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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
ENGENHARIA MECÂNICA - DEMEC
ARTHUR MAGALHÃES BARBOSA DE O. SANTOS
TRABALHO DE SISTEMAS TÉRMICOS DE REFRIGERAÇÃO
Gases substitutos do CFC
São João Del Rei/MGNovembro de 2013
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HISTÓRICO
Entre 1800 e 1929 os gases utilizados para fins de refrigeração eram gases tóxicos: a
amônia (NH3), cloreto de metil (CH3Cl) e dióxido de enxofre (SO2). Na década de 1920,ocorreram muitos acidentes fatais em função de vazamento de cloreto de metil em
refrigeradores industriais e até mesmo residenciais, o que fez com que muitas empresas e
proprietários de equipamentos de refrigeração começaram a deixar seus refrigeradores ao ar
livre para prevenir possíveis vazamentos. Devido aos grandes prejuízos e processos judiciais
contra as indústrias de refrigeração, estas iniciaram um esforço conjunto para resolver o
problema.
Em 1926, Thomas Midgley e Charles Franklin formularam uma combinação de gases
que foi chamada de Freon. Aqui nascem alguns dos CFC's. Os CFC's são um grupo de
combinações orgânicas que contêm o carbono, flúor, e, em muitos casos, outros elementos
halogênios (especialmente cloro) e hidrogênio. São incolores, inodoros, não inflamáveis, não
são corrosivos ou líquidos. A primeira patente para a fórmula de gases de refrigeração foi
obtida pela empresa Frigidaire em dezembro de 1928.
A partir da sua criação os CFC's foram liberados na atmosfera durante anos de uma
forma despreocupada, já que até então, eles eram considerados gases estáveis e seguros. A
partir de 1980 alguns estudos apontaram esses gases como sendo os responsáveis por graves
danos na camada de ozônio do nosso planeta.
USO DO GÁS CFC
Erro - Ter passado décadas empregando o clorofluorcarbono em geladeiras, aparelhos de ar-
condicionado e aerossóis.
Quem - Indústria de equipamentos de refrigeração.
Quando - A partir da década de 1930.
Consequências - Os cientistas foram descobrir meio século depois que a substância não só
destruía a camada de ozônio como já tinha feito um rombo gigantesco nela.
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Figura 1 – Graduação dos danos na camada de ozônio (O3) na Antártida entre 1981 e 2010.
Por mais de cinco décadas, o clorofluorcarbono (CFC) representou uma ameaça
silenciosa à vida na Terra. O gás foi sintetizado em 1928, nos EUA, e fez um tremendo
sucesso na indústria porque era versátil, barato e fácil de estocar. Passou a ser largamente
empregado como gás refrigerante em geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e propelentes
de aerossol. E assim foi até a década de 1970, quando suspeitou-se que, ao escapar para a
atmosfera, ele estava abrindo um rombo enorme na camada de ozônio.
O debate científico durou mais de 10 anos a partir de 1974, quando a tese foi proposta
pela primeira vez, até que o geofísico inglês Joe Farman finalmente comprovasse o fenômeno
numa expedição à Antártida - o continente gelado era o que mais estava sofrendo com o
fenômeno em meados dos anos 80. O buraco estava lá, tinha quase 30 milhões de quilômetros
quadrados e não parava de aumentar. O jeito foi banir o CFC, decisão ratificada em 1987
numa convenção internacional em Viena pela proteção da camada de ozônio. Hoje, o
protocolo de banimento do gás tem 191 países signatários. E o esforço tem dado certo: na
última década, a velocidade da destruição diminuiu - embora os cientistas calculem que ainda
serão necessários 50 anos para que a camada se recupere satisfatoriamente.
O problema do CFC é que, além de ser 15 mil vezes mais nocivo ao ozônio que o
dióxido de carbono (CO2), ele permanece muitos anos na atmosfera. Já o problema da
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destruição da camada é que, com um buraco aberto nela, a humanidade fica exposta aos males
do Sol sem filtro: câncer e mais uma variedade de doenças. A agricultura, os recifes de coral,
as populações de plâncton... Tudo isso também sofre - e morre - por causa da maior incidência
de raios ultravioleta. Ela altera ambientes, provoca distúrbios ecológicos, fustiga a resistência
das espécies e ainda favorece o aquecimento global.
Figura 2 – Representação química da reação do gás CFC (CCl3F) com o Ozônio (O3).
O CFC se decompõe liberando o radical livre cloro (Cl), este então reage com o ozônio
formando oxigênio gasoso e monóxido de cloro. O monóxido de cloro reage novamente com o ozônio
liberando mais duas moléculas de oxigênio gasoso e uma de cloro que reagirá novamente com o
ozônio em um ciclo que se repete até que o cloro finalmente se una a uma substância mais densa que o
leve para camadas mais baixas da atmosfera impedindo-o de reagir, ou então, com alguma substância
com a qual forme uma ligação forte o suficiente para resistir a fotólise.
Figura 3 – Esquema do ciclo da radiação incluindo gases CFC’s.
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Substituto:
O compromisso assumido pelos países signatários do tratado de banimento era
substituir até o fim de 2010 todo o CFC, que ainda é produzido, por outros compostos. A metanão foi atingida, mas dados do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente indicam
que ela não está muito longe de ser alcançada. Veja o exemplo do Brasil: entre 2000 e 2007, o
País reduziu em 96,5% seu consumo do gás.
O substituto para CFC encontrado até aqui não é lá grande coisa. Batizado
hidroclorofluorcarbono (HCFC), ele é bem menos nocivo à camada de ozônio, mas também
provoca algum estrago. O mais promissor candidato a ocupar seu lugar num futuro próximo é
o hidrofluorcarbono (HFC), que não tem cloro em sua composição e, portanto, não ameaça
nosso escudo natural. No Brasil a ideia é banir o HCFC até 2040.
Tetrafluoretano - R134a
Tetrafluoroetano (CH2FCF3) ou R-134a, é um gás que vem sendo usado para
substituir o Freon já que é menos poluente. Hoje ele compõe o sistema de alguns
refrigeradores, condicionadores de ar de automóveis, entre outros sistemas de refrigeração.
Características:
Fórmula molecular: C2H2F4
Massa molar: 102,03 g/mol
Densidade: 4,25 kg/m3 a 15°C (gás)
Ponto de fusão: -103,3°C (169,85 K)
Ponto de ebulição: -26,3°C (246,85 K)
Propriedades físicas do R 134 a:
Muito semelhantes a do R 12;
Temperatura de evaporação de -15° a 12° C;
Capacidade volumétrica igual ou superior à do R 12;
Estrutura molecular diferente da do R 12: pode escapar mais facilmente através de
micro vazamentos;
Não é inflamável nem tóxico.
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Trabalha com óleos sintéticos: apenas esses se misturam com o R 134 a; No entanto a
combinação de ambos absorve mais água que o R 12 e óleo mineral – para evitar esse
problema normalmente isa-se um filtro secador especial adaptado a estrutura
molecular do R 134 a.
Outros gases também vêm sendo usados como substitutos do CFC como:
Gás Refrigerante R-22
Clorodifluoretano(CHCLF2)
Aplicações: residencial, comercial e industrial
Gás Refrigerante R-401a
Clorodifluorometano/Difluoroetano/Clorotetrafluoretano
(CHCIF2/CH3CHF2/CHCIFCF3)
Substituto do CFC-12 em sistemas de refrigeração comercial de média pressão, tais comorefrigeradores domésticos, balcões frigoríficos, bebedouros, etc.
Gás Refrigerante R-404a
Pentafluoroetano/Trifluoroetano/Tetrafluoroetano
(CHF2CF3/CH3CF3/CH2FCF3)
Substituto em longo prazo do R.502 em sistemas de refrigeração comerciais de baixas e
médias temperaturas.
Gás Refrigerante R-410a
Mistura Azeotrópica de HFC-32 e HFC-125. Elaborado para substituir HCFC22 em aplicação
de ar condicionado e refrigeração
Genetron R-141b (HCFC 141b)
Diclorofluoretano (CCL2FCH3)
Substituto do CFC 11 como agente expansor em aplicações de isolamento com espuma rígida.
Aplicações: comercial, residencial.
Genetron R-22 (HCFC 22)
Clorodifluoretano (CHCLF2)
Aplicações: residencial, comercial e industrial
Genetron R-401a (MP39)
Clorodifluorometano/Difluoroetano/Clorotetrafluoretano
(CHCIF2/CH3CHF2/CHCIFCF3)
Substituto do CFC-12 em sistemas de refrigeração comercial de média pressão, tais como
refrigeradores domésticos, balcões frigoríficos, bebedouros, etc.
Genetron R-401b (MP66)
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Clorodifluorometano/Difluoroetano/Clorotetrafluoroetano
(CHClF2/CH3CHF2/CHClFCF3)
Um substituto CFC-12 em sistemas refrigeradores comerciais de baixa pressão. Sua
formulação Contém HCFC-22/HFC-152a/HCFC-124.
Alguns tipos de CFC e seus substitutos:
CFC --> Substituto
CFC-11 (triclorofluormetano) --> HCGC-123
CFC-12 (Diclorodifluormetano) --> HCFC-134a; R-401A; R-401B; R-409A.
R-13/R-503 --> R-508B
CFC-114 --> HCFC-123; HCFC-124.
R-502 --> R-402A; R-408A; R-404A; R-507C; HCFC-22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Gases Refrigerantes - http://www.ecotron.com.br; acesso em 04/11/2013;
O gás refrigerante R134A - http://www.refrigeracao.net; acesso em 04/11/2013;
Uso do gás CFC - http://super.abril.com.br; acesso em 04/11/2013;