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FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS – FUCAPE ARIANA MARCHEZI DE SOUZA HUMOR NO TRABALHO: UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE ESTILOS DE HUMOR, SATISFAÇÃO COM A CHEFIA E DESEMPENHO INDIVIDUAL NO TRABALHO VITÓRIA 2015

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FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS – FUCAPE

ARIANA MARCHEZI DE SOUZA

HUMOR NO TRABALHO: UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE

ESTILOS DE HUMOR, SATISFAÇÃO COM A CHEFIA E

DESEMPENHO INDIVIDUAL NO TRABALHO

VITÓRIA

2015

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ARIANA MARCHEZI DE SOUZA

HUMOR NO TRABALHO: UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE

ESTILOS DE HUMOR, SATISFAÇÃO COM A CHEFIA E

DESEMPENHO INDIVIDUAL NO TRABALHO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Administração, área de Gestão de Pessoas.

Orientador. Prof. PhD. Bruno Felix Von Borell de Araujo

VITÓRIA

2015

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ARIANA MARCHEZI DE SOUZA

HUMOR NO TRABALHO: UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE

ESTILOS DE HUMOR, SATISFAÇÃO COM A CHEFIA E

DESEMPENHO INDIVIDUAL NO TRABALHO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Administração, área de Gestão de Pessoas.

COMISSÃO EXAMINADORA

___________________________________

Prof. Dr. BRUNO FELIX VON BORELL DE ARAUJO Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e

Finanças (FUCAPE) Orientador

__________________________________________

Prof. Dra. ARILDA MAGNA CAMPAGNARO TEIXEIRA Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e

Finanças (FUCAPE)

__________________________________________

Prof. Dra. MARIA LUÍSA MENDES TEIXEIRA Universidade Presbiteriana Mackenzie

4

AGRADECIMENTOS

À minha família, por confiar em minha capacidade e me apoiar incondicionalmente;

Ao meu marido, pelo apoio e paciência durante o período intenso de estudos;

À instituição FUCAPE pela estrutura, acervo e corpo docente de excelente

qualidade;

Ao professor orientador Bruno Felix, pela disponibilidade, paciência e confiança

depositada durante todo o curso.

5

RESUMO

Esta pesquisa verificou a relação entre os estilos de humor, a satisfação com o líder

e o desempenho dos indivíduos no trabalho, por meio de um estudo de natureza

quantitativa. Para a mensuração dos construtos, foram utilizados dois questionários

validados em estudos anteriores, apresentados em uma escala tipo Likert de 7

pontos: o Questionário de Estilos de Humor de Martin et al. (2003) e a Escala de

Satisfação no Trabalho de Siqueira (1995). A medida do desempenho individual foi

obtida por meio da indicação da nota final da avaliação 360°, praticada internamente

na empresa em análise. Foram obtidas 234 respostas válidas e a relação entre as

variáveis foi estudada pelo método de Modelagem de Equações Estruturais, com a

estimação PLS (Partial Least Squares – Path Modeling), mediante o software

SmartPLS 2.0. Identificaram-se relações positivas e significantes entre os estilos

positivos de humor (afiliativo e autopromovedor) e a satisfação com a chefia, e entre

a satisfação com a chefia e o desempenho individual. Por outro lado, foram

verificadas relações negativas e significantes entre os estilos negativos (agressivo e

autodepreciativo) e a satisfação com a chefia, e o humor agressivo explicou 16,81%

da insatisfação com a chefia. Esses resultados sugerem que as organizações

podem se beneficiar da seleção de líderes com estilos de humor apropriados para o

alcance de comportamentos e resultados organizacionais específicos.

Palavras-chave: Humor no Trabalho. Estilos de humor. Satisfação com a chefia.

Desempenho individual.

6

ABSTRACT

This research investigated the relation among the humor styles, the employees

satisfaction with their leader, and job performance of employees, through a

quantitative study. In order to measure the constructs, two questionnaires, validated

in previous studies, were used. They are presented in a seven point Likert-type

scale: The Humor Styles Questionnaire from Martin et al (2003) and the Job

Satisfaction Scale from Siqueira (1995). The score for individual performance was

obtained from an instrument of assessment called “assessment 360º” used by the

company studied. 234 valid answers were obtained and the relation among the

variables was studied through the Structural Equation Modeling Method, with PLS

estimation (Partial Least Squares – Path Modeling), using the Smart PLS 2.0

software.”

Were identified significant positive relations among the positive styles of humor

(affiliative and self-enhancing) and the employees satisfaction with their leader, and

between satisfaction with their leader and job performance. On the other side,

significant negative relations were verified among negative styles (aggressive and

self-defeating) and employees satisfaction with their leader, been an aggressive

humor responsible for 16,81% of dissatisfaction with their leader. This results

suggest that organizations may benefit from the selection of leaders with the proper

humor styles to reach specific behavior and organizational results.

Keywords: Humor in the workplace. Humor Styles. Satisfaction with the leader.

Individual Performance.

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................8

2 REFERENCIAL TEÓRICO E FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES......11

2.1 HUMOR NO TRABALHO .................................................................11

2.1.1 Estilos de humor..........................................................................13

2.2 SATISFAÇÃO COM A CHEFIA .......................................................16

2.3 DESEMPENHO INDIVIDUAL NO TRABALHO................................18

2.4 FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES...................................................20

3 METODOLOGIA .................................................................................27

3.1 COLETA DE DADOS........................................................................27

3.2 MEDIDAS..........................................................................................28

3.3 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE....................................................30

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS...........................................................31

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.....................................................38

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................43

REFERÊNCIAS .....................................................................................46

APÊNDICE A .........................................................................................55

8

Capítulo 1

1 INTRODUÇÃO

O aumento da concorrência decorrente da globalização demanda criatividade

e inovação por parte das organizações. No entanto, o baixo comprometimento

organizacional e o aumento da diversidade no local de trabalho potencializam os

conflitos internos (ROMERO e CRUTHIRDS, 2006) e podem afetar a satisfação no

trabalho. É justamente neste contexto que o humor aparece como uma alternativa

para a gestão de pessoas, já que pode induzir à coesão do grupo e melhorar a

comunicação (MEYER, 1997), aumentar a satisfação do subordinado (DECKER,

1987), contribuir para o aumento da criatividade (BROTHERTON, 1996) e da

produtividade (AVOLIO; HOWELL; SOSIK, 1999).

Na década de 1980, os pesquisadores começaram a avaliar o humor no

ambiente de trabalho (BURFORD, 1985; DECKER, 1987; DUNCAN, 1982;

MALONE, 1980; PARSONS, 1988; REMINGTON, 1985). As pesquisas já realizadas

revelaram que o uso do humor no local de trabalho alivia o tédio e a frustração

(DUNCAN, 1982; MALONE, 1980; ROY, 1960; SYKES, 1966), promove uma

comunicação eficaz (LIPPITT, 1982; SHERMAN, 1988), reduz as distâncias sociais

(MASTEN, 1986; SHERMAN, 1988), controla os efeitos nocivos do estresse

(LIPPITT, 1982; NEZU; NEZU; BLISSETT, 1988) e facilita as interações sociais em

circunstâncias estressantes (MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN; GRAY; WEIR,

2003). Além disso, o humor pode tornar as atividades rotineiras mais interessantes e

aliviar a pressão do ambiente organizacional, o que favorece a comunicação com os

líderes e, consequentemente, facilita o esclarecimento do que se espera dos

9

seguidores em termos de desempenho (AVOLIO; HOWELL; SOSIK, 1999;

ROMERO; CRUTHIRDS, 2006; VECCHIO; JUSTIN; PEARCE, 2009).

Apesar da contribuição desses estudos, nota-se a persistência de algumas

lacunas de pesquisas a respeito do tema. Primeiro, o humor costuma ser visto como

um conceito unidirecional (MESMER-MAGNUS; GLEW; VISWESVARAN, 2012),

embora autores como Martin et al. (2003) e Vecchio et al. (2009) ressaltem que se

trata de um constructo o qual pode apresentar manifestações positivas e negativas.

Segundo, em decorrência disso, as possíveis semelhanças e diferenças entre os

efeitos que os tipos de humor positivo e negativo podem gerar precisam de maiores

investigações (CANN; WATSON; BRIDGEWATER, 2014). Terceiro, quando tais

relações são tratadas, isso costuma ser feito em ambientes não relacionados ao

trabalho (ROBERT; YAN, 2007). Portanto, cabe investigar o seguinte problema de

pesquisa: Qual a relação entre os estilos de humor, a satisfação com a chefia e o

desempenho individual no trabalho?

Com o intuito de compreender melhor os efeitos dos estilos de humor na

relação de indivíduos com os seus líderes, o presente estudo tem por objetivo

identificar a relação entre os estilos de humor, a satisfação com a chefia e o

desempenho de indivíduos no trabalho. A pesquisa, de natureza quantitativa, foi

realizada com profissionais da Vale S.A., uma empresa brasileira multinacional de

grande porte.

O estudo trará contribuições práticas às organizações ao elucidar as

consequências positivas e negativas do uso do humor no ambiente de trabalho e ao

apresentar esse constructo como uma ferramenta multifuncional para a liderança e

para as áreas de recursos humanos. A pesquisa também contribuirá com a literatura

da área de gestão de pessoas ao validar quais os estilos de humor são mais

10

adequados e inadequados para o alcance de resultados organizacionais específicos,

seja por uma relação direta ou indireta.

11

Capítulo 2

2 REFERENCIAL TÉORICO E FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES

Neste capítulo será apresentada a revisão de literatura que embasou teoricamente a

proposição da pesquisa e a formulação das hipóteses. Discutem-se os principais

conceitos, definições e pressupostos encontrados na literatura de comportamento

organizacional relativos às variáveis estudadas: humor no trabalho, satisfação com a

chefia e desempenho individual no trabalho. Ademais, serão apresentadas as

hipóteses de pesquisa e a justificativa teórica para cada uma delas, bem como a

representação esquemática do modelo teórico proposto.

2.1 HUMOR NO TRABALHO

O humor é um elemento básico da interação humana, intimamente ligado ao

bem-estar e ao afeto, presenciado no contexto de diferentes entidades sociais. Dado

que esse constructo tem efeitos sobre as respostas fisiológicas, cognitivas, afetivas

e comportamentais do indivíduo, pode-se sugerir que ele também influencia a

qualidade e a natureza das interações ocorridas no local de trabalho (WISSE;

RIETZSCHEL, 2014).

Segundo Paschoal e Tamayo (2008), quando se fala de afeto na literatura

organizacional, é comum referenciar dois construtos: humor e emoções. O estudo

sobre afeto no ambiente de trabalho iniciou-se na década de 1930, porém até a

década de 1990 não houve produção cientifica relevante sobre esses constructos

(BRIEF; WEISS, 2002). As pesquisas sobre o humor no trabalho foram, até então,

relativamente limitadas, por não estarem no topo da agenda dos estudos

organizacionais, em detrimento da ênfase sobre outros fenômenos

12

comportamentais, tais como a satisfação no trabalho e o comprometimento

organizacional (WESTWOOD; JOHNSTON, 2013). Na década de 1990, as

pesquisas desenvolvidas indicaram que o humor no trabalho pode aliviar o estresse,

construir a coesão do grupo, melhorar a comunicação (MEYER, 1997), estimular a

criatividade e desencadear a inovação (BROTHERTON, 1996; HUDSON, 2001) e,

por conseguinte, promover a eficácia da liderança (DECKER; ROTONDO, 2001),

aumentar a satisfação (DECKER, 1987) e o desempenho do empregado (AVOLIO;

HOWELL; SOSIK, 1999).

Borges-Andrade e Pagotto (2010) ressaltam que as pesquisas recentes

concentraram-se no humor e nas emoções no trabalho, com ênfase em situações

estressantes, dirigentes, equipes, ambiente físico, recompensas e punições e outros

estudos abordaram como os estados afetivos podem influenciar uma variedade de

resultados de desempenho relevantes, incluindo julgamentos, respostas atitudinais,

criatividade e comportamentos de ajuda. Contudo, esse tema continua

consideravelmente inexplorado, com pouco embasamento teórico e empírico.

O humor no trabalho geralmente aparece na literatura relacionado a estados

emocionais que apresentam maior duração e consistência que emoções específicas,

como a raiva e o medo (GRAY; WATSON, 2001; PAYNE, 2001). Há um histórico de

pesquisas relacionado à tentativa de definição do constructo humor, todavia esse

objetivo é sempre dificultado devido à complexidade da construção do conceito

(MARTIN, 2001; MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN; GRAY; WEIR, 2003;

ROBERT; YAN, 2007; WARNARS-KLEVERLAAN; OPPENHEIMER, 1996).

Lynch (2002) apontou que o humor é basicamente uma atividade

comunicativa. Robert e Yan (2007) o definiram como uma forma intencional de

comunicação social, que parte de um produtor em direção a uma audiência. Não

13

obstante, outros pesquisadores acrescentaram ao definir o humor como uma

comunicação que tem o poder de evocar o riso ou produzir uma resposta cognitiva

ou afetiva (BERGERON; VACHON, 2008; CRAWFORD, 1994; MARTINEAU, 1972).

Para Gray e Watson (2001), o humor representa um resumo do estado afetivo de

uma pessoa.

Embora exista essa diversidade de concepções, a maioria dos pesquisadores

concorda que o humor consiste num mecanismo de comunicação e interação social,

produtor de cognições e emoções num indivíduo, grupo ou organização, sejam estas

positivas ou negativas (MARTIN, 1996; MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN; GRAY;

WEIR, 2003; ROMERO; CRUTHIRDS, 2006; THORSON; POWELL, 1993a).

Outro desafio na definição do humor refere-se à multidimensionalidade desse

conceito, visto que existem diferenças quantitativas na forma com que os

pesquisadores apresentaram os diferentes estilos de humor. Martin e Lefcourt

(1983) centraram-se apenas no humor adaptativo; Svebak (1974) avaliou três

formas de humor em seu Questionário de Senso de Humor: a sensibilidade ao

humor, a atitude em relação ao humor e a expressão de humor, e; Thorson e Powell

(1993b) mapearam quatro capacidades relativas ao humor na Escala de Senso de

Humor Multidimensional: ser bem-humorado, reconhecer o humor, apreciar o humor

e usar o humor como um mecanismo de adaptação e enfrentamento perante a

situações difíceis.

2.1.1 Estilos de Humor

A presente pesquisa será desenvolvida com base na concepção

multidimensional do humor de Martin et al. (2003), na qual os autores sugeriram que

quatro estilos de humor são definidos pela intersecção de duas dimensões

14

primárias: o humor afiliativo, o humor autopromovedor, o humor agressivo e o humor

autodepreciativo.

A primeira dimensão deste modelo envolve os estilos intrapsíquicos, nos

quais o humor é usado para o benefício próprio, e os estilos interpessoais, nos quais

o uso do humor está associado ao relacionamento com outros indivíduos. A segunda

dimensão do modelo determina os estilos positivos, nos quais o uso do humor é

relativamente benigno e benevolente, e os estilos negativos, que são potencialmente

nocivos ou prejudiciais, tanto para si quanto para a interação com os outros. A

Figura 1 indica que diferentes combinações entre as duas dimensões originam os

quatro estilos de humor: afiliativo, autopromovedor, agressivo e autodepreciativo.

Figura 1: Estilos de Humor Fonte: Martin et al. (2003) Nota: Adaptada pelo autor

O humor afiliativo, determinado pela combinação das dimensões de estilos

positivos e interpessoais, é encontrado nos indivíduos que tendem a divertir os

outros ao contar piadas e histórias engraçadas e ao envolverem-se em brincadeiras

espontâneas, com o intuito de facilitar as relações e reduzir as tensões interpessoais

(LEFCOURT, 2001). Martin et al. (2003) apontam que esse é um estilo de humor

não hostil que, presumivelmente, está relacionado à extroversão, alegria,

autoestima, satisfação e estado de espírito predominantemente positivo.

15

O humor autopromovedor, por sua vez, é oriundo da combinação das

dimensões de estilos positivos e intrapsíquicos. Tal estilo envolve indivíduos com

uma perspectiva bem-humorada da vida, os quais tendem a se divertir até mesmo

diante de adversidades (MARTIN; KUIPER; OLINGER; DANCE, 1993). Trata-se de

um mecanismo de defesa que evita as emoções negativas, como o estresse, e pode

estar relacionado à autoestima e ao bem-estar psicológico (MARTIN; PUHLIK-

DORIS; LARSEN; GRAY; WEIR, 2003).

A combinação entre as dimensões de estilos negativos e interpessoais origina

o humor agressivo, que está relacionado ao uso do sarcasmo, ironia e provocação

(ZILLMAN, 1983) sem considerar o potencial impacto negativo sobre os outros, além

do uso compulsivo de expressões de humor para manipular as pessoas por meio

dos atos de ofender, menosprezar ou ridicularizar (JANES; OLSEN, 2000). Martin et

al. (2003) presumem que essa dimensão de humor está positivamente relacionada

com a hostilidade, raiva e agressão, e negativamente relacionada à satisfação e

afabilidade.

Finalmente, o humor autodepreciativo é determinado pela combinação das

dimensões de estilos negativos e intrapsíquicos e, envolve aqueles indivíduos que

tendem a divertir os outros às suas custas, a fazer as pessoas rirem das suas

próprias fraquezas e até ridicularizaram e menosprezam a si próprio, com o intuito

de obter a aprovação de outras pessoas (MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN;

GRAY; WEIR, 2003). Embora os indivíduos com esse estilo sejam vistos como

espirituosos e divertidos, há neles um elemento de carência emocional, evasão e

baixa autoestima que justifica o uso do humor autodepreciativo como uma forma de

esconder os sentimentos negativos (FABRIZI; POLLIO, 1987).

16

2.2 SATISFAÇÃO COM A CHEFIA

A satisfação com a chefia é um tópico de difícil acesso na literatura de

comportamento organizacional, já que diversos autores a abordam como uma das

dimensões que compõem a satisfação no trabalho. Locke (1976), ao definir a

satisfação no trabalho como um estado emocional positivo determinado por agentes

e eventos relacionados ao trabalho, indicou que o relacionamento e a satisfação

com a chefia é um dos quesitos para a satisfação no trabalho.

Segundo Tamayo (2000), a satisfação no trabalho é influenciada por fatores

externos, relacionados ao próprio trabalho, como a remuneração, a natureza da

atividade exercida, as possibilidades de promoção, a interação com a equipe, o

suporte organizacional, a estabilidade no trabalho, o desenvolvimento pessoal, a

quantidade de trabalho e o comportamento da supervisão. Martins (1984) reforça

que se trata de uma variável de natureza afetiva, resultante do grau de

contentamento do indivíduo em relação a dimensões de seu trabalho.

Numa perspectiva conceitual mais recente, Valle (2007) destaca que para

avaliar satisfação no trabalho é necessário avaliar aspectos cognitivos relacionados

ao trabalho e seus determinantes, tais como: recompensas, distribuição e

centralização de poder, relacionamento entre pares e líderes, e diferenças

individuais. E, por fim, Siqueira (2008) conclui que a satisfação no trabalho é um

conceito multidimensional, composto de variáveis sensitivas às percepções que os

trabalhadores têm acerca do seu ambiente de trabalho, da natureza do trabalho e

das políticas e práticas gerenciais, que envolvem cinco dimensões teóricas: 1) a

satisfação com os colegas; 2) a satisfação com o salário; 3) a satisfação com a

17

chefia; 4) a satisfação com a natureza do trabalho; e, 5) a satisfação com as

promoções.

Nota-se que esses autores optaram por uma análise pormenorizada das

dimensões associadas à satisfação no trabalho, visto que na relação indivíduo-

organização os aspectos afetivos podem promover reações de satisfação ou

insatisfação. Cabe ainda destacar que as definições de satisfação no trabalho mais

recentes apresentaram as suas dimensões de forma isolada, o que permite

investigações específicas dessa variável no contexto das organizações (COELHO

JR., 2009). Embora ainda não exista acordo na literatura sobre as causas e os

componentes da satisfação no trabalho (MARTINS; SANTOS, 2006), nota-se uma

tendência a definir o constructo como sendo de natureza afetiva, atitudinal e

determinado por variáveis multiníveis – individuais, grupais ou organizacionais –

conforme apontam Brief e Weiss (2002).

Vale ressaltar que existem duas maneiras usuais de avaliar a satisfação no

trabalho: a primeira refere-se a uma medida global de satisfação, geralmente obtida

pelo grau médio de satisfação do indivíduo em relação às dimensões avaliadas; e a

segunda refere-se a uma medida determinada por fatores ou indicadores

componentes da satisfação do indivíduo com o seu trabalho (SIQUEIRA, 1995;

PARKER; BALTES; YOUNG; HUFF; ALTMANN; LACOST, 2003; ALBUQUERQUE,

2004; MARTINS; SANTOS, 2006). A avaliação por fatores possibilita a análise

particular de cada dimensão de satisfação, e isso pode favorecer o replanejamento

das ações de recursos humanos no sentido de manter ou aumentar os níveis de

satisfação em determinado aspecto, quando necessário (COELHO JR., 2009,

MARTINS; SANTOS, 2006, SIQUEIRA, 1995;). Seriam avaliadas, por exemplo, a

18

satisfação ou insatisfação do indivíduo com o grau de relacionamento interpessoal

com a chefia.

Como o primeiro constructo avaliado nesta pesquisa refere-se aos estilos de

humor dos líderes da organização em questão, optou-se por analisar apenas uma

das facetas da satisfação no trabalho propostas por Siqueira (1995): a satisfação

com a chefia. Trata-se do grau de contentamento do empregado com os seus

líderes, no tocante à organização, à capacidade profissional e ao interesse pelo

trabalho dos subordinados.

2.3 DESEMPENHO INDIVIDUAL NO TRABALHO

O investimento no capital humano, com o intuito de maximizar o desempenho

individual, tornou-se o foco principal das ações de gestão de pessoas nas

organizações. O aumento da concorrência decorrente da globalização e, por

conseguinte, a necessidade de adaptação às demandas mercadológicas exigiu

criatividade e inovação por parte das organizações, o que evidenciou a necessidade

de gestão e avaliação do desempenho individual dos trabalhadores (CARBONE;

BRANDÃO; LEITE; VILHENA, 2005; PROHMANN; SELEME, 2000).

O desempenho no trabalho é apontado como uma das variáveis mais

investigadas da área de comportamento organizacional (GODARD, 2001; MAIR,

2005; MANNING; BARRETTE, 2005), porém são poucas as pesquisas nacionais em

comparação ao quantitativo de publicações estrangeiras (BORGES-ANDRADE;

COELHO JR; QUEIROGA, 2006). A variedade de definições e métricas, encontradas

principalmente na literatura internacional, evidencia a heterogeneidade teórica e

metodológica desse assunto (LÓPEZ; PEÓN; ORDÁS, 2005; SUAR; TEWARI;

CHATURBEDI, 2006).

19

Nos estudos organizacionais, o desempenho está associado ao

comportamento manifestado pelo indivíduo no exercício das suas atribuições

(STARBUCK, 2005), à qualidade e à quantidade de trabalho realizado, bem como ao

custo e ao tempo dispendidos na sua execução (PONTES, 2002). Para Armstrong e

Baron (1998), a gestão do desempenho consiste numa abordagem integrada, de

desenvolvimento das capacidades individuais para a obtenção de resultados

organizacionais. Entretanto, para isso acontecer, é necessário haver padrões e

medidas de mensuração confiáveis (WERTHER; DAVIS, 1983).

Ocorre que o desempenho individual é uma variável investigada por medidas

heterogêneas e multicriteriais, ora quantitativas ou objetivas ora qualitativas ou

subjetivas (BOSE, 2004; SELLITTO; BORCHARDT; PEREIRA, 2006). Há relatos

empíricos que se referem a medidas de autoavaliação de desempenho (BABIN;

BOLES, 1996; FONSECA, 2001; GAVA; SILVEIRA, 2007; GUIMARÃES;

LOURENÇO; LEITÃO; AZEVEDO, 1997; VASCONCELOS, 2005; VISWESVARAN;

ONES; SCHMIDT, 1996) e a medidas de hetero-avaliação de desempenho,

principalmente de 360 graus (BIRKELAND; BORMAN; BRANNICK, 2003; BRITO;

BASTOS; OLIVEIRA; SANT’ANNA, 2008; CARLESS; PAOLA, 2000; HOOIJBERG;

CHOI, 2001; LANGFRED, 1998; WRIGHT; COPRANZANO, 2000).

Gerhart et al. (2000) indicam que o uso dessas medidas de percepção de

desempenho permite investigar fatores situacionais que normalmente não seriam

capturados na avaliação unilateral do líder em relação ao empregado. É justamente

nesse contexto que se evidencia a importância da avaliação 360º, a qual consiste

num feedback de desempenho de todos aqueles que participam da rotina do

empregado.

20

Estudos anteriores relacionaram o humor no trabalho com o desempenho

individual: o humor pode tornar as atividades rotineiras mais interessantes, além de

aliviar a pressão do ambiente organizacional, o que favorece a comunicação com os

líderes e, consequentemente, facilita o esclarecimento do que se espera dos

seguidores em termos de desempenho (AVOLIO; HOWELL; SOSIK, 1999;

ROMERO; CRUTHIRDS, 2006; e VECCHIO; JUSTIN; PEARCE, 2009). Há indícios

de os empregados liderados por indivíduos bem-humorados apresentarem níveis

mais elevados de bem-estar no local de trabalho e, em decorrência disso,

apresentam maiores níveis de desempenho (RYAN; DECI, 2000). Entretanto, há

pouca evidência empírica acerca da crença de que a postura e o humor do líder

impactam diretamente no desempenho dos seus seguidores. A carência de

pesquisas nesse tema pode estar relacionada à dificuldade de mensuração do

desempenho do empregado, o qual em diversas pesquisas é encarado como a

percepção do sujeito quanto ao seu próprio desempenho.

Portanto, para a análise do desempenho dos empregados desta pesquisa,

será utilizada a avaliação de desempenho 360º aplicada internamente na referida

organização, a qual será mais bem detalhada no próximo capítulo.

2.4 FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES

Em qualquer tentativa de explicar os efeitos do humor na relação líder-

seguidor, é importante reconhecer o fato de que os indivíduos podem usar ou

expressar o humor de maneiras diferentes (WISSE; RIETZSCHEL, 2014). Embora

as evidências empíricas sobre os efeitos do humor nas organizações ainda sejam

escassas, um crescente número de pesquisas comprova o importante papel que o

humor pode desempenhar no contexto de trabalho, especialmente na interação

21

entre líder e seguidor (AVOLIO; HOWELL; SOSIK, 1999; COOPER, 2008; DECKER;

ROTONDO, 2001; ROMERO; CRUTHIRDS, 2006).

A literatura menciona que o humor no trabalho está relacionado a muitos

comportamentos e resultados organizacionais, dentre estes o aumento do

comprometimento e da satisfação no trabalho (BASS, 1990; BURFORD, 1987;

COOPER, 2002; CRAWFORD, 1994; DECKER, 1987; DECKER; ROTONDO, 1999;

GOLEMAN, 1994; VINTON, 1989). Burford (1987) indicou que a percepção dos

subordinados acerca do humor dos seus supervisores está relacionada com a

satisfação do trabalho do subordinado, apesar de a percepção dos supervisores

sobre o seu próprio humor não estar relacionada à sua satisfação no trabalho. Em

estudos recentes sobre o humor no local de trabalho, foi constatado que o estilo de

humor positivo do líder está positivamente correlacionado ao relacionamento

interpessoal com os empregados (DECKER; YAO; CALO, 2011), à confiança, ao

comprometimento afetivo e à identificação do seguidor (HUGHES; AVEY, 2009).

De forma mais específica, Romero e Arendt (2011) apontaram que o estilo de

humor afiliativo dos empregados está positivamente relacionado à satisfação com os

colegas de trabalho e, Wisse e Rietzschel (2014) complementam ao esclarecer que,

particularmente o humor afiliativo, correlaciona-se positivamente com os indicadores

de relações interpessoais, por exemplo, a intimidade, a satisfação com o

relacionamento e o convívio social. Portanto, os indivíduos que apresentam esse

estilo são apreciados pelos colegas (VAILLANT, 1977), uma vez que o uso desse

humor não hostil pode diminuir as tensões interpessoais e criar um ambiente de

trabalho saudável (MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN; GRAY; WEIR, 2003), além

de reduzir a distância social por gerar a percepção do líder como integrante do grupo

(ROMERO; CRUTHIRDS, 2006). Diante disso, propõe-se que:

22

Hipótese 1: O humor afiliativo do líder está positivamente relacionado à

satisfação com a chefia;

O humor autopromovedor é visto como um mecanismo de enfrentamento para

lidar com o estresse e, geralmente, os indivíduos que apresentam tal estilo têm uma

perspectiva positiva e bem-humorada da vida (ROMERO; CRUTHIRDS, 2006). Os

mesmos autores ainda ressaltam que, quando esse tipo de humor é usado nas

organizações, a intenção do indivíduo é de melhorar a sua imagem perante outros

membros do grupo.

Na pesquisa de Wisse e Rietzschel (2014) não foram encontradas relações

estatisticamente significativas quanto à qualidade percebida da relação líder-

seguidor para os estilos de humor autopromovedor e autodepreciativo. Segundo os

autores, ainda não foi esclarecido por que somente alguns dos estilos afetam a

qualidade do relacionamento interpessoal e alertam que isso pode sinalizar

diferenças fundamentais entre os estilos de humor.

Dentre os estilos positivos de humor, a literatura indica que os indivíduos que

utilizam o humor afiliativo são mais adorados e admirados que os usuários do humor

autopromovedor, o qual já foi associado à redução da pró-atividade do empregado

perante o líder (MARTIN, 2007; MARTIN; LASTUK; SCHERMER; JEFFERY;

VERNON; VESELKA, 2012; ROMERO; ARENDT, 2011; WISSE; RIETZSCHEL,

2014; YIP; MARTIN, 2006).

Desta forma, propõe-se que:

Hipótese 2: O humor autopromovedor do líder está negativamente

relacionado à satisfação com a chefia;

23

Os indivíduos que utilizam o estilo de humor agressivo geralmente visam

manipular os outros por meio de uma ameaça (JANES; OLSEN, 2000) ou

ridicularizar e menosprezar alguém para se sentirem superiores (ZILLMAN, 1983).

Martin et al., 2003 sugerem que o humor agressivo está negativamente relacionado

à afabilidade e positivamente relacionado com a ansiedade, a depressão e o

burnout.

Segundo Bippus (2003) e Decker e Rotondo (2001), o fato de interagir com

indivíduos que utilizam o humor agressivo pode gerar um efeito particularmente

negativo sobre a qualidade do relacionamento interpessoal. Entretanto, Cooper

(2008) advertiu contra uma perspectiva excessivamente simplificada sobre os efeitos

dos estilos de humor no local de trabalho; a autora defendeu a ideia de que nem

todos reagem de maneira semelhante perante as diferentes formas de humor e

ressaltou que os estilos negativos de humor não necessariamente enfraquecem o

vínculo entre os indivíduos. Romero e Cruthirds (2006) corroboram ao indicar que o

humor agressivo leve pode ter funções positivas, já que o fato de presenciar outras

pessoas sendo ridicularizadas pode induzir a comportamentos adequados, algo

construtivo nas equipes coesas (JANES; OLSEN, 2000). Portanto, quando

manifestado como sátira ou provocação, o humor agressivo leve pode representar

uma mensagem de repreensão forte com um tom positivo (MARTINEAU, 1972;

MEYER, 1997) ou expressar desacordo e conflito sem efeito negativo desde que a

mensagem seja entregue de forma lúdica (KAHN, 1989).

A literatura destaca que o humor agressivo está negativamente

correlacionado com o relacionamento interpessoal e a satisfação com os colegas de

trabalho e o positivamente relacionado à hostilidade para com os outros (CANN;

ZAPATA; DAVIS, 2011; MARTIN, 2007; MARTIN; LASTUK; SCHERMER; JEFFERY;

24

VERNON; VESELKA, 2012; ROMERO; ARENDT, 2011; YIP; MARTIN, 2006). Nota-

se que os estilos de humor afiliativo e agressivo predizem a percepção da qualidade

do relacionamento com o líder (WISSE; RIETZSCHEL, 2014). Diante disso, propõe-

se que:

Hipótese 3: O humor agressivo do líder está negativamente relacionado à

satisfação com a chefia;

Finalmente, o humor autodepreciativo está associado à redução da distância

social entre líderes e empregados (SMITH; POWELL, 1988), uma vez que os

indivíduos se ridicularizam na tentativa de divertir e buscar a aceitação dos outros

(MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN; GRAY; WEIR, 2003). Romero e Cruthirds

(2006) indicam que os líderes os quais utilizam moderadamente o humor

autodepreciativo nas organizações, geralmente desejam reduzir o status e tornarem-

se mais acessíveis, e isso pode ser benéfico para o relacionamento interpessoal,

pois pode colocar os seus seguidores à vontade no ambiente de trabalho.

Entretanto, ao longo do tempo, há o risco de aquilo possivelmente visto a

princípio como engraçado, poder causar a impressão de carência e baixa autoestima

(MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN; GRAY; WEIR, 2003; ROMERO; ARENDT,

2011). Wisse e Rietzschel (2014) sugerem que, se o seguidor também tem um estilo

de humor autodepreciativo, o líder pode beneficiar-se do uso desse estilo na

interação com os seus seguidores. Desta forma, propõe-se:

Hipótese 4: O humor autodepreciativo do líder está negativamente

relacionado à satisfação com a chefia;

A literatura em comportamento organizacional indica que a satisfação é uma

das variáveis mais investigadas na predição do desempenho no trabalho (ABRAMIS,

25

1994; BRIEF; WEISS, 2002; CAMPBELL; GASSER; OSWALD, 1996; JACKSON;

SCHULER, 1985; SOUTO; PEREIRA, 2006; TSANG; WONG, 2005). Petty et al.

(1984), numa meta-análise, testaram a hipótese de que quanto mais satisfeitos com

o seu trabalho, maiores seriam os níveis de desempenho expressos pelos indivíduos

no exercício de suas atribuições. Além disso, os mesmos autores apontaram que as

variáveis satisfação e desempenho no trabalho têm apresentado relação

significativa, conquanto pequena, no contexto organizacional. Portanto, faz-se

necessário verificar empiricamente tal relação preditiva com o acréscimo de outras

variáveis nos modelos investigativos, tais como a motivação, o suporte à

aprendizagem, o envolvimento com o trabalho e as características pessoais e

profissionais (IAFFALDANO; MUCHINSKY; 1985; PETTY; MCGEE; CAVENDER,

1984).

Embora não exista uma relação direta e significativa, a variável satisfação é

fundamental para a redução de ocorrências negativas relacionadas ao desempenho

no trabalho, por exemplo, a rotatividade, o absenteísmo e o estresse, os quais

influenciariam, mesmo que indiretamente, a produtividade individual e organizacional

(WRIGHT; KIM, 2004). Nathan et al. (1991) encontraram relações significativas entre

a satisfação no trabalho e o desempenho, por meio da análise do contexto social

organizacional. Sendo assim, aquele contexto percebido como mais favorável e de

maior confiança promovia maior satisfação entre os indivíduos, e isso impactava

positivamente no desempenho. Babin e Boles (1996), por sua vez, detectaram

correlação positiva entre a satisfação com a chefia e o desempenho, de modo que

os indivíduos mais satisfeitos com a chefia percebiam mais positivamente seu

desempenho em relação aos menos satisfeitos.

26

Sendo assim, a última hipótese do modelo desenvolvido para esta pesquisa

apresenta a satisfação com a chefia como um antecedente do desempenho no

trabalho:

Hipótese 5: A satisfação com a chefia está positivamente relacionada ao

desempenho no trabalho.

Figura 2: Esquematização das hipóteses HAF: Humor Afiliativo

HAP: Humor Auto Promovedor HAG: Humor Agressivo

HAD: Humor Auto Depreciativo SCH: Satisfação com a chefia DES: Desempenho individual Fonte: Elaborado pelo autor

27

Capítulo 3

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa pretende verificar a relação entre os estilos de humor, a

satisfação com o líder e o desempenho dos indivíduos no trabalho, por meio de um

estudo de natureza quantitativa. A seguir será apresentado o método utilizado para a

coleta de dados, além da descrição das escalas utilizadas para cada constructo e os

procedimentos de análise dos dados.

3.1 COLETA DE DADOS

Procedeu-se à aplicação de um questionário estruturado, disponibilizado em

um website, cujo link foi encaminhado via e-mail para diversos grupos de

empregados da Vale S.A., multinacional brasileira de grande porte no setor de

mineração.

No e-mail-convite foi esclarecido que a pesquisa tinha como interesse a

participação de empregados nomeados analistas, engenheiros, supervisores,

gerentes e diretores, e ressaltou-se que tal pesquisa foi previamente aprovada e

validada pela Biblioteca da Valer, setor responsável pela triagem das pesquisas

realizadas nessa empresa. Foi utilizada a técnica de amostragem não probabilística

de conveniência, na qual nem todos os elementos da população têm a mesma

chance de serem selecionados, e os participantes são escolhidos por estarem

disponíveis (FINK, 1995d).

O período de coleta dos dados foi de 30 dias, nos quais foram obtidas 301

respostas. Após a verificação dos dados faltantes (missing values) e atípicos

(outliers), 234 respostas foram consideradas válidas, o que indicou estar a amostra

28

apta a ser considerada de tamanho adequado para os fins da pesquisa, segundo a

regra empírica de cinco a dez casos por variável (HAIR JR; ANDERSON; TATHAM;

BLACK, 2005), dado que o instrumento de coleta é composto de 36 assertivas.

3.2 MEDIDAS

Estilos de humor. Para avaliar os estilos de humor da liderança dessa

empresa, foi utilizado o Questionário de Estilos de Humor de Martin et al. (2003),

uma escala que evidencia as diferenças individuais existentes na utilização do

humor. A escala original foi solicitada via e-mail para o próprio autor, o qual

prontamente enviou a versão original em inglês e a tradução validada para o

português de Portugal, além de uma lista de artigos já publicados que utilizaram tal

medida. Com base em uma revisão realizada por três juízes independentes, o

instrumento foi adaptado para o português brasileiro. Vale ressaltar que o

questionário original contém 32 itens destinados a medir os quatro estilos de humor

(afiliativo, autopromovedor, agressivo e autodepreciativo) e, para cada afirmativa os

participantes classificariam o quanto concordam sobre o seu humor numa escala

tipo Likert de 7 pontos, sendo 1=discordo totalmente e 7=concordo totalmente. Dado

que o primeiro constructo da presente pesquisa é o humor do líder, não foi possível

utilizar duas afirmativas acerca do humor autopromovedor (“Se me sinto chateado

ou triste, frequentemente tento pensar em alguma coisa engraçada acerca da

situação para me sentir melhor” e “Se estou sozinho e triste, faço um esforço para

pensar em algo engraçado e me animar”). Sendo assim, o questionário compôs-se

apenas de 30 assertivas.

Satisfação com a chefia. Para mensurar a satisfação com a chefia, optou-se

por utilizar a Escala de Satisfação no Trabalho – EST, elaborada por Siqueira (1995)

29

e recém-validada por Albuquerque (2004), dada a sua consistência, objetividade e

invariância fatorial em relação a revalidações mais recentes. Trata-se de uma

medida multidimensional, composta por 25 afirmativas e destinada a avaliar o grau

de contentamento do trabalhador frente a cinco dimensões do trabalho: satisfação

com a chefia, com os colegas, com o salário, com as promoções e com a natureza

do trabalho. Entretanto, dado que a variável independente da pesquisa é o humor do

líder, foi conveniente utilizar apenas as cinco afirmativas acerca da satisfação com a

chefia, as quais também foram classificadas numa escala tipo Likert de 7 pontos,

sendo 1=totalmente insatisfeito e 7=totalmente satisfeito.

Desempenho individual. A terceira variável, referente ao desempenho dos

empregados, foi medida mediante a nota final da avaliação 360º aplicada

internamente na Vale S.A., a qual ocorre em cinco etapas: 1) o empregado realiza a

sua autoavaliação; 2) o empregado seleciona pares, clientes internos e ex-gestores

para o avaliarem; 3) o líder também realiza essa avaliação; 4) ocorre uma roda de

debate de líderes com o analista de recursos humanos para a definição da nota final

de cada quesito da avaliação e; 5) ocorre a sessão de feedback do líder com o

empregado, na qual é disponibilizada formalmente a avaliação final do empregado.

Nessa avaliação, são pontuados de 1 a 5, sendo 1=gaps significativos e

5=referência interna, sete itens: 1) adaptabilidade/flexibilidade; 2) habilidades

interpessoais; 3) competência técnica; 4) análise e solução de problemas; 5)

qualidade; 6) foco em resultados e; 7) saúde e segurança. A nota final é oriunda da

média das pontuações desses sete itens. Ao optar por esse tipo de mensuração do

desempenho individual, é eliminada a limitação de pesquisa anteriormente citada

acerca da percepção do sujeito quanto ao seu próprio desempenho.

30

Cabe destacar que foram inseridas no questionário três questões

demográficas, referentes a gênero, idade e cargo, com o intuito de detectar o perfil

dos respondentes. Outros dados demográficos como localidade, tempo de empresa

e setor de atuação, não foram solicitados para preservar o anonimato da pesquisa,

uma vez que a avaliação 360° é um processo confidencial da organização.

3.3 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE

Ademais, os dados foram codificados, e as questões reversas tiveram as suas

respostas recodificadas para as posteriores análises estatísticas das propriedades

psicométricas da confiabilidade, da validade convergente e da validade

discriminante, as quais garantem a qualidade do modelo para a amostra utilizada.

Finalmente, a análise dos dados foi realizada pelo método de Modelagem de

Equações Estruturais, com o intuito de testar as hipóteses apresentadas, com base

na estimação PLS (Partial Least Squares – Path Modeling), por meio do software

SmartPLS 2.0.

.

31

Capítulo 4

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A seguir serão apresentados o perfil da amostra, a avaliação do modelo de

mensuração e o resultado das hipóteses estudadas por meio da análise e avaliação

do modelo estrutural.

4.1 DADOS DEMOGRÁFICOS

Os dados demográficos apontam que a maioria dos participantes pertence à

faixa etária de 31 a 35 anos, com 28,63% (67 respondentes), seguido da faixa etária

de 25 a 30 anos, com 24,79% (58 respondentes). A faixa etária de 36 a 40 anos

representa 21,79% dos respondentes, restando 11,54% dos participantes com

idades entre 41 e 45 anos e apenas 4,70% com idades acima de 51 anos.

No total de 234 participantes, predomina o gênero masculino, com 65,81%

(154 respondentes), e apenas 34,19% (80 respondentes) do gênero feminino.

Apesar de a amostra apresentar empregados de distintos cargos ou níveis

hierárquicos, a maioria dos participantes da pesquisa atua como analista (52,14%) e

engenheiro (25,64%); em seguida aparecem os níveis de supervisão (11,11%),

gerência (10,26%) e diretoria (0,85%). O perfil demográfico da amostra está

representado na tabela 1.

32

TABELA 1: DADOS DEMOGRÁFICOS

Fonte: Elaborada pelo autor com base nos dados coletados

4.2 AVALIAÇÃO DO MODELO DE MENSURAÇÃO

A avaliação do modelo de mensuração consiste na análise da confiabilidade,

da validade convergente e da validade discriminante. Tais etapas precedem a

avaliação do modelo estrutural, na qual serão verificadas as relações entre os

constructos.

Chin (1998) esclarece que o índice chamado confiabilidade composta denota

a confiabilidade do modelo e deve ser superior a 0,7 para que se considere presente

tal propriedade. Na tabela 2, observa-se a presença da confiabilidade composta para

cada variável: humor autodepreciativo (0,81), humor afiliativo (0,89), humor

agressivo (0,81), humor autopromovedor (0,85) e satisfação com a chefia (0,93).

Sendo assim, na presente pesquisa todas as variáveis latentes apresentaram

confiabilidade superior a 0,7, evidenciando a confiabilidade do modelo de

mensuração.

Perfil dos Participantes n° %Entre 25 e 30 anos 58 24,79Entre 31 e 35 anos 67 28,63Entre 36 e 40 anos 51 21,79Entre 41 e 45 anos 27 11,54Entre 46 e 50 anos 20 8,55A partir de 51 anos 11 4,70Feminino 80 34,19Masculino 154 65,81Analista 122 52,14Engenheiro 60 25,64Supervisor 26 11,11Gerente 24 10,26Diretor 2 0,85

Faixa Etária

Gênero

Cargo

33

TABELA 2: ESTATÍSTICA DESCRITIVA E CORRELAÇÃO ENTRE OS CONSTRUCTOS

Nota: Os valores da raiz quadrada da variância média extraída estão em negrito (na diagonal) Fonte: Elaborada pelo autor com base nos dados coletados

Chin (1998) e Hair Jr. et al. (2005) apontam que os valores de variância média

extraída superiores a 50% denotam que há validade convergente no modelo

proposto. Neste estudo, todas as variáveis latentes atenderam plenamente a este

parâmetro: humor autodepreciativo (0,62), humor afiliativo (0,58), humor agressivo

(0,59), humor autopromovedor (0,59) e satisfação com a chefia (0,74).

Finalmente, para a avaliação da validade discriminante deve-se observar se

as assertivas apresentadas possuem correlações mais elevadas em seus

respectivos construtos quando comparado aos demais (CHIN, 1998). Na tabela 3,

observa-se que tal parâmetro foi atendido, o que indica a validade discriminante do

modelo.

Cabe ainda destacar que outra maneira de avaliar a validade discriminante é

observar se as correlações entre os constructos são menores que a raiz quadrada

da variância média extraída, e isso corresponde a avaliar se os indicadores têm

relação mais forte com sua variável latente que com as outras (CHIN, 1998). Por

esse critério, também foi confirmada a validade discriminante do modelo.

Variável Latente 1 2 3 4 51- Humor Auto Depreciativo 0,782- Humor Afiliativo -0,17 0,763- Humor Agressivo 0,28 -0,44 0,774- Humor Auto Promovedor -0,03 0,72 -0,46 0,775- Satisfação com a chefia -0,27 0,53 -0,63 0,57 0,86

Média 2,08 4,67 2,97 3,84 4,72Mediana 2,00 5,00 2,00 4,00 5,00

Desvio padrão 1,42 1,84 1,96 1,79 1,76Variância média extraída 0,62 0,58 0,59 0,59 0,74Confiabilidade Composta 0,813 0,89 0,81 0,85 0,93

34

TABELA 3: MATRIZ DE CARGAS CRUZADAS

Variáveis Latentes Indicadores 1 2 3 4 5

HAD5) Geralmente se rebaixa demais quando faz piadas ou tenta ser engraçado;

0,99 -0,20 0,29 -0,06 -0,28

HAD6) Quando está em grupo, muitas vezes parece ser o alvo das piadas.

0,71 0,13 0,05 0,18 -0,05

HAF2) Não tem que se esforçar muito para fazer as pessoasrirem – Parece ser uma pessoa naturalmente bem-humorada.

-0,13 0,82 -0,48 0,74 0,53

HAF4) Ele ri e brinca muito com as pessoas mais próximas. -0,04 0,72 -0,22 0,53 0,35

HAF5_rev) Normalmente, não gosta de contar piadas ou divertir as pessoas.

-0,22 0,79 -0,31 0,47 0,35

HAF6) Ele gosta de fazer as pessoas rirem. -0,04 0,82 -0,36 0,66 0,43

HAF7_rev) Não costuma brincar com os seus amigos. -0,28 0,73 -0,29 0,37 0,35

HAF8_rev) Normalmente, não diz coisas engraçadas quando está com outras pessoas.

-0,08 0,70 -0,31 0,40 0,38

HAG1) Se alguém comete um erro, ele geralmente vai debochar por causa disto.

0,27 -0,22 0,71 -0,20 -0,39

HAG2_rev) As pessoas nunca se sentem ofendidas ou magoadas com o seu senso de humor.

0,13 -0,42 0,76 -0,50 -0,54

HAG7) Se não gosta de alguém, muitas vezes usa o humor ou a provocação para denegri-lo.

0,27 -0,35 0,82 -0,30 -0,51

HAP1) Quando está triste ou chateado, costuma alegrar-se com humor.

-0,04 0,44 -0,38 0,70 0,43

HAP2) Até quando está sozinho, ele consegue se divertir com as adversidades da vida.

0,02 0,63 -0,29 0,81 0,41

HAP5) Para ele, pensar em algum aspecto divertido de uma situação, muitas vezes, é uma maneira muito eficaz de lidar com os problemas.

0,02 0,58 -0,34 0,79 0,44

HAP6) Não precisa estar com outras pessoas para se sentir divertido – frequentemente vejo-o rindo mesmo quando está sozinho.

-0,07 0,56 -0,38 0,79 0,47

SCH1) Com o modo como meu chefe organiza o trabalho do meu setor.

-0,18 0,41 -0,48 0,46 0,80

SCH2) Com o interesse do meu chefe pelo meu trabalho. -0,21 0,41 -0,48 0,41 0,84

SCH3) Com o entendimento entre mim e meu chefe. -0,21 0,48 -0,60 0,56 0,92

SCH4) Com a maneira como meu chefe me trata. -0,24 0,54 -0,64 0,58 0,92

SCH5) Com a capacidade profissional do meu chefe. -0,33 0,44 -0,51 0,42 0,82

4- Humor Autopromovedor

5- Satisfação com a chefia

1- Humor Autodepreciativo

2- Humor Afiliativo

3- Humor Agressivo

35

Nota 1: Os itens com o sufixo “_rev” tiveram suas escalas invertidas (1→7, 2→6, 3→5, 4→4, 5→3, 6→2 e 7→1); Nota 2: Algumas assertivas foram eliminadas por apresentarem uma carga fatorial baixa com seus respectivos constructos. Fonte: Elaborada pelo autor com base nos dados coletados

As assertivas HAD1, HAD2, HAD3, HAD4, HAD7, HAD8, HAF1, HAF3, HAG3,

HAG4, HAG5, HAG6, HAG8, HAP3 e HAP4 apresentaram uma carga fatorial baixa

com seus respectivos constructos e foram eliminadas, intercaladas por seguidos

processamentos dos dados, até que o modelo de mensuração atingisse os

requisitos necessários a fim de as medidas serem consideradas satisfatórias para a

realização do teste das hipóteses.

4.2 AVALIAÇÃO DO MODELO ESTRUTURAL

O modelo estrutural relaciona os estilos de humor (afiliativo, autopromovedor,

agressivo e autodepreciativo) com o constructo satisfação com a chefia que, por sua

vez, é relacionada ao desempenho no trabalho. Esse modelo parte das hipóteses de

que os estilos de humor predizem a satisfação com a chefia e, que o desempenho

dos empregados se configura como uma variável consequente da satisfação com a

chefia.

Na Figura 3, são apresentados os índices de caminhos entre os estilos de

humor, a satisfação com a chefia e o desempenho no trabalho, para serem

analisadas as hipóteses anteriormente formuladas.

36

Figura 3: Modelo Estrutural de Mensuração HAF: Humor Afiliativo

HAP: Humor Auto Promovedor HAG: Humor Agressivo

HAD: Humor Auto Depreciativo SCH: Satisfação com a chefia DES: Desempenho individual

Nota: *** Valor p <0,001, ** Valor p <0,01 e * Valor p<0,05 Fonte: Elaborada pelo autor

Conforme apresentado na figura 3, foi identificada uma relação positiva e

significante entre o humor afiliativo e a satisfação com a chefia (p<0,05), o que não

permite rejeitar hipótese 1 (“o humor afiliativo está positivamente relacionado à

satisfação com a chefia”). Ao contrário do esperado, o humor autopromovedor

também apresentou uma relação positiva e significante com a satisfação com a

chefia (p<0,01), o que leva à rejeição da hipótese 2 (“o humor autopromovedor está

negativamente relacionado à satisfação com a chefia”).

A relação entre o humor agressivo e a satisfação com a chefia apresentou-se

negativa e altamente significante (p<0,001), fato indicador da não rejeição da

hipótese 3 (“o humor agressivo está negativamente relacionado à satisfação com a

chefia”). Vale ressaltar que o coeficiente de caminhos entre os constructos "humor

agressivo" e "satisfação com a chefia" foi de -0,41, e isso significa dizer que 16,81%

37

(R2=0,1681) da insatisfação com a chefia esteve associada ao uso do estilo de

humor agressivo. De acordo com Cohen (1997), um R2 de 13% é classificado como

médio, e de 26% como grande, o que indica considerar-se entre média e grande a

relação encontrada. O resultado da relação entre o humor autodepreciativo e a

satisfação com a chefia apresentou-se negativo e significante (p<0,05), o que não

permite rejeitar a hipótese 4 (“o humor autodepreciativo está negativamente

relacionado à satisfação com a chefia”).

Cabe ainda destacar que os coeficientes de caminhos anteriormente

apresentados entre os constructos podem também indicar qual a contribuição (R2)

de cada estilo de humor para a satisfação com a chefia: 1,44% do humor afiliativo,

8,41% do humor autopromovedor, 16,81% do humor agressivo e, 1,69% do humor

autodepreciativo.

Finalmente, a hipótese 5 (“a satisfação com a chefia está positivamente

relacionada ao desempenho no trabalho”) também não pôde ser rejeitada, dada a

relação positiva e significante entre a satisfação com a chefia e o desempenho no

trabalho (p<0,05).

38

Capítulo 5

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Esta pesquisa verificou a relação entre os estilos de humor, a satisfação com

o líder e o desempenho dos indivíduos no trabalho. Os resultados apresentados na

pesquisa sugerem que há uma relação positiva e significante entre os estilos

positivos de humor e a satisfação com a chefia, ao passo que essa relação é

negativa e significante para os estilos negativos. Ao analisar-se a literatura, é

possível perceber que o estilo de humor positivo do líder está positivamente

correlacionado ao relacionamento interpessoal com os empregados (DECKER;

HONG; THOMAS, 2011), ao comprometimento afetivo e à identificação do seguidor

(HUGHES; AVEY, 2009). Apesar de presumir-se que a qualidade percebida da

relação entre líder e liderado seja promovida por um estilo de humor positivo e

dificultada por um estilo negativo, a evidência empírica é pouco conclusiva (CANN;

ZAPATA; DAVIS, 2011; ROMERO; CRUTHIRDS, 2006; WISSE; RIETZSCHEL,

2014; WOOD; BECHMANN; ROSSITER, 2011). Diante dessa lacuna de pesquisa,

este estudo examinou os efeitos dos estilos de humor na relação de indivíduos com

os seus líderes.

A análise dos resultados indica que, os estilos positivos de humor (afiliativo e

autopromovedor) dos líderes configuram-se como importantes preditores da

satisfação com a chefia. Com relação ao humor afilitiavo, esse resultado

complementa os estudos de Romero e Arendt (2011) e Wisse e Rietzschel (2014),

os quais apontaram uma relação positiva entre tal estilo e outra faceta da satisfação

no trabalho, a satisfação com os colegas de trabalho. A literatura indica que essa

relação positiva pode ser explicada ao se considerar que o uso desse humor não

39

hostil reduz os conflitos interpessoais, e isso propicia um ambiente de trabalho

saudável (MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN; GRAY; WEIR, 2003), além de reduzir

a distância social por gerar a percepção do líder como integrante do grupo

(ROMERO; CRUTHIRDS, 2006).

Apesar de estudos anteriores apontarem serem os indivíduos utilizadores do

humor afiliativo mais adorados e admirados que aqueles que usam o humor

autopromovedor (MARTIN, 2007; MARTIN; LASTUK; SCHERMER; JEFFERY;

VERNON; VESELKA, 2012; ROMERO; ARENDT, 2011; WISSE; RIETZSCHEL,

2014; YIP; MARTIN, 2006), a presente pesquisa detectou, dentre os estilos

positivos, uma relação mais forte e significante entre o humor autopromovedor e a

satisfação com a chefia. Ao contrário do esperado, o humor autopromovedor

apresentou uma correlação positiva com a satisfação com a chefia, o que pode estar

relacionado ao fato de esse estilo envolver líderes os quais utilizam o humor para

motivar os seus subordinados perante as adversidades. Vale destacar que a

hipótese 2 da pesquisa supôs uma relação negativa entre o humor autopromovedor

e a satisfação com a chefia, em convergência com o estudo de Wisse e Rietzschel

(2014), o qual indicou serem os líderes que utilizam os estilos intrapsíquicos

(autopromovedor e autodepreciativo) geralmente menos adorados e respeitados,

pois tendem a se expressar humoradamente, sem considerar o potencial impacto

sobre os outros. Contudo, o resultado encontrado é similar ao de pesquisas

anteriores (BIPPUS, 2000; CANN; ZAPATA; DAVIS, 2011; DRIVER; GOTTMAN,

2004), o que indica que este estilo, propício a minimizar tensões e conflitos, está

associado a maiores níveis de satisfação.

Quanto aos estilos negativos, os resultados indicaram que tanto o humor

agressivo quanto o humor autodepreciativo são importantes antecedentes da

40

insatisfação com a chefia, fato semelhante ao exposto no estudo de Cann et al.

(2011), o qual relacionou o uso dos estilos negativos à redução da satisfação com o

relacionamento interpessoal. Vale reiterar que a literatura ainda é escassa no

tocante aos efeitos nocivos do humor dentro das organizações, dada à ênfase nos

efeitos positivos. Especificamente o humor agressivo foi apontado, na presente

pesquisa, como o maior e mais significante preditor da insatisfação com a chefia. Os

resultados apontam que 16,81% da insatisfação com a chefia foram explicados pelo

uso do estilo agressivo. Essa constatação pode ser sustentada por estudos

anteriores, os quais sugeriram que o fato de interagir com indivíduos com humor

agressivo pode gerar um efeito particularmente negativo sobre a qualidade do

relacionamento interpessoal (BIPPUS, 2003; DECKER; ROTONDO, 2001) e, por

conseguinte, sobre a satisfação com os colegas de trabalho (ROMERO; ARENDT,

2011).

Uma explicação encontrada na literatura para o humor autodepreciativo

também se configurar como um antecedente da insatisfação com a chefia refere-se

ao risco inerente ao uso desse estilo: o que inicialmente pode parecer descontraído

e engraçado pode vir a expor baixa autoestima e carência emocional (FABRIZI;

POLLIO, 1987, MARTIN; PUHLIK-DORIS; LARSEN; GRAY; WEIR, 2003; ROMERO;

ARENDT, 2011). Por outro lado, esse resultado diverge da ideia de que os líderes

com tal estilo pretendem reduzir o status e tornarem-se mais acessíveis, e isso pode

ser benéfico para o relacionamento interpessoal (ROMERO; CRUTHIRDS, 2006).

Cabe ainda destacar que os estudos recentes sobre o humor no trabalho não

encontraram relações estatisticamente significativas quanto à qualidade percebida

da relação líder-seguidor para os estilos de humor autopromovedor e

autodepreciativo (ROMERO; ARENDT, 2011; WISSE; RIETZSCHEL, 2014), o que

41

sugere que tais estilos intrapsíquicos não se configuram como importantes

preditores da satisfação com a chefia. Todavia, os resultados da presente pesquisa

sugerem configurarem-se ambos os estilos intrapsíquicos como importantes

antecedentes da satisfação com a chefia.

Finalmente, os resultados indicaram haver uma correlação positiva e

significante entre a satisfação com a chefia e o desempenho individual dos

subordinados. No entanto, apenas 1,69% do desempenho individual pôde ser

explicado via satisfação com a chefia. A literatura explica que a fraca correlação

reincidentemente encontrada entre a satisfação e desempenho no trabalho pode ser

explicada em função do número de outras variáveis envolvidas nessa relação

(GUZZO; SHEA, 1992), por exemplo, o suporte à aprendizagem, o

comprometimento e clima organizacional. Nesta pesquisa, a pequena predição

encontrada pode ter sido afetada porque o modelo limitou-se a incluir apenas uma

das diversas dimensões envolvidas no constructo satisfação no trabalho. Borman e

Motowidlo (1993) reforçam tal ideia ao indicarem que a relação entre satisfação no

trabalho e desempenho se tornaria mais forte quando se investigasse, além de

fatores afetivos ou disposicionais, a ocorrência de fatores contextuais. Outra

possível explicação para essa fraca correlação refere-se à ideia de que a variável

satisfação pode influenciar indiretamente o desempenho individual por meio da

redução de ocorrências negativas relacionadas ao comportamento organizacional,

tais como: rotatividade, absenteísmo e estresse (WRIGHT; KIM, 2004).

De forma geral, os resultados sugerem que os estilos positivos dos líderes

configuram-se como importantes antecedentes da satisfação com a chefia, enquanto

os estilos negativos podem determinar a insatisfação com a chefia, o que converge

com os estudos anteriores, no concernente aos efeitos dos estilos de humor na

42

interação entre indivíduos (CANN; ZAPATA; DAVIS, 2011; DRIVER; GOTTMAN,

2004, ROMERO; ARENDT; 2011; ROMERO; CRUTHIRDS, 2006; WISSE,

RIETZSCHEL, 2014; VECCHIO; JUSTIN; PEARCE, 2009). Ademais, os resultados

sugerem que a satisfação com o líder potencializa o desempenho individual dos

liderados, fator também convergente com as pesquisas anteriores (BABIN; BOLES,

1996; NATHAN; MORMAN; MILLIMAN, 1991; PETTY; MCGEE; CAVENDER, 1984).

43

Capítulo 6

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada apresenta algumas limitações que correspondem a

sugestões para futuras pesquisas. Primeiro, a escala de humor utilizada foi

desenvolvida com base num questionário no qual os indivíduos deveriam responder

sobre o seu próprio humor, porém as questões foram ajustadas para os empregados

responderem sobre o humor dos seus líderes. Além disso, a escala original está na

língua inglesa e, para se obter a versão no português do Brasil foram necessários

dois processos de tradução, o que pode ter gerado interferências no processamento

dos dados. Cabe ainda destacar que foi eliminado um número maior de assertivas

de estilos específicos, das quais se podem extrair informações importantes para

uma futura escala. Portanto, dada a carência de pesquisas empíricas sobre o humor

no trabalho, sugere-se o desenvolvimento e a validação de uma escala especifica

sobre os estilos de humor dos líderes nas organizações.

Segundo, uma vez que a satisfação com a chefia não se configurou como um

importante preditor do desempenho de indivíduos no trabalho e, os estilos de humor

do líder estiveram diretamente relacionados à satisfação com a chefia, estudos

adicionais podem explorar melhor esta relação entre os constructos. Dado que as

pessoas não possuem um único estilo de humor e, possivelmente, o uso desses

estilos sofre alterações e variações ao longo da vida, as pesquisas futuras podem

traçar perfis de líderes com uma mescla dos estilos de humor, através de uma

análise de conglomerados.

Terceiro, o estudo se limita a analisar apenas a satisfação com a chefia, em

detrimento de outras dimensões de satisfação no trabalho proposta por Siqueira

44

(1995). Considerando que os estilos de humor podem impactar também essas

outras dimensões, assim como tais dimensões também podem ser importantes

antecedentes do desempenho no trabalho, sugere-se que futuras pesquisas

explorem as demais facetas do constructo satisfação no trabalho.

Quarto, para a mensuração do desempenho individual utilizou-se a avaliação

360º aplicada internamente na empresa. Embora se tenha superado a limitação

anteriormente citada da avaliação unilateral do líder para o seguidor, não foi possível

eliminar a subjetividade inerente a esse tipo de avaliação baseada em percepções.

Sendo assim, para uma melhor interpretação dos resultados, recomenda-se que

outros tipos de mensurações sejam utilizados em estudos futuros.

Quinto, a técnica de amostragem de conveniência, na qual nem todos os

elementos da população têm a mesma chance de serem selecionados, pode

generalizar de forma inadequada os resultados. Além disso, deve-se considerar

também a limitação da abordagem quantitativa do estudo, na qual os resultados são

analisados somente sob a ótica estatística. Sendo assim, estudos qualitativos

adicionais poderiam trazer melhores interpretações acerca dos efeitos dos estilos de

humor na interação entre líder e liderado.

Ainda que a presente pesquisa tenha apresentado as limitações acima

citadas, é importante destacar algumas implicações práticas com possibilidade de

contribuir para a melhoria da gestão do capital humano nas organizações. Primeiro,

espera-se que o tema estudado auxilie na compreensão dos efeitos dos estilos de

humor e suas principais consequências no ambiente de trabalho, para as áreas

corporativas de recursos humanos poderem vislumbrar o perfil adequado da

liderança nos processos de recrutamento e seleção e de carreira e sucessão.

45

Segundo, o humor pode ser encarado como uma ferramenta multifuncional de

gestão, porquanto os diferentes estilos de humor podem desencadear uma série de

comportamentos que impactam nos resultados organizacionais, seja por uma

relação direta ou indireta. Portanto, no ambiente organizacional, a análise do estilo

de humor dos líderes que possuem seguidores com baixos níveis de satisfação pode

servir de indicativo para a área de recursos humanos quanto à necessidade, por

exemplo, de job rotation de líderes ou ainda de recrutamento e seleção de novos

líderes.

Terceiro, dado que o ambiente organizacional é altamente mutável e instável,

trabalhar com líderes os quais adotam posturas e perspectivas positivas e bem-

humoradas, como um mecanismo de enfrentamento para lidar com o estresse

corporativo, certamente aumenta a admiração e a satisfação com a chefia que, por

sua vez, pode desencadear diversos outros comportamentos, por exemplo, o

comprometimento e o clima organizacional.

Finalmente, ainda que existam efeitos positivos associados ao uso moderado

do humor agressivo e do humor autodepreciativo, é preciso cautela no uso desses

estilos negativos, já que um ato humorístico pode caracterizar assédio moral, um

assunto em evidência no ambiente de trabalho.

46

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APÊNDICE A - QUESTIONÁRIOS APLICADOS NA PESQUISA

Prezados,

O questionário contém 38 itens e pretende verificar a relação entre os estilos de

humor, a satisfação com o líder e o desempenho dos indivíduos no trabalho. Para

tanto, tal questionário está dividido em quatro blocos: o primeiro refere-se aos dados

demográficos da amostra da pesquisa, o segundo contém afirmações sobre o humor

do seu líder, o terceiro apresenta afirmações acerca da sua satisfação com a chefia,

por fim, o quarto bloco solicitará a sua nota final da avaliação 360° realizada no

último Ciclo de Carreira e Sucessão (2012).

BLOCO 1 – DADOS DEMOGRÁFICOS

Idade:

Genêro:

Cargo:

BLOCO 2 – HUMOR DO MEU LÍDER

Os profissionais vivenciam diariamente diversos estilos de liderança e,

consequentemente, diversos tipos de humor no ambiente de trabalho. Segue abaixo

uma lista com afirmações que descrevem diferentes maneiras nas quais o humor

pode ser vivenciado na sua relação com o seu líder. Por favor, leia cada afirmação

cuidadosamente e indique o grau em que concorda ou discorda com ela. Utilize a

seguinte escala: 1 = Totalmente em desacordo; 2 = Moderadamente em desacordo;

3 = Ligeiramente em desacordo; 4 = Nem concordo, nem discordo; 5 = Ligeiramente

de acordo; 6 = Moderadamente de acordo e; 7 = Totalmente de acordo.

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Meu líder...

( ) Não costuma rir ou brincar muito com as pessoas.

( ) Quando está triste ou chateado, costuma alegrar-se com humor.

( ) Se alguém comete um erro, ele geralmente vai debochar por causa disto.

( ) Deixa as pessoas rirem ou brincarem com ele mais do que deveria.

( ) Não tem que se esforçar muito para fazer as pessoas rirem – Parece ser uma pessoa naturalmente bem-humorada.

( ) Até quando está sozinho, ele consegue se divertir com as adversidades da vida.

( ) As pessoas nunca se sentem ofendidas ou magoadas com o seu senso de humor.

( ) Frequentemente rebaixa-se se isso fizer os outros rirem.

( ) Raramente faz outras pessoas rirem contando histórias engraçadas sobre ele mesmo.

( ) Quando diz coisas engraçadas, normalmente não parece estar preocupado em como as outras pessoas vão reagir.

( ) Frequentemente tenta fazer com que os outros gostem dele ou o aceitem dizendo alguma coisa engraçada acerca de suas próprias fraquezas, erros, ou defeitos.

( ) Ri e brinca muito com as pessoas mais próximas.

( ) A sua perspectiva humorista da vida impede-o de ficar chateado ou deprimido.

( ) Não gosta quando alguém usa o humor como forma de criticar ou denegrir.

( ) Não costuma dizer coisas engraçadas para se rebaixar.

( ) Normalmente, não gosta de contar piadas ou divertir as pessoas.

( ) Às vezes não para de dizer algo que acha engraçado, mesmo que isso não seja apropriado para a situação.

( ) Geralmente se rebaixa demais quando faz piadas ou tenta ser engraçado.

( ) Gosta de fazer as pessoas rirem.

( ) Se estiver triste ou chateado com algo, tende a perder o seu senso de humor.

( ) Nunca ri dos outros, mesmo se todos estão fazendo isso.

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( ) Quando está em grupo, muitas vezes parece ser o alvo das piadas.

( ) Não costuma brincar com os seus amigos.

( ) Para ele, pensar em algum aspecto divertido de uma situação, muitas vezes, é uma maneira muito eficaz de lidar com os problemas.

( ) Se não gosta de alguém, muitas vezes usa o humor ou a provocação para denegri-lo.

( ) Se estiver com problemas ou infeliz, tende a disfarçar fazendo piadas, para que nem os seus amigos mais íntimos percebam como ele realmente está se sentindo.

( ) Normalmente, não diz coisas engraçadas quando está com outras pessoas.

( ) Não precisa estar com outras pessoas para se sentir divertido – frequentemente vejo-o rindo mesmo quando está sozinho.

( ) Mesmo se algo for realmente engraçado, ele não ri nem faz piada se alguém puder ficar ofendido com isso.

( ) Deixar os outros rirem dele é a sua maneira de manter as pessoas à sua volta bem-humoradas.

BLOCO 3 – SATISFAÇÃO COM A CHEFIA

As frases abaixo falam a respeito de alguns aspectos do seu líder. Indique o quanto

você se sente satisfeito ou insatisfeito com cada um deles. Por favor, responda

nos parênteses que antecedem cada frase, aquele número (de 1 a 7) que melhor

representa sua resposta. Sendo: 1 = Totalmente insatisfeito; 2 = Muito insatisfeito; 3

= Insatisfeito; 4 = Indiferente; 5 = Satisfeito; 6 = Muito satisfeito e; 7 = Totalmente

satisfeito.

No meu trabalho atual, sinto-me...

( ) Com o modo como meu chefe organiza o trabalho do meu setor.

( ) Com o interesse do meu chefe pelo meu trabalho.

( ) Com o entendimento entre mim e meu chefe.

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( ) Com a maneira como meu chefe me trata.

( ) Com a capacidade profissional do meu chefe.

BLOCO 4 – DESEMPENHO DO EMPREGADO

Neste bloco do questionário, solicito-o que indique a nota final do último ciclo de

Carreira e Sucessão (2012), recebido formalmente após o feedback com o seu líder.

Vale lembrar que no CSP a pontuação utilizada de 1 a 5 representa:

1 = Gaps Significativos; 2 = Em desenvolvimento; 3 = Atende às Expectativas; 4 =

Supera às Expectativas e; 5 = Referência Interna.

( ) Avaliação Geral