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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA

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Didatismo e Conhecimento 1

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA

DOMÍNIO DE TÓPICOS DE DIVERSAS ÁREAS, TAIS COMO: POLÍTICA,

ECONOMIA, SOCIEDADE, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA, ENERGIA,

RELAÇÕES INTERNACIONAIS, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL,

SEGURANÇA, ARTES E LITERATURA E SUAS VINCULAÇÕES HISTÓRICAS DO ESTADO DE

RONDÔNIA.

Didatismo e Conhecimento

APRESENTAÇÃO Caro estudante: o material aqui apresentado é um compilado

de fatos e notícias que recentemente se destacaram no Estado de Rondonia. Nosso trabalho foi fazer a seleção de notícias que tive-ram destaque. Entretanto, para estar bem preparado para a prova, é imprescindível a leitura de jornais diários e sites de notícia, além de acompanhar programas informativos das emissoras de rádio e TV. Estar em dia com os fatos é a melhor maneira de responder com desenvoltura às questões formuladas.

POLÍTICA

Eleições Segundo colocado nas eleições pode ter que assumir governo

de Rondônia TRE cassou mandatos de Confúcio Moura e vice; ainda cabe recurso.

TRE-RO decidiu por 4 votos a 3 pela cassação de Confúcio Moura e vice (Foto: TRE-RO/Divulgação)

O segundo colocado nas eleições de 2014 em Rondônia, Ex-pedito Júnior (PSDB), pode ser o novo governador do estado. A mudança na chefia do governo estadual acontecerá caso a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO) que cassou o mandato do atual chefe do Executivo, Confúcio Moura (PMDB), e do vice, Daniel Pereira (PSB), não seja revertida nas instâncias superiores. A defesa dos políticos informou que aguarda a publicação do acór-dão do julgamento do TRE para apresentar recurso.

“De acordo com o Código Eleitoral, o segundo colocado nas eleições assumiria o cargo, porque o governador foi escolhido em segundo turno. Se por acaso as eleições tivessem sido decididas

em primeiro turno, o cenário mudaria e se promoveria uma nova eleição”, explica o advogado Clênio Amorim, especialista em Di-reito Eleitoral. A regra está no artigo 224 do Código Eleitoral. O dispositivo estabelece que as eleições só deixam de valer e um novo pleito precisa ser convocado quando mais de 50% dos votos totais são considerados nulos ou irregulares.

Segundo o advogado Joelson Dias, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a mesma situação já aconteceu em ou-tros três estados. No Piauí, em 2001, o ex-governador Mão Santa foi cassado e o segundo colocado nas eleições, Hugo Napoleão, assumiu o governo. Já em 2008, na Paraíba, após a decisão final do TSE pela cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima e seu vice, o mandato foi assumido por José Maranhão, que havia perdi-do as eleições no segundo turno. O terceiro caso foi no Maranhão, onde o ex-governador Jackson Lago e o vice foram cassados, em 2009, e Roseana Sarney, segunda mais votada no pleito, passou a comandar o Executivo do estado.

No entanto, o ex-ministro lembra que a questão ainda não é totalmente pacificada na Justiça. “O TSE já decidiu que seria as-sim no caso dos ex-governadores Mão Santa, Cássio Cunha Lima e Jackson Lago. Mas a questão pode parar no Supremo Tribunal Federal, como aconteceu na Adin [Ação Direta de Inconstituciona-lidade] 4222”, pondera Joelson, ao se referir à ação ajuizada pelo PSB questionando o entendimento do TSE de determinar a posse dos segundos mais votados em segundo turno em casos de cas-sação. Na Adin 4222, que foi julgada improcedente pelo STF, o partido argumentou que a Justiça Eleitoral desrespeita o sistema majoritário ao não determinar a convocação de novas eleições.

Por Ana Fabre e Karla Cabral do G1 RO06/03/2015 Fonte: http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2015/03/se-

gundo-colocado-nas-eleicoes-pode-ter-que-assumir-governo-de--rondonia.html

TSE suspende cassação e mantém governador de Rondônia no cargo

Ministro anulou acórdão que determinava cassação de Confúcio Moura.

TRE-RO julga nesta quinta recursos ajuizados pela defesa do governador.

Confúcio Moura, reeleito governador em 2014, teve o mandato cassado pelo TRE-RO em 5 de março (Foto: G1)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu, nesta quinta-feira (9), o acórdão da cassação do mandato do govenador de Ron-dônia, Confúcio Moura (PMDB), e do vice dele, Daniel Pereira (PDT). A liminar (decisão de caráter provisório) foi deferida pelo ministro João Otávio de Noronha, em resposta à Ação Cautelar

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Didatismo e Conhecimento 2

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAajuizada por Confúcio contra a decisão do Tribunal Regional Elei-toral de Rondônia (TRE-RO), tomada no último dia 5 de março, que cassou o diploma e determinou a saída do peemedebista do cargo. Com a nova determinação, Confúcio permanece no cargo até o julgamento final do processo.

A cassação foi determinada pelo TRE-RO, por quatro votos a três, após o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra a coligação “Rondônia no Caminho Certo”, impetra-da por Expedito Junior (PSDB), segundo colocado nas eleições de 2014. De acordo com o processo, em uma convenção realizada no ano passado pelo PMDB, houve distribuição em grande quantidade de comida aos cerca de mil participantes do evento, caracterizando abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio (compra de votos). A Justiça Eleitoral do estado entendeu que houve crime eleitoral e cassou os mandatos de Confúcio e Pereira.

saiba maisNo entanto, no entendimento do ministro do TSE não há pro-

vas suficientes da prática de abuso econômico. “Ao menos em juí-zo perfunctório, não parece haver prova segura da gravidade da conduta, haja vista ter-se tratado de um único evento, realizado antes do período eleitoral”, argumenta Noronha na decisão.

Além disso, o ministro ressaltou que ainda há recursos a se-rem analisados pelo Tribunal Regional Eleitoral, e, por isso, a saí-da do atual governador do cargo só poderá ser determinada caso Confúcio perca o processo até a última instância.

RecursosO TRE-RO deve analisar ainda nesta quinta os embargos de

declaração (recurso) ajuizados pela defesa de Confúcio. A sessão está marcada para as 11h (horário local), no plenário do tribunal, em Porto Velho, quando o relator do caso, o juiz federal Dimis Braga, apresentará o voto.

Serão analisados o recurso do governador e também embargos apresentados por Expedito Junior. A defesa de Confúcio questiona vários pontos e supostas contradições do acórdão e pede a extin-ção da sentença. Já os embargos de Expedito pedem a diplomação imediata do tucano e a posse dele no cargo.

De acordo com o TRE-RO, apesar da ação cautelar concedida pelo TSE, os embargos ainda serão julgados porque o andamento processual não pode ser interrompido. É que os embargos são re-cursos pendentes de competência da corte eleitoral regional e de-vem ser julgados até o esgotamento da jurisdição de origem e o en-caminhamento do recurso ordinário ao Tribunal Superior Eleitoral.

Perda de mandatoCaso a decisão que cassou o mandato de Confúcio seja manti-

da, quem assume o cargo é Expedito Junior, segundo colocado nas eleições de 2014. “De acordo com o Código Eleitoral, o segundo colocado nas eleições assumiria o cargo, porque o governador foi escolhido em segundo turno. Se por acaso as eleições tivessem sido decididas em primeiro turno, o cenário mudaria e se promove-ria uma nova eleição”, explicou o advogado especialista em direito eleitoral Clênio Amorimdiz Amorim. A regra está no artigo 224 do Código Eleitoral.

Em 6 de março, um dia após o governador Confúcio Moura ter sido cassado, a coligação “Frente Muda Rondônia”, de Expedito e o vice, Neodi Carlos, já protocolou pedido de diplomação no TRE-RO para assumir o cargo de governador, mas o requerimento foi negado.

Segundo o tribunal, a solicitação foi indeferida porque a coli-gação deveria aguardar a publicação do acórdão da decisão de cas-sação do diploma, o que aconteceu em 11 de março, e o julgamen-to e publicação de eventuais embargos declaratórios e recursos.

Por Ana Fabre e Ísis Capistrano do G1 RO09/04/2015Fonte: http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2015/04/tse-

suspende-acordao-que-cassou-mandato-do-governador-de-ron-donia.html

Emancipação Política do Estado de Rondonia

04 de Janeiro – Emancipação Política do Estado de Rondônia - Professor Ruzel Costa

Nosso Estado comemora 33 anos de sua emancipação.Nossa emancipação política começa a se tornar realidade com

a visita do então Presidente da Republica Getúlio Dornelles Vargas em outubro de 1940. Três anos depois , mas precisamente em 13 de setembro de 1943 pelo Decreto Lei 5812, Vargas criava os Ter-ritórios Federais, entre eles o Território Federal do Guaporé, que depois mudou sua denominação para Território Federal de Rondô-nia e finalmente estado de Rondônia.

Origem da denominação: Joaquim Vicente Rondon, sobrinho de Cândido Mariano da

Silva Rondon e segundo governador do Território do Guaporé, depois eleito deputado federal propôs à Câmara Federal, através do deputado Áureo de Melo a mudança do nome para Território Federal de Rondônia.

O homenageado: Candido Mariano da Silva nasceu no estado do Mato Grosso

(1865-1958) foi nomeado pelo Presidente da República Afonso Pena em 1906 chefe da Comissão Construtora de Linhas Telegrá-ficas de Mato Grosso ao Amazonas.

A construção da Linha Telegráfica entre Cuiabá a Santo Antô-nio do Madeira começa em 1907, sendo inaugurada em 1912. Essa foi a obra mais importante de Rondon.

Lei N o 2731 de 17 de Fevereiro de 1956 Muda a denomina-ção do Território Federal do Guaporé para Território Federal de Rondônia.

O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Na-cional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1.o – É mudada a denominação do Território Federal do Guaporé para Território Federal de Rondônia.

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1956, 135.o da Independên-cia e 63.o da República.

Juscelino KubitschekEm 04/12/1975, o então Deputado Federal por Rondônia Je-

rônimo Garcia de Santana, apresentava o Projeto de Lei Comple-mentar PLP 64/1976:

Ementa: Eleva o Território Federal de Rondônia a condição de estado, e determina outras providências.

Em maio de 1976, o Projeto chega a Comissão de Constitui-ção e Justiça, tendo como relator o Deputado Federal paulista An-tônio Morimoto (1934-2007).

Então é criado o estado de RondôniaPresidência da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos

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Didatismo e Conhecimento 3

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Con-

gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:CAPÍTULO I - Da Criação do Estado de RondôniaArt. 1º - Fica criado o Estado de Rondônia, mediante a elevação

do Território Federal do mesmo nome a essa condição, mantidos os seus atuais limites e confrontações.

Art. 2º - A Cidade de Porto Velho – será a Capital do novo Es-tado.

Art. 36 - As despesas, até o exercício de 1991, inclusive, com os servidores de que tratam o parágrafo único do art.18 e o art. 22 desta Lei, serão de responsabilidade da União:

Art. 18 Parágrafo único - O Governador do Estado aprovará os Quadros e Tabelas provisórias de pessoal da Administração do Estado e procederá, a seu juízo, mediante opção dos interessados, ao enquadramento dos servidores postos à sua disposição, devendo absorver pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos optantes.

Art. 22 - O pessoal militar da Polícia Militar do Território Fede-ral de Rondônia passará a constituir a Polícia Militar do Estado de Rondônia, assegurados os seus direitos e vantagens.

Brasília, 22 de dezembro de 1981; 160º da Independência e 93º da República.

João Batista de Oliveira Figueiredo.

LEI COMPLEMENTAR Nº 41, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1981 ( leia na íntegra)

Presidente João Batista de Oliveira Figueiredo e o Primei-ro governador do estado de Rondônia Jorge Teixeira de Oliveira (Fonte: Ivo Feitosa) gentedeopiniao.com.br

Breve memorial – quem governou o estadoEm 04 de Janeiro de 1982 é empossado o Coronel Jorge Teixei-

ra de Oliveira como o primeiro governador do 23º estado do Brasil. Jorge Teixeira de Oliveira – O Teixeirão, gaucho da cidade de

General Câmara (1921-1987) formado em Educação FísicaJorge Teixeira é o Patrono do Centro de Instrução de Guerra na

Selva – CIGS, e no ano de 1971 como Tenente Coronel recebeu a missão do Presidente Emílio Garrastazu Médici de criar o Colégio Militar de Manaus – CMM. Em 1975 foi nomeado pelo Presidente Ernesto Geisel Prefeito de Manaus, exonerado em março de 1979 por ter sido designado pelo Presidente João Batista de Oliveira Fi-gueiredo para o cargo de governador do Território Federal de Ron-dônia, assumindo o cargo em 10 de abril de 1979, com a missão de criar mecanismos para transformar o Território Federal em estado.

LEI N° 10.481, DE 3 DE JULHO DE 2002.Denomina “Aeroporto de Porto Velho/Governador Jorge Tei-

xeira de Oliveira” o Aeroporto de Porto Velho, Estado de Rondônia. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° Fica denominado “Aeroporto de Porto Velho/Governa-dor Jorge Teixeira de Oliveira”

Brasília, 3 de julho de 2002; 181° da Independência e 114° da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Janilene Vasconcelos de Melo, Advogada, administradora e contadora, paraibana da cidade de Campina Grande, está radicada em Rondônia desde 1972. Exerceu diversos cargos na adminis-tração pública rondoniense. No inicio de janeiro de 1984, foi no-

meada pelo presidente João Figueiredo, substituta do governador, a pedido de Jorge Teixeira em virtude de licença de saúde. Tornou-se então a primeira mulher a governar um estado em todo o país. Exerceu o cargo até 15 de fevereiro do mesmo ano.

O professor paulista Ângelo Angelin da cidade paulista de Capivari foi eleito deputado estadual constituinte na primeira elei-ção para a Assembleia Legislativa em 15 de novembro de 1982. Angelin foi o último governador biônico do estado nomeado pelo então Presidente José Sarney governou no período de 1985 a 1987.

O primeiro governador eleito diretamente foi o goiano de Jataí Jerônimo Garcia de Santana conhecido politicamente com o “Homem da Bengala”. Bacharel em direito, foi deputado federal, prefeito de Porto Velho eleito em 1985 e governador com mandato entre 1987-1991.

Osvaldo Piana Filho o único governador rondoniense, nas-ceu em Porto Velho, médico, foi deputado estadual onde presidiu a Assembleia Legislativa. Em 1990 foi candidato a governador de Rondônia ficando em 3° lugar no 1° turno. Com o assassinato do candidato Olavo Pires, concorreu no 2° turno vencendo o candida-to Valdir Raupp, com mandato entre 1991-1994.

Waldir Raupp de Matos senador reeleito (2010) nasceu na cidade de São João do Sul, Santa Catarina. Foi vereador na cidade de Cacoal, prefeito da cidade de Rolim de Moura e governador do estado entre os anos de 1995-1998.

José de Abreu Bianco nasceu na cidade de Apucarana, estado do Paraná. Advogado foi deputado estadual, senador e governador entre 1999-2002. Bianco foi prefeito do município de Ji-Paraná.

O Empresário Ivo Narciso Cassol foi o primeiro governador reeleito, comandou o estado entre 2003 a 2010. Nasceu na cida-de de Concórdia, Santa Catarina. Seu reduto político é a cidade de Rolim de Moura onde foi prefeito. Cassol e Senador eleito em 2010.

O cerealista João Aparecido Cahulla nasceu na cidade de Astorga-Paraná. Foi secretário de Administração e chefe de gabi-nete da Prefeitura de Rolim de Moura. Com a eleição de Ivo Cas-sol ao governo do estado assumiu a Casa Civil. Em 2006 depois de escolhas frustradas Cahulla foi convidado para ser vice de Cassol, assumindo o governo com a renúncia de Cassol em 31 de março de 2010.

O médico Confúcio Aires Moura nasceu na cidade de Dia-nópolis, hoje estado do Tocantins. Confúcio foi Militar, PM em Goiânia, formado em medicina pela Universidade Federal de Goiás turma de 1975. Professor, deputado federal eleito para três mandatos 1995-2004 quando renunciou para assumir a Prefeitura de Ariquemes. Em 31 de outubro de 2010 foi eleito governador do estado no segundo turno. Reeleito em 26 de outubro de 2014.

O autor leciona na Escola Madeira-Mamoré, Faculdade Faro, Colégio Objetivo e Colégio Interação Cursos e Colégio – Porto Velho – RO

Por Ruzel Costa04/01/2015http://www.rondoniagora.com/geral/noticia/2015/01/4-de-ja-

neiro-emancipacao-politica-do-estado-de-rondonia-professor-ru-zel-costa.html

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Didatismo e Conhecimento 4

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIALava JatoLAVA JATO: Raupp ganhou R$ 500 mil do ‘bolo’ que a Quei-

roz Galvão devia ao PP, disse YoussefO Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, sustentou

no pedido de abertura de inquérito contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) que ele recebeu R$ 500 mil do esquema de corrupção na Petrobras para financiar sua campanha de 2010. O montante teria sido “parte do bolo” que o PP receberia de contrato da em-preiteira Queiroz Galvão com a estatal, conforme depoimento do doleiro Alberto Youssef.

Tido no PMDB como o homem de confiança do vice-pre-sidente Michel Temer no Senado, Raupp é o 1º vice-presidente nacional do partido. O senador ocupou a presidência da legenda quando Temer se afastou do comando da sigla, posto que retomou no ano passado.

A Queiroz Galvão fez o repasse como doação oficial ao diretó-rio do PMDB em Rondônia, reduto eleitoral do senador, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A remessa foi delatada pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Ro-berto Costa. “(…) O valor, na realidade, se tratava de pagamento indevido decorrente de comissionamento de contrato firmado com a Petrobras”, registrou o procurador.

Janot relata no documento que o repasse da construtora foi confirmado pelo doleiro Youssef, que afirmou que o dinheiro foi retirado da fatia que caberia ao PP. Ele contou ainda que o valor destinado a Raupp seria inicialmente de R$ 300 mil, mas uma fun-cionária do senador esteve no escritório de Youssef em São Paulo para pedir mais dinheiro.

“Youssef informou ao declarante desta solicitação para que fosse contabilizado da parte do ‘bolo’ devida ao PP () melhor ex-plicando, este valor sairia do montante de 1% que era destinado ao PP a partir dos 3% acrescentados aos contratos firmados com a Petrobras dentro da área de abastecimento”, observou Janot.

O procurador pediu a condenação de Raupp pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O inquérito foi autori-zado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e as doações da Queiroz Galvão serão investigadas pela Polícia Federal.

O senador foi procurado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mas não atendeu as ligações feitas ao seu celular. A assessoria de Raupp afirmou que o advogado do senador teve acesso aos autos do inquérito neste sábado (7), afirmando que não há irregularidade nas doações por elas terem sido feitas de acordo com a lei eleitoral.

Em nota, a Queiroz Galvão nega veementemente qualquer pagamento ou atividade ilícita para obtenção de contratos ou van-tagens. A empresa reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação vigente. A Queiroz Galvão in-forma ainda que todas as doações realizadas pela empresa.

10 de março de 2015 Fonte: Estadão Conteúdo http://www.efato.com.br/lava-jato-raupp-ganhou-r-500-mil-

do-bolo-que-a-queiroz-galvao-devia-ao-pp-disse-youssef/

Voos regionais, novas rotas e horários para Rondônia são debatidos em Brasília

Visando encontrar uma alternativa para impedir a redução de voos da empresa Azul Linhas Aéreas Brasileiras para o Estado de Rondônia e tratar ainda de uma parceria que garanta a prestação

de serviços com novos horários durante a Rondônia Rural Show, o vice-governador, Daniel Pereira, e a deputada federal Marinha Raupp estiveram reunidos na quarta-feira (27), em Brasília, com a diretora de Relações Institucionais da Azul, Patrizia Xavier.

No encontro foram abordados problemas que o setor aéreo nacional atravessa nesse momento e o aumento do valor combus-tível, que tem contribuído para que algumas companhias queiram cortar rotas regionais. Um exemplo citado pelas operadoras é de que o combustível comprado em dólar e pago à vista e tem gerado prejuízos para as empresas.

Daniel Pereira propôs discutir a possibilidade de ser traçado um plano de atendimento específico para atender a região ama-zônica. Segundo ele, a empresa Azul poderia fortalecer o atendi-mento aos municípios de Vilhena, Cacoal, Ji-paraná e Porto Velho porque há demanda. O vice-governador ainda sugeriu a companhia aérea, uma agenda a ser implementada em parceria com o governo de Rondônia, para que a Azul possa divulgar a Rondônia Rural Show nos voos realizado para a região norte do Brasil.

O vice-governador também recomendou que empresa Azul faça propostas para melhorar a qualidade na prestação de serviços e que a empresa possa estabelecer preços com condições especiais de voos durante a realização da Rondônia Rural Show. De acordo com Pereira, as sugestões foram apresentadas e que, na próxima semana voltarão a conversar para tentar colocá-las em prática.

28 de abril de 2016 FONTE: Secom – Governo de Rondôniahttp://www.efato.com.br/voos-regionais-novas-rotas-e-hora-

rios-para-rondonia-sao-debatidos-em-brasilia/

Isenção de taxas públicas para entidades sem fins lucrativos

Glaucione quer isenção de taxas públicas a entidades sem fins lucrativos

Parlamentar explica que instituições desenvolvem serviços que são de responsabilidade do Estado.

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Didatismo e Conhecimento 5

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAA deputada Glaucione Rodrigues (PMDB) indicou ao Poder

Executivo que seja encaminhado à Assembleia Legislativa projeto que concede isenção de taxas públicas às associações, fundações ou instituições filantrópicas, sem fins econômicos e oficialmente decla-radas de utilidade pública estadual.

A parlamentar explicou que, no caso das taxas de licenciamento ambiental, a isenção proporcionará às associações e demais institui-ções sem fins lucrativos a realização de suas atividades peculiares por um custo menor.

Segundo Glaucione, tais entidades contribuem com as comuni-dades realizando trabalhos que deveriam ser de responsabilidade do Estado, mas que não são feitos e quando executados são precários.

Para a parlamentar, o Estado pode fazer sua parte, indultando as pessoas jurídicas de direito provados sem fins econômicos, re-conhecendo seus trabalhos firmados por meio dos convênios com o Executivo Estadual.

“Cabe ao ente federado, através dos órgãos fiscalizadores, orientar e sugerir quanto à aplicação dos recursos financeiros ou bens adquiridos nas parcerias”, frisou Glaucione.

Ela acrescentou que o novo Código Civil, no artigo 44, passou a distinguir associações de sociedades e, para tanto, reconheceu as as-sociações como pessoas jurídicas cuja finalidade é não econômica.

Portanto, citou a parlamentar, o novo Código Civil, ao utilizar o termo “finalidade não econômica”, adequou a redação a real fina-lidade das associações, ou seja, gerar benefícios sociais, ambientais e culturais, entre outros. E não se dedicar, basicamente, à finalidade econômica como fazem as sociedades.

Porém, ela destacou que a finalidade econômica não é um ele-mento restritivo para a venda de produtos ou fornecimento de ser-viços pelas entidades. “Desde que o valor auferido seja empenhado na consecução da finalidade principal da entidade, não há qualquer impedimento para estas práticas”, destacou.

Dessa forma, concluiu Glaucione, uma associação que vende produtos ou fornece serviços para manter sua finalidade cultural, so-cial, ambiental, continua tendo fins não econômicos, estando, assim, de acordo com o preceituado pelo Código Civil.

13/05/2016 http://www.tudorondonia.com/noticias/glaucione-quer-isen-

cao-de-taxas-publicas-a-entidades-sem-fins-lucrativos,60394.shtml

Impeachment Presidente DilmaO povo de Rondônia quer essa mudança, por isso vou votar

sim pelo impeachment, diz Acir GurgaczO plenário do Senado vota nesta quarta-feira, 11, se aceita ou

não a denúncia que pede o impeachment da presidente Dilma Rou-sseff (PT). Todos os 80 senadores, exceto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderão discursar por um período de 10 a 15 minutos para justificar sua posição.

O senador rondoniense Acir Gurgacz (PDT-RO), que já até che-gou a se manifestar a favor de Dilma, começou o seu discurso para-benizando o presidente da casa, Renan Calheiros, pela condução da votação de forma limpa e correta.

Gurgacz foi enfático ao afirmar que quando os políticos brigam quem perde é a população, e desde as eleições de 2014, por conta destas brigas, o Brasil está praticamente parado. “O Brasil quer vol-tar a crescer e precisa de paz e tranquilidade”, enfatizou Acir.

Acir lembrou que o Senado, junto com o STF, tem que ga-rantir o direito de defesa da presidente Dilma Rousseff. “Vamos mostrar ao Brasil e ao mundo que no Senado todos têm direito de defesa e que as leis são respeitadas”, afirmou o senador.

“O povo do estado de Rondônia e do Brasil quer essa mu-dança, por isso vou votar pela abertura do processo de impea-chment da presidente Dilma Rousseff”, disse o senador.

Ao final ganhou elogios do presidente do Senado Renan Ca-lheiros, por ter sido breve em seu pronunciamento de forma clara e objetiva.

11 de maio de 2016 Fonte: É Fato Rondôniahttp://www.efato.com.br/o-povo-de-rondonia-quer-essa-mu-

danca-por-isso-vou-votar-sim-pelo-impeachment-diz-acir-gur-gacz/

Valdir Raupp manifesta apoio ao impeachment e defende Te-mer

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) confirmou, em discur-so na sessão desta quarta-feira (11), seu apoio ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. Raupp lamentou a crise política e o au-mento do desemprego. Para o senador, o próximo governo terá um grande desafio pela frente, mas o vice-presidente, Michel Temer, tem capacidade para tanto.

— Entre tantos desafios, o Brasil precisa retomar o crescimen-to econômico e o desenvolvimento social. Que a partir de amanhã, uma

ainda acrescentou que, sob o governo Temer, continuará lu-tando pelos interesses de Rondônia.

12 de maio de 2016 http://www.efato.com.br/valdir-raupp-manifesta-apoio-ao-

-impeachment-e-defende-temer-video/

Potencialidades Turísticas

Deputado Maurão quer tornar Porto Velho Estância Turística

Potencialidades turísticas da capital foram destacadas pelo parlamentar

Para valorizar o potencial de Porto Velho, o presidente da As-sembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB), apresentou projeto de lei complementar com a finalidade de transformar a ca-pital em uma Estância Turística.

“Com uma rica história e uma vasta gama de atrativos natu-rais, o município de Porto Velho precisa ter o setor turístico valo-rizado e um passo importante é a sua transformação em Estância Turística”, explicou Maurão.

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Didatismo e Conhecimento 6

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAHoje, a capital rondoniense conta com aproximadamente 500

mil habitantes e tem uma cultura bastante diversificada, por sua formação plural.

“Outro traço importante: a capital é formada por brasileiros dos quatro cantos do País, que aliada à cultura ribeirinha, cria um cenário cultural único, com seus ritmos, sabores e formatos pró-prios”, destacou.

Entre os principais atrativos, está a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja história se confunde com a de Rondônia. “A nova sede da Assembleia, que está sendo construída, vai se cha-mar ‘Palácio Madeira-Mamoré’, como forma de valorizar a nossa história.

“Além disso, estamos nos mobilizando para que as obras no entorno do rio Madeira sejam retomadas reabrindo a discussão”, completou.

10 de maio de 2016 Fonte: Assessoriahttp://www.efato.com.br/deputado-maurao-quer-tornar-por-

to-velho-estancia-turistica-2/

Barragens no Rio MadeiraAssembleia poderá criar CPI para investigar risco de rompi-

mento de barragens no rio Madeira

O deputado Jesuíno Boabaid (PMN) disse que colherá as as-sinaturas necessárias de colegas para formar uma Comissão Par-lamentar de Inquérito (CPI) para apurar a possibilidade de rompi-mento das barragens das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Porto Velho.

Não é somente o risco de um acidente de grandes proporções que motiva Boabaid. Ele se mostrou indignado com o repasse de R$ 100 milhões feito para o Estado devido às obras. O deputado quer saber onde colocaram o dinheiro, afirmando que não viu na capital obras que possam corresponder a esse valor.

O grande astro na audiência pública realizada na última quin-ta-feira (5), na Assembleia Legislativa, para debater a possibilida-de de rompimento das barragens, foi o biólogo do Instituto Nacio-nal de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Phillip Martin Fearnside.

Através de dados técnicos, gráficos e modelos de barragens de outros países, Phillip Fearnside mostrou a razão de os empreendi-mentos estarem em risco.

Antes do pronunciamento de Fearnside, o consultor da Ener-gia Sustentável do Brasil (Esbr), engenheiro Edio da Luz, tinha dito que não existe a hipótese de rompimento da barragem da Usi-na Jirau. Ele afirmou não haver cabimento em lembrar a tragédia em Mariana (MG) e citou a Usina de Itaipu, construída há décadas.

O pronunciamento de Phillip Fearnside, pesquisador de reno-me internacional, jogou por terra o argumento do representante de Usina Jirau. Fearnside explicou que a comparação das usinas de Santo Antônio e Jirau com Itaipu não é cabível, porque o rio Paraná é muito diferente do Madeira, que ainda está em formação.

O que causou risos em alguns presentes foi a justificativa da Santo Antônio Energia, que não enviou representante à audiência pública. Em documento encaminhado à Assembleia Legislativa, a empresa alegou que a Usina de Santo Antônio é segura e que “rejeita e lamenta as declarações veiculadas sobre o eventual risco de rompimento de sua barragem, que considera irresponsáveis, na medida em que têm sido feitas por profissionais que não detêm informações e conhecimento técnico adequados para opinar sobre o tema, o que pode provocar preocupações desnecessárias e até mesmo pânico na população de Porto Velho”.

Os risos foram devido ao invejável currículo de Phillip Fearn-side, que derruba o argumento de que as declarações são feitas por profissionais sem conhecimento técnico.

A promotora de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Pú-blico do Estado, Aidee Mozer, explicou que o MP de Rondônia, devido a não haver no Estado técnicos suficientes para analisar o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) apresentado em Brasília pelas usinas do Madeira, contratou 20 consultores conceituados e de renome internacional para desenvolver esse trabalho. Um dos consultores contratados foi Phillip Fearnside. Ao contrário dos res-ponsáveis pela Santo Antônio Energia, o MP de Rondônia consi-dera o pesquisador com a capacidade necessária para tratar desse tema, portanto.

A promotora Aidee Mozer disse que o parecer dos consultores apontou que o Rima realizado pelas hidrelétricas não era suficiente para garantir a segurança das usinas. Ela afirmou que o relatório, assinado também por Phillip Fearnside, gerou um certo desconfor-to ao ser apresentado ao Ibama, por ter sido considerado melhor do que o Rima feito pelas hidrelétricas.

6 de maio de 2016 Fonte: Assessoriahttp://www.efato.com.br/assembleia-podera-criar-cpi-pa-

ra-investigar-risco-de-rompimento-de-barragens-no-rio-madei-ra-leia-mais-em-httpwww-rondoniadinamica-comarquivoassem-bleia-podera-criar-cpi-para-investigar-risco-de/

CPI dos FrigoríficosCPI dos frigoríficos requer dados dos abates fora e dentro

do estado de RO

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), a Superintendência Federal de Agricultura (SFA) e a A Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) são os órgãos que foram cita-dos para prestar informações à Comissão Parlamentar de Inquéri-to (CPI), da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) que apura a possível formação de cartel dos frigoríficos de abate de bovinos em Rondônia.

Os deputados aprovaram quatro requerimentos direcionados às entidades públicas. Da agência Idaron, os deputados querem os dados dos abates nas plantas frigoríficas e também a relação dos animais que são retirados do Estado, por idade e locais de envio. Da SFA foi requerido o quadro, de janeiro a abril deste ano, dos abates em locais onde há o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Os parlamentares também aprovaram solicitação à Emater, para que seja encaminhada à CPI a relação dos preços médios da carne entre os meses de janeiro a abril deste ano. A comissão já tem os preços praticados em 2014 e 2015.

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Didatismo e Conhecimento 7

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAOs deputados também decidiram conceder mais dez dias de

prazo à Associação dos Frigoríficos de Rondônia (Asfrigo), para entrega de informações sobre abate de animais. O presidente da entidade, Marcos Lacerda, explicou que não foi possível atender a CPI até o momento porque nem todos os associados encaminha-ram respostas de alguns questionamentos.

A CPI foi formada com base em denúncias de cartel para man-ter baixo o preço da carne em Rondônia. Segundo a assessoria do Legislativo, houve uma audiência pública para tratar do assunto, mas nenhum representante de frigorífico participou. Diante disso, os deputados decidiram investigar o caso.

13 de maio de 2016 Fonte: G1http://www.efato.com.br/cpi-dos-frigorificos-requer-dados-

dos-abates-fora-e-dentro-do-estado-de-ro/

Diretores da Junior Achievement Rondônia apresentam projetos a Maurão

Entidade reúne empreendedores, desenvolve trabalho social e promove cursos aos jovens.

Os dirigentes em Rondônia da Junior Achievement, entidade internacional que reúne empreendedores com a finalidade de pro-mover cursos e outras ações voltadas à juventude, os empresários Cezar Zoghbi e Augusto Pellúcio, se reuniram com o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB), nesta semana.

Em pauta, a apresentação do trabalho da entidade ao parla-mentar e o pedido para que ele apresente projeto de lei na Casa, tornando a Junior Achievement Rondônia de utilidade pública.

“É importante que haja organizações deste tipo, com um tra-balho social que pode contribuir com o desenvolvimento de Ron-dônia, através de oportunidades de qualificação aos jovens”, des-tacou Maurão.

O deputado informou que dará entrada em projeto de lei de-clarando a entidade de utilidade pública, para ser apreciado no ple-nário da Assembleia.

“A declaração de utilidade pública abre muitas portas para convênios e parcerias com instituições públicas e privadas, sendo uma ferramenta essencial do ponto de vista legal, para que isso possa ocorrer de fato”, completou o parlamentar.

13/05/2016 http://www.tudorondonia.com/noticias/diretores-da-junior-a-

chievement-rondonia-apresentam-projetos-a-maurao,60395.shtml

Premio Sebrae Prefeito Empreendedor em BrasiliaConfúcio Moura fala sobre inovação durante entrega do

Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor em BrasíliaO evento, que é realizado a cada dois anos pela instituição,

concede premiação aos administradores municipais que implanta-ram em seus municípios projetos com resultados práticos de estí-mulo ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas.

O governador Confúcio Moura foi o palestrante convidado para falar nessa terça-feira (10), em Brasília, na solenidade da 9ª Edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. O evento, que é realizado a cada dois anos pela instituição, concede premiação aos administradores municipais que implantaram em seus municípios projetos com resultados práticos de estímulo ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas.

Desde que o Sebrae criou o Prêmio, em 2001, pelo menos 67 gestores municipais que identificaram nas micro e pequenas em-presas uma importante ferramenta de desenvolvimento econômico tiveram seus trabalhos reconhecidos nacionalmente. O governador Confúcio Moura, que já recebeu a premiação nacional em 2010, pelo projeto de microcrédito desenvolvido pelo Banco do Povo de Ariquemes, disse estar animado com o Brasil dos prefeitos cria-dores.

Segundo Confúcio Moura, é estimulante o Brasil dos prefeitos que passam por cima das dificuldades para inovar em seus municí-pios, diante de toda situação crítica que se encontra o País. “Ainda tem gente boa trabalhando pelo Brasil bonito. Os senhores nem imaginam como as suas populações ficarão alegres ao saberem que os senhores estiveram em Brasília disputando esse prêmio pelos seus municípios”, enfatizou.

Para o governador de Rondônia, esse reconhecimento marca muito a vida de cada um dos gestores, principalmente nesse mo-mento em que os municípios passam por uma escassez de recursos. “Todos vivemos pela urgência dos atendimentos, ora na saúde, ora aqui, ora ali. É o salário, é o fornecedor, e ainda encontram tempo e luz em suas mentes criativas para elaborar um projeto de destaque nacional. Os senhores são merecedores de um grande aplauso pela ousadia de romper todo esse marasmo brasileiro”, asseverou.

Durante o evento, o presidente do Sebrae Nacional, Guilher-me Afif Domingos, apresentou números e destacou os projetos de incentivo de 2015 e 2016. Foram 1.312 projetos habilitados, 1.695 prefeitos inscritos, 148 prefeitos finalistas e 12 vencedores nacio-nais conclamados durante o evento. “Quero dizer a vocês que para nós é uma imensa honra estar trabalhando junto com o Brasil real , o Brasil dos municípios, o Brasil onde moram todos os cidadãos brasileiros. Portanto, somos aliados nessa missão. O Prefeito Em-preendedor é um prêmio que deu conta de unir todos nós”, disse.

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Didatismo e Conhecimento 8

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIANesta edição foram criadas duas novas categorias: Municípios

Integrantes do G100 e Inclusão Produtiva com Segurança Sanitá-ria. Os participantes ainda concorreram nas categorias Melhor Pro-jeto, Implementação e Institucionalização da Lei Geral, Compras Governamentais de Pequenos Negócios, Inovação e Sustentabili-dade e, Desburocratização e Formalização e Pequenos Negócios no Campo.

Dos 52 municípios de Rondônia, quatro prefeitos concorre-ram na etapa nacional. A prefeita de São Francisco do Guaporé, Gislaine Clemente (Lebrinha), competiu na categoria Pequenos Negócios no Campo; o prefeito de Pimenta Bueno, Jean Mendon-ça, concorreu na categoria melhor projeto; o prefeito Alex Testoni, de Ouro Preto do Oeste, na categoria Inovação e Sustentabilidade; e o prefeito Jesualdo Pires, de Ji-Paraná, concorreu na categoria G100, de municípios com mais de 100 mil habitantes.

13/05/2016http://www.tudorondonia.com.br/noticias/confucio-moura-

fala-sobre-inovacao-durante-entrega-do-premio-sebrae-prefeito--empreendedor-em-brasilia,60364.shtml

Eleições Municipais de 2016Maurão e Expedito Júnior discutem eleições municipais

em RondôniaEm vários municípios, PMDB e PSDB deverão compor alian-

ça para disputar as eleições. A discussão de alianças partidárias para as eleições munici-

pais deste ano foi o tema central do encontro na manhã desta sexta-feira (13), entre o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB), e o presidente regional do PSDB, o ex-se-nador Expedito Junior.

As duas lideranças trataram de composições nas disputas mu-nicipais deste ano, quando o PMDB e o PSDB deverão caminhar juntos em diversos municípios. O advogado Diego Vasconcelos também participou do encontro.

“Os dois partidos estarão no mesmo palanque em diversas ci-dades, com o PMDB liderando a chapa ou vice-versa. Além disso, as eleições proporcionais terão muitas coligações envolvendo as duas legendas, que se consolidam entre as maiores do Estado”, destacou Maurão.

Já Expedito ressaltou que o PMDB e o PSDB estão alinhados nacionalmente, com a chegada de Michel Temer (PMDB) à presi-dência da República.

“Não vejo problemas os partidos caminharem juntos na maio-ria dos municípios, com alianças sólidas e lideranças fortes, bus-cando vencer as eleições municipais”, observou o líder do PSDB.

Ao final, Maurão de Carvalho afirmou que esta aproximação dos dois partidos pode ser estendida para as eleições de 2018. “Nada impede que possamos caminhar juntos no pleito de 2018, construindo uma aliança para a disputa eleitoral das eleições ge-rais”, finalizou o deputado.

14/05/2016 http://www.tudorondonia.com.br/noticias/maurao-e-expedi-

to-junior-discutem-eleicoes-municipais-em-rondonia,60404.shtml

ECONOMIA

Aspectos Econômicos de ROVários ciclos econômicos fizeram parte do desenvolvimen-

to regional, mas, na atualidade, predomina o agropecuário, com destaque para a cafeicultura e bovinocultura (gado leiteiro e de corte) entre outros produtos e um setor industrial nascente.

O primeiro ciclo econômico ocorreu com as descobertas de ouro no rio Corumbiara, afluente da margem direita do rio Guaporé, a partir de 1744; nessa mesma época houve também o período das drogas do sertão, mas o primeiro grande ciclo econô-mico foi o da borracha.

Este ciclo dividiu-se em dois. O primeiro teve início por volta de 1877, quando uma grande leva de nordestinos migrou para o vale do Madeira e seus afluentes: rio Machado ou Ji-Paraná, Mamoré, Guaporé e Jamari e o segundo ciclo teve início em 1942, ocasião da Segunda Guerra Mundial.

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Didatismo e Conhecimento 9

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIANo período do Primeiro Ciclo de Extração de Látex foi construída a maior obra da história da Amazonas, a Estrada de Ferro Madeira-

-Mamoré, hoje Museu Histórico.O Primeiro Ciclo de Extração de Látex, (borracha) começou a decair a partir de 1912 e, em 1918, já estava em pleno declínio, não pela

falta do produto, mas pelo preço praticado no mercado internacional, principalmente no continente Asiático, mas precisamente na Malásia.A retomada da demanda de extração de látex, seiva da árvore seringueira, nativa da Amazônia, ocorreu em decorrência da Segunda

Guerra Mundial, isto porque os seringais da Malásia foram ocupados por tropas japonesas. Naquele período, as atenções do mundo conver-giram para a produção do látex na Amazônia. O próprio governo brasileiro (Getúlio Vargas), convocou trabalhadores para trabalharem na extração de látex. Foi neste período que surgiu o soldado da borracha. Os vales amazônicos foram novamente ocupados.

Em 1952, ocorreu a descoberta de existência de estanho, que foi importante para a economia regional de Porto Velho, surgindo ai o ciclo da extração da cassiterita, que também divide-se em dois períodos:

- o primeiro período foi o da garimpagem manual, que durou até 31 de março de 1971, quando foi proibida pelo Governo Federal;- a partir dessa data, iniciou-se o período da garimpagem mecanizada.

Ainda na década de 50, do século XX, existiram os garimpos de diamante no rio Machado, nas proximidades de Vila Rondônia, atual-mente cidade de Ji-Paraná, e Pimenta Bueno, que tiveram pouca durabilidade.

O atual ciclo econômico de Rondônia iniciou-se na década de 70, do século XX, com a chegada de migrantes oriundos, principal-mente, das regiões Sul e Sudeste do Brasil, cuja maioria era proveniente dos estados do Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais, começando assim o plantio de lavoura de café e a formação de pastagem.

Nesse mesmo período, deu-se início às instalações de indústrias madeireiras que, do final da década de 70 e durante a de 80, do século XX, eram responsáveis absolutas pela geração de empregos, renda e ainda hoje são de suma importância para a economia do Estado.

Em 1971, a CEPLAC Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira, respaldada em estudos que apontavam a viabilidade da lavoura ca-caueira na região, deu incentivo ao plantio nas localidades de Ouro Preto, Jaru e Ariquemes.

Em 1976, foi implantado o programa PROCACAU, que incentivou ainda mais o plantio da lavoura, chagando a 54.000 hectares, em seis mil pequenas propriedades rurais.

Paralelamente a esse acontecimento, as lavouras de café e a criação de rebanho bovino se desenvolveram por uma vasta região, mas, no início dos anos 1990, os cafeicultores rondonienses enfrentaram outro problema, o baixo preço na saca do café, que, às vezes, não compensava nem colher.

Muitos foram os que, cortaram os cafezais e substituíram as áreas por pastagens. A partir de 1997, os preços voltaram a subir e chegou, em 1999, a R$ 150,00. Novamente ocorreram novas plantações, porém, o preço

da saca começou a cair a partir do ano de 2000, e em 2001 chegou a R$ 25,00, voltando a ser desestimulado. Na atualidade, o preço da saca de café é de aproximadamente R$ 80,00. Rondônia é o 5º maior estado brasileiro na produção

de café.O rebanho bovino sempre continuou crescendo e é predominante em todo o Estado, formando uma grande bacia leiteira, com

destaque para a região de Ouro Preto, Jaru e Ji-Paraná.

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Didatismo e Conhecimento 10

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAOutros investimentos já começam a florescer, na economia

regional, são plantações de pupunha (palmito, piscicultura), e o cultivo de soja e arroz, em áreas mecanizadas, no sul do Es-tado.

Rondônia é um Estado de vocação agropecuária, o solo rondoniense produz, não só os já citados produtos, mas uma diversidade de cereais, frutos, verduras e legumes.

7 de janeiro de 2014http://rondoniaemsala.blogspot.com.br/2011/09/aspectos-e-

conomicos-de-ro.html

Economia de Rondônia se mantém estável em 2016

O Estado de Rondônia passa por um período de ascensão em termos econômicos. Enquanto o restante do País vive uma situação de crise agravada pelo aumento do desemprego, o Estado fecha o ano de 2015 com superavit, tendo arrecadado mais do que gastou.

Para o ano que vem, a expectativa é que esse saldo positivo se mantenha devido à ligação da BR-319 com outros mercados e investimentos no agronegócio. Além disso, a geração de empregos não deve sofrer quedas, e os números devem ficar dentro da nor-malidade.

Especialistas afirmam que o governo estadual fechou o ano em superavit e embora as obras das usinas estejam em fase de con-clusão o município não sentiu muito os reflexos “recebemos mui-tas pessoas de fora do Estado, mas não gerou um impacto social ao finalizar as obras.

Parte da mão de obra foi absorvida, e em sua maioria voltaram para sua região ou seguiram para Belo Monte”, explicou Otacílio Moreira de Carvalho, professor do departamento de economia da Universidade Federal de Rondônia (Unir).

Segundo ele, a expectativa de término das obras era que acon-tecesse um aumento grande de desemprego na capital “a ausência dessas pessoas aqui afetou a rede hoteleira e pequenos mercados, isso era algo esperado”, disse.

Com a economia voltada para o agronegócio tanto a capital e região, quanto vários outros municípios do Estado, não foram impactados pela atual situação econômica brasileira.

Em alguns setores da economia na capital foi possível perce-ber menor índice de vendas como nos eletroeletrônicos, por exem-plo. Ainda segundo ele, os consumidores estão pisando no freio e comprando somente o básico.

A expectativa é positiva para os próximos anosO desemprego em Rondônia atingiu um patamar considerado

normal, pois em várias regiões do Estado estão sendo criados no-vos postos de trabalho “a saída da BR-319 gera uma expectativa positiva e Porto Velho vai usufruir dela. É possível que a agroin-dústria venha para as proximidades e gere mais emprego. Essa é a tendência para os próximos anos”, informou Otacílio.

O cenário político e econômico tem se mostrado bastante fa-vorável aos investimentos no agronegócio “a gente observa o pes-soal do setor verificando a possibilidade de implantar no mínimo mais um frigorífico e laticínios na capital”, refletiu o professor. O novo acesso de Rondônia até os consumidores Amazonenses pretende abrir novos mercados e estreitar relações comerciais “a carga vai por balsa, com a BR tem-se o barateamento desses pro-dutos […] com isso aumenta a produção de hortaliças e legumes”, comunicou Carvalho.

Fonte; Diário da Amazônia http://www.naestradaro.com.br/2016/01/economia-de-rondo-

nia-se-mantem-estavel.html

Produção de Soja

Rondônia prevê produção de 732,9 mil toneladas de soja em 2015

No Brasil, o crescimento da produtividade está estimado em 2,2%. A expectativa do Estado é de produzir 3,5% a mais

PORTO VELHO - Rondônia tem expectativa de produzir 3,5% a mais de soja que na última safra, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No Brasil, o crescimento da produtividade está estimado em 2,2%. Na sa-fra 2014/2015, o estado produziu 732,9 mil toneladas. Já na safra 2015/2016, Rondônia deve produzir 758,9 mil toneladas.

Segundo informações da Agência de Defesa Sanitária Agro-silvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), a área com plantio de soja no estado vem crescendo a cada safra. Na safra 2014/2015, houve produção de soja em 234.173, 35 hectares. Já na safra 2013/2014, 186.781, 58 hectares foram utilizados para o cultivo da planta e 156.906,06 na safra 2012/2013.

Ainda conforme a Conab, a produtividade média de Rondônia na safra 2014/2015 foi de 3.166 kg/ha, sendo maior que a mé-dia brasileira de 2.999 kg/ha. Estas médias devem aumentar para 3.278 kg/ha no estado e 3.066 kg/ha no país.

A soja é o segundo produto mais exportado de Rondônia, re-presentando 36,7% das exportações rondonienses, perdendo ape-nas para a carne bovina. Entre janeiro e setembro deste ano, a soja movimentou mais de 286 milhões de dólares. “A soja tem uma contribuição econômica na vida do produtor e do estado, que tem características de exportar produtos primários”, fala o diretor exe-cutivo da Idaron, Avenilson Trindade.

Uma das medidas que contribuem para produção da soja em Rondônia é o vazio sanitário, período em que a produção de soja fica proibida com o objetivo de evitar a ferrugem asiática da soja, doença capaz de causar prejuízo de até 90% da lavoura. “O vazio sanitário é o método mais eficiente para o controle desta praga porque interrompe o ciclo de vida do fungo. Ele só sobrevive em uma planta”, explica a gerente de Defesa Vegetal da Idaron, Ra-chel Barbosa.

O vazio sanitário, fiscalizado pela agência em Rondônia, é adotado em mais 11 estados brasileiros: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Ge-rais, Pará, Paraná, São Paulo e Tocantins. Em Rondônia, 1.122 propriedades rurais produtoras de soja foram fiscalizadas na última safra, representando 96,38% das áreas produtoras.

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Didatismo e Conhecimento 11

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAO diretor executivo da Idaron explica que a fiscalização é im-

portante para garantir a qualidade do produto e consequentemente a exportação. “O controle sanitário garante o mercado, ou seja, a Idaron, além de promover o controle de pragas, garante a qualida-de do produto comprado”.

Cadastro propriedades rurais O coordenador do Programa Estadual de Monitoramento de

Pragas da Idaron, João Paulo Quaresma, lembra que os produtores de soja do Estado devem fazer o cadastro de suas propriedades até 30 de dezembro em uma unidade da Idaron ou pelo site www.idaron.ro.gov.br. “O cadastro tem o objetivo de conhecer as áreas produtoras e tornar o controle sanitário mais eficiente”.

23/10/2015 | 11h27 Atualizado em 23/10/2015 11:54:08 http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/economia/rondo-

nia-preve-producao-de-7329-mil-toneladas-de-soja-em-2015/?-cHash=26682ef96aa2ed21f4d2fcce2be0bbd0

Soja: safra de Rondônia deve ficar acima da média nacional

Segundo informações da Agência de Defesa Sanitária Agro-silvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), a área com plantio de soja no estado vem crescendo a cada safra. Na safra 2014/2015, houve produção de soja em 234.173, 35 hectares. Já na safra 2013/2014, 186.781, 58 hectares foram utilizados para o cultivo da planta e 156.906,06 na safra 2012/2013.

De acordo com dados da Companhia Nacional de Abaste-cimento (Conab), Rondônia tem expectativa de produzir 3,5% a mais de soja que na última safra. No Brasil, o crescimento da pro-dutividade está estimado em 2,2%. Na safra 2014/2015, o estado produziu 732,9 mil toneladas. Já na safra 2015/2016, Rondônia deve produzir 758,9 mil toneladas.

Ainda conforme a Conab, a produtividade média de Rondônia na safra 2014/2015 foi de 3.166 kg/ha, sendo maior que a mé-dia brasileira de 2.999 kg/ha. Estas médias devem aumentar para 3.278 kg/ha no estado e 3.066 kg/ha no país.

A soja é o segundo produto mais exportado de Rondônia, re-presentando 36,7% das exportações rondonienses, perdendo ape-nas para a carne bovina. Entre janeiro e setembro deste ano, a soja movimentou mais de 286 milhões de dólares. “A soja tem uma contribuição econômica na vida do produtor e do estado, que tem características de exportar produtos primários”, fala o diretor exe-cutivo da Idaron, Avenilson Trindade.

Uma das medidas que contribuem para produção da soja em Rondônia é o vazio sanitário, período em que a produção de soja fica proibida com o objetivo de evitar a ferrugem asiática da soja, doença capaz de causar prejuízo de até 90% da lavoura. “O vazio sanitário é o método mais eficiente para o controle desta praga porque interrompe o ciclo de vida do fungo. Ele só sobrevive em uma planta”, explica a gerente de Defesa Vegetal da Idaron, Ra-chel Barbosa.

O vazio sanitário, fiscalizado pela agência em Rondônia, é adotado em mais 11 estados brasileiros: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Ge-rais, Pará, Paraná, São Paulo e Tocantins. Em Rondônia, 1.122 propriedades rurais produtoras de soja foram fiscalizadas na última safra, representando 96,38% das áreas produtoras.

O diretor executivo da Idaron explica que a fiscalização é im-portante para garantir a qualidade do produto e consequentemente a exportação. “O controle sanitário garante o mercado, ou seja, a Idaron, além de promover o controle de pragas, garante a qualida-de do produto comprado”.

CADASTRO DAS PROPRIEDADES RURAISO coordenador do Programa Estadual de Monitoramento de

Pragas da Idaron, João Paulo Quaresma, lembra que os produtores de soja do Estado devem fazer o cadastro de suas propriedades até 30 de dezembro em uma unidade da Idaron ou pelo site www.idaron.ro.gov.br. “O cadastro tem o objetivo de conhecer as áreas produtoras e tornar o controle sanitário mais eficiente”.

Publicado em 23/10/2015 13:13 Fonte: Governo do Estado de RO http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/soja/163802-

soja-safra-de-rondonia-deve-ficar-acima-da-media-nacional.html#.VzdBgr6YIso

Cartão Mais Calcário

Prefeituras iniciam distribuição de calcário doado pelo Governo de Rondônia

As primeiras 10 toneladas de calcário, do lote de 1.000 tone-ladas doado pelo governo do Estado ao município de Cacoal, por meio do cartão Mais Calcário, começam a ser retiradas da mina em Pimenta Bueno nesta quarta-feira (21). Porto Velho já retirou 100 toneladas.

Todos os 52 municípios de Rondônia estão recebendo a mes-ma quantidade, que foi adquirida pelo Estado a fim de corrigir o solo de, ao menos, 20.800 agronegócios familiares gratuitamente. A Companhia de Mineração de Rondônia (CMR), signatária da mina, e a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), coordena-dora do programa Mais Calcário, estão entregado os lotes solicita-dos por cada prefeitura, na medida em que vão sendo agendados.

Evandro Padovani, secretário da Seagri, diz que além de Ca-coal, já foram entregues frações das cotas de vários municípios, a exemplo das 50 toneladas solicitadas por Porto Velho, distribuídas em Jacy-Paraná, aos pequenos produtores das linha do Ibama e da Vila Progresso, além das 105 toneladas do insumo que serão levadas para o Baixo Madeira.

“Iniciamos a distribuição do cartão Mais Calcário aos prefei-tos no início de agosto e continuaremos atendendo a todos os pe-didos até que sejam entregues as 52 mil toneladas que adquirimos junto à CMR e doamos igualmente entre todos os municípios do estado a custo zero, tendo em contrapartida o transporte que deve ser realizado por cada uma das prefeituras beneficiadas”, lembra o secretário da Seagri.

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Didatismo e Conhecimento 12

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIACacoal começou a retirar as primeiras 10 toneladas de cal-

cário, das 1.000 recebidas em doação, que serão distribuídas na linha 14, nos lotes 2, 33A, 36 e 36D, das Glebas 13 e 14. “Outras 15 toneladas já estão agendadas para serem entregues e mais 975 toneladas estão disponíveis para serem retiradas pela prefeitura de Cacoal e levadas a seus agricultores familiares”, informa o presi-dente da CMR, Gilmar Pereira.

Cada uma das pequenas propriedades rurais terá um hectare de solo corrigido, a fim de aumentar a produção, seja de grãos, leguminosas, frutas, pastagens (para gado de corte e leite), PH da água em tanques de peixes, “para que o agronegócio prospere, dê renda e evite o êxodo rural. Este ano estamos doando 52 mil to-neladas e em 2016 queremos dobrar, para atender mais de 40 mil produtores do agronegócio familiar”, explica Padovani.

25 de Outubro de 2015FonteTexto: Marco Aurélio AnconiFotos: CMRSecom – Governo de Rondôniahttp://rondoniaempauta.com.br/nl/rondonia-2/prefeituras-i-

niciam-distribuicao-de-calcario-doado-pelo-governo-de-rondo-nia/

Financiamentos BASA

Basa financia mais de R$ 1 bilhão em projetos de Rondônia, único estado atendido em todos os municípios

Com a previsão de repetir o desempenho de 2014, o Banco da Amazônia (Basa) estima que vai superar a casa de R$ 1 bilhão em financiamento de projetos do setor produtivo no Estado de Ron-dônia, que contemplam empreendimentos urbanos e rurais, com a garantia dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

Segundo Edmar Souza Bernaldino, superintendente regional do Basa em Rondônia, o estado é o único da região Norte onde o banco tem projetos de financiamento em 100% dos municípios, fato que ele credita não só ao caráter empreendedor dos rondonien-ses, mas à importante parceira com o Governo do Estado no plane-jamento de todas as ações, e à imprescindível atuação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), responsável praticamente pela elaboração de todos os projetos de financiamento do agronegócio local.

Edmar Bernaldino, superintendente do BasaEle destacou que o agronegócio, no universo das ações do ban-

co em Rondônia, atualmente absorve a maior parte dos recursos da carteira, com 66% do volume de financiamentos, destacando a agropecuária e sua completa cadeia produtiva, indo da formação

de pastagens até a produção de carne, leite e seus derivados; a pes-ca e aquicultura, também abrangendo toda a cadeia, e os financia-mentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), na produção de alimentos com R$ 132 milhões no ano passado, o que continua sendo estimulado por uma taxa de juros que inicia com 0,5% indo até 5,5% ao ano, dependendo do tipo, montante e tempo de financiamento.

PROJETOS FINANCIADOSSempre destacando a participação do Governo de Rondônia

tanto no planejamento dos investimentos como na elaboração dos projetos, Edmar Bernaldino apresentou as regiões de Ariquemes, Vilhena e Porto Velho como centros irradiadores dos projetos de financiamento do banco, citando as obras de conclusão da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Canaã, da Madeireira Malinski – maior exportadora de cabos de vassoura do País -, e a estrutura do frigo-rífico de peixes e fábrica de rações, todos na região de Ariquemes.

Já a região de Vilhena, que compreende todo o Sul do Estado, o Basa está financiando grandes projetos de confinamento e aca-bamento (bovino), área que responde por importante parcela da pauta das exportações do estado, e também as grandes lavouras de soja, arroz e milho, outro setor expressivo para a balança comer-cial rondoniense.

No município de Porto Velho, o banco tem financiamentos superiores a R$ 165 milhões em projetos de considerável enver-gadura, em especial de três grandes supermercados, e mais um do frigorífico de peixes, em fase de análise.

Sob sugestão de órgãos do governo do Estado, como Superin-tendência de Desenvolvimento de Rondônia (Suder), Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e Secretaria de Planejamen-to (Sepog), entre outros, o Banco da Amazônia está planejando o financiamento de projetos ligados à sociobiodiversidade no Vale do Guaporé, estimulando a produção de artesanatos, as atividades extrativistas e a aquicultura e pesca; projetos da indústria pesquei-ra (frigoríficos) em Porto Velho e Ji-Paraná; pecuária de leite e corte, móveis e a cafeicultura, com financiamento de processos tecnológicos para ampliar a produtividade das lavouras.

26 de Outubro de 2015FonteTexto: Cleuber R PereiraFotos: Admilson KnightzSecom – Governo de Rondôniahttp://rondoniaempauta.com.br/nl/rondonia-2/basa-financia-

-mais-de-r-1-bilhao-em-projetos-de-rondonia-unico-estado-aten-dido-em-todos-os-municipios/

Produção de Peixe de água doceRondônia é líder nacional em produção de peixe nativo de

água doce em cativeiroO Estado de Rondônia lidera o ranking nacional da produção

de peixes nativos de água doce em cativeiro. De 2010 até o final de 2014 houve um crescimento de 681%, saltando de 11 mil tone-ladas, para mais de 75 mil. A expectativa é de que neste ano seja superado o patamar de 90 mil toneladas.

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Didatismo e Conhecimento 13

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA

Pirarucu o peixe nobre de Rondônia para o mundoTony Santos, supervisor Operacional do Censoagro do Ins-

tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Rondônia, informou que no último dia 8 foi publicada a mais recente pesquisa sobre o pescado no Brasil, mostrando a evolução da produção com um aumento de 20,9%.

“O crescimento foi impulsionado por Rondônia, que subiu para a primeira posição do ranking com a despesca (recolhimento de peixes de água doce criados em cativeiro) e produziu 75 mil toneladas”, disse.

O gerente de Aquicultura e Pesca da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Jander Plaça, elenca vários fatores para este aumento. “Melhoramos geneticamente várias espécies nativas, como o tambaqui, a tambatinga, o pintado e o pirarucu, em nosso laboratório em Presidente Médici; aprimoramos os criadouros com a correção do PH da água e o formato dos tanques escavados; e desenvolvemos as rações para cada tipo de peixe, e dosamos ade-quadamente as porções para cada espécie”.

O secretário da Agricultura, Evandro Padovani, comemora a posição assumida pelo estado em nível nacional e diz que “pode-mos incrementar nossa produção sem aumentar a lâmina d’água, com a utilização de águas ociosas (reservatórios das três usinas hidrelétricas e lagos naturais), bastando que sejam superados al-guns poucos obstáculos, como a melhoria da qualidade da água, retirando resíduos [lodo e madeira decomposta]”.

Padovani informou ainda que vários experimentos estão em andamento, como a técnica de criação do pirarucu em tanques re-des, dentro de lagos povoados por peixes pequenos, como o lam-bari, o que permite a redução do consumo de ração em 80%, pois o pirarucu, por ser carnívoro, passa a se alimentar também dos pe-quenos peixes ao seu redor. A Universidade Federal de Rondônia (Unir) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embra-pa) estão interessadas em participar e ampliar este projeto.

“Foi um longo caminho, mas ainda temos muito a realizar. Até o final do mandato Confúcio Moura, em 2018, queremos chegar às 250 mil toneladas. Para isso, estamos realizando novas parce-rias públicas e privadas, abrindo novos mercados, melhorando a logística e adequando a apresentação do nosso pescado ao padrão mundial”, explicou Padovani.

26 de Outubro de 2015FonteTexto: Marco Aurélio AnconiFotos: Ésio MendesSecom – Governo de Rondôniahttp://rondoniaempauta.com.br/nl/rondonia-2/rondonia-e-li-

der-nacional-em-producao-de-peixe-nativo-de-agua-doce-em-ca-tiveiro-2/

Economia de Rondônia resiste à criseA avaliação divulgada indica que o Estado ainda tem uma

situação sólida.

O cultivo da soja já é hoje um dos pilares da economia no estado de Rondônia

Confirmando as assertivas do governo Estadual de que a eco-nomia rondoniense resiste às pressões externas de crise, e continua crescendo, as agências de risco Standard & Poor’s e Moody’s, que rebaixaram as notas de vários Estados brasileiros, sequer analisa-ram ou fizeram qualquer comentário sobre a economia e a estraté-gia de Rondônia para enfrentar a crise estrutural e macroeconômi-ca que assola o País.

De acordo com o secretário de Estado das Finanças, Wagner Garcia, a avaliação das agências de risco é de ordem global para o País, enquanto que as avaliações de âmbito interno, de classifi-cação por Estado, têm sido realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que nos mesmos termos das agências de risco leva em consideração aspectos como o comprometimento da receita corrente líquida com a dívida do Estado, os gastos com pessoal em relação à receita, a participação (tamanho) dos inves-timentos no cômputo da despesa total, o volume da arrecadação das receitas tributárias e seu comprometimento com as despesas de custeio, e por fim, a situação previdenciária, na qual todos os Estados apresentam um déficit crônico nesta conta – o que não é o caso de Rondônia.

O secretário afirmou que o Estado de Rondônia economica-mente está alinhado ao Estado do Pará, no melhor nível econômico do País (B+), o que não o exime de tomar medidas consideradas duras e de caráter definitivo para a manutenção do equilíbrio de suas contas.

Importa esclarecer que Estados como o Paraná, Maranhão, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por exemplo, passaram pelo crivo das agências de risco e tiveram suas notas rebaixadas, o que dificulta suas economias pela falta de con-fiança que essas medidas geram nos investidores.

Segundo o secretário, a avaliação divulgada indica que o Esta-do de Rondônia, em que pese as dificuldades macroeconômicas do País, ainda tem uma situação sólida, capaz de atrair investimentos e de ter lastro para honrar seus compromissos de médio e longo prazos, podendo, por conseguinte, contrair empréstimos para rea-lizar investimentos necessários ao seu desenvolvimento.

Avaliação e Classificação de risco é feita desde 2012Wagner Garcia lembrou, apesar disso, que no geral, no ran-

king das contas analisadas pelo Ministério da Fazenda, nenhum Estado do País está em situação fiscal muito boa, e que as avalia-ções dos dados fiscais dos Estados vêm sendo feitas desde 2012 pelo Governo Federal (Ministério da Fazenda), para atestar ou demonstrar a capacidade de cada um, avaliando e classificando o risco do respectivo governo.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAPelas regras do Ipea, são levadas em conta fatores como en-

dividamentos, gastos com pessoal e investimentos. O secretário chegou a ser taxativo ao afirmar que o Brasil perdeu a capacidade de fazer escolhas, fruto do comprometimento de suas finanças com programas caros e de pouco retorno, que absorvem grande parte de sua capacidade financeira, limitando, assim, sua capacidade de investimento.

Garcia defendeu uma série de medidas para dar mais consis-tência à economia do Estado, com o emprego de elementos e ins-trumentos de aprimoramento da gestão, que sirvam também para manter o grau de confiança dos investidores. Ele defendeu como estratégia para a economia nacional, um modelo controlado e mais apurado para os gastos com custeio, capaz de reduzir significa-tivamente esta conta, e simultaneamente elevar a capacidade de investimento, e ainda, como na maioria dos países desenvolvidos, a instituição de um modelo de previdência complementar, já como alternativa de sobrevivência do sistema previdenciário do País, que segundo ele caminha a passos largos para a falência.

Por Assessoria Publicado: 09/04/2016 às 05h05min http://diariodaamazonia.net/economia-de-rondonia-resiste-

crise/

Diretrizes Orçamentárias

Prioridades do Poder Público para 2017 discutidas em audiência pública incluem educação, saúde e segurança pública

Com a participação de representantes das unidades orça-mentárias do estado, incluindo outros Poderes, e da sociedade civil, a reunião teve, entre outros objetivos, dar continuidade ao processo participativo na elaboração das peças orçamentárias de-senvolvidas.

As diretrizes orçamentárias dos projetos que deverão ser executados pelo governo estadual em 2017 foram debatidas em audiência pública, promovida pela Secretaria de Estado do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), na sexta-feira (8), no auditório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), em Porto Velho. Com a participação de representantes das unidades orçamentárias do estado, incluindo outros Poderes, e da sociedade civil, a reunião teve, entre outros objetivos, dar continuidade ao processo participativo na elaboração das peças or-çamentárias desenvolvidas pelo governo.

O debate teve início após o adjunto da Sepog, Pedro Pimentel, apresentar um panorama histórico do desenvolvimento do estado, com destaque para as características empreendedoras. Ele tam-bém destacou os aspectos favoráveis de Rondônia para embasar as perspectivas de crescimento. “Rondônia é um estado de grandes oportunidades, e foi o que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, além de ter se tornado forte no empreendedorismo. São algumas destas características, somadas às medidas de austeridade adotadas pelo governador Confúcio Moura, que possibilitam o estado per-manecer com as contas equilibradas”, frisou Pedro Pimentel.

Sobre a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), o adjunto da Sepog ressaltou que muito mais que cumprir a legislação federal, que determina a realização de audiências públicas para a constru-ção dos instrumentos orçamentários, o debate também permite a interação e aproximação do estado com os demais Poderes e a sociedade. Ele lembrou que a metodologia participativa é adotada pelo Executivo há seis anos em todas as peças orçamentárias, como o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Em seguida, Pedro Pimentel, acompanhado do gerente de Pla-nejamento Governamental da Sepog, José Lourenço, apresentou a minuta do projeto de lei com algumas das contribuições recebidas pela equipe, através do e-mail: [email protected], disponibilizado desde fevereiro; e de reuniões periódicas com representantes dos órgãos do Executivo e demais Poderes.

DIRETRIZESDe acordo com o documento, as prioridades do Poder Públi-

co para 2017 incluem a elevação da qualidade de vida, a redução das desigualdades sociais entre regiões, inclusão social, oferta de serviços públicos com qualidade e ênfase para a educação, saúde e segurança; o desenvolvimento sustentável, a gestão ambiental e territorial, a competitividade, o equilíbrio das finanças públicas, a responsabilidade fiscal, a modernização da gestão, o combate à pobreza e extrema pobreza; a oferta da infraestrutura de interesse social, entre outras. Os projetos específicos só serão definidos na Lei Orçamentária Anual (LOA) referente ao próximo ano.

No site da Sepog (www.sepog.ro.gov.br), no ‘banner LDO 2017’, a população pode acompanhar cada etapa de elaboração e aprovação do documento. O projeto de lei deverá ser encaminhado à Assembleia Legislativa até a próxima sexta-feira (15).

12/04/2016 http://www.tudorondonia.com.br/noticias/prioridades-do-po-

der-publico-para-2017-discutidas-em-audiencia-publica-incluem--educacao-saude-e-seguranca-publica,59439.shtml

Caixa Econômica Federal – Festival de OportunidadesCaixa lança Festival de Oportunidades para aquecer econo-

mia em Porto VelhoO evento vai reunir vários setores e oferecer atrativos para fo-

mentar novos negócios e vinda de empreendedores de todo o es-tado.

Reunir em um só lugar o setor da construção civil, imóveis, móveis planejados, veículos alinhado a oferta de linhas de crédito diferenciadas é a grande aposta da Caixa Econômica Federal – Su-perintendência Regional de Rondônia para aquecer a economia de Porto Velho. No período de 17 a 19 de junho, promove o Festival de Oportunidades Caixa 2016 que tem a expectativa de gerar um volume de negócios na casa do R$ 250 milhões.

“Nossa proposta é apresentar um show de soluções a popu-lação de Porto Velho, apresentar nossas empresas que atuam nos setores envolvidos e ainda trazer novos investidores do interior do

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAEstado que tenham intenção de expandir seus negócios para Porto Velho. Queremos ainda apresentar aos nossos potenciais clientes as mais variadas propostas em conformidade com cada orçamen-to”, explica Bruce Guerra, superintendente regional da Caixa em exercício.

No lançamento do Festival realizado para a imprensa, na úl-tima quinta-feira(12), Guerra apresentou os empreendimentos que já estão em comercialização pela Caixa e que estarão presentes no evento, entre imóveis na planta e prontos para morar num total de 691 unidades. Além do imóvel em si, o cliente ainda pode financiar os móveis planejados, eletrodomésticos e eletrônicos.

Limpa NomeSomado a junção de todos os setores ligados ao ramo dos bens

móveis e imóveis, a Caixa pretende intensificar a campanhas de renegociação de dívidas, denominada “Ação Limpa Nome” com descontos que variam de 10% a 80%. A campanha teve início neste mês e segue até o final de junho.

“Ao promover o resgate do crédito oportunizamos aos nos-sos clientes que possam novamente se apresentar na condição de consumidores adimplentes, desta forma girar a cadeia produtiva”, explica Guerra.

Salão AutoPresente no Festival, o Salão Auto oportunizará os clientes a

adquirir veículos novos ou usados através de uma linha de finan-ciamento que contempla até 90% do valor do carro ou moto, com prazos que chegam a até 60 meses a taxas especiais, consideradas a cada nova edição uma das taxa mais baixas do mercado.

O Festival de Oportunidades Caixa 2016 acontece de 17 a 19 de junho no Sesi da avenida Rio de Janeiro em Porto Velho.

http://www.tudorondonia.com.br/noticias/caixa-lanca-fes-tival-de-oportunidades-para-aquecer-economia-em-porto-ve-lho,60400.shtml

14/05/2016

Agricultura FamiliarFortalecimento da Agricultura familiar: produtores de

Porto Velho recebem treinamentoA empolgação destes agricultores familiares da região de Por-

to Velho (RO) é reflexo do treinamento sobre poda de formação que receberam da Embrapa no final de abril.

“Já plantei muito café em Rondônia e a técnica utilizada aqui na poda é diferenciada”, comenta o agricultor, Levi Morais. Ele está falando da poda de formação do café canéfora (conilon e ro-busta), uma técnica indicada pela Embrapa para a formação pre-coce da copa dos cafeeiros, favorecendo o alcance de alta produti-vidade na primeira safra. “Essa nova técnica está nascendo agora com o café clonal e dá uma produção bem maior que os outros!”, comemora o produtor Jairo Morais.

A empolgação destes agricultores familiares da região de Porto Velho (RO) é reflexo do treinamento sobre poda de forma-ção que receberam da Embrapa no final de abril. A dona Marlene Alves, produtora familiar, complementa: “Esse treinamento foi importante porque percebi as vantagens que essa poda pode ter”, e acrescentou que irá aplicar a técnica e passar adiante o conheci-mento adquirido no treinamento. De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia, Marcelo Curitiba, a poda de formação deve ser feita entre 60 e 90 dias após o plantio, quando as plantas apresenta-rem entre um e dois pares de ramos de produção.

O treinamento foi conduzido pelos engenheiros agrônomos da Embrapa Rondônia, Samuel Fernandes e Denis Cararo, e reuniu produtores e técnicos na área do Projeto Piloto do Reassentamento Rural da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau, localizado 6,5 km do dis-trito de Nova Mutum Paraná. De acordo com o chefe da Idaron de Jaci-Paraná, Leonardo Ferro, o treinamento é um incentivo para os produtores que passam a ter acesso às novas técnicas e podem au-mentar sua produção. “Esse café clonal tem um manejo diferenciado e o produtor precisa ter acesso ao modo de conduzir essa lavoura. Essas capacitações são fundamentais”, afirmou.

Este é o segundo treinamento na cultura de café realizado no local só este ano pela Embrapa Rondônia. O primeiro aconteceu em janeiro, quando os produtores receberam treinamento sobre o plantio do café canéfora, especificamente da variedade conilon BRS Ouro Preto, a primeira cultivar de café da Embrapa, desenvolvida especialmente para Rondônia e região Amazônica. “Um cafezal pro-dutivo inicia-se com um bom preparo do solo e o plantio adequado das mudas”, explicou o pesquisador da Embrapa Rondônia Marce-lo Curitiba. Após a fase de implantação do cafezal os agricultores acompanharam a poda de formação e as demais etapas de condução da lavoura também farão parte dos treinamentos.

Esta ação faz parte da implantação de Unidades de Aprendi-zagem, por meio do projeto da Embrapa em parceria com a ESBR, e contam com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Porto Velho (Semagric) e Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Ema-ter-RO). Ao todo serão cinco unidades com culturas que apresentam potencial para desenvolvimento na região: café, mandioca, banana, abacaxi e cana de açúcar (para alimentação animal). Estas unidades serão espaços de mobilização e compartilhamento de conhecimen-tos entre a equipe da Embrapa Rondônia, técnicos e produtores fa-miliares da região, buscando o desenvolvimento rural sustentável pela adoção de tecnologias apropriadas.

De acordo com o chefe de Transferência de Tecnologia da Em-brapa Rondônia, Frederico Botelho, “o público poderá acompanhar no dia-a-dia a implantação e a condução de todas as práticas reco-mendadas pela Embrapa, durante todo o ciclo destas culturas, pois a área estará aberta para visitação diariamente”, explica. Além disso, ele acrescenta que os eventos técnicos serão realizados de acordo com o calendário de tratos culturais de cada cultura, em que os pes-quisadores e técnicos da Embrapa Rondônia estarão no local apre-sentando as práticas adequadas.

Já foram realizados quatro treinamentos com a presença de téc-nicos e produtores da região, sendo abordados os cuidados a serem tomados e as práticas adotadas na implantação das culturas da man-dioca, cana de açúcar e do café. “Para que as tecnologias geradas pela pesquisa promovam uma inovação no setor produtivo, garan-tindo a sustentabilidade das atividades agropecuárias desenvolvidas na região, é preciso capacitar a assistência técnica, oferecendo ao produtor condições de adotar as tecnologias”, conclui Botelho.

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Didatismo e Conhecimento 16

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAA Embrapa Rondônia e a Energia Sustentável do Brasil

(ESBR), concessionária da UHE Jirau, são parceiras para o de-senvolvimento deste Projeto, buscando o desenvolvimento de so-luções tecnológicas e a transferência de tecnologia para o desen-volvimento rural sustentável das famílias das áreas de influência da UHE Jirau e que acabam por influenciar no desenvolvimento de toda a região.

13/05/2016 http://www.tudorondonia.com.br/noticias/fortalecimento-da-a-

gricultura-familiar-produtores-de-porto-velho-recebem-treinamen-to,60407.shtml

SOCIEDADE

Governo de Rondônia decreta estado de emergência contra o Aedes aegypti

Durante coletiva de imprensa foi criado um comitê de monitora-mento.

Ministério da Saúde já repassou R$ 2,8 milhões a prefeitura de Porto Velho.

Governador assinou decretos junto com o secretário estadual da saúde (Foto: Ísis Capistrano/ G1)

O Governo do Estado de Rondônia decretou estado de emergência nesta quinta-feira (4) contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Durante coletiva de imprensa em Porto Velho, o governador Confúcio Moura autorizou a criação de um Comitê Estadual de Monitoramento e Avaliação do mosquito.

De acordo com o governador Confúcio Moura, o principal motivo para assinatura do decreto foi a preocupação com o mosquito Aedes aegypti. “Não queremos deixar que esse vírus se alastrasse pela nossa cidade, portanto o decreto foi assinado. Com o decreto assinado, fica mais fácil o remanejamento de recursos para o nosso estado”, explicou.

Segundo o secretário estadual de saúde, Williames Pimentel, o Ministério da Saúde já repassou R$ 2, 8 milhões de reais para cada pre-feitura. “Com esse dinheiro, está sendo realizado o monitoramento de doenças e visitações nas casas. Conforme os resultados, se for neces-sário, mais recursos serão disponibilizados aos municípios”, ressalta.

Comitê Estadual de MonitoramentoDurante coletiva de imprensa, Confúcio Moura e o secretário Wil-

liames Pimentel assinaram um decreto criando um Comitê Estadual de Monitoramento e Avaliação. Para Pimentel, o comitê terá mais fa-cilidade para monitorar as ocorrências de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.

Por Hosana Morais e Ísis Capistrano Do G1 ROhttp://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2016/02/governo-de-

-rondonia-decreta-estado-de-emergencia-contra-o-aedes-aegypti.html

Eletrobras Distribuição Rondônia recebe Prêmio WEP Brasil 2016

“A premiação reconhece empresas com melhores práticas de empoderamento das mulheres.”

A Eletrobras Distribuição Rondônia recebeu nesta terça fei-ra(29), o “Prêmio WEP Brasil 2016 – Empresas Emponderando Mulheres”. Dentre 148 empresas inscritas na 2ª edição do prêmio WEP Brasil 2016, a distribuidora de Rondônia, foi uma das 49 finalistas e recebeu a premiação na Categoria Bronze.

A premiação existe desde 2014 e é reconhecida pelo UN Global Compact e UN Women, criadores dos Princípios para o Empoderamento das Mulheres, os WEPs (em inglês, Women´s Empowerment Principles), em parceria com suas representações brasileiras, a Rede Brasileira do Pacto Global e a ONU Mulheres Brasil.

A iniciativa tem como meta incentivar e promover a equidade de gênero e o empoderamento da mulher nas pequenas, médias e grandes empresas brasileiras.

A cerimônia de premiação ocorreu em Foz do Iguaçú e reu-niu autoridades nacionais e internacionais em equidade de gênero. A Categoria Ouro teve como vencedores as empresas Unillever Brasil e Renault Brasil, na Prata Coca Cola, Boticário e outras, e na Categoria Bronze a Eletrobras Distribuição Rondônia dividiu o prêmio com empresas como o Grupo Pão de Açúcar e Dudalina.

Para o diretor Presidente Luiz Marcelo Reis de Carvalho, “o reconhecimento é um incentivo para a Empresa buscar ainda mais a inclusão da diversidade de gênero e desenvolvimento dentro dos princípios da sustentabilidade”, diz.

01/04/2016 -http://www.tudorondonia.com.br/noticias/eletrobras-distri-

buicao-rondonia-recebe-premio-wep-brasil-2016,59194.shtml

Conheça conquistas e desafios dos povos indígenas de Ron-dônia

Cenário político e a falta de acesso direitos básicos são apon-tados como entraves pelos indígenas

PORTO VELHO - É na Amazônia Legal que vive a maio-ria dos indígenas do Brasil. Em Rondônia existem mais de 3 mil indígenas que lutam para manter as tradições, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O povo indígena tem a cultura interligada com o meio ambiente e reconhecem a importância do respeito a natureza para a própria so-brevivência deles e do planeta. Um povo que enfrenta obstáculos antigos e novos para promover dentro das aldeias o desenvolvi-mento sustentável.

A luta dos indígenas é contra a violação dos direitos huma-nos. Foto: Kanindé/Arquivo

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Didatismo e Conhecimento 17

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAO cenário político atual é apontado como uma das principais

preocupações pelos indígenas de Rondônia para alcançar este objetivo. Representantes indígenas de vários estados do País se reuniram esta semana em Brasília contra a ameaça de direitos constitucionais e especialmente contra a PEC 215 que prevê que a aprovação a demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios passe a ser de competência exclusiva do Congresso Nacional.

Para Hélinton Gavião, represente de uma das etnias indígena de Rondônia, o cenário atual da política tem desagradado os indí-genas. ‘‘É importante a gente refletir, se organizar para enfrentar o que estamos vivendo hoje como a mobilização em Brasília contra a tramitação de vários projetos de lei e emendas parlamentares no Congresso Nacional. Uma delas é a PEC 215 que tira da Funai o poder de demarcação da Funai para transferir para o Congresso Nacional’’, disse.

Retrocesso A PEC 215 representa um retrocesso para os indígenas. ‘‘Os

parlamentares querem travar todos os processos [referentes a de-marcação das Terras Indígenas] que tramitam no Poder Executivo. Isso é uma violação, é um retrocesso das conquistas. A gente sabe muito bem que na Constituição Federal, o artigo 231 reconhece aos índios o direito sobre as terras que tradicionalmente ocupam e faz o Governo Federal assumir a demarcação das Terras Indígenas em todo o Brasil. E na visão dos parlamentares não existe mais terras para serem demarcadas’’, afirma.

Para Gavião, o pensamento dos parlamentares sobre os direi-tos indígenas vai de encontro com o que os índios esperam. ‘‘Os parlamentares não têm respeito, não trabalha em prol do que a le-gislação brasileira prevê quanto os direitos dos povos indígenas’’, avalia. Além da PEC 2015, outras tramitações no Congresso Na-cional também são vistas com tristeza pelos indígenas. Um exem-plo é o Projeto de Lei 1610/96 que quer regulamentar a exploração de minerais em terras indígenas.

Índios pedem respeito pelos direitos constitucionais. Fo-to:Kanindé/Arquivo

‘‘A PL 1610 também viola o direito garantido na Constituição de uso fruto exclusivo dos bens explorados indígenas. Isso deixa a gente também muito revoltado. Tem também a PL 237/13 de regulamentação do arrendamento das Terras Indígenas onde tam-bém a Constituição diz que o uso fruto exclusivo é dos indígenas. Isso tudo é um retrocesso para os direitos indígenas. Como que podem regulamentar uma terra onde tem homem, onde tem lei que garante direito daquele povo? Estão querendo regulamentar elas para que outros segmentos tenham acesso as riquezas em Terras Indígenas’’, avalia Hélinton Gavião.

Outro representa indígena de Rondônia, Rubens Suruí, tam-bém corrobora com Hélinton Gavião contra a PEC 215 e as demais tramitações consideradas uma violação aos direitos indígenas. ‘‘Elas vêm em desencontro com nossos direitos. Ameaça nosso ter-ritório, nossa cultura, a vida dos povos indígenas. Nos desrespei-tam, com certeza é um retrocesso’’, avalia Rubens.

Mobilização Temendo que conquistas garantidas na Constituição Federal

sejam violadas, os indígenas saem de suas aldeias e diferentes et-nias se unem em prol de um objetivo comum. ‘‘Nem todo mundo tem a consciência do porquê dos indígenas estarem fazendo essa mobilização, é importante a gente divulgar que nesse cenário atual da política, o parlamento brasileiro vem mais agressivo contra nos-sos direitos e focando mais nas Terras Indígenas. Isso fez os indí-genas irem até o Congresso e fortalecer o movimento indígena para manter nossa existência’’, destaca Hélinton.

A violação aos diretos já garantidos por lei não é o único entra-ve enfrentado pelos indígenas de Rondônia. ‘‘Não há uma política pública indigenista que possa garantir proteção territorial, apesar de ter um decreto que falta a implementação, falta reconhecimento, que dar valor a essa política que é a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas, a PNGATI. Se houves-se respeito a essa política com certeza não teria tanta ganância em Terras indígenas como a questão dos latifundiários que não respei-tam os limites das Terras Indígenas’’, afirma.

Terras Indígenas sofrem pressões em Rondônia. Foto: Kanin-dé/Arquivo

Riquezas naturais A exploração das riquezas naturais é outro problema. ‘‘Os

madeireiros e garimpeiros têm muito interesse em explorar a Terra Indígena por ausência de uma política, de uma ação concreta que possa ajudar os indígenas a protegerem seus territórios. As princi-pais ameaças é a invasão por madeireiros, pescadores, caçadores. A gente tenta fazer proteção do nosso território e somos ameaçados. Isso traz ainda conflitos internos, causam sérios problemas’’, afirma Rubens.

Mesmo diante do cenário desfavorável, os povos indígenas es-tão buscando conquistar seus espaços. ‘‘Entendemos que podemos avançar com a sociedade contemporânea e por isso buscamos o diá-logo com o próprio Governo do Estado. Hoje nós temos uma Coor-denação dos Povos Indígenas de Rondônia que fica na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental, a Sedam. Ela foi criada no ano passado e é por meio dela que temos acesso ao Governo, mas ainda falta melhorar bastante coisa’, avalia Rubens Suruí.

Demandas

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Didatismo e Conhecimento 18

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAHélinton Gavião explica as condições atuais das aldeias de

Rondônia. ‘‘Não temos uma saúde de qualidade porque os gestores que trabalham na Saúde Indígena não têm compromisso em execu-tar as ações conforme a lei que ampara o direito nesta área e onde nós sofremos bastante. Esse é o momento da gente também pensar em como podemos fortalecer a política da saúde indígena. Nós perdemos muitos parentes no ano passado devido esse problema. Se a gente for fazer um levantamento tem muita Terras Indígenas para saber que estão chegando ações da Saúde, a gente encontra muitas dificuldades’’, afirma.

Problemas que para Hélinton Gavião deveriam ser solucio-nados com ações preventivas. ‘‘Entorno das Terras Indígenas tem várias fazendas e onde passa o rio os fazendeiros jogam lixo, pro-dutos químicos e passa na terra e o indígena usa e começa a adoe-cer. Então, para agir de forma preventiva teria que construir poços artesianos e cuidar do saneamento básico. Isso traria mais qualida-de para os indígenas’’, aponta Gavião.

Indígenas pedem melhoria em Saúde e Educação. Foto: Ka-nindé/Arquivo

Outro setor que merece uma atenção especial é a Educação. Para os indígenas houve mais avanços nesta área que na Saúde. ‘‘Na educação nós avançamos com o Projeto Açaí com formação de professores indígenas. Mas a qualidade de formação também deixa a gente preocupado. Se a gente for na aldeia ver a estrutura da educação não é aquilo que a gente espera. Nem toda Terra Indí-gena tem escola. Nas que tem, os alunos estudam de baixo de um barraquinho de palha, falta material didático, chega a falta meren-da e outra questão é a garantia de transporte para levar os indígenas até onde tem escola’’, afirma Hélinton.

19/04/2015http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/cidades/conhe-

ca-conquistas-e-desafios-dos-povos-indigenas-de-rondonia/?-cHash=2c8c30efd7ae5c9a2df6567eb95fcecf

Patrimônio HistóricoMPF recomenda que governo de Rondônia faça tombamen-

to da Casa dos Resky

Residência foi a primeira construída em alvenaria em Porto Velho, em 1917 - Foto: Reprodução

A Casa dos Resky, construída em 1917, foi a primeira casa de alvenaria construída em Porto Velho. Para garantir que o patri-mônio seja protegido e preservado, o Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma recomendação ao governo do Estado para que faça o tombamento do imóvel.

A procuradora da República Gisele Bleggi ressalta na reco-mendação que a conservação de todo patrimônio histórico e artís-tico é de interesse público, por vários motivos, entre eles a vincu-lação a fatos memoráveis da história. “É dever do poder público garantir, apoiar e incentivar a valorização e a difusão do patrimô-nio cultural”, disse.

A legislação estadual estabelece que o tombamento tem uma sequência de procedimentos: com parecer do Conselho Estadual de Cultura, a Secretaria de Cultura e Turismo propõe a elaboração de um decreto de tombamento a ser assinado pelo governador de Rondônia; em seguida há a inscrição do imóvel no Livro de Tombo Estadual. A recomendação do MPF é para que sejam feitos os trâ-mites da Lei nº 71/85 e se realize o tombamento do imóvel.

A casa pertencia à família do libanês George Chediak Resky, comerciante que foi proprietário de dois cinemas, panificadora, lojas e outras empresas na cidade. O imóvel está localizado à rua José de Alencar, esquina com rua Riachuelo, no Centro de Porto Velho, próximo à avenida Sete de Setembro.

MPF/RO, 06/02/2016 http://www.ariquemesagora.com.br/noticia/2016/02/06/mpf-

-recomenda-que-governo-de-rond-nia-faca-tombamento-da-casa-dos-resky.html

City Tour será proposto para agências de viagens nesta ter-ça-feira

Para a atividade foram convidadas 52 agências de viagens e turismo.

Nesta terça-feira, dia 08 de março, a partir das 08h30, será apresentado durante um café da manhã no espaço interno do Mer-cado Cultural, o City Tour da capital. A proposta, elaborada por meio de uma parceria ente o Conselho Empresarial de Turismo (Conetur), Prefeitura de Porto Velho, Superintendência Estadual de Turismo (Setur), Federação do Comércio de Rondônia (Ferco-mércio) e o Sebrae, tem como objetivo fortalecer o turismo na ci-dade, criando uma espécie de produto para o mercado.

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Didatismo e Conhecimento 19

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAO City Tour faz parte do Plano de Incentivo ao Turismo do

Conetur para os polos de Porto Velho, Ouro Preto do Oeste, Vale do Apertado e Guajará-Mirim. A programação inclui café da ma-nhã, o City Tour saindo do Mercado, passando pelo centro histó-rico e posteriormente com visitas à Ponte Rondon- Roosevelt e ao Memorial Rondon. Todo o trajeto vai contar com explicações do historiador Anísio Gorayeb.

Para a atividade foram convidadas 52 agências de viagens e turismo. “A demanda foi apresentada pelo próprio segmento, em especial a rede de hotelaria. O público existe, principalmente o turismo de negócios e por isso criamos roteiros domésticos des-tinados a eles”, explicou a Coordenadora Municipal de Turismo, Camila Canova.

07/03/2016 - 21h16min - Atualizado em 07/03/2016 - 21h16min

http://www.tudorondonia.com.br/noticias/city-tour-sera-pro-posto-para-agencias-de-viagens-nesta-terca-feira,58599.shtml

Sebrae em Rondônia concederá patrocínio para projetos por meio de chamada pública

A chamada pública visa à seleção de projetos a serem patro-cinados pelo Sebrae em Rondônia e realizados em 2016 e deverão ser relevantes para os segmentos de pequenos negócios.

A concessão de patrocínio por seleção é um processo reali-zado por meio de chamada pública, cuja data de início de recebi-mento de projetos é 14 de dezembro de 2015, a partir das 8 horas, e o encerramento é em 31 de janeiro de 2016, às 23 horas e 59 minutos. Nesse período o Sebrae em Rondônia receberá projetos de responsabilidade de terceiros que contribuam para estimular a competitividade dos pequenos negócios e promover a produção e a difusão do conhecimento, com ênfase no empreendedorismo.

A chamada pública visa à seleção de projetos a serem patro-cinados pelo Sebrae em Rondônia e realizados em 2016 e deverão ser relevantes para os segmentos de pequenos negócios ou que promovam a cultura do empreendedorismo.

Os interessados deverão atentar aos documentos que fazem parte do Edital de Chamada Pública: Política de Patrocínio, Ma-nual de Prestação de Contas e Minuta de Contrato.

Esses referenciais terão como base aspectos tangíveis como benefícios e resultados que podem ser materializados por meio de facilitação de acessos aos pequenos negócios, exposição da marca Sebrae em peças promocionais e mídias, entre outros fatores.

Quanto aos aspectos intangíveis, são resultados não materia-lizáveis que podem ser mensurados por meio de pesquisa, sob a ótica do marketing, tendo como base a valorização dos pequenos negócios, a difusão do conhecimento, a exposição da marca e a projeção da imagem do Sebrae perante seu público de interesse.

Para mais informações sobre as atividades do Sebrae, acesse www.ro.sebrae.com.br ou ligue para 0800 570 0800.

07/01/2016 - 14h24min - Atualizado em 07/01/2016 - 14h24min

http://www.tudorondonia.com.br/noticias/sebrae-em-rondo-nia-concedera-patrocinio-para-projetos-por-meio-de-chamada--publica,57351.shtml

Agricultura familiarConcurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café em Ron-

dônia será lançado dia 12 de maio na capital

Foto: Arte: Rafael Rocha

Lançamento dia 12/5 em Porto Velho

No dia 12 de maio será lançado oficialmente o Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café Canéfora (robusta e conilon) do Estado de Rondônia. O evento será realizado em Porto Velho, no Juninho Soft Café – Avenida Farquar, 1623, bairro Panair, às 9h. O lançamento contará com a presença de autoridades, dos realizadores e parceiros do evento. Houve um pré-lançamento do Concurso no dia 15 de abril em Alvorada d’Oeste – RO e as ins-crições iniciaram no dia 2 de maio, nos Escritórios locais da EMA-TER-RO, distribuídos em todos os municípios do estado. O prazo final é até o dia 30 de junho de 2016.

O objetivo do concurso é identificar, promover e premiar produtores de café canéfora de qualidade, produzidos com susten-tabilidade e incentivar a constante melhoria da qualidade como meio eficaz na conquista de mercados e agregação de valor ao café rondoniense. O Concurso é uma realização do Governo do estado de Rondônia, através da Secretaria de Estado da Agricultura de Rondônia - Seagri, e da EMATER-RO; da Embrapa Rondônia, da Câmara Setorial do Café de Rondônia e da Idaron. São parceiros: Juninho Soft Café, SEBRAE, Programa Café Sustentável, P&A Marketing Consultor SCP Brasil, Amazônia Coffee, Nescafé, entre outros apoiadores desta ação.

Para um dos coordenadores do Concurso e técnico da EMA-TER-RO, Raphael Cidade, no cenário atual da cafeicultura do estado, com o aumento de produção e produtividade e o uso de café clonal, a qualidade é essencial para alcançar novos mercados e agregar maior valor ao produto. “É fundamental que o produtor esteja estimulado, produzindo mais e com qualidade. Assim, como a tendência é de que a indústria também pague por essa qualidade, tornando os produtores de Rondônia mais competitivos no merca-do”, declara.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia e espe-cialista em qualidade do café, Enrique Alves, o concurso busca premiar e conhecer a excelência do café que é produzido no es-tado. Ele explica que é uma forma de valorizar os produtores que estão fazendo o trabalho da forma correta, desde o café no campo até às atividades de pós-colheita, como o ponto de colheita corre-to, secagem na temperatura ideal, evitando a fermentação, entre outros fatores que determinam a qualidade do café, assim como incentivar outros produtores a buscarem a qualidade na produção de café.

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Didatismo e Conhecimento 20

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA“Este concurso pode ser considerado uma semente que está sendo

plantada e que demonstra a transformação pela qual Rondônia vem pas-sando na cafeicultura, que segue rumo à excelência na produção de café de qualidade. Rondônia potencialmente possui características de clima e solo que propiciam o pleno desenvolvimento dos frutos e a expressão de características intrínsecas aos frutos e que são desejáveis pelos con-sumidores, como aroma, acidez, doçura e corpo”, afirma o pesquisador.

Quem pode participar e como?Todos os cafeicultores do estado de Rondônia poderão se inscre-

ver, com lotes de café canéfora produzidos por eles no ano da safra do concurso. O extensionista da EMATER-RO preencherá a ficha de inscrição e destacará o comprovante de inscrição após a assinatura do produtor com conhecimento e concordância com as normas do regula-mento do concurso e entregará ao produtor se a amostra estiver de acor-do com o especificado no regulamento. A inscrição para o concurso é isenta de taxas ou qualquer ônus para o participante e é feita apenas nos escritórios locais da EMATER-RO, em todos os municípios do estado.

Para a realização da inscrição o produtor deverá levar uma cópia do RG, CPF e Cadastro Ambiental Rural – CAR, da propriedade onde se localiza a lavoura de café, cujo lote será inscrito no concurso e deverá estar com o Bloco de Notas de Produtor Rural em dia. A amostra repre-sentativa do lote participante, que é de 3 litros de café pilado, deverá ser acondicionada em saco de plástico transparente e ou de estopa e ser en-tregue no escritório local da EMATER-RO do município do respectivo, no ato da inscrição.

O participante deverá ter disponível em sua propriedade um lote contendo cinco sacas de 60 kg de café canéfora pilado, oriunda da co-leta da amostra representativa. Os participantes classificados nas etapas regionais devem manter o lote em estoque e em disponibilidade até a data do encerramento do concurso por ocasião da entrega da premia-ção. O não cumprimento deste item implicará na desclassificação do participante.

Quais os critérios de avaliação?A avaliação de Sustentabilidade das propriedades será realizada

através de um levantamento de informações colhidas em formulário du-rante a inscrição dos produtores. Os produtores pré-selecionados pode-rão ser visitados por um técnico da EMATER-RO, para conferência das informações. Os critérios para avaliação da sustentabilidade seguirão o Currículo de Sustentabilidade do Café, do Programa Café Sustentável.

Todas as amostras passarão pela determinação de umidade e serão rejeitadas as amostras que apresentarem, classificação superior ao tipo 8 (360 defeitos). A classificação final será pela melhor qualidade de be-bida, tendo como critério: fragrância, aroma, defeitos, acidez, amargor, corpo, sabor residual e adstringência. Outro fator a ser considerado é quanto ao aspecto do produto à secagem e cor, uniformidade e tamanho do grão.

Como será a classificação por região?Serão classificadas as 20 melhores amostras, sendo as 10 mais bem

pontuadas de cada etapa regional (Regional 1 – Territórios Rio Macha-do, Zona da Mata, Vale do Guaporé e Cone Sul; Regional 2 – Territórios Central, Vale do Jamari e Madeira Mamoré). As 20 melhores amostras de café canéfora serão notificadas e passarão por uma nova coleta de amostra nos lotes representativos. Na fase final, serão classificadas as 3 (três) melhores amostras no âmbito Estadual, as quais serão premiadas.

E a premiação?A premiação final será realizada no dia 19 de setembro de

2016. Serão premiados os três primeiros colocados do Concurso de Qualidade de Café Canéfora do Estado de Rondônia:

- 1º Lugar: troféu + R$ 3.000,00;- 2º Lugar: troféu + R$ 2.000,00;- 3º Lugar: troféu + R$ 1.000,00Aos 10 participantes melhores classificados será dado o di-

reito de participar do leilão que será organizado pela Comissão Promotora durante a fase final do concurso na cidade de Porto Velho – RO. Nas etapas regionais serão entregues certificados de participação para os produtores que tiverem as 10 melhores clas-sificações e premiados com máquinas/equipamentos e/ou insumos os três melhores colocados.

Mais informações sobre o concurso nos telefones: (69)9263-6689, ou (69) 3219-5021. O regulamento do concurso está dis-ponível no Portal da EMATER - RO, www.emater.ro.gov.br, e da Embrapa Rondônia, www.embrapa.br/rondonia.

Renata Silva (MTb 12361/MG)Embrapa Rondônia [email protected] Telefone: (69)3219-5011 / 5041 Mais informações sobre o temaServiço de Atendimento ao Cidadão (SAC)www.embrapa.br/fale-conosco/sac/10/05/16https://www.embrapa.br/rondonia/busca-de-noticias/-/noti-

cia/12386654/concurso-de-qualidade-e-sustentabilidade-do-cafe--em-rondonia-sera-lancado-dia-12-de-maio-na-capital

Recursos naturaisRondônia prepara-se para sediar evento nacional de classifi-

cação de solosFoto: Lúcia Anjos

Solos próximo à Chumpiguaia, desenvolvendo-se sobre rocha basáltica

Rondônia prepara-se para a realização da 12ª Reunião Brasi-leira de Classificação e Correlação de Solos, promovida pela So-ciedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) e reconhecida entre seus membros por “RCC”. O evento deve acontecer nos próximos dois anos no estado e já foi realizado em diversas regiões do país, desde 1979, tendo como finalidade aperfeiçoar e discutir o sistema brasileiro de classificação de solos, ferramenta importante para o planejamento de atividades econômicas em nível local, regional e nacional, e também para a gestão de recursos naturais, tanto o solo, como água e vegetação.

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Didatismo e Conhecimento 21

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAUma particularidade importante das RCCs é que essa Reunião

não ocorre em auditórios ou dentro de instituições, mas leva espe-cialistas da área de pesquisa, desenvolvimento e ensino superior nos locais de ocorrência dos solos a serem discutidos e debatidos. Ou seja, o evento é uma atividade itinerante e que irá percorrer os principais ambientes do Estado de Rondônia.

Neste sentido, de 25 a 30 de abril, foi realizada uma das eta-pas preparatórias da RCC de Rondônia e diversas regiões foram percorridas em um roteiro que se deslocou de Porto Velho a Vilhe-na, ao longo do eixo da rodovia BR 364, adentrando por rodovias estaduais e estradas vicinais, bem como, pelas rodovias BR 429 e BR 435, com passagens pelas cidades de Ariquemes, Machadinho do Oeste, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Teixeirópolis, Urupá, Alvo-rada do Oeste, Rolim de Moura, Alta Floresta do Oeste, Pimenta Bueno, Vilhena, Colorado do Oeste, Cabixi, Chupinguaia, dentre outras. Segundo a professora do Instituto Federal de Rondônia (Ifro), Stella Matoso, “é importante que o percurso escolhido refli-ta a diversidade de solos do ambiente amazônico, para que aquela visão equivocada tida pelos leigos e mesmo profissionais acerca da homogeneidade de ambientes na Amazônia seja refutada”.

Especialistas da Embrapa, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de Rondônia (Unir), Ifro, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) estiveram envolvidos nesta etapa preparatória, os quais foram unânimes ao reconhecer a complexidade dos eventos geológicos que ocorreram onde hoje se situa o estado de Rondônia, determinando a formação de solos com ampla variabilidade de propriedades e quanto a sua capacidade de uso da terra.

O pesquisador da Embrapa Rondônia, Paulo Wadt, destaca que o conhecimento sobre o potencial de uso das terras na Amazô-nia passa pelo conhecimento aprimorado dos solos e ambientes da região, o qual não pode ficar estagnado em conceitos e definições estabelecidas sobre os solos da Amazônia da época em que a agri-cultura estava migrando para a região dos cerrados brasileiros. “É importante que especialistas conheçam os solos amazônicos em seu ambiente atual, para refletirem sobre alternativas de ocupação, conservação e preservação destes recursos naturais”, destaca.

Espera-se que mais de 100 especialistas em solos visitem os diferentes ambientes de Rondônia durante o evento, estabelecen-do correlações entre a paisagem natural, a geologia local, o uso agrícola e a natureza e propriedades dos solos de cada ponto a ser visitado.

A expectativa dos participantes desta etapa preparatória é de que a RCC de Rondônia, assim como aconteceu nas RCCs de Ro-raima (2013) e do Acre (2010), eleve a um novo patamar o enten-dimento da complexidade dos solos do bioma Amazônico, equivo-cadamente descritos como invariavelmente inférteis e improduti-vos. “Desde a RCC do Acre, e depois a RCC de Roraima, houve um enorme avanço no conhecimento sobre os solos amazônicos, inclusive, na revisão de indicadores de acidez do solo, como o alu-mínio trocável. E em Rondônia, a expectativa é que o avanço sobre o conhecimento continue surpreendendo a todos dada a enorme variabilidade geológica dos ambientes encontrados nesta viagem preparatória”, explica a professora da UFRRJ, Lúcia Anjos.

Renata Silva (MTb 12361/MG) Embrapa Rondônia [email protected] Telefone: (69)3219-5011 / 5041

Mais informações sobre o temaServiço de Atendimento ao Cidadão (SAC)www.embrapa.br/fale-conosco/sac/05/05/16https://www.embrapa.br/rondonia/busca-de-noticias/-/noti-

cia/12237326/rondonia-prepara-se-para-sediar-evento-nacional-de-classificacao-de-solos

População poderá fazer sugestões sobre ações socioeducativas em RO

Plano sobre ações é municipal e valerá pelos próximos dez anos.

Plano está disponível para consulta no site da prefeitura.Leis voltadas à cultura são postas para consulta popular em Ron-

dôniaA população poderá contribuir para a elaboração do Plano De-

cenal Municipal das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, em Ji-Paraná, cidade situada a 370 quilômetros da capital de Rondônia. O plano foi elaborado pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e está disponível no site da prefeitura para consulta pública e sugestões.

A psicóloga do Liberdade Assistida e Prestação de Serviço à Co-munidade, Margarete Porto, explica que o plano, como o próprio nome diz, será cumprido nos próximos dez anos. Para sua elaboração, foram dignosticadas a situação dos adolescentes autores de atos infracionais e que são atendidos pelo Programa de Atendimento de Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto de Pres-tação de Serviço a Comunidade (PSC) e a Liberdade Assistida (LA).

Em Ji-Paraná, cerca de 128 adolescentes cumpriram medidas só-cioeducativas em meio aberto em 2014. Sendo que destes, 72 cum-priram a penalidade prestando serviçoes à comunidade e 56 tiveram liberdade assistida. Em 2015, este número subiu para 155. Os que prestaram serviços à comunidade totalizaram 110 e o restante, 45 ado-lescentes, tiveram liberdade assistida.

Margarete explica que qualquer pessoa pode dar sugestões para a melhorar a elaboração do plano. “Primeiro, a gente pede que entre no site, leia e se intere sobre o assunto. Então, poderá dar uma opinião e uma sugestão para melhorar este tratamento aos adolescentes que cometeram atos infracionais”, explica a psicóloga dando o endereço do site.

A psicóloga ainda explica que o plano municipal seguirá as mes-mas diretrizes Plano Nacional das Medidas Sócioeducativas, elabora-do pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança de do Adolescente.

11/05/2016 Pâmela Fernandes do G1 ROhttp://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2016/05/populacao-po-

dera-fazer-sugestoes-sobre-acoes-socioeducativas-em-ro.html

Projetos SociaisProjetos sociais recebem kits esportivos do Governo de RondôniaOs 52 municípios de Rondônia vão receber kits esportivos que são

adquiridos pelo executivo estadual por meio de recursos repassados pela Lei Federal nº 10.264 de 26 de junho de 2001, conhecida como Lei Agnelo/Piva, que prevê o repasse para todos os estados e para o Distrito federal de um percentual da arrecadação de todas as loterias federais em operação no país. O repasse é feito mensalmente em uma conta específica do estado e é administrada pela Superintendência Estadual de Juventude Cultura Esporte e Lazer (Sejucel) por meio do Fundo Estadual de Desenvolvimento do Desporto (Funder)

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Didatismo e Conhecimento 22

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA

Kit é composto por bolas oficiais de diversas modalidade es-portivas

Segundo o coordenador de Esporte e Lazer da Sejucel, José Carlos Barbosa, esse recurso é específico para reforma e constru-ção de praças esportivas, aquisição de passagens para atletas, rea-lização de eventos esportivos e aquisição de materiais esportivos para formação e treinamento de atletas de alto rendimento. “Esses kits são entregues para os municípios, que repassam para os proje-tos sociais. É uma forma de incentivar a prática esportiva de forma geral”, afirmou o coordenador.

Após o recebimento do material, os municípios devem apre-sentar para a Sejucel um projeto detalhado informando quais ins-tituições sociais foram beneficiadas com os materiais esportivos. Os kits são usados para treinamento dos alunos/atletas que treinam nas inúmeras escolinhas esportivas espalhadas pelos 52 municí-pios do estado. “O resultado desse treinamento vai aparecer nos Jogos Intermunicipais de Rondônia (Jir) de 2016, que será realiza-do na cidade de Ji-Paraná”, ressaltou José Carlos Barbosa.

Os kits esportivos contém bola de futebol de campo, bola de futsal oficial, bola de handebol, masculino e feminino, bola de beach vôlei oficial e bola de voleibol oficial. A quantidade de kits esportivos destinados a cada município depende do número de ha-bitantes e também da vocação esportiva em que a região mais se destaca.

Fonte22 de março de 2016 | 235 VisualizaçõesTexto: Eleni CaetanoSecom - Governo de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/03/108585/

ASPECTOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS DE RONDÔNIA

O Estado de Rondônia foi criado através da lei complementar 041, de 22 de dezembro de 1981, aprovada pelo Congresso Na-cional e sancionada pelo presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo. Seu primeiro governador foi o coronel do Exército Jorge Teixeira de Oliveira, nomeado no dia 29 de dezem-bro de 1981, pelo presidente da República João Baptista de Oli-veira Figueiredo. A instalação do Estado (posse do governador e secretariado) ocorreu no dia 04 de janeiro de 1982. No ano de sua criação o Estado de Rondônia estava constituído por 13 municí-pios (Porto Velho, a capital, Guajará-Mirim, Ariquemes, Jaru,Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médici, Cacoal, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno, Vilhena, Colorado do Oeste e Costa Mar-ques).

Aspectos Geográficos Área Geográfica: 238.512,8 km2, representando 6,19% da re-

gião Norte e 2,80% do País. Rondônia é 3º Estado em extensão territorial da região Norte. No contexto nacional, constitui-se o 15º em extensão territorial e o 23º em termos populacionais. Limites: ao Norte e Nordeste, estado do Amazonas; ao Sul e Oeste, Re-pública da Bolívia; a Leste e Sudeste, estado de Mato Grosso; a Noroeste, os estados do Acre e do Amazonas.

A extensão da fronteira do Estado de Rondônia com a repúbli-ca da Bolívia é de 1.342 quilômetros. Os municípios rondonienses localizados na faixa da fronteira boliviana são: Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Costa Marques, Alta Floresta do Oeste, São Fran-cisco do Guaporé, Alto Alegre dos Parecis, , Pimenteiras do Oeste e Cabixi.

Divisão geopolítica: o estado de Rondônia é formado por 52 municípios e 57 distritos.

Municípios Rondonienses Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias do Ja-

mary, Itapuã do Oeste, Alto Paraíso, Monte Negro, Buritis, Campo Novo de Rondônia, Rio Crespo, Cujubim, Ariquemes, Cacaulân-dia, Machadinho do Oeste, Vale do Anari, Theobroma, Governa-dor Jorge Teixeira, Jaru, Vale do Paraíso, Nova União, Mirante da Serra, Teixeirópolis, Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médice, Urupá, Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Se-ringueiras, São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Nova Bra-silândia do Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Castanheiras, Alta Floresta do Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Santa Luzia do Oeste, Rolim de Moura, Ministro Andreazza, Cacoal, Espigão do Oes-te, Primavera de Rondônia, São Felipe d’Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste, Cabixi e Vilhena. Dois municípios rondo-nienses estão entre os 15 municípios brasileiros que obtiveram as maiores taxas nacionais de médias de crescimento populacional. Buritis, com 29,09% e Campo Novo de Rondônia com 23,20%.

Setor Primário do Estado - Agricultura, pecuária, piscicultura, apicultura, extrativismo

vegetal e mineral. - O extrativismo mineral destaca-se pela ocorrência de ouro,

cassiterita, diamante, nióbio, quartzo, granito e água mineral. - O extrativismo vegetal destaca-se pela produção de cacau,

madeira em toras, castanha-do-pará e borracha silvestre. - O setor agrícola destaca-se nacionalmente por produzir ce-

reais, café, soja, milho, banana, mandioca e algodão, além de hor-tifrutigranjeiros.

- O efetivo pecuário é composto, principalmente, de rebanhos bovinos de corte e de leite, com mais de cinco milhões de cabeças e uma Bacia leiteira em franca expansão, notadamente nas regiões de Porto Velho, Jaru e Ouro Preto do Oeste.

Setor secundário Prevalece a agroindústria, notadamente na produção de lati-

cínios, na região central do Estado. Mas crescem AS indústrias de transformação destinadas aos setores moveleiro, de confecções, couro e calçados.

Setor terciário Envolve comércio e serviços, é o que mais cresce NO Estado,

tendo em vista a evolução urbana, a exemplo de municípios como Vilhena, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Cacoal, Ji-Paraná, Jaru, Ouro Preto e Ariquemes.

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Didatismo e Conhecimento 23

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAPrincipais relevos Planície Amazônica (vale do Madeira), serra dos Parecis e ser-

ra dos Pacaás Novos (vale do Guaporé). Nesta serra localiza-se o ponto mais elevado de Rondônia, o Pico do Tracuá.

Principais rios Rios Machado ou Ji-Paraná; Guaporé, Mamoré, Madeira, Ja-

cy-Paraná, Mutum-Paraná, Aripuanã ou Roosevelt, e Jamary. Os principais rios que formam estas Bacias hidrográficas:

Rio Guaporé - Nasce na serra dos Parecis, região de Mato Grosso, seu percurso é de 1.716 km com direção inicial para o sul, seguindo depois para o oeste. Ao alcançar a cidade de Vila Bela, toma a direção norte-oeste entrando em terras rondonienses na cidade de Pimenteiras do Oeste, passando por Cabixi, Cerejeiras, São Miguel do Guaporé até Costa Marques. A 12o de latitude sul recebe AS águas do rio Mamoré. Seu trecho navegável é de 1.500 quilômetros e se constitui em fronteira NATURAL entre o Brasil e a Bolívia. Seus afluentes brasileiros são os rios Cabixi, Corum-biara, Mequéns, Colorado, São Miguel, Cautário e Cautarinho, todos com nascentes na Chapada dos Parecis;

Rio Mamoré - Nasce na Cordilheira dos Andes, em território boliviano com o nome Grande de La Plata, passando a ser desig-nado Mamoré quando alcança a Serra dos Pacaás Novos, região de Guajará-Mirim. Constituindo-se em fronteira NATURAL entre o Brasil e a Bolívia, recebe AS águas do rio Guaporé e, ao juntar-se ao Beni, outro rio boliviano, recebe a designação Mamoré e passa a formar a nascente do rio Madeira. Seu curso possui uma extensão de 1.100 quilômetros e é totalmente navegável. Tem como principais afluentes brasileiros os rios Sotério, pacaás No-vos, Bananeiras e Ribeirão ou Lajes. Seus acidentes hidrográficos são AS corredeiras Lages, Bananeiras, Guajará-Acu e Guajará-Mirim; Rio Ji-Paraná ou Machado - Nasce da junção dos rios Ba-rão de Melgaço, também chamado de Comemoração de Floriano, e Apediá, chamado de Pimenta Bueno, na chapada dos Parecis. Seu curso tem uma extensão de 800 quilômetros, atravessando a região central do Estado até desembocar NO rio Madeira, região de Calama, NO município de Porto Velho. Tem como afluentes pela margem direita os rios Riozinho, Lourdes, São João e Taru-mã. Pela margem esquerda os afluentes são os rios Luiz de Albu-querque, Rolim de Moura, Ricardo Franco, Preto, Jaru, Boa Vista, Urupá e Machadinho. Seu principal acidente hidrográfico, dentre os vários existentes e que dificultam a navegação, é a cachoeira 02 de Novembro, localizada NO município de Machadinho do Oeste.

Rio Madeira ou Caiary - Nasce na junção dos rios Beni e Ma-moré, sendo o maior afluente do rio Amazonas pela margem direi-ta. Sua extensão é de 3.240 quilômetros, sendo 1.700 em território brasileiro. Mas, devido aos diversos acidentes hidrográficos, seu curso navegável é de 1.116 quilômetros, a partir da cachoeira de Santo Antonio, em Porto Velho até Itacoatiara,AM. Seus afluentes pela margem direita são os rios Ribeirão, Mutum-Paraná, Jacy--Paraná, Jamari e Machado. Pela margem esquerda os afluentes são os rios Abunã, Ferreiros, José Alves, São Simão e o igarapé Cuniã.

Os acidentes hidrográficos existentes no rio Madeira são os seguintes: (trecho Porto Velho/Guajará-Mirim) Corredeiras: Peri-quitos, Três Irmãos, Macaco, Morrinhos, Pederneiras, Chocolatal, Araras e Lages. Guajará-Açu e Guajará-Mirim; Cachoeiras: Santo Antonio, Caldeirão do Inferno, Paredão, Misericórdia, Madeira, Pau Grande e Bananeiras; Saltos: Teotônio, Girau e Ribeirão.

As principais Ilhas do Estado: No Rio Madeira, Santana, Jacy-Paraná, Três Irmãos, 7 de Setembro, Misericórdia, 15 de Novembro, Marina e Anús ou da Confluência. No Rio Mamoré, Soares e Saldanha. No Rio Guaporé, Comprida.

Principais grupos indígenas existentes: Suruí, Gavião, Cinta Larga, Karipuna, Pakaas Nova, Arara, Kaxarari, Eu-Uru-Uau--Uau, Nhanbiquara e Karitiana.

Clima Predominante: Equatorial quente-úmido ou tropical úmido, variando de acordo com a altitude, com a temperatura va-riando entre 18 e 33 graus centígrados. A variação mínima ocorre no município de Vilhena e região, e a máxima no de Porto Velho e região. A estação chuvosa vai de outubro a março e o período de seca, de maio a setembro.

Localização Geográfica: Região Norte, ao sul da Amazônia Ocidental. A região amazônica abrange os seguintes países: Bo-lívia, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname, Peru, Venezuela e Brasil. NO Brasil, onde fica localizada a Amazônia Ocidental, a Amazônia corresponde a 50% do território nacional e abrange os estados do Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins, parte do Maranhão e do Mato Grosso.

Poder Político A representação política do Estado de Rondônia é consti-

tuída por três senadores e oito deputados federais que atuam no Congresso Nacional. Em nível estadual, a Assembléia Legislati-va é composta por 24 deputados estaduais. NO plano municipal, existem 537 vereadores, 52 prefeitos e 52 vice-prefeitos. O Poder Executivo Estadual é exercido pelo governador e, nos seus impe-dimentos, pelo vice-governador.

Formação Étnica É semelhante ao restante do país, formada por brancos, ne-

gros e índios. Mas em virtude das fases de atração imigratória e migratória ocorrentes durante os ciclos de produção econômica, diversos povos dessas raças deram sua contribuição para o ele-mento humano rondoniense, cuja identidade regional ainda está em formação.

Ocupação humana No processo de povoamento do espaço físico que constitui o

estado de Rondônia começa NO século XVIII, durante o ciclo do Ouro, quando mineradores, comercializadores, militares e padres jesuítas fundam os primeiros arraiais e vilas nos vales Guaporé--Madeira. A decadência desse ciclo de produção aurífera causa a involução populacional desses arraiais, vilas e cidades surgidas NO auge do ciclo do Ouro, com o êxodo dos portugueses e pau-listas que formavam o topo da sociedade da época. Mas ficam os negros remanescentes do escravismo, os mulatos e os índios já aculturados.

No século XIX, o primeiro ciclo da Borracha, em sua fase primária, atraiu basicamente nordestinos e bolivianos para o tra-balho nos seringais, mas não gerou núcleos de povoamento nesse espaço geográfico tendo em vista o conceito econômico, que não produzia riquezas locais, por tratar-se de uma economia de expor-tação, cujos principais núcleos localizavam-se Manaus e Belém.

No entanto, os sub-ciclos gerados em decorrência da constru-ção e funcionamento da Ferrovia Madeira-Mamoré, o Ferroviário, e das Estações Telegráficas da Comissão Rondon, o do Telégrafo, atraíram povoadores para AS terras rondonienses originários de várias regiões brasileiras e de outros países, que se fixaram e for-maram núcleos urbanos.

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Didatismo e Conhecimento 24

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAAs estações telegráficas da Comissão Rondon atraíram,

principalmente, matogrossenses, paulistas e nordestinos, que tra-balhavam nos serviços de telegrafia, e acomodavam-se em suas cercanias gerando pequenos núcleos urbanos, como Ariquemes, Presidente Pena ou Urupá, Pimenta Bueno e Vilhena.

A Madeira-Mamoré atraiu vários contingentes imigratórios destinados ao trabalho nas obras da ferrovia, nos setores técnicos e administrativos da empresa com seus diversos ramos de explo-ração, comercialização e serviços, e ao comércio que se formava ao redor. Nesta fase de imigrações instalaram-se em terras rondo-nienses, notadamente nos núcleos urbanos de Porto Velho, Jacy--Paraná, Mutum-Paraná, Abunã, Guajará-Mirim e Costa Marques, imigrantes turcos, sírios, judeus, gregos, libaneses, italianos, bo-livianos, indianos, cubanos, panamenhos, porto-riquenhos, italia-nos, barbadianos, tobaguenses, jamaicanos e bolivianos.

A migração ocorreu com a fixação de nordestinos proceden-tes dos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba, além de amazonenses, paraenses e matogrossenses. No segundo ciclo da Borracha, iniciado em 1942, funcionou completamente diferenciado do primeiro e encontrou a região com sua infra-estru-tura em fase de consolidação. Os povoadores dos seringais eram nordestinos, mas divididos em duas categorias, os seringueiros ci-vis e os soldados da borracha, estes, incorporados ao Batalhão da Borracha.

Os núcleos urbanos desenvolveram-se. O sistema de saúde pública melhorou consideravelmente e AS ações de governo es-tenderam-se para o interior. A geopolítica regional passa por total transformação tendo em vista a criação do Território Federal do Guaporé em terras desmembradas dos estados de Mato Grosso e do Amazonas.

Nesse período, AS estações telegráficas da Comissão Rondon funcionavam como receptores de uma ocupação humana rural-ru-ral, procedente do Mato Grosso, destinada á pecuária, formando grandes latifúndios onde funcionavam antigos seringais.

No ciclo do Diamante promoveu mudanças substanciais na ocupação humana e desenvolvimento dos povoados de Rondônia (hoje Ji-Paraná) e Pimenta Bueno, enquanto o ciclo da Cassiterita expandiu a ocupação humana NO espaço físico que compreende AS microrregiões de Porto Velho e Ariquemes.

No ciclo da Agricultura, cuja atração migratória começou desordenadamente em 1964, fixou em Rondônia contingentes mi-gratórios procedentes do Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Pau-lo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Amazonas, Pará, Acre e do Nordeste, destacando-se os estados do Ceará, Bah-ia, Piauí, Paraíba e Sergipe.

As micro-regiões formadas pelos municípios de Vilhena, Pi-menta Bueno e Rolim de Moura, receberam migrantes mato-gros-senses, gaúchos e paranaenses, em sua maioria. AS microrregiões formadas pelos municípios de Cacoal, Presidente Médice e Ji-Pa-raná, recebem gaúchos, paranaenses, paulistas, e nordestinos, em sua maioria. Migrantes capixabas, paranaenses, mineiros e baianos formam a maioria dos que se fixaram nas microrregiões de Ouro Preto, Jaru e Ariquemes.

As regiões de Porto Velho e Guajará-Mirim receberam po-voadores, mas em menor escala e de categorias diferentes, con-siderando-se que o ciclo da Agricultura atraiu, em princípio, uma migração rural-rural, para, em seguida, fixarem-se migrantes de características rural-urbana.

Aspectos Históricos Século XVII Uma importante parcela da área geográfica que constitui o Es-

tado de Rondônia passou a ser percorrida no início do século XVII, época em que aventureiros e exploradores holandeses, franceses e ingleses, penetravam na floresta para coletar AS chamadas “drogas do Sertão”, como eram conhecidos nas Cortes de Portugal, Espa-nha, Inglaterra, França e Holanda essências e frutos tipo pimenta-do-reino, anil, urucum, baunilha, âmbar, canela, cravo, pau-brasil, pau-preto, e, principalmente, o cacau, abundantes no vale do Ma-deira e valiosamente comercializados naqueles países.

Posteriormente, após o controle de Portugal sobre a região, a exploração desses frutos e essências era feita por colonizadores portugueses com a utilização de mão-de-obra indígena, escravi-zada, apesar da Coroa portuguesa reconhecer os índios como os naturais senhores da terra, desde 1609 quando foi baixado o Alvará que declarava o direito dos índios à liberdade, situação que evoluiu até ser instituído o regime de capitães-de-aldeia, em 1611.

As primeiras expedições portuguesas que percorreram, total ou parcialmente, o rio Madeira, procediam do Grão-Pará ou do Maranhão e eram formadas por militares, civis contratados, índios escravos, e mestiços. Estas expedições, exploradoras ou de limites, combatiam e aprisionavam índios, que eram comercializados nas capitanias de São Paulo, São Vicente, Grão-Pará e Maranhão. Do final do século XVI até meados do século XVII (1580/1640), Por-tugal e suas colônias estavam sob domínio da Espanha, no que se chamou de União Ibérica.

Portal Amazônia, fonte: Rondonotícias

Rondônia e o 5 de agosto 31 anos depois

Governador Jorge Teixeira apostou suas fichas na criação dos municípios de Rolim de Moura e Cerejeiras, e perdeu no jogo político do Estado.

1.ROLIM DE MOURA E CEREJEIRAS - O Estado de Rondônia tem uma data muito importante para sua história política. É o dia 5 de agosto de 1983. Hoje, terça-feira, 5 de agosto de 2014, completam-se 31 anos da criação dos municípios de Cerejeiras e Rolim de Moura. Não se pode negar que as datas comemorativas de Rondônia se prestam muito mais a reflexões e críticas do que a comemorações e o cinco de agosto não poderia ser diferente. O aniversário desses dois municípios, os primeiros criados em Rondônia na condição de Estado, e os únicos criados

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Didatismo e Conhecimento 25

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIApelo governador Jorge Teixeira de Oliveira, marca também uma importante alteração política e administrativa regional. Nesta data, há 31 anos, o governador Jorge Teixeira expediu o Decreto-Lei nº 071, que criou esses dois municípios. Contudo, ao expedir este decreto, o governador, paradoxalmente, selou sua sorte à frente na condução do Estado de Rondônia. Era um período de grande agitação política e o coronel-governador Jorge Teixeira vivia em rota de colisão com os deputados que formavam a Assembleia Es-tadual Constituinte, presidida pelo deputado José de Abreu Bianco e secretariada pelo deputado Oswaldo Piana Filho, correligioná-rios do governador, mas já não lutavam em suas trincheiras. Por uma estranha coincidência histórica, naquele dia, os deputados-constituintes encerravam os trabalhos da primeira constituição do estado. No dia seguinte, a constituição seria promulgada e o Poder Legislativo instalado. Desse modo, o governador iria perder a prerrogativa de legislar por meio de decretos-leis.

2.Eis a questão. Até aquela data, e desde que tomou pos-seem 04 de janeiro de 1982, o coronel Jorge Teixeira exercia simultaneamente as funções de Executivo e de Legislativo. De modo que fazia as leis, por meio de decretos, e governava sob estes mesmos documentos legais. Os deputados estaduais eram apenas constituintes e, nestas funções, não legislavam, nem fisca-lizavam o Executivo. Por isso, a rota de colisão instalada. Quem podia mais? Os constituintes, detentores de mandatos eletivos, ou o governador, um coronel nomeado por decreto presidencial? O governador, é claro. Por isso ele decidiu por criar os dois muni-cípios naquele dia, apesar da existência de um acordo firmado com os deputados, costurado entre o líder do governo, deputado Jacob de Freitas Atallah, o presidente da Casa, deputado José de Abreu Bianco e o próprio governador. Jorge Teixeira de Oliveira não era um democrata. No se entendimento, o Estado era ele. Não queria dividir o poder com os deputados do seu partido, o PDS, que formavam maioria na Assembleia, formada por apenas duas bancadas, a do governo e a de oposição, com o PMDB. Ele iria quebrar o acordo. Precisava fazê-lo. Mas pagaria o preço com alto capital político.

3.Por este acordo, o governador comprometeu-se a não criar osmunicípios de Cerejeiras e Rolim de Moura como pre-tendia, e a enviar mensagem sobre o assunto no dia seguinte, na abertura dos primeiros trabalhos legislativos. Seria a inaugura-ção do Poder Legislativo. Mas o coronel não estava disposto a cumprir este acordo, afinal, ele havia trabalhado muito para dotar Cerejeiras e Rolim de Moura de condições estruturais para serem emancipados de Colorado do Oeste e Cacoal, respectivamente. Por outro lado, sentia-se abandonado por seu partido e correli-gionários e pensava “o estado sou eu” por ter sido o grande con-dutor de todo o processo que culminou com a criação do estado de Rondônia, em 22 de dezembro de 1981. Por isso, rompeu o acordo e despachou o decreto 071/1983, promovendo a primeira divisão territorial no Estado. Estavam criados dois municípios no Estado. Os primeiros criados em Rondônia surgiram das divisões territoriais de 1977 e 1981, por meio de leis complementares fe-derais. Até então, Rondônia tinha treze municípios: Porto Velho e Guajará Mirim, criados quando as terras formadoras do estado eram divididas entre o Mato Grosso e o Amazonas, e Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena, criados em 1977, e Jaru, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Espigão do Oeste, Colorado do Oeste e Costa Marques, de 1981.

4.A atitude inesperada do governador caiu como uma pedra no meio do plenário da recém-instalada Assembleia Legislativa, onde, em tese, ele contava com a maioria dos vinte e quatro parla-mentares, tendo em vista seu partido, o PDS, contar com quinze deputados. A oposição era formada por nove deputados do Partido Democrático Brasileiro, PMDB, cujo líder era o deputado Tomás Guilherme Correia, de Jaru. No entanto, o desagrado estava justa-mente no meio da maioria dos aliados do governo, cuja bancada, aos poucos, passou atuar como oposição governista. “Teixeira não tem palavra”, bradavam as vozes mais fortes da situação/oposi-ção, engordando o coro oposicionista do PMDB, que, paradoxal-mente, às vezes agia como situação.

5.Era um quadro político deveras interessante: enquanto os deputados do PDS,partido situacionista, agiam como oposição ao governador, o PMDB, oposicionista, salvo raríssimas exceções, agia como base de apoio ao governador e criava uma conjuntura complicada. Explica-se: na época, o Brasil estava mudando e o regime militar estava nos estertores finais e o governador pretendia permanecer no cargo na forma do disposto na lei complementar nº 041, de 22.12.1981, que criou o Estado de Rondônia. Por isso, ele havia firmado um acordo secreto com o PMDB para a criação desses municípios. Não era de estranhar que deputados como Amir Lando, Tomás Correa, João Dias e Ronaldo Aragão defendessem o governo Teixeira na Assembleia Legislativa. Aos poucos, o go-vernador Jorge Teixeira, até então tido e havido como o “Trator” da construção de Rondônia e um militar democrata, foi ficando isolado em seu próprio governo. O “Trator” havia atropelado a recém-instalada Assembleia Legislativa. O que ele não sabia é que de Rolim de Moura viria o seu atropelamento político.

6. E foi assim que surgiu no cenário político de Rondônia oatual senador Valdir Raupp de Matos, eleito como primeiro pre-feito de Rolim de Moura, tendo como vice-prefeito Roque Mazu-chelli, e o ex-senador Expedito Junior, eleito a vereador no mesmo pleito. Em Cerejeiras, o primeiro prefeito foi Adelino Neiva de Carvalho, também do PMDB, tendo como vice-prefeito Sebastião P. de Almeida. Convém esclarecer que as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereadores nestes dois municípios foram realizadas no dia 09 de dezembro de 1984. Os vereadores que formaram a primeira câmara municipal de Rolim de Moura foram: Expedito Gonçalves Ferreira Junior, Geny Zorek, Algemiro dos Santos, Al-bino Ragnini, Joel Pereira, José Carlos Rasteiro e Amilton Pires, do PMDB; Anerly Lessa, José Olinto, Júlio Dentista, Eliezer Dan-tas, Armando Marcelino e Argileu de Argolo, do PDS. Em Cerejei-ras, a primeira câmara municipal foi constituída pelos vereadores José Luiz Moreira, Angelim Rodrigues, Simão P. Saraiva e Elcias F. Neto, do PDS; o PMDB elegeu Jandir Ferreira, Genadir Bragan-ça, Onésio Florêncio. Silvino Orlando e Israel Neiva de Carvalho. Estes foram os primeiros administradores e representantes políti-cos dos municípios de Cerejeiras e Rolim de Moura eleitos pelo voto direto.

7. A partir destas eleições o PMDB assumiria a lideran-ça políticado Estado, o PDS sairia da cena política nacional e o governador Jorge Teixeira seria demitido do cargo e quase expul-so de Rondônia. Pois é. As coisas acontecerem como acontece-ram. Como se pode observar, o PMDB sagrou-se vitorioso nes-sas eleições, seguindo a esteira de mudanças políticas em todo o país. Contudo, foi a partir das eleições do prefeito Valdir Raupp de Matos, em Rolim de Moura, que tudo começou a mudar no

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAcenário político regional e o governador Jorge Teixeira de Olivei-ra, o Teixeirão, perdeu terra nos pés. Portanto, passados 31 anos, não faz mal nenhum recuperar uma importante parcela da memória política do nosso Estado, na Era Teixeira, com a criação de dois importantes municípios rondonienses. Um, na Zona da Mata e ou-tro no Cone Sul.

PS: Diz-se que na política de Rondônia quem já foi e não é mais é o mesmo que nunca ter sido. Esta coluna discorda e presta uma homenagem ao governador Jorge Teixeira de Oliveira, artífi-ce da criação desses dois municípios e o grande perdedor político desse processo. Homenageia também aos primeiros prefeitos, vi-ce-prefeitos e vereadores eleitos em 09 de dezembro de 1984 e, ao povo pioneiro de Rolim e Moura e região, e Cerejeiras e região.

05/08/2014 Por Francisco MatiasFrancisco Matias - Historiador e Analista Político Porto Ve-

lho - autor do livro “PIONEIROS” - 1998. E-mail: [email protected]

http://www.gentedeopiniao.com.br/noticia/rondonia-e-o-5-de-agosto

EDUCAÇÃO

Compromisso - Formação para correção de fluxo em Ron-dônia começa com pacto pela educação

Evento reuniu professores de todo o estadoNum ambiente marcado pela emoção, educadores de 18 mu-

nicípios iniciaram nesta quarta-feira (29), no auditório do Hotel Rondon, a mais uma formação para o projeto de correção de fluxo. O curso, promovido pelo Instituto Ayrton Senna, prepara professo-res para que atuem com alunos com defasagem na relação idade/nível escolar. O compromisso com a educação foi firmado ao final do evento, quando os presentes deram as mãos e gritaram: “Ron-dônia!”

A professora Wanusmeire da Silva, coordenadora e mediadora dos programas Acelera Brasil e Se Liga, que atuam diretamente na correção de fluxo escolar, testemunhou conquistas de alunos que passaram pelos programas. “Neste trabalho, conseguimos tirar do ambiente discriminatório as crianças que estão à margem na edu-cação”, acrescentou.

Diante de colegas de profissão, do governador Confúcio Mou-ra, a secretária estadual de Educação Fátima Gavioli, o secretário-chefe da Casa Civil, Emerson Castro, e o deputado estadual Edson Martins, além da gerente de projeto da Fundação Ayrton Sena, Nil-ceia Freitas, Wanusmeire acentuou que os programas descobrem que o aluno é capaz. A educadora reforçou que na correção de flu-xo escolar o aluno descobre o próprio valor e aprende a amar e a gostar de estudar. Ao final, ela declarou: “governador Confúcio, obrigado por acreditar em nós”.

A professora Rosilda Costa de Souza, do município de Ari-quemes, relatou que quando o aluno tem idade aquém da série em que deveria estar, entra na sala cabisbaixo, indisciplinado e se sen-tindo incapaz. Estes sentimentos vão desaparecendo aos poucos quando descobrem o próprio potencial.

SOB A CADEIRAO exemplo de uma aluna com defasagem de aprendizado foi

relatado com emoção pela professora Juliane Maria Tavares, de Ji-Paraná. “No início, quando ela era chamada para uma leitu-ra qualquer, se escondia debaixo da cadeira. Dois anos depois, pedi que alguém da sala lesse um texto ela foi a primeira a se apresentar. Foi um momento para não ser esquecido”, afirmou. Ao final do testemunho, Juliane repetiu a frase que ouviu de outro estudante beneficiado pelo programa: “Só faz parte do Acelera Brasil quem é top da galáxia”. Ela acrescentou: “nós somos top da galáxia, porque somos os responsáveis por tudo isto, concluiu com entusiasmo.

Nilceia Freitas, em nome do Instituto Ayrton Senna, disse que a entidade tem um planejamento para ser cumprido até o ano 2020 e que estabelece como devem ser feitas as parcerias na área educacional. “Só atuaremos com quem pode apresentar resultados robustos e confiáveis. E Rondônia nos deu esta garantia.”

O secretário-chefe da Casa Civil, Emerson Castro, que já foi secretário estadual da Educação, declarou que não sabia o que era correção de fluxo escolar e que descobriu a relevância deste trabalho no decorrer da gestão. O sucesso do programa deve ser em conjunto, segundo ele. “Educação não se faz sozinho, União, Estado e Município devem ter o mesmo compromisso”, afirmou.

Governador, secretária de Educação e representante do Insti-tuto Airton Senna

INDICADORESOs professores estarão representados na Assembleia Legis-

lativa, conforme promessa do deputado estadual Edson Martins. Ele disse que vai apresentar as conquistas de Rondônia na área de educação durante uma das sessões do parlamento estadual.

“Estar entre educadores é a confirmação da minha docência”, afirmou a secretária estadual de educação, Fátima Gavioli. Se-gundo ela, muitos dos professores da plateia foram seus alunos e ingressaram na profissão. Gavioli também recordou que tem apoio do governador do estado para realizar trabalhos que dêem a Rondônia lugar de destaque na área.

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Didatismo e Conhecimento 27

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIADIA DE CAMPO NA EDUCAÇÃOO governador Confúcio Moura afirmou que as escolas vão

bem quando os professores têm compromisso com a missão. Ele destacou que é preciso contagiar os docentes e criar uma onda po-sitiva nesta área para favorecer a educação.

Após elencar números positivos da educação Confúcio pro-pôs criar um ‘dia de campo’ na educação, para que os projetos das escolas com índices positivos sejam conhecidos. Ele também lembrou que a eleição dos diretores é uma forma de assegurar à comunidade escolar o direito de escolher o que é melhor para seu próprio desenvolvimento.

O evento foi encerrado com os professores e convidados, de mãos dadas formando um pacto em favor da educação. Em segui-da, a formação foi iniciada em diversas salas, onde informações serão partilhadas durante quatro dias.

Fonte29 de abril de 2015 Texto: Nonato CruzFotos: Bruno CorsinoSecom - Governo de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2015/04/57368/Aluno DestaqueAluno de Rondônia conquista primeiro lugar em concurso

internacional de redação e representará o Brasil na Suíça

Leonardo conquistou o primeiro lugar na fase nacional do concurso de cartas

As conquistas na vida de Leonardo Silva Brito, de 15 anos, parece ter ganhado um efeito dominó. Neste ano, o jovem, que é aluno do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Carlos Drum-mond de Andrade, em Presidente Médici, ganhou a grande res-ponsabilidade de representar o Brasil na Suíça após ficar em 1º lugar na fase nacional do 44º Concurso Internacional de Redação de Cartas da União Postal Universal (UPU).

Em 2014, o garoto foi selecionado para participar do Proje-to Histórico Educacional Rondon-Roosevelt, que o levou, junto com outros sete estudantes, a um intercâmbio cultural nos Estados Unidos.

Não é a primeira vez que Leonardo participa do concurso de cartas da UPU. Desde 2011, quando estava no 7º ano do ensino fundamental, o garoto inscreve redações. Na época, ele ficou em 3º lugar na fase regional, e, através dos anos, foi conquistando po-sições mais altas. Em 2014, Léo foi campeão na fase regional e ficou em 7º no nacional.

Neste ano, o garoto conquistou o primeiro lugar nas duas fases e representará o Brasil na etpa internacional. “Estou muito feliz e impressionado com a minha conquista. A gente nunca espera que isso possa acontecer e, quando acontece, é um choque”, comenta, entre risos, o jovem.

“Eu acredito que somos nós que construímos o mundo” –

Leonardo Silva Brito, 15 anos O tema do concurso deste ano era ‘Escreva uma carta para

descrever o mundo onde gostaria de crescer’. Leonardo conta que se inspirou nas lembranças e experiências que teve durante sua viagem aos Estados Unidos no ano passado pelo Projeto Rondon--Roosevelt, promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Se-duc) de Rondônia. “Lembrei quando estava no Lincoln Memorial, em Washington, e o guia contou para nós que ali foi o palco de um dos maiores e inesquecíveis discursos do mundo: o de Martin Luther King, falando sobre a união das pessoas, independente da cor”, recorda.

Em 2014, Leonardo (primeiro da esq. para dir.) participou de um intercâmbio cultural após sua redação ter sido selecionado em concurso

A partir disto, o jovem explica que começou a elaborar a sua redação com base no sentimento de voluntariado das pessoas e a sustentabilidade para a preservação do planeta. “Quis juntar no texto elementos que são fundamentais para o mundo ser bom e habitável com meus ideais, porque eu acredito que somos nós que construímos o mundo”, ressalta.

A fase internacional reunirá todas as redações que conquista-ram o primeiro lugar na fase nacional de cada país e acontecerá na cidade de Berna, na Suíça. Sobre a responsabilidade de representar o país, Leonardo diz estar muito orgulhoso por isso. “Fico feliz e ao mesmo tempo ansioso. Quero fazer o meu melhor e tentar trazer a vitória para o meu país”, espera o garoto.

O aluno, pais e o diretor da escola Carlos Drummond de An-drade, Celso Belchior, participarão da solenidade de comemoração ao Dia Mundial dos Correios, na Administração Central dos Cor-reios, em Brasília, em outubro deste ano, quando Leonardo rece-berá o prêmio pela conquista na fase nacional.

Fonte23 de abril de 2015 Texto: Halex FredericFotos: Escola Carlos Drummond de Andrade/Arquivo pessoalSecom - Governo de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2015/04/55599/

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Didatismo e Conhecimento 28

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAEducação tempo integralEscolas estaduais de Porto Velho terão mais salas para a

educação de tempo integralOs convênios para as obras foram assinados nessa segunda-

feira (11), na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Flora Calheiros Cotrin, no bairro Escola de Polícia.

A educação de tempo integral avançará em quatro estabeleci-mentos de ensino de Porto Velho. As escolas estaduais Flora Ca-lheiros Cotrin, Juscelino Kubistchek, Marcos Freire e Bela Vista, que já estão integradas ao sistema, ganharão novas salas para as atividades dos alunos. Os convênios para as obras foram assinados nessa segunda-feira (11), na Escola Estadual de Ensino Fundamen-tal e Médio Flora Calheiros Cotrin, no bairro Escola de Polícia.

Os recursos, totalizando R$ 725 mil, são oriundos de emendas parlamentares do deputado Aélcio da TV. São R$ 145 mil para cada unidade escolar.

A cerimônia teve a presença do governado Confúcio Moura, idealizador do Projeto Guaporé, que leva ensino integral à rede oficial de ensino; e o deputado proponente da emenda.

Aélcio informou na ocasião que o fortalecimento da educação é prioridade, e destacou assessores para visitar as escolas a fim de descobrir as demandas mais urgentes.

As escolas contempladas poderão, utilizando o Programa de Ajuda Financeira às Escolas (Proaf), licitar e contratar as empre-sas, o que dará mais agilidade às obras.

Nos espaços que serão construídos haverá mais conforto para que as atividades inerentes ao Projeto Guaporé sejam desenvolvi-das, conforme justificou o governador.

Idealizador do Projeto Guaporé, o governador Confúcio Mou-ra explicou que o objetivo é oferecer educação completa no ensi-no convencional com as disciplinas curriculares, e complementar, com atividades extras, como informática, artes e literatura, por exemplo.

“É a integração do aluno com a cidade, com seu povo. Não queremos que estude apenas para fazer prova e tirar boas notas. Estamos oferecendo educação para a vida”, afirmou o governador.

Confúcio agradeceu ao deputado Aélcio pela iniciativa de des-tinar recursos para a melhoria da educação, e destacou que estu-dantes e abnegados professores têm feito esforços para a formação de uma sociedade melhor.

REFORMAOs alunos da escola Flora Calheiros, que comemoraram muito

o anúncio das obras para beneficiar o ensino complementar, tam-bém foram informados de que, após 23 anos, o estabelecimento passará por uma reforma geral, que custará R$ 3 milhões. “Será uma das escolas mais bonitas da cidade, podem ter certeza”, disse a secretária estadual da Educação, Fátima Gavioli.

Rondônia vive, segundo o vice-governador Daniel Pereira, o melhor momento na área educacional. Ele atribui as conquistas a Confúcio Moura, que vislumbra alternativas para provocar avan-ços que não seriam possíveis pela estrutura convencional. Pereira disse que os trabalhadores do setor também são responsáveis pelas melhorias através do empenho com que dedicam à missão de en-sinar.

Ainda durante a cerimônia, o vice-prefeito de Porto Velho, Dalton di Franco; o prefeito de Candeias do Jamari, Antônio Sera-fim; e o prefeito de Itapuã do Oeste, João Testa, receberam da Su-perintendência Estadual da Juventude, Cultura e Lazer (Sejucel), kits esportivos destinados às escolas municipais.

O superintendente Rodnei Paes explicou que o estímulo às práticas esportivas nas escolas é um compromisso do governo es-tadual. “Todo os municípios de Rondônia estão sendo contempla-dos”, garantiu.

12/04/2016 http://www.tudorondonia.com.br/noticias/escolas-estaduais-

de-porto-velho-terao-mais-salas-para-a-educacao-de-tempo-in-tegral,59437.shtml

Educação no Campo

Em Cacoal: Seminário discuti Educação do Campo

“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ain-da, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós, que é o de assumir esse país democraticamente.” Paulo Freire

No dia 27 de abril de 2016, reuniram-se 30 pessoas no audi-tório da Secretaria Municipal de Agricultura do município de Ca-coal, para um seminário sobre Educação do Campo.

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Didatismo e Conhecimento 29

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAO Seminário, provocado pela equipe de base da Comissão

Pastoral da Terra, foi motivado em razão dos clamores vindos do campo, face as ameaças de fechamento de escolas no campo, e o projeto de Ensino Médio com Mediação Tecnológica, proposto para as escolas da área rural em Rondônia.

A conjuntura atual apresenta vários desafios. Entre esses de-safios, o da resistência, para sustentar as conquistas na área da educação, manter nossas escolas e o ensino presencial. Essa re-sistência faz parte do enfrentamento aos projetos de esvaziamento do campo. Portanto os problemas enfrentados em relação a edu-cação do campo não são fatores isolados, mas são reveladores do tratamento desigual com relação ao campo, visto sempre do olhar da cidade, para cumprir as necessidades da cidade.

Para os camponeses, pequenos agricultores, o campo, é lugar de vida, de amor a terra, e de reprodução de saberes. A escola precisa ir de encontro a isso, ser espaço de afirmação de identida-des, e formação libertadora dos sujeitos. Como fazer isso a partir de aulas em televisores, se com os professores em sala já é tão precário?

A proposta do estado de Rondônia é implantar o ensino a distância ou com mediação tecnológica no ensino médio na zona rural. As escolas do nosso município que possuem ensino mé-dio receberam visitas da Coordenadoria de Ensino no início deste ano, e num primeiro momento, os pais resistiram ao projeto.

Já o município, segue com a proposta de construção de uma escola polo e o fechamento das demais, o reordenamento das es-colas, preocupa os pais, pois muda a escola, mas os problemas permanecem: a distância aumenta, a falta de qualidade no trans-porte escolar, as más condições das escolas, das estradas e a qua-lidade do ensino. A Escola do campo para nós é muito mais do que uma estrutura física, é espaço de encontro e de vivência das comunidades, fechar uma escola é destruir a cultura e organização local.

Quem acredita numa educação de qualidade, pais, alunos, co-munidades, devem estar atentos e PARTICIPAR DE REUNIÕES E RODAS DE CONVERSA que permitam avaliar a implantação da Educação a Distância, e conhecer o exemplo de várias comuni-dades do estado, que tem utilizado da organização e da luta, junto aos movimentos da Via Campesina, para resistir aos projetos que afetam a educação, e agravam a situação do campesinato, tirando os jovens ainda mais cedo do campo.

Reafirmamos que precisamos estar organizados, para manter nossas escolas abertas, e construir o projeto de educação do cam-po para o nosso município, assim como um plano para a agricul-tura, que pense em especial a juventude.

Sabemos que a Educação a distância vem embutida num pro-jeto que considera educação como mercadoria e não direito, por isso pode ser privatizada. É preciso que comunidades onde as es-colas estão inseridas participem das discussões sobre este tema.

Precisamos para o campo, uma educação que seja instrumen-to de libertação e afirmação de sujeitos, e não de um projeto, que em nome de uma dita tecnologia copiada de outro estado, onde a realidade é outra, isola a escola e o ensino da realidade da parti-cipação e da interação entre profissionais, alunos, pais e comuni-dade.

Fonte28 de abril de 2016Equipe de base da CPT em Cacoalhttp://cptrondonia.blogspot.com.br/

Verbas para EducaçãoAélcio destina mais R$ 165 mil para escolas de Porto

VelhoParlamentar destina a maior parte de suas emendas para a

educação.

O deputado Aélcio da TV (PP) destinou emendas de R$ 115 mil para reforma do muro e instalação de grades na Escola Es-tadual de Ensino Fundamental Jorge Vicente Salazar, no bairro Cohab Floresta, Zona Sul de Porto Velho, e de R$ 50 mil para compra de centrais de ar para a Escola Estadual de Ensino Fun-damental Risoleta Neves, no Tancredo Neves, Zona Leste. As emendas fazem parte do trabalho que o parlamentar vem desen-volvendo nas escolas da capital.

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Didatismo e Conhecimento 30

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAAélcio da TV estipulou como meta destinar grande parte

de suas emendas parlamentares à área da educação. Neste ano o deputado da educação, como vem sendo chamado, investiu R$ 2,315 milhões dos R$ 3 milhões, que ele direito na Casa de Leis. Dezesseis escolas estão sendo contempladas diretamente com os recursos.

Para a diretora da escola Vicente Salazar, Marlene Rodrigues da Silva, a atitude do deputado demonstra seu compromisso jun-to à comunidade “Eu considero a educação fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade, e o deputado vem fazendo a diferença nesse quesito. A escola já tinha um projeto pronto para construção do muro e quando o procuramos, logo fomos atendi-dos”, ressaltou.

O professor e diretor da escola Risoleta Neves, Florisvaldo Alecrim Naji, disse que a emenda significa a realização de um so-nho. “Fiquei muito feliz quando recebi a visita da equipe do de-putado. A falta das centrais de ar era uma grande preocupação. As centrais que tínhamos estavam muito danificadas, com mais de oito anos de uso. A emenda do deputado foi de extrema importân-cia”, detalhou.

“Esse é o principal caminho para o desenvolvimento. O in-vestimento mais seguro que se faz é na educação. E mais escolas serão beneficiadas. Estou muito feliz com o resultado do nosso trabalho”, destacou Aélcio da TV.

10/05/2016 http://www.tudorondonia.com.br/noticias/aelcio-destina-

-mais-r-165-mil-para-escolas-de-porto-velho,60375.shtml

Formação ContinuadaCurso de formação continuada para secretárias e auxiliares

das escolas marca nova era na educação estadualAo todo, 103 profissionais da Educação na área de atendimen-

to ao público, secretários e auxiliares de 21 escolas estaduais de Ariquemes e jurisdição, como Cacaulândia, Monte Negro, Campo Novo, Alto paraíso, Rio Crespo e Cujubim, participam do curso.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) realizou nesta segunda-feira (9), no auditório do Centro de Ensino de Educação de Jovens e Adultos de Ariquemes (Ceejar), o lançamento do curso de Formação Continuada para secretárias e auxiliares das escolas estaduais de Ariquemes e jurisdição. Promovido numa parceria com as Faculdades Associadas de Ariquemes (Faar), o curso tem por objetivo construir competências e habilidades práticas na área da Educação, desenvolvendo os cinco pilares: desburocratização, relacionamento, autonomia, tecnologia da informação e comuni-cação através da análise critica e refletiva.

“Estar aqui, hoje, significa que estamos aliados àqueles que têm como função a qualificação dos serviços prestados à popula-ção”, disse a vice-diretora da Faar, Elenice Cristina Rocha, com-pletando que ser parceiro do poder público em um projeto que visa o desenvolvimento profissional, social e cultural, é motivo de orgulho, e certeza de que a instituição caminha na direção correta.

Para a secretária da escola Chico Mendes, Silvana Alcides da Costa, com 28 anos de serviços públicos, 21 deles nessa função, a formação continuada é uma condição importante para o desen-volvimento profissional, aprimoramento no campo do trabalho e carreira e, principalmente, a valorização do trabalho dos profissio-nais da educação. “Só temos a ganhar. A alegria e expectativa são grandes. Agradeço ao governador Confúcio Moura e a todos que participaram do processo”, disse.

De acordo com com coordenadora de Educação de Arique-mes, Núria Saguê, o curso é composto por sete módulos, com encontros presenciais uma vez por mês, por um período de sete meses. As aulas iniciarão nesta quarta-feira (11).

Núria explicou que a pretensão do governo estadual, por meio da CRE Ariquemes e Faar, não é oferecer aos cursistas conheci-mentos prontos e acabados, mas, sim, momentos de reflexões, pois o desafio de refazer a educação, reinventá-la, criar condições obje-tivas para que uma educação democrática seja possível dentro do ambiente de trabalho. “A semente foi semeada, porém, a colheita dos frutos dependerá do compromisso do desprendimento de cada um de nós”.

“Nada detém o conhecimento. A educação é a solução de to-dos os nossos problemas, inclusive o de fator moral”, afirmou o delegado regional, Thiago Flores, destacando a importância dos profissionais de Educação, principalmente dos secretários e auxi-liares que, segundo ele, essa função faz deles o cartão de visita das escolas, e o aprimoramento dos servidores vem de encontro com a transformação que a era digital impõe a todos os campos da sociedade.

A internet atinge cada vez mais o sistema educacional, a es-cola, enquanto instituição social é convocada a atender de modo satisfatório as exigências da modernidade. “O governador Confú-cio acompanha esse quadro de transformação, investindo em equi-pamentos modernos para as escolas, implantando novos progra-mas, aplicando novas metodologias, propiciando conhecimentos e habilidades necessários aos profissionais e aos educandos na era digital”, disse Flores.

O evento ainda contou com a apresentação da orquestra da escola Heitor Villa Lobos; e a presença dos deputados estaduais Adelino Follador, Saulo Moreira e Alex Redando; e do diretor-geral do Instituto Federal de Rondônia (Ifro).

10/05/2016http://www.tudorondonia.com.br/noticias/curso-de-forma-

cao-continuada-para-secretarias-e-auxiliares-das-escolas-mar-ca-nova-era-na-educacao-estadual,60244.shtml

Educação avança da merenda ao netbookLaerte Gomes participa da entrega de netbooks a alunos de

cidades da região Central do Estado.A entrega de equipamentos eletrônicos para inovação da edu-

cação chegou a municípios da região Central de Rondônia nesta segunda-feira (25), como tem acontecido em todo Estado. Alunos e professores de escolas estaduais em Nova Londrina, distrito de Ji-Paraná, e Alvorada do Oeste receberam netbooks, projetores e periféricos para as aulas em inovação tecnológica.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAEm todas as escolas o deputado Laerte Gomes (PSDB-Ji-Paraná), juntamente com a secretária de Estado de Educação, Fátima Gaviolli,

falou sobre a importância dos investimentos que estão sendo feitos para o aprimoramento dos métodos e meios de ensino em Rondônia.Recebido pelos diretores e demais servidores, Laerte Gomes verificou, ainda, as condições da estrutura das escolas e as necessidades de

reforma e ampliação. Sobre essas necessidades, o deputado conversou diretamente com o secretário Regional de Governo, Romildo Pereira, que acompanhou a comitiva até Alvorada do Oeste. Como resultado desses investimentos em educação, o deputado destacou as conquistas que estão sendo alcançadas pelas escolas estaduais, com alunos que receberam prêmios em olimpíadas de conhecimento feitas em todo Bra-sil. Ainda na visão do deputado Laerte Gomes, todos esses avanços só são possíveis em razão do trabalho que está sendo feito pela secretária Fátima Gaviolli e sua equipe. Para que esses temas importantes não tenham retrocesso, Laerte disse que a Assembleia Legislativa tem sido ágil na aprovação dos projetos. “Projetos dessa importância chegam e são votados no mesmo dia na Assembleia Legislativa”, disse.

Mesmo com a importância da inovação tecnológica, o deputado lembrou que outros setores precisam de atenção e as zeladoras e me-rendeiras foram lembradas. A contratação terceirizada é uma solução, segundo Laerte Gomes, para os problemas enfrentados hoje com a falta dessas profissionais.

HomenagemEntre os compromissos cumpridos nesta segunda-feira, o deputado Laerte Gomes, representando a Assembleia Legislativa, fez a

entrega ao professor da Escola Santa Ana (de Alvorada do Oeste), Renato Cassaro, do Voto de Louvor concedido pela Casa de Leis. Coordenador das olimpíadas de conhecimento em Rondônia, Renato Cassaro recebeu a homenagem pelos resultados que seus alunos têm alcançado em competições de conhecimento, até mesmo fora de Rondônia.

Ex-vendedor de picolé e ex-agricultor, o professor é, segundo Laerte Gomes, motivo de orgulho e a entrega desse Voto de Louvor é muito merecida.

27/04/2016 - 10h20min - Atualizado em 27/04/2016 - 10h20min http://www.tudorondonia.com.br/noticias/educacao-avanca-da-merenda-ao-netbook,59848.shtml

Educação IndígenaPor uma historiografia da educação escolar indígena em Rondônia: relato de Paiter Suruí

O objetivo de escrever este texto surgiu da necessidade de registrar e refletir sobre a trajetória da História da Educação Escolar Indígena em Rondônia a partir da visão de um Professor Paiter Suruí. Inclui a história da escola onde leciono e a minha caminhada de formação e de profissionalização, dois aspectos que juntos compõe importantes elementos que demonstram como vem sendo delineada esta modalidade de ensino na Amazônia brasileira, cenário tradicional e atual de varias etnias indígenas.

A metodologia que adotamos leva em conta os registros da memória, tratado aqui como: “[...] um locus privilegiado do encontro entre a vida íntima do indivíduo e sua inscrição numa história social e cultural. A biografia, ao tornar-se discurso narrado pelo sujeito autor e prota-gonista, instaura sempre um campo de renegociação e reinvenção identitária. (CARVALHO, 2003, p.1). É nesta perspectiva que escrevemos como narradores de uma história em movimento.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAI – Histórico da Escola Indígena Estadual de Ensino Fun-

damental PaitereyAntigamente a nossa escola era o mais velho. A criança do

tempo da gente não conhecia o não indígena, assim logo de manhã quando acordava já sabia que o pai ia chamá-lo para acompanhar, caminhar e aprender sobre o seu povo esse era o primeiro passo da tarefa de alfabetizar a criança culturalmente. No tempo passa-do do meu povo tradicional, a escola não era dividida, os nossos sabedores eram unidos e ajudavam uns aos outros principalmente nos conhecimentos mais difíceis a união que fortalecia a nossa his-tória e a troca de experiência do conhecimento da tradicional mais antigo do povo.

Entre os anos de 1994 a 1996, pela primeira vez aconteceu o encontro de formação dos professores indígenas pelo projeto IAMÁ – Instituto de Antropologia e Meio Ambiente, que me con-vidou para participar do curso dado pela antropóloga Dra Betty Mindlin. Então depois do curso surgiu a ideia de construir uma escola na aldeia Lobó, nesses anos a aldeia era só Lobó depois surgiu aldeia Tikã no ano de 1995 próxima da aldeia Lobó. Então construímos uma escolinha na aldeia. Vendo isso a comunidade foi apoiar e cedeu um local para as aulas e assim foi indo. Quando completei dezoito (18) anos de idade em 1998, fiz o teste seleti-vo pela prefeitura municipal de Cacoal e consegui ser contratado como monitor indígena da aldeia. Colocamos o nome da escola, “Paiterey” que pode significar “Povo grande”. Neste sentido, de acordo com o Parecer 13/2012 que trata das Diretrizes Curricula-res Nacionais para a Educação Escolar Indígena:

Nos processos de reelaboração cultural em curso em várias terras indígenas, a escola tem se apresentado como um lugar es-tratégico para a continuidade sociocultural de seus modos de ser, viver, pensar e produzir significados. Nesta nova perspectiva, vis-lumbra-se que a escola possa tanto contribuir para a melhoria das condições de vida das comunidades indígenas, garantindo susten-tabilidade, quanto promover a cidadania diferenciada dos estudan-tes indígenas.(BRASIL, 2012, p. 4).

Depois de um ano,em 1999 consegui o contrato emergencial pelo estado e até hoje permaneço com este vínculo já que só agora no mês de julho está ocorrendo o concurso. Desde o seu surgimen-to a escola Paiterey atendeu uma única comunidade, a Aldeia Lobó que tem esta denominação por causa do rio que dava muito traira de mesmo nome – e depois surgiu a aldeia Tikã. Desde o ano de 1998 até hoje a escola atende as duas aldeias.

A comunidade da aldeia Lobó é constituída de seis famílias com 37 (trinta e sete) pessoas no total, sendo que na comunidade da aldeia Tikã há onze famílias, cerca de 53 (cinquenta e três) pes-soas e quatro (04) gestantes em 21 de abril 2015. As duas comu-nidades totalizam em 90 (noventa) pessoas entre adultos, jovens e crianças – homens e mulheres. Desse total, 20 (vinte) crianças são estudantes da Escola Paiterey e assim esta é a história da minha escola e da comunidade.

II – Um pouco da minha História pessoal e profissionalTemos que construir uma nova profissionalidade docente e

que esteja também baseada numa forte pessoalidade. Na educação não é possível separar a dimensão da profissionalidade da dimen-são da pessoalidade e isso implica um compromisso pessoal, de valores, do ponto de vista da profissão. É nesse sentido que julgo que nós podemos e devemos caminhar no sentido de celebrar um

novo contrato educativo com a sociedade, que passa também pela reformulação da profissão. Pois com certeza não haverá sociedade do conhecimento sem escolas e sem professores. Não haverá fu-turo melhor sem a presença forte dos professores e da nossa pro-fissão.

Antonio NóvoaSou Naraykopega Suruí Paiter, do Clã Gameb, nasci em 1979

na T. I. Sete de Setembro, município de Cacoal, estado de Rondô-nia, onde vivo até hoje. Meu nome significa: “Wawã sadena kuku akopega ama só mamir akapãm emaga apopid mi maname pi ewe-sed detena é”, ou seja, “O espírito do Pajé abre caminho de sorte, proteção contra perigo, inimigo e doença”.

Sou filho dos irmãos Marimohb Surui e Tikã Surui, minha mãe é Pagoxijor Surui. Somos oito irmãos e irmãs só com a minha mãe. A razão de ter dois pais tem fundamento cultural. Meu pai Marimob marcou a minha mãe desde que ela era criança. Quando a minha mãe cresceu, virou mocinha o meu pai Marimob casou com ela e viveu um tempo com a minha mãe e por ai minha mãe engravidou de mim. Então meu pai Marimob viu que o irmão dele estava sem mulher e sentiu pena por isso pediu para ele casar-se com minha mãe ai o meu pai Tikã viveu com ela até o fim e isso marcou a minha vida, minha história, por isso a consideração de ter dois pais que eram dois irmãos. Essa era regra da nosso cultura tradicional do nosso povo Paiter, antigamente era comum uma pes-soa, um guerreiro Paiter como meu pai, por exemplo, casar com mais de uma mulher e viver todos juntos numa mesma maloca.

Minha mãe contou que na infância uma pessoa muito especial ajudou a cuidar de mim, a antropóloga Betty Mindlin, pessoa que tenho muito respeito e que considero como minha segunda mãe, principalmente ela e minha mãe eram na época, todos jovens. De-pois lá no curso do Instituto de Antropologia e Meio Ambiente – IAMÁ a gente falava sobre isso como ela andava comigo, me levava no colo quando ia fazer suas pesquisas, se preocupava com a minha alimentação, pois durante certo tempo minha mãe adoe-ceu e não podia cuidar de mim. Não só eu, mas o povo Paiter Suruí é grato demais a ela pelo cuidado, trabalho e carinho com todos nós naqueles tempos difíceis em que tinha muita incompreensão e preconceitos.

Desde pequeno o meu sonho era ser alfabetizador na minha comunidade, sonhando que crianças Paiter conhecendo a escrita da ferramenta pode ajudar um dia futuramente o povo Paiter como ler e aprender. Em 1994 quando eu tinha (15) quinze anos iniciei o conhecimento da docência e logo procurei a Betty Mindlin, pois ela tinha projeto de formação para professores indígenas de Ron-dônia pelo Instituto de Antropologia e Meio Ambiente – IAMÁ, daí comecei participar do curso de 1994 até 1996 que aconteceu em Cacoal e Ji-Paraná. Foi muito importante esta formação me ajudou a entender o que era ser professor, como ensinar os alunos a ler e escrever nos dois jeitos: Paiter e português, o intercultural:

[...] os professores indígenas têm o complexo papel de com-preender e transitar nas relações entre a sociedade majoritária e a sua sociedade. São interlocutores privilegiados .entre mundos., ou entre muitas culturas, tendo de acessar e compreender concei-tos, idéias, categorias que não são apenas de sua própria formação cultural. Desempenham um papel social novo, criando e resignifi-cando, a todo momento, sua cultura. Nesse processo, o professor indígena desempenha funções sociais específicas segundo o papel da escola para cada sociedade indígena em um determinado mo-mento de sua história. (BRASIL, 2002, p. 21).

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Didatismo e Conhecimento 33

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIADepois no ano de 1998 o governo do estado de Rondônia pro-

pôs o Projeto Açaí para formação dos professores indígenas, para habilitação em magistério indígena no ensino médio (segundo grau indígena). Então cursei a primeira turma do projeto Açaí durante cinco anos, no período de 1998 a 2003. Essa experiência ajudou a aprofundar meus conhecimentos referentes a como trabalhar os dois mundos, o indígena e o não indígena; a troca de conhecimen-tos com os colegas de outras etnias e do Brasil como um todo. A partir daí entendi melhor conceitos como o bilinguismo, a impor-tância de valorização da cultura e não ter vergonha de nossa língua.

Em 1999 quando eu tinha 19 anos de idade à comunidade da minha aldeia me indicou para ser professor pela Secretaria de Esta-do da Educação – SEDUC para atender as crianças da Aldeia Lobó e Tikã. Iniciei meu trabalho como professor na sala de aula sempre trabalhando com alunos de 1º ano e 5º anos. A minha relação com os alunos (as) é ótima, todos os conteúdos das disciplinas que eu passo, os alunos adoram fazer. A relação entre os alunos (a) tam-bém é muito boa, todos respeitam a si mesmos e aos outros colegas de sala. Todos resolvem suas tarefas em conjunto e ajudam uns aos outros. Procuro sempre valorizar o ensino da língua Paiter escrita e falada e o bilinguismo.

Trabalho com todas as disciplinas de primeiro ao quinto ano de ensino fundamental e língua materna do povo Paiter. As disciplinas são escolhidas pela Secretaria de Estado da Educação – SEDUC. As metodologias praticadas na sala de aula são por meio de traba-lhos de grupos ou trabalhos aplicados individualmente. Os recursos que mais uso são os livros didáticos distribuídos pela Secretaria e algumas cartilhas de língua materna elaborada pela Sociedade In-ternacional de Linguística – (SIL) e outros produzidos em cursos de formação.

O tempo que utilizo para trabalhar na disciplina depende muito dos conteúdos que eu vou utilizar na sala de aula. Por exemplo, tem conteúdo que dura em torno de quatro horas: Matemática duas aulas, Português também são duas aulas, Geografia ou História uma aula, Ciências ou Língua Materna uma aula, varia de acordo com os conteúdos dados na sala de aula. Trabalho os conhecimentos tra-dicionais do povo Paiter: a dança, artesanatos, técnicas de preparos de tintas, pintura corporal, instrução de como utilizar arco e flecha, e entre outros, próprios da nossa cultura e não apenas no espaço escolar, outros lugares da aldeia são utilizados:

[...] os espaços de aprendizagem em sua escola não se limitam à sala de aula. Contar histórias, limpar e roçar um caminho, plan-tar, fazer pescaria, são ações que exigem sair da sala de aula e que estão carregadas de uma aprendizagem bastante significativa para todos que dela participam. Essa aprendizagem requer, também, um exercício de metodologias diversificadas para lidar com o conhe-cimento a ser pensado e muitas vezes pesquisado pelos alunos e o professor junto a outros membros de sua comunidade. (BRASIL, 1998, p. 76).

As meninas aprendem também na escola através de palestras das sabedoras indígenas e na prática social tudo aquilo que é feito pelas mulheres Paiter como: colares, anéis, redes, tipoias, pulsei-ras, panelas de barros, confeccionar balaios, cestos, esteiras, contar histórias, cozinhar e entre outras coisas. Também os homens, sabe-dores indígenas vem à escola me ajudar a ensinar os meninos a fa-zerem os deveres das pessoas do sexo masculino: confecção de arco e flecha, cocar, atividades como caçar, pescar, roçar, plantar, colher, construir malocas tradicionais e tapiris, contar histórias, bater tim-bó e fazer pinturas corporais que acontece no dia a dia da aldeia.

Quando já estava concluído o Projeto Açaí eu ouvia falar que iria ter um 3º grau indígena, eu imaginava que era algo difícil isso de ir para a universidade, parecia uma coisa tão longe. Mas como outros colegas passei a sonhar com mais esta etapa de estudos. Após muitas lutas, em 2009 quando a Universidade Federal de Rondônia de Campus de Ji–Paraná ofereceu pela primeira vez as inscrições de vestibular indígena, eu fiz o registro e depois o ves-tibular, conseguindo alcançar uma vaga no Curso da Licenciatura em Educação Intercultural, a primeira turma, uma época de gran-des:

[...] descobertas, debates conceituais, instabilidades de cunho epistemológico e metodológico que apontam para a necessidade de se pensar questões desafiadoras, tais como: a relação entre as culturas locais e as culturas universais, o espaço acadêmico e o espaço da aldeia e outros com vistas a possível reelaboração do conhecimento. (NEVES, 2013, p. 130).

A graduação na Universidade foi sem dúvida um grande avan-ço na minha aprendizagem, aprendi vários conhecimentos de ou-tras culturas indígenas de outro grupo de parentes indígenas, tam-bém aprendi vários conhecimentos novos de outras disciplinas de não indígena de vários professores do curso intercultural.

O Departamento de Educação Intercultural – DEINTER foi a grande corrente de contribuição de fortalecimento durante a minha vida acadêmica nas atividades durante a minha jornada na Uni-versidade e na cidade de Ji-Paraná. O curso ajudou a abrir minha mente sobre a alfabetização, o ser professor indígena, formas de ensinar melhor as crianças. A partir desta visão e da minha pes-quisa sonho em escrever um livro um dia sobre essa experiência.

Considerações Finais Avalio que é importante registrar a história de nossa educação

seu surgimento desafios e falar da História da Educação Escolar Indígena em Rondônia significa narrar as primeiras experiências dos povos indígenas com a escolarização, com a aprendizagem da escrita e com os processos de formação, preocupação que tivemos ao escrever o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC: “Alfabe-tização Intercultural Paiter Suruí: historiografando trajetórias do tempo ágrafo à cultura escrita”.

Como já afirmei, antigamente a nossa escola era o mais velho, mas depois do contato vimos que era preciso construir escola em nossas aldeias para discutir conteúdos que consideramos impor-tante tanto da nossa cultura como do conhecimento do outro, do não indígena. Assim para nós Paiter, a escolarização só veio depois da formação, pois em 1994 fui me preparar no IAMÁ e só em 1999 é que a escola foi implantada na aldeia, ou seja, 20 anos depois do contato com a sociedade não indígena.

Hoje na condição de graduado me sinto mais preparado para enfrentar os desafios da docência na aldeia, embora sinta sempre necessidade de aprender pois atuamos como mediadores entre duas culturas – a indígena e a não indígena, assim é preciso estar sempre refletindo para estabelecer um diálogo intercultural mais democrático entre estes dois mundos, por isso mesmo entendo que uma das saídas seja o processo contínuo de formação para um melhor entendimento desta complexidade, tendo em vista a contribuição para o fortalecimento étnico do meu povo.

13/08/2015 Naraykopega Suruíihttp://www.partes.com.br/2015/08/13/por-uma-historiogra-

fia-da-educacao-escolar-indigena-em-rondonia/#.VzkMA76YIso

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAFórum de Educação IndígenaInstituto Federal realizará primeiro Fórum de Educação In-

dígena em ROEncontro vai debater maneira de atender comunidade indígena.Organização espera mais de 50 lideranças indígenas de todo

estado.

Instituto Federal de Rondônia promove Forum de Educa-ção indigena (Foto: Ifro/divulgação)

O Instituto Federal de Rondônia (Ifro) vai realizar o primeiro Fórum de Educação Indígena em Porto Velho. O objetivo do en-contro é debater sobre a maneira que a educação do instituto pode atender a comunidade indígena do estado. O evento vai acontecer nos dias 15 e 16 de abril, no auditório do campus de Porto Velho. A organização espera mais de 50 lideranças indígenas de todo estado.

Durante o encontro, serão abordados temas como o ‘Diagnós-tico da Política Indigenista no Estado de Rondônia’ e ‘Concepções didático-pedagógicas na Educação Indígena, respeito e valorização da cultura dos povos indígenas’. Para palestrar, foram convidados Ezequiel Roque e Antenor Karitiana.

Toda a programação será voltada para os povos indígenas do estado. O fórum será aberto e as inscrições pode ser feitas pela in-ternet.

O evento acontece a partir das 8h30, no auditório do campus de Porto Velho, localizado na Avenida Calama, 4985 , Bairro Flo-doaldo Pontes Pinto.

Fonte14/04/2016 10h05 - Atualizado em 14/04/2016 10h05Do G1 ROhttp://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2016/04/instituto-fe-

deral-realizara-primeiro-forum-de-educacao-indigena-em-ro.html

TECNOLOGIA

O emprego da tecnologia vem revolucionando a vida do ho-mem, tornando mais fáceis tarefas que antes eram muito compli-cadas ou exigiam grande esforço para serem cumpridas. Depois de revolucionar a indústria e a vida cotidiana, a ciência busca agora aprimorar o corpo humano, ajudando pessoas com paralisia a recu-perar os movimentos.

Índios Suruis promovem debate sobre inovação tecnológi-ca com americanos do Google

Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí vai promover uma oficina com representantes do Google de São Francisco (EUA) entre os dias 20 e 22 de janeiro. O tema principal do evento é a Inovação Tecnológica, Gestão Territorial, Tecnologia e Povos In-dígenas. A atividade acontece no Centro de Formação Paiter Suruí em Cacoal a partir das 08h30.

Segundo Almir Suruí, líder do povo Suruí, o objetivo é levar a tecnologia para todos os povos indígenas da região Norte. “Convi-damos vários povos indígenas de Rondônia, o Governo do Estado, várias fundações ligadas ao setor, além de Organizações Não-Go-vernamentais (ONGs). Queremos criar ferramentas para facilitar o desenvolvimento sustentável por meio da tecnologia, conhecimen-to para todos os povos, sendo indígenas ou não. Os técnicos do Google vão apresentar todas as tecnologias voltadas para a sala de aula via satélite, ligadas as escolas rurais. Eles entendem muito de tecnologia. Queremos trabalhar com os bons especialistas de cada área, então o Google entende bastante. Queremos avançar e eles serão grandes parceiros para contribuir no tema”.

Fonte: Rondoniavip21 de Janeiro de 2015 http://ondasulderondonia.com.br/noticia/rondonia/indios-su-

ruis-promovem-debate-sobre-inovacao-tecnologica-com-ameri-canos-do-google,3401.html

Lousa digital em Rondônia: inovação para prática docente?

Resumo: As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) tem provocado inúmeras transformações na sociedade e a escola não pode ficar à margem dessas mudanças, tendo em vista que as novas tecnologias podem beneficiar o processo ensino – aprendizagem. Nesse sentido, as lousas digitais chegam ao con-texto escolar para proporcionar novas formas de ensinar e apren-der. Diante disso, esse artigo buscou evidenciar alguns aspectos relevantes acerca dos recursos que essa ferramenta oferece para a prática docente e trazer informações acerca da lousa digital em Rondônia. O artigo está ancorado nos estudos de Lévy (1993), Kenski (2003) Nakashima e Amaral (2006), Gomes (2011), entre outros os quais apontam que há muitas iniciativas positivas quando se trata da utilização da lousa digital nas salas de aulas em alguns estados do Brasil, já no estado de Rondônia a implantação de lou-sas digitais nas escolas é emergente e ainda não foram encontrados estudos que indiquem os resultados de sua implantação e utiliza-ção. Entretanto, constatou-se que seus recursos permitem que os (as) discentes sejam produtores de seu próprio conhecimento com a mediação do (a) docente.

[...] nenhum setor da sociedade – mesmo aqueles tradicional-mente resistentes ou menos adeptos às inovações – parece ficar imune às incidências das novas tecnologias. Exemplo claro disso é o setor da educação (SILVA, 2003, p. 75).

Introdução A democratização das TICs – Tecnologias de Informação e

Comunicação demandam novas formas de ver e pensar a educa-ção, assim como, ações mais eficazes para sua promoção, pois as complexidades que se apresentam tanto no campo educacional como na sociedade em geral, requerem uma integração entre as nossas ações e as tecnologias digitais.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA Sendo assim, as proposições desse artigo consistem em re-

fletir sobre as expectativas acerca da chegada da lousa digital nas escolas públicas do estado de Rondônia, pretende também possi-bilitar uma análise de como essa ferramenta pode influenciar de forma significativa a prática docente.

No contexto escolar, muitas tecnologias (lápis, livros, giz, lou-sa, régua, entre outros), já eram utilizadas para instrumentalizar a prática docente. Porém, são as novas tecnologias que têm intensifi-cado os debates a respeito de seu papel no processo ensino-aprendi-zagem por oferecer recursos digitais que possibilitam novas formas de aprender e ensinar. Consoante a isso Coscarelli (2002, p. 45) destaca que “[...] o atributo de velho ou novo não está no produto, no artefato em si mesmo ou na cronologia das invenções, mas de-pende da significação do humano, do uso que fazemos dele”.

Dessa forma, é relevante discutir não só a presença das TICs na escola, mas também sua utilização e os possíveis resultados na aprendizagem dos estudantes, no entanto não se trata aqui de eleger as TICs como “tábua de salvação” para as dificuldades da prática docente e sim elevar as potencialidades que oferecem para dina-mizá-la.

Desse modo, a breve discussão sobre a lousa digital, a qual será realizada nesse artigo está ancorada pelos estudos de Lévy (1993), Kenski (2003) Nakashima e Amaral (2006), Gomes (2011), entre outros, pois acreditamos que a lousa digital apresenta uma infini-dade de recursos multimídias podendo proporcionar aos estudantes a construção do conhecimento e a descoberta de novos conceitos, além de compartilhar uma variedade de informações. Além disso, pretende contribuir para o debate sobre as TICs no contexto escolar, pois os estudos mencionados indicam que estas podem ser agrega-das de maneira significativa à prática docente.

As TICs na sociedade e na escolaDesde as antigas civilizações já existia a preocupação em aper-

feiçoar as maneiras de se informar e se comunicar, contudo Na-kashima (2008) evidencia que foi no final do século XX que surgiu o termo sociedade da informação e do conhecimento, isso ocorreu por conta do intenso desenvolvimento científico e tecnológico e esse fenômeno trouxe novas posturas para a organização social.

As tecnologias digitais ocupam hoje todos os espaços e tornou as atividades cotidianas mais práticas e organizadas. São inúmeros os benefícios que trazem, por meio delas é possível fazer transações bancárias sem sair de casa, integrar várias mídias num só aparelho, ter acesso a bibliotecas virtuais, entretenimentos como jogos, ví-deos, grupos com identidades próprias nos sites de relacionamentos e as informações são transmitidas de forma rápida e em tempo e lugares diferentes tornando o mundo cada vez mais globalizado. Como destaca Ribeiro (2005, p.85), “[...] pode-se perceber, na atua-lidade, uma dependência total do homem em relação à máquina e à tecnologia para sobreviver”.

Nesse sentido, Kenski (2003) explica que é na educação que as novas tecnologias tornaram possíveis o uso das capacidades huma-nas em distintos processos, pois permite a realização de múltiplas ações as quais visam não só o desenvolvimento da aprendizagem, mas também os valores: pessoais, atitudinais e sociais.

Por tecnologia Veraszto et al tem o seguinte entendimento:Podemos entender tecnologia por “um conjunto de saberes

inerentes ao desenvolvimento e concepção dos instrumentos (arte-fatos, sistemas, processos e ambientes) criados pelo homem através da história para satisfazer suas necessidades e requerimentos pes-soais e coletivos” (VERASZTO et al, 2008, p.68).

Nesse sentido, as tecnologias em geral são instrumentos que podem ressignificar as práticas pedagógicas, pois oferecem uma gama maior de recursos e possibilidades. Entretanto, na contempo-raneidade há um grande desafio a ser superado em relação à TICs quando se trata da utilização de forma clara e consciente por parte dos (as) educadores, conforme Bueno e Gomes problematizam:

Entendemos que as TIC devam ser utilizadas com critérios e finalidades claros e, de forma sine qua non, com uma prévia forma-ção do professor, que não deverá ocorrer de forma aligeirada, sob pena de comprometermos qualquer estratégia que vise à superação do caos educacional no Brasil (BUENO e GOMES, 2011, p. 55).

Consoante a isso, Reinders (apud Costa et al, 2013) traz alguns questionamentos de qual seria a formação ideal para que as TICs sejam contempladas de forma eficaz no cotidiano escolar, uma for-mação de cunho tecnicista ou de competências básicas? Após essas reflexões Reinders conclui que:

Há uma distinção entre professores que podem, em primei-ro lugar, usar uma determinada tecnologia, em segundo lugar, ser capazes de criar materiais e atividades usando essa tecnologia e, terceiro, ser capazes de ensinar com essa tecnologia. Esta distinção é que saber como funciona um programa não cor-responde a saber como usá-lo em uma situação de ensino (REINDERS, apud COS-TA et al 2008, p.37).

A esse respeito, Bueno e Gomes (2011, p.53), ressaltam que para mudanças significativas acontecerem nas escolas através da TICs “[...] é necessário que o professor tenha condições de usá-las e isso significa, entre outros aspectos, domínio das ferramentas e escolas preparadas para o uso das tecnologias”.

Embora haja na escola o desejo de adaptação às transforma-ções do mundo contemporâneo o (a) docente não irá muito adiante se não tiver provido de elementos que possibilite uma prática ino-vadora através das TICs, pois “Não basta disponibilizá-las para que os problemas sejam resolvidos. Os novos recursos tecnológicos de-vem ajudar o professor, mas isso significa pensar na formação que o professor recebeu (BUENO e GOMES, 2011, p. 53).

Não obstante, acreditamos que as TICs vinculadas a uma con-sistente formação (inicial e continuada) podem sim oferecer uma infinidade de oportunidades para ressignificar as práticas educati-vas e proporcionar novas formas de interação na educação. Para isso, devem ser contempladas nos projetos pedagógicos das insti-tuições formadoras.

A lousa digital e sua chegada em RondôniaDentre as tecnologias presentes na escola, a lousa digital se

apresenta como um instrumento pedagógico capaz de integrar di-versas mídias, assim como, linguagem e recursos digitais. São di-versos os modelos existentes no mercado, os quais apresentam al-gumas diferenças que vão determinar desde as funções disponíveis até o custo financeiro. Assim, existem marcas e modelos diferentes, mas no geral trata-se de uma TIC que é composta de um projetor multimídia, uma tela sensível ao toque e um computador que deve possuir o software com as funcionalidades da lousa validadas. (NA-KASHIMA; AMARAL, 2006).

A produção de lousas digitais iniciou-se em 1991, através da empresa canadense Smart Technologies que após isso passou a produzir novos recursos com funções e softwares cada vez mais aprimorados e em 2008 a empresa fabricou a milionésima lousa digital. Hoje várias empresas produzem lousas digitais e cada uma possuem características específicas, diferenciando-se uma das ou-tras (GOMES, 2011).

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAA lousa digital integra várias TICs presentes na escola como

a televisão, o computador, o rádio, projetores, entre outros. Com isso, além de otimizar o tempo, integra diferentes estímulos e sen-tidos (através de uma única ferramenta) possibilitando uma maior interação entre alunos (as), professores (as) e mídias (GOMES, 2011).

Desse modo, oferece inúmeras possibilidades para que os (as) docentes elaborem aulas mais significativas e dinâmicas, pois viabiliza a aproximação das práticas cotidianas escolares com a linguagem digital. Gomes (2011) destaca que a lousa digital pro-porciona “A possibilidade de uso de diferentes recursos, como ví-deo digital educativo, músicas, imagens, escrita, uso de páginas da internet, poderá promover uma maior interatividade entre os alunos e destes com o professor” (p.274).

Embora a lousa digital ofereça elementos para que os (as) docentes realizem um trabalho dinâmico, inovador e possibilite mudanças na realização das aulas, deve ser utilizada de forma pla-nejada, criteriosa e com objetivos claros, caso contrário, será uma continuidade das mesmas práticas, o que não vai diferenciá-la da lousa tradicional.

Um estudo mundial divulgado pela consultoria britânica Fu-ture Source em maio de 2015, mostra que no Brasil, apenas 2% das salas de aula estão equipadas com a lousa digital. Nos Estados Unidos da América (EUA) e Canadá estão presentes em 50% das salas de aulas, e alcançam 98% no Reino Unido.

Os estudos de Gomes (2011) mostram que este recurso passou a ser utilizado no Brasil em 2004, inicialmente por escolas priva-das e aos poucos foi adentrando os espaços das escolas públicas. Hoje o principal obstáculo para aquisição da lousa digital ainda é o custo elevado.

Em 2008, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), através do Fundo Nacional de Educação (FNDE) disponibilizou às esco-las públicas brasileiras a Lousa Interativa Portátil uBoard. Essas escolas já estavam equipadas com um projetor multimídia deno-minado de computador interativo Diebold o qual possui o progra-ma específico para a lousa digital. Contudo, o programa também funciona se for configurado a outro computador que também deve possuir configuração para um projetor multimídia convencional (ALMEIDA, 2015).

O modelo disponibilizado pelo MEC é acompanhado de uma caneta digital com infravermelho que possui funções similares ao mouse. Assim, proporciona aos estudantes e professores diversas atividades interativas, nela é possível acrescentar vídeos e anota-ções durante as aulas, visitar museus e exposições virtuais, além de possibilitar que o (a) docente grave e envie as suas aulas por e-mail. No mercado em geral, já existe certa variedade de lousas, algumas possuem tecnologia touch screen o que possibilita que professores e estudantes realizem as atividades com um toque.

No estado de Rondônia, assim como, em outros estados brasi-leiros as lousas digitais chegaram primeiro nas escolares particula-res e foi só a partir de 2012 que as escolas estaduais e municipais começaram a ser equipadas com a ferramenta por meio de recursos próprios de algumas prefeituras, não há até o momento algum le-vantamento que identifique quais municípios foram os pioneiros na aquisição da lousa digital. Nas buscas digitais realizadas para compor esse estudo, identificou-se apenas alguns dados em sites de notícias locais os quais divulgam que o município de Mirante da Serra foi o primeiro a obter a lousa digital para a rede pública municipal.

Já na rede pública estadual de Rondônia as lousas digitais che-garam em 2013, em um levantamento realizado na página virtual da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) verificou-se que as lousas foram adquiridas por meio de convênio com o MEC e que estão sendo realizadas oficinas para que funcionários e docentes utilizem a lousa nas escolas. De acordo com a SEDUC, as oficinas ainda estão em andamento e pretende alcançar toda a rede estadual.

Nos últimos dois anos, outros municípios de Rondônia têm equipado as escolas com a lousa digital através de recursos pró-prios ou por convênios com o MEC. A novidade traz possibilidades e desafios, pois não se trata mais de uma alternativa para aperfei-çoar a prática pedagógica e sim de uma necessidade que passou a ser cultural. Lévy (2003) explica que na cibercultura os saberes se inovam e modificam o aprendizado na construção do conhecimento na mesma medida que as situações mudam e isso numa velocidade cada vez maior, por isso o autor faz uma relação entre a educação e a cibercultura.

Dessa forma a lousa digital viabiliza “[...] ao professor realizar uma gestão mais eficiente do tempo de aula com propostas desafia-doras e enriquecedoras para os alunos” (SAMPAIO; COUTINHO, 2013, p. 744).

Comparada à lousa tradicional, esse novo recurso (a lousa digi-tal) apresenta diversas vantagens ao proporcionar uma maior inte-ratividade entre professores, alunos e conteúdo. Possibilita também que a sala de aula se torne um ambiente de aprendizagem com-partilhada e, por conseguinte aulas mais dinâmicas e significativas (NAKASHIMA; AMARAL, 2006).

A lousa digital possibilita que os estudantes aproximem seus conhecimentos prévios e suas vivências à realidade escolar e tam-bém que as atividades didático-pedagógicas se aproximem da lin-guagem do meio social destes. Pode ainda, possibilitar a inclusão estudantes que ainda não tiveram contato com as tecnologias digi-tais, nisso não há dúvidas de que pode gerar novas e significativas experiências.

Considerações finaisNeste estudo enfocamos as possibilidades que a lousa digital

proporciona à pratica pedagógica, verificamos que sua utilização na escola, principalmente nas escolas públicas do estado de Rondônia, é incipiente, contudo se apresenta como um recurso inovador, pois permite que os estudantes possam construir a aprendizagem com a mediação do professor.

O objetivo desse estudo foi realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a lousa digital no contexto escolar, verificar dados acerca de sua chegada às escolas públicas de Rondônia e fomentar o debate sobre as contribuições que essa ferramenta traz para que os (as) docentes aperfeiçoem a prática educativa.

Os estudos encontrados apontam que há muitas iniciativas po-sitivas quando se trata da utilização da lousa digital nas salas de aulas, os estudos abordam desde a sua apresentação como ferra-menta inovadora no contexto escolar, como diversas intervenções pedagógicas que têm a lousa digital como principal suporte. Em-bora no estado de Rondônia ainda esteja em fase de implantação (nas escolas públicas), os estudos pesquisados sugerem muitas expectativas, na medida em que apresentam a lousa digital como um instrumento capaz de proporcionar ao aluno a construção do próprio conhecimento.

É necessário evidenciar que sua utilização deve ser vinculada a estratégias e atividades pedagógicas distintas da transferência de conteúdo. Pois, a lousa digital, assim como, outras TICs presen-tes nas escolas, devem ser utilizadas de forma inovadora para que

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIApossam apresentam resultados eficazes na aprendizagem dos (as) estudantes, pois não irão promover transformações sem estratégias dinâmicas. Na utilização da lousa digital devem estar englobadas a criação e a descoberta de forma consciente.

Assim, a lousa digital deve estar acompanhada de uma boa proposta pedagógica para que facilitem o processo ensino-apren-dizagem. Sendo assim, vale lembrar que a formação inicial e con-tinuada dos (as) podem indicar alguns fatores determinantes para que se desenvolva um trabalho voltado à promoção dos discentes ativos e capazes de buscar a superação não só de suas necessida-des, mas de todo o coletivo.

FonteAdriana Lúcia de Oliveira Rodrigueshttp://www.partes.com.br/2015/08/17/lousa-digital-em-ron-

donia-inovacao-para-pratica-docente/#.VzkUZL6YIso

Ciência de Rondônia mostra trabalhos e conquistas

Rondônia conhecerá o que fazem seus pesquisadores e cien-tistas durante a 4ª Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação, de 6 a 8 de outubro, no campus Porto Velho da Universidade Federal de Rondônia (Unir). O evento faz parte da 12ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontecerá de 19 a 25 de outubro, evento que no ano passado reuniu aproximadamente 16 milhões de pessoas no País.

“Luz, Ciência e Vida”. Este é o tema da Semana, motivado pela decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, ao procla-mar 2015 como Ano Internacional da Luz.

“Popularizar a ciência. Este é o nosso desafio na Capital e no interior”, disse o presidente da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pes-quisa do Estado de Rondônia (Fapero), Francisco Elder Souza de Oliveira.

Segundo ele, sem pagar ingresso, crianças, jovens e adultos conhecerão diversos feitos rondonienses no setor. “Certamente, as pessoas se surpreenderão, pois os conceitos tecnológicos dessa mostra são usados não apenas na ciência, mas na saúde, agricultu-ra, educação, até no esporte, com a finalidade de obter transforma-ções sociais”, antecipou Elder de Oliveira.

O interior também conhecerá os feitos de seus pesquisadores e cientistas. Até agora, 36 instituições federais e estaduais se inscre-veram na Fapero para promover eventos em Ariquemes, Cacoal, Costa Marques, Ji-Paraná, Espigão do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Porto Velho, Rolim de Moura e São Miguel do Guaporé.

Sem recursos financeiros, Elder de Oliveira disse que a Fapero obteve valiosas parcerias: o Ifro cedeu espaço, internet sem fio e transporte de caravanas; e o Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae), espaço, recursos humanos e trabalhos.

A 4ª Mostra, cuja abertura oficial será no Teatro Estadual Pa-lácio das Artes Rondônia, tem participação direta da Embrapa, Fiocruz, Eletrobras, Ceplac, Emater, Instituto Federal de Rondô-nia (Ifro), Secretaria Estadual de Educação (Seduc), entre outros órgãos e instituições.

No dia 6 de outubro, entre 10h30 e 12h, o professor-doutor, Dorisvalder Dias Nunes, da Unir, falará a respeito das contradi-ções e desafios da questão socioambiental em Rondônia, apontan-do pesquisas e possibilidades para o Ifro.

Das 14h às 18h, na quadra poliesportiva do campus, pesqui-sadores da Embrapa apresentarão as mais recentes novidades com as culturas cafeeiras, soja, pecuária e floresta. A Emater cuidará do cenário e perspectivas da aquicultura, e demonstrará a regula-rização ambiental da pequena propriedade rural. O Sest-Senat vai expor trabalhos do Programa Jovem Aprendiz.

Das 16h às 18h, a professora-doutora, Marialice Antão, da Faro, tratará da educação ambiental e da coleta seletiva. Em outra sala, no mesmo horário, o professor Henrique Brasil explicará a produção de sabão.

“Gatos e lamparinas”No dia 7, usando van itinerante, a Eletrobras demonstrará o

consumo consciente do uso de energia elétrica seguro e sem des-perdício. Em Porto Velho, vários bairros ainda usam energia de maneira clandestina, mantendo os conhecidos “gatos” ou “rabi-chos”.

Aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas ainda não dispõem de eletricidade no mundo. “Há lugares onde o excesso de ilumina-ção polui o céu, porém, há outros, onde a lamparina a querosene compromete a saúde de quem a utiliza”, destaca o folder de divul-gação da 12ª Semana.

Em 2014, o Prêmio Nobel de Física foi dividido entre três cientistas que desenvolveram o LED azul, fonte de luz mais efi-ciente e ecologicamente correta.

Em 2015 comemora-se o milésimo aniversário do surgimento de Kitab al-Manazir, notável tratado de sete volumes sobre óptica, escrito pelo cientista árabe Ibn al-Haytham.

Projeção nacionalPesquisadores e alunos da Fundação Oswaldo Cruz Rondônia

(Fiocruz) guiarão o público por laboratórios para relatar experiên-cias na identificação e controle de doenças amazônicas. Segundo Elder de Oliveira, Rondônia caminha para se tornar referência na-cional e internacional em saúde humana, por contemplar doenças negligenciadas – aquelas que não recebem a devida atenção de grandes laboratórios ou instituições.

Em hepatites virais, a hepatite D (ou delta), causada pelo vírus D (VHD) é intensamente estudada in house (em casa) por cientis-tas de diversas instituições brasileiras. No entanto, sua projeção máxima é hoje dada pela Fiocruz, nos laboratórios do Cepem/Se-sau e Cemetron, na Rua da Beira, em Porto Velho.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental mostra-rá programas de computador com os quais melhora a sua prestação de serviços. A Seduc apresentará experiências de robótica e divul-gará a Feira de Rondônia de Científica de Inovação Tecnológica (Ferocit 2015).

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAO Mundo Senai, ação institucional do Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial, apresentará trabalhos de alunos ba-seados em ações tecnológicas, em sua sede na Avenida Farqhuar (Bairro Arigolândia). Paralelamente, oferecerá palestras, minicur-sos e mostra cultural. No mesmo local, a agência municipal do Sistema Nacional de Emprego cadastrará pessoas para vagas de trabalho.

Uma rede de voluntários apresentará atividades do evento Acqua Viva Rede Unir em 32 dos 52 municípios. No Km 6,5 da BR-364, em Porto Velho, a Faculdade de Rondônia (Faro) profes-sores e alunos mostrarão o que fazem nas áreas de ciências exatas, sociais, humanas e saúde.

Em Cacoal (a 500 quilômetros da Capital), o Instituto Federal de Rondônia (Ifro) divulga seus feitos no campus situado no Km 228 da BR-364, Lote 2.

Fonte: 29 setembro 2015Ariquemes Onlinehttp://portalrondonia.com.br/ciencia-de-rondonia-mostra-

trabalhos-e-conquistas/

Desenvolvimento Regional e Inovação TecnológicaConfira vencedores dos Prêmios Samuel Benchimol e Ban-

co da Amazônia 2015Prêmios valorizam estudos da biodiversidade, inclusão social

dos povos amazônicos e do momento atual econômicoMANAUS - Saiu a lista dos vencedores dos Prêmios Sa-

muel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2015. O anúncio das 18 propostas premiadas nas oito categorias dos prêmios ocorreu na tarde desta quarta-feira (21).

Composta de 37 membros de instituições públicas e priva-das, a comissão julgadora dividiu-se em grupos para avaliar as 277 propostas recebidas este ano. Os jurados estiveram reunidos para a votação na terça-feira (20), na sede da Federação das In-dústrias do Estado de Rondônia.

Segundo o coordenador da premiação José Rincon, os pro-jetos podiam ser inscritos de qualquer lugar do Brasil, desde que visassem o desenvolvimento da Amazônia. O Amazonas foi o Es-tado com maior número de contemplados, com sete premiados. O Pará foi o segundo, com cinco vencedores. “Apenas um projeto de fora dos estados da Amazônia Legal venceu: São Paulo”, contou.

Os prêmios consideram vários estudos da biodiversidade, in-clusão social dos povos amazônicos e do momento atual econô-mico. “Os prêmios ajudam a pensar a Amazônia e os projetos a buscar soluções”, afirmou.

Um dos destaques da edição de 2015, na opinião do coorde-nador, é o vencedor da categoria Personalidade Amazônica, Éd-son Raymundo Pinheiro de Souza Franco, professor paraense que se dedicou a educação.

O valor total da premiação para cada categoria é de R$ 65 mil. O primeiro colocado recebe R$ 30 mil; o segundo colo-cado, R$ 20 mil; e o terceiro colocado, R$ 15 mil. As categorias Personalidade Amazônica e Empresa na Amazônia não recebem premiação financeira.

Confira a lista dos vencedores: CATEGORIA AMBIENTAL1º - Bioauxiliadores AmbientaisAgraciado: Veridiana de Oliveira FrotaCidade: Belém (PA) 2º - Resgate da Agrofloresta produtiva de cacau na várzea

amazônica de Óbidos: um modelo produtivo caboclo de conserva-ção e geração de rendaAgraciado: Roberto Carlos Romero Pinedo.Cidade: Obidos (PA)

3º - Composto de Resíduo PlásticoAgraciado: Mário Augusto Batista Rocha.Cidade: Manaus (AM)

CATEGORIA ECONÔMICA E TECNOLÓGICA 1º - Desenvolvimento de Marcador do Consumo de Energia

Elétrica Residencial em ReaisAgraciado: Elton Márcio da Silva Santos.Cidade: Parintins (AM)

2º - Minimização do Risco de Contaminação da Doença de Chagas no Açaí pelo Uso da MESA DE CATAÇÃOAgraciado: Antônio Claudio Almeida de Carvalho.Cidade: Macapá (AP)

3º - Reaproveitamento de resíduos da madeira para produção de instrumentos musicaisAgraciado: Bruno Sã de OliveiraCidade: Rio Branco (AC)

CATEGORIA SOCIAL 1º - “Teçume - Igapó” - Mulheres Unidas Pela AmazôniaA-

graciado: Thiago Cavalli AzambujaCidade: São Paulo (SP) 2º - Aeróstato Remoto de Telecomunicação e Sensoriamento

para Inclusão DigitalAgraciado: Josivaldo Ferreira ModestoCida-de: Tefé (AM)

3º - Implementação de Tecnologia Social em Reservas de De-senvolvimento Sustentável (RDS) do Estado do Amazonas.Agra-ciado: Jadir de Souza RochaCidade: Manaus (AM)

CATEGORIA EMPREENDEDORISMO CONSCIEN-TE1º - Desenvolvimento da Biomembrana Amazonia Skin: verti-calizando a produção de bioprodutos e agregando valor aos com-postos bioativos extraídos de plantas regionais.Agraciado: Carlo-magno Pacheco BahiaCidade: Belém (PA)

2º - Reverse, uma plataforma web para a negociação de resí-duos sólidosAgraciado: Lucas Silva da TrindadeCidade: Macapá (AP)

3º - Pavepatch - Curativo Asfáltico Para PavimentosAgracia-do: António Bento NetoCidade: Manaus (AM)

SUPORTE AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL 1º - Produção de Eletricidade Usando Energia Solar Concen-

tradaAgraciado: Marceliano Eduardo de Oliveira.Cidade: Parin-tins (AM)

2º - Estudos de viabilidade e Implantação do Programa “Mel como Instrumento de Inclusão,Transformação Social e Inovação Tecnológica para Rondônia (Projeto Adoça Rondônia)”Agraciado: Roberto Nicolete.Cidade: Porto Velho (RO)

3º - Centro Demonstrativo de Plantas com Potencial Eco-nômico para Geração de Renda -Beneficiamento e Industrializa-çãoAgraciado: Iris Cleide Almeida Revilla.Cidade: Manaus (AM)

MICROEMPREENDEDOR DE SUCESSO NA AMAZÔ-NIA

Titulo: Tudo por R$ 10Agraciado: ANA MARIA TEIXEIRA SERRÃOCidade: Belém (PA)

CATEGORIA PERSONALIDADE AMAZÔNICA Personalidade: Édson Raymundo Pinheiro de Souza Fran-

coEstado: Belém (PA)

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIACATEGORIA EMPRESAS NA AMAZÔNIA Empresa: NUTRIZON Alimentos LTDAEstado: Rolim de

Moura (RO)Próxima edição A edição de 2016 dos Prêmios Samuel Benchimol e Banco

da Amazônia de Empreendedorismo Consciente vai comemorar os 400 anos de Belém (PA) e o prefeito Zenaldo Coutinho partici-pará da cerimônia de premiação deste ano para receber o cartaz de anúncio do evento na cidade paraense. A cerimônia de outorga dos vencedores de 2015 acontece dia 27 de novembro, em Porto Velho (RO).

Quem foi Samuel Benchimol? O nome que chancela um dos prêmios mais aguardados pela

comunidadade empreendedora da America Latina, é do pesquisa-dor e escritor Samuel Benchimol. Ele dedicou-se a pesquisas na área de formação econômica da Amazônia, com destaque para o período do ciclo da borracha. Também discorreu sobre a Zona Franca de Manaus, a política florestal e as estratégias de integra-ção. Tais estudos podem ser conferidos em 109 obras publicadas por Benchimo. No conjunto de sua vasta produção intelectual que inclui artigos e livros, merecem destaque: ‘Amazônia: Um Pouco--Antes e Além-Depoi’, ‘O Pacto Amazônico’ e a ‘Amazônia Bra-sileira’, ‘Amazônia: Formação Social e Cultural’.

Benchimol nasceu no dia 13 de julho de 1923. Sua trajetória também é marcada pela dedicação ao mundo acadêmico (Professor Emérito da Universidade do Amazonas, onde lecionou por mais de 50 anos), pesquisador (catedrático da disciplina “Introdução à Amazônia”), líder comunitário (presidente do Comitê Israelita do Amazonas) e empresário (co-fundador do grupo Bemol-Fogás).

FonteClarissa Bacellar 21/10/2015 portalamazonia.com/noticias-detalhe/meio-ambiente/confi-

ra-vencedores-dos-premios-samuel-benchimol-e-banco-da-ama-zonia-2015/?cHash=6b42edd77d97aed424242235888146c8

Seminário vai debater inovação e tecnologia na agropecuá-ria em Ariquemes

Fortalecer as vocações econômicas do setor produtivo nas re-giões de Rondônia tem sido uma das principais ações do estado para promover o desenvolvimento e enfrentar os desafios impos-tos pela crise financeira nacional. Com essa visão, o governo de Rondônia irá realizar o seminário ‘Inovação Tecnológica agrope-cuária’, na próxima sexta-feira (29), na Faculdade de Educação e Meio Ambiente (Faema), em Ariquemes, a partir das 9h.

O principal objetivo é orientar agricultores de pequeno, mé-dio e grande portes do Vale do Jamari sobre como impulsionar sua produção ao incorporar tecnologia e inovação nos processos realizados e, desta forma, agregar valor e qualidade aos produtos, tornando-os mais atrativos e competitivos no mercado. Com foco na agricultura familiar, o evento também vai incentivar a geração de renda.

Segundo a secretária regional de Ariquemes, Rose Matias, a determinação do governador Confúcio Moura é que sejam criadas estratégias para que a crise não atinja o Vale do Jamari. Desta for-ma, um diálogo entre representantes da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), da Secretaria Execu-

tiva Regional de Ariquemes, do Gabinete do Governador e da Em-presa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) resultou na iniciativa de fortalecer a agropecuária por ser o setor que melhor representa economicamente não só a região, mas sim todo o estado.

O secretário executivo do gabinete do governador, Waldemar Alburquerque, disse que a ideia do seminário é motivar a produção local, demonstrando novos mecanismos aos produtores por meio de palestras que abordarão a tecnologia existente e já utilizada no campo. “O uso da tecnologia pode agregar à produção um cresci-mento de 60 a 70%, assim como reduzir custos nas mesmas pro-porções. Isso faz com que os produtores, tanto das áreas de grãos quanto da pecuária, tenham maior rentabilidade e possam aumen-tar a capacidade de investimento”, frisou o secretário ao lembrar que todas as questões relacionadas à oferta de recursos e aos cami-nhos para adquiri-los serão abordadas no evento.

Outro dos principais pontos a ser debatido no seminário será a qualificação dos agricultores e a importância da qualidade dos produtos para atender demandas de grandes empresas. Para Rose Matias “não adianta ter só a produção, é preciso ser destaque, pois os possíveis investidores e clientes procuram qualidade.”

PROGRAMAÇÃOPara levar as informações necessárias aos produtores, foi

montada uma programação específica com temas que abordarão as oportunidades de inovação e tecnologia nos segmentos que es-tão ganhando espaço na região e naqueles já existentes, mas que precisam ser fortalecidos ou resgatados. O evento terá como foco o leite, café, soja, arroz e milho.

Segundo a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), na região de Ariquemes há 773,217 bovinos de leite, representando 20,86 do rebanho existente no es-tado, que é de 3.706.705.

Sobre os grãos, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que na safra 2014/2015, a produti-vidade média de soja na região de Ariquemes foi de 230 sacas por hectares. O arroz registrou 250 sacas por hectares. O milho e o café produziram, respectivamente, uma média de 279 e 103 sacas por hectares.

Além das palestras que irão direcionar os produtores, o evento contará também com as presenças do Banco do Brasil e Banco da Amazônia para informar aos interessados sobre linhas de créditos com juros baixos disponibilizados para o setor produtivo. “Vamos realizar um evento completo, onde o produtor recebe informações sobe as perspectivas de suas culturas e já é orientado como obter crédito. Desta forma, o governo do estado auxilia os produtores a não se curvarem para crise e mantém o crescimento econômico do estado”, ressaltou Rose.

A região de Ariquemes abrange os municípios de Monte Ne-gro, Campo Novo de Rondônia, Cacaulândia, Cujubim, Alto Pa-raíso, Buritis, Rio Crespo e Ariquemes.

Texto: Jane Carla25 de Abril de 2016 Secom - Governo de Rondôniahttp://rondorural.com.br/ultimas-noticias/seminario-vai-de-

bater-inovacao-e-tecnologia-na-agropecuaria-em-ariquemes

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIANovas tecnologias e manejo de doenças e pragas da banana

incentivam produtores a retomar plantio em RO

Produtores tomam nota das informações repassadas no dia de campo

A banana é a fruta mais produzida em Rondônia e a segunda mais consumida no estado, e exerce grande importância na econo-mia local. “A banana é fácil da gente trabalhar, se adubar e cuidar direitinho ela dá um boi por mês. Tem seis anos que eu planto a ba-nana e melhorou muito a renda, a gente tira 26 mil por ano”, con-ta o produtor familiar Francisco Ferreira, do assentamento Joana D’Arc, em Porto Velho (RO). No entanto, problemas com doenças e pragas fizeram com que muitos produtores abandonassem este cultivo. “A sigatoka negra pegou todo o bananal e eu perdi tudo. Eu desisti. Mas se tiver como combater a doença vai ser muito bom pra nós, porque a banana dá uma boa renda pra gente”, co-menta o produtor Pedro de Paula.

O senhor Pedro e outros tantos produtores que tiveram pro-blemas com sigatoka negra, mal-do-Panamá e pragas, como a bro-ca gigante, podem repensar o cultivo de banana em Rondônia e região. Novas tecnologias e manejo destas pragas e doenças dão novo ânimo aos produtores. Após três anos de pesquisa, a Embrapa Rondônia conseguiu excelentes resultados, que já estão disponí-veis aos produtores.

Dos 27 genótipos de banana testados em comparação com variedades tradicionais, três já tem a possibilidade de serem reco-mendados aos produtores. Eles se destacam pela alta produtivida-de e pela resistência à sigatoka negra e ao mal-do-Panamá, duas das principais doenças que acometem a cultura, inviabilizando a produção em muitas áreas. São elas: a FHIA 18 (do grupo prata); a Thap Maeo (do grupo maçã); e a FHIA 17 (grupo próximo à nanica, ou nanicão).

Resultados satisfatórios também já foram conquistados no manejo de doenças para variedades mais tradicionais, de maior aceitação por parte dos consumidores, como é o caso da maçã e da banana de fritar (banana-da-terra). Trata-se da utilização de fungi-cidas com aplicação mínima se comparada ao método tradicional. O pesquisador da Embrapa Rondônia, José Nilton da Costa, expli-ca que para a sigatoka negra, por exemplo, se utiliza mais de 50 aplicações por ano, nesse novo método se faz seis por ano e não precisa utilizar equipamentos sofisticados, pois a aplicação é de forma localizada e em quantidades pequenas.

Essa prática já vem sendo utilizada por produtores que tive-ram acesso ao método, que foi lançado pela Embrapa Amazônia Ocidental, mas tem mais novidades positivas “Nós, em cima desta metodologia, fizemos algumas adaptações, inclusive com outro equipamento de aplicação, de menor custo e mais prático, com excelentes resultados”, comemora José Nilton. O pesquisador da Embrapa Rondônia, Cléberson Fernandes, complementa: “O con-trole da sigatoka neste novo método reduz custos, aumenta a se-gurança para o produtor na pequena aplicação do produto, agride menos o meio ambiente e traz bons resultados para a produção de banana”. É importante destacar que esse controle deve ser feito em bananais em implantação, não adianta pegar plantas já com sintomas, é preciso começar o manejo indicado no momento de instalação do bananal.

Ainda no manejo de doenças, a recomendação do pesquisador, especialmente para plantios das variedades de banana maçã – sus-ceptível à sigatoka e ao mal do panamá –, o princípio do manejo é que o produtor utilize a muda micropropagada, ou seja, feita em laboratório, porque ela vem isenta da doença. Ela deve ser planta-da em uma área onde não se cultivou banana, porque se cultivou banana e teve o mal do panamá, mesmo que coloque muda sadia, a doença vai atacar. Segundo José Nilton, o produtor tem fácil aces-so às mudas micropropagadas em biofábricas.

Já no controle de pragas, especificamente a Broca gigante, praga importante na região, um método de controle inédito foi desenvolvido pela Embrapa Rondônia, com a aplicação de inseti-cidas biológicos e naturais (a base de Nim, inseticida natural que contribui no controle de insetos-praga e doenças em plantas) e químicos. “Fizemos testes e com excelentes resultados, tanto dos inseticidas, como do método de aplicação que foi desenvolvido por nós”, conta José Nilton.

Embrapa repassa tecnologias aos produtores em Dia de Campo de Banana

Todas estas novidades, tecnologias e novos manejos, foram repassados aos cerca de 150 produtores, técnicos e estudantes du-rante o Dia de Campo de Banana, realizado em 6 de maio, na área do Projeto Piloto do Reassentamento Rural Vida Nova da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau, localizado a 5 km de Nova Mutum Pa-raná – distrito de Porto Velho. Os participantes saíram do evento com novo ânimo para o plantio da fruta. “O dia de campo é uma das melhores alternativas pra gente ter conhecimento, a gente con-versa direto com quem faz a tecnologia. E a gente vai levar o que aprendeu para as mais de 140 famílias que moram lá nas agrovilas do assentamento que a gente mora”, comenta o produtor Juarez Silva, do assentamento Joana D’Arc.

Dos produtores que comparecem ao evento, alguns estavam satisfeitos com o plantio e queriam melhorar, mas a maioria tive-ram os bananais muito prejudicados por pragas e doenças e desis-tiram do plantio, ou tinham interesse em conhecer melhor o cultivo para iniciar na atividade. Com as informações repassadas e a ado-ção das tecnologias e novos métodos recomendados, todos viram nova oportunidade de melhorar, iniciar ou recomeçar o plantio de banana para atender a grande demanda do mercado e melhorar a renda familiar. “Eu trabalho com hortaliças, mas quero plantar ba-nana, porque a comercialização melhor e menor mão de obra que as hortaliças. A expectativa é melhorar a renda da família. O dia de campo foi muito esclarecedor e o experimento da Embrapa está muito bonito, estimula a gente a querer plantar”, afirma o produtor Admilson Menezes.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAMas, para melhorar ainda mais a renda dos produtores e pro-

mover mais giro de dinheiro advindo da banana na economia local, é preciso que os produtores estejam atentos às demandas dos consumi-dores. Para se ter ideia, em Rondônia são cultivados cerca de 7,6 mil hectares (ha) de banana, com uma produção de quase 79 mil toneladas da fruta e produtividade média de 10,2 kg/ha. São dados do Levanta-mento Sistemático da Produção Agrícola – IBGE, na safra 2014/2015, que também aponta que os principais municípios produtores desta fruta no estado são Porto Velho, Buritis, Cacoal e Jaru que, juntos, responde-ram por 53,3% da quantidade produzida e por 51% da área colhida na precitada safra. As principais variedades plantadas em Rondônia são: banana-da-terra (banana de fritar), maçã, prata e nanica. Mesmo com a grande produção, ainda são compradas bananas do Acre, São Paulo, Bahia, Mato Grosso, Santa Catarina e Goiás, somando 4,8 mil toneladas adquiridas em 2015.

Apesar da grande produção de banana, Rondônia ainda compra a fruta de outros estados para abastecer, principalmente, os grandes su-permercados e atacadistas. “Eu tenho 2 mil pés de banana plantados e nosso problema é o comércio, porque hoje a gente não consegue vender a produção para o mercado, só nas feiras livres. O mercado exige uma estrutura e qualidade que a gente ainda não consegue atender, mas que a gente tem que se juntar para conseguir isso. A venda da banana hoje significa muito na renda lá de casa, uns 2 mil reais por mês, essa média para mim e meus vizinhos, se conseguíssemos atender o mercado se-ria muito mais”, diz o produtor Juarez Silva. Um dos grandes desafios para a comercialização da fruta, segundo o analista em socioeconômica da Embrapa Rondônia, Calixto Rosa Neto, é exatamente o que disse o senhor Juarez: que a produção de banana do estado atenda também estes mercados. Segundo o analista, os donos de grandes supermerca-dos e atacadistas justificam a não aquisição local de banana devido à questão de qualidade e regularidade de fornecimento. Segundo eles, os produtores locais não atendem esses critérios, sendo necessário comprar de outros estados produtos que agradem seus consumidores. “É uma oportunidade que os produtores de Rondônia estão perdendo. É preciso investir em mais qualidade, tanto na produção, como no processo de armazenagem e distribuição deste produto”, afirma Calixto.

O Dia de Campo de Banana, realizado pela Embrapa Rondônia e Energia Sustentável do Brasil (ESBR – concessionária da UHE Jirau) e com a parceria da Associação local, Emater-RO, Semagric e Seagri, faz parte do Projeto Piloto de Áreas de Terra Firme da UHE Jirau e de seu Entorno. A importância deste projeto vai além do atendimento da comu-nidade local, pois a região de Porto Velho tem potencial para a produção de frutas como a banana e outras que tem mercado aberto em Rondônia e Acre, podendo beneficiar produtores, comerciantes e o consumidor, que terá acesso a um produto com qualidade e produzido localmente.

De acordo com Veríssimo Neto, gerente de meio ambiente e so-cioeconomia da ESBR, a parceria com a Embrapa foi feita há cinco anos e há dois já estão sendo repassando os resultados para a sociedade. “Já estamos colhendo os resultados do investimento feito em desenvol-vimento de tecnologias e repassando isso aos reassentados e remanes-centes da área do reservatório. O acesso a essas tecnologias e a novos métodos para o cultivo da banana vai fazer com que produzam mais, melhor e tenham um aumento na renda familiar e na qualidade de vida. Além disso, não atende só o público-alvo do projeto, pois são tecnolo-gias que servem para todo o estado de Rondônia e toda a Amazônia”, conclui o gerente.

Durante o Dia de Campo de Banana, os participantes tiveram contato direto com os pesquisadores que estão desenvolvendo ativida-des com a cultura e tiveram acesso às novidades para a produção de

banana, incluindo todo o sistema de produção, com destaque para as cultivares, práticas de manejo da cultura e o controle de pragas e doen-ças. As pesquisas que vêm sendo realizadas pela Embrapa Rondônia nesta área buscam desenvolver produtos com boa aceitação e potencial de desenvolvimento na região, oferecendo aos produtores cultivares e informações estratégicas para que possam melhorar a produção e, con-sequentemente, a renda.

Renata Silva (MTb 12361/MG)Embrapa Rondônia [email protected] Telefone: (69)3219-5011 / 5041 Mais informações sobre o temaServiço de Atendimento ao Cidadão (SAC)www.embrapa.br/fale-conosco/sac/09/05/16Foto: Renata Silva https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/12355082/

novas-tecnologias-e-manejo-de-doencas-e-pragas-da-banana-incenti-vam-produtores-a-retomar-plantio-em-ro

ENERGIA A energia elétrica consumida em Rondônia é gerada pela Usina

Hidrelétrica Samuel e por um parque termelétrico operado pela Eletro-bras Eletronorte e por produtores independentes de energia. Samuel tem potência instalada de 216 MW e é considerada um marco na história local. Sua construção possibilitou que uma antiga colônia de pescado-res desse lugar ao município de Candeias do Jamari. A hidrelétrica foi concebida inicialmente para suprir as cidades rondonienses de Guaja-rá-Mirim, Ariquemes, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Vilhena, Abunã e a capital, Porto Velho. Atualmente, 90% dos 52 municípios do Estado são beneficiados com energia firme e segura desse sistema isolado da Ele-tronorte. Em 20 de novembro de 2002, a capital do Acre, Rio Branco, passou a ser abastecida também com a energia de Samuel. Em maio de 2006, esse sistema foi ampliado, permitindo que a geração térmica do Acre fosse substituída pela hidráulica, proporcionando a substituição da geração a derivados de petróleo. Além de Samuel, a Eletrobras Ele-tronorte opera a Usina Termelétrica Rio Madeira, que produz 90 MW. Somada à geração dos produtores independentes de energia, a potência instalada da Eletrobras Eletronorte em Rondônia é de 403 MW.

Usina Termelétrica Rio MadeiraUsina Hidrelétrica Samuelhttp://www.eletronorte.gov.br/opencms/opencms/pilares/geracao/

estados/rondonia/

Rondônia pode ampliar fontes renováveis de energia, garante cientista

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAMoret: pesquisas são feitas desde 2008A ampliação da capacidade energética de Rondônia pode in-

corporar fontes sustentáveis e igualmente renováveis, a exemplo da hidrelétrica, prevê o professor Artur Moret, coordenador do Grupo de Pesquisa Energia Renovável Sustentável da Universidade Fe-deral de Rondônia (Unir). Segundo ele, a abundância de recursos naturais aumenta a autossuficiência na produção de eletricidade.

Há mais de seis anos Moret pesquisa alternativas energéticas sustentáveis para o Estado. Sua experiência o leva a apontar opor-tunidades para melhorar o setor elétrico isolado. Doutor pela Facul-dade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Cam-pinas (Unicamp), na qual foi premiado, ele exemplifica: “O coco babaçu é excelente gerador de eletricidade. Da casca obtém-se o papel; do mesocarpo fazemos o alimento humano; do coco fazemos o carvão; e da amêndoa, o óleo vegetal, a eletricidade e o sabone-te. Com a sobra da amêndoa, fazemos ainda a ração animal”, citou.

O sistema interligado de Rondônia é formado por três usinas hidrelétricas (Samuel-216 MWs, Santo Antonio e Jirau, somando 6.500 MWs); 15 pequenas centrais hidrelétricas, com 31,7 MWs e duas unidades termelétricas (Termomorte, 340 MWs, e Eletronor-te, 100 MWs). Em 2012, os 27 sistemas isolados consumiam 82 milhões de litros de diesel em 137 unidades geradoras, totalizando 71,7 MWs, segundo a Eletrobras.

Babaçu rende óleo energéticoO atendimento isolado é de responsabilidade da Eletrobras

Distribuição Rondônia, entretanto esse mercado foi terceirizado para duas empresas. Estudos do professor Moret indicam ainda para Rondônia a geração de energia por meio da biomassa, utilizan-do-se resíduos florestais e de madeira, óleo vegetal – uso in natura e biodiesel.

JEITO DE FAZERAs primeiras experiências do Grupo de Pesquisa Energia Re-

novável Sustentável foram feitas na Reserva Extrativista do rio Ouro Preto, em Guajará-Mirim (fronteira brasileira com a Bolívia). Exposto para secar num jirau ao ar livre, o babaçu é quebrado e separado – a casca vai para a queima, a entrecasca para fabricação de farinha, a amêndoa produzirá o óleo, tanto para o biocombustí-vel quanto o que será usado na produção de sabonetes, shampoo e cosmético. “Do bagaço ainda se produz o sabão de lavar roupa”, explicou a seringueira, Francisca Rodrigues.

O babaçu apresenta como vantagem adicional uma densidade 2,5 vezes maior e um teor de umidade menor, de 15% a 17%, en-quanto o teor de umidade do bagaço de cana fica em torno de 50%. Cascas de babaçu armazenadas em um metro cúbico produzem 2,5 vezes mais energia do que o bagaço de cana e queimam melhor porque estão mais secas.

Francisca e o marido Napoleão conseguem uma safra de 20 quilos de amêndoas, o suficiente para a produção de 10 litros de óleo. A mistura ao óleo diesel movimenta a pequena usina de ener-gia elétrica. A mini-usina foi montada em parceria com o Grupo de Energia Renovável e Sustentável da Unir.

MELHOR QUE A CANA Estudos da Unicamp estimam o custo/benefício, concluindo-

se que a melhor alternativa é a produção de vapor de alta pressão a 4,56 Mpa (Mega Pascal) a 420 graus centígrados. Mega Pascal é uma unidade de pressão de fluidos, que pode ser genericamente traduzida por força sobre a área. O vapor de alta pressão alimenta turbinas para gerar energia elétrica.

Para o cientista, o aproveitamento dessas fontes energéticas – solar, biogás e do babaçu – promoveria o desenvolvimento socioe-conômico e ambiental em todas as regiões. Também melhoraria a oferta de emprego e de renda.

O Grupo de Pesquisa Energia Renovável Sustentável, da Unir, coloca-se à disposição da sociedade e de interessados em projetos para quaisquer regiões do estado, informa o professor Moret.

Fonte11 de fevereiro de 2015 Texto: Montezuma CruzFotos: Montezuma Cruz e Assessoria UnirSecom - Governo de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2015/02/41226/

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAGERAÇÃO DE ENERGIA

Construção da Usina do Rio Machado é debatida no Minis-tério das Minas e Energia

Confúcio Moura em reunião referente à construção da Hi-drelétrica de Tabajara

A concessão da hidrelétrica de Tabajara projetada para fun-cionar no Rio Machado foi discutida nessa terça-feira (22) pelo governador de Rondônia, Confúcio Moura, junto ao ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga.

Confúcio destacou a importância da hidrelétrica para o Estado e para o país e que constava não haver pendências no ministério. O ministro explicou que há uma pendência do projeto sendo analisa-da na Funai e no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Na-cional (Iphan). Os dois órgãos, segundo o governador, publicarão um termo de referência. A partir deste documento, o Ministério das Minas e Energia poderá arcar com os custos da obra.

O governador destacou que será enviada comitiva para fazer levantamentos da região e segundo ele não há aldeias na área da hi-drelétrica. “Será mais um estudo histórico de pesquisa e posterior-mente deve ser liberada a construção da hidrelétrica”, acrescentou.

A expectativa é que a obra gere 2,8 mil empregos diretos no pico da construção e mais 2 mil indiretos. O projeto foi aprovado em 2007 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ao ser interligada ao SIN (Sistema Integrado Nacional) reforçará o sistema de transmissão de energia ao Sul do Brasil. O empreendi-mento prevê fornecer energia para 700 mil residência em Rondô-nia, o que representa 40% da demanda do Estado. O excedente vai para o Sul do Brasil.

Também estiveram presentes o senador Valdir Raupp (PMDB/RO) e o senador Edson Lobão (PMDB/MA), ex-ministro das Mi-nas e Energia.

Fonte28 de março de 2016 Texto: Alex NunesFotos: Alex NunesSecom - Governo de Ron-

dôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/03/108886/

Usina de biomassa impulsiona plantação de eucalipto em Pimenta Bueno

A entrada em operação, no próximo semestre, de uma usina termelétrica movida a biomassa, na região de Pimenta Bueno, deve impulsionar a plantação de floresta de eucalipto, a principal maté-ria-prima. A usina terá capacidade de abastecer com energia elétri-ca uma cidade de aproximadamente 40 mil habitantes.

Grupo Eletrogóes pesquisa há 8 anos em viveiro próprio a me-lhor espécie do eucalipto para ser utilizada na sina

“Precisamos formar um cinturão verde num raio de 100 qui-lômetros para converter a madeira em fonte de combustão para a usina”, disse o gerente Operacional Gefson Melo, da usina hidrelé-trica Eletrogóes, a proprietária da usina de biomassa que gera 60 empregos diretos nesta fase final de implantação.

A consolidação do projeto da usina de biomassa está direta-mente relacionada à produção de eucalipto. O grupo empresarial pesquisa, há oito anos, em um viveiro-laboratório próprio, a me-lhor espécie do eucalipto a ser destinada na utilização da usina.

“Já estudamos mais de 200 matrizes e chegamos ao padrão ideal de madeira para ser utilizado na usina”, informou o enge-nheiro florestal, Carlos Alberto Soares Monteiro, que considera também nas pesquisas o cultivo no solo arenoso da região e os valores agregados com a plantação. O viveiro é capaz de produzir seis milhões de mudas/ano, que são comercializadas a preço de mercado para o produtor rural.

Para produzir energia, as geradoras utilizam a combustão de material orgânico. Entre estas fontes de orgânicas, a madeira do eucalipto foi escolhida por conta da viabilidade sustentável da pro-dução em Rondônia.

A energia gerada a partir da biomassa é renovável e menos poluente dos que outras formas de energia como os combustíveis fósseis petróleo e carvão mineral. Na região, a madeira do plantio de eucalipto tem destinação certa: a usina de biomassa.

“Chamamos de floresta energética essa fonte de energia re-novável e de geração de emprego e renda”, argumentou Gefeson Melo, enfatizando que o momento é propício para os pequenos e grandes produtores plantarem eucalipto.

FLORESTA PLANTADAO governo de Rondônia adotou políticas públicas para incen-

tivar a plantação de floresta, seja ela de espécie nativa ou exótica.“Todo o plantio, extração e comercialização da madeira pro-

veniente de floresta plantada estão amparados por legislação pró-pria”, disse o coordenador de Floresta Plantada da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), o engenheiro flo-restal Edgard Menezes Cardoso.

Fonte16 de fevereiro de 2016 Texto: Paulo SérgioFotos: Paulo SérgioSecom - Governo de

Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/02/102493/

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAEficiência EnergéticaServidores do Palácio Rio Madeira recebem orientações so-

bre o uso racional de energia elétrica

Servidores recebem informações sobre os tipos de geração de energia elétrica

De 25 a 27 de janeiro, os servidores que trabalham no Palácio Rio Madeira tiveram a oportunidade de receber informações quanto ao uso ra-cional da energia elétrica. As orientações foram apresentadas por técnicos que atuam na unidade móvel do Projeto Eficiência Energética Itinerante da Eletrobras Distribuição Rondônia.

O projeto vem sendo executado desde 2009, de forma itinerante, levando informações sobre o uso da energia elétrica, principalmente, às escolas da rede pública e, segundo dados da empresa, já alcançou mais de 200 mil alunos em 302 escolas em diversos municípios do Estado.

Além de atender as escolas, o projeto se faz presente também em grandes eventos, como feiras agropecuárias e ações de cunho social com o objetivo principal de disseminar o conhecimento sobre o uso racional e seguro da energia elétrica, ligado a conservação ambiental, explicou o gerente de pesquisa e desenvolvimento energético da Eletrobras, Idelfonso Madruga.

Durante as explicações dadas pela equipe técnica da unidade móvel, que é composta por engenheiros, pedagogos e monitores, o público tem a oportunidade de conhecer sobre as formas de geração de energia mais utilizada no mundo, a energia elétrica, que pode ser obtida de diferentes maneiras: usina hidrelétrica, solar, nuclear, eólica, entre outras.

O público recebe ainda um material informativo com dicas de segu-rança, uso adequado e economia de energia elétrica.

Dicas de economia de energia• Dê preferência à iluminação natural e deixe as janelas, cortinas

e persianas abertas.• Utilize lâmpadas fluorescentes: elas duram mais e consomem

menos.• Escolha a geladeira do tamanho adequado às suas necessidades.• A geladeira deve ficar em local ventilado, longe de fontes de

calor (fogão e sol).• Não use a parte de trás da geladeira para secar roupas ou tênis.• Deixe a resistência do chuveiro elétrico na posição verão, isso

economiza até 30% do consumo do chuveiro.• Desligue o monitor do computador se o mesmo não for utiliza-

do por muito tempo ou programe o stand by.• Se ficar muito tempo fora de casa, desligue a Tv da tomada.• Evite ligar o ferro de passar mais de uma vez por semana. Acu-

mule as roupa e passe todas de uma vez.Fonte27 de janeiro de 2016 Texto: Luana LopesFotos: Admilson KnightzSecom - Governo

de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/01/100973/

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Vice-Governador de Rondônia, Daniel Pereira, discute Políti-ca Internacional com o MRE.

As relações internacionais em Rondônia começam a ser nor-teadas em encontro do Vice-Governador do Estado de Rondônia, Daniel Pereira, com o Diplomata brasileiro João Carlos Parkinson, que exerce o cargo de Coordenador-Geral para Assuntos Econô-micos da América Latina, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em Brasília-DF.

A conexão rodoviária Rondônia-Bolívia, a construção da ponte de Guajará–Mirim e a Ferrovia Transcontinental foram os assuntos que nortearam a audiência. O diplomata brasileiro des-tacou que novas agendas foram abertas neste encontro e colocou o Itamaraty à disposição de Rondônia com o intuito de trabalhar conjuntamente com o governo do estado nos assuntos bilaterais.

Na reunião, “Tratamos de temas relevantes como a construção da ponte do rio Mamoré no município de Guajará-Mirim, a criação de corredores rodoviários para o escoamento da produção do Esta-do de Rondônia para a Bolívia e a importação de insumos básicos, fertilizantes, bem como, a implantação da Ferrovia Transcontinen-tal”, afirmou Carlos Parkinson.

De acordo com Daniel Pereira, a ampliação de outros temas que não haviam sido agendados previamente foi muito importante. “Trouxemos para a audiência a relação Rondônia e a Bolívia, espe-cificamente sobre o Departamento do Beni, referente às questões de transportes e relações internacionais, mas o ministro acabou nos pautando também para uma outra agenda, que é a construção da ferrovia transcontinental”, explicou o vice-governador.

Daniel Pereira disse estar esperançoso em saber que o Minis-tério das Relações Exteriores também está engajado com a trans-continental que cortará todo o Estado de Rondônia e se tornará num dos principais corredores de transportes para a exportação de grãos do Brasil para a China.

O Diplomata brasileiro garantiu também apoio ao governo estadual para articular a promoção da Rondônia Rural Show em Brasília, para que a Feira possa crescer do ponto de vista de uma Feira de interesse internacional.

O Governo de Rondônia então, com o seu enorme potencial logístico, tem interesse em estreitar seus laços de amizade com a vizinha Bolívia e ainda mais, por meio de nossas vantagens com-parativas, exercer forte papel da exportação de commodities para o mercado asiática, assim, se tornando um pujante e destacado es-tado, com vocação internacional.

Fonte18 de janeiro de 2016http://ri-rondonia.blogspot.com.br/

Programa Idiomas sem Fronteiras NucLi UNIR divulga edital para seleção de professor bolsista

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAPROGRAMA IDIOMAS SEM FRONTEIRAS NUCLI

UNIR ABRE EDITAL PARA PROFESSOR BOLSISTA O Processo Seletivo cujas inscrições são abertas pelo Edital

nº001/2016 Reitoria/UNIR é subordinado ao Programa Inglês sem Fronteiras/IsF do Ministério da Educação, instituído pela Portaria nº 1466/2012, posteriormente, pela Portaria 973/2014, instituiu-se o Programa Idiomas sem Fronteiras, incluído o art.9-A na Porta-ria nº 1466/2012 integrando um Núcleo Gestor do Programa. O Programa Idiomas sem Fronteiras tem como objetivo principal incentivar o aprendizado do idioma inglês, bem como propiciar uma mudança abrangente e estruturante no ensino de idiomas estrangeiros nas universidades do País. Uma das ações previstas pelo programa é a oferta de cursos presenciais de língua inglesa a alunos com perfil para o Ciência sem Fronteiras (CsF), que acon-tecerão nas instituições de ensino superior que tenham Núcleo de Línguas. O objetivo dos cursos é o de preparar esses estudantes para os exames de proficiência exigidos pelas universidades es-trangeiras parceiras no âmbito do CsF.

Fonte08/04/2016http://www.ari.unir.br/index.php?pag=noticias&id=18626

Floresta PlantadaVilhena debate em maio plantio de árvores que ampliarão

exportações rondonienses para China e Europa

Goma resina extraída do pinus já é conhecida como “ouro branco” em Rondônia

O rendimento superior a US$ 42 milhões, a presença dessa árvore em 68% dos municípios de Rondônia e o escoamento pelo porto organizado de Porto Velho dão visibilidade à teca (Tectona grandis, também chamada comercialmente de teca, teak ou djati). Ela requer solos de boa fertilidade natural.

A Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Se-dam) debaterá perspectivas para o setor no 3º Seminário Plantar Árvores em Rondônia é um bom negócio, nos dias 12 e 13 de maio, no auditório da Faculdade Avec, em Vilhena.

O produto semiacabado da teca chega à Europa servindo para a fabricação de convés de barcos, iates e navios. A árvore resiste a fungos, cupins e outras pragas.

Já o pinus tropical estende-se por 3,4 mil hectares de Vilhena, em solos de baixa fertilidade e baratos.

“A goma resina, por exemplo, já é conhecida por ouro branco no estado”, comentou o coordenador do Programa Florestas Plan-tadas, Edgard Menezes Cardoso.

Pinus tropicais rendem goma resina para o mercado nacional e para a Europa, onde abastecem indústrias de cosméticos e de produtos farmacêuticos, tintas e vernizes, e componentes de papéis especiais para impressão. “A lista é extensa, totalizando mais de 2,8 mil subprodutos”, lembrou Edgard Menezes.

Áreas pioneiras de teca têm mais de 40 anos de cultivo, em Mato Grosso. Ela serve para a fabricação de móveis finos. Alcança 18m de altura e foi plantada pela primeira vez em Ouro Preto do Oeste nos anos 1970, mas a escala empresarial só ocorreu 28 anos atrás. Agora, é vista também na chamada região da Ponta do Abunã, em Extrema e Nova Califórnia, no município de Porto Velho.

“Hoje temos aproximadamente dois mil hectares de áreas em franca produção nos municípios de Colorado do Oeste, Espigão do Oeste, Ouro Preto e Pimenta Bueno, onde fica o maior plantio (cer-ca de 300 hectares). Países asiáticos (China, Índia, Vietnã e Paquis-tão) compram o produto em toras”, assinalou o coordenador.

Nativo, o pinho cuiabano também já se destaca nos itens flores-tais plantados na Amazônia Ocidental brasileira. Segundo Edgard Menezes, o retorno de oito empresas de compensados e laminados às atividades normais, graças ao incentivo de política pública do governo de Rondônia, trouxe ânimo ao setor.

A Política Agrícola para Florestas Plantadas no Estado de Ron-dônia, criada por projeto de lei do governo e aprovada pela Assem-bleia Legislativa, beneficia empresários e técnicos do setor florestal na busca de novo ciclo da economia estadual.

Exportada para a Europa, teca serve para a fabricação de con-vés de barcos, iates e navios

ÂNIMOEm Alta Floresta do Oeste, Ariquemes, Buritis, Cacoal, Es-

pigão do Oeste, Ji-Paraná, Ministro Mário Andreazza e Rolim de Moura, empresas do ramo contrataram trabalhadores e ampliaram seu parque industrial.

“A situação melhorou consideravelmente, do campo à cidade”, disse Menezes.

Eucalipto (2,1 mil ha plantados) é o quarto item do programa governamental. O coordenador lembra que ele é muito utilizado atualmente na recuperação de pastagens, na construção de cercas e na secagem de grãos, por meio da geração de energia térmica.

Ao mesmo tempo, a árvore é usada nas caldeiras de indústrias de cerâmica, em laticínios e panificadoras nos municípios de Ca-coal, Porto Velho e Pimenta Bueno.

“Futuramente, quando tivermos ferrovia para garantir a logís-tica, o eucalipto proporcionará a instalação de pelo menos uma in-dústria de celulose. Um dado interessante é que a China será o gran-de comprador, pois a urbanização das cidades por lá exige enorme quantidade de papel higiênico”, comentou o coordenador.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAMenezes aponta os principais fatores para o êxito do eucalipto

em Rondônia, que são a produtividade alta (clones estão acima de 60m³/ha/ano), baixo preço das terras e serve de matéria-prima para a geração de energia elétrica.

Saiba mais:Fonte27 de abril de 2016 Texto: Montezuma CruzFotos: Paulo SérgioSecom - Governo

de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/04/111571/

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Vitrine Tecnológica vai apresentar canteiro de hortaliças em formato de espiral que diminui o espaço de cultivo

Hortaliças em formato de espiral estão entre os atrativos da feira em Ji-Paraná.

O novo modelo de canteiro para hortaliças, em espiral, está sendo preparado para ser apresentado aos visitantes da Vitrine Tec-nológica da 5ª Rondônia Rural Show, que acontecerá de 25 a 28 deste mês, no Parque de Exposições Hermínio Victorelli, em Ji-Pa-raná. A organização do evento espera 80 mil visitantes. A entrada é gratuita.

Acompanhando o movimento de uma constelação, o canteiro em espiral tem a finalidade de ocupar menos espaço em relação aos tradicionais retangulares, ofertar mais área para o plantio de hortaliça e facilitar a irrigação das plantas. “Nele, o agricultor se movimenta com maior facilidade”, disse o coordenador de agroe-cologia do escritório regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RO), em Ji-Paraná, Jurandy Batista de Mesquita, responsável pela inovação na Vitrine Tecnológica, que tem espaço exclusivo para a agroecologia.

Também conhecido como canteiro em vértice, o novo modelo para o plantio de hortaliças faz parte dos projetos da Emater/RO que estão sendo implantados na Vitrine Tecnológica. “O objetivo é proporcionar ao visitante mais conhecimento e demonstrar, na prática, a viabilidade de culturas e ganhos financeiros com os no-vos sistemas de plantio”, explicou Jurandy Mesquita, referindo ao modelo em vértice e a adubação ecológica.

RONDÔNIA RURAL SHOWIdealizada e implantada pelo governo estadual, a Rondônia

Rural Show é um evento voltado exclusivamente ao agronegócio. Na 5ª edição consecutiva, a feira de tecnologias e oportunidades de negócios, coordenada pela Secretaria de Estado de Agricultura (Sea-gri,) vem atraindo visitantes de vários estados brasileiros e de outros países estreitando relações e abrindo mercado para a efetivação de negócios.

Devido ao crescimento da Rondônia Rural Show, a prefeitura de Ji-Paraná doou ao governo de Rondônia uma área maior para a realização das futuras feiras a partir de 2017. O evento reúne exposi-tores da agroindústria familiar, de implementos agrícolas, insumos, maquinários, veículos leves e pesados, palestrantes, agentes finan-ceiros e ainda conta com mostras, oficinas e troca de experiências.

Fonte13/05/2016 http://www.tudorondonia.com.br/noticias/vitrine-tecnologica-

vai-apresentar-canteiro-de-hortalicas-em-formato-de-espiral-que-diminui-o-espaco-de-cultivo,60381.shtml

Ações de sustentabilidade e empreendedorismo para morado-res do Orgulho do Madeira são discutidas

Dentro das ações do Sebrae apresentadas ao governador Con-fúcio Moura, estão previstas também atividades de sustentabilidade aos pequenos empreendedores que residem agora no condomínio Orgulho do Madeira.

Ações conjuntas de sustentabilidade do condomínio Orgulho do Madeira e fomento da agroindústria, cafeicultura e piscicultura, foram discutidas nesta quarta-feira (9), em Porto Velho, pelo gover-nador Confúcio Moura e diretores do Sebrae Rondônia.

Governador Confúcio Moura durante reunião com representan-tes do Sebrae e secretários

“Estamos vivendo um novo momento com projetos sólidos e sustentáveis com eixos de governança e regras de resultados para o futuro, para ajudar os próximos governantes do estado”, explicou Confúcio Moura, agradecendo a parceria proposta pelo Sebrae.

O superintendente do Sebrae, economista Valdemar Camata Júnior, apresentou o trabalho Guia do Estado Empreendedor para atender as linhas de atuação do Sebrae, com 11 itens de destaque, como o crédito e fomento da educação empreendedora.

Camata pediu apoio do secretário Emerson Castro, chefe da Casa Civil, presente na reunião, para ajudar reativar a Frente Par-lamentar da Micro e Pequena Empresa e falou do Programa Ven-cendo a Crise com Inovação. Essa demanda, segundo ele, foi da Fiero (Federação das Indústrias de Rondônia) para atuar junto aos empreendedores que estão precisando de apoio. Isso envolve des-de a agroindústria, serviços e comércio de micro e pequeno porte.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIADentro das ações do Sebrae apresentadas ao governador Con-

fúcio Moura, estão previstas também atividades de sustentabilidade aos pequenos empreendedores que residem agora no condomínio Orgulho do Madeira, em Porto Velho – maior condomínio do Brasil construído pelo Programa Minha Casa, Minha Vida

O Orgulho do Madeira foi construído no bairro Mariana, zona Leste de Porto Velho, em uma área de 37 hectares, sendo composto por 3.744 apartamentos e 256 casas, uma média de 16 mil pessoas.

Para o trabalho do Sebrae no Orgulho do Madeira, o governa-dor Confúcio Moura colocou à disposição do órgão a Casa Civil, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seas) e a Su-perintendência de Desenvolvimento (Suder). “Precisamos manter o diálogo e alinhar as ações para viabilizar maneiras de gerar emprego e renda com uma economia de subsistência para os moradores do Orgulho do Madeira”, enfatizou o governador.

Fonte13/05/2016 http://www.tudorondonia.com.br/noticias/-acoes-de-sustenta-

bilidade-e-empreendedorismo-para-moradores-do-orgulho-do-ma-deira-sao-discutidas,58675.shtml

DesenvolvimentoRondônia incentiva empresas com isenção de até 85% do

ICMS; novas regras devem prestigiar projetos que valorizem o meio ambiente

Governo incentiva a instalação de novas indústrias em Ron-dônia

O governo de Rondônia incentiva a instalação de empresas no estado com adoção de isenção fiscal que chega a 85% do principal imposto estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Ser-viços (ICMS), e desde agosto do ano passado, com a alteração na lei, ampliou de 10 para 15 anos o prazo concedido para esse benefício.

Para conseguir o incentivo fiscal, que abrange três patamares, o empreendedor deve atender a critérios que dizem respeito à ge-ração de empregos, valor do investimento e condições de trabalho ofertadas. A solicitação do benefício é feita mediante carta-consulta à Superintendência de Desenvolvimento de Rondônia (Suder), que encaminha o pedido à Secretaria de de Estado de Finanças (Sefin), que o submete ao Conselho de Incentivos Tributários (Consit) para parecer.

“O parecer será apreciado pelo Conselho de Desenvolvimento de Rondônia, Conder, presidido pelo governador e constituído por órgãos estaduais e membros da sociedade civil organizada, que se reúne bimestralmente”, explicou o titular da Suder, Basílio Lean-dro de Oliveira.

Segundo ele, na próxima reunião, em 9 de maio, serão ava-liados processos e projetos acumulados de março até agora. No prazo máximo de 60 dias o empreendedor tem resposta ao pedido do benefício.

Agora, a pedido do governador Confúcio Moura, a Suder coordena o processo de nova alteração nas regras de incentivo fis-cal. Basílio Leandro acredita que na próxima reunião do Conder a minuta dessa alteração deve ser apresentada.

“Vamos prestigiar projetos que tenham responsabilidade ambiental, projetos de empresas que tenham geração de energia própria, renovável, e prestigiar também atividades que façam a contratação de mão de obra de apenados”, antecipou Basílio, afir-mando que muitos estados já adotam incentivo a empreendimentos que valorizem o meio ambiente.

Superintendente Basílio Leandro explica como funcionam os incentivos tributários no estado

“São questões que a nossa legislação atual não contempla, mas vamos fazer com que sejam contempladas”, disse o supe-rintendente, que prefere não antecipar benefícios porque mantém conversas com sindicatos das industrias, Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), Sebrae e Fecomércio para colher propostas sobre o tema. Basílio acredita que até julho o governo de Rondônia terá a lei aprovada.

O superintendente destacou como “modalidade bastante im-portante” a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), para in-crementar o incentivo à instalação de empresas. “Estamos traba-lhando para viabilizar sua implantação em Porto Velho. Ela prevê um incentivo ainda maior para as empresas que queiram se instalar na capital, para atuar na exportação”, afirmou.

Em Guajará-Mirim, o governo de Rondônia trabalha para a adoção do ICMS Verde. “Isso é um processo que está em constru-ção, por iniciativa da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), e prevê, para as indústrias ou empresas que se insta-larem em Guajará-Mirim, isenção além de 85%. Por ter mais de 90% de sua área comprometida com unidades de conservação, o município tem que ter tratamento diferenciado, como compensa-ção por preservar o meio ambiente. Ele não pode olhar o vizinho que desmatou e se sentir em desvantagem por ter preservado a sua área”, observou Basílio.

DISTRITO INDUSTRIAL Além da isenção tributária no ICMS, o governo de Rondônia

cede terrenos no distrito industrial de Porto Velho para instalação de empresas, e atualmente uma comissão trabalha para rever a le-gislação de doação. “A ideia é prestigiar as indústrias e prestado-ras de serviços que deem apoio para as indústrias já existentes no Parque Industrial”, explicou o superintendente, completando que também na reunião de 9 de maio do Conder deve ser apresentado o primeiro relatório do trabalho dessa comissão.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAAinda conforme Basílio, a Suder firmou termo de compromis-

so com a Eletrobras Distribuição Rondônia para que forneça energia para todas as empresas, independente do seu tamanho. “Rondônia sempre foi um estado com energia, mas sem distribuição. Hoje te-mos o compromisso da Eletrobras em atender ao distrito industrial especialmente. Uma vez aprovada a planta da empresa, a Eletrobras instala imediatamente o equipamento necessário para fornecer ener-gia”, reforçou.

No curto espaço de tempo, o governo pretende entregar a ges-tão do distrito industrial para a iniciativa privada. Antes disso se comprometeu em fazer benefícios de infraestrutura, como instalar postes, iluminação, asfaltar, colocar meio-fio e oferecer condições de segurança para as empresas que estão instaladas ou irão se ins-talar. “Depois disso, é com a iniciativa privada. Foi criada uma as-sociação, composta por empresários industriais, e será presidida por Adélio Barofaldi, do grupo Rovema, para administrar o distrito”, citou Basílio.

Fonte13 de abril de 2016 Texto: Mara ParaguassuFotos: Esio MendesSecom - Governo

de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/04/111097/

Jovem cientista mais premiado na Febrace em São Paulo é de Rondônia

Com o projeto Água Fácil desenvolvido para atender as comu-nidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia com água potável ren-deu ao aluno Ygor Requenha Romano, do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Murilo Braga, em Porto Velho, oito prêmios na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace) em São Paulo (SP). O protótipo portátil de engenharia premiado pela Febrace tem capacidade para atender até 70 pessoas faz tratamento físico, quí-mico e micro biológico da água, utilizando energia solar, com custo de 15 reais por pessoa. A Febrace, que é a maior do gênero na Amé-rica do Sul, foi realizada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), de 14 a 18 de março.

Ygor entregou, ano passado, o projeto premiado ao governadorConquistou o primeiro lugar em engenharia, publicação na

revista Eco 21, Melhor Projeto de Rondônia, prêmios: Mentalida-de Marítima da Marinha, prêmio da Poli – Associação dos Enge-nheiros da USP, 3 M, Intel Isef e ganhou uma viagem para Arizona e Washington nos Estados unidos e México onde, será o único jo-vem cientista a representar a região Norte do país.

O jovem cientista de Rondônia explica que o protótipo é uma unidade de fácil manuseio de tratamento físico-químico, que foi criado e idealizado para atender as comunidades indígenas e ribeiri-nhas da Amazônia com água potável, porém pode atender qualquer comunidade.

Para Romano, um governo que investe em educação, incenti-va pesquisa cientifica, estimula os estudantes a buscar novos co-nhecimentos é um gestor preocupado com o futuro, que visa pro-gresso do Estado com o desenvolvimento intelectual do cidadão. “O governador Confúcio Moura é assim, o apoio dele foi funda-mental na minha vitória”.

Romano já desenvolveu e apresentou em feiras pelo Brasil en-tre 2014 e 2015 outros dois projetos sob a orientação do professor João Antônio Graças Brito da escola estadual Heitor Villa Lobos, quando morava em Ariquemes.

O adolescente conquistou o 1º lugar no Prêmio Abric de des-taque em iniciação Científica, na categoria Eletroquímica, durante sua participação na Feira de Rondônia Cientifica de Inovação e Tecnologia (Ferocit) em dezembro de 2014, em Porto velho, com o projeto ‘Eco Piscicultura”, que prevê a criação de insetos para alimentar peixes em cativeiro, desenvolvido com objetivo de au-mentar a produtividade, proporcionar qualidade dos alimentos e obter custo acessível com emprego de tecnologia limpa,

Representou Rondônia na Feira Internacional Expo Milset Brasil, em Fortaleza (CE), em maio de 2015, com o projeto Sis-tema Renovável para Tratamento da Água, com finalidade de dis-ponibilizar a todos os cidadãos a água de qualidade, sem agentes sólidos ou químicos por meio de um aparelho simples e barato desenvolvido com tecnologia eletroquímica capaz de desativar o DNA do micro-organismo presente na água foi apresentado.

Fonte01 de abril de 2016 Texto: Suelly DavidFotos: Suelly DavidSecom - Governo de

Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/04/109470/

SEGURANÇA

ViolênciaSecretaria de Segurança diz que registrou queda no número

de homicídios em RondôniaDos 52 municípios abrangidos no primeiro mês do ano, 18

apresentaram uma queda de 51,5%.

Ações integradas das polícias no combate a criminalidadeO primeiro quadrimestre de 2015 terminou com redução de

64,8% no número de homicídios em Rondônia. De acordo o Nú-cleo de Estatística (Naec) da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) ocorreram 68 casos a menos em relação ao mesmo período do ano passado. A metodologia utilizada para a análise de indicadores de violência e criminalidade foram os bole-tins de ocorrência.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIADos 52 municípios abrangidos no primeiro mês do ano, 18

apresentaram uma queda de 51,5%. Em fevereiro o decréscimo foi de 70% no número de homicídios em 17 municípios. O mês de março apresentou o decréscimo foi 66,7% de casos em 13 muni-cípios. Em abril a redução foi de 74,1% em 17 municípios. Desde o ano passado, essa é uma tendência que vem sendo observados todos os meses.

A diminuição desses registros ficou evidente nos municípios de Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Mé-dici, Castanheiras, Pimenta Bueno, São Felipe do Oeste com 100% . Primavera de Rondônia, Nova Brasilândia, Novo Horizonte e Al-vorada do Oeste apresentaram a mesma tendência.

Apenas os municípios de Jaru, Cujubim, Buritis, Campo Novo, Governador Jorge Teixeira, Theobroma e o distrito de Rio Pardo apresentaram aumento de homicídios.

Outros 28 não apresentaram variação no comparativo de 2015 com 2014, embora tenha ocorrido homicídios nessas localidades. Compõem esse grupo os municípios de Machadinho do Oeste, Ouro Preto, Urupá, Mirante da Serra, Vale do Paraíso, Teixeiró-polis, Cacoal, Ministro Andreazza, Rolim de Moura, Alta Flores-ta, Santa Luzia,Parecis, Alto Alegre dos Parecis, São Miguel do Guaporé, São Francisco, Costa Marques, Vilhena, Chupinguaia, Colorado do Oeste, Cabixi, Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste, Co-rumbiara, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Vale do Anari, Nova União e Seringueiras.

Para o secretário de Segurança, Antônio Carlos dos Reis, a redução desses índices se deve pela ação integrada entre a Polícia Civil e Polícia Militar nos trabalhos de prevenção e de estratégias de combate a violência, por meio de medidas que visem impedir a consolidação do crime.

“Por algum tempo, Rondônia esteve acostumado a registrar apenas crescimento desses crimes, porém, com o trabalho reali-zado ao longo dos cinco anos conseguimos quebrar esse espiral crescente de homicídios”, disse Reis.

FonteTexto: Márcia MartinsFotos: Arian OliveiraDecom - Governo de Rondônia12/05/2015 http://www.tudorondonia.com.br/noticias/secretaria-de-se-

guranca-diz-que-registrou-queda-no-numero-de-homicidios-em--rondonia-,52246.shtml

Rondônia é o segundo estado com o maior índice de mortes por armas de fogo no Norte

Manaus: Os dados são do “Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homi-cídios”, elaborado pelo Sistema Nacional de Informações de Se-gurança Pública (Sinesp) do Ministério da Justiça (MJ). O estudo, que será usado como ferramenta para desvendar os motivos que levam aos homicídios e para elaborar políticas públicas de comba-te à violência, foi divulgado quinta-feira.

As análises sobre a Região Norte, os Estados e os municípios selecionados para o Pacto de Redução de Homicídios, mostraram que no Amazonas não houve nenhum indicador considerado bom. Os índices medianos foram os de violência doméstica, presença do Estado e conflitos da polícia com a população. Os ruins são os transversais, de gangues e drogas, violência patrimonial e violên-cia interpessoal.

O diagnóstico revela que a violência no ambiente doméstico tem como principal vitima mulheres, e de todas as idades. Trata-se de uma violência essencialmente patriarcal. Também afirma que os homicídios de mulheres, crianças e idosos se relacionam com as relações violentas de poder dentro do ambiente doméstico ou baseadas em relações de parentesco.

Entre os municípios da região Norte analisados, a capital ama-zonense apresentou taxa intermediária no caso de homicídios de crianças, 3,04 casos, de um índice que varia de 1,9 a 5,8, por 100 mil habitantes. As taxas de homicídios de mulheres, bem como de idosos, consideradas altas no Norte, deixaram Manaus em terceiro lugar com as menores proporções, 6,51, e 21,49, respectivamente.

O estudo aponta que no caso da violência interpessoal (fami-liar, na relação íntima ou comunitária), o uso de álcool e drogas pode ser observado como um fator que potencializa as consequên-cias extremas da violência doméstica. A ausência de uma rede de proteção específica e de serviços do Estado que atentem para as especificidades das diferentes violências domésticas e dos riscos associados a elas também pode ser observada como um fator de risco para os homicídios associados a esse fenômeno.

HomicídiosO Amazonas registrou 909 homicídios em 2014, de acordo

com o Sinesp do Ministério da Justiça. Uma média de 23,5 casos a cada 100 mil habitantes. O Estado é o segundo da região Norte com a maior taxa de assassinatos, o primeiro é Tocantins (23,94). As capitais desses dois Estados também apresentam os maiores índices, 37,4 (Manaus) e 25,6 (Palmas).

Os locais com a maior taxa de mortes por armas de fogo por 100 mil habitantes são Amazonas (18,4), Rondônia (19,04) - 29,9 em Manaus e 24,9 em Porto Velho -, e Pará (29,07).

No caso do latrocínio, o estudo mostra que apresenta uma taxa pequena, se comparada a outros crimes. Porém a maior taxa de roubo de veículos e instituições financeiras ficou com o Estado do Amazonas, cuja taxa foi de 53,04 por 100 mil habitantes.

No tocante aos municípios, Manaus apresentou índice de 101,4. Ananindeua, no Pará, por sua vez, foi o município que apre-sentou a maior taxa, 182 por 100 mil habitantes, e Rio Branco (0,00), seguindo de Palmas (7,4) e Macapá (27,4), registram as menores taxas de latrocínio.

ReforçoO Amazonas, de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça,

Direitos Humanos e Cidadania (Sejus), tem desde 2007 serviços especializados no enfrentamento à violência contra a mulher, além disso, fez adesão ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres em 2009 e repactuou em 2012, e conta com uma Rede de Atendimento Especializado.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAAlém da Secretaria Executiva de Políticas para as Mulheres,

da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), há mais 12 Organismos de Políticas para as Mulheres dis-tribuídos em Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Coari, Eirunepé, Borba, Parintins, Itamarati, Canutama, Itapiranga, Anori, Careiro Castanho e Santa Isabel do Rio Negro.

Conforme a SSP-AM, os números de atendimento a situações de violência doméstica não apontam aumento significativo em re-lação há anos anteriores. Em 2013, por exemplo, foram atendidas 4.177 mulheres, em 2014 (4.713) e em 2015, até julho, 2.576. Es-ses números se referem à capital, tendo em vista que no interior, ainda há dificuldades de elaborar um relatório único dos dados.

JovensA situação de vulnerabilidade dos jovens da Região Norte

é menor se comparados os índices aos dos Estados do Nordeste. Enquanto nesta região o índice varia entre 0,38 e 0,60, naquela a variação é entre 0,037 e 0,49. O IVJ varia entre 0 e 1, apresentando a menor e maior vulnerabilidade, respectivamente. Em Manaus, essa taxa é de 0,469. O Pará, único Estado da Região Norte com mais de um município no Pacto, apresenta os maiores índices de vulnerabilidade juvenil, com Marabá (0,582) na liderança.

19/10/2015 Redação Do Rondonoticias http://www.rondonoticias.com.br/noticia/geral/14408/rondo-

nia-e-o-segundo-estado-com-o-maior-indice-de-mortes-por-ar-mas-de-fogo-no-norte

Em Rondônia: Camponeses em luta por terra CLAMAM por socorro

Violência, pistolagem, milícia armada e assassinatos são pa-lavras que estão caindo no sensu comum no cenário da luta pelo acesso a terra no estado de Rondônia.

O mês de abril encerrou, contabilizando em 07 (sete), o nú-mero de assassinatos de trabalhadores em conflitos no campo. Desse total, 06 assassinatos são da região do Vale do Jamari.

Mais dois sem terra foram assassinados em Buritis, Ron-dônia, em 24 de abril de 2016.

Dois irmãos, membros do “Acampamento 10 de Maio”, de Alto Paraíso do Oeste, Rondônia, desaparecidos no dia 24 de abril de 2016, foram encontrados mortos na terça feira, 26, dentro do rio Candeias.

Depois de ter localizado a moto deles nas proximidades do rio, no Km 25, da Linha C-50, os dois corpos foram encontrados com diversos disparos. O local está dentro do município de Bu-ritis (RO), que forma parte do chamado Vale do Jamari, uma das regiões que desde 2015 concentra mais violência por conflitos de disputas de terras públicas de todo o Brasil.

O dia 28 de abril a Liga dos Camponeses Pobres divulgou uma nota denunciando o assassinato dos dois irmãos, Nivaldo Ba-tista Cordeiro e Jesser Batista Cordeiro, que segundo a Liga, eram camponeses do Acampamento 10 de Maio. Nivaldo deixou esposa e quatro filhos pequenos.

Ainda segundo a Liga, os dois tinham sido covardemente as-sassinados no dia 24/04/2016, e já haviam recebidos ameaças de morte de Caubi Moreira Quito. O citado fazendeiro, que tinha pos-se da Fazenda Formosa, disputa com o Acampamento 10 de Maio, vinculado à Liga dos Camponeses Pobres, o controle da área, uma terra pública grilada dentro da gleba 06 de Julho/São Sebastião.

No local, em inícios deste ano de 2016 a Justiça Federal Suspen-deu uma Reintegração de posse dos acampados (14/03/16) a pedido do MPF, pois a área ocupada pela fazenda é terra pública que já tinha sido desapropriada pelo INCRA para reforma agrária.

Já alguns anos que este local é palco de uma acirrada e violenta disputa. Após uma reintegração de posse da Justiça Estadual sofrida pe-los acampados em setembro de 2013, o fazendeiro denunciou ter sido atacado em seu carro. Mais tarde um peão da fazenda teria sido atingido por disparos e a sede da fazenda totalmente destruída, em 09/10/13.

Após os acampados resistir e conseguir suspender uma nova rein-tegração de posse da Justiça Estadual, em 25 de janeiro de 2015, José Dória dos Santos, antigo integrante do acampamento, foi assassinado com vários disparos. Em 11/05/15 duas pessoas mortas foram encon-tradas nas imediações do acampamento. Em abril deste ano 2016, foi encontrada uma ossada humana (ainda não identificada) na fundiária da mesma fazenda, que podem ser os restos de Valdecy Padilha, camponês do Acampamento 10 de Maio desaparecido desde a manhã do dia 11 de novembro de 2015.

Por outro lado, a Liga acusa o fazendeiro de ter afirmado em vá-rias ocasiões “que iria matar todos os “sem terra antigos” do Acampa-mento”. Segundo a Liga, Policiais Militares de Buritis fizeram diversas tentativas de reintegração de posse na Área 10 de Maio sem Ordem Judicial. E consta em depoimento do próprio Caubi Moreira Quito, rea-lizado na Polícia Civil de Ariquemes em 29 de dezembro de 2014, que ele mesmo tinha contratado 10 PMs para fazer segurança privada de sua fazenda em troca de terras.

Em relação a recente morte dos dois irmãos do Acampamento 10 de Maio, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), na nota do dia 28/04/2016 levanta pesadas acusações contra a Polícia Militar de Ji Paraná, que es-taria realizando patrulhas de carro nas estradas e de helicóptero na área do acampamento: “Esse crime têm todas as características dos crimes praticados por policiais. Os camponeses saíram de casa no domingo cedo, à luz do dia, em uma estrada muito movimentada. Foram assassi-nados em um lugar e seus corpos encontrados em outro. Pistoleiros não teriam como fazer tal operação sem chamar a atenção.” (LCP).

Dos registros de assassinatos da CPT-RO, o primeiro fato ocorreu com a militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Nilce de Souza, desaparecida desde o dia 7 de janeiro, segundo o crimi-noso, a mesma teria sido assassinada com três tiros, até o momento, seu corpo ainda não foi encontrado. O segundo aconteceu no centro do es-tado, na cidade de Jarú, as vítimas foram Enilson Ribeiro dos Santos e Valdir Chagas de Moura, ambas as lideranças do acampamento Paulo Justino região de Theobroma. Os outros dois casos, trata-se dos jovens assassinados a finais de janeiro na Linha 114, em Cujubim, aparecendo um corpo carbonizado dentro do carro da vítima e outro permanece de-saparecido, sendo: Ruan Lucas Hildebrandt, 18 anos e Alysson Enrique Lopes, de 23 anos.

Fonte02/05/2016http://cptrondonia.blogspot.com.br/

Ações da segurança no combate à criminalidade são destacadas em programa de rádio

Em entrevista ao programa Rota Policial da Rádio Rondônia, o secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania, Antônio Car-los dos Reis, falou sobre a forma indiscriminada que a criminalidade vem atuando no Brasil. Segundo ele, passamos por um momento difícil em nossa sociedade, em que o ser humano está perdendo totalmente o valor.

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Didatismo e Conhecimento 51

CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA

Secretário de Segurança, Antônio Carlos do Reis, em entrevista ao Programa Rota Policial

“Se mata por qualquer razão. Ora por envolvimento em crimes, como drogas e passional. Infelizmente a polícia tem que ser acionada para poder esclarecer esse tipo de crime que as vezes nem solução tem, dependendo da forma que foi cometido e planejado”, argumentou.

O secretário destacou que inúmeras operações estão sendo reali-zadas em todo o estado, resultando em apreensões de drogas e prisões de pessoas.

“Cada vez mais estamos intensificando as operações, principal-mente porque a gente sabe que boa parte desses homicídios está re-lacionada ao tráfico de drogas. Nunca se apreendeu tantas drogas no estado como a partir de 2011. Antes as apreensões eram em quilos, hoje são em toneladas. A polícia prende muito, e isso acaba refletindo, infelizmente, no sistema prisional com superlotações”, explicou.

Reis lamentou a forma com que a sociedade vem se comportando diante da importância da vida. “A população está se transformando em seres irracionais. Há uma selvageria. Se não houver uma conscienti-zação das pessoas que elas precisam se controlar e ter uma tolerância maior, dificilmente iremos mudar este cenário”, disse.

O secretário também parabenizou o trabalho incessante da polícia no combate à criminalidade e na resolutividade dos homicídios no es-tado. “A polícia está fazendo a sua parte. Temos um grau de resolutivi-dade de crimes muito bom. Tem estados da Federação que resolve em torno de 10% os homicídios, nossas delegacias especializadas resol-vem em torno de 80%. A polícia de Rondônia está de parabéns. Óbvio que qualquer morte nos incomoda, qualquer ação criminosa nos chama a atenção. Agora, infelizmente, a polícia não pode estar em cada casa e esquina até porque ela não é onipresente”, ressaltou.

O secretário destacou que o aumento da criminalidade não é uma questão apenas de Rondônia. “Neste mês participei do encontro dos secretários de segurança pública do Brasil, e a reclamação era unânime quanto à onda da criminalidade. Exemplo disso é o Estado de Santa Catarina, que tinha índices de criminalidade abaixo do normal, e hoje também sofre”, acentuou Reis.

Na oportunidade, o secretário parabenizou o jornalista Daniel Jú-nior pelo espaço democrático de discussão sobre a segurança pública, afirmando que “é através das reclamações e elogios feitos pelos ouvin-tes que temos condições de saber onde estamos errando e precisamos melhorar”.

Fonte13/05/2016 Texto: Arian OliveiraFotos: Márcia MartinsSecom - Governo

de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/05/114741/

CapacitaçãoPoliciais civis e militares recebem treinamento da polícia

americana contra fraudes de documentosCom a proposta de qualificar mais de 100 policiais civis e mili-

tares para a identificação de documentos falsos, o Escritório de Se-gurança Diplomática da Embaixada Americana promoveu, por meio da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), o curso “Itens de segurança de documentos, detecção de impostores e motivação para o uso de documentação falsa”.

Policiais civis e militares no curso de identificação de docu-mentos falsos

O treinamento foi ministrado na Academia da Polícia Civil em Porto Velho, com duração de 6h, contendo aulas teóricas e práticas. Foi a primeira vez que o Estado de Rondônia recebeu esse treina-mento que percorre várias cidades do Brasil.

De acordo com dados da Polícia Civil, Rondônia apresenta cri-mes de falsificação de documentos cartorários, Carteiras de Identi-dade e de Habilitação.

O secretário de Segurança, Antônio Carlos dos Reis, destacou a importância do curso para os servidores.

“É uma honra essa parceria com a polícia americana, que já tem uma larga experiência nesse tipo de trabalho. Precisamos melhorar muito nossos serviços, mas acredito que estamos no caminho certo. Cada treinamento tem o seu valor porque agrega conhecimento aos policiais, que estão sendo treinados para tentar coibir qualquer tipo de ação delituosa de pessoas mal intencionadas que fazem uso de documentos falsos”, salientou Reis.

O delegado-geral de Polícia Civil, Eliseu Müller, destacou que a capacitação vai promover a troca de informação entre os dois paí-ses, facilitando o combate ao narcotráfico.

“Uso de documentos falsos é o nascedouro para que ocorram a exportação e importação de drogas. Daí a necessidade dessa par-ceria. O interesse é dos dois países, já que o Brasil também expor-ta drogas para outros países, o que de certa forma acaba afetando a todos”, disse. O adido policial de investigações do escritório de Segurança Diplomática dos Estados Unidos, Joel Gomez, também destacou a importância da integração entre os dois países.

“Fazemos a proteção de pessoas, investigações criminais no ex-terior, tudo que envolva tráfico de pessoas e drogas. Investigamos, também, fraudes de documentos de viagem, passaportes e vistos. Estamos aqui para trocar informações com as polícias e apresentar ferramentas para identificar documentos falsos”, disse Gomez.

Maria Cláudia Oliveira, investigadora do Serviço de Segurança Diplomático da Agência Policial Federal dos Estados Unidos (DSS), disse que uma polícia treinada na identificação de documentos fal-sos consegue evitar crimes de terrorismo, tráfico de drogas e pes-soas, bem como, outros crimes associados ao uso de documenta-ção falsa.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIADevido ao bom aproveitamento do curso e sua importância, a

Sesdec está intermediando parceria com a DSS para a realização de um curso mais amplo contemplando outros servidores da segu-rança pública de Rondônia.

Fonte10/05/2016 Texto: Arian OliveiraFotos: Márcia MartinsSecom - Governo

de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/05/114086/

Segurança PúblicaPoliciais do Núcleo de Operações Aéreas realizam treina-

mento com rapel e salto em aeronave em Porto VelhoOs membros da equipe do Núcleo de Operações Aéreas

(NOA), sendo seis pilotos e nove tripulantes, participaram do terceiro dia de treinamento operacional, nessa quarta-feira (04), no Comando Geral da Polícia Militar com pilotos do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Polícia Militar do Espírito Santo (NOTAer).

Policiais descendo de rapel em treinamento de chegadaO treinamento iniciou na última segunda-feira e encerra nes-

ta quinta-feira (05). Foram realizadas oficinas teóricas e práticas. Participam do treinamento policiais militares, civis e bombeiros.

Na manhã desta quarta-feira, a equipe do NOA recebeu ins-truções de embarque e desembarque da aeronave, rapel e salto da aeronave para resgate, sendo utilizado para o treinamento o heli-cóptero falcão 02, o mesmo utilizado pelas polícias no Brasil.

Segundo o piloto do NOA, major Carlos Lopes, esse é um treinamento padrão com normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“Os policiais são treinados para realizar embarque e desem-barque da aeronave em movimento, simulando situações onde não possa fazer um pouso seguro. Outra simulação de grande impor-tância, é a utilização do rapel com saltos da aeronave para ações rápidas de chegada em situações críticas e para resgates de vítimas em água e mata fechada”, explicou Lopes.

Fonte04/05/06Texto: Arian OliveiraFotos: Márcia MArtinsSecom - Governo

de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/05/113465/

CapacitaçãoServidores estaduais participam de curso de combate à frau-

de em licitações em RondôniaDurante esta quarta (27) e quinta-feira (28), um total de 40

servidores estaduais, entre agentes e delegados da polícia, audi-tores da Controladoria Geral do Estado (CGE), técnicos da Su-perintendência Estadual de Licitações (Supel) e da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), participam em Porto Velho do Curso de Combate às Fraudes em Licitações, promovi-do pela Polícia Civil de Rondônia.

O titular da Sesdec, Antonio Carlos do Reis, fala durante a abertura do curso em Porto Velho

Na abertura do evento, o delegado Antonio Carlos do Reis, titular da Secretaria de Segurança Pública (Sesdec), deu boas vindas a todos, destacando que o curso é uma iniciativa de valor pelo alcance da proposta que enseja sua realização. O secretário falou dos riscos da realização de um procedimento licitatório mal instruído, com falhas em seu termo de referência, projeto básico e outros aspectos igualmente essenciais, visto que são fatores que suscitam oportunidade para fraudes e corrupção.

Representando o governador Confúcio Moura, o chefe do Gabinete do Palácio Rio Madeira, Valdemar Albuquerque, res-saltou o caráter austero e visionário do Chefe do Executivo ron-doniense, destacando que a lisura dos atos da Administração é exigência básica, fundamental, do governador com sua equipe. Segundo ele, só com obediências às regras, com a formalidade plena dos procedimentos é que se pode alcançar bons resultados nas contratações públicas e consequentemente na prestação de serviços ao cidadão.

Esta segunda fase do curso destina-se ao estudo da fase in-terna das licitações – montagem e gerência dos editais -, no le-vantamento de possíveis falhas, conforme explicou o secretário Reis, observando que essas falhas são pontos vulneráveis que ensejam as fraudes. Na verdade, a preparação dos técnicos da Polícia Civil é uma necessidade ante o aumento dos crimes rela-cionados às fraudes nas contratações públicas.

A técnica de Controle Externo do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE), Cleice de Pontes Bernardo, deu a primeira aula do curso, destacando as causas essenciais da má aplicação dos recursos públicos – incompetência e corrupção. Citou as nomea-ções erradas em postos errados (nomeações políticas sem obser-vação das condições técnicas que o cargo exige). Segundo ela, ao agir com incompetência, a administração pública cria oportuni-dade para a ineficiência, o que é contraproducente e ruim para a administração e para a sociedade.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAO curso de combate às fraudes em licitações prossegue nes-

ta quinta, com aulas/palestras conduzidas por Jamil Manasfi da Cruz, da CGE, especialista premiado em licitações, e por Isis Go-mes de Queiroz, superintendente de Gestão dos Gastos Públicos Administrativos (Sugespe) do Governo de Rondônia.

Fonte27/04/16Texto: Cleuber R PereiraFotos: Marcelo GladsonSe-

com - Governo de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/04/112608/

Buritis reduz criminalidade com sistema de videomonitora-mento implantado pelo governo estadual

Câmeras de monitoramento estão instaladas nos principais pontos de Buritis

O vai e vem frenético de carros e motocicletas indica que Bu-ritis, localizado a 330 quilômetros de Porto Velho, é um município que passa por uma fase de forte desenvolvimento. A economia, que já dependeu das madeireiras, tem base diversificada. A população não para de evoluir, e com ela os problemas. Na área de segurança, o sistema de videomonitoramento, instalado há quatro meses, faz sua parte, reduzindo a ocorrência de crimes.

Um caso emblemático dos benefícios do sistema, que é com-posto por 14 câmeras digitais estrategicamente espalhadas, é rela-tado com entusiasmo pelo delegado Lucas Torres Ribeiro. Ele diz que umas das câmeras foi instalada num lugar onde funcionava um ponto de venda de drogas. A mulher responsável pelo negócio foi presa várias vezes e, libertada, reincidia.

A primeira reação veio após o início do funcionamento do videomonitoramento. Alguém tentou desativar ou roubar o equi-pamento. Ficaram marcas no poste e o mecanismo de proteção do equipamento foi violado. “A manutenção foi feita rapidamente e, como consequência, a responsável pelo ponto decidiu sair da cida-de. Está morando em outro município”, revelou o policial.

O caso mais conhecido é o do incêndio que destruiu diver-sos ônibus de uma empresa de transportes. As câmeras mostraram os autores do crime em ação. As imagens foram divulgadas e os envolvidos acabaram denunciados por populares através de tele-fonemas.

A importância da ferramenta no enfrentamento da criminali-dade está comprovada. “O primeiro impacto é psicológico”, admi-te o delegado Lucas, um cearense que viveu em Porto Velho desde a infância e que não pretende sair de Buritis tão cedo.

Buritis tem, segundo dados recentes, 36 mil habitantes. Mas atende a demandas diversas de outras localidades, como o municí-pio de Campo Novo, o distrito de Rio Pardo, que pertence a Porto Velho; e o município de Monte Negro, além de Jacinópolis, que pertence a Nova Mamoré.

“No fim das contas, somos responsáveis por 70 a 80 mil habi-tantes”, contabiliza o policial.

Uma densidade populacional tão vasta significa problemas de toda ordem. Buritis já foi considerado o fim de tudo. Dali não se podia ir em frente. Só retornar pela BR-421 para tomar a BR-364.

ROTASAgora é diferente. Há saídas para vários lugares. O município

não é destino final, é meio. Um ladrão de motos, por exemplo, pode ir até Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, trocar o veículo por drogas. Pode ir para Ariquemes, para o Mato Grosso. E é aí que o sistema de videomonitoramento começa a promover transformações.

Assim como a mulher que administrava uma boca de fumo, os autores de furtos de carros e motos sabem que a fiscalização remota, a feita por câmeras de vídeo são uma ameaça. “Os índices caíram desde que esta ferramenta começou a ser utilizada”, disse o delegado Lucas.

Como já ocorre em alguns municípios, a rede de câmeras produz imagens de altíssima resolução para uma central, onde um policial acompanha tudo. O alcance surpreende. É capaz de identi-ficar placas de carros e até a cor dos olhos de um suspeito.

Em geral, o sistema é instalado num quartel da Polícia Mili-tar. Em Buritis, está na delegacia da Polícia Civil. Para ampliar a eficácia do sistema, o delegado Lucas aguarda a chegada de novos policiais, após a conclusão do curso na Academia de Policia Civil. Ele próprio terá um colega para auxiliar.

O policial revela que os crimes mais comuns na sua região são os homicídios, furtos e roubos. Os assassinatos são, na verdade, o grande problema da polícia. Já esteve pior. Antes, matava-se no centro da cidade, à luz do dia. E era fácil fugir.

A região já foi afetada pelos crimes de pistolagem. Matava-se em plena luz do dia. As ocorrências que persistem estão relaciona-das a disputas por terras, acerto de contas entre usuários de drogas e traficantes. O restante fica por conta das brigas domésticas e aci-dentes de trânsito.

Um planejamento estratégico e a mobilização da Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público e Judiciário mudou a situação. Se antes as pessoas estavam preocupadas em sobreviver ante um quadro preocupante, decorrente dos aventureiros que chegavam para trabalhar nas exploração de madeira, agora, os moradores vol-tam-se para outras questões, como a infraestrutura do município.

Fonte13/04/16Texto: Nonato CruzFotos: Ésio MendesSecom - Go-

verno de Rondôniahttp://www.rondonia.ro.gov.br/2016/04/110405/

ARTES E LITERATURA

Porto Velho sedia 12ª Mostra Sesc Rondônia de MúsicaShows e intervenções musicais ocorrem em escolas, hospitais

e comunidade rural da capital de RondôniaPORTO VELHO – A 12ª Mostra Sesc Rondônia de Músi-

ca será aberta nesta terça-feira (7), a partir das 14h, e segue até domingo (11) com shows e intervenções musicais em escolas,

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAhospitais e comunidade rural de Porto Velho. De acordo com a coordenadora de música do Sesc, Ceiça Farias, o objetivo da mos-tra é fazer um mapeamento da produção musical do Estado, dando prioridade para a música autoral.

Shows e intervenções musicais fazem parte da Mostra Sesc Rondônia de Música. Foto: Reprodução/Shutterstock

‘‘Trabalhamos com músicos que tem uma consolidação ou que seja novo, mas tenha qualidade e criatividade. É uma oportuni-dade de abrir espaço, pois não há muitos projetos no nosso Estado que apresente a música autoral’, afirma a coordenadora.

Os locais onde acontecem a programação da mostra são os di-ferenciais do projeto. ‘‘A nossa ideia é sair da zona de conforto em teatros e quadras cobertas. A gente fez intervenção no hospital Cosme Damião no ano passado e tivemos uma resposta positiva das crianças e dos pais, em meio aquele clima de doença, de hos-pital’’, disse.

Na quinta-feira (9), haverá nova intenção no hospital com co-ral Wilka Leles e Trio Vocal. ‘‘A ideia da intervenção é de colocar algo diferente do cotidiano. No ano passado, fizemos um passeio pelos locais de comércio e esse ano optamos por pontos fixos como o hospital. A intenção é chegar com algo que quebra a roti-na. É a música quebrando a rotina das pessoas seja no hospital, nas escolas públicas e nas comunidades’’, afirma Ceiça.

Encantamento Segundo a coordenadora, ao longo desses 12 anos de existên-

cia do projeto, o público tem recebido com entusiasmo as produ-ções de música locais. ‘‘A recepção é sempre de encantamento, a gente procura colocar uma programação que tenha música, mas que tenha também o lúdico. Geralmente tem uma caracterização, brincadeiras’’. Ceiça conta que os alunos além de aproveitarem as apresentações nas escolas também convidam os pais para presti-giarem a programação no Teatro 1 do Sesc Esplanada.

Bom para o público, melhor ainda para os artistas que tem na mostra a chance de mostrar os trabalhos musicais e ainda trocar ideias com outros artistas de Rondônia e de outros estados brasi-leiros. Na mostra deste ano haverá a participação da cantora Vera Lima, da Paraíba. O Sesc Rondônia modificou a forma de adesão a mostra para atrair o público-alvo de artistas.

‘‘Durante muito tempo a gente lançou edital especificadamen-te para a mostra e começamos a observar que este não surtia o efei-to que a gente queria. Porque existiam grupos, bandas, intérpretes, que a gente chama de profissionais de festivais e de mostras. Às vezes, o artista fazia uma música só para atender aquele projeto e essa não era a intenção da mostra’’, afirma.

Inscrições Em busca de artistas que tenham uma história na música e que

precisam de espaço para divulgar, a adesão à mostra agora é feita por carta-convite. E ainda por indicação. O Sesc está com inscri-ções abertas para conhecer os trabalhos de artistas e produtores culturais do estado de Rondônia.

Para fazer parte do banco de dados do programa cultura do Sesc basta enviar projetos para a unidade do Sesc Esplanada, loca-lizada na avenida Presidente Dutra, 4175, bairro Olaria, em Porto Velho, - CEP 76801-327.

Serão catalogados projetos nas áreas de artes cênicas, cinema, artes plásticas, literatura e música. Mais informações no (69)3229-6006 ramais 238 e 239 na coordenação de cultura.

Fonte06/04/2015 http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/variedades/por-

to-velho-sedia-12a-mostra-sesc-rondonia-de-musica/?cHash=e1e0e0b0eb1b42155048da941e469fa1

Oficinas de capacitação em editais culturais acontecem em Porto Velho e Ji-Paraná

A representante do Ministério da Cultura (MinC), Neyla Mo-rais, vem a Porto Velho e Ji-Paraná, nos dias 20 e 21, para capacitar entidades culturais sobre os editais abertos pelo MinC: Cultura de Redes – Fortalecimento de Redes Culturais do Brasil; Edital Pon-tos de Mídia Livre, e Edital Pontos de Cultura Indígena.

Em Porto Velho, a oficina ocorrerá no dia 20, às 20h, no prédio da Unir Centro, e as inscrições podem ser feitas na Casa de Cultura Ivan Marrocos ou uma hora antes do evento. Já em Ji-Paraná, a capacitação será na Secretaria Municipal de Educação (Semed), no dia 21, às 14h, e os interessados podem fazer a inscrição na Fundação Cultural. As inscrições também podem ser feitas através de ficha, solicitada pelos e-mails [email protected] (Por-to Velho) e [email protected] (Ji-Paraná).

Nas oficinas, a representante do MinC irá explicar sobre os editais, quem pode participar, premiações e como deve ser feito o projeto. “É uma iniciativa do MinC que vai fortalecer os grupos que já tem uma história dentro da cultura”, fala o superintendente Estadual de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), Rodnei Paes.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAOs três editais preveem uma premiação de mais de R$ 13 mi-

lhões, distribuídos entre 210 iniciativas de produção de conteúdo em sons, imagens, vídeos, textos, levantamentos de manifestações culturais e em rede e criação de pontos de cultura para diversas plataformas de divulgação.

O superintendente também fala que a capacitação é impor-tante porque às vezes falta informação para as entidades. “Isto dá oportunidade para que estas pessoas tirem suas dúvidas. É a ma-neira mais democrática de dar oportunidade a vários segmentos”.

FontePublicado em 17 de julho de 2015 por regional norte Texto: Amabile CasarinFotos: Reprodução Leandro Morais-

Decom – Governo de Rondôniahttps://forproexnorte.wordpress.com/

Revista Aluá de Extensão e CulturaChamada para submissão de artigos para o 1º número de Aluá

– Revista de Extensão e Cultura da UNIR

A Diretoria de Extensão e Cultura da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (PROCEA) da Fundação Univer-sidade Federal de Rondônia (UNIR) torna pública a chamada para submissão de artigos para o primeiro número de Aluá – Revista de Extensão e Cultura da UNIR. O período para submissão de ar-tigos é de 02 de setembro a 02 de outubro de 2015. As inscrições e orientações para a submissão de textos e produções artísticas podem ser encontradas no Portal de Periódicos:

http://www.periodicos.unir.br/index.php/Alua/indexAluá é um periódico da Fundação Universidade Federal de

Rondônia produzido pela Pró-reitoria de Cultura, Extensão e As-suntos Estudantis – Procea, e visa à publicação de textos e artigos originais dedicados a ações extensionistas e culturais promovidas por docentes, técnicos, discentes e produtores culturais. Dividida em sessões, apresenta entrevistas; dossiê temático; galeria de arte com literatura, artes visuais, outras produções artísticas e um pa-norama dedicado a práticas com destaque institucional.

A Revista tem por objetivos fomentar a extensão universi-tária, permitindo que seu conteúdo seja uma fonte de reconhe-cimento e visibilidade; aliar produção científica e comunicação, promovendo uma leitura dinâmica e acessível; contribuir para a troca de experiências com outras instituições e para a promo-ção do intercâmbio entre pessoas de diferentes áreas do conhe-cimento.

Para dar nome a Revista, a Procea buscou inspiração no tra-dicional Aluá indígena, uma bebida típica da região Norte, prepa-rada a partir da fermentação de grãos de milho moído, casca de frutas como o abacaxi e raiz de gengibre.

FontePublicado em 4 de setembro de 2015 por regionalnorte https://forproexnorte.wordpress.com/

III Encontro de Cultura das Universidades Públicas da Re-gião Norte

A Fundação Universidade Federal de Rondônia/UNIR, por meio de sua Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estu-dantis, em integração com as Pró-Reitorias de Cultura e Extensão das Universidades integrantes da Regional Norte do Fórum de Pró--reitores de Extensão – FORPROEXT, promoveu, entre os dias 7,8 e 9 de outubro de 2015, o III ENCONTRO DE CULTURA DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS DA REGIÃO NORTE.

O evento foi composto por conferência, mesas temáticas, bre-ves espetáculos e cenas teatrais, além de intensa programação cul-tural. O principal objetivo foi refletir sobre a Política Cultural das Universidades e provocar o debate e a integração das produções artísticas e culturais produzidas no âmbito das instituições de ensi-no superior da Região Norte do Brasil. O encontro contou também com o apoio da Superintendência de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer do Estado de Rondônia/SEJUCEL/RO e da Secretaria Mu-nicipal de Educação do Município de Porto Velho/SEMED/RO.

Publicado em 26 de outubro de 2015 por regionalnorte https://forproexnorte.wordpress.com/

Sesc leva teatro e cinema aos 52 municípios do estado de Rondônia

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAO Sesc desenvolverá, a partir do dia 06 de fevereiro, um pro-

jeto itinerante que promete levar espetáculo teatral e cinema aos 52 municípios do estado de Rondônia. O projeto funcionará como uma caravana cultural visitando os mais longínquos municípios a fim de disseminar duas linguagens culturais: artes cênicas e ci-nema. Trata-se de uma ação audaciosa que pela primeira vez será desenvolvida no estado. As malas culturais já estão prontas e o primeiro destino será a cidade de Vilhena (06) com programação na praça Mensageiro, na Avenida Paraná, às 19h.

Nessa primeira edição o “Sesc 52” irá apresentar o espetáculo “O dragão de Macaparana” do grupo Souflé de Bodó Companny, de arte contemporânea de Manaus que atua nos segmentos de tea-tro, dança, performance e audiovisual. O espetáculo irá atender muito bem a proposta do projeto. Além do teatro o público irá poder participar do “Cine Sesc” com filmes premiados regional, nacional e internacionalmente.

“O objetivo do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac/IFPE é pos-sibilitar a toda população rondoniense o acesso às artes cênicas, música, cinema, artes plásticas e literatura. Somos pioneiros e um dos principais difusores de ações culturais no estado, buscando sempre o que há de melhor para a nossa população. Nesse mo-mento iniciamos com os projetos culturais, porém, futuramente desenvolveremos atividades também nas áreas de assistência, edu-cação, saúde e lazer”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio, Raniery Araujo Coelho.

Espetáculo: O Dragão de Macaparana Existe dragão no sertão? A trupe de Valdinho e Burluvio res-

ponde essa questão. A dupla de artistas atrapalhados foge de uma cidade e adentram os portões da cidade protegida por João Babau – o homem mais temido do sertão, ou melhor dizendo, do mundo. Ele tem uma filha, Tetinha, jovem menina que sonha juntamente com seu parceiro Thontico ser artista e ir embora da cidade de Macaparana. Mas o homem mais temido do mundo odeia artista. A chegada dos artistas na cidade mistura tiros, peripécias, amor, encontros e desencontros.

Sesc 52Sesc 52 foi criado com a função de interiorizar as ações cul-

turais que já são desenvolvidas na capital, disponibilizando aos espectadores espetáculos teatrais de alto nível e de circulação na-cional.

Fonte15/05/2016http://www.folhadevilhena.com.br/sesc-leva-teatro-e-cinema-

-aos-52-municipios-do-estado-de-rondonia/

Panaroma da literatura de Rondônia Esse pessoal que não nasceu em Rondônia, nem ao menos

chegou nesta tão cobiçada terra quando a região ainda era Terri-tório Federal, Amazônia selvagem, agressiva, impiedosa, cheia de doenças tropicais e com pouca infra-estrutura, jamais vai retratrar a verdade dos fatos e a real história cultural de Rondônia. Mes-mo que sejam pesquisadores dessas instituições de ensino superior de Rondônia. E como se isto não bastasse, constatamos nos seus escritos que giram, sempre giram, a exemplo dos seus precurso-res, em torno das mesmas pessoas, E, assim, repetem os nomes de Yêdda Borzacov, Eunice Bueno, Abnael Machado, entre outros, como se só eles existissem e fossem as únicas fontes de informa-

ções de Rondônia. Os donos da verdade. É claro que a pobreza informativa toma conta de qualquer documento que queira contar a história cultural - literária de Rondônia - se não for ouvido um Bo-livar Marcelino, um Edson Jorge Badra, um Selmo Vasconcellos, que juntamente com o poeta “Bahia”, fez (e ainda faz) importante trabalho de produção e divulgação da literatura de Rondônia. E mais: se não for pesquisado sobre a luta e o trabalho deixado pela inesquecível escritora e poeta Kleon Marion, um Sílvio Persivo, grande poeta, contista e ensaista, e até mesmo o poeta e escritor José Valdir Pereira, que além de ser escritor e poeta, tendo publi-cado sua primeira obra no início da década de 80, exerceu muitos cargos na área da educação e da cultura, desde o tempo de Ron-dônia Território, até o final da década de 80, estando, portanto, inteirado de tudo que aconteceu nas décadas de 60, 70 e 80 em Rondônia.

A leitura do documento abaixo mostra quão pobre é o conteú-do da proposta, se a intenção é a que deixa nos títulos que carre-ga, ou seja, mostrar a evolução da literatura em Rondônia, quem pruduz arte e cultura hoje no Estado, onde estão estes produtores e o que estão produzindo. Esse pessoal, toda vez que quer algo so-bre Rondônia, consulta as mesmas fontes, esquecendo um Walter Bártolo, um Adaídes dos Santos (dada), um Bolivar Marcelino, entre outros. E aí, é claro, a história continua sendo contada com a mesma pobreza de conteúdo, etc, etc. Mas, vejamos, quero dizer, leiamos o documento, cujo nome é Mapa Cultural de Rondônia, Documento produzido no contexto do projeto Mapa Cultural de Rondônia. In. DUARTE, Osvaldo. Mapa Cultural de Rondônia: relatório técnico. Processo 481005/2004-8. CNPq Conselho Na-cional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Vilhena: Unir, 2007, p. 1-25.

Apresentação O Projeto Mapa Cultural de Rondônia produz reflexão e teori-

zação como forma de explicar os fenômenos culturais em Rondô-nia. Com tal objetivo, tem oportunizado novos modos de olhar os problemas regionais e as reflexões a esse respeito, ancorando-se sempre no propósito de identificar e compreender as ações e ato-res na produção da identidade regional. Daí a opção por investigar a historicidade do regional no campo das suas práticas e discursos e a necessidade de que essas práticas e discursos estejam reunidos em acervos, cuja organização é o objetivo material do projeto.

Em função desses elementos, mas condicionada às atividades propriamente de pesquisa acerca da formação cultural, a equipe de pesquisadores vem mapeando o Estado por meio de suas mani-festações culturais, coletando e catalogando objetos (peças literá-rias, iconográficas, documentais) e eventos, a fim de analisá-los, seja do ponto de vista histórico e antropológico, seja do ponto de vista essencialmente estético, quando for o caso. Isso explica o interesse do projeto por todo e qualquer documento de valor histó-rico ou artístico produzido em Rondônia, sobre Rondônia ou que mantenha alguma relação com o Estado, sejam estudos acadêmi-cos, obras literárias, obras músicas, peças folclóricas, artes visuais ou qualquer outro modo de manifestação cultural.

O objetivo imediato desse trabalho de arqueologia documen-tal é localizar e organizar um acervo que contribua para a cons-tituição do Mapa Cultural de Rondônia. Quer-se saber, além do percurso diacrônico, quem produz cultura e arte no Estado hoje, onde estão esses produtores e o que estão produzindo.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIA O dicionárioA existência desta obra deve-se à atividade de alguns pesqui-

sadores professores e estudantes da Universidade Federal de Ron-dônia e à solidariedade científica de colaboradores imbuídos da crença de que é possível ir juntando ordeiramente idéias até que essas idéias ou ideais, encontrem seu lugar na forma de palavra e constitua, mesmo que provisoriamente um projeto de dicionário.

Como se vê, trata-se de um projeto em construção. Nesta fase, os verbetes serão publicados à medida que a sua digitalização for concluída, mesmo que se trate de uma versão provisória e passível de erro. Por isso o dicionário estará aberto não só a participação de quem deseje redigir novos verbetes como aos leitores mais atentos que desejem rever os verbetes ora apresentados, organizados em sua maioria por estudantes.

Esta edição eletrônica é gratuita para todos os utilizadores e não possui quaisquer fins lucrativos. Desse modo, os autores dos verbetes disponibilizam os seus textos sem reclamação de direitos autorais, razão pela qual poderão solicitar a qualquer tempo que se exclua da obra suas eventuais colaborações.

PANORAMA DA LITERATURA RONDONIENSE O registro mais remoto de manifestação literária em Rondônia

parece ser o de 1916. Antes disso, e mesmo nas quatro ou cinco dé-cadas seguintes, considerada a atmosfera inóspita, desprovida de ambiente e condições necessárias ao ócio criativo, as expressões culturais restringiam-se às manifestações de costumes: folguedos, danças típicas e de gosto popular, música, crendices e culto a mi-tos, contos folclóricos e alguma produção literária. E, observada a histórica relação entre a literatura e a imprensa, é improvável que tenha havido alguma divulgação literária em língua portuguesa antes de 1915, ano em que foi criado o semanário “O Município”, primeiro periódico de Rondônia. Antes desse jornal, sabe-se da existência do “The Porto Velho Times” (1906), do “Porto Velho Courrier” e do “Marconigran” (1910), impressos nas próprias ins-talações da Estrada de Ferro por ação de algum funcionário mais graduado e de ascendência anglo-americana. Nesses folhetins re-digidos em inglês, circularam em meio a outros escritos alguns poemas de estrangeiros saudosos de suas terras (HUGO, 1998). Seja como for, e apesar de ainda não terem sido analisadas, essas “canções do exílio” constituem-se em primeiras manifestações.

No ano seguinte à criação de “O Município” é fundada a “As-sociação Dramática Recreativa e Beneficente de Porto Velho” que passaria a chamar-se “Clube Internacional” (1919), em virtude do grande número de estrangeiros afiliados, preponderando em suas atividades o apreço pela música e pela representação. Em 1922 é criada outra associação que se transformaria mais tarde em “Sindi-cato de Artistas e Operários”. Por esse tempo, já existiam as ban-das instrumentais (SILVA, 1991), cujas apresentações alcançariam senso competitivo e tradição. Algumas representavam agremia-ções escolares; outras, os seus municípios, a exemplo da Orques-tra Filarmônica de Vilhena (2001) e da Banda de Música Munici-pal de Porto Velho (1984), criada pelo, então prefeito, Sebastião Valadares. Entre as mais tradicionais está a Banda de Música da Guarda Territorial (1944), criada por iniciativa de Aluísio Ferreira e absorvida mais tarde pela Polícia Militar. Outras manifestações com foros de tradição são a Festa do Boi, a Festa das Pastorinhas e a Festa do Divino, realizada pelo desde 1899 em Porto Velho, Pimenteiras e Rolim de Moura. Estes festejos podem ser encon-trados nas várias regiões do estado, inclusive na forma de festivais folclóricos.

É possível dizer que a produção cultural intensifica-se diante do impacto social causado por dois fatores coetâneos: a construção da rodovia BR 364 e a estruturação do sistema educacional, que serve tanto para aparelhar o estado, como para sedimentar hábitos e costumes dispersos. A partir desse marco é publicada razoável quantidade de obras em prosa de ficção, relatos, poesia e ensaio sobre a geografia e história de Rondônia. Nesta última categoria merece destaque, entre outros, o amazonense Abnael Machado de Lima (1932), sociólogo e geógrafo, fundador da Academia de Le-tras de Rondônia, do Instituto Histórico e Geográfico e do Museu Rondon. É autor dos livros didáticos Terras de Rondônia (1969), Formação Histórica e Geográfica de Rondônia e Guaporelândia, além dos ensaios Achegas para a História da Educação em Ron-dônia e do Pequeno Ensaio sobre Lendas e Folclore de Rondônia. Outro historiador de importância é Amizael Gomes da Silva: pro-fessor e político, publicou entre outros Nos rastros dos pioneiros (1984); Da Chibata ao Inferno (2001); Conhecer Rondônia (1997); Amazônia Sarará (1989), Amazônia Porto Velho (1991) e O Forte do Príncipe da Beira. Paulo Nunes Leal que foi Militar e Governa-dor de Rondônia entre 1958 e 1961 publicou O outro braço da cruz (1984) que faz referência à rodovia Brasília/Acre, cuja construção é reputada à ousadia do autor. A expressão que dá título ao livro é retirada de um diálogo narrado em moldes pitorescos ocorrido entre o então presidente da república Juscelino Kubitschek e o representante de Rondônia, que em reunião dos governadores da Região Norte, em Brasília, no dia 02 de Fevereiro de 1960, desafia o Presidente a construir a estrada, conforme expressão de Abnael Machado: “Presidente, o senhor já ligou Brasília à Belém e a Porto Alegre e a está ligando a Fortaleza, por que não completa o ou-tro braço da cruz, construindo a rodovia Brasília/Acre?” Respon-dendo à incitação, o Presidente teria perguntado: «Uai, Paulo. E pode?». «Pode, Presidente!”, responde o governador, completando – “Mas é negócio para homem!», ao que o Presidente sentencia: «Então vai ser”. Em 04 de Julho de 1960, Juscelino Kubitschek, em ato simbólico, fez tombar em Vilhena a última árvore existente numa faixa de sessenta metros de largura e dois mil, setecentos e noventa e seis quilômetros de extensão, ligando Acre e Rondônia à Brasília e ao litoral.

Destaca-se também como historiadora a professora Yêda Pi-nheiro Borzacov, responsável pela criação do Centro de Documen-tação do Estado e pela organização dos museus da Estrada de Fer-ro Madeira-Mamoré (Porto Velho) e das Comunicações ‘Cândido Mariano da Silva Rondon’, em Ji-Paraná. É autora de diversos li-vros, dentre eles, Estrada de Ferro Madeira-Mamoré: uma história em fotografias (2004), Rondônia Cabocla (2002), Aluízio Pinheiro Ferreira: Porto Velho – 100 anos de história de Rondônia, espaço, tempo e gente. Outros textos na área são: Caiari, lendas, proto-his-tória e história (1986) e Rondônia: evolução histórica (1993), de Emanuel Pontes Pinto; Geografia de Rondônia: espaço & produ-ção (2001) e História desenvolvimento e colonização do estado de Rondônia, de Ovídio Amélio de Oliveira; 20 Anos da nossa his-tória, A História do Ministério Público de Rondônia, e A Mulher em Rondônia (2007), de Lúcio Albuquerque; Cinqüenta anos do Território Federal do Guaporé e Os desbravadores, de Vitor Hugo; O Espaço da sociedade rondoniense: noções do meio natural ao meio geográfico (2002), organizado por Flávio Rodrigues Lima (1968); Cacoal, documento histórico-geográfico – colonização e desenvolvimento (1986), de Francisco G. Quiles; Pioneiros, ocu-pação humana e trajetória política de Rondônia e Síntese da forma-ção histórica de rondônia, de Francisco dos Santos Matias (1951);

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAMata virgem: terra prostituta (2004), de Januário Amaral; Geogra-fia médica ou da saúde: espaço e doença na Amazônia, de Carlos Alberto Paraguassu Chaves, A fronteira do Guaporé, de Carlos Santos; Chá das cinco na floresta (1998) – ensaio sobre as mulhe-res caribenhas que vieram para Porto Velho, de Nilza Menezes, Enganos da nossa história, de Antônio Cândido da Silva; Reminis-cências, crônica histórica onde Ivanir Aguiar (1935) registra fatos ocorridos em Vilhena e o álbum histórico Rolim de Moura, seus pioneiros e desbravadores (1989), de João Batista Lopes (1933).

No que concerne à produção ficcional, as obras e autores ana-lisados formam um conjunto heterogêneo, seja pela informação estética dos seus criadores, seja pela temática ou valor expressivo das obras oferecidas. Entre os temas, prevalece a lírica desbragada de tom amoroso, as notas de saudade da terra natal, os apelos pela natureza assolada, a morte e a própria poesia. Versos, enfim de pouca poesia e que raramente ultrapassam o caráter de expressão pessoal e subjetiva. Nesse sentido, tome-se como exemplo um li-vro recente, Morte Secreta, de Núbia Rodrigues, autora que cons-titui um dos verbetes do dicionário.

Na expressão da poeta e historiadora Eunice Bueno, “Se de-limitarmos em tempo e espaço a literatura” de Rondônia teremos, por certo, de voltar ao início da formação do território e da ci-dade de Porto Velho, lembrando fatos que hoje misturam história e folclore como “O porto do velho ou O velho do Porto Santo Antonio”, as narrativas com alusão à Estrada de Ferro ou recorrer à história, “desde o marco inicial dos trilhos da Ferrovia Madeira Mamoré em 1907, a criação do termo judiciário em 1913,” e a ins-talação da sede do município em 1915. Estes eventos motivaram os primeiros registros históricos, os relatos sobre a fauna e a flora e apontamentos sobre aspectos geográficos, que ao se constituírem em fundamento de cultura, passam a dar substância à imaginação criativa. Para se compreender melhor os primórdios dessa história há que se estudar os documentos produzidos por religiosos, ain-da no século XVII, e preservados nos bispados de Porto Velho e Guajará-Mirim, segundo informação pessoal do sociólogo Doros-nil Alves Moreira. Também nesse sentido, Eunice Bueno afirma haver “preciosidades literárias ... deixadas pelos jesuítas” (relató-rios, cartas e comunicações), bem como pelo sertanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, cujos apontamentos “são con-siderados obras primas pela forma ... notável e empolgante” das suas descrições.

Desconsideradas as publicações em inglês, feitas por funcio-nários da Ferrovia Madeira-Mamoré, tem sido costume apontar Vespasiano Ramos (13/08/1884 – 26/12/1916) como precursor ou fundador da literatura de Rondônia, fixando-se, em 1916, o seu marco inicial. Tudo porque, em dezembro daquele ano, chega Por-to Velho pretendendo atingir um certo seringal Canadá e trazen-do na bagagem o livro “Cousa Alguma” (1916). Sem nenhuma ligação com Rondônia, este livro e mais alguns versos do autor, distribuídos a poucos e seletíssimos porto-velhenses, parece terem se constituído em evento literário ou social importante, a ponto de serem considerados por muitos, o marco inicial dessa literatura. Além de historiadores, assim fizeram parecer o manifesto da Se-cretaria de Estado da Cultura e os festejos por ocasião do centená-rio do nascimento do poeta simbolista, em 1984. Autor sem grande expressão, Vespasiano tem merecido várias “pátrias” e nenhum lugar na literatura. É cultuado em Rondônia, no Pará e no Ma-ranhão, especialmente em Caxias, também a terra natal do autor de I-Juca-Pirama. Patrono de Cadeira nas academias de letras dos

três estados, sua vinda para Rondônia é um caso fortuito. Veio ao encontro do jornalista João Alfredo de Mendonça, seu amigo, após viagem frustrada ai seringal de outro amigo, Aureliano Borges do Carmo, a quem dedicara a única obra. Sofrendo de tuberculose, e tendo contraído malária, morreu em Porto Velho poucos dias após a chegada. Outro poeta tomado como precursor é Alkindar Brasil de Arouca, amazonense de Borba que viveu em Guajará-Mirim. Foi homem público, jornalista e poeta renomado pelos trabalhos publicados nos jornais locais. Ao contrário de Vespasiano, é pos-sível encontrar em seus textos (dispersos) alguma nuance, ainda que difusa, das cores locais. Poeta inspirado, mas em descompasso com o que se poderia esperar de um literato do seu tempo, não produziu obra – e possivelmente não tenha intencionado isso – que pudesse assegurar-lhe uma posição e influência na origem da lite-ratura local. Apesar de serem tomados como precursores, não há indicação de que suas obras tenham promovido o necessário con-dicionamento literário, suscitando ou favorecendo o aparecimento de novos fatos literários. Não há também qualquer estudo sobre elas, seja para atestar-lhes valor, seja para consagrar-lhes a efetiva gênese da literatura rondoniense.

Ainda segundo Eunice Bueno, deve-se falar em manifestações literárias propriamente rondonienses, apenas a partir de 1981, ob-servando “que até então, um reduzido número de obras haviam sido publicadas”: Os desbravadores (1959), de Vitor Hugo; Risos e prantos (1978), de José Monteiro, Tudo X caçarola (1980), de José da Penha e a Antologia de poetas e escritores de Rondônia, publi-cada pela seção local da União Brasileira de Escritores. Entre os autores que então se apresentam, estão Bolívar Marcelino (1932), Matias Mendes (1949), Gesson Magalhães (1943) e Joaquim Cer-cino (1940), cujas obras estão marcadas por certo saudosismo, pela poesia de cunho sentimental e pelas formas tradicionais como o soneto. Também apegados à tradição, mas abertos a novos ares são Antônio Cândido (1941) e Sérgio Ricardo. Menos afeitos à tradi-ção e ao passadismo são Kléon Maryan, José Calixto de Medeiros (1926), Viriato Moura, Aparício Carvalho e Deuta Silva Gomes (1959), cuja obra Relâmpagos de Emoções (1986) apresenta poe-mas prosaicos, cheios de emoções e pouca literatura.

Mais recentemente, outros autores vêm ocupando a cena li-terária. São eles: Binho, Bahia, Mado, Pilar de Zayas Bernanos, Roberto Silva, Edson Badra (1934), Rodolfo Araújo, Carlos Reis, Daniel Martins, Elson Braga, Inês Cancelier, Gilberto Merlin, Wi-liam Haverly Martins, Hélio Bastos, Hélio Costa, Marcos Casales, Laudicéa Santos, João Teixeira, Maurício de Almeida, Luiz Alfre-do, Nercina de Andrade, Zeca Domingues, Osvaldo de Oliveira, Nonato Silva, Jaime Ferreira, Sebastião Correia, Rivero, Abel Ne-ves, Paulo Kawanani, Beto Correia, Sandra Melo, Antonio Barros, Carlos Moreira, Gilson Monteiro e Nilza Menezes (1955), esta, uma das vozes mais expressivas desde 1980. Sua obra reflete a for-mação de um sujeito-lírico às voltas com os embates femininos no mundo, o que não se faz de maneira panfletária. A luta da mulher escritora surge e se revela no papel, como embate com as palavras e do “eu” contra ele mesmo, na difícil busca pela expressão. Es-creveu poesia: (Poemas, 1973; Rascunhos, 1978; Presente,1987; Poções e magia,1985; A louca que caiu da lua, 1994; Princesas desencantadas, 1996; Fruta azeda com sal, 1997; Sina, 1999; Duas Palavras (em parceria com Carlos Moreira), 2000; Feitura, 2003) e ensaio: Chá das cinco na floresta (1998), Com feitiço e fetiche (1999), Rita Queirós: o gosto do aluá (1999), Memória judiciária: história do judiciário de Rondônia no século XX (1999) e Jorge Teixeira (2006).

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAOutros autores do período são João Thomaz Pereira, Alberto

Lins Caldas, Lenine Sérgio de Moura, Cláudia Reis, Lúcia Rocha Fernandes, Zé da Zeca (José Leocárdio de Souza), José Valdir Pe-reira (1952), Neusa dos Santos Tezzari, Zelite Andrade Carneiro, Nilson Ferreira da Cruz, Roberto di Cássia e Átila Ybañez (1957), cuja obra parece originar-se da comoção sincera, embora conser-va-se – de modo geral – uniforme, seja nos temas, na forma, ou na linguagem de função emotiva. É, contudo, personagem de significativa contribuição cultural, seja como membro da Acade-mia de Letras de Rondônia, seja como fundador da Academia Vi-lhenense de Letras, da qual é entusiasta. Escreveu, entre outros, Pedaços imaginários (1982), Vidas fragmentadas (1983), Ciclone de Emoções (1985), Ainda existe amor (1986), Poemas Despidos (1994) e Uma parte de mim (1991). Cite-se ainda Vilmar de Melo Xavier conhecido como o poeta andarilho, pela forma como di-vulga e comercializa seus livros. Cantando o amor, a natureza e o cotidiano, sua obra é marcada pela função emotiva da linguagem que parece intensificar a sugestão de que os textos são escritos ao sabor e no calor dos acontecimentos.

Eunice Bueno (1948) publicou Garatuja em 1983, Arco íris em 1990; Clecs e outras inspirações (1989), Sinfonia ou Sonhos e Suspiros (1989), Poesias ou versejando sonhos (1989), As conchas se abrem (1990), O poema me chama, Poemando, Folhetins poéti-cos (1988-1989), Flauta doce – infanto-juvenil (1997), Inspiração (1998), Quadrante (1992), Asas (1999); Ópera (1999) e Tear arte – visual (1999). Dedicou-se também à história literária em Síntese da literatura de Rondônia (1984) e Bolívar Marcelino: 10 anos de poesia como arte – ensaio (1996).

Eduardo Martins (1962) é professor de Literatura Brasileira na universidade Federal de Rondônia e foi, nos anos de 1980, um dos atores mais importantes na cena literária do Recife. Nos anos 90, já era reconhecido no meio literário rondoniense, seja como crítico e ensaísta, seja como poeta. Elogiado por escritores como César Leal, Alberto da Cunha Melo, Marcos Cammarotti e Aguinaldo Gonçalves, publicou, entre outros: Restos do Fim (1981) Eczema no Lírico (1985) Procissão da Palavra (1986) O lado aberto (2004) e A palavra falta (2007). No gênero ensaio, destacam-se Bandeira: uma poética de múltiplos espaços (2003) e Cida Pedrosa, a poesia que se vê. Embora atenta aos influxos da atualidade, sua poesia tem o lastro da tradição e da lírica mais elevada em língua por-tuguesa. Seja no tom de Fernando Pessoa, na voz de um Alberto Caeiro, seja nas imagens e nas cores de um Carlos Pena Filho, seja no melhor momento da projeção universal de João Cabral de Melo Neto, o Cabral de O Engenheiro, Psicologia da Composição e O Cão sem plumas.

Lucineide Monteiro e Ronildo do Nascimento publicaram Poetas do Universando (2001), reunião de poemas recolhidos do jornal homônimo que circulara na Universidade Federal de Ron-dônia. Trata-se de livro heterogêneo que reúne tanto autores expe-rientes como jovens iniciantes, cujas obras vão das dúvidas exis-tenciais às dores de amor, da preocupação com o ato da criação à poesia social.

No que diz respeito à Literatura popular, na forma do Cordel, merecem nota Pedro Albino, Ismael Correia do Monte (Estrada de Ferro Madeira-Mamoré); Jota Fortunato (Sansão e Dalila), Ben-tinho (MÃE) e Maria das Graças Nascimento, com Constituição, Constituinte e O Estado de Rondônia. Na prosa de ficção desta-cam-se Silvio Rodrigues Persivo Cunha, Ary Tupinambá Pena Pi-nheiro, José Monteiro, Esron Penha de Meneses e Confúcio Moura

(1948). Confúcio é médico e político, e, sem outras experiências como escritor, narrou parte da história da ocupação de Rondônia em A Flecha (romance), cujo enredo se desenvolve em torno da família de Chico Neco dizimada por índios Uru-Eu-Wau-Wau. Embora dúbio pela indecisão semiológica entre narrar a história ou fazer ficção, o livro acaba por fornecer dados históricos impor-tantes da região de Ariquemes.

No teatro, as principais manifestações estão distribuídas ba-sicamente nas cidades ao longo da BR 364, com certa concen-tração em Ji-Paraná e Porto Velho, esta com cerca de dez grupos atuantes, entre eles, o Clube Teatro Êxodo que encena anualmente (em consórcio com outras companhias), na cidade cinematográfica Jerusalém da Amazônia, o espetáculo O homem de Nazaré. Outros grupos importantes são, Abstratus, Diz Farça, Poranga, Nada con-tra e o Raízes do Porto, dirigido por Suely Rodrigues. Destaca-se também na capital o CTB – Centro de Teatro de Bonecos.

Em Ji-Paraná, onde o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversões realiza anualmente o Festival de Teatro Coração de Rondônia, tem sido destaque, entre outros, o grupo GTED – Som-bras do Gueto e o Grupo Arterial, dirigido por Firminetto Mendes. De Vilhena, são os grupos Grupo 1+1 & Cia dirigido por Brás Dy Vinuuh, os grupos The Crazy e Maná voltados para a temática re-ligiosas e o Grupo Wankabuki da Universidade Federal de Rondô-nia. Outros grupos de Rondônia são: Oficina, de Pimenta Bueno; Risoterapia, de Cacoal; Los Helocêntricos, de Buritis e PETI da cidade de Cacaulândia.

No que diz respeito às origens ou à cultura tradicional há que se registrar a forte influência da cultura indígena. Dentre os princi-pais povos estão os Karitiana e os Uru-Eu-Wau-Wau, estes da fa-mília Tupi-Guarani, grupo Tupi-Kawahib. Contatados inicialmen-te na década de 40, só cederam aos contatos amigáveis na década de 80. A população reduzida hoje a pouco mais de 60 pessoas, contava a época com cerca de 800 membros. Os Uru-Eu-Wau-Wau usam como vestes apenas um cinturão largo de cipó. Da sua cul-tura chamam a atenção as pinturas corporais e faciais, a dança, as manifestações musicais, o artesanato e os elaborados adereços usados por toda a gente da cidade. Já os Karitiana, com uma popu-lação de cerca de 300 pessoas. Contatados no final do século XVII, esse povo de língua Tupi/Arikém (única remanescente da família lingüística Arikém) perdeu território e dissolveu costumes a partir do início do século XX, com o avanço dos seringueiros na região. Da cultura dos Karitiana chamam a atenção as elaboradas pinturas corporais e faciais, a dança, o artesanato, as manifestações musi-cais. Há também os Jabuti, os Suruí e os Tupari, cujas narrativas e mitos foram registrados por Betty Mindlin.

Entre os ribeirinhos e outros habitantes das florestas é rico o acervo de literatura oral e popular, principalmente aquelas histó-rias contadas por habitantes das regiões dos rios Madeira e Ama-zonas. Dessas histórias, algumas foram recolhidas por Lucileyde Feitosa e estão sendo recontadas por Osvaldo Duarte, que também recolheu contos, peças folclóricas, adivinhas e ditados. Algumas dessas peças, reelaboradas por Ricardo Azevedo, foram publicadas em Cultura da Terra.

A análise da produção literária realizada em Rondônia mostra, quando se trata dos autores mais antigos, uma incipiente e às vezes ingênua visão do ofício literário, de maneira que em nada se parece ou mesmo a aproxima daqueles autores ou literatura já inseridos no sistema literário nacional. Não há nela também traços de uma cultura regional, mesmo porque esses traços inexistiam, visto ter sido produzida num contexto de intensa migração. Embora se trate

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAde uma literatura citadina, é ao mesmo tempo provinciana; urbana e culta, mas periférica, se considerada ao lado da literatura na-cional. Constata-se nela do ponto de vista formal acentuada preo-cupação emotiva em detrimento das causas e estruturas estéticas. Cultivada por médicos, jornalistas, engenheiros, homens públicos e educadores que de um modo ou de outro se ocupavam de consti-tuir um universo cultural que os ambientasse e fortalecesse neles o sentimento de humanidade e de cultura. Sem contribuição efetiva para a arte, formaram, entretanto, leitores e deixaram herdeiros em Porto Velho: alguns, presos ao saudosimo de uma Rondônia edêni-ca ou de uma história que seria melhor contada por “estrangeiros” como Manoel Rodrigues Ferreira. Outros, tentando despregarem-se do passado, pois capazes de uma voz menos pragmática e às vezes mais original, vão tentando encontrar, às voltas dos mitos da floresta e dos arredores do Madeira, os motivos artísticos, os tra-ços, as cores locais. Ao lado dessa produção, sempre houve uma li-teratura oral recheada de casos folclóricos, contos de assombração e mitos. Cultivada pelas populações mais antigas, mantém-se viva, principalmente nas áreas ribeirinhas, com algumas interferências e recriações de mitos indígenas, variações de história trazidas pelos migrantes das diversas regiões do país e, em alguns casos, criações ou recriações originais do povo da terra. Na produção dos últimos anos é possível perceber uma tendência nova, mais informada es-tética e literariamente e, de certo modo, mais coesa e organizada, mesmo que não se constitua ainda num sistema ou apresente lastro para ser absorvida, com raríssimas exceções, pelo sistema literário mais abrangente. São essas raríssimas exceções e seu intento im-plícito de inserção no sistema literário nacional que torna aceitável e mesmo desejável um olhar distinto sobre ela, pois tratam-se de vozes que esboçam um olhar e um discurso ao mesmo tempo local e universal. Entre eles, cite-se Eduardo Martins e Alberto Lins Cal-das, exemplos acabados de autonomia discursiva.

Fonte15/05/2016Por Jose Valdir Pereirahttp://josevaldir.com.br/site/14/noticias/folha.asp?cod=1638

EXERCICIOS

01. (CESGRANRIO/2007 - TCE/RO) Considera-se como um dos fatores determinantes da criação do Estado de Ron-dônia o(a):

a) desmatamento de grande parte da área florestada da Amazônia Ocidental.

b) surto demográfico em função da agropecuária e dos ga-rimpos.

c) obtenção de terras a partir dos incentivos governamen-tais.

d) insistência da Bolívia na devolução do território pelo Brasil.

e) transferência da capital brasileira para o Centro-Oeste.

02. (CESGRANRIO/2007 - TCE/RO) Sobre o crescimento populacional de Rondônia, pode-se afirmar que:

I - nas décadas de 70 e 80 do século XX, o aumento da popu-lação coincidiu com o programa de colonização implantado pelo INCRA;

II - as políticas agrícolas implementadas no final do século XX aceleraram a urbanização no Estado de Rondônia;

III - logo após as duas guerras mundiais, muitos europeus de-cidiram deixar o continente arrasado e iniciar uma nova vida na América, especificamente no Estado de Rondônia;

IV - a presença de um sistema integrado de transporte, criado a partir da construção da BR-364, integrando a Amazônia ao Cen-tro-Sul, facilitou a mobilidade espacial da população em direção a Rondônia.

Estão corretas, apenas, as afirmativas:a) I e II b) II e III c) III e IV d) I, II e III e) I, II e IV

03. (IDECAN/2013 - Prefeitura de Vilhena Rondônia) A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, foi construída no período de 1907 a 1912, num projeto de interligar Porto Velho a Gua-jará-Mirim, estado de Rondônia. Milhares de trabalhadores morreram durante a construção, não somente por acidentes de trabalho, mas por serem vítimas de doenças tropicais. O principal objetivo do projeto da Estrada de Ferro Madeira--Mamoré foi

a) escoar a extração da madeira nobre até Porto Velho. b) escoar o início da produção industrial moveleira nessa

região, especialmente o estado de Rondônia.c c) facilitar o comércio de especiarias entre Brasil e Bolívia,

conhecidas também como as drogas do sertão. d) facilitar a distribuição da borracha amazônica, prove-

niente das matas bolivianas e brasileiras até Porto Velho. e) escoar o extrativismo da cassiterita, mineral que já des-

pertava interesse econômico do estado rondoniense no início do século XX.

04. (IDECAN/2014 - DETRAN/RO) Com pouco mais de 30 anos, o estado de Rondônia é, atualmente, um dos maiores produtores, do Brasil, do minério com o qual se faz o estanho, que é a

a) siderita. b) bauxita. c) hematita. d) cassiterita. e) magnetita.

05. (CESGRANRIO/2005 - MPE/RO) O povoamento da região amazônica, em particular da região que hoje se consti-tui o Estado de Rondônia, no século XX, foi favorecido:

a) por sucessivas corridas em busca das drogas do sertão, como a borracha, a pimenta e o cacau.

b) por sucessivos ciclos de exploração mineral (diamante e cassiterita) e vegetal (agricultura).

c) pelo fato de a produção econômica estar voltada para a subsistência da população rural.

d) pela necessidade de ocupar terras ao longo dos rios, úni-cas vias de transporte da região.

e) pelas contínuas levas de imigrantes originários, sobretu-do, do continente asiático.

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CONHECIMENTOS GERAIS ESTADO RONDÔNIAGABARITO

01 B02 E03 D04 D05 B

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