por meio do contato entre os ndios

    nativos da regio e expedies que chegavam de outras regies,

    como, por exemplo, So Paulo e Minas Gerais, em busca de ouro.

    Devemos ressaltar que nesse momento houve intenso contato entre

    as populaes indgenas e as brancas e negras que chegavam com

    as expedies.

    importante destacarmos, ainda, que a regio de Rondnia j

    era habitada, mesmo antes da febre mineradora, por ndios nativos

    do local. Outro ponto que deve ser ressaltado que a convivncia

    entre os nativos e os exploradores que chegavam ao local no foi

    plenamente pacfica: h relatos de conflitos violentos que em boa

    parte das vezes resultaram em grandes perdas principalmente para

    as populaes indgenas.

    O territrio de Rondnia, na realidade, j era conhecido e at

    mesmo percorrido por bandeiras desde o primeiro sculo da

    colonizao brasileira, mas seu povoamento s comeou a de fato

    acontecer com a busca por minas de ouro, no sculo XVIII. Esse

    povoamento foi extremamente irregular, uma vez que os

    exploradores no estavam preocupados em desenvolver a regio,

    mas sim em enriquecer rapidamente, por meio da explorao das

    minas.

    O surto minerador gerou, para o oeste do pas, de modo geral,

    alm de irregular e ao contrrio do que se possa imaginar, um

    povoamento lento e gradual. A populao da poca colonial na

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    regio foi, em razo das prprias caractersticas da atividade de

    busca por minhas de ouro, nmade. Essa caracterstica foi realada

    principalmente na poca do declnio da atividade mineradora,

    quando muitos povoados foram praticamente abandonados.

    Alm da importncia das atividades econmicas, tambm

    podemos ver, conforme estvamos conversando, que a necessidade

    de delimitar e proteger as fronteiras foi fundamental para a

    explorao e para o povoamento do local. Justamente com esse

    propsito, o Real Forte Prncipe da Beira foi construdo. Ele foi

    inaugurado em 1783 e considerado um dos marcos fundamentais

    da ocupao portuguesa na Amaznia. A construo dele, bem

    como a dos demais fortes a Oeste do Tratado de Tordesilhas,

    exemplifica a viso geopoltica da diplomacia portuguesa no sculo

    XVIII, que procurava assegurar a posse do territrio.

    A delimitao e explorao do territrio ganharia maior flego

    no sculo XIX. Em abril de 1878, em razo do Tratado de Ayacucho,

    foram mandadas para Corumb as Plantas Geogrficas dos Rios

    Guapor e Mamor, que estabeleciam a cartografia delimitadora das

    fronteiras dos rios Guapor e Mamor. Segundo esse documento,

    Gestas cabeceiras continuam os limites pelo leito do mesmo rio at sua confluncia com o Guapor, e depois pelo leito deste e do

    Mamor at sua confluncia com o Beni, onde principia o Rio

    Madeira.

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    A regio do rio Mamor foi, portanto, delimitada a partir do

    Tratado de Ayacucho. Tal demarcao foi feita pelas comisses

    mistas, cuja seo brasileira foi chefiada inicialmente pelo Baro de

    Maracaj, que terminaria com sucesso a demarcao da fronteira

    com o Paraguai. Contudo, por motivo de sade, em abril de 1877,

    ele foi substitudo pelo Major Francisco Xavier Lopes de Araujo,

    futuro Baro de Parima e que daria prosseguimento demarcao.

    Os trabalhos demarcatrios foram realizados por duas

    comisses mistas, na realidade. A primeira campanha (1870-71)

    teve o acompanhamento do delegado boliviano Don Juan Mariano

    Mujia e tratou da demarcao das Lagoas Mandior, Gaiba e

    Uberaba, assim como da regio de San Matias, seguindo at o

    primeiro trecho da reta de San Matias at a Boa Vista. O delegado

    boliviano se retirou em maro de 1876, aps a realizao de trs

    conferncias, oficializando todos os trabalhos at ento realizados.

    A segunda campanha, iniciada em 1875 e que realizou as trs

    campanhas seguintes, realizadas apenas pela parte brasileira,

    percorreu os trechos j demarcados. Ela passou pela regio de

    Quatro Irmos, subindo at Ronda das Salinas, atualmente

    Casalvasco, ao sudoeste da cidade de Vila Bela, e procurou pela

    nascente do Rio Verde, regressando depois para Corumb.

    Em 1877, teve incio a terceira campanha, que inicialmente foi

    realizada apenas pela seo brasileira. Essa campanha, ao voltar

    regio de Vila Bela, dividiu-se em duas sees: a 1 Seo, que

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    ficou explorando a regio que acreditava ser das nascentes do Rio

    Verde, mas que, na realidade, era das nascentes do Tarvo; e a 2

    Seo, que iniciou a descida do Rio Guapor em 1877, passando

    pela foz do Rio Verde, entrando pelo Rio Mamor, foz do Beni e Rio

    Madeira, at o Amazonas. Chegando a Belem, ela seguiu de navio

    para o Rio de Janeiro, aonde chegou em 1878. Nesse ano, eram

    enviadas as Plantas Geogrficas dos Rios Guapor e Mamor,

    conforme vimos.

    Parte da Cartografia de 1878 da regio de Guajar-Mirim

    O Tratado de Ayacucho, conhecido tambm como Tratado de

    Munhoz Neto ou Tratado de navegao, amizade, limites, fronteiras

    e extradio foi concebido durante o contexto da Guerra do Paraguai

    (1864-1870). Essa guerra foi o maior conflito armado internacional

    ocorrido na Amrica do Sul no sculo XIX. Rivalidades entre os

    envolvidos e a formao de Estados nacionais deflagraram o

    confronto que destruiu a economia e a populao paraguaias e

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    enfraqueceu o exrcito brasileiro, alm de causar prejuzo

    econmico o pas.

    O Brasil, por causa do contexto de guerra, necessitava

    aproximar-se da Bolvia, o que ocorreria justamente com a

    aprovao do Tratado de Ayacucho.

    6HJXQGR *RPHV D Bolvia, por sua vez, concedia um vasto territrio que percorria a margem esquerda do rio Madeira entre

    Calama, a jusante do rio Madeira um povoado de Humait, a

    montante do rio Madeira em Vila Murtinho, hoje Vila Nova do

    Mamor. Antes do tratado a margem esquerda, referente ao trecho

    citado no rio Madeira, era ento boliviana. Outra questo importante

    tambm no tratado era que j se negociava a construo de uma

    ferrovia superando as cachoeiras e corredeiras do Madeira, para o

    transporte e posterior comrcio da borracha. A questo da ferrovia

    ser ratificada pelo Tratado de Petrpolis em 1903.

    Entretanto o Tratado de Ayacucho tinha o texto ambguo e a

    demarcao estabelecida por ele foi controversa. No ficava definido

    claramente, tampouco nas demarcaes que foram feitas, se parte

    da regio que compreendia o Acre, ocupada quase que

    exclusivamente por brasileiros, pertencia ao Brasil ou Bolvia. O

    estabelecimento definitivo do antigo territrio do Acre, em 1903,

    deu impulso ao desenvolvimento da regio, pois justamente esse

    Tratado de Petrpolis obrigava o Brasil a construir a ferrovia

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    Madeira-Mamor, considerada por diversos historiadores como a

    me de Rondnia.

    A interpretao do Tratado de Ayacucho, dessa forma, abria

    margem para ambiguidades, e o objeto de discordncia entre os

    intrpretes compreendia justamente a regio acreana, ocupada por

    brasileiros. Resumidamente, as duas interpretaes sobre o Tratado

    eram as seguintes: a primeira, defendia que, a partir da margem

    esquerda da nascente do rio Madeira, tirar-se-ia uma reta inclinada

    ou oblqua que iria ao encontro da origem principal do rio Javari,

    acima do paralelo 10 D VHJXQGD VHQWHQFLDYD TXH GDPargem esquerda da nascente do rio Madeira correria a fronteira por todo o

    paralelo 1020DWpHQFRQWUDUDORQJLWXGHGDQDVFHQWHGRULR-DYDULonde uma reta deveria seguir, pela mesma longitude, at as origens

    deste ltimo rio. O ponto principal que se deve ter presente que a

    SULPHLUD LQWHUSUHWDomR FRQKHFLGD FRPR D GD OLQKD REOtTXDsignificava que o territrio acreano seria da Bolvia, ao passo que a

    VHJXQGDFRQKHFLGDFRPRDGDOLQKDSDUDOHODFRQIHria ao Brasil a regio do Acre.

    Acontece, todavia, que o territrio do Acre era de propriedade

    da Bolvia desde metade do sculo XVIII. Existia naquele local uma

    forte procura por ltex e isto fez com que os seringueiros do Brasil

    subissem o Rio Purus e iniciassem mais consistentemente o

    povoamento da regio. No ano de 1898, o Brasil reconheceu que

    aquele territrio pertencia Bolvia, porm os bolivianos no

    haviam povoado o territrio que possua difcil acesso.

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    Foi naquele mesmo ano, ento, que a Bolvia enviou uma

    misso de ocupao ao Acre, o que causaria uma enorme revolta

    armada dos colonos brasileiros que por l j estava e que j

    estavam em grande nmero. A revolta estourou um ano depois,

    contando com o apoio do Amazonas.

    A revolta pressionou os bolivianos, que acabaram sendo

    forados a se retirar da regio, j que os brasileiros eram mais

    numerosos e j estabelecidos na regio. Com medo de uma possvel

    volta mais forte dos bolivianos, o governador do Amazonas,

    Ramalho Junior, organizou e enviou uma misso de exploradores

    que regressaram ao Acre e proclamaram a emancipao da regio,

    em julho de 1899, mudando o nome do local para Porto Acre.

    Ao saber da situao, o governo brasileiro reconheceu

    oficialmente a regio do Acre como territrio boliviano e no

    brasileiro, objetivando acabar com essa revolta e evitar um conflito

    ainda mais grave com a Bolvia. Diante dessa situao, o governo

    brasileiro enviou tropas que dissolveram a Repblica do Acre, em

    maro de 1900.

    Depois desse episdio, a Bolvia organizou uma pequena

    misso militar de explorao e ocupao da regio. Porm, mais

    uma vez, foi impedida pelos brasileiros que ainda permaneciam no

    local. Novamente, os revoltosos do Acre tiveram o apoio do

    governador do Amazonas, que agora era Silvrio Neri, que enviou

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    uma nova expedio para a ocupao, denominada como a

    Expedio dos Poetas, onde proclamaram a segunda Repblica do

    Acre, em novembro de 1900.

    Ocorre que, dessa vez, quem reagiu foram as prprias foras

    militares da Bolvia que colocaram fim autoproclamada Repblica

    do Acre um ms depois. Em 6 de agosto de 1902, um militar

    brasileiro, Plcido de Castro, foi enviado para o Acre pelo

    governador do Estado do Amazonas e iniciou a Revoluo Acreana.

    Numa reunio feita em Caquet, Plcido e os demais insurgentes,

    formando a Junta Revolucionria, elaboraram as bases do futuro

    Estado Independente do Acre, prevendo sua integrao no Brasil.

    Os rebeldes tomaram toda a regio e implantaram a terceira

    Repblica do Acre, agora com o apoio do atual presidente do Brasil,

    Rodrigues Alves e do seu ministro do Exterior, Baro do Rio Branco.

    A Bolvia mais uma vez buscou reagir por causa da tomada do

    territrio acreano, mas antes que ocorresse alguma batalha mais

    significativa, o Baro do Rio Branco intermediou diplomaticamente a

    situao, propondo um acordo entre o Brasil e a Bolvia, que ficou

    conhecido como o Tratado de Petrpolis. Ambos os pases

    assinaram-no em 1903.

    Pelo tratado, decidiu-se que o Acre seria integrado ao territrio

    brasileiro e que o Brasil pagaria uma indenizao Bolvia no valor

    de 2 milhes de libras esterlinas, entregaria algumas reas da

    fronteira do Mato Grosso e se responsabilizaria pela construo de

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    uma estrada de ferro que permitisse uma sada da Bolvia para o

    oceano Atlntico (Estrada de Ferro Madeira-Mamor).

    A ideia da ferrovia, na realidade, nasceu, em 1846, muito

    antes na Bolvia, quando o engenheiro boliviano Jos Augustin

    Palcios convenceu as autoridades locais de que a melhor sada de

    seu pas para o oceano Atlntico seria pela bacia Amaznica. O

    pensamento do engenheiro justificava-se na dificuldade para

    transpor a cordilheira dos Andes e na distncia do oceano Pacfico

    dos mercados da Europa e dos EUA. Antes da construo da Estrada

    de Ferro Madeira-Mamor, houve tentativa de construir uma

    ferrovia, mas que no obteve sucesso diante das dificuldades para

    se realizar tal obra. Vejamos o histrico dessa construo at

    chegarmos construo da Estrada de Ferro Madeira-Mamor.

    Aps vrios estudos e propostas, no incio da dcada de 1870,

    foram realizadas as primeiras tentativas de construo de uma

    ferrovia que atendesse queles objetivos. Em maro de 1871, o

    coronel norte-americano George Earl Church, de posse de

    concesses dos governos boliviano e brasileiro, constituiu a Madeira

    & Mamor Railway Company Limited e contratou a empresa

    britnica Public Works Construction Company para executar a obra.

    O primeiro grupo de engenheiros chegou a Santo Antonio do

    Madeira, que ento era apenas um pequeno aglomerado de

    casebres, em julho de 1872. Poucos dias depois, os primeiros

    carregamentos de materiais de construo, equipamentos e

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    operrios, trazidos de navio desde os Estados Unidos chegaram ao

    local. A Public Works abandonou o canteiro de obras um ano depois,

    sem conseguir assentar um nico metro de trilhos. Em 09 de julho

    de 1873, a PWCC entrou na justia britnica com um pedido de

    resciso de contrato e de indenizao, alegando entre outras razes

    "condies sub-humanas na regio". Basicamente, a MMRC e a

    PWCC foram derrotadas pelo desconhecimento da regio e o mau

    planejamento da obra.

    Acontece que a crise financeira que tomou conta dos Estados

    Unidos em 1873 acabou conduzindo os americanos para o que seria

    a primeira grande obra do pas em territrio estrangeiro. Com a

    quebra de bancos, os projetos de ferrovias no pas foram

    interrompidos, deixando uma legio de engenheiros e trabalhadores

    desempregados. Quando souberam que a respeitada firma PT

    Collins, dos irmos Peter e Thomas Collins, fora contratada para

    criar uma ferrovia na Amaznia, 80 mil homens se candidataram a

    uma vaga.

    A empreiteira enfrentou diversos problemas, tais como a

    insalubridade e as doenas, imprevistas e muitas vezes

    desconhecidas; os ataques de indgenas, que defendiam suas terras

    milenares, de invasores que os ignoravam; a concluso de que os

    custos da obra seriam bem maiores que o originalmente previsto e

    a constatao de que a ferrovia teria extenso significativamente

    maior que a esperada, uma das principais causas do aumento dos

    custos.

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    Diante dessa situao, a construtora norte-americana Dorsay

    & Caldwell assumiu o compromisso de construir mais uma parte da

    linha, mesmo sem receber pagamento, enquanto corria a disputa no

    foro londrino. O primeiro e modesto grupo de trabalhadores chegou

    ao local da obra em janeiro de 1874. Contudo, a comitiva retornou

    poucos dias depois aos EUA, aps a primeira morte por doena e

    diante da constatao das dificuldades para empreender a obra.

    Em fevereiro de 1878, a firma norte-americana P & T Collins

    desembarcou em Santo Antonio com mais de 700 toneladas de

    cargas para dar andamento aos trabalhos. A construo teve incio

    em meio as j conhecidas dificuldades. Poucos meses depois, ainda

    em de 1878, a primeira locomotiva a trafegar na Amaznia andou

    num trecho de somente 3km de extenso dos quais apenas 800m

    eram definitivos. Mais uma vez, e pelas mesmas razes da

    empreiteira anterior, em agosto de 1879, a P & T Collins paralisou

    oficialmente as obras da ferrovia.

    Trs anos depois, conforme vimos, os governos do Brasil e da

    Bolvia assinariam um tratado inicial que possibilitaria a construo

    de uma estrada de ferro ligando o rio Mamor ao trecho navegvel

    do Madeira, inclusive novos estudos foram encomendados pelo

    governo brasileiro.

    Sobre tais estudos, houve duas comisses principais. A

    Comisso Morsing, em 1883, produziu um relatrio que depois se

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    mostrou basicamente correto, apesar de inconcluso, uma vez as

    doenas praticamente dizimaram a comisso. No ano seguinte, a

    Comisso Pinkas a substituiu e produziu um relatrio bem mais

    otimista que o de Morsing, embora tenha sido acusado de t-lo

    forjado. A grande discrepncia entre os dois estudos deu margem a

    severas crticas ao projeto da ferrovia.

    Apesar desses estudos, somente em 1905, e por fora do

    Tratado de Petrpolis, que o governo brasileiro abriu concorrncia

    pblica para a construo da ferrovia, vencida pelo engenheiro

    Joaquim Catramby. O tratado obrigava o Brasil a construir em

    territrio brasileiro uma ferrovia desde o porto de Santo Antonio, no

    Rio Madeira, at Guajar Mirim, no Mamor. Ainda segundo o

    Tratado, deveria haver tambm um ramal que passando por Vila

    Murtinho (ou outro ponto prximo), chegasse a Vila Bela, na Bolvia,

    na confluncia dos rios Beni e Mamor.

    A obra iniciada em 1907 foi concluda em 1912. Mais de vinte

    mil operrios trabalharam na obra neste perodo, registrando-se

    centenas de mortes entre eles. Chegou-se ao ponto, diante das

    condies da regio de, em 1908, construir-se o Hospital da

    Candelria, que impressionou o sanitarista Oswaldo Cruz, em visita

    de inspeo regio da obra. As molstias que mais castigaram os

    operrios foram: pneumonia, sarampo, ancilostomase, beribri,

    febre amarela e malria.

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    Em 1910, Oswaldo Cruz, mdico sanitarista de reputao

    internacional, foi contratado para realizar uma inspeo na regio.

    As palavras dele, em carta enviada para a esposa, no deixam

    dYLGDV VREUH DV FRQGLo}HV SUHFiULDV no se conhecem pessoas nascidas no local: essas morrem todas. A regio est de tal modo

    infectada que a populao no tem noo do que seja o estado

    KtJLGRHSDUDHODDFRQGLomRGHVHUHQIHUPRFRQVWLWXLQRUPDOLGDGHOs operrios foram obrigados a tomar doses altas de quinino;

    muitos se recusaram, preferindo o risco de adoecer a ingerir o

    remdio amargo. Em 1912, a obra foi concluda, coincidindo com o

    fim do primeiro ciclo da borracha, o que tornaria a Estrada um

    HOHIDQWHEUDQFRHPSRXTXtVVLPRWHPSR.

    No incio da dcada de 1930, ocorreram grandes prejuzos que

    resultaram basicamente do declnio do comrcio da borracha com os

    produtores da Amaznia e da ausncia de novos produtos a

    transportar. Com isso, a Madeira-Mamor Railway Company

    paralisou o trfego e a utilizao da Estada. Em 1931, Governo

    Federal assumiu o controle total da Estrada de Ferro Madeira

    Mamor, passando a administr-la. Durante todo o restante do

    perodo de operaes a ferrovia operou com prejuzos. Foi somente

    em 1972, contudo, aps a concluso da ligao rodoviria entre

    Porto Velho e Guajar Mirim, que a ferrovia foi definitivamente

    desativada.

    Percebemos, desse modo, que a ferrovia que foi construda

    com o propsito principal de escoar a borracha e outros produtos da

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    regio amaznica, tanto da Bolvia quanto do Brasil, para os portos

    do Atlntico, e que dizimara milhares de vidas, acabou se

    mostrando, em pouco tempo, no rentvel. Isso est relacionado

    com o declnio da borracha (estudaremos os ciclos da borracha nas

    prximas aulas).

    Basicamente podemos apontar duas importantes razes para a

    Estrada ter se tornando dispensvel: a queda do preo do ltex no

    mercado mundial, inviabilizando o comrcio da borracha da

    Amaznia e o fato de que o transporte de outros produtos que

    poderia ser feito pela Madeira-Mamor foi deslocado para outras

    duas estradas de ferro (uma delas construda no Chile e outra na

    Argentina) e para o Canal do Panam, que entrou em atividade em

    1914.

    Devemos sempre ter em mente que a ferrovia buscava dar

    vazo principalmente ao ltex boliviano. Com a economia da

    borracha em alta na regio, a Estrada de Ferro Madeira-Mamor

    facilitava o transporte de mercadoria e cargas, principalmente a

    borracha para a exportao, mas, com a queda do preo do ltex, a

    ferrovia perdia muito de sua importncia.

    Alm disso, no podemos esquecer que a prpria floresta

    amaznica, com seu alto ndice de precipitao pluviomtrica, se

    encarregou de destruir trechos inteiros dos trilhos, aterros e pontes,

    tomando de volta para si grande parte do trajeto que o homem

    insistira em abrir para construir a Madeira-Mamor. A ferrovia foi

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    desativada parcialmente na dcada de 1930 e totalmente em 1972,

    ano em que foi inaugurada a Rodovia Transamaznica (BR-230).

    Atualmente, de um total de 366 quilmetros de extenso, sobraram

    apenas sete quilmetros ativos, que so utilizados para fins

    tursticos.

    Com o segundo ciclo da borracha, o governo brasileiro voltaria

    a se preocupar com o desenvolvimento do Oeste do pas. Esse ciclo

    da borracha tem incio durante a Segunda Guerra Mundial, quando

    os japoneses ocupam o Pacfico Sul e a Malsia, principal

    exportadora de borracha do mundo naquele perodo. Com os

    seringais asiticos ocupados os olhos dos exportadores voltam-se

    novamente para a Amaznia. Assim, o governo brasileiro mobiliza-

    se novamente para reativar a atividade extrativista

    Nesse sentido, em 1943, foi constitudo o Territrio Federal de

    Guapor, com capital em Porto Velho, com o desmembramento de

    parte de Mato Grosso e do Amazonas. A inteno era justamente

    apoiar de maneira mais direta e consistente a ocupao e o

    desenvolvimento da regio. Em 1956, esse territrio passaria a se

    chamar Rondnia.

    A criao do Territrio Federal do Guapor, em 1943, e de

    mais quatro territrios: Iguau e Ponta-Por, no Sul e Centro-

    Oeste; Rio Branco e Amap, no Norte, representava uma das

    principais metas do governo de Getlio Vargas. Vargas queria

    incentivar a ocupao nas terras da Amaznia, desenvolver o

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    comrcio e firmar a poltica de expanso nacionalista, base do seu

    governo.

    Essa ao se tornaria possvel a partir da assinatura do

    Tratado de Washington, entre o Brasil e o Estados Unidos, durante a

    2 Guerra Mundial, que seria justamente um marco do incio da

    segunda fase do ciclo da borracha, fomentando o desenvolvimento

    econmico e populacional da Amaznia rondoniense.

    Na realidade, importante lembrar que a Sociedade

    Geogrfica, dez anos antes, j havia sido incumbida por Vargas para

    realizar um estudo para a construo de diversos territrios

    federais. Todavia, o estudo no inclua o municpio de Porto Velho,

    apenas Santo Antnio e Guajar-Mirim. A ao de Aluzio Ferreira,

    durante este mesmo perodo, foi de grande importncia para a

    concretizao do ambicioso projeto de Getlio. Aluzio aproveitou

    uma visita de Getlio Vargas regio, em 1940, e mostrou-lhe as

    potencialidades econmicas de Porto Velho e a sua importncia na

    formao do futuro Territrio. Aluzio Ferreira enfatizou diversas

    vezes a necessidade de uma nova diviso poltica do Pas e

    descrevia os problemas enfrentados nos municpios em virtude da

    ausncia poltica administrativa dos governos estaduais que

    impediam o progresso destas regies.

    Com sua forte atuao para concretizar a instalao do

    Territrio Federal do Guapor, Aluizio Ferreira se tornaria um dos

    protagonistas da histria da criao de Rondnia. Vargas, inclusive,

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    reconheceu os esforos de Aluizio e o nomeou governador do

    Guapor, aps a criao do Territrio

    Aloizio Ferreira, na realidade, j realizava reunies polticas e

    de divulgao para a criao do Guapor antes da visita de Vargas.

    Ele tambm tinha realizado diversas visitas de chefes militares

    regio e enviou a Getlio um pedido de desmembramento dos

    municpios de Guapor e Guajar-Mirim dos estados do Mato Grosso

    e Amazonas. O pedido foi reforado por assinaturas de moradores

    de Guajar-Mirim recolhidas pelo diretor da Concessionria da

    Empresa de Navegao do Guapor, Paulo Cordeiro da Cruz, que

    destacava o desprezo dos governadores dos dois Estados pelos

    municpios de Guajar-Mirim, Santo Antnio do Madeira e Porto

    Velho.

    Interessante situao ocorreu quando Getlio Vargas

    inaugurou a usina termoeltrica da Estrada de Ferro Madeira-

    Mamor e o prdio dos Correios e telgrafos, em Porto Velho.

    Aluzio Ferreira e Getlio Vargas descobriram, nos poucos dias que

    passaram juntos, vrias ideias em comum. O presidente reafirmaria

    a Aluzio sua inteno de criar territrios federais nas reas

    fronteirias, o que corroborava a poltica de expanso para o oeste.

    O Territrio Federal do Guapor foi criado pelo Decreto-Lei n.

    5.812, de 13 de setembro de 1943, a partir das reas

    desmembradas dos estados de Mato Grosso e do Amazonas. Mais

    quatro municpios brasileiros tambm foram transformados em

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    territrios: Rio Branco e Amap no norte, Ponta-Por e Iguau no Sul e Centro Oeste do Pas. Segundo o texto do Decreto-Lei, o

    Territrio do Guapor possua os seguintes limites:

    - a Noroeste, pelo rio Itux at sua foz no rio Purs e

    por ste descendo at foz do rio Mucuim;

    - a Nordeste, Leste e Sueste, o rio Curuim, da sua foz no

    rio Purs at o paralelo que passa pela nascente do Igarap Cuni,

    continua pelo referido paralelo at alcanar a cabeceira do Igarap

    Cuni, descendo por ste at a sua confluncia com o rio Madeira, e

    por ste abaixo at foz do rio Gi-Paran (ou Machado) subindo at

    foz do rio Comemorao ou Floriano prossegue subindo por ste

    at sua, nascente, da segue pelo divisor de guas do planalto de

    Vilhena, contornando-o at nascente do rio Cabixi e descendo pelo

    mesmo at foz no rio Guapor;

    - ao Sul, Sudoeste e Oeste pelos limites com a Repblica

    da Bolvia, desde a confluncia do rio Cabix no rio Guapor, at o

    limite entre o Territrio do Acre e o Estado do Amazonas, por cuja

    linha limtrofe continua at encontrar a margem direita do rio Itux,

    ou Iquir.

    A criao do Territrio Federal do Guapor foi um passo

    fundamental para o desenvolvimento de toda a regio, pois com

    essa deciso a regio passa a ter espao junto ao Governo Federal,

    e suas reivindicaes comeariam a serem ouvidas sem

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    atravessadores ou qualquer intermediador. Alm disso,

    posteriormente a criao desse territrio daria origem ao territrio

    de Rondnia, que depois passaria a ser o Estado de Rondnia.

    Posteriormente, em 17 de fevereiro de 1956, foi aprovada a lei

    que autorizava a mudana do nome do Territrio Federal do

    Guapor para Territrio Federal de Rondnia (vejam que ainda no

    o Estado de Roraima, mas sim territrio federal). O nome do novo

    territrio era uma referncia a Marechal Cndido Mariano Rondon,

    que contribuiu decisivamente para a integrao da regio amaznica

    ao restante do Brasil.

    O restante dessa histria, pessoal, guardaremos para as

    prximas aulas e para os que adquirirem o curso!

    Abraos,

    Rodrigo Barreto

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    2. Questes comentadas

    1. (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador - 2008) Com qual

    pas o Estado de Rondnia faz fronteira?

    a) Venezuela.

    b) Chile.

    c) Uruguai.

    d) Paraguai.

    e) Bolvia.

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    Pelo mapa e tambm diante de tudo o que conversamos,

    vemos que a Bolvia, que faz fronteira com Rondnia. Letra e.

    2) (IDARON-RO - Funcab - Fiscal de Defesa Sanitria - 2008)

    1DVSDODYUDVHDWRVGRSDVVDGRMD]RFXOWRXPWHVRXURTXHRhomem pode utilizar para fortalecer e elevar o seu prprio

    carter. O estudo do passado no deve se limitar a um mero

    conhecimento da histria, mas deve, atravs da aplicao

    GHVVHFRQKHFLPHQWRSURFXUDUGDUDWXDOLGDGHDRSDVVDGR (I Ching, livro-base milenar chinesa).

    3URFXUDQGR GDU DWXDOLGDGH DR PDSD DEDL[R 3RUWXJDO H(VSDQKD DR SDUWLOKDUHP R 1RYR 0XQGR HQWUH DPEDV DVCoroas, celebraram o Tratado de Tordesilhas (1494).

    Conforme o acordo, coube a Portugal as terras situadas a

    leste daquela linha imaginria e Espanha, as situadas alm

    dela. At que, com a Unio Ibrica (1580 - 1640), os

    bandeirantes chegaram s terras que hoje formam Rondnia.

    A importncia da regio Amaznica tornava-se cada vez

    maior, pois a facilidade de penetrao no territrio, por meio

    de seus rios, permitia a ligao com as colnias espanholas.

    Era necessrio, no entanto, evitar que a regio ficasse aberta

    aos estrangeiros.

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    Assinale a alternativa correta:

    a) o governo da Unio Ibrica (1621) criou o estado do

    Maranho e Gro-Par para inibir a ao de estrangeiros;

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    b) o novo governo unificado criou, em 1621, o estado do

    Gro-Par para garantir a posse dessas terras;

    c) para evitar a presena estrangeira na regio, a Unio

    Ibrica, em1621, criou o estado do Maranho;

    d) como forma de repelir a presena estrangeira na regio,

    o novo governo criou, em 1621, o estado de Gro-Par e

    Amazonas;

    e) com o objetivo de evitar a ao de piratas estrangeiros

    na Amaznia, em 1621, o governo da Unio Ibrica criou os

    estados do Amazonas e Maranho.

    A fundao do Estado do Gro-Par e Maranho ocorreu, em

    31 de julho de 1751, transferindo a capital para Belm. Em 1753, o

    novo estado foi dividido em quatro capitanias: Capitania do Gro-

    Par, Capitania do So Jos do Rio Negro, Capitania do Maranho e

    Capitania do Piau. Cada um com seu governador que continuava

    submetido ao Governador-Geral e Capito-Geral do Estado do Gro-

    Par e Maranho. Essa quatro capitanias, em 1772, formara dois

    estados que compunham o Estado do Gro-Par e Maranho, o

    primeiro estado foi composto pela Capitania do Gro-Par e

    Capitania do So Jos do RIo Negro, com a capital em Belm; e o

    segundo estado foi composto pela Capitania do Maranho e

    Capitania do Piau, com capital em So Lus.

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    A ideia da criao desse Estado era justamente impedir a

    ocupao estrangeira, resguardando o territrio. Nesse sentido,

    eram estratgias importantes da Coroa portuguesa a construo de

    fortes, as misses indgenas, as bandeiras, enfim, tudo aquilo que

    fosse formas de povoamento e de proteo. A criao do estado do

    Maranho e Gro-Par assim justificada. Letra a.

    3) (SESAU-RO - Funcab - Assistente Administrativo - 2009)

    A ocupao portuguesa na Amaznia teve incio em 1616

    com a fundao do Forte do Prespio. No entanto, os

    primeiros ncleos de povoamento em terras que seriam o

    futuro Estado de Rondnia se deram:

    a) pela colaborao dos indgenas da regio;

    b) devido ao fcil acesso pelos rios da regio;

    c) atravs das misses religiosas dos sculos XVII e XVIII;

    d) com o empenho dos espanhis em colonizar a regio;

    e) pelo declnio da resistncia indgena.

    O Forte do Prespio, localizado s margens da baia do

    Guajar, marca o incio da colonizao da atual rea do Par e

    tambm a colonizao da Amaznia. Entretanto, devemos marcar

    duas situaes fundamentais na colonizao do atual Estado de

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    Rondnia: as misses religiosas e as bandeiras. As misses

    religiosas na Amaznia pretendiam catequizar os ndios da regio e

    ampliar a presena de Portugal e da Igreja. Letra c.

    4) (SEJUS-RO - Funrio - Agente Educador - 2008) O primeiro

    ncleo colonial portugus na regio da Amaznia se

    estabeleceu no sculo:

    a) XIV.

    b) XV.

    c) XVII.

    d) XX.

    e) XXI.

    A colonizao portuguesa na Amaznia comea no sculo XVII.

    Nesse perodo, a ocupao portuguesa foi lenta, uma vez que

    existiam poucas pessoas no reino de Portugal para vir ao Brasil e

    muito menos para ir Amaznia.

    No sculo XVII, comeou a ser ocupada o territrio do

    Amazonas. Holandeses, ingleses e franceses disputaram as terras

    invadindo a explorando o delta do rio comercializando com os

    nativos, como se fossem donos da regio.

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    Em 1616, Francisco Caldeira Castelo Branco comandou uma

    expedio, expulsou os franceses do Maranho e avanou para o

    norte, fundando o Forte do Prespio que se tornou o ncleo de

    origem da povoao de Belm e base de operaes dos portugueses

    contra os estrangeiros. Letra c.

    5) (SEJUS-RO - Funrio - Agente Educador 2008 - adaptada) Quem foi o presidente da repblica que sancionou a lei que

    criou legalmente o Territrio Federal de Rondnia?

    a) Getlio Vargas.

    b) Fernando Henrique Cardoso.

    c) Juscelino Kubistchek

    d) Joo Baptista Figueiredo.

    e) Jnio Quadros.

    Quem sancionou a lei que mudou o nome do Territrio Federal

    de Guapor para Rondnia foi Juscelino Kubistchek. Letra c.

    6) (SEJUS-RO - Funrio - Agente Educador - 2008) Com

    relao ocupao da regio amaznica, correto afirmar

    que a dcada e o principal motivo das preocupaes do

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    governo brasileiro terem se agravado foram,

    respectivamente:

    a) 1930, pois houve uma queda na exportao da

    borracha, importante produto da regio.

    b) 1960, pela renncia de Jnio Quadros e as repercusses

    na poltica nacional.

    c) 1970, em funo de uma possvel invaso americana e

    receio de uma guerra civil.

    d) 1980, pela criao do Estado de Rondnia e a

    manuteno das reas fronteirias.

    e) 1990, em funo da elevao da taxa de juros que

    afetou as exportaes.

    Em 1930, ocorria uma vertiginosa queda do primeiro ciclo da

    borracha. Isso trouxe preocupaes para o governo brasileiro, uma

    vez que esse era o principal produto da regio e motivo para o

    desenvolvimento e ocupao dela. Letra a.

    7) (FUNCAB 2010 Procurador Autrquico) Porto Velho QDVFHX HP FRPR SRUWR YHOKR GRV PLOLWDUHVreferncia a uma guarnio que acampara no local em uma

    das guerras que ocorreram durante a segunda metade do

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    sculo XIX, entre as naes do continente. Mais tarde, a

    regio passou a ser usada para descarregar material para

    construo da estrada de ferro Madeira-Mamor. O conflito

    continental a que o texto faz referncia foi:

    a) Guerra do Pacfico.

    b) Guerra do Paraguai.

    c) Guerra do Chaco.

    d) Guerra da Cisplatina.

    e) Guerra dos Farrapos.

    As dificuldades de construo e operao de um porto fluvial,

    em frente s pedras da cachoeira de Santo Antnio, fizeram com

    que construtores e armadores utilizassem um porto prximo. Era

    chamado por alguns de "porto velho dos militares" fazendo

    referncia a um ponto de apoio e estratgico deixado pelo exrcito

    brasileiro durante a Guerra do Paraguai. Posteriormente, esse nome

    daria origem ao nome da cidade de Porto Velho. Letra b.

    8) (FUNCAB 2010 DER-RO/Analista de Sistemas) possvel detectar algumas fases bem definidas na histria da

    ocupao humana na Amaznia Brasileira. Aps um longo

    perodo pr-histrico, que se desenvolveu por alguns

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    milnios envolvendo grupos tnicos e lingusticos vindos por rotas complexas sucederam-se trs modelos histricos de apropriao e utilizao dos espaos regionais.

    Em relao ao estado de Rondnia, a sequncia correta :

    a) extrao de madeiras nobres / extrao da borracha /

    garimpos em floramentos cristalinos e extrao de

    diamantes.

    b) explorao do ouro e diamantes / extrao de madeiras /

    implantao de ncleos de povoamento.

    c) explorao de pedras preciosas / extrao da borracha /

    implantao de ncleos de colonizao.

    d) coleta de drogas do serto / explorao de ouro e

    diamantes / abertura de rodovias de penetrao.

    e) explorao do ouro e diamantes / extrao da borracha /

    implantao de agrovilas ao longo das rodovias de

    penetrao.

    A primeira fase econmica diz respeito explorao

    mineradora do sculo XVII e XVIII. Posteriormente, temos os dois

    ciclos da borracha e, mais recentemente, surgem as agrovilas em

    razo da agropecuria. Letra e.

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    9) (Funcab 2010 DER-RO - Analista de Sistemas) O incio da explorao da borracha amaznica foi prspero,

    mas a bonana durou pouco. Em 1912, a produo atingia o

    pico de 42 mil toneladas. A borracha representava 40% de

    todas as exportaes nacionais. Em um segundo momento,

    entre 1942 e 1945, a borracha teve uma sobrevida que no

    foi com a mesma pujana do incio do sculo, e logo voltou a

    perder em expresso no cenrio econmico nacional. Nas

    duas fases mais expressivas da produo, um fator apontado

    abaixo pode ser considerado como responsvel pelo declnio

    da borracha brasileira:

    a) falta de crdito extrao e ao beneficiamento do ltex.

    b) precariedade da mo de obra usada pelos seringueiros.

    c) dificuldade para escoar a produo at o porto de Belm.

    d) concorrncia da borracha produzida pelos asiticos.

    e) populao indgena dificultava o acesso aos seringais.

    No incio do sculo XX, o mercado asitico se tornou o principal

    produtor de borracha no mundo, o que fez com que a produo

    brasileira entrasse em declnio. Letra d.

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    10) (FCC 2010 TCE-RO Auditor) Considere o seguinte texto que apresenta o compromisso do governo brasileiro

    para a construo da ferrovia Madeira-Mamor:

    Artigo VII

    Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em

    territrio brasileiro, por si ou por empresa particular, uma

    ferrovia desde o porto de Santo Antnio, no rio Madeira, at

    Guajar-Mirim, no Mamor, com um ramal que, passando por

    Vila-Murtinho ou em outro ponto prximo (Estado de Mato-

    Grosso), chegue a Villa-Bella (Bolvia), na confluncia do

    Beni e do Mamor. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforar

    por concluir no prazo de quatro anos, usaro ambos os

    pases com direito s mesmas franquezas e tarifas.

    (http://www2.mre.gov.br/dai/b_boli_11_927.htm)

    O artigo foi retirado do Tratado de:

    a) Santo Ildefonso, de 1894.

    b) Petrpolis, de 1915.

    c) Badajoz, de 1907.

    d) Petrpolis, de 1903.

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    e) Santo Ildefonso, de 1905.

    O tratado que garante a construo da Estrada o de

    Petrpolis. A questo se torna, portanto, saber qual foi o ano de

    assinatura do tratado. Ento, decorem: 1903.

    3. Lista de questes

    1. (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador - 2008) Com qual

    pas o Estado de Rondnia faz fronteira?

    a) Venezuela.

    b) Chile.

    c) Uruguai.

    d) Paraguai.

    e) Bolvia.

    2) (IDARON-RO - Funcab - Fiscal de Defesa Sanitria - 2008)

    1DVSDODYUDVHDWRVGRSDVVDGRMD]RFXOWRXPWHVRXURTXHRhomem pode utilizar para fortalecer e elevar o seu prprio

    carter. O estudo do passado no deve se limitar a um mero

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    conhecimento da histria, mas deve, atravs da aplicao

    GHVVHFRQKHFLPHQWRSURFXUDUGDUDWXDOLGDGHDRSDVVDGR (I Ching, livro-base milenar chinesa).

    3URFXUDQGR GDU DWXDOLGDGH DR PDSD DEDL[R 3RUWXJDO H(VSDQKD DR SDUWLOKDUHP R 1RYR 0XQGR HQWUH DPEDV DVCoroas, celebraram o Tratado de Tordesilhas (1494).

    Conforme o acordo, coube a Portugal as terras situadas a

    leste daquela linha imaginria e Espanha, as situadas alm

    dela. At que, com a Unio Ibrica (1580 - 1640), os

    bandeirantes chegaram s terras que hoje formam Rondnia.

    A importncia da regio Amaznica tornava-se cada vez

    maior, pois a facilidade de penetrao no territrio, por meio

    de seus rios, permitia a ligao com as colnias espanholas.

    Era necessrio, no entanto, evitar que a regio ficasse aberta

    aos estrangeiros.

    Assinale a alternativa correta:

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    a) o governo da Unio Ibrica (1621) criou o estado do

    Maranho e Gro-Par para inibir a ao de estrangeiros;

    b) o novo governo unificado criou, em 1621, o estado do

    Gro-Par para garantir a posse dessas terras;

    c) para evitar a presena estrangeira na regio, a Unio

    Ibrica, em1621, criou o estado do Maranho;

    d) como forma de repelir a presena estrangeira na regio,

    o novo governo criou, em 1621, o estado de Gro-Par e

    Amazonas;

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    e) com o objetivo de evitar a ao de piratas estrangeiros

    na Amaznia, em 1621, o governo da Unio Ibrica criou os

    estados do Amazonas e Maranho.

    3) (SESAU-RO, Funcab - Assistente Administrativo - 2009) A

    ocupao portuguesa na Amaznia teve incio em 1616 com a

    fundao do Forte do Prespio. No entanto, os primeiros

    ncleos de povoamento em terras que seriam o futuro Estado

    de Rondnia se deram:

    a) pela colaborao dos indgenas da regio;

    b) devido ao fcil acesso pelos rios da regio;

    c) atravs das misses religiosas dos sculos XVII e XVIII;

    d) com o empenho dos espanhis em colonizar a regio;

    e) pelo declnio da resistncia indgena.

    4) (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador - 2008) O primeiro

    ncleo colonial portugus na regio da Amaznia se

    estabeleceu no sculo:

    a) XIV.

    b) XV.

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    c) XVII.

    d) XX.

    e) XXI.

    5) (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador 2008 - adaptada) Quem foi o presidente da repblica que sancionou a lei que

    criou legalmente o Territrio Federal de Rondnia?

    a) Getlio Vargas.

    b) Fernando Henrique Cardoso.

    c) Juscelino Kubistchek.

    d) Joo Baptista Figueiredo.

    e) Jnio Quadros.

    6) (SEJUS-RO, Funrio - Agente Educador - 2008) Com

    relao ocupao da regio amaznica, correto afirmar

    que a dcada e o principal motivo das preocupaes do

    governo brasileiro terem se agravado foram,

    respectivamente:

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    a) 1930, pois houve uma queda na exportao da

    borracha, importante produto da regio.

    b) 1960, pela renncia de Jnio Quadros e as repercusses

    na poltica nacional.

    c) 1970, em funo de uma possvel invaso americana e

    receio de uma guerra civil.

    d) 1980, pela criao do Estado de Rondnia e a

    manuteno das reas fronteirias.

    e) 1990, em funo da elevao da taxa de juros que

    afetou as exportaes.

    7) (FUNCAB 2010 Procurador Autrquico) Porto Velho QDVFHX HP FRPR SRUWR YHOKR GRV PLOLWDUHVreferncia a uma guarnio que acampara no local em uma

    das guerras que ocorreram durante a segunda metade do

    sculo XIX, entre as naes do continente. Mais tarde, a

    regio passou a ser usada para descarregar material para

    construo da estrada de ferro Madeira-Mamor. O conflito

    continental a que o texto faz referncia foi:

    a) Guerra do Pacfico.

    b) Guerra do Paraguai.

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    c) Guerra do Chaco.

    d) Guerra da Cisplatina.

    e) Guerra dos Farrapos.

    8) (FUNCAB 2010 DER-RO/Analista de Sistemas) possvel detectar algumas fases bem definidas na histria da

    ocupao humana na Amaznia Brasileira. Aps um longo

    perodo pr-histrico, que se desenvolveu por alguns

    milnios envolvendo grupos tnicos e lingusticos vindos por rotas complexas sucederam-se trs modelos histricos de apropriao e utilizao dos espaos regionais.

    Em relao ao estado de Rondnia, a sequncia correta :

    a) extrao de madeiras nobres / extrao da borracha /

    garimpos em floramentos cristalinos e extrao de

    diamantes.

    b) explorao do ouro e diamantes / extrao de madeiras /

    implantao de ncleos de povoamento.

    c) explorao de pedras preciosas / extrao da borracha /

    implantao de ncleos de colonizao.

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    d) coleta de drogas do serto / explorao de ouro e

    diamantes / abertura de rodovias de penetrao.

    e) explorao do ouro e diamantes / extrao da borracha /

    implantao de agrovilas ao longo das rodovias de

    penetrao.

    9) FUNCAB 2010 DER-RO/Analista de Sistemas)O incio da explorao da borracha amaznica foi prspero, mas a

    bonana durou pouco. Em 1912, a produo atingia o pico de

    42 mil toneladas. A borracha representava 40% de todas as

    exportaes nacionais. Em um segundo momento, entre

    1942 e 1945, a borracha teve uma sobrevida que no foi com

    a mesma pujana do incio do sculo, e logo voltou a perder

    em expresso no cenrio econmico nacional. Nas duas fases

    mais expressivas da produo, um fator apontado abaixo

    pode ser considerado como responsvel pelo declnio da

    borracha brasileira:

    a) falta de crdito extrao e ao beneficiamento do ltex.

    b) precariedade da mo de obra usada pelos seringueiros.

    c) dificuldade para escoar a produo at o porto de Belm.

    d) concorrncia da borracha produzida pelos asiticos.

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    e) populao indgena dificultava o acesso aos seringais.

    10) (FCC 2010 TCE-RO Auditor) Considere o seguinte texto que apresenta o compromisso do governo brasileiro

    para a construo da ferrovia Madeira-Mamor:

    Artigo VII

    Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em

    territrio brasileiro, por si ou por empresa particular, uma

    ferrovia desde o porto de Santo Antnio, no rio Madeira, at

    Guajar-Mirim, no Mamor, com um ramal que, passando por

    Vila-Murtinho ou em outro ponto prximo (Estado de Mato-

    Grosso), chegue a Villa-Bella (Bolvia), na confluncia do

    Beni e do Mamor. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforar

    por concluir no prazo de quatro anos, usaro ambos os

    pases com direito s mesmas franquezas e tarifas.

    (http://www2.mre.gov.br/dai/b_boli_11_927.htm)

    O artigo foi retirado do Tratado de:

    a) Santo Ildefonso, de 1894.

    b) Petrpolis, de 1915.

    c) Badajoz, de 1907.

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    d) Petrpolis, de 1903.

    e) Santo Ildefonso, de 1905.

    4. Gabarito

    1 - E 2 - A 3 - C 4 - C 5 A 6 A 7 B 8 E 9 - D 10 D

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