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Ano XXI • Nº 244 Director: Paulo Pimenta JULHO 2009 Preço 1.25 e (IVA incluido) OEIRAS: 21 442 51 00 OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas) PAÇO D’ARCOS: 21 442 27 17 CAMPANHA ESSILOR Na compra de lentes progressivas, oferta de lentes coloridas para ver ao longe RUA JOSÉ JOAQUIM DE ALMEIDA 571-A 2776-650 CARCAVELOS TEL.: 21 457 01 19 CAMILO DESDE 1956 Saldos 50% PRONTO A VESTIR HOMEM E SENHORA Temos tamanhos grandes Saldos até “Só fazemos aquilo que é do interesse do munícipe” Queluz regressou ao passado com Feira Setecentista Polícia Municipal de Cascais tem Equipa Verde página 6 páginas 12-13 Inaugurado Palácio do Egipto páginas 14-15 páginas 4-5 Gabriel Oliveira Vereador da CM Amadora Gabriel Oliveira Vereador da CM Amadora

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Page 1: Gabriel Oliveira regressou ao passado com Feira · cerca de 4.000 metros quadrados e apresenta um percurso histórico que fez de Oeiras o que a organização define como “um concelho

Ano XXI • Nº 244

Director: Paulo Pimenta

JULHo 2009

Preço 1.25 e (IVA incluido)

OEIRAS: 21 442 51 00OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas)PAçO d’ARcOS: 21 442 27 17

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Queluz regressou ao passado com Feira Setecentista

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páginas 12-13

Inaugurado Palácio

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páginas 4-5

Gabriel OliveiraVereador da CM AmadoraGabriel OliveiraVereador da CM Amadora

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� 27 Julho 2009Actual

História de Oeiras na FundiçãoEstá patente até 20 de Dezembro na Fundição de Oeiras a «Expo Celebrar Oeiras – passado, presente e futuro», iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Oeiras, no âmbito das comemorações dos 250 anos do Con­celho.Com design de Henrique Cayatte, a exposição «Celebrar Oeiras» tem cerca de 4.000 metros quadrados e apresenta um percurso histórico que fez de Oeiras o que a organização define como “um concelho exemplar, à frente do seu tempo”.Desde as raízes pré­históricas , passando pela elevação a concelho pelo Marquês de Pombal e Conde de Oeiras e pelo período negro em que Oeiras se vê parte do Concelho de Cas­cais por ser uma área manifestamente

republicana em finais do século XIX, até às mo­vimentações do 25 de Abril, a «Expo Celebrar Oeiras» mostra aos mais novos e lembra aos mais velhos as origens de um concelho que, já longe da característica de mero dormitório da capital, é um hoje modelo para o resto do país.Neste evento estão também patentes vários projectos como o Pavilhão Mul­tiusos do Alto da Boa Viagem, assinado

pelo arquitecto Tomás Taveira, um novo Par­que Desportivo, o par­que urbano em Quei­jas, o Centro Nacional de Ténis do Jamor e a urbanização da Fun­dição de Oeiras, num total de 26 projectos inseridos numa visão até 2020.De fora da exposição não podia ficar a po­sição privilegiada de Oeiras a nível nacio­nal: um concelho que

concentra a maior percentagem de licenciados e doutorados, o segundo contribuinte líquido nacional em colecta fiscal e a maior percentagem de cidadãos que vivem e trabalham no mesmo concelho.Até 20 de Setembro, a Expo Celebrar Oeiras poderá ser visitada entre as 14h00 e as 20h00 no Pavilhão da Refrige, na Fundição de Oeiras, en­quanto entre 22 de Setembro e 20 de Dezembro a exposição estará patente das 10h00 às 17h00. A mostra encerra à segunda­feira e tem entrada gratuita.

ACC defende o PatrimónioFundada em 1988, a Associação Cul­tu ral de Cascais (ACC) constituiu­se como ADEPA (Associação de Defesa do Património) e tem procurado atingir, ao longo destes anos, esse objectivo.É, por exemplo, conhecida a sua acti­vidade no plano arqueológico (esca­vações, prospecções e intervenções de emergência), na defesa do patrimó­nio edificado e na divulgação do pa­trimónio imaterial da poesia popular.De realçar também o apoio dado à re­cente edição, pela Junta de Freguesia de Alcabideche, da obra «Registo Foto­gráfico de Alcabideche e Alguns Apon­tamentos Histórico­Administrativos», da autoria de Guilherme Cardoso, Jorge Miranda e Carlos Teixeira.A ACC apoiou igualmente o estudo de âmbito arqueológico incluído no

livro «A Casa de Azulejos de Cascais – De Palácio Condes da Guarda a Paços do Concelho», uma das últimas publicações da Câmara Municipal de Cascais, já disponível na página da Associação, em http://sites.google.com/site/asscultcascais/ – onde, para além disso, poderá ser consultado o relatório de 2008, o prefácio ao livro sobre Alcabideche, textos sobre o património cultural cas­calense e outras informações acerca da sua actividade.Prevê­se que, para 14 de Novembro, com a colaboração da autarquia, de­corra no Centro Cultural de Cascais uma jornada comemorativa dos 20 anos de actividade da Associação, ao mesmo tempo que se evocará, então, a memória de João Cabral, preco­cemente falecido há um ano.

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A Associação de Artistas Paço de Artes promoveu no passado dia 28 de Junho, no âmbito do seu 13º aniversário, um passeio fora de portas que incluiu uma visita ao Museu da Tapeçaria, em Portalegre.O agrado foi geral porque alguns dos visitantes desconhecia a existência do museu, bem como a técnica utilizada em quadros, igualmente em exposição no museu, de artistas plásticos nacio­nais e internacionais.O programa contou igualmente com um almoço de convívio entre todos os participantes, no restaurante Rolo, em Cabeço de Vido, onde foram apre­ciados petiscos e sobremesas tipica­mente alentejanas e formalizados di­versos votos para novas iniciativas, inseridas no contexto dos objectivos da Associação para com o grande público. A Associação Paço de Artes está pre­sente nas Festas do Senhor Jesus dos Navegantes, em Paço de Arcos, no Salão Nobre do Clube Desportivo, para divulgar as actividades que pro­move. O evento terá lugar durante o último fim­de­semana de Agosto e o primeiro de Setembro.

Paço de Artes comemora aniversário

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Actual �27 Julho 2009

Os Serviços Municipali­zados de Água e Sa­neamento (SMAS) assi­naram recentemente um protocolo com as Juntas de Freguesia dos Concelhos de Oeiras e Amadora, permitindo que, caso os SMAS não proce­dam a intervenções imediatas como reposi­ção de calçada ou subs­tituição de tampas de saneamento, as juntas de freguesia possam fazê­lo.O Administrador do SMAS, Nuno

O comendador Joaquim Baraona foi homenageado com a atribuição do seu nome a uma rotunda, em Cascais, constituindo um momento de destaque pelo seu empenho e de­dicação para com a co­munidade cascalense.“Homem bom das terras”, foi assim que o Presidente da Junta de Freguesia de Cascais (JFC), Pedro Silva, caracterizou Joa­quim Baraona logo após o descerramento da placa toponí­mica, e continuou: “Baraona viu-se obrigado a emigrar para o Brasil, onde fez obra reconhecida pelas autoridades brasileiras que o condecoraram e deram o seu nome a uma rua na cidade de Vitória. O comendador procurou, enquanto lá esteve, ser um elo de ligação entre a pátria portuguesa e o Brasil.” Joaquim Baraona admitiu que “em-bora tenha recebido algumas distinções ao longo da vida, nunca como hoje senti a carga emocional que me tirou o sono durante vários dias”. O próprio caracterizou­se como “devedor e não credor a Cascais (…) pois devo muito mais a Cascais do que Cascais me deve a mim.” Residente há 50 anos no concelho onde criou a família, salientou que “não foram os nossos méritos que nos trouxeram até esta rotunda, mas sim a afabilidade, o carinho e a generosidade dos cascalenses que nos adoptaram (…) e passaram a dar-nos o tratamento de filhos

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Joaquim Baraona tem nome em rotunda

legítimos, como se tivéssemos nascido no seio desta vila de reis e pescadores”. Antes de terminar, Joaquim Baraona referiu que “a rotunda não deve nunca motivar-nos orgulho ou vaidade” mas “humildade e gratidão (…) e que ela vos encoraje e vos incentive sempre o desejo, a vontade e o dever de darem algo de vocês como a vossa inteligência, o vosso saber e a vossa actividade em prol de Cascais.”António Capucho conclui a cerimó­nia, acrescentando que “a atribuição do seu nome à rotunda tem um enorme significado pois não se trata de uma simples rua mas sim de uma encruzilhada que representa um ponto de partida para diversos pontos fulcrais de Cascais”. O autarca confessou ainda que “sem-pre que os problemas estruturantes e estratégicos se põem, e sempre que pre-ciso de conhecer melhor questões que parecem de menor importância mas que têm impacto na vida das pessoas, aconselho-me com meia dúzia de pessoas e há um que nunca escapa, ele é Joaquim

Baraona.”Entre diversas pre­senças, a sessão de homenagem con­tou ainda com a Sociedade Musical de Cascais, com o Presidente da Câma­ra Municipal de Ourique, Pedro do Carmo, e com uma actuação do Grupo Coral de Ourique.

SMAS de Oeiras e Amadora assinam protocolo com Juntas

Campilho, salientou que “é um tra-balho que já vai para lá de dois anos de

conversas, negociações árduas mas muitos proveitosas e produtivas”. Acrescentou que “este acto veio acabar por colocar justiça numa situação que se arrastava já há algum tempo e que o concelho de administração dos SMAS de Oeiras e Amadora se lembrou de corrigir.”O presente acordo prevê igual­mente que todas as juntas de freguesia de Oeiras e Amadora passem a alertar os SMAS sobre roturas na rede, fugas de água, obstrução na rede de esgotos, entre outros.

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� 27 Julho 2009Entrevista

“Só fazemos aquilo que é do interesse do munícipe”

O Correio da Linha (C.L.) - Entre os seus pelouros constam a área de Obras Municipais, quais foram as mais importantes obras municipais desenvolvidas por este Executivo ao longo do último mandato?Gabriel Oliveira (G.O.) - São vá-rias, a começar desde logo pela conclusão, para breve, das obras profundas em quatro escolas, uma intervenção complicada visto que alguns dos equipamentos continuam em funcionamento. A Escola da Quinta da Conceição, por exemplo, está a ser alvo de uma profunda requalificação, não só ao nível da escola como dos espaços verdes, o que vai permitir aos moradores ganhar cerca de 150 lugares de estacionamento na zona envolvente. Além disso, estamos a concluir também as obras da escola Sacadura Cabral, Vila Chã e Miguel Bombarda. Esta última é também uma obra complicada pois a escola está inserida no meio de edifícios, adaptou-se o projecto ao espaço envolvente, e a intervenção vai possibilitar que aquela área tenha um equipamento escolar com muito boas características. Outra obra municipal relevante é a Biblioteca Piteira Santos, que há muito era aguardada pelos munícipes porque a anterior já não tinha as mínimas condições. Este espaço permitiu requalificar a Conde Castro Gui-marães e dignifica a Amadora e qual­quer espaço público deste país.C.L. – Pode-se dizer que houve uma clara aposta da CMA na Educação?

As obras municipais, as redes viá­rias e os espaços verdes do concelho são alguns dos pe­louros que couberam a Gabriel Oliveira, Vice­Presidente da Câmara Municipal da Amadora (CMA). Satisfeito com o trabalho que vem sendo desenvolvido desde 1998, o vereador aponta baterias à educação como a á­rea chave para o desenvolvimento a médio/longo prazo do con­celho.

• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R

Gabriel Oliveira, Vice-Presidente da C.M. Amadora

G.O. - Sem dúvida, foi uma aposta que começou em 1998 e que vai seguramente continuar no próximo mandato. É uma aposta ganha, cujos reflexos já se vão notando. Quando chegámos ao município, em 1998, a Amadora era conhecida pelos seus piores problemas, só tínhamos seis salas de pré-escolar, os miúdos ou ficavam em casa ou eram obrigados a ir para outros concelhos, enquanto hoje já atingimos a meta dos cem por cento para os miúdos dos quatro e cinco anos e estamos a envidar esforços para ter uma cobertura de espaços cada vez maior, que possam ir desde o berçário até aos 5 anos.C.L. - Quando fala em reflexos que se vão notando...G.O. - ...Não temos passado por problemas que outros concelhos como Loures ou Setúbal têm passado. Isso deve-se a uma forte mudança na política de educação da Amadora, os níveis de escolaridade aumentaram e os miúdos já se aperceberam que é mais importante estudar e trabalhar do que se dedicar a actos ilícitos. Estas atitudes demoram anos até estarem devidamente fortalecidas mas sentimos que temos vindo a dar a volta a esta situação. Entendemos que estes resultados são também o reflexo da demolição de quase três mil barracas e, tudo somado, faz com que a Amadora seja hoje um concelho bem mais tranquilo do que era há uns anos atrás.C.L. - A crise mundial limitou financeiramente a actuação do Executivo ou os principais projectos foram todos concretizados?G.O. - A Câmara da Amadora é, a par de Almada, a que tem melhor rácio financeiro. Pagamos sempre a tempo e horas, temos muito cuidado com as finanças, nunca entramos em loucuras nem prometemos o que não somos capazes de fazer. Graças a essa postura, não temos problemas financeiros que nos levam a ficar endividados, como acontece com outros concelhos vizinhos como Sintra, Oeiras, Cascais ou Mafra.C.L. - Fazem menos mas fazer bem...G.O. - Só fazemos aquilo que é do interesse do munícipe e não o

que é do interesse de alguns partidos políticos. Há quem nos acuse de não f a z e r m o s i n a u -gurações mas isso é uma questão de opção do presidente, já há muitos anos que só promovemos a abertura de uma ou outra coisa para não desbaratar o dinheiro municipal. Por outro lado, ao

nível do em-prego a Ama-dora tem ficado um pouco fora da crise que se tem veri -ficado a nível nac ional , há d o i s m e s e s atrás criámos mais de cinco mil postos de t rab a lho d i -rectos e dez mil indirectos com a abertura do Dolce Vita Tejo. Depois temos as obras do Metro que também se iniciaram recentemente em que abrimos mais 600 postos de trabalho e temos o Ikea que há cerca de 2 anos permitiu a entrada de mais 560 empregos. Por outro lado, também temos tido a sorte de a indústria farmacêutica que está localizada na Amadora estar a crescer e não a di-minuir. Evidentemente que, havendo mais mão-de-obra, haverá mais empresas a querer instalar-se aqui e, simultaneamente, mais população. Além disso, a CMA pretende implementar novos serviços nas freguesias da Falagueira e da Venda Nova para o sector terciário e estamos em crer que em breve irá surgir novas oportunidades de trabalho neste âmbito.C.L. - Tem também a seu cargo a área do Trânsito e dos Transportes, considera que a Amadora tem uma rede viária aceitável?G.O. - Tirando Lisboa, a Amadora é o c o n c e l h o c o m m e l h o re s acessibilidades que existe no país. Desde 1998, conseguimos realizar cerca de 90% do nosso PDM, a única parte de rede viária que nos falta é a zona da Falagueira que, sendo importante, não é fundamental para as questões do trânsito. De resto, conseguimos abrir todos os nós que pretendíamos para as vias principais, o que fez com que as vias que acedem à rede viária municipal tenham boas condições de tráfego. A única coisa que nos falta fazer, e aguardamos que o EP tenha outra disponibilidade para avançar para o projecto, é o desnivelamento do nó da 117. O EP está de acordo com o projecto mas não pôde ainda avançar para ele porque está com o da CRIL e não é possível fazer as duas obras ao mesmo tempo. Antigamente também tínhamos um hospital que não ligava à Amadora, só l igava ao IC19, entretanto fizemos uma ligação provisória do IC19 ao Lido e hoje em dia já é uma artéria com passeios e iluminação para os peões. Estamos também a fazer uma rede interna dentro da Amadora para que os nossos cidadãos possam fazer alguma actividade física porque, pelo que

vou vendo, há muita gente a querer correr na Amadora. Ao contrário de outros municípios que apostam nas bicicletas, nós temos apostado mais em circuitos pedestres. Há

alguns anos um conjunto de se nhoras residentes na Brandoa começou a utilizar a Estrada dos Salgados para descomprimir, com elas trouxeram outras senhoras, e hoje aquele passeio tem, a qualquer hora do dia, centenas de pessoas a caminhar entre a Brandoa e o Metro da Falagueira. Estamos a estender esta ideia a Alfornelos, a concluir a ligação da Brandoa ao Parque Aventura e acabámos de instalar equipamentos de manutenção física no Parque na Boba. Também defronte da Biblioteca Piteira Santos, no Borel ou no Bairro de Janeiro foi implantado este projecto e fico muito contente por ver que os munícipes perceberam qual o intuito da autarquia.C.L. - Voltando às redes viárias, mais concretamente à questão da CRIL...G.O. - Esse é um dos projectos de que mais nos orgulhamos, sempre dissemos que queríamos a CRIL em túnel, a oposição sempre quis a CRIL em viaduto, foi à conta dos governos PSD que houve atrasos substanciais na construção da CRIL

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Entrevista �27 Julho 2009

mas conseguimos provar que era a nossa solução que tinha pernas para andar e foi com este governo que esta situação avançou finalmente. Outro aspecto importante foi ter conseguido os nós que entendíamos necessários, o PSD achava que a CRIL só devia ligar Odivelas à Segunda Circular e vice-versa e que a Amadora só deveria ver o trânsito a passar. Mas, para nós, o mais importante era que os nossos munícipes tivessem acesso a essa via, que poderia funcionar como uma distribuidora de tráfego dentro da cidade tal como a Câmara de Lisboa fez com o Eixo Norte-Sul.C.L. - É responsável pelos Espaços Verdes da Amadora, considera que os existentes actualmente são suficientes para o bem-estar dos munícipes?G.O. - Temos vindo a apostar na construção de amplos espaços verdes no concelho, nomeadamente nas várias fronteiras com Lisboa. Aquilo que antes eram zonas de barracas que separavam a Amadora de Lisboa estão agora a tornar-se em zonas verdes, são quase 400 mil metros quadrados de áreas verdes de grande potencial. Dada a dimensão do projecto, este levará alguns anos até estar concluído porque esta ideia comporta recursos financeiros bastante elevados.C.L. - Dentro de quantos poderá estar concluído esse projecto?G.O. - Esperamos ter até ao final do ano uma parte já concluída, que é a correspondente às Estradas de Portugal. Depois temos a parte da Câmara que deverá ser feita na sua totalidade, ou pelo menos grande parte, no próximo mandato. Quando chegámos à CMA, a Amadora tinha cerca de 1,2m2 de zona verde por habitante, enquanto neste momento tem cerca de 7,8m2. Após a conclusão deste projecto, em 2013, pensamos ser possível ter cerca de 10m2 de zona verde por habitante, respeitando assim as normas comunitárias. Convém lembrar que este é, com excepção de São João da Madeira, o concelho mais pequeno do país e, assim sendo, o concelho mais denso do país e um dos mais densos da Europa. Apesar dessas densidades, e aproveitando todas as zonas verdes que temos ao nosso dispor, conseguimos respeitar as normas comunitárias.C.L. - Uma das ideias que mais celeuma tem levantado é a união do Parque Central da Amadora. Em que ponto está este projecto?G.O. - Uma das apostas ganhas por este executivo tem precisamente a ver com os parques da cidade. Tomámos uma opção diferente de tudo o que se faz no país, foi muito

contestada, como sempre, e depois entendida e aceite. Como político, o meu interesse é que os parques municipais sejam utilizados durante muitas horas, não quero parques como antigamente se faziam com o baloiço, o escorrega e a mola porque me parecem desactualizados. É importante a construção de parques onde as pessoas possam socializar e criem relações de vizinhança. Os espaços bem equipados permitem trazer até nós uma população que não conhecia a Amadora nem as suas potencialidades. O Parque Aventura, por exemplo, é, na minha opinião, um dos melhores parques do país, opinião partilhada por três primeiros-ministros que já nos visitaram: Durão Barroso, José Sócrates e António Guterres. Outro parque que resultou lindamente foi a Ilha Mágica do Lido mas aí optámos por outro conceito, no caso pelos desportos radicais. Temos ali uma pista de skate profissional que já recebeu três Campeonatos da Eu-ropa, um lago e um circuito de ma-nutenção para quem quiser correr, além de outros equipamentos.C.L. - Há uma área do Parque da Ilha Mágica que não parece concluída...G.O. - A parte que pertence ao território do município da Amadora foi feita mas, infelizmente, Sintra está há seis anos a dizer que vai cumprir a sua parte e até à data ainda não fez rigorosamente nada! Tendo em conta que uma fatia considerável da população que tira partido daquele parque reside em Queluz, não se entende a posição da Câmara de Sintra.

C.L. - Houve também quem se queixasse da alteração do sentido do trânsito naquela zona, junto ao Lido, que dá prioridade a quem sai da Amadora em detrimento da população de Queluz...G.O. - A via que lá está foi construída com o dinheiro da Amadora, os passeios foram feitos com o dinheiro da Amadora mas quem estava a

tirar maior partido da obra era o município de Sintra, nomeadamente quem reside ou trabalha em Queluz. Ora, se fomos nós que fizemos as obras não podemos penalizar os munícipes da Amadora com o trânsito que todos os dias sai de Queluz. Ainda assim, a pedido da Junta de Freguesia de Queluz, vamos colocar em breve semáforos para os munícipes da Amadora continuarem a poder sair do seu próprio concelho.C.L. - Voltando um pouco atrás na conversa, em que medida a união do Parque Central será benéfica para a Amadora?G.O. - O Parque Central era um espaço que, há alguns anos, se encontrava em estado de abandono e onde havia sérios problemas de segurança, que nos levaram a tomar uma medida muito contestada na altura: tirar toda a vedação e gradeamento do parque, que há alguns anos, ele era utilizado para lutas de cães. Depois tínhamos ainda o problema do lago, que não tinha drenagem pelo que a água era escoada através de bombagem. A água não respirava, estava sempre com péssima qualidade e mau cheiro. Depois tínhamos o problema de ter ali dois pequenos parques, separados por uma estrada, solução que no nosso entender não fazia sentido. Elaborou-se o projecto e só não conseguimos juntar a zona da estátua Zeca Afonso porque temos ali a via principal. Juntámos os dois parques, reequipámo-lo e pusemos ali uma rede de rega nova. O lago há-de ter utilização lúdica, queremos que os miúdos possam ali praticar remo ou brincar com jangadas e isso será possível porque a água é tratada. O Parque Central terá ainda alguma restauração, recebendo também o edifício do Centro Ambiental da Amadora, que está neste momento em construção, bem como uma forte iluminação, para assegurar um maior sentimento de segurança a quem ali passa no período nocturno.C.L. - Um projecto que também estará quase concluído é a pista de ski...G.O. - Assim é, a pista deverá abrir no próximo dia 12 de Outubro e, uma vez mais é um projecto muito criticado pela oposição, apesar de desconhecerem as suas componentes básicas. Trata-se de um projecto de iniciativa privada, em que o investimento da Câmara é zero e que será explorado futuramente pelo Radical Skate da Amadora, que está sedeado em Alfornelos. Acho estranho criticar-se um projecto que não trará custos à Amadora, vai trazer sim milhares de pessoas

ao nosso concelho e vai cativar jovens da Amadora a dedicarem-se a este desporto. Todos os concelhos gostam de ter a sua marca a nível nacional e um dos desportos mais praticados a nível mundial mas ainda sem grande expressão a nível nacional é precisamente o ski. Basta ver o número de lisboetas que se deslocam à Serra da Estrela, à Serra Nevada ou a Andorra nos meses de neve para constatar que este projecto vai possibilitar a criação de turismo na Amadora. Aliás, já está programada a construção de um hotel na zona da Serra de Carnaxide, bem próximo da pista de ski. Convém ainda referir que este equipamento terá preços módicos, de maneira a possibilitar que toda a gente, nomeadamente os munícipes da Amadora, possam praticar esta modalidade, caso queiram.C.L. - Como vai funcionar a pista de ski?G.O. - Irá funcionar com água. As pessoas vão deslizar num tapete macio de cor branca para dar a ilusão de que é neve, esquiando assim com todas as garantias de segurança. A água virá de um poço, nem sequer é água dos SMAS, e permitirá tirar o atrito possibilitando que as pessoas esquiem num espaço de lazer, de família.C.L. - Que balanço faz destes quatro anos de mandato na Vice-Presidência da CMA?G.O. - É um balanço muito positivo, ainda que haja muita coisa para fazer e é isso que pretendemos apresentar ao sufrágio dos eleitores. Temos novos projectos, uma nova ideia de cidade, para que a Amadora seja uma cidade para todos e vivida por todos. No futuro, queremos apostar nos mais novos, haverá com certeza muito menos alcatrão porque já temos grande parte das vias feitas e mais espaços verdes para que os cidadãos da Amadora tenham mais qualidade de vida! Desafios não faltam para continuarmos a trabalhar em prol dos amadorenses, cada vez com mais energia.

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� 27 Julho 2009Reportagem

têm demonstrado sempre uma enorme apetência por este tipo de iniciativas, acorrendo sempre em grande número, sendo que de ano para ano a afluência de público tem vindo sempre a aumentar, superando nesta edição as nossas melhores expectativas.”A organização do evento preocupou-se igualmente com a perservação do ambiente, chegando a dissimular todos os caixotes do lixo que, ao longo dos três dias, se mostraram envoltos em serapilheira.Do programa constou ainda uma peça de teatro com marionetas para pessoas de todas as idades e uma adaptação teatral da peça “Assembleia ou Partida”, de Correia Garção, que encerrou assim a Rota das Feiras de 2009.

O Largo do Palácio Nacional de Queluz foi palco entre 17 e 19 de Julho da Feira Setecentista, uma recriação do século XVIII organizada pela Câmara Municipal de Sintra (CMS) e pela Junta de Freguesia de Queluz (JFQ), encerrando assim a segunda edição da Rota das Feiras que contou anteriormente com a Feira Romana, Feira Medieval e Torneios Medievais a Cavalo. A Feira Setecentista, com animação a cargo da Câmara dos Ofícios, recebeu malabaristas, zaragatas entre agua-deiros galegos que saciavam a sede dos populares, duelos de varapau, passeios da cadeirinha que fascinavam

Texto: Jorge Cordeiro • Fotos: J.C. e J.R.

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as crianças que nela se sentavam, gru-po das gaitas que animavam a Feira com mú­sica e Nobres em passeio, que se apresentavam constantemente ao povo como Marquês Gervásio de Meneses e Marquesa Genovesa de Meneses, trajados com elegância, voz aguda, vocabulário rico e frases em uníssono, o casal de Nobres circulava pela feira em busca do seu «Emboca Bolas» perdido, um jogo que, segundo o mesmo, “está muito na moda em Paris” mas que “o povinho não sabe certamente do que se trata”. À medida que se apresentavam aos visitantes da feira, obrigavam-nos a fazer uma vénia para realçar a classe superior de

onde vinham, um gesto típico do século XVIII.O pão com chouriço, feito em forno a lenha pela equipa de Horácio Patrão, foi mais uma forma de remontar aos tempos passados e de deliciar os dois Nobres e os milhares de visitantes que fizeram fortes elo­gios à sua qualidade e ao sabor. Foi o mesmo que fez referência à im-portância que a Feira tem para o concelho, pois “as

pessoas podem conviver e perceber como era a cultura do século XVII ao XVIII.” Noutra parte do recinto, Franky lia as mãos às pessoas e lançava cartas tarô, dando a conhecer, aos menos cépticos, previsões sobre o futuro, tendo chegado a animar um dos aguadeiros, Miguel Simões, que após uma breve consulta disse aquilo que lhe aconteceria nos próximos tempos,

e o vidente estava seguro do que dizia, falasse ele de amores, dinheiro ou doenças. A Feira Setecentista apresentou aos seus visitantes a cerâmica, escultura, tanoaria, bijutaria, fiação e registos de arte sacra. Entre aqueles que valo-rizavam o produto nacional, encon-trava-se duas simpáticas feirantes que tinham artesanato e brinquedos para os mais pequenos, e os vendedores de licor que levavam o pú­blico a provar, em copos de chocolate, a ginja vinda de Óbidos.O Presidente da Junta de Freguesia de Queluz, António Barbosa de Oli-veira, olhou para a feira como “uma aposta ganha” pois “este é o segundo ano que as pessoas aderem, já começando a habituar-se à presença desta feira (…) que, por decisão da Câmara Municipal de Sintra, sofreu um aumento no número de vendedores e no próprio espaço do recinto”. Foi o mesmo que assistiu a um “terreiro sempre cheio”, salientando que “é muito bom para animar as pessoas que com a crise saem menos para fora, tendo a oportunidade de vir gratuitamente à Feira Setecentista e passar uma tarde animada.”Ao longo da Feira, o Pre-sidente da Junta de Fre-guesia de Queluz procurou estar perto da cultura da época setecentista, su-blinhando que “a animação e a forma como o povo pen-sava e reagia está bem re-presentada na encenação que os vários artistas do concelho têm feito.”O autarca chegou a ser interpelado por alguns jovens vestidos a rigor à época que, representando de improviso, souberam proporcionar momentos de muita animação, ao som de fundo dos tambores e dos gaiteiros de foles.Na Feira Setecentista marcaram ainda presença o vereador da CMS, Luís Patrício, e a chefe da Divisão de Animação Cultural do mesmo município, Rosário Miranda, tendo o primeiro afirmado que “as pessoas

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� 27 Julho 2009Cascais

Baiuka-Bar remodelado

O Restaurante Baiuka Bar, localizado no Paredão de Cascais-Estoril, pro-cedeu recentemente a obras de me-lhoramento das suas instalações de forma a manter-se de acordo com as regras de higiene mas também para alteração da decoração interna: “Instalámos um ar condicionado na sala e remodelou-se a decoração da casa, bem como o telhado. Também a área do balcão sofreu algumas alterações, assim como a cozinha que é completamente transparente para o público ver os alimentos a serem cozinhados na hora”, explica Paulo Figueira, proprietário do Restaurante.A funcionar há 17 anos, o Baiuka Bar tem no peixe grelhado em carvão a sua principal especialidade: “Todo o nosso peixe é nacional, desde a sardinha ao carapau, dourada, robalo, etc. Também temos alguns pratos de carne mas o peixe é efectivamente a nossa especialidade”, corrobora.Nas bebidas, Paulo Figueira destaca a “sangria branca e de espumante”, en-

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umas Boas Férias.

A PresidenteZilda Costa da Silva

quanto nas sobremesas o forte são as “tartes caseiras”. Com 160 lugares sentados, este espaço prima por um atendimento simpático e eficiente, bem como por uma paisagem de cortar a respiração, com a Praia das Moitas (Monte Estoril) como pano de fundo. Outro aspecto interessante deste espaço gastronómico é o facto de disponibilizar uma área para expor obras de arte: “Neste momento, o Baiuka Bar tem patente uma exposição de pintura a óleo de um artista brasileiro mas também é comum expor fotografia neste restaurante. Aliás, já editámos dois livros de fotografia e estamos agora a tentar editar o terceiro, com o apoio da Cascais Atlântico. Recentemente, realizámos também uma exposição colectiva de fotografia na Lota de Cascais, em que inclusive participei com diversos trabalhos fotográficos”, revela.Durante os meses de Junho, Julho e Agosto, o Restaurante Baiuka Bar vai estar aberto das 09h00 às 24h00, com cozinha aberta das 11h00 às 22h30.

Um serralheiro em CascaisO nome da serralharia, «A Moderna de Cascais» contrasta com o espaço já antigo, onde os utensílios usados e as paredes por pintar nos contam alguma da história desta serralharia, que há mais de cinquenta anos per-tence a Luís «Serralheiro».De trato fácil, sorriso franco e uma disponibilidade cativante, Luís Serralheiro mostra-nos um pou-co do seu ofício, que cada vez de-sempenha com mais dificuldade: “Estou com 71 anos, já estou reformado mas continuo a trabalhar para ganhar mais algum, porque a reforma é pequena. De qualquer forma, hoje em dia isto já é quase só um passatempo para mim”, explica.A serralharia do senhor Luís está situada na Rua Monte Carmo, 22, na zona mais antiga de Cascais. É lá que continuam a ser feitos portões, portas ou grades para janelas, sobretudo em ferro ou alumínio. Contudo, hoje em dia já nada é como dantes. O ne-gócio está muito mais fraco e Luís Serralheiro culpabiliza as grandes su-perfícies pelo afastamento dos clien-tes: “O negócio agora nem se pode com-parar com o de há 50 anos atrás! Isto está muito complicado, aparece muito menos trabalho mas temos que continuar a lutar. As grandes superfícies vieram acentuar a crise, que não afecta só este ramo, está mau em todo o lado”, adianta.O negócio está cada vez mais fraco e o nosso entrevistado admite todos os cenários no futuro, inclusive encerrar portas: “Qualquer dia isto acaba, o edifício é vendido e o ofício acaba.

É lógico que tenha pena se esse dia chegar mas a idade também já não me permite trabalhar como antes”.Hoje em dia, Luís Serralheiro tem o apoio intermitente do filho, que vai auxiliando na feitura das encomendas no seu tempo livre: “Quando pode, ele vem para aqui ajudar-me a fazer algumas coisas, chegou a trabalhar comigo durante dez anos mas entretanto teve de sair e procurar outra coisa porque este ramo não está fácil”, assume. Nascido e criado no concelho de Cascais, Luís Serralheiro assegura-nos que “nasci para trabalhar nisto, com 11 anos já trabalhava neste ramo no Monte Estoril, estive lá até ir para a tropa e depois vim para aqui trabalhar por conta de outra pessoa. Ao fim de três anos fiquei com a serralharia e por cá continuo”, conta-nos bem-disposto. Apesar das dificuldades e dos obstáculos que vão surgindo,

Luís Serralheiro assegura que, se sou-besse o que sabe hoje, voltaria a apostar nes-ta área profissional: “Antigamente a malta ia toda para o campo mas eu quis dedicar-me a este ofício, não me arrependo da decisão porque gosto do que faço mas a idade já vai pesando bastante”, conclui.

Texto e Fotos: Pedro Quaresma

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Cascais �27 Julho 2009

Festas do Mar trazem alegria a CascaisA temperatura promete estar ao rubro no centro de Cascais, nos últimos dias de Agosto, por ocasião de mais uma edição das Festas do Mar, que irão trazer à vila vários artistas capazes de arrastar autênticas multidões.Organizadas pela Câmara Municipal de Cascais (CMC), em colaboração com a Associação de Armadores e Pescadores de Cascais (AAPC) e com a Associação de Profissionais da Pesca (APP), as festividades desenrolam-se entre 21 e 30 de Agosto, na Baía de Cascais.Mickael Carreira será o primeiro a subir ao palco, actuando no dia 21, enquanto no dia seguinte será a vez de David Fonseca encantar os presentes com as suas músicas. Seguem-se as

bandas dos Morangos com Açúcar no dia 23 e o grupo Ténis Bar no dia 24. As festas prosseguem depois com o fado de Joana Amendoeira (25), Pólo Norte (26), Rita Guerra (27), The Gift (28) e João Pedro Pais (29). O conceituado Rui Veloso encerra as festas a 30 de Agosto, sendo de realçar que todos estes espectáculos podem ser ouvidos e apreciados gratuitamente.Do programa oficial das festas faz igualmente parte a Procissão «Terra e Mar», organizada pela AAPC e pela APP, agendada para as 16h00 do dia 23.O jornal O Correio da Linha falou com António Ramos, Presidente da AAPC, que nos salientou que será muito difícil fazer uma estimativa prévia de quantas pessoas poderão acorrer a Cascais por ocasião das Festas do Mar: “É muito difícil fazer essa contagem mas pensamos que o Mickael Carreira, por exemplo, vai conseguir atrair tanta gente quanto o pai atraiu no ano passado, ou seja, mais de 70 mil pessoas.Sobre o único evento das Festas do Mar cuja responsabil idade organizativa não pertence à autarquia, António Ramos explica-nos que “a procissão é constituída por oito imagens que são instaladas em andores enfeitados por varinas, sendo que cada associação de

pescadores terá direito a quatro andores. A procissão sai da igreja da freguesia e faz o habitual percurso terrestre, e depois vai ao pontão às 16h00, que é quando a maré está cheia. As embarcações e as imagens costumam ir até à Guia, tornam a vir, descarregam-se os andores e faz-se depois a segunda parte da procissão terrestre”, indica.Para o responsável, são vários os motivos para a população não deixar de marcar presença nas Festas do Mar: “Para além da programação musical, que é excelente, estas festas têm uma óptima organização por parte da CMC e são umas festividades pacíficas, onde nunca houve problemas

Texto: Pedro Quaresma • Fotos: A.P.C.

de segurança, apesar de sempre vir a Cascais imensa gente. São umas festas familiares, em que as pessoas vêm e se divertem”, concluí.

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10 27 Julho 2009Cascais

Centro Hípico tem cavalos terapêuticos

O Centro Hípico da Costa do Estoril foi criado em Agosto de 2000 e desde então que recebe alunos portadores de deficiência para sessões de hipote­rapia – aulas terapêuticas assistidas por cavalos. Entre as diversas insti­tuições que têm parceria com o Centro, foi o Centro de Educação para o Cidadão Deficiente (CECD) que levou um grupo de 17 elementos para mais uma dessas aulas, a qual O

O Centro Hípico da Costa do Estoril (CHCE) recebe semanal­mente pessoas especiais vindas de várias instituições para aulas de hipoterapia, tendo como seus “médicos” os cavalos. Os resultados falam por si mesmo e têm vindo a surpreender pais e funcionários.

Correio da Linha teve a oportunidade de assistir.Os alunos chegaram impacientes ao Pica­deiro da Escola, local onde estava prestes a iniciar­se a sessão e manifestaram­se desejosos de reen­contrarem Nepal, o cavalo com quem têm habitualmente as aulas. Todos tiveram oportunidade de mon­tá­lo e de esboçar so­rrisos por tudo aquilo

que estavam a sentir e, se pudessem, guardariam para sempre aqueles momentos nas suas algibeiras. Foi organizado um pequeno concurso para avaliar o progresso que cada um deles teve ao longo das aulas e Paulo, jovem e tímido, foi quem recebeu a medalha de primeiro lugar, acompanhado de aplausos daqueles que ficaram à espera pelas restantes classificações. Aborreceram­se so­mente com a chegada da carrinha para os levar de volta ao CECD.O Centro Hípico foi fundado por San­dra Nebgen Dias da Cunha, directora administrativa, de 41 anos, e Michele Cristóvão, directora técnica, de 36. Na altura, contava apenas com três funcionários, as duas fundadoras e um tratador de cavalos. Hoje, passa­

dos nove anos, já dá trabalho a cinco tratadores, seis professores e alguns administrativos que suportam uma escola que recebe duas centenas de alunos, número que, anualmente, tem crescido 20 por cento desde 2005.A ideia das sessões de hipoterapia surgiu ainda antes da existência do CHCE. O Centro Hípico que as duas fundadoras frequentavam an­teriormente não aceitava alunos com deficiência, o que as levou a agarrarem­se a este projecto. Michele Cristóvão na dinâmica e Sandra Dias da Cunha na organização, as duas amigas que jamais imaginavam tra­balhar juntas, acabaram por criar uma sociedade que “tem resultado na perfeição.”Foi mais tarde que surgiu no projecto Teresa Silvestre, de 29 anos, que é actual assistente de monitor com formação especial em hipoterapia. Teresa Silvestre é apaixonada por trabalhar com deficientes. “Entrei como trabalhadora temporária, já lá vão oito anos e meio. Comecei a ajudar na hipoterapia e desde então que fiquei por cá”, confessa.A responsável faz a distinção entre os três géneros de hipoterapia: hipo­terapia, equitação terapêutica e equi­tação adaptada. Na hipoterapia, dirigida aos que sofrem de deficiências profundas e que têm um controlo mo­tor insuficiente, os “utentes” recebem estímulos do próprio cavalo e são acompanhados em simultâneo por terapeutas, responsáveis pela sessão. “Como monitora intervenho pouco e responsabilizo-me apenas pela segurança, estado de saúde do cavalo e se é ou não adaptado ao problema”, acrescenta.Apesar de manter a componente da hipoterapia, a equitação terapêutica destina­se àqueles que já têm algum controlo físico e noções de equitação, conseguindo não só receber estímulos como também dá­los ao cavalo. Na equitação adaptada, de nível mais avançado os alunos sentem um à­vontade maior e chegam a participar em competições. Ana Veiga é um desses casos. Começou do zero e recentemente conquistou o segundo lugar no campeonato

nacional, posição que lhe deu direito a participar no campeonato europeu a ser realizado na Noruega. Com muita determinação e poucas possibi­lidades financeiras, as despesas que iriam rondar os oito mil euros colocaram um ponto final no sonho de participar. Os resultados da hipo­terapia não deixaram de se revelar positivos. O tratamento tem surpreendido não só os funcionários do CHCE como também os pais dos alunos inscritos que assistem a resultados milagrosos. Sandra Dias da Cunha comprova­o: “Tinha um aluno autista que não dizia uma única palavra. Começou a mostrar um cavalo de plástico aos pais e a repetir constantemente a sílaba «ca», de cavalo presumia-se. Era óbvio que queria contactar com os cavalos. Acabou por frequentar as sessões, por dizer palavras e hoje em dia chega a dizer frases!”Sandra Dias da Cunha fascina­se com o efeito que os equinos provocam nas pessoas. Alunos que sofrem de espasmos constantes relaxam assim que começam a montar, e os mais inactivos, como é o caso dos que têm uma reacção muscular reduzida e que por vezes estão em cadeira de rodas, ganham energia dada a necessidade de se equilibrarem no cavalo. Os pro­blemas ficam sempre por terra.Para além da hipoterapia, o CHCE abre portas a alunos não­deficientes que podem aprender a montar através de diferentes níveis – pónei, volteio e lições de grupo –, para aperfeiçoar e competir através de cursos, lições avançadas, concursos internos e con­cursos nacionais, ou simplesmente ocu­par os seus tempos livres nas férias. O projecto futuro do CHCE é expandir­se para concursos internacionais mas, enquanto essa ideia não for uma realidade, os efeitos das sessões terapêuticas continuarão a marcar a diferença e a provar que, dentro do Centro, o cavalo é o melhor amigo do Homem.

Texto e Fotos: Jorge Cordeiro

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Teresa Silvestre, dá aulas de hipoterapia Sandra da Cunha

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Cascais 1127 Julho 2009 • Texto e Fotos: Pedro Quaresma

Uma feira para todos os gostos

O Presidente da Câmara Municipal de Cascais (CMC), António Capucho, e o Presidente da Turismo Estoril, Duarte Nobre Guedes, inauguraram no passado dia 2 de Julho a 46ª edição da Feira de Internacional de Artesanato do Estoril.Perante dezenas de convidados, nomeadamente vereadores da CMC, Presidentes de Junta e dezenas de artesãos, António Capucho explicou, num discurso muito breve, que “a crise internacional também nos atinge mas a parceria entre a CMC e a empresa municipal Turismo Estoril proporcionou que este ano actuássemos em contraciclo, ou seja, este é o ano em que o nosso investimento em animação nesta feira foi mais significativo. Acredito que essa aposta nos vai trazer frutos a curto e médio prazo e é com muito orgulho que declaro aberta a FIARTIL 2009”, referiu.Já Duarte Nobre Guedes começou por se referiu à FIARTIL como “um marco incontornável na animação do Estoril, que espero que traga muita alegria e boa disposição a quem a visita”. O responsável salientou depois que “a nossa feira apresenta-se como um completo mostruário do que mais genuíno Portugal tem e pode oferecer, não apenas à população local, mas a todos aqueles que tenham o gosto e a possibilidade de

visitar a feira durante este período”.Ao todo, serão 280 os artesãos que irão passar pelos 104 pavilhões do certame, que inclui também três restaurantes, três bares e uma padaria: “Apostamos na qualidade para consolidar o Estoril como destino de excelência”, indicou Nobre Guedes.O responsável máximo da Turismo Estoril recordou, por outro lado, que esta será a primeira FIARTIL que não será organizada pela já extinta Junta de Turismo da Costa do Estoril (JTCE): “Dada a incompreensível extinção da JTCE, a empresa municipal Turismo Estoril assegura não apenas esta realização mas também toda a política de desenvolvimento e promoção turística do mais antigo destino turístico de Portugal, o Estoril. A Junta morreu mas o seu sucessor está vivo, de boa saúde e recomenda-se! O Turismo Estoril, apesar de todas as vicissitudes orçamentais verificadas, que passam por uma acentuada diminuição na atribuição das verbas destinadas ao desenvolvimento da nossa estratégia, continua a trabalhar com um forte sentido de responsabilidade e optimismo”, assegurou.No final dos discursos, a comitiva liderada por António Capucho e Duarte Nobre Guedes visitou o

recinto da feira, tendo cumprimentado, um a um, os artesãos presentes. Entre os vários stands, destaque para o «Lugar dos Sonhos», onde o autarca e os demais convidados foram recebidos com mú­­sica e boa disposição por piratas, princesas e palhaços. Re­corde­se que este espaço gratuito estará disponível durante toda a feira, local onde as crianças podem divertir­se enquanto participam em ateliês, jogos e peças de teatro, sempre sob a vigilância de técnicos especializados.Haverá sempre muita animação no recinto situado em frente ao Centro de Congressos do Estoril, onde os visitantes têm a possibilidade de apreciar a arte de artesãos a trabalhar ao vivo materiais como a madeira, o vidro ou o barro.Para além da zona expositiva, a 46ª edição da FIARTIL oferecerá também aos seus visitantes um programa musical bastante variado, com exi­bição de grupos etnográficos e ranchos folclóricos, orquestras, bandas filarmónicas, jazz e fado. Ma­falda Arnault, Hélder Moutinho, Raquel Tava­res ou Joana Amendoeira são alguns dos artistas convidados para actuarem no palco da feira de artesanato.Até 30 de Agosto, a FIARTIL poderá ser visitada de segunda a sexta­feira das 18h00 às 24h00 e aos fins­de­semana e feriados entre as 17h00 e as 24h00.

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12 27 Julho 2009Cascais

O dia da Equipa Verde começa ce­do, por volta das 08h00. Os quatro elementos reúnem­se no edifício da Polícia Municipal, onde já têm à sua espera uma planificação para todo o dia. Para esta manhã está previsto o habitual patrulhamento no PNSC, bem como a visita a vá­rios locais onde existem animais alegadamente vítimas de maus tratos ou potencialmente perigosos.Composta por quatro elementos, a denominada Equipa Verde está vocacionada por responder a ques­tões relacionadas com poluição dos solos (despejos de entulhos), poluição de águas (descargas em ri­beiras), poluição sonora (ruído de estabelecimentos ou actividades rui­dosas temporárias), fiscalização da fauna (licenciamento e/ou recolha de animais), limpeza de terrenos e abate de árvores, vigilância das zonas mais sensíveis do concelho (com es­pecial destaque para o PNSC), sen­sibilização ambiental e fiscalização dos regulamentos dos espaços verdes e resíduos sólidos urbanos.O agente Armando Pimentel é o coordenador da Equipa Verde, que é composta tam­bém pela sub­coor­denadora Sónia Silva e pelos agentes André Coimbra e Cláudia Pinto (que à data da reportagem se en­contrava de férias). A primeira intervenção da manhã mais não é que uma patrulha de visibilidade ao PNSC, onde a Equipa Verde interage com entidades tão diversas como a Agência Casca is Natura, o SEPNAS, os corpos de bombeiros ou os guardas florestais.

Em Março de 2008 o município de Cascais criou na Polícia Municipal uma equipa especial, destinada a responder ao ele­vado número de denúncias e reclamações sobre ilícitos ambientais. De segunda a sex­ta­feira, os quatro agentes des­tacados para esta missão pa­trulham todo o concelho, dan­do especial enfoque ao Parque Natural Sintra­Cascais (PNSC), que cobre cerca de um terço do território municipal. A convite do Director da Polícia Municipal de Cascais (PMC), Domingos Antunes, o jornal O Correio da Linha acompanhou a Equipa Verde ao longo de uma manhã e observou in loco o importante trabalho desenvolvido por estes agentes.

• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e PMC

Os patrulhamentos bi­diários ao Parque Natural procuram, antes de mais, evitar a poluição dos solos e das ribeiras mas serve também como forma de prevenção de eventuais incêndios florestais naquela mancha verde. “O Parque Natural tem sido alvo de despejos e abates ilegais de árvores, corridas de jipes e motas, além do abandono de animais domésticos e queremos evitar todas essas situações”, corrobora Armando Pimentel.Poucos minutos após o início do pa­trulhamento, o jipe da Polícia Muni­

cipal depara­se com dois ciclistas que percorrem vagarosamente as estradas do Parque Natural: “São voluntários da Cascais Natura, que nos ajudam a patrulhar o parque de bicicleta”, explica­nos a agente Sónia Silva. Nem dois minutos depois, encontramos vários voluntários do Projecto Guarda­Rios, também da responsabilidade da Cascais Natura, no meio da vege­tação, que ajudam a desmatar. “É um projecto que começou no início de Julho, estará a decorrer até ao final de Setembro e consiste na monitorização da ribeira, identificando com o GPS pontos de entulho e vegetação invasora. A segunda fase do projecto consiste em voltar ao início da ribeira, percorrê-la a pé, recorrer lixos e intervir nas canas e nas silvas que estejam a invadir a ribeira”, esclarece

Joana Martinho, Coordenadora do Projecto Guarda­Rios.O patrulhamento prossegue por vários trilhos sinuosos, restritos a veículos civis. Lentamente, afastamo­nos do alcatrão da estrada para mergulhar no coração do Parque Natural, cuja preservação é prioridade para esta equipa.No Pisão fazemos uma nova para­gem, agora junto a uma casa há muito abandonada mas que em breve será reabilitada: “O Senhor Vice-Pre-sidente Carlos Carreiras e o Director Geral da Mota Engil, Jorge Coelho, assi­naram recentemente um protocolo para recuperação deste local”, conta­nos o agente Armando Pimentel. Aqui, voltamos a encontrar mais alguns «ciclo­voluntários» da Cascais Na­tura, em plena patrulha ambiental.É tempo de deixar para trás os trilhos do Parque Natural e rumar a um dos extremos do concelho, mais concretamente à Quinta do Barão, em Carcavelos, às portas de Oeiras: “Recebemos uma denúncia anónima de que dois indivíduos que moram numa barraca têm um cão e que batem no animal sempre que se embebedam”, justifica o coordenador. À chegada ao local, deparamo­nos com um muro relativamente alto que esconde uma entrada ilegal que, por sua vez, dá acesso a uma barraca, também ela ilegal, erguida num terreno municipal. Mas ao contrário do que havia sido denunciado, o cão, um arraçado de rottweiler, parece bem alimentado e sem marcas de maus tratos, mas tem um senão: não está vacinado, desparasitado nem registado.Depois de notificar um dos do­nos do animal, os três agentes

reú­nem­se e fazem o ponto da situação: “Verificámos que moram ilegalmente duas pessoas num terreno municipal onde até já têm uma barraca clandestina. Quando elaborarmos a nossa participação iremos informar o nosso director para dar o necessário despacho para a f iscalização vir verificar esta situação. Relativamente aos maus tratos do animal, estes não se verificaram, o cão estava bem tratado mas como o animal é cruzado de uma raça potencialmente perigosa teria que estar esterilizado e, como não está, terá que ser recolhido e levado para o canil municipal, que é o que vai acontecer amanhã”, explica o Coordenador da Equipa Verde.Concluída a acção, é tempo de rumar até Tires, onde nos espera nova situação com um cão de raça potencialmente perigosa cujos latidos motivaram uma denúncia anónima sobre alegados maus tratos. Ao chegar ao local, uma fábrica de borracha, deparamo­nos com um pitbull arraçado, preso, bastante nervoso e barulhento. Dois dos agentes tomam a dian­teira, identificam­se perante os proprietários e pedem para verificar toda a documentação de forma a constatar se o animal está, ou não, esterilizado.Além do Black, o proprietário tem naquela fábrica mais dois cães, o Max e Jú­nior. E felizmente, todos eles estão devidamente legalizados: “Está tudo em ordem com os cães, ao contrário de muita gente temos os animais por carinho e tratamo-los bem, no caso do Black é um cão que estava abandonado e que o meu pai recolheu, o facto de ser arraçado de uma raça potencialmente perigosa tem-nos dado

algumas dores de cabeça, admito que é um animal intimidador mas só se torna perigoso se for educado para isso e neste caso é um animal um pouco nervoso mas que brinca imenso connosco”, conta Fátima Mendes, filha do dono da fá­brica.Sorridente, o agente Armando Pimentel assegura que “estas são as situações que mais prazer nos dão, quando tudo está bem. Neste caso, o cão referenciado e s t a v a d e v i d a m e n t e

Domingos Antunes

Polícia Municipal de Cascais tem Equipa Verde

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Cascais 1327 Julho 2009

licenciamento... um cão «normal» pode originar coimas de 1.500 euros e estamos a falar das coimas mínimas”, recorda. Quem é possuidor de um animal de raça potencialmente perigosa “tem que o esterilizar, a menos que o animal esteja inscrito num clube de canicultura, para estar classificado como sendo um espécime para boa reprodução. Todos os outros animais têm que ser esterilizados e, se os donos não o fizerem, podem ser alvo de coimas elevadíssimas ou, em alternativa, ter que entregar o cão à guarda da autarquia e da Direcção Geral de Veterinária”, adianta.No que se refere ao Parque Natural, os meses de Verão são os mais complicados, “não só por causa das preocupações com possíveis fogos mas também porque é nesta altura que mais animais são abandonados. O Guincho e o Parque Natural são locais mais ermos, que nem sempre têm vigilância, e as pessoas utilizam esses locais para abandonar os seus animais. Isso origina outro problema que é a formação de matilhas que se podem tornar agressivas e que atacam pessoas, ou seja, aí não falamos apenas de um problema de saúde animal mas também de segurança pública”, recorda.Curiosamente, as polícias locais têm competência para as actividades ruidosas permanentes em estabe­lecimentos mas não têm para o ruído de vizinhança, competência que pertence à PSP e à GNR. A es­te respeito, Domingos Antunes é peremptório ao afirmar que “não compreendo a opção do legislador pois seria uma óptima forma de libertar as outras forças de segurança”, conclui.

legalizado, não só ele como também com os outros dois animais que estavam no local, e agora há apenas que encerrar este processo porque foram respeitadas todas as normas legais em vigor”, esclarece.Bom senso é um factor que nunca deve faltar às forças de segurança e os quatro elementos da Equipa Verde esforçam­se por fazer com que os cidadãos cumpram as suas obrigações, que por vezes até não conhecem: “Há muitas pessoas que desconhecem a legislação e apercebemo-nos de situações em que o cão está devidamente vacinado mas não está registado na Junta de Freguesia pelo simples facto de os donos desconhecerem que tal é necessário. Em casos

como esse não autuamos logo, damos uma semana à pessoa para resolver o problema porque a nossa principal meta é levar as pessoas a resolver os problemas e a terem tudo devidamente legalizado”, explica.Apesar de se tratar de uma equi­pa ambiental, a Equipa Verde con­tinua a ser uma força policial e há sempre quem encare isso como um desafio provocatório. Por esse motivo, o coordenador não gosta que as patrulhas sejam feitas indivi­dualmente: “Sou contra o facto de os agentes andarem sozinhos porque já nos deparámos com situações em que se não fôssemos dois poderíamos passar por apuros. Podemos chegar a um local e tudo parecer uma situação de rotina mas por vezes as coisas complicam-se, as pessoas abordam-nos de forma inesperada e se os agentes estiverem acompanhados é mais fácil lidar com esses problemas”, refere.

Se muitas das ocorrências podem ser apelidadas de simples e banais, outras há que são verdadeiros atentados ao Ambiente, aos animais e até mesmo ao Homem: “Neste trabalho assistimos a muitos casos chocantes, recordo-me de um senhor que foi internado compulsivamente e que só entrava em casa deitado e pela janela pois a casa estava cheia de lixo e até de animais mortos”, conta Armando Pimentel. Já para Sónia

Silva, as situações que mais a cho­cam são “os maus tratos a animais, nomeadamente quando são deixados à sua sorte, passando sede e fome”, revela. “Recentemente fomos ao Bairro da Cruz Vermelha resgatar um cão e um gato que estavam numa varanda há vários dias porque os donos separaram-se e ninguém quis saber dos animais. Conseguimos, com um cesto elevatório, tirar os animais dali mas como nenhum dos antigos donos mostrou interesse em os reaver tivemos de os entregar para adopção”, complementa o agente André Coimbra.De segunda a sexta­feira, esta equipa percorre entre 150 a 180 quilómetros por turno, funcionando tal e qual um hospital, isto é, atribuindo prio­ridades a cada ocorrência. Mas porque os recursos financeiros e humanos são escassos, esta equipa procura conjugar as diversas acções entre as áreas de intervenção, de forma a não ter que percorrer sucessivamente o concelho de lés a lés.Teoricamente, esta equipa patrulha, fiscaliza e actua apenas durante os dias de semana “porque todas as entidades que colaboram connosco só trabalham durante a semana. Aos fins-de-semana, somos apenas contactados se a situação for realmente complicada, mas o horário é relativo pois já fizemos vários turnos nocturnos para apanhar descargas ilícitas no Parque Natural que costumam ocorrer entre a 01h00 e as 04h00”, justifica.E quando perguntamos aos três agentes se integraram a Equipa Verde de forma voluntária ou se foram destacados para este serviço, a resposta é espontânea e sintomática: “O nosso trabalho é diferente todos os dias, não é como na equipa de trânsito em que se multa um carro por estar cima do passeio ou se bloqueia uma viatura por estar mal estacionada. Aqui há uma enorme diversidade de reclamações, o que naturalmente nos agrada”, afirma Sónia Silva, prontamente secundada pelo seu coordenador: “Quem trabalha nesta

equipa gosta muito do que faz. Todos sentimos que o que estamos a fazer é relevante e a prova disso é que temos tido muitos agradecimentos por parte das pessoas. A Equipa Verde já devia ter sido criada há mais tempo e penso que no futuro, em vez de sermos uma equipa, deveríamos ser um sector porque o Ambiente é uma área muito ampla”, comentou Armando Pimentel.Diariamente, esta equipa resolve cerca de dezena e meia de ocorrên­cias, números que todavia não são suficientes para dar resposta ao fluxo, cada vez maior, de reclamações que a população de Cascais faz chegar até à Polícia Municipal. Domingos Antunes, Director da PMC, encontra uma explicação empírica para responder a este incremento de casos: “As pessoas viram o nosso trabalho e estabeleceram uma relação de confiança com a equipa ambiental da PMC. Sistematicamente utilizam a denúncia e a reclamação, nomeadamente através do nosso site, que permite que as pessoas possam em qualquer momento chamar-nos a atenção para uma situação sem a necessidade de se deslocar até aqui”, lembra. Assim sendo, a actuação da Equipa Verde justifica, por inteiro, a sua criação: “Cada vez mais, o Ambiente tem repercussões na qualidade de vida das pessoas”, refere.Quatro agentes parece ser um nú­mero escasso para uma área que abrange “50 a 60 por cento das reclamações” e o Director da PMC não esconde a vontade de aumentar o número de efectivos da Equipa Verde: “Numa organização policial os elementos disponíveis nunca são suficientes porque em termos de segurança todos somos poucos. Os meios que temos hoje não conseguem resolver todas as reclamações mas um dos nossos objectivos é, logo que haja um reforço dos quadros da PM, reforçar s ignif icat ivamente esta equipa” , assegura.O aumento de reclamações e denún­cias não implica, necessariamente, o aumento do número de contra­ordenações uma vez que há também muitas denúncias que não têm fundo de verdade. Além disso, as coimas são, hoje, mais dissuasoras para a prática de certos crimes: “Houve uma grande alteração legislativa nos quadros das contra-ordenações ambientais, que se tem repercutido nos comportamentos das pessoas. O montante das coimas foi substancialmente aumentado, as coimas mínimas agora são de 500 a 2.500 euros, o que mostra que o crime não compensa nestas matérias. Antigamente, havia operadores que preferiam pagar a multa por fazer um despejo ilegal do que fazer o despejo num vazadouro autorizado porque lhes saía mais caro. Agora o montante da coima é muito elevado e já não compensa esse risco”, esclarece Domingos Antunes.Com os animais perigosos a situação é semelhante: “São 500 euros por falta de chip, 500 euros por falta de seguro e mais 500 euros por falta de

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14 27 Julho 2009Reportagem Textos: Jorge Cordeiro • Fotos: D.P. e Rúben Viegas

O concelho de Oeiras dispõe, desde o passado dia 25 de Junho, de um novo equipamento cultural, o Centro Cultural Palácio do Egipto.Localizado em pleno coração do Centro Histórico de Oeiras, junto à Igreja Matriz, este novo espaço en­contra­se instalado numa antiga casa nobre, outrora integrada na Quinta de Nossa Senhora do Egipto, edifício emblemático da vila agora recuperado por iniciativa da Câmara Municipal de Oeiras e destinado a fruição pú­blica através da dinamização de ex­posições, colóquios, conferências e outras actividades culturais.A obra, executada de acordo com um projecto da autoria do arquitecto Fernando Vaz do Carmo, ficou orça­da em mais de três milhões de euros, incluindo o novo edifício uma galeria de exposições, uma livraria, lojas, restaurantes e esplanadas.Para inaugurar este novo equipamento cultural, foi seleccionada uma expo­sição de Salvador Dali, um dos mais emblemáticos artistas plásticos do século XX, intitulada “Dali: Sonhos de Literatura e de Escultura”, a qual poderá ser apreciada até ao próximo dia 15 de Setembro.

A ancestral Quinta de Nossa Senhora do Egipto

A Quinta que ficou conhecida como de Nossa Senhora do Egipto remonta a um período anterior a 1720. Um alvará régio concedendo permissão, a pedido de João Rebelo de Andrade, meirinho da Inquisição da cidade de Lisboa durante mais de trinta anos, para reduzir o pagamento do quarto do rendimento que havia de pagar pela sua exploração a três almudes de vinho, descreve a propriedade como sendo composta por casas, po­mar e vinha, situando­se então no interior do espaço conhecido como o Reguengo de Oeiras.Presumimos que a referida quinta tenha pertencido à família do sogro de João Rebelo de Andrade, o capitão de ordenanças de Alcabideche Luís Nunes da Mata, que era natural e morador no lugar de Oeiras, sendo filho de Jacinto Nunes e de Paula da

Palácio doAlive trouxe 110 mil a Algés

Muitos aguardavam pela terceira edição do festival Optimus Alive e o dia finalmente chegou: as filas inter­mináveis na porta do recinto, no Passeio Marítimo de Algés, a minutos da sua abertura, demonstravam a ânsia que o público tinha em chegar

cedo, apesar da principal banda do primeiro dia só actuar no final da noite – os Metallica.Pelas ruelas de Algés, longe do re­cinto, circulavam dezenas de «fes­tivaleiros» chegados dos quatro can­tos do país ou de fora dele; pela estação, os comboios movimentavam­se com os passageiros colados às janelas, pasmados com tamanha multidão num local habitualmente deserto; os parques de estacionamento, sem lugar para mais veículos, alegravam os diversos arrumadores de carros e obrigavam os automobilistas a esta­

cionarem a grandes distâncias. Algés ia ser o ponto de encon­tro nos três dias que se seguiriam. As portas do Optimus Alive!09 foram abertas às 16h00 e a multidão, toda vestida de ne­gro, correu em di­recção aos palcos pa­ra marcar presença nos melhores lugares da plateia.O Presidente da Câ­mara Municipal de Oeiras (CMO), Isaltino Morais, falou com O Correio da Linha minutos antes da abertura do recinto, classificando o cartaz musical como “muito bom”, tendo acrescentado que “o Alive tem corrido muito bem e é uma aposta já ganha. Tenho que reconhecer que tem havido, por parte da organização, um investimento muito significativo na criação de condições de conforto às dezenas de milhar de pessoas que por aqui passam”. Isaltino Morais salientou que “no próximo ano quero ver novamente este evento em Oeiras.”Foi com a entrada dos Slipknot, banda norte­americana de hardcore, que a área de restauração se esvaziou em segundos, demonstrando a novidade que o grupo continua a ser, mesmo para os fãs de estômago vazio. Os nove elementos dos Slipknot, que desde sempre actuam com máscaras medonhas, deixaram parte da plateia com nódoas negras nos braços pelo tipo de música «metaleira» que pro­porcionaram durante o espectáculo. O ponto alto da noite surgiu com os Metallica, veteranos na história

do rock, com 28 anos de existência. O vocalista James Hetfield não es­condeu o carinho que o grupo tem pelo povo português e isso notou­se na sua presença em palco, que até a foguetes teve direito. Temas como “Enter Sandman” ou “Nothing Else Metter” demonstraram ao público que cantar desde 1981 não significa estar­se velho mas sim maduro. No segundo dia foi a vez da banda The Prodigy mostrar que o tempo não lhe provocou rugas. Os segundos cabeça­de­cartaz desta edição actua­ram durante uma hora e meia e demonstraram estar à altura de animar os seus fãs, tal como faziam durante os anos 90. Os terceiros cabeça­de­cartaz, a Dave Matthews Band, revelou­se a rainha da noite do último dia do Optimus Alive!09, dando ao público quase três horas de concerto. A serenidade de Dave Matthews cativou o públi­co e a própria musicalidade ajudou os resistentes dos três dias a perma­neceram com vontade de ficar mais algum tempo no recinto. Diversas

outras bandas actuaram no palco Optimus, nomeada­mente Machine Head, Lamb of God, Mastodon, Ramp, Placebo, Blasted Mechanism, The Kooks, Eagles of Death Metal, Os Pontos Negros, The Black Eyed Peas, Chris Cornell, Ayo e Boss Ac. Nos palcos secundários foram mais quatro dezenas as

bandas participantes.No último dia, Álvaro Covões, direc­tor da promotora Everything is New, revelou a passagem de seis mil estrangeiros pelo festival, na sua grande maioria espanhóis. “Penso que chegámos ao total das 110 mil pessoas nos três dias, o que é muito bom”, apontou. Em relação à edição de 2010, Álvaro Covões adiantou que o objectivo é “trazer ainda mais estrangeiros, havendo um grande empenho e investimento no sentido de divulgar seriamente o festival lá fora (…) e esgotar os três dias do Optimus Alive!10, como aconteceu com o festival Vilar de Mouros, em 1996.” Entretanto, os amantes do festival Optimus Alive podem ficar des­cansados que para o ano haverá mais: a próxima edição está confirmada e agendada para os dias 8, 9 e 10 de Julho de 2010.

O Optimus Alive regressou para mais um festival no Passeio Maríti­mo de Algés, nos dias 9, 10 e 11 de Julho, onde apresentou 57 bandas e DJ’s nas quais estiveram como cabeças­de­cartaz os Metallica, The Prodigy e a Dave Matthews Band. Organizado pela promotora Everything is New, com patrocínio da Optimus, o festival recebeu cerca de 110 mil pessoas.

Os Pontos Negros

Metallica

Black Eyed Peas

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Reportagem 1527 Julho 2009

orientação dos trabalhos terá por certo contribuído a experiência alcançada no exercício de cargos públicos, pois sabemos que António Rebelo de Andrade, além de meirinho da Inquisição de Lisboa, de cujo cargo tomou juramento a 10 de Julho de 1717 seguindo o percurso de seu pai e do avô paterno, serviu o Rei nos ofícios de Tesoureiro do um por cento e produto do Pau Brasil e de Tesoureiro geral da Bula da Cruzada, cujos rendimentos se destinavam à conservação das for­talezas portuguesas no Norte de África. Os rendimentos que lhe foram proporcionados, quer atra­vés da administração das suas pro­priedades, quer através do exercício de cargos públicos parecem ter sido confortáveis, propiciando tanto o generoso auxílio à edificação da igreja paroquial de Oeiras e ao seu embelezamento com a encomenda de diversas obras de arte, quer a edificação em Lisboa do palácio que posteriormente foi adquirido pelo conde de Seia e onde hoje se encontra instalada a Universidade Aberta, na Rua da Escola Politécnica.

Mata, ambos naturais igualmente de Oeiras. De facto, sabemos que já em finais do século XVII, o capitão Luís Nunes da Mata era um abastado proprietário nesta localidade, aí possuindo diversas courelas de vinha.António Rebelo de Andrade, cava­leiro fidalgo, também ele meirinho da Inquisição de Lisboa, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, viria a suceder a seu pai na gestão da propriedade. Em 1743, a Quinta de Nossa Senhora do Egipto encontrava­se já murada e possuía casas de habi­tação, pretendendo o seu proprietário plantar um pomar nas suas terras. Localizando­se no interior do re­

guengo, os seus proprietários conti­nuavam obrigados a pagar um tributo ao Rei, estabelecido então em dois alqueires de trigo, os quais deveriam ser entregues ao respectivo almoxarife, no celeiro régio, situado em Paço de Arcos, no dia de Nossa Senhora de Agosto.Em 1762, sob a administração de António Rebelo de Andrade, esta propriedade compreendia um pátio com seu tanque, uma cavalariça, co­cheira, palheiro, duas casas térreas, casa de habitação com dois andares e sótão, possuindo um jardim e fonte, cozinha, despensa e celeiro. Nesta época, encontrava­se igualmente documentada a existência na referida quinta de uma ermida dedicada a Nossa Senhora do Egipto e a avaliação do conjunto era estimada em 48 mil réis. Junto a este núcleo habitacional e com ele relacionado, estendia­se até Santo Amaro de Oeiras uma quinta murada que incluía diversas terras de lavoura, possuindo três talhos de pomar de espinho, árvores de caroço, poço e tanque, acrescidos de dois quarteirões de vinha dentro dos muros, que rendiam na época vinte almudes de vinho (equivalentes a cerca de 500 litros), o que representava um rendimento de 9 mil 220 réis. A propriedade possuía ainda adega e lagar de vinho de três varas e uma casa de alambique, encontrando­se o conjunto avaliado em 108 mil 220 réis. Junto desta propriedade, António Rebelo de Andrade possuía ainda mais três lojas e dois sobrados avaliados em 9 mil réis. Além desta quinta, António Rebelo de Andrade possuía outros bens em Oeiras, designadamente duas casas térreas, cinco lojas e dois quintais, outras oito casas térreas no largo da Igreja, em

Oeiras, propriedades essas que se encontravam arrendadas, e ainda um casal que explorava no sítio de Santo Amaro, composto por dez terras de semeadura, no qual se podiam semear trinta alqueires de trigo. Explorava igualmente um casal pertencente à Irmandade do Santíssimo Sacramento da freguesia de Oeiras, o qual constava de cinco terras no sítio de Santo Amaro e outro casal pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Cascais, que constava de dez terras também no sítio de Santo Amaro, onde se podiam cultivar anualmente cerca de trinta e seis alqueires de trigo.Em 1764, António Rebelo de Andrade

tinha já falecido, pois encontramos a viúva, D. Francisca de Assis e Seixas, a administrar as propriedades que a família possuía em Oeiras e que inc luíam, além das que já atrás se descreveram, mais duas casas na Rua da Alcássima e uma quinta no limite do lugar de Carcavelos, no sítio das Forras, que constava

de loja e sobrado, algumas árvores de caroço e uma vinha, a qual era explorada por sua conta e produzia anualmente 1125 almudes de vinho (equivalentes a 28 125 litros), que rendiam 450 mil réis.

António Rebelo de Andrade, um

benemérito de Oeiras

Entre os proprietários da Quinta de Nossa Senhora do Egipto, António

Rebelo de Andrade distinguiu­se pela forte ligação que manteve a Oeiras, onde colaborou de forma empenhada na reconstrução da Igre­ja paroquial de Nossa Senhora da Purificação, ocorrida no segundo quartel do século XVIII. Tendo nascido em Lisboa, em Dezembro de 1696, era filho de João Rebelo de Andrade, meirinho da Inquisição de Lisboa, e de Paula da Mata Henriques, de onde lhe veio a ligação a Oeiras. De facto, o seu avô materno, o capitão Luís Nunes da Mata era oriundo desta localidade, sendo um abastado proprietário local.Assumindo a administração da Quinta de Nossa Senhora do Egipto após a morte de seu pai, irá fortalecer a sua ligação a esta terra empenhando­se na execução de um importante empreendimento a nível local: a reconstrução da igreja matriz que, tendo sido iniciada no princípio do século XVIII, se encontrava num impasse na década de 1730. Assim, viria a assumir a condução dos trabalhos em 1736, época em que é referido como juiz da fábrica da igreja, adiantando grande parte das verbas que eram necessárias à conclusão das obras, tendo doado algumas delas e dispondo­se a receber o reembolso das demais, sem juros, pelo espaço de 25 anos. A sua inserção a nível local encontra­se igualmente comprovada pela sua situação de confrade da Irmandade do Santíssimo Sacramento de Oeiras, tendo sido eleito em 1737 como Mordomo dos Terceiros Domingos para o mês de Julho e tendo desempenhado o cargo de juiz da Irmandade no ano de 1745 a 1746.Para o seu desempenho na boa

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Egipto é um espaço com históriaTextos: Ana Cláudia Silveira • Fotos: CMO

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16 27 Julho 2009Actual

CECD Mira Sintra é a maior cooperativa

O Correio da Linha (C.L.) - Quais as valências do CECD Mira Sintra?Carmen Duarte (C.D.) - O CECD é uma cooperativa de solidariedade social cuja missão é desenvolver ser­viços para as pessoas com defi­ciên­cia, multidefi­ciên­cia ou em desvan­tagem, de forma a garan­tir os seus direitos e a melhorar a sua qualidade de vida. Para cumprir esta missão, o CECD tem por base duas gran­des áreas de intervenção: a convenção dos di­reitos das pessoas com defi­ciên­cia, n­omeadamen­te o direito à educação, ao trabalho, ao lazer, à saúde, e por aí fora. Tem também por base um plan­o global de reabilitação ten­do em con­ta as diferen­tes faixas etárias e os diferen­tes graus de problemas que as pessoas apresentam. Neste momen­to, o CECD tem serviços n­a área da Educação, on­de tem em funcionamento uma Escola de Educação Especial (EEE) e um Centro de Recursos para a Inclusão pois o nosso objectivo é a aceitação das pessoas com defi­ciên­cia, que­brar preconceitos e mos­trar que estas pessoas têm direitos e deveres como qualquer outra.C.L. - Além da área da Educação...C.D. - ... Temos tam­bém a funcionar um

Fundado em 1976, o Centro de Educação para o Cidadão Defi­ciente (CECD) Mira Sintra é, desde à vários anos a esta parte, a maior cooperativa portuguesa no ramo da solidariedade social. Acompanhando tanto crianças como jovens, adultos ou seniores, a sua filosofia procura, antes de mais, quebrar barreiras discriminatórias e incluir estes cidadãos na vida activa, garantindo-lhes uma vivência com qualidade e o mais igualitária possível. Para que isso seja uma realidade é preciso muita dedicação, paciência e paixão por este trabalho, como nos conta Carmen Duarte, Presidente da Direcção do CECD Mira Sintra.

Serviço de In­terven­ção Precoce (SIP), destinado às crianças entre os 0 e os 5 an­os, e às famílias que precisam de ajuda. No CECD falamos também de Ocupação, mais con­cretamen­te do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO), que é uma estrutura para joven­s com mais de 16 an­os, e sem limite de idade. Temos também um Cen­tro de Formação Profi­ssion­al (CFP) que é um centro de recursos para os concelhos de Sintra e Ama­dora, e um Cen­tro de Emprego Pro­tegido (CEP) que é uma empresa den­tro do CECD que dá emprego a 42 trabalhadores com defi­ciên­cia in­telectual. Temos ain­da a valên­cia de Centro de Medicina e Reabilitação (CMR) que está aberto à comun­idade e ao qual as pessoas podem aceder para ter vários serviços de saúde e diversas terapias. Por outro lado,

temos uma Unidade de Apoio à Família (UAF) que tem dois serviços distintos: as Unidades Residen­ciais (existe uma no Pen­dão e três em Mira Sintra) e o Serviço de Apoio Domiciliário.C.L. – o CECD acom-panha a pessoa com deficiência durante toda a vida?C.D. - Exactamen­te, é o tal plan­o global de reabilitação tendo em conta o projecto de vida de uma pessoa, como qualquer um de nós. Para além de todas estas estruturas, temos uma série de projectos que complementam cada uma destas áreas e que são transversais ao CECD. Recordo­me por exemplo do Desporto, este an­o participámos n­o Special Olympics, n­a Chin­a, on­de dois dos n­ossos jogadores conquistaram uma medalha de ouro. Já este an­o fomos também campeões europeus de futebol de sete cá em Portugal e promovemos outras acti­vidades desportivas como surf, mer­gulho, desporto aven­tura, golfe ou equitação.C.L. - Quantos utentes tem o CECD?C.D. - Estamos com cerca de 800 uten­tes mas, para ter uma ideia, só n­a área da Educação do Cen­tro de Recursos para a In­clusão, observámos e propusemo­nos apoiar de forma susten­tada mais 643 crian­ças, para além dos 800 utentes. O CECD é a maior cooperativa do gén­ero do país, não só em termos de serviços como em n­úmero de uten­tes apoiados. Também é verdade que estamos no segun­do maior con­celho do país em termos populacionais e as ne­cessidades do nosso concelho são imensas.C.L. - O CECD consegue responder a todas essas necessidades?C.D. - In­felizmen­te ain­da n­ão. Um dos serviços que em breve iremos aumen­tar, se Deus quiser, os Homen­s deixarem e a Seguran­ça Social n­os

apoiar, será a valên­cia do Cen­tro de Actividades Ocupacionais. Estamos a pensar criar um novo pólo no Pen­dão que dará apoio a mais 60 pessoas, gostaríamos que começasse a fun­cion­ar já n­o próximo an­o lectivo, a partir de Setembro, vamos ver se será possível.C.L. ­ É difícil gerir um projecto tão vasto?C.D. - Não é fácil, n­este momen­to temos cerca de 200 pessoas a traba­lhar n­o CECD, ou seja, já n­ão so­mos uma pequena empresa. Como somos uma cooperativa, a gestão é feita por uma direcção que é eleita, direcção essa on­de temos pais e profissionais para que haja um sentimento partilhado por esta causa pois trabalhamos com pessoas especiais, que n­os gratificam com os resultados que vamos alcançando. Por outro lado, temos directores executivos em cada um dos serviços que gerem e supervision­am o seu próprio serviço. O slogan­ do CECD é «Con­struir a Igualdade, Respeitan­do a Diferen­ça» mas, a par disto, queremos con­struir uma organ­ização on­de as crian­ças, jovens e adultos tenham o melhor e onde os pais e demais familiares se sin­tam seguros por saberem que estas pessoas estão bem en­tregues.C.L. – O CECD está a tentar obter o Certificado de Qualidade...C.D. - Sim, temos dois an­os para cumprir os pressupostos do certi­fi­cado e todas as chefi­as in­termédias e os elementos da direcção estão a fazer formação para implemen­tar aspectos novos e reformular outros para a melhorar a nossa actuação. Acreditamos que n­o fi­n­al de 2010 ou no princípio de 2011 poderemos alcan­çar o certifi­cado de qualidade.C.L. - Com que apoios vive esta cooperativa?C.D. - Em termos fi­n­an­ceiros temos o apoio dos Min­istérios da Educação, do Trabalho e da Solidariedade e da Seguran­ça Social para as valên­cias do SIP, do CAO, das Un­idades Resi­denciais e do UAF. Esses apoios não são sufi­cien­tes para pagar as n­ossas despesas pelo que, em algumas estru­turas, temos a comparticipação das famílias. Noutros casos recorremos também à an­gariação de fun­dos através do Pirilampo Mágico ou de parcerias com empresas e par­ticulares. Há actividades, como as colón­ias de férias, que só realizamos

Texto e Fotos: Pedro Quaresma

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Actual 1727 Julho 2009

se tivermos financiamento através da apresentação de projectos concretos.C.L. - A integração das pessoas com deficiência no mundo do trabalho é um dos objectivos do CECD. Tem notado melhorias a este nível nos últimos anos?C.D. - Ao longo da nossa história constatamos, com agrado, que já integrámos muitos jovens no mercado normal de trabalho, embora tenhamos que admitir que essa situa­ção está cada vez mais difícil em função da realidade laboral actual. Mas ainda há muitos preconceitos em relação à pessoa com deficiência, não há uma mente aberta para avaliar as

suas capacidades e quando um empre­sário oferece essa possibilidade fica, muitas vezes, surpreendido. Penso que as pessoas estão mais despertas, este é um percurso que se está a iniciar mas talvez agora esteja mais presente na mente das pessoas.

C.L. - Quais são as maiores virtudes e dificuldades deste trabalho?C.D. - A principal virtude é a paixão que este trabalho nos provoca e quem não a sentir não aguenta isto muito tempo. As organizações são feitas

pelas pessoas que nelas trabalham, são elas que fazem a diferença e para se trabalhar no CECD é preciso muita en­trega e empenho pois esta é uma op­ção de vida. As dificuldades são de várias ordem, de vez em quando chegam­nos casos para os quais não temos possibilidade de dar resposta. No CAO, por exemplo, te­mos uma lista de­ e­spe­ra de­ ce­rca de­ 120 utentes, se no próximo ano con­seguirmos atender mais 60 ainda ficarão outros tantos de fora e isso gera­nos uma frustração enorme. Depois há ainda as preocupações finan­ceiras, se temos ou não dinheiro para

fazer este e aquele projecto, se as candidaturas são ou não aprovadas. São estas as dificuldades que por vezes nos fazem dormir mal de noite mas quem corre por gosto não cansa, ou por outra, podemo­nos cansar mas não desistimos.

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Praias de Sintra com tutoresAté 15 de Setembro, e no âmbito do projecto “Sintra mais Limpa”, as praias do concelho de Sintra vão passar a te­r um tutor para sinalizar situações de inconformidade que necessitem de inter­venção rápida.Este projecto está a realizar­se na Praia das Maçãs, Praia Gran­de, Praia do Magoito, Praia da Adraga e Praia de S. Julião, todos os dias da semana, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.Cabe aos tutores a missão de defender e identificar problemas surgidos em cada uma das praias, como por exem­plo a limpeza do areal, avisar para um eventual reforço da acção da HPEM em matéria de despejo do lixo, ou alertar sobre material instalado na praia que tenha sido deslocalizado ou não se apresente nas melhores con­dições.Para desempenhar tal tarefa, foi dis­ponibilizado um telemóvel aos tu­tores e a instalação de um ponto de contacto, devidamente identificado, com um toldo alusivo, mesa, cadeiras e módulo com material informativo.As condições da praia vão estar, dia­

riamente, sob escrutínio, tornando­se mais fácil garantir o solucionamento das situações com mais eficácia.Recorde­se, por outro lado, que a Câmara Municipal de Sintra, a Asso­ciação Bandeira Azul da Europa (ABAE) e a empresa Tabaqueira II, lançaram no ano passado o projecto “Sintra mais Limpa” que promove a limpeza do areal, procurando fomen­tar boas práticas junto dos fumadores.O desafio consiste em incentivar os fumadores a contribuírem para um ambiente mais cuidado, apagando os seus cigarros em cinzeiros portáteis, evitando que pontas de cigarro sejam atiradas para o chão. Assim, no mês de Agosto irão ser distribuídos cinzeiros e material gráfico e será instalado um contentor para despejo das beatas.

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18 27 Julho 2009Reportagem

Amadora inaugura Biblioteca Piteira Santos

Foi ao som das batidas do Grupo de Djambé da Escola Intercultural e sob um sol abrasador que os con­vidados se foram reunindo em torno da entrada da Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos. O Presidente da Câmara Municipal da Amadora (CMA), Joaquim Raposo, e o Vereador da Cultura, António Moreira, faziam as honras da casa e recebiam os inú­meros convidados que quiseram mar­car presença neste dia importante para a vida cultural da Amadora.Antes da abertura oficial, o Grupo Toca a Rufar abriu caminho às crian­ças das escolas da zona, que traziam livros da antiga biblioteca, um gesto simbólico que antecedeu a visita às amplas instalações deste novo equi–pamento cultural da Amadora.

O município da Amadora engala­nou­se para inaugurar a Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, concebida para dar resposta a mais 50 mil habitantes. Centenas de pessoas, entre as quais Mário Soares e Manuel Alegre, quiseram associar­se à efeméride, que visou também distinguir Fernando Pi­teira Santos, um amadorense que dedicou a sua vida à luta anti­fascista através dos livros e dos textos jornalísticos que escreveu.

Depois de visitar os quatro pisos da biblioteca, a comitiva foi conhecer o auditório, onde estava patente uma exposição alusiva ao patrono da­quele espaço, Fernando Piteira San­tos. E na hora dos discursos, mais do que qualquer comentário político, o tempo foi de relembrar o escritor e jornalista Fernando Piteira Santos: “Tive oportunidade de, no último ani­versário, estar com a Stella [esposa de Piteira Santos] e lhe dizer que a biblioteca estava quase pronta, infelizmente ela já não pôde estar presente mas não poderia deixar de realçar que muita desta obra deve­se à Stella Piteira Santos”, su­blinhou Joaquim Raposo.Lembrando que quando chegou à Amadora, “esta biblioteca foi um dos meus primeiros desafios”, o autarca agradeceu ainda a Manuel Cargaleiro por ter feito, propositadamente para este equipamento, o maior painel de azulejos da sua carreira.Para o Presidente da CMA, “esta é uma homenagem que a Amadora faz a Piteira Santos e entendemos que o que estamos a fazer por ele ainda é pouco para distinguir este grande homem da Amadora. Tenho muito orgulho que este edifício tenha como patrono o Fernando Piteira Santos”.Quem também se associou a esta cerimónia foram Manuel Alegre e Mário Soares, amigos de longa data

do antigo escritor. O poeta Manuel Alegre começou por recordar que “estivemos dez anos juntos no exílio e a casa dele foi, durante muitos anos, a minha segunda casa, partilhámos a saudade de Portugal, as preocupações, a esperança, os combates e até a prosa”.Manuel Alegre de­finiu o patrono da nova biblioteca co­mo “um homem di­fícil mas livre, um solitário solidário que teve sempre como preo­cupação unir as forças antifascistas.Foi um homem de uma grande dimensão e uma das grandes figuras da esquerda e da resis­tência portuguesa.Era uma espécie de secretário­geral sem partido, à dimensão de um Álvaro Cunhal, de um Mário Soares ou de outras grandes figuras da esquerda nacional”.Antes de finalizar o seu discurso, o poe­ta adiantou que “se alguma coisa lhe da­ria prazer [ao home­nageado], seria segura­mente saber que na sua terra, a Amadora, havia uma biblioteca com o seu nome. Ele era um homem do livro, um patriota que nos deixou um legado

na escrita, não só a que está nos livros mas também nos seus textos que escreveu durante a resistência, mas sobretudo na sua intervenção no dia­a­dia do país. Louvo o município da Amadora que teve a inteligência e a sensibilidade de reconhecer a dimensão nacional ao nível

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Reportagem 1927 Julho 2009

cul­tural­ de um homem como Piteira Santos”, rematou.Por sua vez, Mário Soares optou por recordar alguns momentos vividos com Piteira Santos, salientando um episódio em que o ajudou a fugir da PIDE: “Recordo-me bem de uma noite em que el­e teve de se refugiar em casa de um professor para não ser preso. Na al­tura, a PIDE l­igou para casa da Stel­l­a dizendo-l­he que o Fernando estava preso. Ela ficou tão impressionada que nem se apercebeu que eles ficaram à escuta e l­igou para mim, a chorar, dizendo que o Fernando tinha sido preso e que nós o devíamos ter l­evado mais cedo para o estrangeiro. Desl­iguei imediatamente o tel­efone e até jul­guei que ia ser preso naquel­e momento pel­a PIDE porque sabia que estavam a ouvir o tel­efonema. Sabia que el­e não estava preso coisa nenhuma porque tinha-o deixado horas antes na casa desse professor e nessa mesma tarde acabei por ser preso na Boa Hora. A PIDE esteve vários dias a fio a perguntar-me onde estava o Piteira Santos, isto durou e durou, até ao dia em que sou l­ibertado pois o Piteira Santos tinha acabado de

dar uma conferência de imprensa em Marrocos”, relembra com um sorriso nos lábios.Saudoso, Mário Soares recordou o amigo como sendo “um grande jornal­ista e um historiador que, por razões pol­íticas, não deixou a obra que poderia ter deixado” mas também “uma figura que contribuiu muito para a revol­ução portuguesa, um grande anti-fascista e um homem de bem”.Emocionada com todas estas palavras estava Maria Antónia, enteada de Fernando Piteira Santos: “Estou muito agradecida à CMA por esta homenagem, tenho pe-na que a minha mãe já não esteja viva mas el­a sabia que esta bibl­ioteca iria ter o nome do Fernando Piteira Santos e também el­a estava muito fel­iz com esta distinção ao seu marido, ao com-

panheiro de toda a sua vida”, lembrou.Depois de destacar o brilho e a beleza do novo equipamento cultural da Amadora, Maria Antónia lembrou ainda que “Piteira Santos foi um exem-pl­o de coragem e moral­mente um homem honrado. As bibl­iotecas devem ter patronos destes”, concluiu.A cerimónia de inauguração da bi­blioteca terminaria pouco depois com um concerto da Orquestra Geração, no Grande Auditório da Academia Militar.Situada na Avenida Conde Castro Guimarães, na Reboleira, a nova biblioteca terá um fundo documental

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com cerca de 85 mil documentos, 5.500 dos quais serão documentos multimédia. A Biblioteca Fer­nando Piteira Santos disponi­biliza ainda dois fundos especiais [Fundo de Banda Desenhada e Fundo Piteira Santos], serviços audiovisuais e in­formáticos, bem como áreas es­pecíficas para os sectores infantil e juvenil e ainda um auditório com 81 lugares. De tipologia BM3 (para concelhos com população superior a 50 mil

pessoas), esta biblioteca estará ao serviço da população de segunda a sexta­feira entre as 09h00 e as 19h00 e aos sábados, das 09h30 às 17h30.

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20 27 Julho 2009Actual

A freguesia de Car­cavelos esteve em festa entre os dias 8 e 12 de Julho, assinalando as festividades com u m c a r t a z m a i o ­ritariamente musical mas onde também houve lugar a outras iniciativas culturais e de convívio. As festas arrancaram com a apresentação do concurso de bolos à fatia «Sabores de Carcavelos», tendo a noite sido animada pela música das bandas da Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos e do Grupo Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde. No dia 9 o ponto alto das Festas de Carcavelos foi a actuação do grupo «Os Funks» enquanto no dia 10 actuaram os «Stepacide» e os «One Sun Tribe».A tradicional sardinhada decorreu no dia 11 de Julho, sábado, tenho a população sido animada com música e dança de várias colectividades da freguesia, nomeadamente grupos corais mas também de dança tradicional e hip hop.A tarde do último dia foi reservada ao folclore, com a actuação de

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Carcavelos esteve em festa

diversos ranchos etnográficos e folclóricos, assim como um espectáculo de dança que ficou a cargo do Centro Cultural Moldavo. Finalmente, a noite arrancou com a divulgação e a entrega dos prémios aos vencedores do concurso «Sabores de Carcavelos». Para encerrar as Festas de Carcavelos em beleza actuou o Grupo Musical Ténis Bar, que encantou os presentes com os seus temas dançantes e animados.De referir ainda que o serviço de bar das festas esteve ao cuidado da Estudantina Recreativa de São Domingos de Rana, a quem o Executivo liderado por Zilda Costa da Silva deixou “um agradecimento muito especial”.

O município de Sintra vai contar, a partir de 1 de Agosto, com mais um equipamento cultural, o novo Museu de História Natural, onde o visitante vai poder encontrar o único exemplar existente em todo o Mundo de uma espécie de réptil voa­dor, o Braseodactylus sp, ou assistir a uma simulação do “big­bang”.Localizado na Vila Velha de Sintra, em pleno Centro Histórico, o museu, que ocupa a maior parte do edifício

Museu da História Naturaloitocentista do antigo Mercado de Sintra, conta com milhares de peças que o coleccionador Miguel Barbosa e sua mulher, Fernanda Barbosa, reuniram ao longo de décadas e que depois doaram ao Município.O Museu de História Natural de Sin­tra funcionará com entrada gratuita, de terça a sexta­feira, das 10h00 às 18h00; sábados, domingos e feriados, das 14h00 às 18h00. Encerra à se­gunda­feira.

Os SMAS de Sintra e as Associações de Bombeiros Voluntários daquele concelho assinaram no passado dia 22 de Julho um Acordo de Colaboração relativo aos hidrantes integrados no sistema público de distribuição de água.O protocolo prevê que, no âmbito do Programa de Combate às Perdas de Água, os corpos de bombeiros procedam à vigilância, fiscalização e inspecção de funcionamento dos mesmos. Esta colaboração entre os SMAS de Sintra e as nove associações de Bombeiros Voluntários de Sintra foi iniciada em Maio de 2004 e ajudou a evitar o desperdício, aumentando o estado de prontidão de um importante equipamento do sistema de combate a incêndios: os hidratantes de distribuição de água.

SMAS e Bombeiros colaboram

De 5 a 13 de Setembro, realiza­se no Município da Amadora o Cam­peonato Nacional Individual Abso­luto de Xadrez, evento que conta com o apoio da Câmara Municipal da Amadora e que é organizado pela Federação Portuguesa de Xadrez.A competição terá lugar na Residen­cial Jardim da Amadora (freguesia

Xadrez na Amadorada Mina), e vai envolver a presença de cerca de 100 atletas, dos vários escalões etários em masculinos e femininos.A Câmara Municipal da Amadora associa­se a este acontecimento, atri­buindo à Federação Portuguesa de Xadrez cinco mil euros para apoio à organização deste Campeonato.

Integrado nas comemorações dos 250 anos do concelho de Oeiras, o Festival «O Amor é Fogo» reuniu largas dezenas de milhar de pessoas no Estádio Municipal de Oeiras, nos passados dias 17, 18 e 19 de Julho. João Gil e Shout, Chico César, Ana Moura, Sara Tavares, Da Weasel e Buraka Som Sistema foram apenas alguns dos artistas que integraram o cartaz deste Festival, que privilegiou a Língua Portuguesa nas suas mais variadas expressões. «O Amor é Fogo» procurou homenagear aquele que é visto por muitos como o maior de todos os poetas portugueses, Luís Vaz de Camões. Por esta razão todos os intervenientes encerraram a sua participação musicando o poema «Amor é Fogo».

“O Amor é Fogo” em Oeiras

A Semana Lisboa em Natal, Brasil, organizada pela Câmara Municipal de Lisboa foi uma vergonha, os por­tugueses residentes nesta cidade sentem­se desiludidos.Tivemos o cuidado de entrevistar 30 a 40 pessoas que passavam perto do pavilhão para saber se tinham conhe­cimento que decorria a Semana de Lisboa em Natal, algumas disseram que sim mas ao olharem para a mostra afirmaram também que não sabiam onde era.Também nós quando chegámos ao local, e depois de ter dado meia volta À exposição, perguntámos ao segu­rança se a «Exposição de Lisboa em

Portugueses no Natal tristesNatal» era naquele centro comercial, e resposta veio com um sorriso: “É isso aí”.O resto da semana de Lisboa, os negócios, as medalhas entregues a sua Exa. o Presidente da Câmara de Lisboa, a inauguração da reabilitação do “Mirante da Gente” a partir de hoje chamado de “Marco Portucalle”, em homenagem a Portugal. Tudo poderia ter sido perfeito, não fosse a vergonhosa exposição de Lisboa ao povo Natalense.

Fernando Baptista CoelhoCorrespondente

do “O Correio da Linha” em Natal

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Actual 2127 Julho 2009

Os actores Jo­s é R a p o s o e R i t a R i b e i r o apadrinharam no passado dia 6 de Julho a reabertura do R e s t a u r a n t e C a ç o i l a , e m Paço de Arcos, agora sob a gerência do casal Carlos e Luísa Magalhães. Com duas salas com capacidade para 60 pessoas e uma esplanada com 24 lugares, a Caçoila vai continuar a apostar na cozinha tradicional portuguesa: “Este restaurante ficou anteriormente conhecido pela sua gastronomia alentejana e vamos manter muitos desses pratos mas a nossa intenção é trazer um pouco de cada zona do país, incluindo algumas iguarias das ilhas. Há dois pratos que as pessoas procuram muito: as migas e os secretos. Por outro lado, o nosso chefe de cozinha é especialista em doçaria conventual e essa será, seguramente, uma das nossas apostas”, assegura Carlos Magalhães, que chama também a atenção para o vinho da casa, “o Margaça, de Pias”.A única excepção à ementa de cozinha típica portuguesa será a linha vegetariana que, segundo o proprietário, “tem cada vez mais adeptos. Dentro deste leque de opções destacamos a Caçoila de Legumes, que é um prato muito apreciado por quem o prova”, ressalva.O tempo de espera de quase todos os pratos é de apenas 10 a 15 minutos, sendo de realçar que tudo é confeccionado na hora e que o preço médio de refeição ronda os 18/20 euros.A ideia de reabrir este espaço surgiu há sensivelmente um ano atrás, com o objectivo de criar um ponto de encontro para os artistas: “A restauração é uma mais-valia que se vem juntar ao projecto e surge após ter ido ao Porto ver uma peça de teatro no Rivoli, com a Rita Ribeiro e o Hugo Rendas, ambos amigos a título particular. No final da peça fomos todos para a parte superior do Rivoli confraternizar e ao ver ali metade do elenco em descontracção total fiquei com vontade de criar um ponto de encontro onde os artistas pudessem ter o seu espaço, ou pura e simplesmente fazer a mais banal das saídas, que é ir ao restaurante e estar entre amigos”, esclarece o empresário.O Restaurante Caçoila está localizado na Rua Oeiras do Piauí, 12 e 12A, em frente às Oficinas da CM Oeiras. Funciona sem interrupções das 11h30 às 00h00 e encerra ao domingo depois de almoço e à segunda­feira.

Caçoila reabriu

Praia de Sto. Amaro tem cadeiras anfíbias

No âmbito do projecto «Praia Acessível», a Praia de Santo Amaro de Oeiras disponibiliza até ao final de Agosto cadei­ras de praia anfíbias e outros equipamentos de apoio à mobilidade, a fim de facilitar o acesso dos cidadãos com deficiência ou incapacidade à praia e aos banhos de mar.À semelhança dos anos anteriores, a acção decorre diariamente entre as 09h30 e as 13h00, junto ao bar «O Amarelo», sendo de realçar que a utilização destes meios está prevista para crianças e adultos, através das instituições que frequentam ou a título particular.O projecto «Praia Acessível» foi criado em 2005 pela Câ­mara Municipal de Oeiras, em parceria com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oeiras e a Cooperativa de São Pedro de Barcarena.

Os gerentes recebem os convidados

de honra

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22 27 Julho 2009Previsões para Agosto

LeãoCarneiro Sagitário

CapricórnioTouro Virgem

Gémeos Balança Aquário

PeixesEscorpiãoCaranguejo

Carta do Mês: Ás de Ouros, que si­gnifica Harmonia e Prosperidade.Amor: Cuide da sua aparência física para conquistar quem tanto deseja.

Seja o primeiro a dar o exemplo!Saúde: Poderá surgir uma gripe inesperada, pre­vina­se.Dinheiro: Poderá conseguir atingir o seu objec­tivo, com a ajuda de patrocínios que irão surgir.Número da Sorte: 65Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11

Carta do Mês: Cavaleiro de Copas, que significa Proposta Vantajosa.Amor: Um amigo irá declarar­ ­lhe uma paixão por si. Que a com­

preensão viva no seu coração!Saúde: Cuide melhor da sua alimentação.Dinheiro: Pode ter uma nova proposta de tra­balho.Número da Sorte: 48Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15

Carta do Mês: Rainha de Paus, que significa Poder Material e que pode ser Amorosa ou Fria.Amor: Seja mais carinhoso com o seu

par. Que os seus mais belos sonhos se tornem realidade.Saúde: Faça exames de rotina.Dinheiro: Não se deixe abater por uma maré menos positiva nesta área da sua vida, pois nem tudo está perdido.Número da Sorte: 35Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19

Carta do Mês: Ás de Copas, que si­gnifica Principio do Amor, Grande Alegria.Amor: Procure dar atenção às ver­

dadeiras amizades. Que a verdadeira sabedoria entre no seu coração!Saúde: Tenha mais confiança e valorize­se mais.Dinheiro: Cuidado com as intrigas no local de trabalho.Número da Sorte: 37Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20

Carta do Mês: 4 de Ouros, que signi­fica Projectos.Amor: Poderá sentir uma atracção por um amigo. Seja honesto consigo

próprio, não tenha receio de reconhecer os seus erros e traçar novas rotas de vida, só assim poderá alcançar a felicidade que tanto deseja e merece!Saúde: Não seja hipocondríaco.Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos.Número da Sorte: 68Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16

Carta do Mês: a Torre, que significa Convicções Erradas, Colapso.Amor: Uma boa conversa com o seu companheiro fortalecerá a vossa rela­

ção. A força do impulso está em si e só você pode criar as circunstâncias propícias à realização dos seus projectos.Saúde: Cuidado com os rins, beba muita água.Dinheiro: Poderão surgir boas oportunidades, não as deixe fugir. Número da Sorte: 16Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12

Carta do Mês: 10 de Espadas, que significa Dor, Depressão, Escuridão.Amor: Poderá sentir­se confuso em relação aos sentimentos pelo

seu parceiro. Não deixe que os assuntos domésticos interfiram na sua vida amorosa.Saúde: Não terá que se preocupar, está em plena forma.Dinheiro: Um amigo poderá solicitar a sua ajuda profissional, não se negue a ajudá­lo.Número da Sorte: 60Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13

Carta do Mês: Lua, que significa Falsas Ilusões.Amor: Saia mais com os amigos e divirta­se. Exercitar a arte de ser feliz

é muito divertido!Saúde: O seu sistema nervoso anda um pouco alterado, tente manter a calma. Dinheiro: Tenha em atenção os gastos ines­perados.Número da Sorte: 18Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17

Carta do Mês: 9 de Copas, que signi­fica Vitória.Amor: O seu coração poderá ser invadido pela saudade, o que o vai

deixar melancólico. Procure sempre o que é bom e belo dentro de si.Saúde: Previna­se contra constipações.Dinheiro: Nada o preocupará.Número da Sorte: 45Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21

Carta do Mês: O Sol, que significa Glória, Honra.Amor: As pessoas mais velhas da sua família sentem a falta do seu carinho

e atenção, não se esqueça delas. Viva a sua vida para que o seu exemplo possa servir de modelo aos outros!Saúde: Cuidado com os acidentes domésticos.Dinheiro: Com trabalho e esforço conseguirá atingir os seus objectivos.Número da Sorte: 19Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22

Carta do Mês: 7 de Ouros, que signi­fica Trabalho.Amor: Os defeitos também fazem parte da personalidade, não espere

encontrar alguém perfeito. Seja paciente quando o comportamento dos outros não corresponder às suas expectativas.Saúde: Poderá sofrer de dores de dentes.Dinheiro: Nada o preocupará.Número da Sorte: 71Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18

Carta do Mês: Cavaleiro de Espadas, que significa Guerreiro, Cuidado.Amor: Deixe de lado as tristezas e aproveite mais efusivamente os

momentos bons que a vida lhe oferece. Esteja aberto aos desafios que a vida lhe coloca, aceite­os e enfrente­os com coragem.Saúde: Cuidado com a sua circulação sanguí­nea.Dinheiro: Período sem alteração nas finanças.Número da Sorte: 62Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14

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Lazer 2327 Julho 2009

D i v e r t i d o

P r o v é r b i o s- Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta. - Em Agosto, antes vinagre do que mosto. - Em Agosto, nem vinho nem mosto.

- Em Agosto, Sardinhas e mosto. - Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.

- Não é bom o mosto colhido em Agosto.

Su

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P e n s a m e n t oUm homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.

(Mahatma Gandhi)

Sardinhas sem sono- Sabias que as sardinhas não dormem?- Não?- Não, só passam pelas brasas...

A loira e a pizzaA loira pede uma pizza pelo telefone, ao que a menina da pizzaria pergunta: - A senhora quer que eu corte em quatro ou em oito pedaços?- Em quatro, por favor! Eu jamais conseguiria comer oito pedaços.

Bêbado no infernoUm bêbado morre e vai para o Inferno. Chegando lá, encontra o Diabo e pergunta-lhe:- Onde é que param as mulheres?- Mulheres? - Exclama o Diabo - Aqui não há mulheres!E diz o bêbado:- Olha...olha...Não há mulheres! Vais dizer-me que esses chifres te saíram numa rifa?

Resposta na ponta da línguaUm homem diz à sua mulher:- Não sei como consegues ser tão bonita e tão estúpida ao mesmo tempo.- Permite-me que te explique, responde a mulher. Deus fez-me bonita para que te sentisses atraído por mim; e Deus fez-me estúpida para que me sentisse atraída por ti.

Anti-StressCuidado com o stress porque mais vale chegar atrasado neste mundo... do que adiantado ao outro.

E s t a n t e

Ariane apresentou no dia 3 de Julho, no decorrer de uma festa em Cascais, o seu novo álbum «Libertad», editado pela Ovação.No seu novo disco, a cantora re-vela-se como autora e compositora, contando neste trabalho com a participação dos instrumentalistas Fidu, Luís Santos e Jean Marc Charmier.O primeiro tema, “Lágrima”, in-ter­pr­etado com nuances de fla­mengo, é um dos poucos originais de Amália Rodrigues. O segundo, “Bamboleando”, é o tema de apresentação e o escolhido para o vídeo clip realizado por João Pedro Dias, premiado pelo festival DOCLisboa.A cantora Ariane já aceitou o con-

vite apresentado pelo realizador para participar no seu projecto para cinema como actriz e cantora, sendo que a rodagem terá início em Agosto do corrente ano.

Ariane regressa com “Libertad”

U m a v i s i t a

O Museu da Presidência da Repú-blica inaugurou, no passado dia 22 de Julho, a exposição “Jardim da Cascata”, no contexto da reabi-litação dos antigos Viveiros de Pássaros e Cascata dos jardins do Palácio de Belém. A antiga estrutura arquitectónica, que em tempos serviu de gaiola para aves exóticas que chegavam de vários pontos do Império português, torna-se assim num espaço disponível para exposições e pequenos espectáculos. Na exposição “Jardim da Cascata” é apresentada a história dos Viveiros

Museu da Presidência inaugura exposição

de Pássaros, investigação botânica, zoológica e etnogr­áfica feita na época, um conjunto de estampas e desenhos de aves e cerca de cinco dezenas de espécies de aves exóticas embalsamadas, oriundas da África e Brasil, e seleccionadas pelo Museu de História Natural da Universidade de Coimbra e pela Secção de Zoologia do Jardim Botânico Tropical. A exposição estará aberta até 22 de Outubro, de Terça a Sexta-Feira, das 14h00 às 17h30, e Sábados e Domingos, das 10h00 às 17h30.

A c o n s e l h a

Nunca vá ao supermercado com o estômago vazio: é mau para a carteira e fatal para a silhueta. Todos os alimentos lhe vão parecer deliciosos e apetecíveis e vai colocar demasiadas guloseimas e caprichos no carrinho.O melhor é ir às compras com uma

Fazer das Compras um acontecimento

amiga e fazer disso um pequeno acontecimento. Por exemplo, dê um passeio relaxante pela zona da fruta, depois de um grande pequeno-almoço. Por lá, encontrará frutas frescas e legumes tenros da melhor qualidade, provenientes de cultivos domésticos.

Page 24: Gabriel Oliveira regressou ao passado com Feira · cerca de 4.000 metros quadrados e apresenta um percurso histórico que fez de Oeiras o que a organização define como “um concelho