fundo de garantia de alimentos devidos a menores (fgadm)

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(Não dispensa a consulta do Diário da República) NOTA: O texto do decreto-lei nº 75/98 encontra-se actualizado de acordo com o seguinte diploma: - Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro – com início de vigência em 1 de Janeiro de 2013. Lei n.º 75/98, de 19 de Novembro Garantia dos alimentos devidos a menores A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 161.º, alínea c), e 166.º, n.º 3, e do artigo 112.º, n.º 5, da Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo 1.º Garantia de alimentos devidos a menores 1 - Quando a pessoa judicialmente obrigada a prestar alimentos a menor residente em território nacional não satisfizer as quantias em dívida pelas formas previstas no artigo 189.º do Decreto-Lei n.º 314/78, de 27 de outubro, e o alimentado não tenha rendimento ilíquido superior ao valor do indexante dos apoios sociais (IAS) nem beneficie nessa medida de rendimentos de outrem a cuja guarda se encontre, o Estado assegura as prestações previstas na presente lei até ao início do efetivo cumprimento da obrigação. 2 - O pagamento das prestações a que o Estado se encontra obrigado, nos termos da presente lei, cessa no dia em que o menor atinja a idade de 18 anos. (Redacção da Lei nº 66-B/2012, de 31 de Dezembro – com início de vigência a 1 de Janeiro de 2013) Artigo 1.º Garantia de alimentos devidos a menores Quando a pessoa judicialmente obrigada a prestar alimentos a menor residente em território nacional não satisfizer as quantias em dívida pelas formas previstas no artigo 189.º do Decreto-Lei n.º 314/78, de 27 de Outubro, e o alimentado não tenha rendimento líquido superior ao salário mínimo nacional nem beneficie nessa medida de rendimentos de outrem a cuja guarda se encontre, o Estado assegura as prestações previstas na presente lei até ao início do efectivo cumprimento da obrigação. Artigo 2.º Fixação e montante das prestações 1 - As prestações atribuídas nos termos da presente lei são fixadas pelo tribunal e não podem exceder, mensalmente, por cada devedor, o montante de 1 IAS, independentemente do número de filhos menores. 2 - Para a determinação do montante referido no número anterior, o tribunal atenderá à capacidade económica do agregado familiar, ao montante da prestação de alimentos fixada e às necessidades específicas do menor. (Redacção da Lei nº 66-B/2012, de 31 de Dezembro – com início de vigência a 1 de Janeiro de 2013) Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©

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Em Portugal, se os pais não possuírem condições financeiras de arcar com o pensionamento dos filhos menores, o Estado assume este pagamento através do FGADM.

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  • (No dispensa a consulta do Dirio da Repblica)

    NOTA:

    O texto do decreto-lei n 75/98 encontra-se actualizado de acordo com o seguinte diploma:

    - Lei n. 66-B/2012, de 31 de Dezembro com incio de vigncia em 1 de Janeiro de 2013.

    Lei n. 75/98, de 19 de Novembro

    Garantia dos alimentos devidos a menores

    A Assembleia da Repblica decreta, nos termos dos artigos 161., alnea c), e 166., n. 3, e do artigo 112., n. 5, da Constituio, para valer como lei geral da Repblica, o seguinte:

    Artigo 1. Garantia de alimentos devidos a menores

    1 - Quando a pessoa judicialmente obrigada a prestar alimentos a menor residente em territrio nacional no satisfizer as quantias em dvida pelas formas previstas no artigo 189. do Decreto-Lei n. 314/78, de 27 de outubro, e o alimentado no tenha rendimento ilquido superior ao valor do indexante dos apoios sociais (IAS) nem beneficie nessa medida de rendimentos de outrem a cuja guarda se encontre, o Estado assegura as prestaes previstas na presente lei at ao incio do efetivo cumprimento da obrigao. 2 - O pagamento das prestaes a que o Estado se encontra obrigado, nos termos da presente lei, cessa no dia em que o menor atinja a idade de 18 anos.

    (Redaco da Lei n 66-B/2012, de 31 de Dezembro com incio de vigncia a 1 de Janeiro de 2013)

    Artigo 1. Garantia de alimentos devidos a menores

    Quando a pessoa judicialmente obrigada a prestar alimentos a menor residente em territrio nacional no satisfizer as quantias em dvida pelas formas previstas no artigo 189. do Decreto-Lei n. 314/78, de 27 de Outubro, e o alimentado no tenha rendimento lquido superior ao salrio mnimo nacional nem beneficie nessa medida de rendimentos de outrem a cuja guarda se encontre, o Estado assegura as prestaes previstas na presente lei at ao incio do efectivo cumprimento da obrigao.

    Artigo 2. Fixao e montante das prestaes

    1 - As prestaes atribudas nos termos da presente lei so fixadas pelo tribunal e no podem exceder, mensalmente, por cada devedor, o montante de 1 IAS, independentemente do nmero de filhos menores. 2 - Para a determinao do montante referido no nmero anterior, o tribunal atender capacidade econmica do agregado familiar, ao montante da prestao de alimentos fixada e s necessidades especficas do menor.

    (Redaco da Lei n 66-B/2012, de 31 de Dezembro com incio de vigncia a 1 de Janeiro de 2013)

    Datajuris, Direito e Informtica, Lda.

  • Artigo 2. Fixao e montante das prestaes

    1 - As prestaes atribudas nos termos da presente lei so fixadas pelo tribunal e no podem exceder, mensalmente, por cada devedor, o montante de 4 UC. 2 - Para a determinao do montante referido no nmero anterior, o tribunal atender capacidade econmica do agregado familiar, ao montante da prestao de alimentos fixada e s necessidades especficas do menor.

    Artigo 3. Disposies processuais

    1 - Compete ao Ministrio Pblico ou queles a quem a prestao de alimentos deveria ser entregue requerer nos respectivos autos de incumprimento que o tribunal fixe o montante que o Estado, em substituio do devedor, deve prestar. 2 - Se for considerada justificada e urgente a pretenso do requerente, o juiz, aps diligncias de prova, proferir deciso provisria. 3 - Seguidamente, o juiz mandar proceder s restantes diligncias que entenda indispensveis e a inqurito sobre as necessidades do menor, posto o que decidir. 4 - O montante fixado pelo tribunal perdura enquanto se verificarem as circunstncias subjacentes sua concesso e at que cesse a obrigao a que o devedor est obrigado. 5 - Da deciso cabe recurso de agravo com efeito devolutivo para o tribunal da relao. 6 - Compete a quem receber a prestao a renovao anual da prova de que se mantm os pressupostos subjacentes sua atribuio, sem o que a mesma cessa.

    Artigo 4. Cessao ou alterao das prestaes

    1 - O representante legal do menor ou a pessoa guarda de quem se encontre deve comunicar ao tribunal ou entidade responsvel pelo pagamento das prestaes previstas na presente lei a cessao ou qualquer alterao da situao de incumprimento ou da situao do menor. 2 - A necessidade de cessao ou alterao das prestaes pode ser comunicada ao curador por qualquer pessoa.

    Artigo 5. Responsabilidade civil e criminal

    1 - Dos quantitativos indevidamente recebidos cabe restituio e, em caso de incumprimento doloso do dever de informao previsto no artigo anterior, o pagamento de juros de mora. 2 - Aqueles que omitirem factos relevantes para a concesso da prestao de alimentos pelo Estado em substituio do devedor ficam sujeitos a procedimento criminal por crime de burla.

    Artigo 6. Fundo de Garantia dos Alimentos Devidos a Menores

    1 - constitudo o Fundo de Garantia dos Alimentos Devidos a Menores, adiante designado por Fundo, cuja insero orgnica ser definida por diploma regulamentar do Governo. 2 - O Fundo gerido em conta especial e assegurar o pagamento das prestaes fixadas nos termos da presente lei. 3 - O Fundo de Garantia dos Alimentos Devidos a Menores fica sub-rogado em todos os direitos dos menores a quem sejam atribudas prestaes, com vista garantia do respectivo reembolso. 4 - As dotaes do Fundo so inscritas anualmente no Oramento do Estado, em rubrica prpria.

    Artigo 7. Regulamentao e execuo

    O Governo regulamentar no prazo de 90 dias, mediante decreto-lei, o disposto no presente diploma e tomar as providncias oramentais necessrias sua execuo.

    Datajuris, Direito e Informtica, Lda.

  • Artigo 8. Entrada em vigor

    O presente diploma entra em vigor na data da sua publicao e produz efeitos na data da entrada em vigor da lei do oramento posterior regulamentao prevista no artigo anterior.

    Aprovada em 15 de Outubro de 1998.

    O Presidente da Assembleia da Repblica, Antnio de Almeida Santos.

    Promulgada em 5 de Novembro de 1998.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendada em 9 de Novembro de 1998.

    O Primeiro-Ministro, Antnio Manuel de Oliveira Guterres.

    Datajuris, Direito e Informtica, Lda.

    Lei n. 75/98, de 19 de NovembroGarantia dos alimentos devidos a menoresArtigo 1.Garantia de alimentos devidos a menoresArtigo 2.Fixao e montante das prestaesArtigo 3.Disposies processuaisArtigo 4.Cessao ou alterao das prestaesArtigo 5.Responsabilidade civil e criminalArtigo 6.Fundo de Garantia dos Alimentos Devidos a MenoresArtigo 7.Regulamentao e execuoArtigo 8.Entrada em vigor