gametogênese

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Gametogênese Processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os gametas (ovócito e espermatozoides – células extremamente especializadas e haploide); durante o processo o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células é alterada; a maturação dos gametas é chamada de espermatogênese no sexo masculino e de ovogênese no sexo feminino. Dividido em 4 fases: a origem extraembrionária das células germinativas e sua migração para as gônadas; aumento da quantidade dessas células por mitose; redução do número de cromossomos por meiose; maturação funcional de estrutural dos ovócitos e espermatozoides. Meiose Origem e migração das células germinativas

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Resumo acerca da gametogênese humana.

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Page 1: Gametogênese

Gametogênese

Processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os gametas (ovócito e espermatozoides – células extremamente especializadas e haploide); durante o processo o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células é alterada; a maturação dos gametas é chamada de espermatogênese no sexo masculino e de ovogênese no sexo feminino.

Dividido em 4 fases: a origem extraembrionária das células germinativas e sua migração para as gônadas; aumento da quantidade dessas células por mitose; redução do número de cromossomos por meiose; maturação funcional de estrutural dos ovócitos e espermatozoides.

Meiose

Origem e migração das células germinativas

Ocorre no período embrionário; células germinativas primordiais (gonócitos).

Surgem na 3° semana de desenvolvimento embrionário – endoderme do saco vitelínico; na 4° semana, migram através do mesentério dorsal até chegar ao local onde se formaram as gônadas, ao chegarem nesse local, sofrem inúmeras mitoses, formando ovogônias e espermatogônias (células-tronco germinativas com a capacidade de se diferenciarem em espermatócitos e ovócitos); no homem, as espermatogônias ficam

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latente até a puberdade, nas mulheres as ovogônias entra em meiose no 5° mês de gestação.

Gametogênese feminina (ovogênese)

Processo de diferenciação celular pela qual as células germinativas primordiais originam o ovócito II, esse processo se inicia antes do nascimento e é completado depois da puberdade. A ovogênese continua até a menopausa.

No 4° semana de desenvolvimento as células germinativas primordiais (CGPs) migram do saco vitelínico até os primórdios gonodais; a partir da 9° semana as cristas genitais se diferenciam em ovários; as CGPs se multiplicam e se diferenciam em ovogônias, essa proliferação de ovogônias ocorre até a 12° semana (3° mês de gestação); células somáticas de suporte: células foliculares (sustentação do ovócito)

As ovogônias crescem por mitoses; no 3° mês, todas as ovogônias se diferenciam em ovócito I; esses ovócitos I ficam estacionados no estágio de prófase I (meiose I) envolvidos por uma camada de células foliculares (folículo primordial); durante a puberdade, à medida que o ovócito primário cresce, as células epiteliais foliculares se tornam cuboides e depois cilíndricas, formando um folículo primário.

O ovócito primário logo é envolvido por um material glicoproteico acelular e amorfo, a zona pelúcida (aspecto regular de trama com fenestrações intricadas); os ovócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas a prófase não se completa até a adolescência; as células que circundam o ovócito primário secretam uma substância conhecida como inibidor da maturação do ovócito – mantem estacionado o processo meiótico do ovócito.

*Obsimp!!! Nenhum ovócito primário se forma após o nascimento.

Os ovócitos primários permanecem em repouso nos folículos ovarianos até a puberdade, onde por meio de hormônios (GnRH, FSH, LH) retomam a sua atividade; com a maturação do folículo, o ovócito primário aumenta de tamanho e, imediatamente antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem (citoplasma desiguais) a um ovócito secundário e o primeiro corpúsculo polar (célula pequena, não funcional); na ovulação, o núcleo do ovócito secundário começa a divisão meiótica, mas divisão para na metáfase; se um espermatozoide penetra no ovócito secundário, a segunda divisão meiótica é completada e novamente a maior parte do citoplasma é mantida na célula e o resto gera a o segundo corpúsculo polar; assim que os corpos polares são degenerados, a maturação do ovócito é completada

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Folículogênese

Ficam distribuídos no córtex do ovário – sequência de desenvolvimento; o desenvolvimento de um folículo ovariano e caracterizado por: crescimento e diferenciação do ovócito primário, proliferação das células foliculares, formação da zona pelúcida, desenvolvimento das tecas foliculares.

Folículo primordial

Se forma na vida intrauterina e contêm ovócitos primário (estacionados em prófase I); ao nascimento o ovário exibe apenas folículos primordiais contendo ovócitos primários.

Folículo primário unilaminar

A partir da puberdade recebe estímulo do FSH; formação da zona pelúcida; aumento do diâmetro do ovócito com produção dos elementos que constituem a zona pelúcida; ativação das células foliculares (tornam-se cúbicas, logo passam a se chamar células da granulosa).

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Folículo primário multilaminar

Sob estímulo de FSH, as células foliculares (camada granulosa): proliferam e formam várias camadas ao redor do ovócito, iniciam a síntese de substância fluida (líquido folicular)

Folículo antral

As células foliculares da camada granulosa intensificam a secreção do líquido folicular até que exista uma única cavidade – o antro folicular; as células estromais já estão organizadas em: teca interna – vascularizada e glandular (síntese de esteroides) – e teca externa – camada conjuntiva semelhante a uma cápsula.

Células tecais produzem um fator de angiogênese que promove o crescimento dos vasos sanguíneos da teca interna, que fornecem suporte nutritivo para o desenvolvimento folicular; a teca interna influencia as células da granulosa produziram estrógeno.

Folículo maduro (Graaf)

Cumulus oophorus – acumulo de células foliculares onde o ovócito primário se ancora.

Corona radiata – camada de células foliculares que circundam o ovócito.

Do grupo de inicial de folículos que foi recrutado para se desenvolver, geralmente 1 se torna dominante e será ovulado, os demais morrem pelo processo de atresia folicular.

Ovulação

Ovócito II expelido para a tuba uterina; corona radiata e cumulus oophorus acompanham o ovócito II.

Processo pelo qual há ruptura do folículo de Graaf e liberação do ovócito secundário; ocorre na metade do ciclo; estrógeno em altos níveis; FSH e LH em altos níveis; a expulsão do ovócito é resultado da pressão intrafolicular e, provavelmente, da contração do músculo liso da teca externa devido à estimulação por prostaglandinas.

Page 5: Gametogênese

Corpo Lúteo

Logo após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular se colapsam e se tornam enrugadas, sob a influência do LH, elas se desenvolvem em uma estrutura glandular, o corpo lúteo.

Glândula endócrina produtora de estrógeno e progesterona; as células da granulosa passam agora a produzir progesterona, as células da teca continuam produzindo estrógeno; função: manutenção do endométrio uterino.

Células características de secreção de progesterona – aumenta a espessura do útero, preparando-o para a possível fertilização; se não ocorrer a fertilização o corpo lúteo se degenera, com não há hormônios sendo secretados por ele mais, isso é um estímulo para um novo ciclo se iniciar – aumento na produção de FSH; degeneração do corpo lúteo – formação do corpo albicans (invasão dos fibroblastos que produzem colágeno do tipo I, formam uma espécie de cicatriz).

Ciclo menstrual

É o período durante o qual o ovócito amadurece, é ovulado, e entra na tuba uterina.

. Fase menstrual – período de descamação endometrial (3-4 dias).

. Fase proliferativa – coincide com o crescimento folicular que secreta estrógeno, propiciando a proliferação endometrial (10-11 dias).

. Fase secretora (lútea) – começa após a ovulação e resulta da ação de progesteronas e estrógenos secretados pelo corpo lúteo (10-12 dias).

. Fase isquêmica – isquemia e necrose da camada funcional do endométrio.

*Obsimp!!! Se não houver fertilização, o ovócito II é eliminado com a menstruação.

Pílula anticoncepcional

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Gametogênese masculina

Sequência de eventos pelos quais as espermatogônias são transformadas em espermatozoides maduros; esse processo se inicia na puberdade pela ação de hormônios hipofisários; a espermatogênese ocorre nos testículos; no tubo seminífero ocorre a produção de espermatozoides.

Células importantes no tecido intersticial – célula de Leydig.

Células importantes no epitélio seminífero – células de Sertoli.

Fatores que influenciam a espermatogênese

Fatores hormonais – LH e FSH.

LH – age nas células de Leydig, estimulando a síntese de testosterona.

FSH – age nas células de Sertoli, promovendo a síntese de ABP (proteína de ligação à andrógeno). Esta combina-se com a testosterona, levando-a para os túbulos seminíferos.

*Obsimp!!! É muito importante ter testosterona nos túbulos seminíferos, pois irão promover a espermatogênese.

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Tipos de espermatogônias

Tipo A – população de células tronco que mantém através de divisões mitóticas a quantidade de espermatogônias durante a vida.

Tipo B – produzida por diferenciação da espermatogônias tipo A, entra em meiose para formar os espermatozoides no final do processo.

Epitélio seminífero (germinativo)

Existem duas populações celulares: células da linhagem germinativa – pontes citoplasmáticas ligando as células – e as células de Sertoli.

Células de Sertoli

Núcleo piramidal, nucléolo evidente e golgi desenvolvido; envolvem células da linhagem espermatogênica; células “recortadas”, possuem reentrâncias citoplasmáticas onde localizam-se as células germinativas; conectadas umas às outras pelas junções comunicantes e junções ocludentes, a última dará origem à barreira hemato-testicular – o testículo tem capilares fenestrados, permitem que as espermatogônias tenham contato com o plasma sanguíneo, as junções de oclusão que formam a barreira impedem que substâncias do plasma entrem em contato com as células da espermatogênese, com isso ela impede o contado entre os espermatozoides e o sistema imune, protegendo-os contra uma reação imune.

Funções – suporte e nutrição dos espermatozoides em desenvolvimento; fagocitose dos corpos residuais; secreção de ABP (Androgen Binding Protein), inibina e ativina; barreira hemato-testicular.

Diferenciação das células germinativas masculinas

As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários; cada espermatócito primário sofre, em seguida, uma divisão reducional para formar dois espermatócitos secundários haploides; em seguida os espermatócitos secundários

Page 8: Gametogênese

sofrem a segunda divisão meiótica para formar 4 espermatídes, que por meio da espermiogênese se tornam espermatozoides maduros.

Espermiogênese

Processo pelo qual espermatídes se transformam em espermatozoides: perda das pontes citoplasmáticas (espermiação).

Etapa complexo de golgi – condensação do golgi formam grânulos pró-acrossômicos que se acumulam; fundem-se para formar um único grânulo no interior de uma vesícula, chamada vesícula acrossômica; centríolos migram para o pólo oposto ao grânulo.

Etapa do acrossomo

Etapa de maturação – formação do acrossomo; núcleo alongado e condensado; formação do flagelo; disposição de mitocôndrias; corpos residuais.

Epidídimo

Ao final da espermiogênese (nos testículos) os espermatozoides são imóveis; eles adquirem motilidade no epidídimo, portanto a maturação fisiológica do espermatozoide ocorre no epidídimo.

Glândulas acessórias

Função de nutrir e conduzir os espermatozoides.

Vesícula seminal – glândula que produz uma secreção contendo frutose, citrato, inositol e várias proteínas, mantém os espermatozoides nutridos.

Próstata – conjunto de 30 a 50 glândulas, produz secreção.

Glândula bulbo uretral – secreção como lubrificante.