geminha

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Geminga Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, em seu texto, O Livro de Ouro do Universo, Rio de Janeiro, Ediouro, 2001, p. 150 e ss., nos diz que “assim, parece que Geminga é provavelmente a estrela de nêutrons mais próxima do Sol. Por outro lado, afirmam os astrônomos milaneses que o Sol com seus planetas deve girar ao redor dessa estrela de nêutrons de diâmetro menor que o Sol, mas de massa milhões de vezes superior à solar”. Ele diz também, mesma página, que “por não ter sido possível detectá-la visual e radioastronomicamente, os astrônomos milaneses Giovani Bignani e Patrícia Caraveo, do Instituto de Física Cósmica de Milão, sugeriram designá-la de geminga, que no dialeto milanês significa ‘não estou lá’”. É objeto que emite na faixa dos raios gama, situado a 50 anos-luz e se situa para os lados de Gêmeos, tendo sido detectada pelo satélite Einstein, que subiu em 1977 e foi desativado em 1985. O que há de interessante nisso é que é um objeto extremamente poderoso, de MILHÕES DE MASSAS SOLARES. Observe que o Sol, por si só, é espantoso, contendo 999 partes em 1000 da massa do sistema solar. Metade do milésimo restante cabe a Júpiter e a outra metade aos outros objetos todos juntos, Saturno, Netuno, Urano e o resto. Mais eis que Geminga possui MILHÕES de massas solares. Não 10 nem 50 nem 500, mas milhões. Imagine como o Universo é tão interessante! Não obstante, a gente não sente reverência quase nenhuma pelas dimensões da Criação. E isso é ainda mais espantoso. Que é que amorteceu nos seres humanos a reverência para com a grandeza desse projeto formidável? Creio que a Astronomia e a Cosmologia restauram em nós essa dimensão, esse espanto, esse esplendor, essa perplexidade. Porisso mesmo elas deveriam ser muito mais estudadas por todos, em especial os teólogos e os religiosos. Vitória, sexta-feira, 26 de julho de 2002. José Augusto Gava.

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milhões de vezes mais massiva que o Sol, Geminha (no dialeto milanês "não estou lá") sequer era conhecida nossa

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Page 1: geminha

Geminga Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, em seu texto, O Livro de Ouro do Universo, Rio de Janeiro, Ediouro, 2001, p. 150 e ss., nos diz que “assim, parece que Geminga é provavelmente a estrela de nêutrons mais próxima do Sol. Por outro lado, afirmam os astrônomos milaneses que o Sol com seus planetas deve girar ao redor dessa estrela de nêutrons de diâmetro menor que o Sol, mas de massa milhões de vezes superior à solar”. Ele diz também, mesma página, que “por não ter sido possível detectá-la visual e radioastronomicamente, os astrônomos milaneses Giovani Bignani e Patrícia Caraveo, do Instituto de Física Cósmica de Milão, sugeriram designá-la de geminga, que no dialeto milanês significa ‘não estou lá’”. É objeto que emite na faixa dos raios gama, situado a 50 anos-luz e se situa para os lados de Gêmeos, tendo sido detectada pelo satélite Einstein, que subiu em 1977 e foi desativado em 1985. O que há de interessante nisso é que é um objeto extremamente poderoso, de MILHÕES DE MASSAS SOLARES. Observe que o Sol, por si só, é espantoso, contendo 999 partes em 1000 da massa do sistema solar. Metade do milésimo restante cabe a Júpiter e a outra metade aos outros objetos todos juntos, Saturno, Netuno, Urano e o resto. Mais eis que Geminga possui MILHÕES de massas solares. Não 10 nem 50 nem 500, mas milhões. Imagine como o Universo é tão interessante! Não obstante, a gente não sente reverência quase nenhuma pelas dimensões da Criação. E isso é ainda mais espantoso. Que é que amorteceu nos seres humanos a reverência para com a grandeza desse projeto formidável? Creio que a Astronomia e a Cosmologia restauram em nós essa dimensão, esse espanto, esse esplendor, essa perplexidade. Porisso mesmo elas deveriam ser muito mais estudadas por todos, em especial os teólogos e os religiosos. Vitória, sexta-feira, 26 de julho de 2002. José Augusto Gava.