fusão: quem paga esta conta? - bancariosabc.org.br · ao sancionar a lei da super receita, vetou...

4
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC - Filiado à Fetec SP/CUT e Contraf/CUT ANO XV Nº 647 - JUNHO DE 2009 Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br Assembleia de prestação de contas Na próxima terça-feira, dia 9, será realizada a assembleia de prestação de contas do exercício de 2008 do Sindicato. Dia: 09/06. Horário: 19h - Local: Associação dos Aposentados - rua 24 de Fevereiro, 554 , bairro Casa Branca, Santo André Fusão: Quem paga esta conta? Bancários se mobilizam pela manutenção do emprego, direitos, avanço em novas conquistas e contratações

Upload: vantruc

Post on 02-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC - Filiado à Fetec SP/CUT e Contraf/CUT

ANO XV Nº 647 - JUNHO DE 2009Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br

Assembleia de prestação de contasNa próxima terça-feira, dia 9, será realizada a assembleia de prestação de contas do exercício de 2008 do Sindicato.

Dia: 09/06. Horário: 19h - Local: Associação dos Aposentados - rua 24 de Fevereiro, 554 , bairro Casa Branca, Santo André

Fusão:

Quem paga esta conta?Bancários se mobilizam pela manutenção do emprego, direitos, avanço em novas conquistas e contratações

2 Nº 647 - JUNHO DE 2009

Notas

O Comando dos Funcionári-os da Nossa Caixa realizou emmaio discussão sobre reajuste doPlus (Plano Unificado de Saúde)que, pela proposta da direção dobanco ao Comitê Gestor de Saú-de, seria de 25,51% para depen-dentes não preferenciais e apo-sentados. O valor seria aplicadono final do prazo de gratuidadeoferecido a funcionários que ade-riram ao PDV em 2004 e tam-bém acabaria o subsídio conce-dido a pai, mãe e sogros peloacordo de 2005, que terminouem maio de 2009.

A executiva do Comando sereuniu com dirigentes do Econo-mus no último dia 26 para tratardo FEAS, o Fundo Economus deAssistência Social. A proposta do

PLUS/Nossa Caixa

Reajuste pode inviabilizar manutençãoAumento seria de 25,51% para dependentes não preferenciais e aposentados

presidente do conselho foi suspen-der o ingresso de novos participan-tes até o fechamento de um acor-do, mas a executiva do Comandonão aceitou e solicitou negociaçãocom o BB para discutir em conjun-to Plus e FEAS. “Ficou claro que osrepresentantes do BB entendemque o assunto deve ser discutidologo, faltando a formalização desseentendimento, o que a executivado Comando dos Funcionáriosbusca via negociação”, afirma Ma-rilda Marin, diretora do Sindicato.

Cassi - Foi também discutido ocontrato de reciprocidade aprova-do na reunião do conselho da Cassie que ainda não era de conhecimen-to dos representantes dos trabalha-dores. “O Economus foi contrata-do para administrar a assistência

médica dos funcionários da Nos-sa Caixa e será de responsabilida-de do banco transferir a gestãodos planos para a Cassi”, ressaltaa diretora. Ela acredita que a ne-gociação com o BB será o melhorcaminho, pois caso o reajusteocorra com o fim do subsídio oplano ficará inviável não só paradependentes não preferenciaiscomo para muitos aposentados.

Orientação - As carteirinhasvenceram no dia 31/05, e a orienta-ção é continuar a utilização do pla-no, já que o Economus se nega àemissão de novas. O banco aindanão se definiu em relação aos apo-sentados que aderiram ao PDV enão optaram por permanecer noPlus. Veja mais orientações nowww.bancariosabc.org.br.

Negociação

Comando Nacional e Fenabandiscutem novo modelo de PLR

Foi realizada na última sexta-feira (29) no Rio de Janeiro rodadade negociação entre o ComandoNacional dos Bancários e a Fena-ban (Federação Nacional dos Ban-cos). O principal assunto tratadoentre as representações foi a Parti-cipação nos Lucros e Resultados(PLR). O secretário-geral do Sin-dicato, Eric Nilson, participou dodebate.

“Na reunião ficou claro que omodelo adotado está saturado. Épreciso evoluir na fórmula, já queexistem outros indicadores quepodem servir como base para aPLR, e não somente o lucro líqui-do”, explica Eric. O movimentosindical exige que os bancáriostenham como acompanhar os re-

sultados e calcular precisamente ovalor a ser recebido. Com o con-ceito atual sobre lucros, os bancospublicam mais de um resultadodiferente, o que confunde os em-pregados. Confira no sitewww.bancariosabc.org.br as pre-missas para a PLR.

Outra reivindicação dos traba-lhadores é para que as instituiçõesfinanceiras deixem de descontarda PLR os programas próprios de

remuneração variável.Campanha salarial – A rodada

de negociação da última semanaantecipa os debates com a institui-ção patronal que seriam feitos nacampanha salarial. O objetivo dosrepresentantes dos bancários é che-gar em setembro – data base dacategoria – com os novos parâme-tros já definidos. Ainda nesta sema-na deverá ser divulgada nova datapara negociação.

Bancários exigem fórmulajusta e simplificada de PLR;nova negociação deve sermarcada para a próximasemana

Contraf -CUT

Representantes da Contraf/CUT em negociação com a Fenaban

Ministério Públicoreitera que Emenda 3 éinconstitucional

O Ministério Público da União(MPU) e o Ministério Público do Tra-balho (MPT) divulgaram nota técni-ca conjunta, no dia 21, reiterando quea Emenda 3 é “flagrantemente incons-titucional”. Por esta razão pedem aosparlamentares, que “seja mantido oveto” do presidente Lula à emenda.Com a emenda, patrocinada porgrandes empresas, os fiscais do Mi-nistério do Trabalho não poderãomais autuar as falsas pessoas jurídi-cas, abrindo caminho para a terceiri-zação indiscriminada e a precariza-ção das relações trabalhistas, com ofim do 13º, férias, licença-maternida-de, tíquetes, PLR e todos os demaisdireitos. Segundo o Executivo e o Po-der Judiciário, a emenda fere o inte-resse público, pois “na prática impedea fiscalização de fiscalizar, retirandodo trabalhador o direito de ser protegi-do pelo Estado contra a prática de con-tratação sob formas precarizantes, dis-farçadas de trabalho autônomo, even-tual ou sem vínculo de emprego”.

Bancários devempressionar CongressoNacional

No sistema financeiro a Emenda 3teria efeitos catastróficos. Mesmo comtodas as restrições que existem hoje,os bancos têm terceirizado de formailegal. Os terceirizados ficaram de forada Convenção Coletiva dos Bancáriose sem a proteção da legislação traba-lhista. A Emenda 3 entrou de contra-bando no Projeto de Lei da Câmaraque criou a Super-Receita. De autoriado ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB), a emenda proíbe auditores daReceita Federal de autuarem as em-presas prestadoras de serviços cons-tituídas por uma única pessoa (PJ),além de diminuir o poder dos fiscais dotrabalho, que não mais poderiam ins-pecionar e autuar empresas que des-cumprissem a legislação.

Depois de muita pressão do mo-vimento sindical, o presidente Lula,ao sancionar a lei da Super Receita,vetou essa emenda no dia 16 demarço de 2007. Agora, empresários emeios de comunicação estão pressi-onando para que o Congresso Naci-onal derrube o veto do presidente eessa emenda passe a valer.

3Nº 647 - JUNHO DE 2009Acesse a página do Sindicato: www.bancariosabc.org.br

NotasItaú/ Unibanco

Bancários cobram emprego e PCRpara todos os funcionáriosOutra reivindicação é que o melhor dos dois planos de saúde seja garantido aos funcionários

A Comissão de Organização dosEmpregados (COE) do Itaú/Uni-banco e a Contraf-CUT reuniram-se, na última quinta-feira, 28, coma direção do banco para dar conti-nuidade nas negociações frente aoprocesso de fusão atualmente emcurso. Estiveram na pauta a garan-tia de emprego, central de realoca-ção, PCR (Participação Comple-mentar nos Resultados) e equaliza-ção de direitos.

O banco assegurou que este anoa PCR será estendida a todos osfuncionários dos dois bancos.

“O movimento sindical luta praque sejam mantidos e estendidosos direitos dos trabalhadores doItaú/Unibanco. Um exemplo é anegociação do plano de saúde, quereivindicamos que o melhor dosdois planos seja garantidos aos tra-balhadores”, afirmou Adma Go-mes, diretora do Sindicato e fun-cionária do Itaú.

Centro de realocação - A dire-ção do banco mostrou que já fo-ram realocados 1.135 bancários eoutros 302 estão em processo demudança de área, totalizando1.437, incluindo funcionários dafinanceira Taií.

Os dirigentes sindicaisquestionaram a dificuldadede acesso no sistema de lo-calização de vagas dispo-níveis aos funcionários dosdois bancos. A empresa as-sumiu o compromisso desolucionar o problema.

O movimento sindicaltambém cobrou mais postosde trabalho nas agências das ins-tituições.

Equalização de direitos -Foi pedida garantia de pre-servação e extensão dos di-reitos dos bancários dosdois bancos, aí incluída amanutenção do IAPP (ins-tituto do Unibanco quesubsidia financiamentos,seguros, etc).

Em relação aos convêni-os médicos, o banco informou quecontratou consultoria para forma-tar uma proposta que unifique osplanos de saúde dos dois bancos.O movimento sindical espera ne-gociar em breve as condições queenvolvem os planos de saúde dasduas empresas.

Outro assunto bastante discu-tido foi o Plano de Cargos e Salá-

rios (PCS).PDV para aposentados - O ban-

co apresentou aos dirigentes sindi-cais seu Plano de Demissão Volun-tária para os bancários que já estãoaposentados pelo INSS ou estão emcondições de se aposentar, mas con-tinuam trabalhando na empresa.Confira as propostas do banco nosite www.bancariosabc.org.br.

O Grupo Santander quermodificar as regras do Holanda-Previ a partir do dia 1° de junho.Para isso distribuiu uma cartilhapara os funcionários que escon-de a verdade. Com a modificaçãoo banco irá diminuir considera-velmente seu aporte.

“O banco está diminuindo suaparticipação na formação da re-serva matemática em nome dosfuncionários. Antes da propostade mudança, o banco contribuía,em média, com 4 por 1. Com a

Plano de Previdência/Real

Banco quer mudar regras do HolandaPreviO Sindicato orienta os bancários a não assinarem nenhum tipo de adesão

implantação das mudanças, o ban-co passaria a contribuir com 1 por1. Isso significa dizer que a dimi-

nuição na contribuição do bancoinfluenciará na reserva matemá-tica e, consequentemente, numcomplemento de aposentadoriamenor para os participantes”, co-menta Orlando Puccetti Junior, di-retor do Sindicato dos Bancáriosdo ABC e funcionário do Real.

A orientação é para que osbancários não assinem qualquertipo de adesão até que o Sindicatotenha garantias de que os partici-pantes do fundo não venham ater prejuízo.

HSBC: dirigentessindicais se reúnemem Curitiba

Será realizado entre os dias 2 e 4 dejunho, em Curitiba (PR), o Encontro Na-cional de Dirigentes Sindicais do HSBC.O objetivo do encontro é debater a situ-ação da empresa no Brasil (mudançana diretoria, perfil de atuação, fecha-mento de agências, venda de empre-sas do grupo para o Bradesco, entreoutros assuntos), além de atualizar apauta de reivindicações. Os diretoresdo Sindicato Belmiro Moreira e RenatoForesto estarão presentes.

Santader/Real aindanega adicional de PLR

O Comitê de Relações Trabalhis-tas dos funcionários Santander reu-niu-se com representantes do bancono último dia 26 visando dar continui-dade nas negociações. O objetivo docomitê é o pagamento de uma parce-la adicional de PLR. Embora já existao reconhecimento do banco que o pa-gamento reivindicado seja devido, nãohouve avanços na negociação dovalor a ser pago. Nos próximos dias ocomitê voltará a se reunir com a dire-ção do banco para buscar uma solu-ção definitiva para o impasse.

BB: começaram asnegociações

Estão acontecendo os debates dasmesas temáticas de remuneração,saúde e condições de trabalho e fu-sões e incorporações. A instituição dasmesas é uma conquista da campa-nha salarial dos bancários de 2008.Esses debates são importantes pararesolver os problemas pontuais do fun-cionalismo do BB.

Seb

ABC

Seja sócio do sindicatoVocê só tem a ganhar

Adma Gomes é membro da COE

Gerardo Lazzari

4 Nº 647 - JUNHO DE 2009

Presidenta: Maria Rita Serrano. Diretor de Imprensa: Ageu Ribeiro. Jornalista responsável e redação: Juliana Satie (MTB 39.567). Colaboração: MariaAngélica Ferrasoli (MTB 17.299). Estagiário: Fábio Munhoz. Sede: Rua Cel. Francisco Amaro, 87, Centro, Santo André, SP. CEP: 09020-250. Fone: (11) 4993-8299. Fax: (11) 4993-8290. Projeto gráfico: Interarte Comunicação. Impressão: NSA. Editado em 01/06/2009. Tiragem: 7 mil. Site: www.bancariosabc.org.br.E-mail: [email protected].

O principal responsável pelaslongas filas nas agências bancáriasé a baixa quantidade de caixasfuncionando, segundo pesquisarealizada pelo Idec (Instituto deDefesa do Consumidor). Essa si-tuação seria evitada se os bancosatendessem a reivindicação doSindicato, que é a contratação demais funcionários.

“Faltam funcionários nas agên-cias de todos os bancos. Isso causaacumulo de trabalho, problemasde saúde devido a movimentosrepetitivos, assédio moral, horas-

Guichês vazios

Falta de funcionários provoca filas demoradasextras e as longas filas. Muitos cli-entes não entendem que a demo-ra no atendimento não é culpa dosbancários”, afirma Gheorge Vitti,diretor do Sindicato e funcionáriodo Bradesco.

Reclamações – Segundo oIdec, o Banco do Brasil é o cam-peão das longas filas.Com a faltade funcionários e filas interminá-veis, principalmente em dia depagamento de contas, funcionári-os e clientes ficam mais estressa-dos. No último período, o bancoretirou guichês e funcionários da

área de atendimento dos caixas.“A culpa da falta de funcionáriosnão é do bancário, mas é ele queestá ali e acaba recebendo as quei-xas dos clientes. Muitos chegam aser agredidos verbalmente”, lem-bra Otoni Lima, diretor do Sindi-cato e funcionário do Banco doBrasil.

Falta de segurança – A segu-rança do trabalhador bancário éoutra reivindicação do Sindicato.Algumas agências retiraram asportas giratórias das agências eoutras têm falta de vigilantes.

Bancos retiram guichês de algumas agências; bancários sofrem pressão dos bancos, clientes e falta de condições de trabalho

Foram eleitos na semana pas-sada os delegados para o mandatode 1º/06/2009 à 31/05/2010, coma função de representar seus cole-gas. A presença do delegado é fun-damental para organização dostrabalhadores, já que são o elo deligação direta entre o Sindicato eas unidades de trabalho. Para ga-rantir o efetivo exercício de seumandato o delegado tem direito aestabilidade de permanência namesma agência.

De todos os bancos apenas oBanco do Brasil e a Caixa Federalpossuem a figura do delegado. NoBB é eleito um delegado a cada 80

Caixa Federal

Eleitos delegados para mandato 2009/2010Apenas a CEF e o BB possuem delegados sindicais, modelo que pode ser seguido e implantado nos bancos privados

funcionários. Na CEF a represen-tatividade é mais democrática, umpor cada unidade de trabalho. Nosbancos privados, apesar do insis-tente pedido dos sindicatos, os pa-trões ainda se negam a garantiressa forma de organização.

“O Sindicato parabeniza oseleitos e conta com eles na tarefade organizar e melhorar as condi-ções de trabalho dos colegas”, afir-ma Diego Costa, diretor do Sindi-cato e funcionário da CEF.

Delegados eleitos - MarcioCampos de Lima (Santo André),Daniel Gonçalves Ribeiro (SãoCaetano), Rivaldo Tetsuo Suzuki

(Mauá-titular), Sidnei AparecidoGarcia (RET PV Mauá – suplente),Raquel de Oliveira Arraez (RET PVRibeirão Pires), João Geraldo Ri-beiro (Rudge Ramos – titular), JoséAntonio Fonseca (Rudge Ramos –suplente), Alexandre Hissaiti Hi-raga (RET PV Utinga), Ronny Pe-terson da Costa (Magnólia), Dani-lo Erreria de Goes (Vila Gerty), Ro-sana de Sousa Ferreira (ABC Pla-za), Aparecida de Jesus Silva (Ba-rão de Mauá – titular), João RosaMartins Filho (Barão de Mauá –suplente), Benedito Pereira deMatos (Senador Flaquer), Emer-son Pinto de Mesquita (Jd. ABC),

Rafael de Moraes Viana (Vl. Gil-da), Dionísio Caramelo Castanhei-ro (Baeta Neves), Ricardo Castelli-ni (Praça da Bíblia), Aleir Pedrosodos Passos Mazziero (Carijós – ti-tular), Aymoré Cunha Gonçalves(Carijós – suplente), Jeferson Cha-legre Navarro (Presidente Kenne-dy), Andréa Regiane Ribeiro (Vl.Assis), Marcio de Almeida ValleRego (Paulicéia), João AlexandreC. Rocha (Canhema), Jaqueline deAquino Mazzaro (Piraporinha),Florivaldo Azevedo (Vila Pires),André Baldi de Luccas (Parque dasNações) e Ana Lucia Pafume DelDono (Av. Goiás).

Depois de três dias de para-lisação, que fechou até mesmoas agências bancárias do Distri-to Federal, os vigilantes de Bra-sília conquistaram aumento de8% no salário (acima da infla-ção) a partir de 1º de maio. Acategoria garantiu ainda au-mento no valor do tíquete ali-mentação de R$ 9,55 para R$12,00. O Sindicato dos Bancári-os de Brasília conseguiu liminarna Justiça na última quarta-fei-ra, 27, proibindo o Bradesco deabrir as agências sem a presen-ça de vigilantes. A paralisaçãoconsolidou-se com mais de 90%de adesão da categoria e contoucom total respaldo do Sindica-to dos Bancários de Brasília

Vigilantesconquistamaumento real