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Gametogênese e Desenvolvimento Embrionário (1ª a 4ª semana) Até a 4ª semana do desenvolvimento, o embrião é uma placa que se fechará e formará, nas extremidades, as aberturas de boca e ânus. Neste momento, o embrião e o saco vitelíneo apresentam o mesmo tamanho. Deste saco vitelíneo vão surgir às células germinativas primordiais, as quais se diferenciarão em ovogônias e espermatogônias. As células germinativas vão migrar do saco vitelíneo, presente na região ventral do embrião, para a região dorsal na qual se formarão as cristas genitais, nas quais haverá a formação das gônadas e a diferenciação das células germinativas primordiais. As cristas genitais apresentam além das células germinativas primordiais células de suporte, as quais conferem suporte às primeiras. Caso as células germinativas não migrem para as cristas genitais, estas bem como as células de suporte vão degenerar. As células devem seguir determinado “caminho” até o lugar onde se diferenciarão, como acontece com as células germinativas que vão do saco vitelíneo para as cristas genitais. Caso a célula “fuja” de seu caminho, há o desenvolvimento de um teratoma. O teratoma pode ser caracterizado como um amontoado de células e tecidos que se “perderão a caminho de seu destino, como se pode ter exemplo células que deviam formar pele, cabelos e ossos e se “perderam”, aglomerando-se em um lugar diferente de seu destino original. Isso pode acontecer em função de erros de sinalização celular. As células tronco apresentam duas categorias: as totipotentes e as pluripotentes. As totipotentes dão origem a todos as células. O zigoto é totipotente. As pluripotentes dão origem à maioria das células, com exceção do trofoblasto. No homem as espermatogônias ficam em dormência até a puberdade, enquanto nas mulheres as ovogônias já sofreram mitoses e se tornaram ovócitos primários.

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Gametogênese e Desenvolvimento Embrionário (1ª a 4ª semana)

Até a 4ª semana do desenvolvimento, o embrião é uma placa que se fechará e formará, nas extremidades, as aberturas de boca e ânus. Neste momento, o embrião e o saco vitelíneo apresentam o mesmo tamanho.

Deste saco vitelíneo vão surgir às células germinativas primordiais, as quais se diferenciarão em ovogônias e espermatogônias. As células germinativas vão migrar do saco vitelíneo, presente na região ventral do embrião, para a região dorsal na qual se formarão as cristas genitais, nas quais haverá a formação das gônadas e a diferenciação das células germinativas primordiais. As cristas genitais apresentam além das células germinativas primordiais células de suporte, as quais conferem suporte às primeiras. Caso as células germinativas não migrem para as cristas genitais, estas bem como as células de suporte vão degenerar.

As células devem seguir determinado “caminho” até o lugar onde se diferenciarão, como acontece com as células germinativas que vão do saco vitelíneo para as cristas genitais. Caso a célula “fuja” de seu caminho, há o desenvolvimento de um teratoma. O teratoma pode ser caracterizado como um amontoado de células e tecidos que se “perderão a caminho de seu destino, como se pode ter exemplo células que deviam formar pele, cabelos e ossos e se “perderam”, aglomerando-se em um lugar diferente de seu destino original. Isso pode acontecer em função de erros de sinalização celular.

As células tronco apresentam duas categorias: as totipotentes e as pluripotentes. As totipotentes dão origem a todos as células. O zigoto é totipotente. As pluripotentes dão origem à maioria das células, com exceção do trofoblasto.

No homem as espermatogônias ficam em dormência até a puberdade, enquanto nas mulheres as ovogônias já sofreram mitoses e se tornaram ovócitos primários.

Uma alimentação inadequada e a ingestão de drogas causam modificações no desenvolvimento embrionário que não estavam contidas no genoma, as chamadas modificações epigenéticas.

O propósito da gametogênese é fornecer e preparar as células (gametas) para a fertilização.

Espermatogênese

É o processo de formação e maturação do gameta masculino, o espermatozóide (sptz) e leva aproximadamente 64 dias.

O testículo promove sptz morfologicamente maduros, mas não funcionalmente maduros. Essa maturação vai acontecer no epidídimo, no qual o sptz vai percorrendo bem como o canal deferente e recebendo as secreções nutritivas da próstata, da vesícula seminal e das glândulas bulbouretrais. O canal deferente vai se transformar em ducto ejaculatório,

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que promoverá a secreção do sêmen pela uretra na ejaculação. No entanto, o sptz só estará completamente pronto na capacitação, que acontece no sistema reprodutor feminino.

Espermatogônia vida fetal

Mitoses (leva 16 dias)

Espermatócito 1º a partir da

Meiose I (leva 8 dias) puberdade

Espermatócito 2º

Meiose II (leva 16 dias)

Espermátides

Espermiogênese

Espermatozóide processo que leva a maturação funcional do

Sptz.

Em cada segmento dos túbulos seminíferos, que estão contidos nos testículos, há um processo especifico dentro do grande processo de espermatogênese.

As células de Sertoli possuem projeções de membrana que abrigarão as espermatogônias, que passarão pelo processo de diferenciação. Quando há o inicio da meiose os espermatócitos primários se adentram no tecido conjuntivo, no qual estão as células de Sertoli, e estão protegidos por zonas de oclusão, a fim de que não entrem em contato com o sangue, evitando possíveis alterações. Tais alterações podem ser irreversíveis caso aconteçam nas espermatogônias, causando infertilidade. As zonas de oclusão constituem a base morfológica da Barreira Hemato-testicular.

As células de Sertoli apresentam como funções: proteção as células da linhagem germinativa que entram em meiose; fagocitar restos celulares da diferenciação morfológica; secreção de líquidos para o lúmen dos túbulos seminíferos e transporte de nutrientes. Também produzem a proteína ligadora de andrógeno (abp), a inibina (atua diminuindo a produção de FSH) e secreta GDNF (um dos fatores que determinam a diferenciação das espermatogônias.

Eventos da espermiogênese:

Desenvolvimento da vesícula acrossômica que contem diversas enzimas; Condensação do núcleo e do DNA, e as histonas são substituídas por

protaminas; Perda de citoplasma; Mudança na conformação das mitocôndrias, que se disporão enroladas no

flagelo.

Controle Hormonal:

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Puberdade

A testosterona inibe o LH e o GnRH

Hipotálamo As células de Sertoli por meio da Inibina

Estimula inibem o FSH.

Hormônio Liberador

de Gonadotrofina (GnRH)

estimula

Hipófise

estimula

LH FSH

estimula inibina

Cels. Leydig Cels. De Sertoli

Testosterona Espermatogênese

ABP (é estimulado pelo FSH)

Ovogênese

A gônada feminina fica muito mais próxima de onde o gameta vai ser utilizado, no oviduto ou Trompa de falópio. O gameta fica viável por até 72 horas, esperando o gameta masculino. No entanto, dessas 72horas apenas 24 são viáveis a fertilização.

Para o ovócito secundário sair do ovário para a trompa de falópio há a contração da musculatura lisa, por estimulo das prostaglandinas, além das diferenças de pressão entre o ovário e a trompa e pela movimentação da fimbrias, promovendo o carreamento do ovócito.

Os hormônios que controlam o ciclo também atuam no folículo ovariano, assim o tecido ovariano, bem como o útero sofrem modificações para a ovulação.

No ciclo menstrual há a secreção de hormônios hipotalâmicos, hipofisários e ovarianos, resultando na produção do gameta e a preparação para receber o embrião.

Eventos do ciclo menstrual:

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Maturação do ovócito;

Proliferação do endométrio;

Liberação do ovócito-ovulação;

Folículo vira corpo lúteo;

Descamação do endométrio e involução do corpo lúteo.

O músculo liso compõe a musculatura uterina, apresentando considerável regeneração, fazendo com que o útero volte ao normal após a gravidez.

Hormônios hipofisários – ciclo ovariano: elevação do FSH sob estimulo do GnRH, que promove a maturação do folículo, em seguida há um pico de LH que desencadeia a ovulação e o decréscimo do FSH e do LH

Hormônios ovarianos – ciclo uterino: na primeira metade do ciclo há o predomínio do estrógeno e na segunda metade da progesterona. A primeira metade é caracterizada como fase proliferativa na qual há a proliferação do endométrio após a menstruação e concomitante a isso há a maturação do folículo ovariano. O pico de LH dispara a produção de progesterona e a ovulação. Após a ovulação o folículo vira corpo lúteo e induz a progesterona, caracterizando a fase secretora.

A progesterona tem efeito sistêmico no organismo, induzindo a absorção de água, a fim de que seja possível a regeneração desencadeada pelo estrógeno.

Maturação dos ovócitos:

Ovogônias

Mitoses vida fetal

Ovócito 1º

Meiose I – para na prófase 1

Termino meiose 1 a partir da puberdade

Ovócito 2º + 1º corpúsculo polar

Meiose II - para na metáfase 2

Término meiose 2 - caso haja fertilização

Ovócito 2º + 2º corpúsculo polar

Ao nascimento, a menina apresenta um folículo primordial, que ainda não é muito diferenciado morfologicamente, nem maturado. Com a puberdade e o inicio da secreção de estrógenos e progesterona, há o desenvolvimento do folículo, o qual absorve água formando uma cavidade chamada antro, que também vai apresentar liquido intersticial, aumentando a pressão no folículo, favorecendo a ovulação.

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O desenvolvimento do folículo ovariano é simultâneo ao do ovócito!

O número de ovócitos cai a cada ovulação, limitando a vida reprodutiva da mulher. Na puberdade há o inicio das modificações morfológicas no folículo, originando o folículo primário.

O ovócito é envolto por uma camada de glicoproteinas, chamada zona pelúcida. Em torno na zona pelúcida há células foliculares, as quais se comunicam por junções comunicantes, o que auxilia na sincronização do processo. Tais células foliculares são da granulosa e formam a corona radiata no entorno do ovócito. Há também um acúmulo de células da granulosa envolvendo o ovócito configurando o cumulus oophorus.

Ao redor do folículo há o desenvolvimento de tecido conjuntivo, que forma as tecas foliculares. Há a teca interna, que produz estrógeno e a teca externa, cujas células são semelhantes ao resto do ovário. Ao redor da teca externa há diversos folículos pequenos, que não foram escolhidos para a maturação, os quais sofrem atrezia, degenerando.

Quando o folículo está maturado e a ovulação esta próxima, ele passa a se chamar folículo de Graaf ou folículo terciário. As junções comunicantes entre a membrana do ovócito e as células foliculares desaparecem, próximo a ovulação. Período, no qual termina a meiose 1. Na ovulação há a liberação do ovócito e da corona radiata, iniciando-se a meiose 2, que só se completará com a fertilização.

Quando o corpo lúteo degenera, deixa uma marca cicatricial de tecido conjuntivo, o chamado corpo albicans ou corpo branco.

A fertilização acontece na porção mais dilatada da trompa de falópio, a ampola. Quando há gravidez o corpo lúteo não degenera,pois há a secreção do hCG pelo sincíciotrofoblasto, só desaparecendo no 6º mês, quando a placenta está completamente funcional.

Controle hormonal: Hipotálamo

GnRH estimula hipófise liberar LH e FSH

FSH LH altas concentrações de progesterona

inibina e estrógeno inibem, respectivamente

Estrógeno Progesterona a liberação de LH e FSH

Fase proliferativa corpo lúteo

Altas concentrações de progesterona promovem o desenvolvimento do endométrio. Baixas concentrações de LH promovem a degeneração do corpo lúteo, logo reduz a concentração de progesterona e ocasiona a descamação do endométrio

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Transporte de gametas e fertilização

Após o pico de LH há o aumento de fluxo sanguíneo nas tecas, o que gera uma tendência a absorver liquido, formando um edema, além de ocorrer a liberação de prostaglandinas, que levarão a contração do músculo liso, de histamina e de vasopressina. A contração do músculo liso das tubas uterinas promove a aproximação de suas fímbrias do ovócito, possibilitando seu carreamento até a ampola, onde ocorre a fertilização.

Acredita-se que o ovócito secrete alguma substancia que atraia o sptz. Quando o sptz é depositado no fundo da vagina, passa pela fase de capacitação, estando apto a fecundar o ovócito, a qual acontece através dos íons bicarbonatos que são abundantes na vagina. Na capacitação há modificações na membrana do sptz advindas da sinalização por AMPc, que consiste na remoção do colesterol, o que vai possibilitar a fusão das membranas, bem como de proteínas e açucares que bloqueiam o reconhecimento entre o sptz e o ovócito. Há também uma redução no potencial de membrana, o aumento do metabolismo e da motilidade do sptz.

A composição do sêmen advém do fluido prostático rico em acido cítrico, fosfatase ácida, zinco e magnésio, enquanto o fluido das vesículas seminais é mais básico e rico em frutose e prostaglandinas. Pouco antes da ejaculação as glândulas bulbouretrais liberam uma secreção rica em sais que limpa a uretra.

Uma das funções da fertilização é a transmissão de genes dos pais para a prole. Com a fertilização há o termino da meiose 2 do ovócito. A fertilização tem como finalidade a combinação de genes a fim de se criar um novo individuo. Na fertilização o reconhecimento dos gametas é espécie - especifico.

Eventos da fertilização:

Contato e reconhecimento dos gametas;

Regulação da penetração de sptz;

Fusão dos prós-núcleos dos gametas;

Ativação do metabolismo do ovo.

A fertilização é resultado de uma serie de processos que tem inicio com a penetração do sptz na corona radiata e termina com a mistura dos cromossomos paternos e maternos.

O desenvolvimento embrionário acontece de modo regulativo, que consiste na compensação da retirada de uma célula por outras células, como se fosse uma regeneração.

Reconhecimento dos gametas:

Quimioatração entre ovócito e sptz;

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Penetração na corona radiata;

Ligação do sptz à zona pelúcida;

Exocitose dos grânulos do acrossomo e região cortical do ovócito;

Passagem do sptz;

Fusão das membranas.

A liberação dos grânulos do acrossomo, que promove a digestão da zona pelúcida chama-se reação acrossômica.

Funções da zona pelúcida:

Barreira espécie - especifica;

Bloqueia a poliespermia;

Impede implantação prematura (como exemplo, implantação na tuba);

Inicia a reação acrossômica.

A glicoproteína ZP3 é a responsável pela ligação e pelo reconhecimento do sptz à zona pelúcida. A galactosil trasferase liga-se a ZP3 ativando a proteína G da membrana do sptz iniciando a cascata de sinalização que abre os canais de Ca++ promovendo a exocitose dos grânulos do acrossomo. A reação acrossômica é possibilitada pela presença de acrosina, de neuroaminidase, hialuronisidase, as quais promovem a digestão da zona pelúcida.

A despolarização da membrana do ovócito promoverá a liberação das ondas de Ca++, que levará a degranulação dos grânulos corticais promovendo o bloqueio a poliespermia.

Há o bloqueio primário que é rápido e depende do potencial de membrana e o secundário que é iniciado pelas ondas de Ca++ e pela ação dos grânulos corticais.

O bloqueio vai acontecer em função da transformação da zona pelúcida de modo a impedir a ligação dos receptores ZP3.

A fusão dos materiais genéticos se inicia com a fusão das membranas, a entrada do pró-núcleo do sptz, há o término da metáfase 2 e a liberação do 2º corpúsculo polar. Há o encontro dos pró-núcleos, a condensação da cromatina e a construção de um fuso mitótico comum e se iniciam as mitoses da célula ovo.

Clivagens e Implantação

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As clivagens acontecem enquanto o zigoto ainda esta na tuba uterina, e se caracteriza por mitoses sucessivas sofridas pela célula-ovo. A cada clivagem há o aumento no número de células ou blastômeros e redução em seu tamanho.

Zigoto - 2 blastômeros - 4 blastômeros – 8 blastômeros - mórula (12 a 15 blastômeros). Na mórula se inicia a fusão dos blastômeros apicais (superficiais), no evento chamado compactação, o qual é o primeiro de diferenciação, gerando células internas e células externas. A compactação acontece por meio de junções oclusivas e do tipo GAP sob a expressão da E-caderina.

As células mais externas da mórula bombeiam liquido para dentro formando a cavidade blastocística ou blastocele. A partir de então o embrião passa a se chamar blastocisto e há o desaparecimento da zona pelúcida, o qual facilitará a implantação na parede uterina. Esse processo de formação da blastocele chama-se cavitação. As células mais internas formam a massa celular interna ou embrioblasto, enquanto as mais externas formam o trofoblasto. Do embrioblasto surgem células tronco pluripotentes, visto que não são capazes de formar o trofoblasto, e este dará origem as células que comporão a parte fetal da placenta.

As clivagens são assincrômicas não ocorrendo simultaneamente em todos os blastômeros, e se iniciam após 30horas da fertilização levando de 3 a 4 dias.

2 dias após a chegada do blastocisto ao útero, o primeiro eclode, se desprendendo da zona pelúcida a fim de que ocorra a implantação no epitélio uterino . A implantação vai acontecer em uma porção ótima do útero, em geral na parte superior, a qual é mais ampla que a parte inferior.

Ao sair da zona pelúcida o blastocisto começa a expressar proteínas de adesão, como as integrinas, que serão reconhecidas por outras proteínas de adesão que estão no endométrio. Esse período de tempo em que há a expressão de moléculas de adesão é chamado de janela de implantação.

A implantação do blastocisto se inicia com a adesão deste ao endométrio, ocorrendo em seguida à penetração no epitélio e na lâmina basal endometrial, através do sincíciotrofoblasto. Tal penetração acontece de modo paulatino até que o sincício atinja o estroma uterino, que é a parede uterina propriamente dita, a qual apresenta vasos e glândulas que serão importantes até e para o desenvolvimento da placenta. O ato de o blastocisto penetrar totalmente na parede uterina se chama nidação. Logo após entrar em contato com o endométrio o trofoblasto se diferencia em sincício e citotrofoblasto

Há alguns tipos de implantação:

Implantação central – apresenta um crescimento prévio do embrião;

Implantação excêntrica – há uma invaginação do epitélio uterino para a recepção do embrião;

Intersticial – o blastocisto penetra no epitélio uterino.

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Enquanto há a implantação o blastocisto passa por uma série de diferenciações e um acelerado crescimento. As diferenciações acontecem na massa celular interna e principalmente no trofoblasto com a formação do sincíciotrofoblasto. A penetração do sincício nos tecidos maternos também gera modificações nestes. Tais modificações desencadeiam a reação decidual, que consiste na diferenciação e na proliferação de células uterinas, com a finalidade de formar um tecido que nutrirá e removerá os restos metabólicos do embrião, mas que ainda não é a placenta.

O embrião será nutrido por este tecido enquanto for pequeno o suficiente para receber nutrientes por difusão, e conforme há seu crescimento há também o desenvolvimento da placenta.

Eventos pré – implantação:

Secreção de moléculas de adesão pelo blastocisto, antes mesmo da eclosão da zona pelúcida, talvez por uma sinalização mediada por estrógeno;

Janela de implantação;

Proliferação do epitélio endometrial promovida pela ação do estrógeno;

Aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos maternos na região em que ocorrerá a implantação, pois o sincíciotrofoblasto interage diretamente com os vasos maternos;

A janela de implantação acontece no momento em que as taxas de estrógeno estão aumentando, visto que há uma taxa máxima que imitará a implantação. As concentrações de Gonadotrofina Coriônica (hCG) mantém muito altas no período na qual há a implantação, e permanecem altas até o inicio das atividades da placenta.

Durante a implantação:

Interação do sincício com as artérias maternas;

Tolerância a hipóxia

Na passagem pelo epitélio uterino, as células do sincíciotrofoblasto não apresentarão suprimento de oxigênio;

Diferenciação das células uterinas maternas e do blastocisto – reação decidual;

Adesão a matriz extracelular (MEC) materna e a digestão e seus componentes pelo sincício;

Alteração não sistêmica da resposta imunológica materna

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A fim de que não ocorra rejeição do blastocisto, visto que este apresenta componentes paternos. Há a mediação da Interleucina 2 (IL2);

A implantação vai do 4 dia ao 10/12 dia.

Resumo da primeira semana:

Fertilização;

Formação dos prós – núcleos;

Fusão dos prós - núcleos;

Formação do zigoto;

Clivagens;

Formação da mórula;

Eclosão do blastocisto;

Inicio da implantação.

Na segunda semana do desenvolvimento embrionário:

Formação do disco embrionário bilaminar

Epiblasto diferenciações da massa celular

Hipoblasto interna, se encontrando entre o sincício e o citotrofoblasto;

Por volta do 9° dia há o aparecimento do hipoblasto oriundo de uma delaminação da massa celular interna.

O epiblasto dá origem aos amnioblastos que formarão o âmnio, o qual vai revestir a cavidade amniótica.

Formação da cavidade amniótica

Derivada de uma cavitação no epiblasto, no qual este forma o assoalho da cavidade e o âmnio o teto, e o âmnio é de origem epiblástica;

O sincíciotrofoblasto vai aumentando e invadindo os tecidos maternos, bem como vai englobando o blastocisto;

Células hipoblásticas vão migrar formando a membrana exocelômica revestindo a parte interna do citotrofoblasto, a qual vai constituir a cavidade exocelômica, que é a cavidade

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blastocistica. O conjunto da membrana e da cavidade exocelômica vai formar o saco vitelineo primitivo.

Formação da membrana exocelômica

Camada de células do hipoblasto que muda o nome da cavidade blastocística para cavidade exocelômica;

O hipoblasto formará o teto da cavidade exocelômica, a qual se transformará em saco vitelíneo primitivo (composto por membrana exocelômica + cavidade exocelômica). O hipoblasto formará também o endoderma primitivo e o mesoderma extraembrionário;

O mesoderma extraembrionário dará origem a cavidade extraembrionária ou cavidade coriônica;

O Hipoblasto dará origem ao saco vitelíneo primitivo por volta do 8º dia, e no 12º dia este se transformará em saco vitelíneo secundário ou permanente, o qual apresenta a mesma origem do primitivo e dará origem as células germinativas primordiais;

Conforme há mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário vai aumentando de tamanho e aparecem espaços isolados que se fundirão formando do celoma extraembrionário. O celoma vai envolver o âmnio e o saco vitelineo. Nesse momento o hipoblasto sobre uma nova delaminação e dará origem ao saco vitelineo secundário ou permanente.

A cavidade extraembrionária ou coriônica tenderá a aumentar formando o saco gestacional;

A expansão do sincíciotrofoblasto abrangerá quase toda a estrutura do blastocisto, passando a se conectar com vasos e glândulas maternas, virando um tecido de interface dando origem à circulação uteroplacentária;

Há o aparecimento de lacunas no sincíciotrofoblasto que vão entrar em contato com o sangue materno, compondo a circulação uteroplacentária.

Por volta do 15º dia o embrião apresenta 5 a 6 vezes o aumento de tamanho em uma semana ;

O mesoderma extraembrionário além de ser um tecido de preenchimento é também local de hematopoiese, e posteriormente irá interagir com os tecidos maternos

Quando é formado induz modificações no citotrofoblasto, gerando a proliferação do mesoderma para dentro do sincíciotrofoblasto, no qual posteriormente dará origem as vilosidades coriônicas da placenta;

O mesoderma extraembrionário era compacto e promoverá a formação de duas cavidades que se fundirão dando origem ao mesoderma somático

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(exterior) e ao mesoderma esplânico (interior). O mesoderma somático + citotrofoblasto darão origem ao córion;

O mesoderma somático e o sincício + citotrofoblasto vão formar o córion, que forma a parede do saco coriônico, o qual abrigará o embrião, a cavidade amniótica e o saco vitelineo. O embrião ficará aderido pelo pedículo do embrião.

Enquanto o embrião propriamente dito, visto que agora se fala de embrião, mas o nome correto é blastocisto, é advindo do epiblasto, o hipoblasto induzirá a diferenciação no epiblasto que originará a formação da placa pré - cordal.

Terceira e quarta semanas do desenvolvimento e estruturas extraembrionárias

Na 3º semana do desenvolvimento...

Nessa semana veremos o embrião por cima, sendo este mais achatado com a extremidade caudal mais estreita que a futura extremidade cefálica.

Há o inicio do desenvolvimento da placa pré – cordal, a qual é o primeiro indício da cefalização. A placa pré – cordal promove a sinalização para o desenvolvimento de estruturas que comporão a futura cabeça.

O aparecimento da linha primitiva é o principal evento da 3ª semana. Tal linha é derivada de um espessamento do epiblasto, partindo da região caudal. O crescimento da linha primitiva acontece pela convergência de células na região medial

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do embrião. A maioria dos tecidos embrionários possui estreita relação com a linha primitiva, uma vez que esta irá induzir a diferenciação celular que possibilitará o desenvolvimento de diversas estruturas.

Abaixo do epiblasto há o desenvolvimento da notocorda, a qual não é oriunda do hipoblasto, já que esse vai desaparecer. O desaparecimento do hipoblasto é ocasionado por uma delaminação do epiblasto, cujas células substituirão o hipoblasto e darão origem ao ectoderma, ao mesoderma e ao endoderma. As células do epiblasto vão migrar até a região mediana da linha primitiva, formando o endoderma e o mesoderma. Esse processo de delaminação do epiblasto que promove o desenvolvimento de um disco trilaminar é a Gastrulação. Com o desenvolvimento dos 3 folhetos não há mais epiblasto e hipoblasto.

O endoderma dará origem ao epitélio gastrointestinal e respiratório; o mesoderma ao tecido conjuntivo, logo ossos e cartilagens, e ao tecido muscular; e o ectoderma dará origem a epiderme e ao tecido nervoso;

Na 3ª semana há o inicio da morfogênese, na qual há o desenvolvimento da forma das estruturas, através da determinação dos eixos corporais sob a orientação da linha primitiva e da notocorda.

Por volta do 15º dia...

Surgimento da linha primitiva, com a migração e adição de células na parte caudal.

Migração de células do epiblasto para o plano mediano da linha primitiva dando origem aos três folhetos.

Intensa proliferação celular na região cefálica, originando o nó primitivo. Neste nó há a formação de um canal, que é a fosseta primitiva. A fosseta apresentará cílios que vão orientar a migração celular, como a migração das células que vão originar o coração, presentes na região cardiogênica, que se dispõe cefalicamente.

A linha primitiva não é retilínea, portanto há a presença de sulcos primitivos. Há o espessamento do epiblasto na região cefálica originando a membrana

bucofaríngea, e na região caudal originando a membrana cloacal. Nestas regiões há a fusão de endoderma e ectoderma, sem a presença de mesoderma. Tais membranas surgem simultaneamente à formação da linha primitiva.

Pelo fato do hipoblasto ser o endoderma primitivo, a migração das células do epiblasto vai induzir a diferenciação das células do hipoblasto em endoderma definitivo.

O mesoderma se diferenciará em: o Mesoderma cardiogênico – apresenta migração cefalicamente e dará

origem ao coração.o Mesoderma paraxial – seguirá a orientação da linha primitiva, a fim de

formar o mesoderma da cabeça, do qual derivarão os ossos e músculos da face. No tronco sofre segmentação formando os somitos. Os somitos dão origem:

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Esqueleto axial; Músculos voluntários do pescoço e membros; Derme do pescoço; Músculos da língua; Ossos da face.

Os somitos, na quarta semana, se diferenciarão em:

Dermomiótomo – vai formar a derme (dermátomo) e os músculos dorsais e ventro – laterais e os músculos dos membros, após a formação dos mesmos (miótomo).

Esclerótomo – vai formar as vértebras.

o Mesoderma intermediário – dará origem aos sistemas urinário e genital.o Mesoderma da placa lateral – apresenta migração paralela à linha primitiva

e sofre diferenciação em mesoderma somático (formará a cobertura interna corporal) e o mesoderma esplânico (cobertura visceral). Estas diferenciações são diferentes do mesoderma extraembrionário.

Além disso, o mesoderma originará o processo notocordal, precursor da notocorda.

O mesoderma intermediário e o da placa lateral existem apenas no tronco

O ectoderma vai sofrer diferenciação, que vai originar dois grupos celulares, um vai dar origem à placa neural, o neuroectoderma, e o outro ao ectoderma superficial, ou seja, a futura epiderme.

A linha primitiva é importante centro organizador, e conforme seu crescimento há a indução para a formação e diferenciação de diversas estruturas. Quando sua atividade de indução está terminada ela involui.

Neurulação

Células mesenquimais vão migrar cefalicamente pelo nó e pela fosseta primitiva formando um bastão, que é o processo notocordal, o qual vai crescer e sofrerá uma cavitação formando o canal notocordal. O processo notocordal não ultrapassa a membrana bucofaringe.

Por um breve momento o canal notocordal se abre, conectando-se com o endoderma, e a fosseta primitiva formará o canal neuroentérico, através do qual o canal notocordal vai receber informações do endoderma, para depois fechar-se e formar a notocorda. A notocorda é um tecido indutor como a linha primitiva, logo são estruturas transitórias. Em torno da notocorda há o desenvolvimento de mesoderma paraxial.

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Através do canal neuroentérico há a migração cefálica de células ao lado do processo notocordal, as quais vão formar a área cardiogênica (composta por mesoderma cardiogênico).

A notocorda:

Define o eixo primitivo do embrião; É base para o esqueleto axial; Indica o local dos futuros corpos vertebrais, degenerando quando

estes se formarem; Gera os padrões de dorsal, ventral, direito e esquerdo; A parte cefálica dará origem a estruturas cefálicas, a do tronco a

estruturas do tronco e a caudal as estruturas caudais.

Pela indução do nó primitivo e da notocorda, por volta do 18º dia há a formação do tubo neural a partir da placa neural. Pelo processo de indução neural há a formação da placa neural, a qual dará origem ao tubo neural pelo processo de neurulação.

Há intensa proliferação celular na parte cefálica da placa neural, que promoverá o aparecimento das pregas neurais, as quais se elevarão e tenderão a se fechar formando o tubo neural. Nesse fechamento há um espaço de fusão, pelo qual migram as células da crista neural, que originarão diversas estruturas.

O crescimento ao longo do tubo neural é diferenciado. Na parte cefálica há uma proliferação celular mais intensa, que na parte caudal. O fechamento do tubo neural também é diferenciado ao longo do embrião.

Há dois tipos de neurulação, a neurulação primária, que acontece pela proliferação de células na parte cefálica da placa neural e sua consequente invaginação. Já a neurulação secundária acontece na parte caudal, no qual o tubo neural é advindo de um cordão neural que sofreu cavitação.

A consequência do não fechamento dos neuróporos do tubo neural é: anencefalia, quando é o neuróporo cefálico que não se fecha, e a espinha bífida, quando é o neuróporo caudal que não se fecha. Isso acontece, pois o tecido neural entra em contato com o líquido amniótico e degenera.

Por volta do 20º há a proliferação da parte restante da linha primitiva, que está involuindo, originando uma massa mesodérmica que é a eminência caudal, a qual dará origem a estruturas caudais, inclusive os membros inferiores. O surgimento da eminência caudal marca o fim da fase de gastrulação.

Uma gastrulação anormal pode causar agenesia renal, dos órgãos genitais internos, exceto as gônadas, sirenomelia ( fusão dos brotos dos membros). Uma neurulação anormal, na qual não há o fechamento dos neuróporos anterior ou posterior pode causar: anencefalia, o tecido nervoso degenera em função do contato com o líquido amniótico, em função do não fechamento do neuróporo anterior, o mesmo processo ocorre com medula espinhal quando não há o fechamento do neuróporo posterior ocasionando a espinha bífida, a qual pode ser aberta, ou

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fechada, a qual é recoberta por pelos, lipomas, angiomas. Quando o tubo neural e as membrana associadas são projetadas para fora há a mielomeningocele, e quando é apenas as meninges é a meningocele.

Na quarta semana do desenvolvimento...

Há o dobramento do embrião; Com o crescimento diferenciado das estruturas; Crescimento do disco trilaminar; Crescimento do âmnio; Estabilização do crescimento do saco vitelíneo;

Há a diferenciação dos somitos.

O dobramento do embrião é proveniente da fusão dos folhetos do disco trilaminar com seus respectivos lados direito e esquerdo, na região ventral, sob a orientação da notocorda e do tubo neural, os quais enrijecem o eixo dorsal. Além da orientação da notocorda e do tubo neural, o dobramento também é influenciado pelo maior crescimento da cavidade amniótica em relação ao saco vitelíneo. Esse dobramento acontece no sentido dorso- ventral e céfalo-caudal.

O dobramento vai ocasionar a formação do ducto vitelíneo, o qual é oriundo do estrangulamento do saco vitelíneo. Essa região não possui cobertura de ectoderma.

Com a fusão das porções cefálica e caudal do endoderma há a formação de dois tubos cegos: o intestino anterior (vai originar faringe, esôfago, estruturas superiores entre coração e encéfalo, etc.) e o intestino posterior (vai originar estruturas mais baixas do sistema digestório). Ao final da 4ª semana o intestino anterior já está aberto, pois há o rompimento da membrana bucofaríngea, que separa o estomodeu (futura área da boca) do intestino anterior, enquanto o intestino posterior só se abre na 7ª semana com o rompimento da membrana cloacal.

O dobramento cefálico acontece no 22º dia em resposta a intensa proliferação celular que aconteceu na parte cefálica da placa neural. Com a flexura craniana há a formação da parte ventral da face, do pescoço e do colo. Tal flexura promove o transporte da área cardiogênica (que estava na parte cefálica) para a região do colo.

Entre a área cardiogênica e a margem anterior do embrião há um espessamento de mesoderma, o septo transverso, o qual dará origem ao diafragma, a mioblastos (precursores dos músculos estriados esqueléticos) e ao mesentério do estômago e do duodeno. Além disso ele inicia a divisão do celoma em cavidades torácica e abdominal.

O dobramento caudal acontece no 23º dia, advindo do crescimento da parte distal do tubo neural (região esta que é o primórdio da medula espinhal).

Com o dobramento lateral há a redução da comunicação entre as cavidades celômicas intra e extraembrionárias. O celoma intraembrionário é derivado de

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mesoderma da placa lateral e delimitado pelos mesodermas somático e esplânico (os quais vão originar as camadas parietal e somática do peritônio). A dispersão do mesênquima na região dos futuros órgãos abdominais dá origem ao mesentério dorsal.

Placenta e Membranas extraembrionárias

A placenta confere proteção ao feto, promove as trocas metabólicas entre mãe e feto. É importante para a sobrevivência e crescimento do embrião através da manutenção de uma relação parasítica com a mãe. A placenta assume, evolutivamente, a função do alantóide de detoxificação dos restos metabólicos do feto.

A placenta e o córion são estruturas oriundas do trofoblasto, enquanto âmnio, saco vitelíneo e alantóide são oriundos da massa celular interna.

Cavidade amniótica – apresenta expansão até a 33ª/34ª semana. Sua quantidade normohidrômia é de 1l. Direcionado e moldado à medida que o embrião cresce e se dobra, recobre o embrião durante toda a gravidez. o O líquido amniótico protege o embrião contra danos mecânicos,

acomoda o crescimento, permite o movimento e protege o feto contra atritos com as membranas extraembrionárias. Grande parte do líquido amniótico é oriunda do filtrado renal do feto, além da parte materna.

o Até a 20º semana, a pele ainda não é queratinizada, logo está permeável ao liquido amniótico, o qual vai ser muito semelhante aos fluidos fetais. Após a 20ª semana o liquido passa a ser composto de urina fetal, pele, cabelo, filtrado do sangue materno, dentre outros, passando a ser necessária uma reciclagem constante do líquido amniótico.

o Por fora da cavidade amniótica há mesoderma extraembrionário não vascularizado.

Saco vitelíneo – nos mamíferos é pequeno e sem função nutritiva, pois não tem vitelo. Revestido por exoderma extraembrionário bem vascularizado, pois suas células dão origem ao intestino médio. o Junto com o endoderma do saco vitelíneo o mesoderma

extraembrionário vai contribuir para a formação das células germinativas primordiais (por volta da 3ª semana).

o Além disso, há também a formação das ilhotas sanguíneas do mesoderma extraembrionário, que são pontos de hematopoiese (produzem células sanguíneas com hemoglobina embrionária) até 6ª semana. Após a 6ª semana há a transferência da hematopoiese para o fígado (passa a produzir hemoglobina fetal).

o O saco vitelíneo pode não involuir completamente e formar um divertículo (projeção) – Divertículo de Meckel.

Alantóide – revestido externamente por mesoderma extraembrionário. Em humanos é apenas vestigial.

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o Sua função é assumida por vasos sanguíneos que se diferenciarão, na parede mesodérmica, e irrigarão a placenta.

o Após o nascimento, a parte proximal do alantóide – úraco – continua com a bexiga e forma um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano.

Placenta – a placenta é formada por tecidos extraembrionários do embrião e tecidos decíduos (endometriais).

o Funções da placenta: proteção, nutrição, respiração, excreção e síntese hormonal.

o Incialmente as vilosidades coriônicas são apenas compostas pelo citotrofoblasto (vilosidade primária), passando a serem preenchidas por mesoderma extraembrionário (vilosidade secundária), do qual partirão vasos sanguíneos que penetrarão nas vilosidades (vilosidade terciária).

o A porção terminal das vilosidades – coluna celular citotrofoblástica – é recoberta por sincíciotrofoblasto. As células dessa coluna se proliferam e penetram no sincíciotrofoblasto, formando uma coluna celular, a concha citotrofoblástica, a qual entra em contato com as células deciduais.

o A vilosidade que emite essas projeções é a vilosidade de ancoragem, pois ancora toda a camada de células.

o O sangue materno entra no espaço interviloso, no qual as células das vilosidades filtram o sangue da mãe, e o que passa é apenas um filtrado com o que é importante para o embrião, logo não há contato de sangue materno com o do embrião.

o No cordão umbilical a veia umbilical leva sangue arterial, e a artéria umbilical venoso.

o Havia vilosidades em todo saco coriônico, no entanto há involução das vilosidades distais ao cordão umbilical, devido à hipóxia. Tais vilosidades vão formar o córion liso. A região mais proximal ao cordão umbilical vai formar o córion viloso, o qual é a parte fetal da placenta.

o O componente materno da placenta é a decídua (endométrio) a qual é composta por: decídua basal – entre a parede uterina e o córion viloso, é uma espécie de ancoragem da placenta ao útero -, decídua capsular – envolve o feto -, e a decídua parietal – não apresenta contato direto com o feto.

o A decídua basal vai formar septos placentários na parte materna da placenta. Tais septos formam os cotilédones (gomos), que apresentaram, cada um, uma vilosidade.

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