fundamentos da sustentabilidade
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Fundamentos Da SustentabilidadeTRANSCRIPT
FUNDAMENTOS DA SUSTENTABILIDADE
Conceito de Sustentabilidade
Sustentabilidade é um termo criado em meados de 1972 e começou a ser usado pela
norueguesa Gro Brundtland. Nessa mesma data, Gro era presidente de uma comissão da
Organização das Nações Unidas e publicou um livreto chamado Our Common Future, que
relacionava meio ambiente com progresso. Neste livro, ela escreveu-se pela primeira vez o
conceito: "Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem
afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades". Era uma época
em que a ciência chamava atenção para problemas como o meio ambiente, tais como o
aquecimento global, a destruição da camada de ozônio, a chuva ácida e a desertificação.
Desenvolvimento Sustentável
É nesse momento que entra em cena a Comissão Brundtland, presidida pela ex-primeira-
ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland e da qual também fazia parte o brasileiro Paulo
Nogueira Neto, então titular da Sema - Secretaria Especial de Meio Ambiente. Formalmente
batizada de Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, foi criada pela
ONU em dezembro de 1983 para estudar e propor uma agenda global para a humanidade
enfrentar os principais problemas ambientais do planeta e assegurar o progresso humano sem
comprometer os recursos para as futuras gerações. Então, em 1987, a Comissão Mundial da
ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento foi presidida por Gro Harlem Brundtland e
Mansour Khalid. Os resultados desse trabalho foram publicados também no mesmo ano, no
relatório como já citado acima Our Common Future, ou seja, Nosso Futuro Comum. O
relatório Nosso Futuro Comum, veio alertar para a necessidade de um novo tipo de
desenvolvimento capaz de manter o progresso em todo o Planeta. Nele, apontou-se a pobreza
como uma das principais causas e um dos principais efeitos dos problemas ambientais do
mundo. O também relatório criticou o modelo adotado pelos países desenvolvidos, que
estavam utilizando os recursos naturais de forma ilimitada.
Um Novo Paradigma em Questão
O trabalho da Comissão Brundtland resultou na recomendação para que a Assembléia-Geral
da ONU convocasse a II Conferência Internacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento,
marcando-a para 1992, criando então o evento chamado Rio-92. Dando sequencia a história, a
ONU, em 1997, promoveu o fórum de discussão Rio + 5, onde foi feita uma nova reunião
para discutir sobre a sustentabilidade mundial, em 2002 a chamada Cúpula Mundial Sobre o
Desenvolvimento Sustentável se reuniu para outra reunião em Johanesburgo, na África do
Sul.
Definições de Sustentabilidade – Aspectos Econômico, Ambiental e Social
A sustentabilidade pode ser considerada um conceito importante dentro da ecologia, pois ela
visa trazer uma nova visão do meio ambiente e da evolução econômica, politica e social. No
aspecto econômico, a sustentabilidade visa aumentar a lucratividade sempre visando aumentar
o nível de bem estar. No aspecto ambiental, é posto em pauta os impactos das atividades
humanas sobre o meio ambiente. No foco sociocultural, ou somente social, é preciso que se
desenvolvam estratégias de sustentabilidade para que ao mesmo tempo haja lucratividade e
preocupação com o meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida das comunidades.
Tripé da Sustentabilidade
A sustentabilidade, em termos de documentos da ONU (Organização das Nações Unidas) e
rascunhos para a Rio+20, gerou uma visão de base para sustentabilidade que tem o seguinte
tripé:
Ser economicamente viável;
Ser socialmente justo;
Ser ambientalmente correto.
A Perspectiva Ambiental
Para se atingir a eficiência na sustentabilidade é necessário ampliar o potencial encontrado
nos diversos ecossistemas.
Stakeholders
Extremamente fundamentais no processo de sustentabilidade são os stakeholders, ou seja,
funcionários, fornecedores, clientes, comunidade, investidores, imprensa, órgãos públicos e
etc. A participação e o engajamento dessas pessoas é essencial e tem efeito multiplicador no
que tange a decisões ao conhecimento.
Responsabilidade Social Empresarial e Responsabilidade Social Empresarial no Brasil
A Responsabilidade social empresarial consiste numa nova forma de gestão empresarial, que
envolve uma atitude estratégica focada em indicadores intangíveis como a ética e a qualidade
das relações com todos os públicos, sejam eles internos ou externos. No Brasil, temos
algumas entidades focadas na mobilização do setor privado: Instituto Ethos, Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, Grupo de Institutos, Fundações e Empresas e
Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável.
Índices de Sustentabilidade e Indicadores Coorporativos
Para tanto, para medir se uma organização é realmente sustentável, alguns índices já
existentes são de extrema importância para auxiliar o trabalho de mensurar: os mais famosos
são o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, o PIB, Produto Interno Bruto, O pegada
Ecológica que é um tipo de índice que ajuda as pessoas compreenderam a quantidade de
recursos materiais elas utilizam para manter o seu estilo de vida. Também são conhecidos os
Índices de Sustentabilidade Empresarial, que são ferramentas que as organizações utilizam
para diagnosticar impactos e riscos ambientais em suas atividades.
Balanço Social IBASE e Indicadores ETHOS
O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) foi criado em 1981 e criou-se
um modelo de balanço social que reúne informações sobre os projetos, benefícios sociais e
ações voltadas para os empregado, investidores, acionistas e comunidade, visando a
preocupação com o planeta e com a qualidade de vida das pessoas. A fim de fortalecer a
responsabilidade social no Brasil, o Instituto Ethos criou indicadores que analisam as práticas
de responsabilidade social dentro de uma organização, ou seja, trata-se de um instrumento de
auto avaliação.
Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE
Esse índice foi criado pela bolsa de valores de São Paulo e tem como finalidade refletir o
retorno de ações de empresas que são reconhecidas pelas práticas sustentáveis.
Dow Jones Sustainability Index World – DJSI
Outro índice que mede o desempenho de empresas líderes em sustentabilidade a nível global.
Estrutura de Relatórios de Sustentabilidade GRI
A Estrutura para Relatórios de Sustentabilidade da GRI consiste de um conjunto de materiais
de orientação para o relato, é uma estrutura é usada por milhares de organizações no mundo
inteiro como referência na elaboração de seus relatórios de sustentabilidade.
Governança Coorporativa
Nas organizações atuais, os principais grupos de partes interessadas externas são os
acionistas, os credores, o comércio, fornecedores, clientes e comunidades afetadas pelas
atividades da corporação, já as partes interessadas internamente são formadas pelo conselho
de administração, executivos e demais empregados. A governança coorporativa vem para
facilitar a integração desses sistemas.
Consumo Responsável, Produção e Distribuição.
A fim de por em prática todo esse processo de sustentabilidade, que envolve e engloba
diversos setores da economia, política e sociedade, é necessário que antes haja o
conhecimento e a conscientização do consumo responsável por parte de todos, ou seja, a
atuação e o papel político do consumidor perante a economia e ao meio ambiente. É
necessário alertar as pessoas para que elas compreendam o impacto que os recursos utilizados
para fabricar um determinado produto pode ter causado ao meio ambiente. Logo, fica claro
que o consumidor precisa conhecer o processo de fabricação de seus produtos, desde a
matéria prima, passando pela forma como é produzido, pela distribuição e venda.
PREPARANDO-SE PARA A NOVA ECONOMIA
A necessidade de uma nova visão sobre a economia e o meio ambiente fez com surgissem
alternativas sustentáveis como opção de desenvolvimento econômico. A Economia Verde ou
Nova Economia vem em contraponto com o pensamento que segue o modelo econômico
desde a Revolução Industrial, ou seja, o uso indiscriminado de recursos naturais, o uso de
combustíveis fósseis e os resíduos que contaminaram a terra, o ar e a água do planeta. Assim,
o principal objetivo da Economia Verde é possibilitar o desenvolvimento econômico sempre
visando a igualdade social, a erradicação da pobreza e melhoria do bem-estar dos seres
humanos, reduzindo os impactos ambientais negativos e a escassez ecológica. Juntamente
com essa transição da economia tradicional para e economia verde, notamos os empregos
verdes: são profissões que, ao mesmo tempo promovem o progresso econômico, contribuem
com a restauração da qualidade do meio ambiente e também abrange as ocupações que
ajudam a proteger a flora, a fauna e reduzem o consumo de energia, de recursos naturais e de
água. Os empregos verdes ou Green Jobs são realidade em várias partes do mundo como a
construção sustentável, a engenharia ambiental, agricultura consciente, transportes
alternativos e serviços ambientais. Outra grande necessidade para que possamos criar e
preparar o presente para uma nova economia são as tecnologias, uma vez que elas são um dos
grandes responsáveis pelo consumo dos recursos naturais do nosso planeta. As inovações
tecnológicas são essenciais, investimentos em projetos, planejamentos, equipamentos e
máquinas que visem um consumo menor seja de energia elétrica, água ou matérias primas
pode ser a solução para solucionar algumas questões em relação a economia sustentável e
assim trazer benefícios não somente para o meio ambiente mas também para as comunidades
que estão próximas às organizações. Seguindo nesse pensamento podemos concluir que as
tecnologias limpas e energias renováveis são a mais nova opção. Esse termo é recente e foi
adotado pela ONU para descrever as tecnologias capazes de produzir com pouco, ou nenhum,
resíduo e consequentemente eles não têm um impacto ambiental. São tecnologias que
procuram aliar avanços tecnológicos com a preservação do meio ambiente e que levam à
sustentabilidade. O impasse da sustentabilidade nos mostra que ainda existe certa dificuldade
em relação a massificação do termo e ao esclarecimento do assunto pela sociedade, seja ela
macro ou micro. É necessário que haja disseminação de informação para que todos tomem
consciência de seus atos e passem a prestar atenção nos vários desastres que a natureza vem
sofrendo desde o começo da Revolução Industrial e da produção em larga escala. É de função
de todos, de responsabilidade de cada um de nós alertarmos o meio em que vivemos sobre
como podemos reverter esse quadro assustador de devastação dos recursos naturais. Para tanto
é necessário um maior engajamento de escolas, empresas, políticos e a sociedade em geral: é
necessário que a informação correta seja transmitida e que o termo sustentabilidade não seja
um assunto restrito somente a pesquisadores e estudiosos. Assim, podemos falar em futuro,
podemos pensar de forma sistêmica em relação aos danos já existentes e aos danos futuros, é
preciso que falemos em responsabilidade social e ambiental para as gerações, sejam elas
anteriores as nossas ou futuras. É necessário alinhar lucratividade e respeito ao meio
ambiente, consumo ao consumo consciente e deixa implícito que cuidar do planeta é dever de
todos.
SUSTENTABILIDADE NO MUNDO COORPORATIVO
Nota-se que o principal caminho para a sustentabilidade ambiental está na renovação, na
utilização de materiais provenientes de fontes que não sejam finitas, mas sim em constante
renovação. Seguindo esse pressuposto, será criada uma empresa sustentável que ira atender a
todo tipo de público que busque uma energia renovável e em especial seremos a empresa que
juntamente com a Copa do Mundo de 2014 teremos a missão de fazer um evento mais
sustentável e preocupado em disseminar o conceito da sustentabilidade.
Empresa Sun – Energia Solar
Sendo o Brasil um país em que o sol aparece a maior parte dos dias no ano, nada mais do que
sustentável aproveitar essa e o país se tornar uma referência de respeito ao meio ambiente. A
implantação de energia solar é bem simples e se trata de um investimento de baixo custo, os
equipamentos necessários para gerar esse tipo de energia renovável são diversas placas que
captam energia luminosa, energia térmica proveniente do sol e a transformam em energia
elétrica com baixo custo. A energia do Sol é convertida de várias formas para formatos
conhecidos, como a biomassa (fotossíntese), a energia hidráulica (evaporação), a eólica
(ventos) e a fotovoltaica, que contêm imensa quantidade de energia, e que são capazes de se
regenerar por meios naturais. Para tanto, o projeto de engenharia e arquitetura serão moldados
para que as placas fiquem posicionadas da maneira mais correta. Nossos profissionais estão
voltados para desenvolver máquinas que visem à eficiência sem causar danos ao meio
ambiente, para isso o nosso capital intelectual é composto desde pesquisadores a grandes
engenheiros, todos com o conceito de sustentabilidade muito bem definido em suas missões.
Nossos serviços incluem a análise de viabilidade técnica e financeira, projeto, instalação,
monitoramento e manutenção de geradores fotovoltaicos para coberturas urbanas comerciais,
indústrias e residências. Para localidades isoladas da rede elétrica oferecemos sistemas
autônomos com armazenamento de energia (baterias).
Nossa missão é conceber uma empresa que usa dos recursos naturais renováveis de forma sustentável com foco na energia solar, buscando satisfazer toda comunidade tendo comprometimento real com o social e o meio ambiente. A nossa visão é se tornar uma empresa referência em
energia renovável no Brasil. E para finalizar, nossos valores são Consciência Ética, Qualidade, Transparência, Responsabilidade e Comprometimento, Respeito ao Colaborador, Sensibilidade e Percepção e Respeito o Meio Ambiente. Como somos uma empresa que se baseia em modelos sustentáveis, aplicamos dentro da nossa organização uma cartilha que visa diminuir o consumo de energia elétrica, consumo responsável de água e de recursos naturais.
Abaixo, um sistema que explica como é o funcionamento da Energia Solar:
RFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ANEEL. Energia Solar. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/03-
Energia_Solar(3).pdf. Acesso em 09 de Dez. 2012.
CARBONARI, Maria E. E.; SILVA, Gibson Z. (orgs.); PEREIRA, Adriana C. (orgs.) et al.
Sustentabilidade na Prática: Fundamentos, Experiências e Habilidades. 1ª ed. Valinhos:
Anhanguera Publicações, 2011.