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Fundamentos de Tecnologia da Informação

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Fundamentos de Tecnologia da Informação

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Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Prof. Ms. Artur Ubaldo Marques Junior

Revisão Textual:Profª. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni

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• Estágios do Tratamento da Informação

• Aplicações de Sistemas da Informação

• Organização das Informações

Continuamos nossa busca por conhecimento em nossa unidade II da disciplina Fundamentos de Tecnologia da Informação, que inclui os conceitos referentes a sistemas de informações. Apesar de estarmos estudando, nesta disciplina, os fundamentos desse assunto, torna-se premente a abordagem dos sistemas de informação e das complexidades que eles se propõem a resolver no dia a dia corporativo.

Todos os dias realizamos nossas atividades com a ajuda, de maneira direta ou indireta, dos sistemas da informação. O foco desta unidade está em possibilitar que você entenda, interprete e analise os tipos de sistema de informação existentes.

Em nosso texto teórico, chamo sua atenção para a passagem que cita os processos e a forma como os sistemas de informação podem permear uma sequência operacional dentro de uma cadeia produtiva ou de serviços, ajudando o fluxo do trabalho e o controle da informação.

Para o estudante de sistemas de informação é fascinante lidar com as possibilidades quase ilimitadas relacionadas à adaptabilidade e resolutividade da aplicação de um sistema numa organização com processos desestruturados ou inexistentes. Faz diferença o profissional que sabe utilizar o poder desses recursos e é capaz de escolher, corretamente, qual deve usar e de reconhecer o grau de maturidade da empresa em que trabalha ou presta serviço.

No transcorrer de nossa unidade, ao ler o material teórico, você terá, à sua disposição, informação sobre conceitos de organização das informações em sistemas de arquivos e gerenciadores de dados, como, por exemplo, estocagem, disponibilidade, cuidados para proteção, como backups, contingência e redundância. Da mesma maneira, mencionaremos, de forma introdutória, os processos de recuperação de informação em caso de incidentes.

Nesta unidade conheceremos o conceito de sistemas de informação, seus processos, componentes, objetivos e razões. Estudaremos também a organização das informações e veremos a importância do armazenamento de dados.

processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

• Armazenamento de Dados

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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

Contextualização

A sociedade, atualmente, é extremamente dependente de sistemas de informação. Se você, ainda, duvida disso, veja só:

• Seu celular possui um hardware que é gerenciado por um sistema operacional para tecnologia móvel. Ele possui, em seu sistema de arquivos, aplicativos, ferramentas e utilitários que são sistemas que, de uma forma ou de outra, manipulam informação a partir de uma entrada simples, que pode ser, por exemplo:

- os dados de sua posição atual e futura para calcular uma rota alternativa, caso você pegue um transito ‘infernal’ pela frente.

- os dados de contato de seu e-mail, para que você possa encontrá-los no novo sistema que você baixou na Apple Store e, assim, possa convidá-los para fazerem parte de sua rede social favorita.

• Os eletroeletrônicos que você utiliza cotidianamente para refrigerar alimentos, pôr o vinho em temperatura ideal, aquecer ou resfriar sua casa, monitorar e vigiar, em tempo real, sua residência, caso ela seja invadida ou furtada, funcionam com sistemas de informação.

• Os sistemas de informação são utilizados para avisar quantos carros sobem ou descem a Serra do Mar, a fim de que você conheça as condições das estradas e o melhor horário para voltar para sua casa, evitando o desconforto pós-feriado.

• Eles também são necessários para informar as condições climáticas, a fim de que você possa ter mais opções de escolha de destinos no final de semana e de que este seja mais relaxante ou divertido.

• Os sistemas de informação estão presentes no caso da ocorrência de uma emergência médica e da necessidade de pedir uma ambulância ao SAMU ou ao seu plano de saúde. Por meio deles, será acionada a que estiver mais próxima, que vai atender o problema mais rápidamente e, com isso, aumentar as chances de sobrevivência do paciente.

• Também ajudam você a buscar um produto ou serviço, de forma que, armazenando suas características como consumidor, possa oferecer possibilidades de compra potencial adequadas aos seus gostos e preferências, sem ficar apresentando aquela infindável lista de produtos e serviços que não lhe interessam e que fazem você perder tempo e ficar nervoso.

• Os sistemas de informação estão no oferecimento de uma lista personalizada de músicas para você ouvir no carro ou, até mesmo, na academia, onde você pode usá-la de acordo com o tipo de atividade e esforço físico que você esteja fazendo, ou então criando rankings e listas selecionadas por seu desejo ou por reconhecimento de voz.

Esses são alguns exemplos de sistemas de informação de uso pessoal ou, ao menos, personalizado. Temos também sistemas de informação coorporativos, como CRMs, que servem para gerenciar o relacionamento da empresa com seus consumidores, de forma a terem mais experiências felizes e com retenção de valores, ou os ERPs, que permitem às corporações gerenciarem seus processos produtivos, evitando rupturas de fornecimento e melhorando seus custos e governança empresarial.

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Sistemas de Informação controlam dados em tempo real, como os sistemas que controlam tráfego aéreo, ou fazem simulações com complexidade e matemática do caos, como os que fazem a previsão do tempo.

A humanidade experimentou uma evolução sem precedente com os sistemas da informação. Não vivemos mais sem eles ou, se algum dia precisarmos prescindir deles, teremos que reescrever toda a história contemporânea, pois ela está intrinsecamente ligada aos Sistemas da Informação.

Entender para que servem e saber onde aplicá-los torna-se competência muito desejada pelas organizações da era do conhecimento. Você deve inserir-se nesse contexto, estudando e aprofundando-se nesse tema. As corporações em nível mundial buscam profissionais que sejam capazes de identificar o sistema adequado para ser usado por diferentes tipos de empresas, de acordo com seus graus de maturidade, suas possibilidades financeiras orçamentárias e seus ativos organizacionais.

Vamos entender como isso acontece e qual sua importância?

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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

Estágios do Tratamento da Informação

Existem quatro termos muito comuns que são ligados uns aos outros. Eles são os componentes de todo sistema de informação e servem para descrever os estágios específicos de tratamento da informação:

• Entrada

• Processamento

• Saída

• Armazenamento

Quadro 1: Componentes de um sistema de informaçãoFonte: www.teach-ict.com

• Input (Entrada) é o fluxo de dados para o sistema a partir do exterior.

• Processing (Processamento) é a ação de manipular a entrada de uma forma mais útil.

• Output (Saída) é a informação que flui para fora do sistema.

• Storage (Armazenamento) é o meio de manter as informações para uso posterior do dado.

• Feedback (Retroalimentação) ocorre quando o resultado do processamento gera uma saída que tem influência sobre a entrada.

Como a função de um sistema de informação é transformar “dados” em “informações”, normalmente ele executa essa função utilizando os seguintes processos:

• Conversão: transformação de dados de um formato para outro, de uma unidade de medida para outra e/ou da classificação de um recurso para outro.

• Organização: organização ou reorganização de dados de acordo com as regras de gerenciamento de banco de dados e procedimentos para que eles possam ser acessados de forma econômica.

• Estruturação: formatação ou reformatação de dados para que estes possam ser aceitáveis para um sistema de informações ou aplicativo de software específico.

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• Modelagem: visualização de dados que irão melhorar a base de conhecimento e inteligência na tomada de decisões e análise estatística para o usuário.

Os conceitos de “estrutura” e “organização” são cruciais para o funcionamento dos sistemas de informação. Sem “organização” e “estrutura” é simplesmente impossível transformar dados em informações.

De acordo com Wertheim (2000:71), a expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos últimos anos deste século, como substituto para o complexo conceito de “sociedade pós-industrial” e como forma de transmitir o conteúdo específico do “novo paradigma técnico-econômico”. Segundo Castells (2000), essa era possui as seguintes características principais:

• A informação é sua matéria-prima: as tecnologias desenvolvem-se para permitir que o homem atue sobre a informação propriamente dita, ao contrário do passado, quando o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias, criando implementos novos ou adaptando-os a novos usos.

• Os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade porque a informação é parte integrante de toda atividade humana, individual ou coletiva e, portanto, todas essas atividades tendem a ser afetadas diretamente pela nova tecnologia.

• Predomínio da lógica de redes. Essa lógica, característica de todo tipo de relação complexa, pode ser, graças às novas tecnologias, materialmente implementada em qualquer tipo de processo.

• Flexibilidade: a tecnologia favorece processos reversíveis, permite modificação por reorganização de componentes e tem alta capacidade de reconfiguração.

• Crescente convergência de tecnologias, principalmente a microeletrônica, telecomunicações, optoeletrônica, computadores, mas também, e crescentemente, a biologia.

A partir das características enunciadas, percebemos também que a construção dessa sociedade só foi possível com o correto emprego dos sistemas da informação. A própria informação exige o desenvolvimento de competências essenciais por quem a manipula, cria ou consome. O processo de desenvolvimento de competências em informação segue oito passos, conforme demonstra a figura 01.

Percebe a necessidade de informação e

atualização constante

1 Identifica e define

a informação necessária

2Sabe como buscar e achar a informação em diferentes

fontes e ferramentas

3

Sabe como analisar, interpretar, avaliar e

organizar a informação pertinente e relevante

4

Preserva a informação, estoca, reusa, registra e arquiva a informação

para uso futuro

8

Sabe como apresentar e comunicar a informação produzida, utilizando os

meios adequados

7Avalia o impacto

da informação, age eticamente, respeita os

direitos autorais

6Sabe como utilizar a informação para

resolver um problema

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Figura 1: Ciclo da Competência da InformaçãoFonte: Dudziak (2009)

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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

As bases do desenvolvimento da competência da informação para os indivíduos residem nas seguintes características:

• aprender como se aprende;• ser autodidata e independente;• possuir o pensamento crítico;• ser capaz de antecipar-se, ter pró-atividade;• desenvolver um pensamento sistêmico;• entender processos investigativos.

As informações são ativos organizacionais imprescindíveis para o seu desenvolvimento e inovação e para manutenção de sua existência ao longo dos anos. Mas, para que isso possa ocorrer, necessitamos de que a informação tenha qualidade e seja conformada segundo regras padronizadas e reconhecidas. Vamos conhecer as dimensões que a informação precisa ter para poder gerar valor, evitando trabalho dobrado, tomadas de decisão erradas ou redundantes, entre outras coisas:

Quadro 2: Características da Informação de QualidadeFonte: STAIR (2002).

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Atualmente o conceito de informação tem sido ampliado e aprofundado. Seu tijolo fundamental, o dado, tem sido alvo de novos processos que levam em conta conceitos de qualidade aplicados na indústria de bens de consumo, como ocorre em empresas como Motorola, Toyota, Xerox, General Electric, entre outras. O dado é adquirido, custodiado, transformado/processado e consumido, conforme uma longa cadeia fabril, com elementos de qualidade em cada etapa. Esse conceito de qualidade total, quando aplicado ao dado, é chamado de TDQM ou Total Data Quality Management. Diversos autores escreveram sobre o tema e sobre o problema da pobre qualidade do dado e seu impacto na conversão de valor para a organização.

A Qualidade de Informação é um conceito emergente que leva em conta maximizar o valor dos ativos de informação de uma empresa e assegurar que essa informação, como produto, corresponda às expectativas dos clientes internos ou externos à organização que se utilizarão dela.

Redman (2001) trata a seguinte definição com base em Joseph Juran: “Dados são tidos como de alta qualidade se eles estão aptos para suas utilizações em operações, tomada de decisões e planejamento. Dados estão aptos para uso se eles estão livres de defeitos e possuem as características desejadas”.

Wang et al (1996) veem o consumidor como parte integrante do significado da qualidade dos dados e consideram que os consumidores têm uma conceitualização de qualidade muito mais ampla do que pensam os profissionais de sistemas de informação. Eles passaram a analisar o que significa, para os consumidores, qualidade de dados, através de um levantamento dos atributos de qualidade de dados e suas dimensões definidas pelos consumidores. Esse estudo resultou na elaboração de um quadro global sobre a qualidade dos dados na perspectiva dos consumidores de dados. Esse quadro foi construído apresentando a qualidade dos dados em uma estrutura hierárquica, conforme se pode observar na tabela a seguir.

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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

Tabela1: Categorias, dimensões e definições de QI

Fonte: Mattioda e Favaretto (2009:658) apud Wang, Ziad e Lee (2000), Strong e Wang (2002), Lee et al (2000) e Pipino, Lee e Wang (2002)

Aplicações de Sistemas da Informação

A tecnologia da informação tem impactado profundamente a forma de se fazer e controlar negócios no mundo todo, principalmente a forma como os sistemas de informação são construídos e os tipo de processos que eles devem controlar. Bronzo e Oliveira (2005:1) afirmam que, durante as três últimas décadas, inúmeros avanços nos campos da Tecnologia da Informação (TI) e das Telecomunicações vêm afetando diretamente o setor de operações das empresas e, consequentemente, contribuindo para elevar o desempenho e o controle de certos processos organizacionais, especialmente daqueles vinculados aos ciclos logísticos de suprimento, produção e distribuição física dos bens.

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As soluções para atender à complexidade atual, própria da globalização, e à velocidade exigida por clientes e fornecedores quase sempre envolvem atividades de suprimento, produção e distribuição e também levam em consideração as tomadas de decisão gerenciais, estratégicas e sistêmicas para fazer frente às complexas negociações exigidas nos atos de comprar, gerir estoques, transportar, armazenar e administrar.

Segundo Novaes (2001), o alinhamento sistêmico vem exigindo das empresas uma maior competência na coordenação dos recursos internos e externos à organização, sendo relevante a aplicação de novas tecnologias da informação para o sucesso desse esforço.

Dessa forma, percebemos que sistemas empresariais para integração levam fortemente em conta o desenho do processo do negócio. Podemos definir esse processo como sendo sequências de tarefas/atividades organizadas e coordenadas para fornecer um resultado com valor agregado ao cliente. Para isso acontecer é necessário utilizar recursos materiais, humanos e informacionais.

Cria ordem de venda

Aprova Crédito

Cria Fatura

Monta Produto

Expede Produto

Verifica Crédito

Cliente

Comercial

Submete ordem de venda

Departamento de ContabilidadeDepartamento de Vendas Departamento de Produção

Figura 2: Exemplo de processo de negócio numa organização cruzando múltiplas áreas.Fonte: Soares (2012)

A necessidade de controle centralizado e o uso de plataforma de sistemas de informação centralizado permitiram a criação do ERP moderno, porém existiam sistemas anteriores ao seu surgimento, como os MRPs, MRPs II e ERP.

Antes do MRP, foi desenvolvido, por volta de 1967, por Oliver Wight, o sistema de solicitação trimestral. Ele acabou sendo desenvolvido no final da Segunda Grande Guerra e, em 1955, as empresas estavam preparadas para desenvolver planos de produção para atender aos pedidos de clientes contumazes. O problema era que o estouro da demanda acabava por deixar um volume expressivo de pedidos pendentes e havia uma grande fila, de até um ano e meio, de espera de pedidos feitos e a situação para a indústria era extremamente confortável. Dessa forma elas trabalhavam por trimestres, fato que deu origem ao nome do sistema.

O MRP é um sistema que permite o controle do inventário de estoques e de produção, que se integra à gestão com o objetivo de maximizar os resultados e baixar custos tentando equilibrar os recursos adequados e necessários para que os processos produtivos se maximizem. Auxilia, também, o cálculo e a tomada de providências para assegurar recursos no volume e tempo certos para a execução dos processos produtivos. Usa, como entrada de seus processos, os pedidos em carteira e a previsão de vendas.

Até hoje várias empresas usam o MRP, todavia, devido às suas limitações e ao foco operacional/comercial, uma versão mais avançada, chamada MRP II, incluiu processos de marketing, aquisições e finanças.

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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

Dentre as principais funções do MRP II, podemos citar:• baixar os custos de guarda e movimentação;• ciclo de vida e validade de produtos perecíveis;• atendimento ao cliente; • diminuir impacto de processos improdutivos; • previsibilidade;• capacidade instalada para atendimento ao cliente;• baixar custos com materiais e transporte;• diminuir o custo para se obter.

Conforme Correa (2000), as atividades que deverão ser contempladas por um processo de gestão informacional embarcados num ERP II são:

• previsão de venda;• plano mestre;• liberação de ordens;• follow-up ou planejamento de prioridade;• planejamento da capacidade;• manutenção dos registros.

ERP - Enterprise Resource Planning designa um set de atividades executadas por um sistema da informação composto por diversos módulos que existem para poder ajudar o gestor empresarial em momentos importantes do negócio, incluindo pesquisa e desenvolvimento de produtos, aquisições, manutenção de inventários, negociação e interações de fornecedores, serviços e monitoração de ordens de produção.

Quadro 3: Evolução dos sistemas de integração empresarialFonte: Soares (2012)

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Produção:- Controlo de inventario-Aprovisionamentos- Planejamento da produção- Planejamento de requisitos de materiais

Marketing e vendas- Aceitação de encomendas- Facturação- Análise de vendas

Contabilidade:- Recebimentos- Pagamentos- Conta-corrente- Contabilidade de activos- Orçamentação

Finanças:- Gestão de tesouraria- Previsão financeira

Recursos humanos:- Folha de pagamento- Administração de benefícios

Figura3: Funcionalidades básicas de um ERP genéricoFonte: Soares (2012)

O ERP precisa se expandir e se integrar onde os bens são produzidos, ou seja, no chão de fábrica e, devido à globalização, nos mercados exteriores. Ou seja, os ajustes passam por tempos de resposta menores e por maior vantagem competitiva, focando gerenciar as interfaces do negócio.

Organização das Informações

Navese Kuramoto (2006) aponta, em seu livro, a ocorrência de dois grandes marcos históricos que impactariam profundamente a organização das informações: em 1930, o advento da documentação e, em 1960, o conceito lato sensu da ciência da informação. O conceito mais abrangente pode ser resumido, nesses 30 anos, como sendo a ciência da informação, a multiplicidade de suportes e o crescimento incessante da produção de informações. Em tempos mais atuais, o advento da tecnologia da informação e da internet fez com que se tornasse ainda mais premente a criação de meios que permitissem, de modo privilegiado, a identificação precisa dos conteúdos dos suportes, inclusive imateriais, nos quais se registram os resultados de pesquisas e todas as criações do labor humano. Por isso, existe, e se diz hoje, “organização da informação”.

É neste ambiente de transição que nos encontramos, tanto usuários quanto profissionais da informação, são capazes de gerenciar recursos disponíveis em sistemas de informação, que mais se adaptam as nossas necessidades, que funcione como apêndice às tomadas de decisão. Estes sistemas de informação auxiliarão no processo de organização da informação, seja em qualquer tipo de suporte (REVISTA ACB, 2008:27).

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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

A organização da informação leva em consideração:

• Relações: representam um importante conceito na organização de informações e descrevem a associação lógica entre entidades.

• Relacionamentos: podem ser categóricos ou espaciais, se eles descrevem localização ou outras características.

o Relacionamentos categóricos descrevem a associação entre características individuais em um sistema de classificação.

o Classificação de dados é baseada no conceito de escala de medição. Existem quatro escalas de medição:

- Nominal: uma escala qualitativa, não-numérica e não-ranking, que classifica os recursos em características intrínsecas. Exemplo: usar o esquema de classificação, como industrial, comercial, residencial, agrícola, público e institucional

- Ordinal: uma escala nominal com ranking que diferencia recursos de acordo com uma determinada ordem. Exemplo: em um esquema de classificação, terrenos residenciais podem ser denotados como de baixa densidade, densidade média e alta densidade.

- Intervalar: uma escala ordinal com classificação baseada nos valores numéricos que são registrados com referência a um dado arbitrário. Exemplo: temperaturas lidas em graus centígrados são medidas com referência a um zero arbitrário (ou seja, zero grau de temperatura não significa nenhuma temperatura).

- Taxa: uma escala de intervalo com classificação baseada nos valores numéricos que são medidos com referência a uma referência absoluta. Exemplo: dados de precipitação são registrados em mm com referência a um zero absoluto (ou seja, zero precipitação mm não significa nenhuma precipitação).

Relacionamentos categóricos baseiam-se em ranking e são hierárquicos ou taxonômicos, dependendo de sua natureza. Isso significa que os dados são classificados de forma progressiva em diferentes níveis de detalhe, criando níveis e subníveis conforme a necessidade.

Armazenamento de Dados

Um dispositivo de armazenamento de entrada e de saída é o hardware do computador. Quando a informação é processada através de um computador, as pessoas podem armazenar suas informações para posterior recuperação, salvando-as em um dispositivo de hardware de computador quer interno quer externo.

A CPU – Unidade Central de Processamento – é o “cérebro” do computador. Ela dá as instruções sobre como lidar com os dados. Os computadores têm mais de um tipo de chip de memória armazenadora na placa de circuito. Vamos entender quais são:

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• Random Access Memory (RAM) – Memória de acesso aleatório: é para tratar dados de forma temporária. Permite a escrita e leitura. É usada como memória primária em sistemas digitais. Uma vez que o computador seja desligado, as tarefas que foram realizadas são perdidas. Elas não podem ser recuperadas, mas isso pode ser feito ao longo de um processamento ou enquanto o computador estiver ligado. Um exemplo é o ato de copiar e colar informações em um processador de texto.

• Read Only Memory (ROM) – Memória somente para leitura. Contém informação permanente. Permite apenas a leitura, ou seja, as suas informações são gravadas uma única vez pelo fornecedor e, depois, não podem ser alteradas. Um exemplo pode ser constatado quando o computador segue instruções para ligar quando o botão de energia for pressionado.

• Armazenamento interno - Dispositivos de armazenamento de entrada permitem que a informação, em um computador, possa ser recuperada a qualquer momento. Dependendo do fabricante do computador, diferentes dispositivos de armazenamento interno são construídos.

o Discos magnéticos.

o RAID (Matriz redundante de discos independentes/baratos): usa um método de separação por meio do qual os dados são armazenados em discos físicos individuais e permite que, quando informações são perdidas, sejam recuperadas pelos discos individuais.

o Discos Ótico/Magnéticos: utilizam um feixe de laser para gravar informação.

o Fita magnética: pode ser usada em um computador internamente ou externamente. A informação de uma fita magnética é salva sequencialmente.

• Armazenamento externo - Usa dispositivos de hardware externos para guardar informações de um computador.

o Os discos ópticos utilizam raios laser para gravar informações em um disco compacto (CD) ou disco digital versátil (DVD).

o Zip drives Iomega comprimem os dados em um disco.

o Fita virtual armazena informações em um cartucho de fita.

o PCMCIA (Personal Computer MemoryCardInternationalAssociation) é um tipo de cartão utilizado em câmeras digitais ou telefones celulares. Pode ser usado para salvar ou carregar arquivos para um computador.

o Informações também podem ser armazenadas em um dispositivo de música iPod ou MP3.

• Armazenamento Virtual - Existem alguns websites que oferecem armazenamento virtual, nos quais a informação pode ser armazenada no servidor de uma empresa hospedeira. Porém é preciso que o usuário se torne um membro de seu site ou pague uma taxa.

o Cloud computing (computação em nuvem) é um serviço de Internet em que você trabalha com aplicativos e salva informações sobre a Internet usando um computador. Com a computação em nuvem, toda informação é tratada através da Internet.

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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

Material Complementar

Quer se aprofundar um pouco mais no tema? Veja esta relação de vídeos e artigos que indicamos para sua leitura e conhecimento sobre o tema de nossa unidade II.

• Piratas do vale do Silício ou Piratas da Informática – filme feito pelo canal pago TNT e lançado diretamente para a televisão, Piratas da Informática conta a história da criação das empresas Apple e Microsoft e, obviamente, um pouco do relacionamento entre Steve Jobs e Bill Gates, dois estudantes da década de 70 que se tornaram os homens mais ricos e supervalorizados dos anos 90 devido a sua intuição de vender computadores pessoais. Vale a pena assistir! Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=tNHrhH3Wbw8&feature=related

• Outro vídeo interessante para quem está se iniciando na área de TI e querendo conhecer um pouco mais sobre tecnologia da informação é a entrevista de Jobs e Gates. Confira em: http://www.youtube.com/watch?v=cp8jAbf5OvY&feature=related

• Um texto para quem se interessa por armazenamento em larga escala pode ser encontrado aqui: http://saloon.inf.ufrgs.br/twiki-data/Projetos/Grade/HEP/WebHome/armazenamento.pdf

• Material sobre dispositivos de armazenamento muito interessante e que possui links para outros materiais específicos, como discos, pen drives, etc. está disponível em: http://www-usr.inf.ufsm.br/~pozzer/disciplinas/ii_midias_backup.pdf

• Um artigo que discute o tema da organização das informações na web, intitulado “Estratégias de produção e organização de informações na web: conceitos para a análise de documentos na internet”, está disponível, para aprofundamento de seu conhecimento, em: http://www2.ufp.pt/~lmbg/textos/si_texto.pdf

• Este outro material discute “A busca e o uso das informações nas organizações”. Trata-se de material avançado, de excelente qualidade, para leitura e entendimento: http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/169/386

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Referências

BRONZO, Marcelo; OLIVEIRA, Marcos Paulo Valadares de. Aplicação de sistemas de informação para a otimização da integração de processos logísticos em cadeias de suprimento. Disponível em: http://201.2.114.147/bds/bds.nsf/3C2E350DD8BEA3D803256F11004F66CB/$File/NT00099396.pdf. Acessado em: 18 maio 2012.

CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. In: ______. A Sociedade em rede. v. 1. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

CORREA, Henrique L. MRP – Planejamento das Necessidades de Materiais – Just in time - Um enfoque estratégico. São Paulo: Editora Atlas, 2000.

DUDZIAK, Elisabeth Adriana. Introdução a Competência em Informação. Palestra realizada em parceria com CRB-8, no SENAC, set 2009. Disponível em: http://www.slideshare.net/elisabeth.dudziak/introducao-a-competencia-informacional-crb8-senac-2009. Acessado em: 19 maio 2012.

MATTIODA, Rosana Adami; FAVARETTO, Fábio. Qualidade da Informação em duas empresas que utilizam Data Warehouse na perspectiva do consumidor da informação – um estudo de caso. Gest. Prod. São Carlos, v. 16, n. 4, p 654-666, out-dez, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v16n4/a13v16n4.pdf. Acessado em: 19 maio 2012.

NAVES, Madalena Martins Lopes; KURAMOTO, Hélio(org). Organização da informação: princípios e tendências. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2006.

NOVAES, A.G. Da logística ao supplychain management. In: ______ (Org.) Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

REDMAN, T.C. Data Quality. The Field Guide. Boston: Digital Press, 2001

REVISTA ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina. Florianópolis, v.13, n.1, p.26-36, jan./jun., 2008.

SOARES, António Lucas. Sistemas de Informação. Aplicações de sistemas de informação de dados e processos. Disponível em: http://twiki.fe.up.pt/pub/ ASI1LCI0506/Asi1Documentos0506/si-aplicaes-integrao.pdf. Acessando em: 19 maio 2012.

STAIR, Ralph M. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

WANG, R.Y et al. Beyond Accuracy: What data quality means to data consumers. Total Data Quality Management Programme, 1996.

WERTHEIN, Jorge. A sociedade da informação e seus desafios. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 2, p. 71-77, maio/ago. 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a09v29n2.pdf. Acessado em 14 maio 2012.

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Unidade: Processamento da informação, sistemas e armazenamento para processamento de dados

Anotações

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