fundos da criança e da adolescência - página de entrada · tipos de gestÃo de recursos a) ......

95
1 FUNDOS DA CRIANÇA E DA ADOLESCÊNCIA José Carlos Garcia de Mello Auditor Público Externo - APE-Contador Superintendente de Controle Externo do Tribunal de Contas do RS

Upload: phamdung

Post on 08-Feb-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

FUNDOS DA CRIANÇA E DA ADOLESCÊNCIA

José Carlos Garcia de MelloAuditor Público Externo - APE-Contador

Superintendente de Controle Externodo Tribunal de Contas do RS

2

TIPOS DE GESTÃO DE RECURSOS

a) Por caixa única

Estrita observância ao princípio da Unidade de Tesouraria (art.

56 - LF 4.320/64). Não permite fragmentação para criação de caixas especiais;

b) Gestão por fundos especiais naturais

Atividades agrupadas em remunerados e não remunerados.

Nestes casos, cada atividade ou grupo de atividade constituirá um fundo

especial, o qual por sua vez expresse restrição natural sobre um conjunto de

valores, um valor ou um ativo apenas. As receitas obtidas se vinculam às

próprias atividades que as geraram;

c) Gestão por fundos especiais regulamentados

Receitas determinadas em lei. Não significa que outros ativos

não possam constituí-los.

3

FUNDOS ESPECIAIS REGULAMENTADOS

1 - CONCEITUAÇÃO : - ART. 71 LF 4320/64

Fundos são “produtos de receitas especificadas que, por lei, se

vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção

de normas peculiares de aplicação” (art.71, da Lei Federal nº 4.320/64), ou seja,

FUNDOS são parcelas de recursos financeiros reservados para determinados

fins especificados em lei, os quais devem ser alcançados através de planos de

aplicação elaborados pelo respectivo gestor, sujeito obrigatoriamente ao

controle interno e do Tribunal de Contas.

2 - CARACTERÍSTICAS:

São as seguintes as características do Fundo Especial conforme

disposto na Lei 4.320/64:

- Receitas especificadas: o fundo especial deve ser constituído de

receitas específicas instituídas em lei;

- Vinculação à realização de determinados objetivos ou serviços:

ao ser instituído, o fundo especial deverá vincular-se à realização de programas

de interesse da administração, compatíveis com as necessidades da comunidade,

cujo controle é feito através dos respectivos planos obrigatórios de aplicação e

que acompanham a lei orçamentária;

- Normas peculiares de aplicação: a lei que instituir o Fundo

Especial deverá estabelecer ou dispor sobre a destinação dos seus recursos;

Em resumo:

- Criação por lei;

- Receitas especificadas em lei;

- Normas peculiares de aplicação.

4

3 - NATUREZA JURÍDICA:

É um fundo especial, de acordo com o que preceitua o Art. 71 da

Lei 4.320/64. Constitui-se numa diretriz da política de atendimento conforme

dispõe o inciso IV do artigo 88 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei

8.069/90).

O Fundo é um aporte de recursos financeiros reservados para o

suprimento de um determinado setor primário. Como tal, o Fundo não tem

personalidade jurídica e muito menos é órgão ou entidade. Sua natureza

especial objetiva facilitar a aplicação de recursos alocados, com vista ao

cumprimento mais imediato das finalidades concernentes ao órgão ou atividade

a que se vincula.

Embora autônomo na deliberação do destino dos recursos

vinculados aos seus fins, não tem autonomia administrativa e financeira,

subordinando-se à administração pública municipal.

Sujeita-se a princípios como o da movimentação em conta

bancária especial em banco oficial, da transferência de eventual saldo positivo

para o exercício seguinte, da vinculação do ingresso da receita à unidade de

tesouraria, “vedada a fragmentação para a criação de caixas especiais” (art. 56

da Lei 4.320/64) e da unidade orçamentária, entre outros.

Em resumo:

- Não tem personalidade jurídica própria;

- Certa autonomia administrativa / financeira;

- CGC do Município

- Conta bancária especial em nome do Município/Fundo

- Integra Orçamento do Município(CF art.165,§ 5º, I);

- Quadro de Pessoal do Município;

5

- Patrimônio do Município ou conforme definido na lei.

4 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:

Os fundos a que se refere o artigo 88, inciso IV, do Estatuto da

Criança e do Adolescente estão disciplinados no artigos 71 a 74 da Lei Federal

nº 4.320, de 17 de março de 1964, a lei que institui normas gerais de Direito

Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, do

Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

A lei que cria os Fundos Estadual ou Municipal deverá

estabelecer: os objetivos; a receita; a destinação dos recursos; a gestão; e a

execução. Os detalhamentos deverão ser previstos no decreto que a

regulamentar.

Em resumo:

- Disciplinado pela LF 4320/64;

- Necessidade de lei Municipal para sua criação;

- Regulamentação e Detalhamento do funcionamento através de

Decreto do Executivo;

- Sempre vinculados a uma secretaria ou órgão.

5 - FONTES DE RECURSOS:

Dentre as fontes dos recursos que podem constituir o Fundo

destacam-se:

a) Dotações orçamentárias do Executivo Municipal:

O diagnóstico da situação da infância e da adolescência do

Município e o Plano de Ação elaborado pelo Conselho dos Direitos da Criança

6

e do Adolescente motivarão o Poder Executivo na alocação de recursos

orçamentários suficientes para o desenvolvimento de programas e metas.

O Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente deve

encaminhar ao Poder Executivo, até o mês previsto na Lei Orgânica Municipal,

o Plano de Aplicação para ser incluído na proposta orçamentária, a ser

examinada e aprovada pelo Poder Legislativo. Na elaboração desse plano

devem constar as fontes de receitas e a previsão das despesas.

Quando o Fundo for criado com o exercício em andamento a

inclusão dos valores no orçamento, dar-se-á por Créditos Especiais, nos termos

da Lei Federal 4.320/64.

b) Doações de pessoas físicas e jurídicas, incentivadas ou não.

Pela Legislação Federal, que regulamenta o Imposto de Renda,

podem ser deduzidas as doações ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e

do Adolescente, efetuadas até 31/12 do respectivo exercício. No entanto, a soma

das deduções está limitada a 6% do valor do imposto calculado para as pessoas

físicas.

No que se refere a pessoa Jurídica a matéria está também

contemplada no Decreto 794 de 05/04/93. Tal dispositivo e a legislação do

Imposto de Renda, facultam às empresas que fazem apurações mensais ou

anuais destinarem 1% do imposto de renda devido à União para o Fundo.

c) doações e legados diversos.

- produto de venda de materiais, publicações e eventos;

- recursos provenientes dos Fundos Nacional e Estadual de

Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

- outras receitas destinadas pelo Poder Executivo provenientes

de percentual de arrecadação de aluguéis, eventos, taxas, etc.

7

d) multas e penalidades administrativas:

As multas decorrentes de condenação em ações cíveis e da

aplicação de penalidades previstas nos arts. 228 a 258 da Lei 8.069/90,

reverterão para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

(arts. 154 e 214 do ECA).

Frente à notícia de alguma irregularidade prevista nos artigos

acima citados, a autoridade competente instaurará o procedimento, cabendo ao

Juiz determinar o valor da multa dentro dos limites previstos. A iniciativa da

comunicação de irregularidade cabe a todo cidadão, mas sobretudo aos

membros do Conselho Tutelar.

Exemplo: o médico deixar de comunicar ao Conselho Tutelar os

casos de que tenham conhecimento de maus tratos contra criança e adolescente.

Multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de

reincidência (art.245 do ECA).

e) transferência do governo estadual e federal.

A União, pela Constituição Federal (Art. 204), está proibida de

executar programas. Esses deverão ser desenvolvidos pelos Estados e

Municípios.

No entanto, ao Fundo Nacional caberá a aplicação de recursos

que fortaleçam Municípios e Estados, na execução de programas de proteção

especial, prioritariamente.

O Fundo do Estado voltar-se-á para programas estaduais e para o

apoio aos Municípios, suprindo eventuais deficiências na condução da sua

política de atendimento.

É importante que os Conselhos Estaduais e Municipais elaborem

uma relação de órgãos estaduais e federais que atuam na linha de cooperação

técnico-financeira e de quais são as suas prioridades para financiamento.

8

f) doações de governos internacionais e de organismos

nacionais e internacionais governamentais ou não

O Conselho de Direitos do Município poderá receber recursos

das Entidades Nacionais e Internacionais que financiam projetos para a infância

e Adolescência. Nesse sentido é importante que sejam conhecidas essas

Entidades e suas finalidades.

Em geral, cada Entidade privilegia determinadas ações ou

programas. Evidentemente, há a necessidade de planos consistentes e

convincentes.

g) receita de aplicações no mercado financeiro.

Os recursos do Fundo destinam-se para os programas de

atendimento à criança e ao adolescente. Por isso sua liberação deverá ser rápida.

Enquanto os recursos permanecerem no Fundo, podem ser aplicados no

Mercado Financeiro, evitando, assim, sua desvalorização.

Obviamente que os resultados das aplicações devem ser

incluídos no Plano de Aplicação a quem o Fundo se destina.

NOTA: É importante observar que os recursos para o Fundo são

garantidos em lei.

A não oferta de recursos ou a oferta irregular são corrigíveis com

base na Constituição Federal, pelas seguintes providências:

a) pelo exercício do direito de petição aos Poderes Públicos que

a Constituição garante a qualquer cidadão, nos termos do artigo 5º, inciso

XXXIV.

b) pela propositura, em juízo, de ação civil pública, por

associação, pelo Ministério Público, pela União, Estado ou Município, nos

termos do art. 208 e seguintes do Estatuto.

9

Em resumo, os recursos podem advir:

- Dotação Orçamentária do Executivo Municipal;

- Doações recebidas de PF e PJ incentivadas ou não;

- Doações e legados diversos (estaduais, Federais e Municipais);

- Receita de aplicação financeira;

- De convênio e similares;

- Outros especificados em lei.

6 - DESTINAÇÃO DOS RECURSOS:

Os recursos do Fundo Municipal destinam-se prioritariamente às

ações de atendimento à criança e ao adolescente, bem como aqueles que

venham indiretamente a beneficiá-los, de acordo com o Plano de Aplicação,

elaborado pelo Conselho, e que compreende:

a) Programa de Proteção Especial

São ações destinadas à criança e ao adolescente em situação de

risco pessoal e social no seu desenvolvimento integral.

Exemplo:

- Abandonados;

- Autores de ato infracional;

- Prostituição Juvenil;

- Dependentes de drogas

- Vítimas de maus tratos;

- Meninos(as) de rua.

10

b) Projetos de Pesquisa e de Estudos

Um plano de ação fundamentado tem necessidade de pesquisa e

estudos da situação da infância e da adolescência no município.

c) Projetos de comunicação e divulgação de ações de defesa

do ECA

d) Capacitação de Recursos Humanos

Os recursos humanos são fundamentais para um atendimento

adequado à criança e ao adolescente. O Plano de Aplicação pode prever

programas de capacitação de membros dos conselhos Tutelares, Dirigentes e

Monitores de Entidades e outras lideranças envolvidas na defesa dos direitos da

criança e ao adolescente.

e) Políticas Sociais Básicas

Em caráter transitório e excepcional, conforme deliberação do

Conselho de Direitos, o Plano pode prever projetos de Políticas Sociais Básicas

e de Assistência Social Especializada.

Nesse caso, o Município deve comprovar que aplicou os

percentuais definidos pela Constituição, nas políticas básicas.

NOTA: As destinação de recursos sempre deve fazer parte do

Plano de Aplicação, integrante do orçamento do município.

- Plano de Aplicação - distribuição dos recursos por área

prioritária que atendam os objetivos e intenções de uma política definida no

Plano de Ação.

Ressalte-se, ainda, que Plano de Aplicação nada mais é que a

distribuição dos recursos para as áreas consideradas prioritárias em relação aos

objetivos políticos fixados pelo Conselho.

11

É importante salientar que no Plano de Aplicação é obrigatória a

indicação da respectiva fonte de recurso a ser utilizado a determinado projeto ou

atividade. A liberação dos recursos existentes no Fundo só poderá ocorrer

mediante um Plano de Aplicação, o qual deverá ser aprovado pelo Conselho dos

Direitos da Criança e do Adolescente e incluído no orçamento pelo Chefe do

Poder Executivo.

- Plano de Ação - definição de objetivos e metas com a

especificação de prioridades que atendam a uma necessidade ou propósito de

quem decide.

A destinação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente, prioritariamente, deve ser para atender aos programas

de proteção especial.

Os recursos que forem destinados à Entidades de atendimento e

que resultarem na aquisição de algum bem, este pertencerá à Entidade.

Os recursos do só serão destinados às Entidades de atendimento

após cadastramento destas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente (art. 90 e 91 do ECA).

Em resumo, a destinação dos recursos deve atentar para os

objetivos:

Para os objetivos:

- Proteção Especial sempre;

- As vezes, pesquisa, estudo e divulgação

- Eventualmente, recursos Humanos

- Raramente, políticas básicas

Para o Plano de Aplicação.

12

7 - OPERACIONALIZAÇÃO:

- o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente participa

da elaboração e aprova o Plano de Ação e o Plano de Aplicação e fiscaliza a

aplicação dos recursos pelo Administrador do Fundo;

- os conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da

criança e do adolescente são órgãos deliberativos e controladores das ações em

todos os níveis e, através deles fica assegurada a participação popular paritária

por meio de organizações representativas segundo leis federal, estaduais e

municipais;

- a Administração do Fundo participa da elaboração do plano de

aplicação, atendendo o seu Plano de Ação e presta contas da aplicação dos

recursos ao Conselho de Direitos e ao Chefe do Executivo Municipal;

- a Administração do Fundo encaminha seu Plano de

Aplicação/Orçamento ao Chefe do Executivo/Secretaria a que estiver vinculado,

para que integre o orçamento do Município;

- os créditos adicionais devem obedecer o ritual previsto na LF

4320/64 (art. 40 a 46);

- emissão de empenho pelo fundo (PM /Fundo);

- os recursos não previstos/contemplados no orçamento estarão

disponíveis após lei de crédito especial encaminhada pelo Executivo ao

Legislativo;

- o Conselho gestiona, articula e delibera. Daí os Planos de Ação

e de Aplicação;

- a Administração Municipal administra e executa todas as

operações do Plano de Aplicação.

13

8 - ADMINISTRAÇÃO DO FUNDO:

O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,

por tratar-se de uma “Unidade da Administração Direta”( Unidade

Orçamentária), é contabilmente administrado pelo Poder Executivo.

O Administrador deve prestar contas da aplicação dos recursos

do Fundo ao respectivo Conselho, Chefe do Executivo Municipal e através

deste ao Tribunal de Contas.

Dentro deste critério insere-se a figura do “Ordenador de

Despesa” Este deve ser do quadro de funcionários, com vínculo empregatício

definido e subordinado ao Poder Executivo. O Ordenador das despesas deve ser

nomeado pelo Executivo, através de portaria, onde serão disciplinados os

limites, atribuições e prazos, caso necessário.

De posse do Plano de Aplicação do Fundo (a ser conduzido,

elaborado e aprovado pelo Conselho de Direitos), o Administrador fará o

Orçamento anual que integrará o Projeto de Lei Orçamentaria a ser

encaminhado ao Legislativo pelo Executivo.

O Fundo também pode receber recursos não contemplados no

orçamento. Entretanto, tais recursos, só poderão estar disponíveis após o

encaminhamento da Lei, oriunda do Executivo, à Câmara de Vereadores e

aprovada por esta. Estes recursos integrarão o Fundo, através dos chamados

Créditos Adicionais Especiais.

Todo e qualquer recurso recebido, transferido ou pago pelo

Fundo deve ser registrado e devidamente contabilizado pelo Município.

O Fundo integrará o Orçamento do Município como Unidade

Orçamentária com especificação e detalhamento dos programas, subprogramas,

projeto/atividade.

14

Em resumo:

- o administrador do fundo (Ordenador de Despesa) deve ser do

quadro efetivo de funcionários, com vínculo definido e subordinado ao

Executivo;

- o nomeação deve ser por Portaria, onde serão disciplinados os

limites, atribuições e prazos necessários;

- normalmente os fundos são administrados por Junta

Administrativa ( 3 membros );

- os Conselhos são órgãos deliberativos;

- o execução da despesa deve obedecer a lei 4320/64 e Lei

8666/93 - Licitações e alterações posteriores.

9 - CONTROLE:

Como em qualquer outro setor da administração pública, o

controle interno dos Fundos Especiais deve atender plenamente ao seu objetivo,

qual seja, sinteticamente:

- promover a eficiência e a economia nas operações;

- assegurar a precisão e confiabilidade das informações internas;

- atingir o cumprimento das metas e objetivos programados;

- o controle interno do fundo deve atender sinteticamente

operações;

- salvaguardar os recursos contra desperdícios ou perdas

indevidas;

- reduzir passivos e custos a um mínimo, cumprindo

efetivamente os propósitos da entidade;

- assegurar a confiabilidade das informações internas;

15

- atingir o cumprimento das metas e objetivos programados;

- o dever de controle administrativo é do administrador.

Assim, exige-se transparência e confiabilidade no controle das

ações vinculadas ao Fundo, a exemplo do que ocorre com qualquer outra ação

do Governo.

Os modelos de controle deverão atender as peculiaridades

próprias de cada entidade, devidamente compatibilizada com a sua dimensão e

com a complexidade de suas ações.

O controle administrativo é dever do Administrador.

A prestação de contas da aplicação dos recursos do Fundo pode

ser feita ao respectivo Conselho ou a quem este determinar.

No que se refere ao Controle Externo (Câmara de Vereadores e

Tribunal de Contas), estes deverão integrar a Prestação de Contas do chefe do

Poder Executivo Municipal.

Em resumo:

- Plano de Ação

- Plano de Aplicação

- Orçamento

- Aprovação do Poder Legislativo

- Controle Interno

- Prestação de Contas: ao Chefe do Executivo

Poder Legislativo

Tribunal de Contas, através do Chefe do

Executivo

Conselho de Direitos

16

10 - PAPEL DO CONSELHO DE DIREITOS:

O papel fundamental do Conselho de Direitos é o de deliberar e

controlar as ações, sendo uma instância pública de participação democrática

(art. 204 da C.F. e art. 88, II do ECA).

O ECA, no art. 88, IV, dispõe que o Fundo é vinculado ao

Conselho, e no art. 214, ao estabelecer os valores das multas, que reverterão ao

Fundo, diz que esse é regido pelo Conselho. Mais adiante, no art. 260, parágrafo

2º, afirma que “Os conselhos fixarão critérios de utilização, através de planos de

aplicação, das doações subsidiadas e demais receitas”.

A Lei 8.242, de 12.10.91, que criou o Conselho Nacional dos

Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, manteve estas atribuições

do Conselho, isto é, de fixar critérios de aplicação e gerir o Fundo.

Tudo indica que a expressão gerir é usada no sentido de

gestionar, exercer o controle. Não significa administrar, sendo essa tarefa

exercida pelo órgão público designada pelo Chefe do Executivo para execução

orçamentária e contábil do Fundo.

Por isso, ao Conselho, de composição paritária, ou seja, é

constituído da seguinte forma: metade do integrantes são da administração

pública e a sociedade civil, cabe a deliberação, e ao órgão acima referido, a

execução. O Conselho vai dizer o quanto de recurso será destinado para tal

programa de atendimento e o órgão público irá proceder a liberação e controle

dos valores dentro das normas legais e contábeis.

Podem-se destacar, então, as seguintes atribuições do Conselho,

em relação ao Fundo:

- aprovar (participa da elaboração) o Plano de Ação Municipal

dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Plano de Aplicação dos Recursos

17

do Fundo; este último deverá ser submetido, pelo Chefe do Poder Executivo, à

apreciação do Poder Legislativo (art. 165, parágrafo 5º, inciso I da C.F.);

- estabelecer os parâmetros técnicos e as diretrizes para aplicação

dos recursos;

- acompanhar e avaliar a execução, desempenho e resultados

financeiros do Fundo;

- avaliar e aprovar os balancetes mensais e o balanço anual do

Fundo;

- solicitar, a qualquer tempo e a seu critério, as informações

necessárias ao acompanhamento, ao controle e à avaliação das atividades a

cargo do Fundo;

- mobilizar os diversos segmentos da sociedade, no

planejamento, execução e controle das ações e do Fundo;

- fiscalizar os programas desenvolvidos com recursos do Fundo.

Essas atribuições do Conselho não colidem com o papel do

Poder Executivo na administração e controle do Fundo. Essas funções são

inerentes ao Poder Executivo. O fundo não é órgão, é uma Unidade

Orçamentária e não tem personalidade jurídica própria. Tem relativa autonomia

administrativa e financeira.

As funções do Conselho e do Poder Executivo, exigem uma

mudança de comportamento tanto da sociedade e de seus organismos

representativos, quanto de governantes, no que diz respeito ao exercício da

participação democrática.

As competências devem ser desenvolvidas num clima de

parceria. Novo tempo e nova prática, na política brasileira, são preconizados

pelo ECA, ao estabelecer exatamente o Conselho de Direitos da Criança e do

Adolescente como fórum de discussão e de negociação.

18

Em resumo:

- O Conselho gere o Fundo: gestiona, articula e delibera. Daí

resulta o Plano de Aplicação.

- A Prefeitura Municipal administra o Fundo: executa, conforme

o Plano de Aplicação.

11 - ETAPAS DA CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO

1º Projeto de Lei de Criação

- O Poder Executivo, com a participação da comunidade elabora

o Projeto e o encaminha ao Poder Legislativo para aprovação. Após, é

sancionado pelo Prefeito. Normalmente, criam-se o Conselho de Direitos,

Conselho Tutelar e o Fundo de Direitos da mesma Lei.

2º Regulamentação.

- Sanciona a Lei de criação, o Prefeito providenciará na

regulamentação, detalhando seu funcionamento, por Decreto.

3º Indicação do Administrador

- O Chefe do Executivo designa, através de portaria, o

administrador do Fundo.

4º Abertura de Conta Especial (conta vinculada).

- O administrador abre, em banco oficial, a conta do Fundo.

5º Elaboração do Plano de Ação e de Aplicação.

- O Conselho de Direitos elabora e aprova. O Chefe do

Executivo inclui no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Poder

Legislativo aprova. O Chefe do Executivo sanciona.

19

6º Montagem do Plano de Aplicação

- O Conselho de Direitos elabora tendo como base o Plano de

Ação e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

7º Aprovação do Orçamento

- O Poder Executivo integra o Plano de Aplicação na proposta

orçamentária e a envia ao Legislativo.

8º Recebimento dos Recursos

- O administrador registra as receitas do Fundo.

9º O administrador, segundo Plano de Aplicação, efetua as

despesas previstas.

10º Prestação de Contas

- O administrador, através de balancete presta contas,

mensalmente, ao Conselho de Direitos e, anualmente, ao Poder Legislativo e ao

Tribunal de Contas.

12 - CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES:

- As operações do fundo devem ter registros próprios, de

maneira a expressar com transparência a gestão dos recursos;

- A contabilidade pode ser centralizada no município ou

independente. Neste caso, deve ser informada à contabilidade central, através

de balancetes, as operações realizadas para fins de consolidação.

13 - PRESTAÇÃO DE CONTAS:

- ao Conselho ou a quem este determinar;

20

- ao Chefe do Executivo Municipal pois integra a prestação de

Contas deste;

- ao Poder Legislativo (juntamente com a Prestação de Contas do

Chefe do Executivo);

- ao Tribunal de Contas (juntamente com a Prestação de Contas

do Chefe do Executivo).

21

PLANO DE AÇÃO

1 - INTRODUÇÃO

Relatar resumidamente a situação da infância e da adolescência no

seu município (diagnóstico da situação).

2 - OBJETIVO GERAL

Neste item deverá espelhar o que se pretende com o plano de ação.

Ex.: Mudar, conservar, adaptar o que, para quem? Isto é, qual o objetivo a

alcançar e qual o tipo de cliente a ser atendido.

2.1 - Objetivos Específicos

Dizem respeito às prioridades estabelecidas e a forma de intervenção

que se pretende.

3 - METAS E PRAZOS

Meta - quantificação que se pretende atingir. Ex.; Promover

condições de atendimento a tantos meninos de rua;

Prazos - pôr quanto tempo se desenvolverá a ação prevista. Ex..: De

março a setembro de 199x, ou de janeiro a dezembro de 199y.

4 - PROGRAMAÇÃO OU PROGRAMAS

A definição de programas pode levar em conta a divisão pôr política,

pôr exemplos:

- políticas básicas

- política assistencial

- proteção especial

22

5 - ESTRATÉGIAS

São os meios previstos para se alcançar os objetivos propostos.

- Divulgação - meios de comunicação empregados para prestar

informações (rádio, televisão, jornal, folhetos, etc.)

- Capacitação - tornar capaz, habilitar as pessoas envolvidas, através

de reuniões, cursos treinamentos, impressos explicativos, etc.

- Estudo - reuniões de discussão da situação, conhecimento das

alternativas.

- Pesquisa - (buscar conhecimento sobre a situação através de

levantamento de dados, relatórios, documentos e conhecimento local).

6 - ATIVIDADES

É a operacionalização da estratégia.

Ex.: Capacitação (é a estratégia)

Cursos para capacitação de Conselheiros Tutelares (é a atividade).

7 - CRONOGRAMA

É a seqüência da atividade mês a mês durante o tempo previsto.

EXEMPLOS MAR ABR MAI JUN

Cursos de Capacitação X X X

Divulgação X X X

Pesquisa X

Meninos de Rua X X X X

Atend. à Prostituição X X X

23

EXEMPLOS MAR ABR MAI JUN

Cursos Profissionalizantes X X

8 - AVALIAÇÃO

Definir o que, ao final do exercício, será considerado satisfatório

enquanto resultado, tomando-se como referência os objetivos e as metas

estabelecidas.

Ex.: Pretendeu-se profissionalizar 40 meninos.

Atingiu-se 25

Isto é um mau, razoável, bom ou ótimo resultado, conforme o

referencial escolhido e as variáveis que se apresentarem.

9 - LISTAGEM DE PROJETOS ESPECÍFICOS

Após as discussões e negociações entre o Conselho e a Comunidade,

cada ação prevista deverá ser detalhada em Projetos Específicos pôr quem for

executá-la.

Por ex.:

Foi detectada a necessidade de criar-se um local de moradia para

meninos(as) de rua (fase de discussão e negociação).

Esta questão seria levada às entidades capacitadas para que estas

apresentem ao Conselho projetos. (Projeto específico para quem for executá-

los).

Nessa etapa é que se definem as fontes de financiamento e os recursos

necessários para implementar a ação.

24

MODELO DE APRESENTAÇÃO DE PLANO DE AÇÃO

CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE

FUNDO ESTADUAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PLANO DE AÇÃO 199X

O Fundo Estadual da Criança e do Adolescente, criado

pela Lei nº 10250, de agosto de 1994, e regulamentado pelo decreto , de

, para o exercício de 199x, terá, prioritariamente, a seguinte destinação:

25

I - PROGRAMAS E PROJETOS DEMANDADOS PELOSCONSELHOS MUNICIPAIS E/OU ENTIDADES COM

ABRANGÊNCIA ESTADUAL, QUE CONTEMPLEM, EM SUAPROPOSTA, AÇÕES VOLTADAS PARA:

1 - Proteção Especial - Entendendo-se como ações

destinadas à criança e ao adolescente em situação de risco pessoal e social no

seu desenvolvimento integral. Neste caso estarão contemplados:

1 - Ação do Estado/Municípios:

- A) Abandonados;

- B) Autores de atos infracionais - pelas Regionais na área do

Judiciário

- C) Exploração sexual;

- D) Dependentes de drogas;

- E) Vítimas de maus tratos;

- F) Meninos(as) de rua;

- G) Portadores de vírus HIV/AIDS - Programa XXX;

- H) Portadores de deficiência - interfere com saúde;

- I) Trabalho infanto-juvenil.

2 - Pesquisa e Estudo : com vistas a :

- A) Elaboração diagnóstico Municipal;

- B) Elaboração diagnóstico Estadual-Global e Setorial;

- C) Formulação e/ou readequação de propostas e diretrizes de

atendimento a crianças e adolescentes com situação elencada no item 2.

3 - Atendimento à criança zero a seis : apoio a programas e projetos que

contemplem um ou mais itens:

26

- A) Acréscimo no número de atendimentos pelas redes estatal,

comunitária, assistencial e funcional, através de prestação de auxílio para

construção, reforma, ampliação e aquisição de equipamentos;

- B) Qualificação do atendimento: Auxílio para aquisição de material

lúdico, didático, pedagógico e de saúde;

- C) Acompanhamento nutricional e complementação alimentar.

27

II - PROGRAMAS E PROJETOS DE CONSOLIDAÇÃO DOSCONSELHOS

1- Coordenação e apoio a crianças de COMDICAS.

2 - Capacitação e atualização de Recursos Humanos para os

programas de atendimento de crianças e adolescentes;

3 - Capacitação Técnica da Secretaria Executiva do CEDICA;

4 - Comunicação Social (eventos, campanhas, seminários, etc...).

28

DEMONSTRATIVO DE COMO EFETUA-SE O CÁLCULO DARECEITA COM BASE EM DOAÇÕES FEITAS AOS FUNDOS

MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DOADOLESCENTE

O Fundo viabiliza os Conselhos

Pessoa Jurídica

As Pessoas Jurídicas poderão deduzir, diretamente do Imposto

de Renda devido, o valor das doações feitas para o FUNDO DOS DIREITOS

DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE até o limite de 1 % ( um por cento) do

imposto normal devido ( sem a inclusão do adicional), diminuído do imposto

incidente sobre lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior(

arts. 3° § 4º, da Lei Federal nº 9.249/95 e 16, § 4º, da Lei Federal nº 9.430/96 e

Decreto nº 794/93)

A partir do ano-calendário de 1998 em relação ao imposto

devido, somente as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem

deduzir o incentivo fiscal ( art. 10 da Lei Federal nº 9.532/97), observado o

limite retromencionado. De acordo com a nova redação dada ao inciso II do art.

6º da Lei Federal nº 9.532/97, pelas MP nº 1.636-6/97 e MP nº 1.680-8/98, de

29 de julho de 1998, as deduções tratadas neste texto permanece sujeita a

apenas o limite específico de 1% ( um por cento) do imposto devido, não lhes

sendo aplicável nenhum limite cumulativo, caso haja a dedução de outros

incentivos fiscais.

Destaque-se, no entanto, que a despesa com essas doações não

podem ser deduzidas como despesa operacional.

Exemplo:

- Receita Bruta auferida em 1998---------------------------------------R$ 20.000,00

29

- Base de Cálculo para pagamento mensal, segundo as regras de

presunção = 8% da Receita Bruta--------------------------------------R$ 1.600,00

- Alíquota aplicável ao IRPJ=15% da Base de Cálculo

( Imp. de Renda Devido)---------------------------------------------R$ 240,00

- (-) Dedução de 1% do Imp. de Renda Devido para Fundo

Municipal---------------------------------------(DOC)---------------R$ 2,40

- Imposto Mensal a Recolher----------------(DARF)----------------R$ 237,60

Procedimentos

a) As Deduções não poderão exceder a 1% do Imposto Devido, diminuído do

adicional, se houver.

b) O Valor da Dedução não será dedutível como despesa operacional.

c) As doações efetuadas durante o ano de 1997 serão registradas no formulário

I, para as empresas que optarem pelo Lucro Real,

d) As doações efetuadas durante o ano de 1997 serão registradas no formulário

III, para as empresas que continuarem a optar pelo Lucro Presumido.

e)-As MICROEMPRESAS e EMPRESAS DE PEQUENO PORTE optantes

pelo SIMPLES não poderão utilizar este benefício ( § 5º, do art. 5º da Lei

Federal nº 9.317/96).

30

Pessoa Física

No ano-calendário de 1.997, a pessoa física pode destinar até 12% do Imposto

Devido para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (Lei 9.250, art.

12 de 26/12/95 e IN 25, art. 33 de 29/04/96).

- Em 97, a dedução não é mais Base de Cálculo e sim do Imposto Devido.

- A partir do ano-calendário de 1998 e seguintes ( art. 22 da Lei Federal nº

9.532/97) a Pessoa Física poderá deduzir 6% ( seis por cento) do imposto

devido na Declaração de Ajuste.

CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO DO FUNDO DA CRIANÇA E

ADOLESCENTE COM BASE NO IMPOSTO DE RENDA PF/1997

Base de Cálculo 05 - 13 14 70.000,00 9

Imposto (Calcule aplicando a tabela) 15 14.500,00 7

Dedução do Imposto (até 12% da linha 15) 16 1.740,00 5

IMPOSTO DEVIDO 15 - 16 17 12.760,00 3

BASE DE CÁLCULO - linha 14 - Rendimentos Tributáveis MENOS as

Deduções ( Prev. Social; Dependentes; Despesas Médicas; Despesa com

Instrução; Pensão Alimentícia).

IMPOSTO - linha 15 -

a) ( base de cálculo (14) x alíquota corresp.) - parcela a deduzir

100

70.000,00 x 25% - 3.000,00 = 14.500,00

100

b) Contribuição ao Fundo da Criança e Adolescente

Imposto Devido = 14.500,00

31

Limite até 12 % (1.997) = 1.740,00

Imposto a Recolher para a Receita Federal = 12.760,00

Parcela a ser recolhida para o Fundo = 1.740,00

Observações Gerais

a) As doações serão feitas através do recolhimento bancário (DOC-Documento

de Crédito) ou Recibo de Doação, devendo conter as seguintes informações.

Os Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacional dos Direitos da Criança e do

Adolescente, controladores dos fundos beneficiados pelas doações, deverão

emitir comprovante em favor do doador, o qual deverá ( IN SRF nº 86/94):

1- ter número de ordem, nome, número de inscrição no CGC e endereço do

emitente;

2- especificar o nome, o CGC ou CPF do doador, data e valor efetivamente

recebido em dinheiro;

3- ser firmado por pessoa competente para dar quitação da operação;

4- No caso de doação em bens, esse documento deve conter, também, a

identificação dos bens, mediante sua descrição, e se houve avaliação, o

responsável pela a essa avaliação com CGC/CPF.

5- Número da conta (obter junto ao Banco ou Conselho Municipal).

b) Até o último dia útil mês de junho do ano subseqüente, o Conselho de

Direitos deverá entregar a Receita Federal a relação anual das doações. Essa

relação deve conter o nome, CPF/CGC dos doadores, a especificação ( se

dinheiro ou bens) e os valores, individualizados, de todas as recebidas, mês

a mês (IN n° 086/96-D.O.U. 31/10/94).

c) -Na Declaração do Ajuste Anual a dedução das contribuições ao Fundo,

juntamente com as contribuições em favor de projetos culturais e

32

investimentos em atividades audiovisuais, limitar-se-á a 12 % do Imposto

Devido em 1997 e a 6% a partir de 1998, inclusive.

d) Os limites retromencionados são calculados em relação ao imposto anual

resultante da aplicação da tabela progressiva anual sobre a base de cálculo

Fundo: Forma democrática de gestão dos recursos públicos e mecanismo social

de cidadania ativa.

Parte-Comissão de Orçamento e Finanças do CEDICA - junho/96

( As Informações foram obtidas junto ao Plantão Fiscal da Receita Federal de

Porto Alegre/RS e Boletins publicados pela IOB).

33

CARTA AOS EMPRESÁRIOS

O empresariado brasileiro, quase sem exceção, seja por

desconhecimento ou por falta de tempo, não aproveitando a possibilidade de

fazer uso de um dinheiro público que está ao seu alcance para obras sociais.

Falamos em “DESTINAR” até (1%) um por cento do Imposto de Renda devido

mensalmente, por Pessoa Jurídica, para programas, projetos ou serviços

conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Também pode ser DESTINADO até (6%) seis por cento do

Imposto de Renda de Pessoa Física calculado conforme tabela editada pela

Secretaria da Receita Federal, para a mesma finalidade.

As doações devem ser destinadas ao Fundo Municipal da

Criança e do Adolescente, de seu município. Esse Fundo só pode aplicar os

recursos nos objetivos apresentados no Plano de Aplicação, o qual é aprovado e

fiscalizado pelo Conselho de Direitos da Criança e Adolescente, conforme

dispõe a Lei n° 8.069/90- Estatuto da Criança e do Adolescente..

Qual é a maior riqueza de um país? É a capacidade de seu

povo em produzir, fazendo uso do melhor de seu potencial humano. Esta é uma

pesquisa simples e economicamente correta, mas que tem sido desprezada no

momento das avaliações dos investimentos empresariais.

Nota-se claramente que países desenvolvidos como Estados

Unidos, Inglaterra, França, Japão, etc., tem privilegiado o seu núcleo familiar,

com ênfase na educação, através de altos investimentos nesta área.

Copiamos muitas modas desenvolvidas, mas pouco temos feito

em prol da educação e na busca de soluções para problemas sociais que se

avolumam. Séculos nos separam da iniciativa dos países desenvolvidos. Mas

ainda é tempo.

34

Não se trata de DOAÇÃO, pois o empresário não retira valores

do seu Lucro Operacional (ou do Caixa), ou da sua remuneração. Trata-se de

reter no RS ou no município uma ínfima parcela do imposto, que de outra forma

seria canalizado para o governo federal, o qual até poderia retornar para o

município na forma de incentivos.

Você empresário continuará a pagar (99%) de imposto de renda

através de um DARF mensal e deverá depositar (1%) um por cento um nome

do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do seu

município, em conta corrente do banco onde o Fundo Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente (FDCA) tenha sua conta.

Em se tratando de Pessoa Física o valor deve ser recolhido na

conta bancária do Fundo da Criança e do Adolescente. Em ambos os casos será

fornecido comprovante para prova junto a Receita Federal.

O que será feito com estas importâncias? Quem administrará

estes valores? Quem fiscalizará?

O CMDCA fará a gerência destes recursos, os quais serão

disponibilizados através do instrumento jurídico perfeito que é o Orçamento

Público do respectivo Fundo.

Cabe esclarecer que o Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente é um órgão deliberativo, estando constituído de forma

paritária, ou seja, metade dos seus membros é indicada por entidades da

sociedade civil organizada e a outra metade pelo governo do momento.

As decisões são tomadas, obrigatoriamente, através de

Resoluções do CMDCA, numeradas, datadas e assinadas pela maioria de seus

membros. Ao município, cabe (veja-se a força da legislação) tão somente

executar as resoluções do CMDCA. Portanto, estes valores serão gerenciados

pelo CMDCA e administrados pelo Município.

35

Mais importante de tudo, o CMDCA irá fazer uso destas

importâncias, aplicando-as no encaminhamento de soluções para os problemas

da Criança e do Adolescente, com enfoque para meninos e meninas de rua, para

prostituição infantil, para crianças vítimas de maus tratos, etc...

Todos fiscaliza o Governo Municipal: o Conselho de Direitos, o

Legislativo, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, os Conselheiros

Tutelares, a Comunidade, o cidadão comum, e também sua empresa.

Enfim, este é o papel do FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS

DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE e de seu respectivo Conselho de

Direitos. (Não confundir com o Conselho Tutelar que tem função específica).

O governo federal, ao fazer uso do instrumento dos Fundos

Especiais (Lei nº 4.320/64) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº

8.069/90), criou o melhor dos sistemas possíveis para administrar as carências

nesta área. Todos participam. O governo com recursos orçamentários próprios,

as empresas e contribuintes do imposto de Renda com sua vontade de destinar,

as organizações não governamentais com seu eterno e desprendido trabalho, o

Tribunal de Contas e o Ministério Público com a fiscalização.

Assim, você empresário, pode não ajudar a cidade porque

diverge da administração pública local por questões políticas, mas pode fazer

alguma coisa pelo futuro de seu país, de seu estado e do seu município.

Em Resumo, para contribuir é preciso:

- 1º - Informar-se junto ao Fundo ou ao Conselho de Direitos do

seu município qual é o nome do banco e o número da conta corrente do Fundo

Municipal dos Direitos da Criança e ao Adolescente;

- 2º - No próximo mês, no dia em que for pagar o imposto de

renda através de um DARF (documento único de arrecadações federais)

providencie:

36

a) - um DARF correspondente a 99% do valor do imposto de

renda de Pessoa Jurídica e de 94% quando for Pessoa Física;

b) - um depósito em nome do Fundo citado, correspondente a

(1%) do valor do imposto de renda de Pessoa Jurídica;

c) - um depósito para o Fundo da Criança e Adolescente,

corresponde ao valor de 6 % do Imposto de Renda de Pessoa Física.

OBS: Não esqueça de colocar o nome da empresa “doadora” e o

CGC, ou o nome e CIC se for Pessoa Física.

Mantenha este depósito junto à contabilidade por cinco (5) anos,

mas se desejar poderá solicitar um recibo junto à Prefeitura do seu município.

Após estes procedimentos, se você desejar avançar mais no

exercício da cidadania, você pode:

1 - Cobrar, mensalmente, do contador de sua empresa, as efetivas

destinações acima indicadas;

2 - Procure informar o Conselho de Direitos com uma cópia do

depósito para que o mesmo possa controlar os atos do executivo e gerenciar a

aplicação destes valores;

3 - Verifique junto ao Conselho de Direitos qual o montante da

verba destinada pelo Orçamento Municipal. Se não houver verbas ou estas

forem insuficientes, cobre do seu prefeito uma solução.

P.S. Destine um futuro melhor as Crianças e Adolescentes

para que os seus filhos possam desfrutar do mesmo espaço e do mesmo

amor.

37

ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NA PROGRAMAÇÃO EEXECUÇÃO

1 - Do Planejamento

1.1 - Identificação das Necessidades

- consulta às comunidades no sentido de levantar as suas necessidades

relacionadas a cada Programa de Governo;

- para tanto, desenvolver questionários dicotômicos específicos para cada

Programa, ou aplicar outra metodologia que facilite e possibilite apurar as

necessidades;

- catalogar o resultado da pesquisa ano a ano;

- consolidar o produto da consulta compatibilizando-o com o Programa de

Governo.

1.2 - Programa de Governo

- estudar todas as informações constantes do catálogo de necessidades da própria

Prefeitura, Estado ou União;

- buscar informações aconômico-sociais através de outras fontes (UNICEF,

IBGE, etc)

- a partir do estudo minucioso de todas as variáveis envolvidas, desenvolver o

seu Programa de Governo;

- adotar o acompanhamento sistemático da execução do Programa, assim como

das variáveis/informações que o influenciam.

1.3 - Plano Plurianual

- o Plano Plurianual deve constituir-se na tradução técnico-orçamentária do

Programa de Governo (proposta política);

38

- a elaboração e acompanhamento do Plano Plurianual não poderá prescindir de

um sistema de planejamento e orçamento;

- o Plano Plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas de administração

para as Despesas de Capital e outras dela decorrentes e para as relativas aos

programas de duração continuada (§ 1º, art. 165, CF);

- o Plano Plurianual compreenderá o período iniciado no exercício financeiro

referente ao segundo ano do mandato do Chefe do Poder Executivo, e vigorará

até o final do exercício financeiro do primeiro ano de mandato subsequente,

desde que a lei não disponha diferente;

- o Plano Plurianual poderá ser revisto por lei, quando necessário.

2 - Da Lei de Diretrizes Orçamentarias

- a Lei de Diretrizes Orçamentarias traduz o Plano Plurianual no curto-prazo, ou

seja, anualmente;

- a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem vigência anual e define as metas e

prioridades do governo, incluindo as despesas de capital para o exercício

subseqüente, a partir do que foi estabelecido no Plano Plurianual;

- a Lei de Diretrizes Orçamentária estabelece orientação para a elaboração da Lei

Orçamentária Anual.

3 - Da Lei Orçamentária Anual - (Orçamento-Programa)

- o orçamento-programa deve constituir-se no produto do processo de

planejamento das ações de governo;

- além disso constitui a autorização, pelo Legislativo, para que sejam promovidas

as ditas ações;

39

- como autorização, e igualmente, como produto do planejamento, não deverá

conter propostas genéricas, devendo, isto sim, explicitar as ações desejadas e

autorizadas (através de projetos e atividades);

- as autorizações genéricas equivalem-se a cheques em branco, tornando o

Orçamento-Programa, assim expresso, um documento que serve, simplesmente,

para dar cumprimento a uma formalidade;

- as autorizações de despesas para as diversas unidades, que compõem cada

esfera de governo, são estabelecidas na Lei Orçamentária Anual, tendo em vista

as prioridades e os programas para atendê-las.;

- instrumento de aferição e controle da autoridade e da responsabilidade dos

órgãos e agentes da administração orçamentária e financeira, permitindo,

outrossim, avaliar a execução dos programas de trabalho do Governo.

- compete aos Estados e Municípios promoverem a adaptação dos seus órgãos e

programas às diretrizes e princípios estabelecidos nesta lei ( Art. 259, Parágrafo

Único do ECA).

4 - Tipos de Controle

O controle pode ser dividido em dois tipos distintos porém

complementares: o controle formal e o controle substantivo.

4.1 - Controle Formal

O objetivo principal neste tipo de controle é constatar se os atos

administrativos mantêm consonância com a legislação que os embasou.

Nele é verificado se os gastos estão de acordo com as leis,

regulamentos e políticas, incluindo o acompanhamento da execução

orçamentaria e a verificação da observância dos pactos contratuais.

40

4.2 - Controle Substantivo

O objetivo deste tipo de controle é a avaliação, em termos

quantitativos e qualitativos, da eficiência, eficácia e economicidade com que

foram ou estão sendo aplicados os recursos públicos, bem como assegurar que

eles se encontram protegidos contra o desperdício, a perda, o uso indevido e o

roubo.

O controle substantivo é de fácil assimilação pela opinião

pública, na medida em que se examina o mérito da despesa, sendo, porém, de

difícil execução, em razão do alto grau de subjetividade de que muitas vezes se

reveste.

Enquanto no controle formal existe a referência jurídico-

administrativo que lhe dá a sustentação, no controle substantivo as medições

podem não ser tão claras ou imediatas.

5 - Receita

5.1 - Documentos de Arrecadação

- os documento de arrecadação deverão ser tipograficamente numerados;

- deverá haver rigoroso controle sobre a emissão, guarda, distribuição e uso dos

documentos de arrecadação, como segue:

- solicitação de impressão pela autoridade competente com a especificação da

numeração e do número de vias (no mínimo 3 vias, assim distribuídas,

contribuinte, caixa-contabilidade e setor de arrecadação);

- registro em livro próprio (folhas fixas numeradas) do número e data da nota

fiscal da gráfica assim como da numeração dos documentos de arrecadação;

- os documentos de arrecadação devem ser guardados em local seguro, de

preferência em cofre, sob responsabilidade definida;

41

- o responsável pela guarda dos documentos de arrecadação deve exercer

rigoroso controle sobre a sua distribuição, registrando em livro de folhas fixas:

- o nome e cargo do requisitante;

- data da retirada;

- numeração dos documentos entregues;

- o setor de arrecadação deverá manter uma via dos documentos de arrecadação

já utilizados;

- os documentos já requisitados e ainda não utilizados deverão ser mantidos em

local seguro sob a responsabilidade do agente arrecadador;

- dos documentos de arrecadação cancelados deverão ser mantidas todas as vias,

justificando-se o motivo do cancelamento e solicitando-se a ciência de

autoridade superior;

- todos esses documentos assim como o processo de impressão, guarda,

distribuição e uso estarão sempre sujeitos ao exame da auditoria, tanto interna

como externa;

- a emissão de documento de arrecadação é de responsabilidade de agente

vinculado ao setor de arrecadação;

- a arrecadação será efetivada junto à tesouraria ou rede bancária autorizada;

- o documento deverá conter todos os dados necessários ao controle da

arrecadação assim como a correta classificação da receita.

5.2 - Cadastro de Doadores ( Pessoa Física e Jurídica)

- o Administrador do Fundo e o Conselho dos Direitos da Criança e do

Adolescente deverão manter, devidamente atualizado, um cadastro dos

doadores, por tipo de doação; para cumprirem as disposições contidas na

legislação do imposto de Renda;

42

- a atualização periódica desse cadastro deverá ser processada a partir de

levantamento procedido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do

Adolescente;

- para o desenvolvimento e manutenção do cadastro de contribuintes poderá

recorrer ao Processamento Eletrônico de Dados - PED.

5.3 - Controle de Arrecadação

- o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Administrador do

Fundo deverá levantar, periodicamente, o potencial de doadores no município;

- para tanto, poderá valer-se de informações econômico-financeiras das mais

diversas fontes ( IBGE, Federação da Indústria e Comércio, INSS, Município,

Estado, etc.) além da própria pesquisa;

6 - Despesa

6.1 - Da Dotação Orçamentária

- é vedado o início de projetos ou programas não incluídos na lei orçamentária

(vide art. 167 da CF);

- igualmente a realização de despesas ou a assunção de obrigações que excedam

os créditos orçamentários.

6.2 - Cadastro de Entidades Beneficiadas

- as entidades governamentais e não governamentais deverão proceder

a inscrição de seus programas, especificando o regime de atendimento, junto

aos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente ( art. 90,

parágrafo único);

- os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente manterão os

registros de inscrição e de sua alterações ( art. art. 91, parágrafo único do ECA);

43

- os registros e as alterações deverão ser comunicadas ao respectivo

Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da respectiva localidade, pelos

Conselhos dos Direitos da Criança e Adolescente ( art. 91 do ECA);

- as entidades não governamentais somente poderão funcionar depois

de registradas no Conselho Municipais dos Direitos da Criança e do

Adolescente ( art. 91 do ECA);

- os planos de aplicação e prestações de contas (das entidades) serão

apresentados ao Estado ou ao Município, conforme a origem das dotações

orçamentárias( art. 96 do ECA).

6.3 - Da Licitação

- nas compras e serviços em que a licitação for exigível, não sendo possível a

dispensa há que se observar as disposições da Lei nº 8666/93 e alterações.

6.4 - Do Empenho da Despesa

- o empenho prévio, além de criar para o Estado a obrigação de pagamento,

registra o comprometimento da dotação reduzindo o saldo orçamentário

disponível;

- a falta de empenho prévio resulta em saldos de dotações inexistentes, visto já

estarem comprometidos sem que tenha havido o respectivo registro.

6.5 - Da Liquidação da Despesa

- na liquidação da despesa, além dos aspectos formais, exige-se a comprovação

da entrega do produto na especificação correta, assim como da prestação do

serviço na qualidade e quantidade acertados;

- nesse sentido, a administração precisa adotar mecanismos de controle que

assegurem confiabilidade ao cumprimento da fase de liquidação da despesa

(ex.: controle do tipo de equipamento ou material adquirido e o serviço

executado).

44

6.6 - Do Pagamento da Despesa

- é vedado o pagamento sem antes a despesa estar regularmente liquidada (LF

4320/64);

- é conveniente que a entidade defina um fluxo de caixa (recebimentos X

pagamentos);

- os cheques ou ordens de pagamento devem ser assinados por duas pessoas;

- a documentação comprobatória deve ter registro que não permita que a mesma

sirva como comprovante de outro pagamento (pagamento duplo);

- os cheques devem ser emitidos com cópia, cruzados e nominal.

45

ASPECTOS PRATICOS DA CONTABILIZAÇÃO DASOPEERAÇÕES

Lançamentos Contábeis dos Fundos

Orçamento do Município1, deve ser acompanhado do Plano de

Origem e Aplicação de Recursos do Fundo, sendo que o orçamento deste

integra o apresentado pelo Chefe do Poder Executivo ao Legislativo. Este plano

deverá conter as prioridades estabelecidas pelo Conselho, a previsão da receita

do Fundo e a fixação da despesa.

Contabilidade Geral X Contabilidade do Fundo

O Plano de Contas consignará contas específicas para os

registros dos fatos relacionados com a execução orçamentária, financeira e

patrimonial do Fundo, para escrituração da sua contabilidade, integrada na

contabilidade geral. Não havendo necessidade de uma contabilidade para o

Fundo, independente da Contabilidade Geral.

Exemplo :

Ativo Financeiro

Disponibilidades

Bancos C/ Movimento

Banco ... c/c xxx . Movimento Geral

Banco.... c/c xxx. Fundo.

Passivo Financeiro

Dívida Flutuante

1.Constituição Federal, 1988, III, § 5º, art.165 - o orçamento da seguridade social, abrangendotodas as entidades e órgãos a ela vinculados da administração direta ou indireta, bem como osfundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

46

Restos a Pagar - Geral

Restos a Pagar - Fundo

Depósitos de Diversas Origens

Consignações Gerais

Cauções e Fianças

Pensão Alimentícia

Consignações - Fundo

Cauções e Fianças

Registro dos principais fatos da execução orçamentária,

financeira e patrimonial do Fundo:

a ) Transferências de recursos do Caixa Geral para o do

Fundo: geram registros exclusivamente financeiros, não há emissão de

empenhos.

Débito - Banco c/c Fundo

Crédito - Banco c/c de Movimento Geral.

b ) Transferências de recursos , de qualquer natureza, de

outras esferas de governo feitas diretamente para a conta do Fundo :

geram registros na receita orçamentária geral e na conta bancária do Fundo.

Débito - Banco c/c Fundo

Crédito - Receita Orçamentária

Transferências.- Fundo

c ) Realização da despesa orçamentária do Fundo: é

realizada ordinariamente como as demais despesas. Os empenhos são emitidos

sobre as dotações que foram consignadas no orçamento para aquele fim.

47

d) Pagamento dos empenhos emitidos : é realizado pela conta

bancária do Fundo.

Débito - Despesas Orçamentárias - Fundo

Crédito - Banco c/c Fundo

e) Aquisição de bens patrimoniais através do Fundo: A

Contabilidade Geral efetua o lançamento nas contas específicas do Fundo.

Débito - Bens ( Ativo Permanente )

Bens . - Fundo

Crédito - Variações Patrimoniais Ativas

Mutações Patrimoniais

Aquisição de Bens - Fundo

Balanço Geral do Fundo

A Contabilidade Geral , de acordo com a posição das contas

específicas do Fundo, elabora as demonstrações contábeis e anexos exigidos

pela Lei 4.320/64. O Balanço Geral do Governo é apresentado com todas as

contas inclusive as do Fundo, o qual deve estar vinculado a um órgão do

município, como unidade Orçamentária com dotações específicas, visto que o

mesmo não possui personalidade jurídica própria.

48

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA DA COORDENAÇÃO E PLANEJAMENTO

DEPARTAMENTO DE PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

________________________________________________________________

Secretaria do Trabalho,

Cidadania e

Assistência Social21.01 - Gabinete e Órgãos Centrais

21.73 - Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente

21.77 - Fundo Estadual de Defesa do Consumidor

21.78 - Fundo Estadual de Assistência Social

21.58 - Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor - FEBEM

21.59 - Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social - FGTAS

49

ADENDO I I I - (PORTARIA SOF Nº 8/85)

Lei Federal n° 4320/64 - ANEXO - 2

PREFEITURA MUNICIPAL DE:

R E C E I T A Em R$ 1,00

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DESDOBRA

MENTO

FONTE CATEGORIA

ECONÔMICA

1000.00.00

1300.00.00

1390.00.00

1397.01.01

1700.00.00

1720.00.00

1721.09.00

1721.09.09

1722.09.00

RECEITAS CORRENTES

RECEITA PATRIMONIAL

Outras Receitas Patrimoniais

Receita de Aplicações Financeiras - FMDCA

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS

Outras Transferências da União

Transferências ao Fundo Municipal da Criança e

Adolescente

50

1722.09.09

1730.00.00

1730.00.02

1750.00. 00

1900.00.00

1919.00.00

1919.99.03

2400.00.00

Outras Transferências dos Estados

Transferência ao Fundo da Criança e do Adolescente

TRANSFERÊNCIAS DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS

(incentivadas ou não)

Doações ao Fundo da Criança e Adolescente (LF 8069/90)

TRANSFERÊNCIA DE PESSOAS (incentivadas ou não)

OUTRAS RECEITAS CORRENTES

MULTAS DE OUTRAS ORIGENS

Multas previstas na LF 8069/90 - FMDCA

TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL

TO T A L

51

ADENDO V - A PORTARIA SOF Nº 15, DE 20/06/78

Lei Federal n° 4320/64

ORGÃO: 1100 - SECRETARIA MUNICIPAL PROGRAMA DE TRABALHO

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA: 1102 - FMDCA

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO PROJETOS ATIVIDADES TOTAL

1102.15000000.00000

1102.15810000.00000

1102.15814830.00000

1102.15814832.11212

3 . 1 . 2 . 0 . 0 7

3 . 1 . 3 . 1 . 0 7

3 . 1 . 3 . 2 . 0 7

3 . 1 . 9 . 2 . 0 7

4 . 1 . 1 . 0 . 0 7

Assistência e Previdência

Assistência

Assistência ao Menor

Administração FMDCA

Material de Consumo - FMDCA

Remuneração de Serviços Pessoais - FMDCA

Outros Serviços e Encargos - FMDCA

Despesas de Exercícios Anteriores - FMDCA

Obras e Instalações - FMDCA

52

4 . 1 . 2 . 0 . 0 7

1102.15814832.11213

3 . 2 . 3 . 1 . 0 7

4 . 3 . 3 . 1 . 0 7

1102.15814832.11214

3 . 2 . 3 . 1 . 0 7

4 . 3 . 3 . 1 . 0 7

1102.08421882.11215

3 . 2 . 5 . 9 . 0 7

Equipamentos e Material Permanente - FMDCA

Auxílio Financeiro e Entidades

Subvenções Sociais - FMDCA

Auxílios para Despesas de Capital - FMDCA

Auxílio Financeiro a Entidades - OP

Subvenções Sociais - FMDCA

Auxílio para Despesas de Capital - FMDCA

Auxílio Financeiro a Pessoas

Outras Transferências a Pessoas - FMDCA

T O T A L

53

ADENDO V A PORTARIA SOF Nº 15, DE 20/06/78

Lei Federal n° 4320/64

ORGÃO: 1100 - SECRETARIA MUNICIPAL NATUREZA DA DESPESA

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA: 1102 - FMDCA

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DESDOBRA

MENTO

ELEMENTO CATEGORIA

ECONÔMICA

4.0.0.0.00

4.1.0.0.00

4.1.1.0.00

4.1.1.0.07

4.1.2.0.00

4.1.2.0.07

DESPESAS DE CAPITAL

Investimentos

Obras e Instalações

Obras e Instalações - FMDCA

Equipamentos e Material Permanente

Equipamentos e Material Permanente - FMDCA

54

4.3.0.0.00

4.3.3.0.00

4.3.3.1.00

4.3.3.1.07

Transferências de Capital

Transferências a Instituições Privadas

Auxílios para Despesas de Capital

Auxílios para Despesas de Capital - FMDCA

T O T A L

55

ADENDO V A PORTARIA SOF Nº 15, DE 20/06/78

Lei Federal n° 4320/64

ORGÃO: 1100 - SECRETARIA MUNICIPAL NATUREZA DA DESPESA

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA: 1102 - FMDCA

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO DESDOBRA

MENTO

ELEMENTO CATEGORIA

ECONÔMICA

3.0.0.0.00

3.1.0.0.00

3.1.2.0.00

3.1.2.0.07

3.1.3.0.00

3.1.3.1.00

3.1.3.1.07

3.1.3.2.00

DESPESAS CORRENTES

DESPESAS DE CUSTEIO

Material de Consumo

Material de Consumo- FMDCA

Serviços de Terceiros e Encargos

Remuneração de Serviços Pessoais

Remuneração de Serviços Pessoais - FMDCA

Outros Serviços e Encargos

56

3.1.3.2.07

3.1.9.0.00

3.1.9.2.00

3.1.9.2.07

3.2.0.0.00

3.2.3.0.00

3.2.3.1.00

3.2.3.1.07

3.2.5.0.00

3.2.5.9.00

3.2.5.9.07

Outros Serviços e Encargos - FMDCA

Diversas Despesas de Custeio

Despesas de Exercícios Anteriores

Despesas de Exercícios Anteriores - FMDCA

Transferências Correntes

Transferências a Instituições Privadas

Subvenções Sociais

Subvenções Sociais - FMDCA

Transferências a Pessoas

Outras Transferências a Pessoas

Outras Transferências a Pessoas - FMDCA

T O T A L

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 57

ANEXO 05

DESCRIÇÃO FÍSICO-FINANCEIRA DE PROJETO E ATIVIDADES

FUNDO:1102 - FUNDO MUNICIPAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. EXERCÍCIO:

ÓRGÃO:1100 - SECRETARIA ......

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA:1102 - FUNDO MUNICIPAL ........

Nome do Projeto/Atividade: ADMINISTRAÇÃO DO FUNDO MUNICIPAL...... CÓDIGO: 11212

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 58

OBJETIVO(S): Prover o Fundo Municipal .... de recursos financeiros para o pleno atendimento das demandas oriundadas das entidades habilitadas que

atuam na área de ...........

META(S): Atender a totalidade dos projetos apresentados e aprovados pelo Conselho do Fundo ......

ORIGEM DOS RECURSOS E NATUREZA DA DESPESA EM R$ 1,00

DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

Natureza dos

Recursos Pessoal

Mat. de

Consumo

Rem. Serv.

Pessoais

Outr.Serv.

Encargos Outras Total

Obras e

Instalações

Equip. e

Mat. Perm. Outras Total

Total

Geral

Vinculados

Operacionais

Subtotal

TOTAL

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 59

CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO EM R$ 1,00

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 60

ÓRGÃO 21 - SECRETARIA DO TRABALHO, CIDADANIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA 73 - FUNDO EST. P/A CRIANÇA E O ADOLESCENTE

DEMONSTRATIVO DA DESPESA POR PROJETO ATIVIDADE - 1998 ANEXO III PROGRAMA

DE TRABALHO

ESPECIFICAÇÃO

Classific.Funcional

GRUPOS DE DESPESA

Pessoal e

Enc.

Sociais

Juros e

Enc. de

Dívida

Outras

Desp.

Correntes

Investimen-

tos

Amorti-

zação da

Dívida

Outras

Desp.

de

Capital

Total

9023 - Fundo para a Criança e o Adolescente

15.81.483

Tesouro - Livres

Tesouro - Contrapartida

Tesouro - Vinculados por Lei

Convênios

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 61

Captar e repassar recursos, fiscalizando

sua aplicação, para atendimento a criança e ao

adolescente e financiar programas de ambito estadual

para a definição de política e ações, além de gerenciar,

financiar e fiscalizar projetos de atendimento direto a

infância que sejam encaminhados pelos conselhos

municipais de direito da criança e do adolescente,

mediante discussão e aprovação pelo CEDICA.

TOTAL

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 62

(Inciso III, parag. 1, art. 2, da Lei 4320).

RECEITAS LEGISLAÇÃO

Outras Transferências da União

Sistema Único de Saúde Constituição Federal art. 198 e 200

Indenização Extração de Petróleo Lei Federal 7525/86.

Transferências dos Estados

Doações - FMDCA Lei Federal 8069/90

OUTRAS RECEITAS CORRENTES

MULTAS DE OUTRAS ORIGENS

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 63

Multas Previstas na Lei 8069/90 Lei Federal 8069/90 (ECA)

INDENIZAÇÕES E RESTITUIÇÕES

RECEITA DA DÍVIDA ATIVA

Receita da Dívida Ativa Tributária Código Tributário Nacional, art. 201 a 204, Lei Federal

6830/80; Lei Federal 4320/64 (art. 39, parágrafos 1º, 2º e

3º); Lei Complementar Municipal 7/73, art. 69, parágrafo

8º;

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 64

ALGUNS PROCEDIMENTOS PARA FUNCIONAMENTO

DO FUNDO

Roteiro Simplificado de Plano de Aplicação

A partir do Plano de Ação do Conselho, deverá ser elaborado o Plano de Aplicação.

O administrador do Fundo deverá transferir esses elementos para o modelo técnico

(padrão) do Plano de Aplicação.

RECEITAS

Dotação do Município 300.000,00

Doações Pessoas Jurídicas 150.000,00

Doações Pessoas Físicas 150.000,00

Multas previstas no ECA 50.000,00

Transferências Intragovenamentais 100.000,00

Convênios com Órgãos Governamentais 50.000,00

Resultado de Aplicações Financeiras 40.000,00

Doações e Sorteios 50.000,00

Total 890.000,00

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 65

DESPESAS

Despesas Correntes

Transferências a Instituições Privadas 350.000,00

Passagens e Estadias - Cursos e Encontros 20.000,00

Material de Consumo 40.000,00

Pesquisas e Estudos 30.000,00

Divulgação e Elaboração de Subsídios 30.000,00

Despesas de Capital

Transferências a Instituições Privadas 350.000,00

Obras e Instalações 30.000,00

Equipamentos 40.000,00

Total 890.000,00

Fonte: Orçamento e Fundo

Formas Transparentes de Gestão - F

Edital no

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 66

0 CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE DE...................................., no

uso de suas atribuições, informa que nos termos das

resoluções ............................, receberá

projetos que visem a continuidade do reordenamento

institucional das entidades.

Poderão candidatar-se ao recebimento do recurso as

entidades que tiveram seus planos de reordenamento

institucional aprovados pelo CMDCA em

..............................

Os projetos serão aceitos até a data de

...................................

Informações complementares podem ser obtidas na

Secretaria do CMDCA, na

Av./Rua................................................

.......................... de................de. 199.....

_________________________________

Presidente do CMDCA

Normas Complementares ao Edital

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 67

1- Das entidades:

As entidades deverão preencher os seguintes requisitos:

a) registro no CMDCA, e inscrição do Programa para o qual

solicita recurso;

b) Plano de reordenamento aprovado pelo CMDCA;

c) regularidade de situação da entidade junto ao CMDCA;

- ata da atual diretoria;

- não estar inadimplente com o Fundo Municipal;

2 - Dos Recursos:

a) Os recursos destinados a atender este edital são no

valor de R$ ...................... destinados para

despesas correntes (material de consumo e serviços de

terceiros) e despesas de capital (material permanente/;

b) 0 repasse de recursos do CMDCA será em

até ..... parcelas a critério da entidade;

c) Os recursos destinam-se à manutenção e a

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 68

qualificação das atividades desenvolvidas nos diferentes

programas da entidade de acordo com os objetivos/etapas

do seu plano de reordenamento;

d) As entidades terão ..... dias para apresentação do

projeto a contar da publicação deste edital e até .....

dias para recebimento dos recursos.

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 69

Fonte: Orçamento e Fundo

Formas Transparentes de Gestão - F

Roteiro para Projetos

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Roteiro para a elaboração de projetos com pedido de recursos do FUNDO MUNICIPAL DOS

DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

I - Dados Cadastrais

Órgão/Entidade Proponente Nº Edital

CGC REG.CNSS REG.CMDCA

ENDEREÇO

CEP CIDADE UF FONE

CONTA CORRENTE Nº Nome do Banco:

Nº do Banco:

Nome da Agência:

Nº da Agência:

RESPONSÁVEL CPF

CI-ÓRGÃO CARGO FUNÇÃO MATR.

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 70

EXPEDIDOR

ENDEREÇO CEP

TÍTULO DO PROJETO PERÍODO DE EXECUÇÃO

(30 dias)

II - Justificativa do Projeto:

Obs.: Em caso de aprovação dp Projeto, a conta bancária deverá estar zerada e ser específica. Se

houver mudança para outra conta, comunicar de imediato ao Fundo Municipal.

III - Identificação do Projeto

Objetivos

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 71

Fonte: Orçamento e Fundo

Forma Transparente de Gestão - MFSS

IV - Clientela Atendida/Recursos Previstos

Tipo Crianças/Adolescentes Famílias Recursos Previstos

0 a 6 7 a 12 13 a 18 Desp.

Corrente

s

Desp.

Capital

Total

Total

V - Relação de Despesas Correntes: Material Consumo

Nº Ordem Especificação Quant. Valor Unitário Total

Total Geral

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 72

VI - Relação de Despesas Correntes: Serviços de Terceiros: Pessoa Física

Pessoa Jurídica

Nº de ordem Especificação Quant. Valor

Unitário

Valor Total

Total Geral

VII - Relação de Despesas de Capital: Material Permanente

Nº de ordem Especificação Quant. Valor

Unitário

Valor Total

Total Geral

Fonte: Orçamento e Fundo

Forma Transparente de Gestão - MFSS

PROJETO Nº 01

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 73

Material Consumo Material Permanente Serviço de

Terceiros

QTD Especi

ficação

Valor

Unitári

o

Valor

Total

QTD Espe

cifica

ção

Valor

Unitári

o

Valor

Total

Espec

ificaç

ão

Valor

Total

Total Total Total

RESOLUÇÃO Nº

0 CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE DE .. - CMDCA, no uso de suas atribuições,

aprovou a liberação de recursos oriundos do Orçamento

Municipal, através do Fundo Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente.

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 74

Foram as seguintes instituições contempladas com os

valores a seguir discriminados .......................

........................................................

...........................................

Resolve o CMDCA que as entidades contempladas

assinarão Termo de Compromisso com cláusulas referentes

ao recebimento e prestação de contas dos valores, assim

como sofrerão verificação do CMDCA e fiscalização da

Secretaria Municipal da Fazenda na correta aplicação dos

mesmos.

Esta é a Resolução.

....................,............de 199...

________________________

Presidente do CMDCA

Fonte:Orçamento e Fundo

Formas Transparentes de Gestão

ERMO DE COMPROMISSO

Porto Alegre - Protocolo no /

TERMO DE COMPROMISSO QUE ENTRE

SI CELEBRAM 0 MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE, 0 CONSELHO MUNICIPAL DOS

DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE (CMDCA) E A

............

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 75

0 Município de Porto Alegre, neste ato representado pelo

Secretário do Governo Municipal ..............

........................................... , de acordo

com a Lei no 6.787 de 11.01.91 e do Decreto no 10.76, de

08.10.91, doravante denominado Município, o Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,

doravante denominado CMDCA, na condição de Interveniente,

com sede na ..........................., no........ ,

representado neste ato por seu

presidente................................ ; de um lado,

e de outro a ........................; doravante

denominada ENTIDADE BENEFICIADA, com sede na .........

........................ , no....., nesta capital,

inscrita no CGCMF sob no .....................

representada neste ato por seu

presidente....................,CPF no ...............,

ajustam entre si o presente Termo de Compromisso, nas

seguintes cláusulas e condições a seguir dispostas,

integrando o mesmo as disposições da Lei no 6.787, de

11.01.91, do Decreto no 10.076, de 08.10.91 e do Decreto

11.417, de 10.01.96, com as alterações que lhe deu o

Decreto 11.459, de 13.03.96.

CLÁUSULA PRIMEIRA - Do objetivo

0 presente termo tem por objetivo estabelecer os

procedimentos para concessão de auxílio financeiro do

Município, aprovado pelo CMDCA para a ENTIDADE

BENEFICIADA, através de recursos que constituem o Fundo

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, desde

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 76

então denominado de FMDCA, conforme disposto no Decreto

Municipal no 10.076, de O8 de Outubro de 1991.

CLÁUSULA SEGUNDA - Do valor e da finalidade

0 Município concede e o CMDCA

aprova, através do FMDCA, à ENTIDADE BENEFICIADA auxílio

no valor total de

R$..............(.........................) que será

aplicado na seguinte finalidade: - Despesas Correntes

- Despesas de Capital

CLÁUSULA TERCEIRA - Da forma de pagamento e da

movimentação financeira

3.1 0 depósito e a movimentação financeira dos recursos

repassados pelo FMDCA serão efetuados em conta corrente

específica em nome da entidade, conforme dados abaixo:

Banco: ....(rede.pública) Código no................

Agência:............. Código no ..............

No da conta corrente: .............................

Título da Conta:.....................................

3.2 0 movimento financeiro dos recursos repassados pelo

FMDCA, será efetuado mediante cheques nominais, assinados

por seu representante legal ou por quem ele especialmente

designar.

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 77

3.3 Fica expressamente vedada a utilização dos recursos

em finalidade diversa da estabelecida neste instrumento.

3.4 Qualquer importância acrescentada à conta específica

do Edital somente poderá ser utilizada no objetivo do

Edital, devendo constar da prestação de conta do mesmo.

3.5 Os saldos financeiros dos recursos repassados pela

FMDCA, eventualmente não utilizados, deverão ser

restituídos por ocasião da conclusão do objetivo ou

extinção deste termo de compromisso através de DAM

(Documento de Arrecadação Municipal) específico para

devoluções.

CLÁUSULA QUARTA - Da aplicação e da prestação de contas

4.1 A ENTIDADE BENEFICIADA terá até 20 (vinte) dias,

contados a partir do primeiro dia útil posterior à data

do depósito, para aplicar os recursos na finalidade

estabelecida neste termo de compromisso.

4.2 A ENTIDADE BENEFICIADA terá 10 (dez) dias, contados

da data limite para a aplicação para encaminhar a

prestação de contas ao FMDCA.

4.3 As faturas, recibos, notas fiscais e quaisquer outros

documentos comprobatórios de despesas deverão ser

emitidos em nome da ENTIDADE BENEFICIADA.

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 78

4.4 Não serão aceitos documentos comprobatórios que

contenham rasuras ou borrões em qualquer de seus campos e

cujas despesas forem efetivadas fora do prazo de

aplicação.

4.5 A documentação para comprovação de eventuais serviços

de terceiros deverá ser mediante nota fiscal de serviços

ou recibos de pagamento de autônomos, desde que observado

o recolhimento dos impostos incidentes.

4.6 As despesas deverão ser comprovadas com cópia dos

documentos relativos as despesas realizadas, acompanhadas

dos originais para conferência.

4.7 Deverão integrar a prestação de contas os seguintes

documentos, devidamente preenchidos conforme modelos

anexos:

I. Declaração do presidente ou responsável legal pela

entidade;

II. Declaração do Conselho Fiscal ou órgão equivalente da

entidade;

III. Balancete Financeiro;

IV. Demonstrativo de despesas;

V. Conciliação bancária.

4.8 Serão anexados a prestação de contas do período e os

extratos bancários correspondentes a respectiva

movimentação bancária.

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 79

CLÁUSULA QUINTA - Da responsabilidade

Por conta e responsabilidade da entidade correrão todos

os encargos da legislação trabalhista e obrigações

sociais decorrentes da contratação de pessoal para a

execução do previsto na cláusula primeira deste termo de

compromisso.

CLÁUSULA SEXTA - Do apoio aos Conselhos Tutelares

A ENTIDADE BENEFICIADA, na medida das suas

possibilidades, compromete-se em auxiliar na execução das

medidas de proteção à criança e ao adolescente aplicadas

pelo Conselho Tutelar de sua microregião.

CLÁUSULA SÉTIMA - Da fonte de recursos

A despesa de que trata o presente instrumento correrá à

conta de recursos próprios do Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente, consignado no

Orçamento da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, na

seguinte dotação orçamentária: 110211213323107 e/ou

110211213433107.

CLÁUSULA OITAVA - Do acompanhamento

A ENTIDADE BENEFICIADA se propõe a facilitar a realização

de auditorias contábeis nos registros, documentos,

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 80

instalações, atividades e serviços desta, referentes à

aplicação dos recursos oriundos do presente termo de

compromisso e de acordo com os formulários de prestação

de contas em anexo.

CLÁUSULA NONA - Da mudança de finalidade

A ENTIDADE BENEFICIADA somente poderá aplicar os recursos

concedidos em finalinade diversa da expressa neste termo

mediante prévia autorização, por escrito, do CMDCA.

CLÁUSULA DÉCIMA - Das penalidades

O descumprimento das obrigações e dos prazos previstos

neste termo sujeitará a ENTIDADE BENEFICIADA às seguintes

penalidades, graduadas conforme sua gravidade e

reincidência, a serem aplicadas pelo CMDCA;

I - Advertëncia;

II - Suspensão da concessão de auxílios, subvenções ou

qualquer benefício, oriundo do FMDCA, por período de até

02 (dois) anos.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - Da rescisão

O presente termo poderá ser rescindido, de comum acordo

entre as partes, por motivo ustificado, mediante aviso

prévio, com antecedência mínima de 05 (cinco) dias.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - Das disposições gerais

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 81

l2.1. Os equipamentos sócio-educativos, tais como

computadores, máquinas de escrever, bem como outros

equipamentos considerados material permanente conforme a

Lei Federal no 4.320, reverterão ao CMDCA se, no prazo de

05 (cinco) anos a contar da Assinatura deste, a ENTIDADE

BENEFICIADA for penalizada de acordo com a Cláusula 10a,

II do presente Termo de Compromisso, for extinta ou, por

qualquer motivo, modificar ou perder a finalidade que a

qualifica a firmar este Compromisso.

l2.2 As partes elegem o foro da cidade de Porto Alegre

para resolver os litígios iecorrentes deste Termo de

Compromisso.

E, por estarem de acordo, firmam as partes o presente

instrumento em 03 (trës) vias de igual teor e forma na

presença de 02 (duas) testemunhas para que se produza

seus devidos e legais efeitos.

Porto Alegre,.... de ............. de 199...

___________________ ________________________

Presidente do CMDCA Representante

da ENTIDADE BENEFICIADA

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 82

______________________________

Secretário do Governo Municipal Testemunhas:

____________________

____________________

Fonte: Orçamento e Fundo

Forma Transparente de Gestão - MFSS

Termo de Compromisso - Modelo do Fundo de Caxias

do Sul

Pelo presente o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e

do Adolescente, representado pelo(a)

presidente............................. do Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de

Caxias do Sul, faz o repasse financeiro do Fundo,

conforme segue:

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 83

A entidade ou órgão beneficiário deste repasse financeiro

deverá prestar contas à Secretaria Municipal da Fazenda

até a data de ............ da correta aplicação dos

recursos recebidos, demonstrando os gastos efetivados

através da apresentação dos documentos comprobatórios

conforme ofício no. ...... , deste Conselho.

Em caso de dissolução, falência e/ou extinção da entidade

ou órgão beneficiário, o patrimönio adiquirido com

recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente serão devolvidos ao COMDICA.

Através do presente Termo de Compromisso ainda, a

entidade ou órgão beneficiário acima mencionado, se

coloca a disposição da Secretaria Municipal da Fazenda

para quaisquer verificações documentais eventualmente

necessárias e, ao dispor da assessoria técnica do

COMDICA, para averiguação quanto aos índices de

aproveitamento e desenvolvimento de atividades que se

relacionem com recursos provenientes deste

repasse

Caxias do Sul,... de........... de 199...

Presidente do COMDICA:_________________________

Representante da

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 84

ENTIDADE BENEFICIADA:__________________________

Fonte:Orçamento e Fundo

Forma Transparente de Gestão - FMSS

Ficha de Liberação de Recursos do FMDCA

l. Processo Número:

2. Entidade:

3. Assembléia do CMDICA datada de ___/____/_____

Delibera:

a- Aprovação Total do Projeto ( )

b- Aprovação Parcial do Projeto ( )

4- Discriminação dos Recusros Não Liberados

Valor R$__________________

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 85

5- Período

a- Liberação:

b- Prestação de Contas: Atendendo ao disposto no

Termo de Compromisso:

Observação:

a - Na Prestação de Contas todos os documentos

comprobatórios deverão ser protocolados em duas vias:

uma ao COMDICA e a original para a Secretaria da

Fazenda, com cópia do projeto circunstanciado.

b - Os recursos serão utilizados exclusivamente nos itens

solicitados e aprovados no projeto.

Comissão Designada:

Fonte: Orçamento e Fundo

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 86

Forma Transparente de Gestão- MFSS

PRESTAÇÃO DE CONTAS

DECLARAÇÃO

Declaro para os devidos fins que o recurso no valor de R$

................ . ....................... , recebido do

Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

pelo/a)...localizado/a) na......................... ,

nesta capital, foi realmente aplicado, obedecidos os

devidos fins a que se destinava, tendo sido escriturado

nos registros contábeis da referida entidade,

permanecendo à disposição dos órgãos de fiscalização e

auditoria para os exames que se fizerem necessários.

Porto Alegre,... de........... de 199.....

___________________

Presidente

BALANCETE FINANCEIRO

Entidade:

RECEITA R$ DESPESA R$

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 87

TOTAL TOTAL

Porto Alegre,....de...........de 199...

Presidente: _________________ Tesoureiro: ____________

Nome: Nome:

DEMONSTRATIVO DE DESPESAS

Credor Natureza

da despesa

Documento Data do

documento

Valor do

documento

Nº do

Cheque

Valor do

Cheque

Total Total

Fonte: Orçamento e Fundo

Forma Transparente de Gestão-MFSS

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

Nome da Entidade Conveniada

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 88

Saldo Bancário em: ___/___/___ R$

Total de cheques não compensados R$

Saldo a devolver R$

Anexar Extrato Bancário

Relação de cheques não compensados

Cheque nº Data da emissão Favorecido Valor

Total

Porto Alegre, ........ de ..................... de 199......

____________________________

Presidente

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 89

Fonte: Orçamento e Fundo

Forma Transparente de Gestão - MFSS

PARECER DO CONSELHO FISCAL

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 90

O Conselho Fiscal do(a)........................... ,

reunido em .... de ................. de .......... . ,

aprova a aplicação dos recursos oriundos do Fundo

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no

valor de.................................................

em consonäncia com o previsto nos projetos enviados ao

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente, no exercício financeiro de .......... . ,

por satisfazer os pressupostos legais e procedimentos

regimentais.

............,de.......... de 199...

Conselho Fiscal:

_____________________ _________________________

Nome: Nome:

CPF: CPF:

_____________________ _________________________

Nome: Nome:

CPF: CPF:

_____________________ _________________________

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 91

Nome: Nome:

CPF: CPF:

Fonte: Orçamento e Fundo

Formas Transparentes de Gestão - FMSS

Modelo do Parecer

1. Programa:

Entidade:

2. Recursos FMDCA

a - Liberados em ...........................................

Valor: R$ ......................................................

b - Prestação de Contas .................................

Valor: R$ ......................................................

3. Documentos Comprobatórios dos Recursos Recebidos, encontram-se:

a - ( ) de acordo

b - ( ) em desacordo

4. Verificação dos Recursos na Instituição:

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 92

Data: ...................................................

a - ( ) de acordo

b - ( ) em desacordo

5. Considerações Gerais:

________________ ___________________ _________________

Presidente Assessoria Técnica Conselheiro(s)

Recibo de Doação

Prefeitura Municipal de ...............................................................................

Rua ....................., nº ......... - Fone ...................... CEP ..............................

CGCMF nº ..................................................................................................

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE (Aprovado pela Lei Municipal nº .......... de ....../......./199.....)

Recebi de: ............................................... CIC/CGC ........................................

Endereço:.....................................................................

Identidade:....................................... Órgão Expedidor: ....................................

A quantia de R$.................................................................................................

Local, ......................................... de ......................... de 199.....

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 93

_________________________

Tesoureiro Municipal

Quando as doações forem diretamente à Tesouraria do Município, esta deverá

repassar os recursos ao Fundo.

Fonte: Orçamento e Fundo

Forma Transparente de Gestão - MFSS

ROTEIRO DE PROVIDÊNCIAS PARA A CRIAÇÃO E

FUNCIONAMENTO DO FUNDO

1º- Projeto de Criação

0 Poder Executivo, com a participação da comunidade

elabora o Projeto e o encaminha ao Poder Legislativo para

aprovação. Após é sancionado pelo prefeito, normalmente,

criam-se o Conselho de Direitos, Conselho Tutelar e o

Fundo de Direitos na mesma Lei.

2o - Regulamentação

Sancionada Lei de Criação, o prefeito providenciará na

regulamentação, detalhando seu funcionamento por Decreto.

3o - Indicação do Administrador

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 94

0 prefeito designa, através de portaria, o administrador

ou a Junta.

4o - Abertura de Conta Especial

0 administrador abre, em banco oficial, a conta do Fundo.

5o - Elaboração do Plano de Ação

0 Conselho de Direitos elabora. 0 prefeito inclui seus

pontos fundamentais no Projeto de Lei de Diretrizes

Orçamentárias. A Câmara examina e aprova. 0 prefeito

sanciona.

6º - Montagem do Plano de Aplicação

0 Conselho de Direitos com a Junta elabora tendo como

base o Plano de Ação e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

7º - Aprovação do Orçamento

0 prefeito integra o Plano de Aplicação na proposta

orçamentária e a envia à Câmara. Esta examina e aprova. 0

prefeito sanciona.

ACI/Mello/Curso/Fundcaa.doc 95

8º - Recebimento dos Recursos

0 administrador registra as receitas do Fundo.

9o - Ordenação das Despesas

0 administrador, segundo Plano de Aplicação, efetua as

despesas previstas.

l0o - Prestação de Contas

0 administrador, através de balancete presta contas,

mensalmente, ao Conselho de Direitos e, anualmente, ao

Conselho de Direitos, à Cämara e ao Tribunal de Contas.

Fonte: Orçamento e Fundo

Forma Transparente de Gestão - MFSS