gabriela chagas correa supervisora: profª. silvana maria...

34
Gabriela Chagas Correa Supervisora: Profª. Silvana Maria Correa Zanini Coordenadora: Profª. Dra. Adriana Vitorino Rossi 1

Upload: vuongquynh

Post on 08-Nov-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Gabriela Chagas Correa

Supervisora: Profª. Silvana Maria Correa Zanini

Coordenadora: Profª. Dra. Adriana Vitorino Rossi 1

BREVE HISTÓRIA DA PASTA DE DENTE

As mais antigas civilizações já se preocupavam em cuidar dos dentes.

Os tratamentos dentários eram feitos por pessoas não qualificadas.

O aprendizado odontológico era passado de mestre para aprendiz.

2

BREVE HISTÓRIA DA PASTA DE DENTE

Por volta de 2000 anos a.C.

Os egípcios utilizavam uma mistura abrasiva que tinha por função:

Limpar e Polir os dentes.

3

BREVE HISTÓRIA DA PASTA DE DENTE

4

Esse preparado era composto por:

Vinagre: solução de ácido acético (CH3COOH);

Pedra pomes pulverizada, que apresenta em sua composição química:

• 70% óxido de silício (SiO2);

• 30 % de óxido de alumínio (Al2O3).

BREVE HISTÓRIA DA PASTA DE DENTE

No século I, os romanos acrescentaram ao creme:

Mel;

Sangue;

Carvão;

Olhos de caranguejos;

Ossos moídos da cabeça de coelhos;

Urina humana.

Para deixar os dentes mais brancos. 5

BREVE HISTÓRIA DA PASTA DE DENTE

6

Em 1840, nos Estados Unidos, foi criada a primeira escola de odontologia do mundo.

Em 1850, foi criado o primeiro dentifrício comercial, nos Estados Unidos, chamado: “Creme dentifrício do Dr. Sheffield”, inicialmente em pó e depois modificado para a forma de pasta.

BREVE HISTÓRIA DA PASTA DE DENTE

A escova de dente, também apresenta um importante papel na manutenção da saúde bucal, é responsável por remover a placa bacteriana e resquícios de alimentos que ficaram após a alimentação.

Há indícios de que a primeira escova de dente (data de cerca de 3000 anos a.C.) foi encontrada em uma tumba egípcia.

7

BREVE HISTÓRIA DA PASTA DE DENTE

Na China, em 1498, surgiu uma escova de dente parecida com a que utilizamos atualmente, suas cerdas eram feitas com pelos de porco.

Com o passar dos anos, essas cerdas foram substituídas por pelos de cavalo .

Somente após 440 anos é que foram desenvolvidas as cerdas de náilon, utilizadas nas escovas de dente atuais, pois as de pelos de animais absorviam umidade, prejudicando a higiene da boca, por causarem mofo.

8

BREVE HISTÓRIA DA PASTA DE DENTE

A primeira aplicação do nylon foi na fabricação de escovas de dente.

As cerdas necessárias para a boa higiene bucal são de nylon (náilon).

Processo químico de obtenção do nylon (náilon):

Mistura de ácido adípico e 1,6 – diamino hexano (hexametilenodiamina) dá origem à fibra sintética, náilon 6,6 (poliamida) e água.

9

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

10

Na galeria de pastas de dentes encontramos variedades enormes, com diferentes cores, sabores e particularidades.

A composição das pastas de dentes pode variar de uma marca para outra, mas, mesmo que pareçam diferentes, todas têm os mesmos ingredientes essenciais para garantir uma boca saudável e um hálito fresco

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

11

Função e porcentagem dos componentes da pasta de dente:

Componente Função Quantidade (%)

Abrasivo Lixar e limpar os

dentes 20 – 55

Corante Fornecer cor ao

dentifrício 1 – 2

Espumante Formar espuma 1 – 2

Umectante

Umidade e

consistência ao creme

dental

20 – 35

Aglutinante Une os componentes

do creme dental 1 – 3

Edulcorante Sabor ao dentifrício 1 – 2

Solvente

Dissolver os

componentes do

creme dental

15 – 25

Agente terapêutico Terapêutica 0 – 1

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

12

São pós, insolúveis em água, responsáveis pela limpeza adequada dos dentes.

Eles agem durante a escovação aumentando o atrito com os dentes sem danifica-los.

Esta ação promove uma espécie de esfoliação da camada mais externa dos dentes, retirando

toda a placa bacteriana.

Abrasivos: Exemplos: •Carbonato de cálcio (CaCO3); •Óxido de alumínio (Al2O3); •Dióxido de silício (SiO2):

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

13

Corante: É a substância química que confere cor ao creme dental. Dentre os diversos corantes utilizados, podemos citar a clorofila, responsável pela coloração verde.

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

14

Espumante:

Os surfactantes possuem uma parte hidrofóbica (apolar) e outra hidrofílica (polar). •A região apolar normalmente é uma cadeia de hidrocarbonetos. •Já a região polar, normalmente é iônica.

É um detergente que tem por função permitir a entrada da pasta nos espaços (fissuras) entre os dentes, removendo os detritos (sujeiras) presentes.

O laurilsulfato de sódio (um surfactante) é um dos compostos químicos mais utilizados para esse fim:

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

15

É usado para impedir a secagem da pasta, também responsável por melhorar o aspecto e a consistência do produto.

A glicerina e o sorbitol são os umectantes mais comuns, suas fórmulas estruturais são mostradas abaixo:

Umectante:

Sorbitol Glicerina

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

16

Aglutinante:

É usado para que os componentes líquidos e sólidos não se separem;

Auxilia na manutenção da consistência do dentifrício.

Um exemplo de aglutinante utilizado é a carboximetilcelulose, cuja fórmula estrutural é mostrada abaixo:

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

17

Edulcorante:

• São substâncias químicas que conferem sabor doce aos dentifrícios. • O sorbitol e a sacarina são os edulcorantes mais comumente encontrados.

Sacarina

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

18

Solvente:

Para dissolver todas as substâncias mencionadas é utilizada a água (H2O) substância química constituída apenas de hidrogênio e oxigênio.

Água

A QUÍMICA DA PASTA DE DENTE

19

Agente terapêutico:

• É um composto orgânico que tem função antibacteriana.

• O agente terapêutico mais importante, encontrado nos cremes dentais, é o triclosan, cuja fórmula estrutural é mostrada abaixo:

Triclosan

O DENTE

Os dentes, estruturas mineralizadas, esbranquiçadas e salientes, são muito importantes para a mastigação, proteção e sustentação de tecidos moles, para auxiliar na articulação das palavras e na estética facial.

Anatomicamente, o dente é composto por três regiões distintas: a coroa, o colo e a raiz.

Estruturalmente, é composto em sua maior parte pela dentina, que na coroa é coberta pelo esmalte e na raiz pelo cemento.

20

O DENTE

21

• A coroa, a parte visível do dente, responsável pelo processo de mastigação, é revestida pelo esmalte. • Já o colo é a região de transição entre a coroa e a raiz. • A parte interna do dente, que fixa-o no osso e suporta o impacto da mastigação é a raiz. • O esmalte do dente, que recobre a coroa, é uma fina camada com espessura de 2 mm, constituída pela fase mineral, composta principalmente por hidroxiapatita (Ca5(PO4)3OH) e pela matriz orgânica, constituída por proteínas e lipídios

A TEMIDA CÁRIE

A cárie dentária é uma doença infecciosa, transmissível e que causa a destruição do esmalte do dente pela ação de bactérias.

Essa doença é considerada o principal problema de Saúde Bucal, tanto nos países desenvolvidos quanto nos subdesenvolvidos, portanto, é um importante problema de saúde pública, atingindo muitas pessoas em todas as regiões brasileiras. 22

A TEMIDA CÁRIE

Com a industrialização e a urbanização das sociedades, houve uma expressiva expansão no mercado de açúcar, causando nos séculos XVIII, XIX e XX um grande aumento no aparecimento de cáries na população.

A cárie ocorre, principalmente, pela interação de três fatores.

Os fatores que propiciam o aparecimento da cárie são :

23

A TEMIDA CÁRIE

24

Após uma refeição, as bactérias existentes na boca decompõem

parte dos alimentos,

Ácido acético e o ácido láctico

A diminuição do pH leva à diminuição da [OH-]

A sua produção máxima após ingestão de alimentos doces

Ao início da cárie dentária

produzindo

sendo

e

O que leva

A TEMIDA CÁRIE

O esmalte do dente é constituído de um material muito pouco solúvel em água e cujo principal constituinte é a hidroxiapatita (Ca5(PO4)3OH).

Quando os íons cálcio, fosfato e hidroxila se ligam para formar a hidroxiapatita, está ocorrendo uma reação química chamada de mineralização. É esta reação a responsável pela formação do esmalte de nossos dentes.

A reação inversa é a desmineralização, que é a responsável pela deterioração do esmalte dos dentes e pelo aparecimento da cárie.

25

A TEMIDA CÁRIE

Principais ácidos formados na placa e suas fórmulas estruturais:

26

Ácido Fórmula estrutural

Ácido fórmico

Ácido acético

Ácido lático

Ácido succínico

O ÍON FLUORETO (F-)

27

O íon fluoreto é encontrado naturalmente na água de abastecimento e no solo.

É encontrado também nas Pastas de Dentes geralmente na forma do sal fluoreto de sódio (NaF). É eficaz na prevenção de cáries, pois passa a fazer parte do esmalte dos dentes ao se combinar com os íons fosfato e cálcio presente dando origem à fluoropatita.

O consumo de fluoreto através da água de abastecimento em concentrações adequadas (0,7 a 1,2 ppm), resulta na proteção contra o desenvolvimento da cárie.

A fluoropatita garante maior proteção contra cáries dentárias, pois inibe a ação de bactérias (que produzem ácidos lático e acético, por exemplo).

O ÍON FLUORETO (F-)

No processo da prevenção da cárie o íon fluoreto interfere no equilíbrio mineralização/desmineralização que envolve o esmalte dos dentes.

• Reação desmineralização/mineralização:

Ca5(PO4)3OH (s) ⇄ 5Ca2+ (aq) + 3PO43- (aq) + OH-

(aq)

• Na presença de fluor:

5Ca2+ (aq) + 3PO43- (aq) + F-

(aq) ⇄ Ca5(PO4)3F (s)

O íon fluoreto reage com certa quantidade dos íons cálcio e fosfato, resultantes do processo de desmineralização, formando um novo composto, a fluorapatita. Essa substância, que se agrega no esmalte do dente, torna-o mais resistente e menos suscetível à ação dos ácidos gerados pelas bactérias formadoras da cárie.

28

O ÍON FLUORETO (F-)

O único efeito colateral causado pela ingestão de flúor em excesso é a fluorose, uma alteração no esmalte do dente.

São manchas, em geral esbranquiçadas, que aparecem nos dentes por excesso de flúor.

29

HIGIENE BUCAL

Manter a higiene bucal é fundamental não só para os dentes e boca, mas para o corpo todo.

É preciso apenas criar uma rotina que fica tão simples quanto realizar as outras atividades diárias como lavar as mãos e comer, por exemplo.

Faz parte da higiene bucal:

30

•Ter uma escova de dentes por pessoa; •Escovar os dentes; •Higienizar a escova; •Passar fio dental; •Trocar de escova, pelo menos, 1 vez por mês; •Consultar o dentista frequentemente.

HIGIENE BUCAL

No recém-nascido, a limpeza deve ser feita com uma gaze ou fralda umedecida, em água limpa, para remover os resíduos de leite.

Isso favorecerá à gengiva crescer saudável e preparada para a primeira dentição.

À medida que a criança vai crescendo, os procedimentos mudam e por isso é tão fundamental que os pais consultem o dentista, para agirem da forma correta em cada etapa do desenvolvimento de seus filhos.

31

A boca dos bebês também precisa de cuidados:

HIGIENE BUCAL

Dicas para uma boa higiene bucal:

32

PASTA DE DENTES E SAÚDE BUCAL

33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Eduardo Motta Alves Peixoto; QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 8; “Elemento Químico” – 1998;

Líria Alves; BRASILESCOLA; “Química e o pH da boca – Deterioração dos dentes”; Disponível em: http://www.brasilescola.com/quimica/o-ph-boca-deterioracao-dos-dentes.htm ; (Acessado em 08/04 às 21:38 h );

Marcele Cantarelli Trevisan; “SAÚDE BUCAL COMO TEMÁTICA PARA UM ENSINO DE QUÍMICA CONTEXTUALIZADO”; Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Santa Maria; Disponível em: http://w3.ufsm.br/ppgecqv/Docs/Dissertacoes/MARCELE.pdf (Acessado em 01/03/2013 às 9:57 h; p. 17-38 e 120) – 2012;

Roberto R. da Silva; Geraldo A. Luzes Ferreira; Joice de A. Baptista e Francisco Viana Diniz; QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Nº 13; “Química e conservação dos dentes” – 2001;

Teixeira, K. I. R.; Bueno, A. C.; Cortés, M. E.; QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Nº 3; “Processos Físico-Químicos, no biofilme dentário, relacionados à produção de cárie” – 2010.

34