fundamentos da administração

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1 Ciências Contábeis Fundamentos da Administração Aula 1 Profa. Cristiane Marques de Mello

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  • 1

    Cincias

    Contbeis

    Fundamentos da Administrao

    Aula 1

    Profa. Cristiane Marques de Mello

  • 2

    Fundamentos do Planejamento

    Introduo

    O que planejar?

    possvel fazer planos pessoais, planejamento da vida profissional, familiar,

    financeiro, entre outros.

    Como voc planeja suas atividades pessoais?

    Pense em como voc planeja suas atividades pessoais e dirias,

    e responda: voc costuma anotar o que precisa fazer durante o

    dia, semana, ms ou ano? Se voc no tem este hbito

    provvel que enfrente alguns problemas com a

    administrao do seu tempo.

    Essa breve introduo tem como objetivo fazer voc pensar sobre a

    importncia de se planejar as atividades, especialmente no que se refere s

    atividades organizacionais.

    Na sequncia iremos tratar do processo de administrao nas organizaes e

    conhecer um pouco mais sobre as funes e as atividades envolvidas nesse

    processo.

    1. O Processo de Administrao

    O processo de administrao envolve quatro funes essenciais: planejar,

    organizar, dirigir e controlar. A primeira a ser tratada aqui ser a funo de planejar.

    O planejamento a primeira atividade para aquele que necessita realizar ou

    organizar alguma coisa. Henry Fayol foi o primeiro a pensar em gesto e a organizar

    as empresas por funes (PECI; SOBRAL, 2012).

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    Fayol definiu a administrao como um processo dinmico, composto por

    cinco funes: prever (ou planejar); organizar; comandar; coordenar e controlar. Peci

    e Sobral (2012) descrevem essas funes da seguinte maneira:

    Prever investigar o futuro e traar o programa de aes a serem

    desenvolvidas.

    Organizar constituir os organismos material e social da organizao.

    Comandar dirigir o pessoal evolvido nas atividades organizacionais.

    Coordenar significa ligar, unir todos os atos e esforos.

    Controlar monitorar para que tudo ocorra de acordo com regras e objetivos

    estabelecidos.

    Mais tarde, as funes comandar e coordenar foram suprimidos na funo

    dirigir. Desse modo, a maior parte dos autores descreve como principais funes:

    planejar, organizar, dirigir e controlar. Essas funes esto interligadas entre si,

    conforme representado na figura a seguir.

    Figura 1: Processo de Administrao.

    1.1 As quatro principais funes da administrao

    Nesta seo apresentamos as principais funes da administrao, conforme

    apontadas anteriormente.

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    O planejamento

    No planejamento h especificao das metas e dos objetivos a serem

    alcanados, a definio de estratgias e aes, e o desenvolvimento de planos para

    a integrao e coordenao de atividades, com as especificaes de quem, como e

    quando as aes do planejamento sero realizadas.

    extremamente importante que todas as aes estejam definidas de modo

    claro para todos os envolvidos, a fim de que cada membro da organizao saiba

    exatamente quais so suas responsabilidades, funes e atividades a serem

    desenvolvidas para o alcance das metas e dos objetivos previamente estabelecidos.

    A organizao

    Fonte: .

    a funo que distribui as tarefas e os recursos disponveis da organizao.

    nessa funo que h a definio de quem tem autoridade sobre quem, e

    estabelece quando e onde as decises devem ser tomadas.

    Uma das formas de representar a funo organizao por meio de um

    organograma, conforme modelo a seguir.

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    Figura 2: Modelo de um organograma.

    Todos que compem a organizao precisam conhecer as relaes de

    hierarquia, autoridade e responsabilidade que envolvem seus departamentos e a

    organizao como um todo. Tanto as relaes horizontais (de comunicao) quanto

    as relaes verticais (de nveis hierrquicos) precisam ser claramente estabelecidas.

    A direo

    A funo direo tem como principal objetivo o de liderar, coordenar os

    trabalhadores, selecionar o canal de comunicao mais adequado e resolver os

    conflitos entre os subordinados.

    Aqueles que iro conduzir os membros da organizao necessitam

    desenvolver algumas caractersticas como: liderana, comunicao interpessoal,

    disposio, capacidade para resolver conflitos, dentre outras.

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  • 6

    O controle

    Controlar significa monitorar e avaliar o desempenho da organizao;

    comparar os resultados com objetivos planejados e corrigir os desvios encontrados.

    As funes da administrao podem variar de acordo com o nvel

    organizacional, tipo de organizao (pblica ou privada) e dimenso da organizao

    (tamanho).

    Figura 3: Nveis hierrquicos.

    Cada funo administrativa varia em termos de relevncia e intensidade,

    conforme o nvel hierrquico do gestor. Quanto mais prximo o gestor estiver do

    nvel mais elevado da organizao, mais ele exercer a funo de planejamento e

    menos de direo. Exemplo: um gerente de supermercado tem como funo principal

    fazer com que todas as coisas funcionem no estabelecimento, enquanto os altos

    executivos da rede de supermercados iro desenvolver estratgias da organizao

    como um todo (PECI; ALKETA, 2012).

    As organizaes podem ser classificadas como pblica ou privada, possuindo

    tarefas e atividades semelhantes, mas com objetivos e formas de mensurar os

    resultados diferentes.

    As organizaes tambm se diferem na sua dimenso, ou seja, no seu

    tamanho. As diferenas encontram-se na intensidade e na importncia e no nas

    atividades organizacionais. O administrador de uma pequena ou micro empresa

    mais generalista; ele, muitas vezes, acumula funes dos trs nveis. As estruturas

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    das grandes empresas so mais complexas e mais burocratizadas e os sistemas de

    avaliao e controle mais sofisticados (PECI; ALKETA, 2012, p. 8).

    A seguir sugerimos a aplicao das funes administrativas em uma pequena

    fbrica de chocolates.

    Prtica e Aplicao

    Funes Administrativas

    Suponha que voc seja o

    dono de uma pequena

    fbrica de chocolates. O

    que voc faz na poca da Pscoa?

    Planeja o quanto a mais de chocolates sero produzidos e de quantos

    trabalhadores ir precisar.

    Organiza a produo, contrata mais trabalhadores, distribui tarefas

    (especificando, claramente, qual a funo a ser desenvolvida por cada membro

    da empresa) e recursos necessrios ao desenvolvimento das atividades.

    Dirige os funcionrios, desenvolvendo o potencial dos antigos e treinando os

    novos para as tarefas.

    Controla e acompanha a produo para ver se tudo est correndo bem.

    Em resumo, as empresas, nos dias atuais, precisam planejar para enfrentar

    as mudanas que ocorrem na economia, na poltica, na cultura, nos estilos de vida e

    na tecnologia.

    Na seo seguinte, discutiremos a funo planejamento de maneira mais

    abrangente.

    2. Fundamentos do Planejamento

    O planejamento a funo da administrao responsvel pela definio dos

    objetivos da organizao e dos planos que integram e coordenam suas atividades.

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  • 8

    Sem planejar a empresa fica sem rumo.

    O planejamento pode ser formal (formalizado em documentos

    escritos) ou informal (em que os objetivos so definidos sem muita

    preciso). Alm disso, o planejamento possui duas atribuies: (1)

    definir o que deve ser feito e (2) como deve ser feito, conforme

    apontam Peci e Alketa (2012).

    Nas micro e pequenas empresas comum haver um planejamento informal,

    no qual as metas e objetivos so definidos sem muita clareza e preciso. Entretanto,

    aqui estamos tratando de um planejamento formal para direcionar as organizaes

    na conduo das suas aes.

    A primeira atribuio do planejamento formal refere-se descrio e ao

    detalhamento de todas as aes e atividades que sero desenvolvidas pela

    organizao e seus membros para alcanar os objetivos preestabelecidos.

    A segunda atribuio refere-se ao modo de como essas atividades e aes

    sero realizadas e quais os recursos disponveis para a efetivao das mesmas.

    Voc j pensou em como seria uma empresa area se no houvesse um

    planejamento das atividades a serem executadas? Como os avies fariam a

    decolagem e o pouso se no houvesse um planejamento para o controle de voos?

    O planejamento essencial, especialmente para as empresas que atuam em

    um ambiente turbulento e dinmico, onde o melhor minimizar os riscos e evitar as

    perdas. Para o bom andamento da empresa necessria a realizao de um

    planejamento anual, bem como um planejamento de suas atividades dirias.

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    Curiosidade

    Os primeiros estudos sobre administrao surgiram no sculo XX. Era uma poca

    em que as organizaes atuavam em um ambiente estvel e no havia uma

    necessidade to grande de planejamento como nos dias atuais. Dentre os principais

    nomes relacionados aos primeiros estudos da Administrao esto Frederick W.

    Taylor, Henri Fayol e Henry Ford.

    Para Taylor o planejamento refere-se ao estudo detalhado e minucioso do

    trabalho do funcionrio e ao estabelecimento de um mtodo de trabalho.

    O planejamento pode ser conceituado como a definio das metas ou

    objetivos a ser alcanados, alm dos meios a serem utilizados para o alcance dos

    resultados esperados em um determinado perodo de tempo.

    Vamos pensar, por exemplo, em uma indstria de roupas. O planejamento

    neste tipo de indstria deve incluir: objetivos (que podem estar vinculados a ganho

    de mercado, aumento da produtividade, otimizao de recursos e minimizao de

    custos de produo, entre outros), recursos necessrios para alcance desses

    objetivos (que podem ser humanos, financeiros, tecnolgicos, materiais e

    equipamentos, financiamentos etc.) e as aes que sero desenvolvidas em um

    perodo de tempo a ser estabelecido (mensal, bimestral, trimestral, anual, bienal,

    etc.). A diviso do trabalho precisa ser feita de maneira que todos possam

    compreender qual o seu papel e suas responsabilidades.

    No que se refere s vantagens do planejamento formal, relacionamos os

    seguintes aspectos:

    proporciona senso de direo provendo rumo para as atividades

    organizacionais;

    focaliza esforos promovendo a integrao e a coordenao das atividades

    dos membros da organizao;

    maximiza a eficincia estabelecendo o que prioridade, evitando os

    desperdcios e otimizando esforos e recursos;

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    reduz o impacto no ambiente ajudando os administradores e gerentes a

    enfrentarem as mudanas ocorridas no ambiente;

    define parmetros de controle oferecendo critrios de avaliao de

    desempenho organizacional e permitindo o controle da organizao;

    atua como fonte de motivao e comprometimento facilitando a identificao

    do papel desempenhado por cada funcionrio e proporcionando maior

    comprometimento e motivao;

    favorece o ajuste do ambiente quando necessrio e potencializa o

    autoconhecimento organizacional requerendo uma anlise de foras e

    fraquezas internas e das ameaas e oportunidades que provm do ambiente

    externo, buscando o melhor ajuste entre o ambiente interno e o externo;

    direciona as aes organizacionais, de modo geral.

    O planejamento precisa ser flexvel e ser passvel de mudanas. Sem o

    planejamento a empresa fica sem direo.

    A utilizao do planejamento formal influencia o desempenho organizacional

    positivamente, aumentando a rentabilidade em termos de lucros e retorno sobre os

    investimentos.

    Sntese

    A preocupao com o modo como as organizaes desenvolvem suas

    atividades algo que tem sido discutido por diversos precursores da administrao

    ao longo do tempo. Na verdade, pretende-se criar uma melhor compreenso do

    papel das organizaes na vida dos trabalhadores e da sociedade, na busca por

    desenvolvimento prprio e na economia do pas.

    Vimos que so quatro as funes administrativas e que so extremamente

    importantes para o bom andamento das atividades dirias das organizaes. Sendo

    assim, entender essas funes de fundamental importncia para o

    desenvolvimento adequado das prticas organizacionais.

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  • 11

    Nosso foco principal aqui foi o de abordar o planejamento. O processo de

    planejar uma das ferramentas mais utilizadas pelas organizaes para administrar

    suas atividades e suas relaes com o ambiente que as cercam.

    na funo planejamento que se definem a misso de uma organizao, os

    objetivos e as metas, os planos para alcan-los e as atividades a serem executadas

    por cada setor ou departamento da organizao. O planejamento uma ferramenta

    que contribui para o enfrentamento da concorrncia, no sentido de preparar a

    organizao para o mercado e ajud-la a ver com clareza onde ela est e onde

    pretende chegar.

    Alm dos resultados obtidos com o planejamento, o mais importante o grau

    de integrao e motivao que ele desencadeia nos membros da organizao, bem

    como o aprendizado organizacional que ele proporciona.

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  • 12

    Atividades

    1. Suponha que voc ir fazer uma viagem de frias com sua famlia, com

    amigos ou sozinho - se preferir -, e que voc ser o responsvel por todo o

    planejamento da viagem. Assim:

    Fonte: http://www.terra.com.br/turismo Fonte: http://www.terra.com.br/turismo

    a) Como voc planeja sua viagem?

    b) Como voc ir levantar os recursos necessrios para a realizao da viagem?

    2. Suponhamos que voc seja um dos gerentes de uma rede de restaurantes

    bem conceituados na sua regio ou Estado, e que o proprietrio desta

    empresa elegeu voc e sua equipe para elaborar o planejamento anual da

    empresa.

    Fonte: http://vejasp.abril.com.brFonte: http://vejasp.abril.com.br

    O foco principal est em conquistar novos clientes para aumentar as

    vendas, alm de minimizar os custos de produo das refeies. Sendo

    assim, responda:

  • 13

    a) Quais sero as aes a serem tomadas no que se refere ao planejamento,

    organizao, direo e controle das atividades a serem realizadas?

    b) Como voc pretende conduzir o planejamento elaborado?

  • 14

    Referncias

    PECI, A.; SOBRAL, F. Fundamentos de Administrao. So Paulo: Pearson

    Brasil, 2012.

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    Cincias Contbeis

    Fundamentos da Administrao

    Aula 2

    Profa. Cristiane Marques de Mello

  • 2

    Introduo

    Hoje, abordaremos os planos e objetivos organizacionais, bem como a relao

    entre o planejamento e a estratgia empresarial.

    O planejamento tem duas atribuies:

    1. Definir o que deve ser feito objetivos;

    2. Definir como deve ser feito planos.

    Os objetivos especificam os estgios futuros que a

    organizao busca atingir e os planos estabelecem os

    meios para alcan-los.

    A elaborao dos objetivos da organizao, o planejamento e a definio da

    estratgia so fundamentais para o bom andamento das atividades e prticas dirias

    que so desenvolvidas no mbito da organizao.

    Planos e Objetivos

    Os objetivos so parte dos planos, e no possvel elaborar um plano sem

    que o gestor determine, com antecedncia, os objetivos futuros a serem alcanados.

    O plano serve para dirigir os gestores no processo de suas atividades e de toda a

    empresa.

    Os planos podem ser caracterizados como a traduo formal do planejamento

    em documentos que estabelecem o modo como os objetivos devero ser

    alcanados.

    Peci e Sobral (2012) discorrem sobre alguns tipos de planos. Os planos

    podem ser classificados de acordo com sua abrangncia, horizonte temporal, grau

    de especificidade e permanncia.

    1. Abrangncia os planos podem ser estratgicos, tticos ou operacionais.

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    No nvel estratgico temos os administradores de topo, onde o planejamento

    tem foco em toda a organizao; a orientao de longo prazo; os objetivos e

    os planos so gerais.

    No nvel ttico encontramos os gerentes. Neste nvel, o planejamento tem

    foco nos setores ou departamentos da organizao; a orientao de prazo

    mdio e onde se definem as principais aes que cada departamento ir

    desenvolver.

    No nvel operacional temos os supervisores de 1 linha. O planejamento tem

    foco em tarefas do dia a dia (rotineiras); so definidos procedimentos

    especficos (dependendo das funes a serem desempenhadas por cada

    setor ou departamento); os objetivos esto voltados para os resultados que

    so esperados.

    Perceba que aqui estamos focando em quem comanda cada nvel, e que tm

    participao mais direta no desenvolvimento desse plano.

    1. Horizonte temporal os planos podem ser de curto, mdio e longo prazos.

    2. Grau de especificidade os planos podem ser especficos (foco no

    processo) ou gerais (foco nos objetivos).

    3. Permanncia os planos podem ser permanentes (tarefas de rotinas) ou

    temporrios (que se extinguem quando seus objetivos so alcanados).

    Dica:

    Junto elaborao dos planos e objetivos,

    importante que o gestor tambm defina um

    cronograma para a realizao de cada uma das

    etapas do processo.

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  • 4

    Vimos que todo planejamento tem objetivos que so previamente

    estabelecidos. Os objetivos, assim como os planos, tambm variam de acordo com o

    nvel organizacional, como demonstrado no quadro a seguir:

    Quadro 1 Objetivos por nvel organizacional

    Nvel organizacional Tipos de

    objetivos

    Quais so os objetivos Quem formula

    Nvel estratgico

    Objetivos

    estratgicos

    Referem-se empresa

    como um todo e buscam

    traduzir a misso em

    termos mais concretos.

    Alta administrao

    Nvel ttico Objetivos tticos

    Correspondem aos

    resultados esperados para

    as principais divises ou

    departamentos da

    organizao.

    Gerentes de nvel

    mdio

    Nvel operacional Objetivos

    operacionais

    Definem os resultados

    especficos esperados de

    grupos e indivduos.

    Supervisores de 1

    linha e, em alguns

    casos,

    funcionrios

    Fonte: Peci e Sobral (2012, p. 18).

    Perceba que os objetivos operacionais so os que possibilitam atingir os

    objetivos tticos que, por sua vez, so sustentadores da realizao dos objetivos

    estratgicos.

    A seguir vamos conhecer as caractersticas dos objetivos eficazes.

    Caractersticas dos Objetivos Eficazes

    Os objetivos eficazes devem ser:

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  • 5

    1. Especficos necessrio que haja clareza e objetividade quanto

    formulao dos objetivos.

    2. Mensurveis os objetivos precisam ser quantificveis, ou seja, preciso ter

    indicadores de medidas que possam apontar o alcance ou no alcance dos

    objetivos preestabelecidos.

    3. Desafiadores, mas alcanveis - os objetivos precisam ser desafiadores no

    sentido de motivar os membros da organizao a alcan-los, mas devem ser

    passveis de serem alcanados.

    4. Definidos no tempo os objetivos devem vir acompanhados de datas e

    perodos definidos. Por exemplo, a empresa deseja aumentar suas vendas

    em 5% em 12 meses.

    5. Coerentes os objetivos no podem ser contraditrios entre si, ou seja, a

    empresa no pode pretender aumentar as vendas e, ao mesmo tempo, reduzir

    a produo.

    6. Hierarquizveis estabelecer prioridades, grau de importncia. Em alguns

    momentos, os gestores tero que tomar decises, priorizando alguns objetivos

    e deixando outros em segundo plano.

    Peci e Sobral (2012) enfatizam que as empresas podem optar entre dois

    sistemas de definio dos objetivos: aquele que tradicional e centralizado e o que

    descentralizado.

    O sistema de definio de objetivos

    1. Tradicional e centralizado esse tipo de sistema est baseado na hierarquia

    organizacional. Os objetivos so elaborados pela alta administrao da

    empresa e, posteriormente, so subdivididos em objetivos especficos

    distribudos em cada nvel organizacional.

    2. Descentralizada Administrao por Objetivos (APO) nesse sistema todos

    os membros so envolvidos na definio de objetivos.

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    Na Administrao por Objetivos (APO), os objetivos definidos de forma

    participativa so utilizados para monitorar, avaliar e controlar os desempenhos

    organizacionais e individuais.

    Na sequncia, apresentaremos as principais vantagens e as principais

    desvantagens da APO.

    Vantagens

    1. Foca as tarefas e atividades diretamente relacionadas ao cumprimento dos objetivos.

    2. Obriga os administradores a estabelecerem prioridades, metas e medidas de desempenho.

    3. Estimula a participao, a motivao e o comprometimento de todos os funcionrios.

    4. Proporciona uma noo de funes, responsabilidades e autoridade.

    5. Aumenta a capacidade da empresa de responder s alteraes do ambiente externo.

    6. Proporciona maior ligao entre os objetivos gerais da empresa e os objetivos individuais.

    Desvantagens

    1. Depende do apoio e do empenho da administrao do topo.

    2. Pode ser intil e desmotivador em ambientes ou fases de mudana dinmica.

    3. Sobrevaloriza os objetivos individuais em detrimento dos objetivos organizacionais.

    4. Concentra os esforos no curto prazo com prejuzo ao planejamento de longo prazo.

    5. Pode consumir tempo excessivo e dar origem a muita burocracia (PECI; SOBRAL, 2012, p. 23).

    Para finalizar nossa breve discusso sobre planos e objetivos, vamos verificar

    como eles podem ser colocados em prtica.

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  • 7

    Aplicao

    Planos e Objetivos

    Vamos supor que uma empresa qualquer quer elaborar um

    planejamento para alcanar determinado objetivo. Ento,

    primeiramente, essa empresa precisa estabelecer o objetivo

    e, posteriormente, definir os planos para o alcance do

    objetivo principal, como mostramos a seguir.

    Exemplo:

    1. Objetivo aumentar as vendas.

    2. Planos (como alcanar o objetivo) realizar

    promoes; otimizao dos recursos e reduo nos

    preos; aumentar meios de divulgao etc.

    Lembrando que se estivermos falando de uma definio de objetivos em uma

    organizao que possui uma estrutura tradicional e centralizada, esses objetivos

    sero definidos pela alta administrao da empresa.

    Agora, se estivermos falando de uma empresa que tem uma estrutura

    descentralizada e que utiliza a Administrao por Objetivos (APO), ento esses

    objetivos sero definidos por todos os membros da organizao.

    Na sequncia discutiremos o planejamento relacionado s estratgias

    organizacionais.

    Planejamento e Estratgia

    Nesta seo vamos tratar de dois assuntos e sua inter-relao, o planejamento

    e a estratgia organizacionais.

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  • 8

    A estratgia se refere ao caminho que a organizao segue para conseguir

    sobreviver. Visa, por meio de um plano de ao, desenvolver e ajustar a empresa,

    buscando vantagem competitiva.

    A Segunda Guerra Mundial gerou consequncias para os negcios, as

    organizaes cresceram, se diversificaram e o ambiente se tornou mais dinmico.

    A estratgia teve origem no contexto militar.

    Figura 1: Combate entre exrcitos.

    Fonte: http://mootee.typepad.com/photos/uncategorized/2008/02/01/battle.jpg

    O termo strategos (ou strategia) se referia arte de ser general, liderar

    exrcitos e destruir inimigos. A estratgia pode ser traduzida por Cincia dos

    movimentos guerreiros.

    Ao longo dos dois milnios seguintes, refinamentos do conceito de estratgia

    continuaram a focalizar interpretaes militares.

    Sun Tzu dizia conhea seu inimigo, conhea a si mesmo e sua vitria no ser

    ameaada. Conhea o terreno, conhea o tempo e sua vitria ser completa.

    (comandante do exrcito chins que viveu por volta de 500 a. c.)

    Dica:

    Para saber mais sobre esse influente comandante chins, Sun Tzu, e seu famoso livro

    A Arte da Guerra, visite o link abaixo, que trata de um documentrio a respeito do livro:

    http://www.youtube.com/watch?v=f21Lo-jVzLQ&feature=related

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  • 9

    A Universidade de Harvard teve forte influncia na disseminao do conceito

    de estratgia e na sua relao com a prtica nas organizaes. Os professores mais

    influentes foram Andrews e Chandler, este ltimo teve experincia no militarismo na

    Segunda Guerra Mundial.

    Nessa Universidade havia uma disciplina chamada de Poltica de Negcios, a

    qual passou a ser chamada, posteriormente, de Estratgia.

    Para saber mais

    Sobre a origem da estratgia nas organizaes e sua

    institucionalizao no ambiente empresarial, sugerimos a leitura do

    livro:

    VIZEU, F.; GONALVES, S. Pensamento estratgico: origens,

    princpios e perspectivas. So Paulo: Atlas, 2010.

    Um modelo de estratgia que ficou bem conhecido o modelo SWOT, sigla

    proveniente das palavras inglesas: strengths (foras), weaknesses (fraquezas),

    opportunities (oportunidades) e threats (ameaas). O objetivo desse modelo,

    desenvolvido por Andrews, o de apontar as principais competncias da

    organizao e possibilitar os ajustes necessrios mediante s mudanas do

    mercado. Essa ferramenta auxilia a empresa a identificar e avaliar seus pontos

    fortes e fracos (olhando para dentro) e as possveis ameaas e oportunidades

    (olhando par fora) que esto no mercado.

    Outra forte influncia no campo da estratgia um modelo representado

    pelas Cinco Foras de Porter.

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  • 10

    1. Rivalidade entre os concorrentes.

    2. Ameaa de entrada de novos entrantes (ou novas empresas que esto

    entrando no mercado).

    3. Ameaa de produtos (bens e servios) substitutos.

    4. Poder de barganha dos fornecedores.

    5. Poder de barganha dos compradores.

    Porter afirma que so as foras competitivas que moldam a estratgia das

    organizaes. O modelo das cinco foras um modelo de anlise dos fatores que

    afetam a competitividade das empresas; visa compreender o ambiente no qual a

    organizao est inserida e identificar as melhores aes e estratgias para a

    obteno de uma vantagem competitiva no mercado.

    Vimos uma mudana no uso de termos, como: poltica de negcios,

    planejamento estratgico, administrao estratgica e pensamento estratgico.

    Nas ltimas dcadas, conforme apontam Peci e Sobral (2012), comearam a

    combinar o pensamento estratgico com as metodologias do planejamento

    estratgico, possibilitando a elaborao de estratgias mais adequadas a um

    ambiente competitivo.

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  • 11

    importante ressaltar que uma estratgia no precisa, necessariamente, ser

    resultado de um plano deliberado, mas pode tambm ser emergente, ou seja, surgir

    em resposta a uma circunstncia externa que pode afetar, de algum modo, a

    organizao.

    Estratgias Deliberadas e Emergentes

    As estratgias podem ser entendidas como deliberadas e/ou emergentes.

    As organizaes desenvolvem planos futuros, olhando tambm para situaes

    passadas. Inicialmente, eles estabelecem planos estratgicos que so deliberados/

    planejados. Algumas dessas estratgias sero realizadas e outras no, devido s

    situaes inesperadas ou no previstas que podem vir a ocorrer ao longo do tempo.

    Existem ainda as estratgias que sero elaboradas e implementadas durante

    o percurso, ou seja, as estratgias emergentes. Esse tipo de estratgia aplicada

    no momento em que um padro realizado no expressamente planejado ou

    pretendido.

    Os estrategistas precisam efetuar previses para a elaborao de estratgias

    deliberadas e serem capazes de reagir diante de eventos inesperados para

    identificao e definio das estratgias emergentes.

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  • 12

    Para saber mais

    Sobre estratgias deliberadas e emergentes, leia:

    MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, J.; LAMPEL, J. Safri de

    Estratgia: um roteiro pela selva do planejamento estratgico. Porto

    Alegre: Bookman, 2000.

    O Processo de Administrao Estratgica

    A Administrao Estratgica se caracteriza como um processo que contm

    seis etapas, conforme demonstramos na figura a seguir.

    Primeiramente realizado o diagnstico atual da organizao, no qual so

    identificados viso, misso, objetivos e estratgias. Alm disso, realiza-se tanto uma

    anlise interna (recursos, capacidade financeira e tecnolgica, qualificao dos

    funcionrios etc.) quanto externa (aes estratgicas dos concorrentes,

    necessidades dos clientes, economia etc.) da empresa, com o intuito de identificar,

    nesses ambientes, os fatores que possam afetar o desempenho organizacional.

    Aps a realizao dessa anlise, o gestor formula as aes estratgicas de

    acordo com os objetivos propostos e expectativas futuras. Em seguida, o momento

    de implementar as estratgias, definindo recursos e meios necessrios para sua

    execuo, e a responsabilidade de cada setor e/ou colaborador.

    A ltima etapa refere-se ao controle estratgico; nesta fase os gestores iro

    monitorar a implementao das estratgias e avaliar o desempenho da organizao,

  • 13

    procurando relacionar os resultados alcanados com os objetivos preestabelecidos

    anteriormente.

    Vamos agora aos exemplos de aplicabilidade.

    Aplicao

    Exemplos de estratgias

    Aqui h duas empresas representadas pelos seus smbolos,

    que so Habibs e McDonalds.

    Vejamos abaixo alguns produtos comercializados por essas

    empresas.

    Primeiramente, vamos pensar na empresa Habibs

    Vejamos agora alguns produtos oferecidos no cardpio do McDonalds.

  • 14

    Fonte: http://www.mcdonalds.co.uk/ukhome/Food.html

    Fonte: http://www.ppow.com.br/portal/2011/09/27/novo-cardapio-mc-donald

    Podemos perceber algo em comum nas duas empresas: mudana no cardpio

    ao longo do tempo.

    O que pode ter motivado essas empresas a incluir novas opes de produtos?

    Vimos que para as empresas elaborarem um planejamento para suas aes

    estratgicas, faz-se necessrio realizar uma anlise interna e externa, e

    exatamente o que essas empresas tm feito. Mudanas na sociedade como, por

    exemplo, a preocupao com a sade e a alimentao, fez com que saladas, sucos

    e frutas fossem includos nos cardpios dessas empresas. Foram inseridas novas

    opes no cardpio, porque perceberam uma necessidade no mercado (anlise do

    ambiente externo) - a de comer bem, com qualidade e por um preo acessvel.

    Alm da anlise externa, necessrio tambm ter-se uma preocupao com

    o ambiente interno e identificar se a empresa ter todos os recursos (humanos,

    financeiros, materiais etc.) necessrios para a realizao das mudanas.

  • 15

    Questes

    1. Quais foram as estratgias adotadas por essas empresas para ganhar

    vantagem competitiva em relao aos seus concorrentes?

    2. Qual sua percepo sobre o tipo de estratgias adotadas por essas empresas?

    Elas se caracterizam como deliberadas ou emergentes? Explique.

    Sntese

    No existe planejamento sem estabelecimento de objetivos e planos. Os planos

    esto vinculados aos nveis hierrquicos (estratgicos, tticos e operacionais) e se

    diferenciam quanto aos seus objetivos.

    Vimos que as mudanas ocorridas nas organizaes aps a Segunda Guerra

    Mundial provocaram novas formas de gesto, especialmente voltada para a

    Administrao de Estratgias. Desse modo, abordamos de maneira resumida o tema

    estratgia e o planejamento, mostrando sua relao e o processo de elaborao das

    aes estratgicas nas organizaes.

    Alm disso, conclumos que s depois de realizar uma anlise interna e

    externa que a empresa ter condies de elaborar a estratgia de forma mais

    adequada e implement-la com maior chance de sucesso. Essa a melhor maneira

    de planejar.

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  • 16

    Referncias

    PECI, A.; SOBRAL, F. Fundamentos de Administrao. So Paulo: Pearson

    Brasil, 2012.

  • 1

    Cincias

    Contbeis

    Fundamentos da Administrao

    Aula 3

    Profa. Cristiane Marques de Mello

  • 2

    Introduo

    Organizao o assunto principal a ser abordado nesta aula. Agora, pense

    por um instante e responda:

    O que organizao?

    uma funo administrativa ou uma unidade social?

    O incio dos estudos ser dado pela explanao dos fundamentos da

    organizao.

    Fundamentos de Organizao

    A funo de organizao consiste em reunir e organizar os recursos da

    empresa para alcanar os objetivos.

    O planejamento define o que fazer, enquanto a organizao estabelece como

    fazer. Organizar dispor os recursos humanos e materiais em uma estrutura.

    A funo de organizao :

    distribuir tarefas e recursos;

    determinar quem tem autoridade sobre quem;

    estabelecer quando e onde se devem tomar decises.

    O processo de organizao envolve a tomada de deciso. O administrador

    divide, integra e coordena as atividades e os recursos para alcanar as metas

    definidas.

    Diviso do trabalho: envolve a especializao das tarefas; hierarquia e

    disposio de autoridades e responsabilidades; diferenas horizontais que

    existem entre os departamentos.

    Integrao: se manifesta nos cargos, posies e funes; nos critrios de

    departamentalizao responsveis por agrupar atividades e recursos em

    departamentos.

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  • 3

    Coordenao: corresponde utilizao de mecanismos que buscam a

    colaborao entre os vrios departamentos para alcanar os objetivos globais

    da organizao.

    Estrutura Organizacional

    Especifica os papis, as relaes e os procedimentos que possibilitam uma

    ao coordenada de seus membros.

    Organograma: uma forma visual de representao da estrutura

    organizacional, que mostra as funes, os departamentos e os cargos da

    organizao, e como estes se relacionam.

    Figura 1: Modelo de organograma.

    A organizao e os nveis hierrquicos

    Os administradores de topo definem o desenho estrutural da organizao.

    Os gerentes de nvel ttico estruturam e organizam os departamentos.

    Os administradores operacionais definem o desenho dos cargos e as tarefas.

    Figura 2: Nveis organizacionais.

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  • 4

    O nvel estratgico tambm pode ser denominado de nvel institucional. O

    nvel ttico tambm pode ser chamado de nvel intermedirio ou nvel gerencial. E o

    nvel operacional tambm pode ser chamado de nvel tcnico.

    Elementos do Processo de Organizao

    Existem seis princpios que envolvem o processo de organizao:

    1. Especializao do trabalho: o grau em que as tarefas so divididas e

    padronizadas. Por meio da diviso do trabalho cada indivduo realiza

    atividades nas quais vai se especializar.

    Cada trabalhador pode ser especialista em desempenhar uma determinada

    funo ou atividade.

    2. Cadeia de comando: est associada unidade de comando, autoridade e

    responsabilidade. Identifica quem deve responder a quem, representa a

    distribuio de autoridade. O objetivo que cada pessoa tenha apenas um

    superior. A seguir ser apresentado um modelo de organograma a fim de que

    voc possa identificar a cadeia de comando, as linhas de comunicao e as

    unidades de trabalho compostas por cargos e departamentos.

    Figura 3: Modelo de um organograma.

    3. Amplitude de controle: o resultado da distribuio de autoridade e

    responsabilidade. Est relacionada ao nmero de funcionrios que se

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  • 5

    reportam a um superior. Quando se tem muitos funcionrios para comandar, a

    amplitude de controle grande. Quando se tem poucos funcionrios para

    cada superior, a hierarquia tende a ser alta.

    4. Departamentalizao: permite simplificar o trabalho do administrador. O

    departamento refere-se a uma unidade de trabalho que agrega atividades

    semelhantes entre si.

    Os tipos de departamentalizao podem ser classificados como:

    Funcional: as atividades da organizao so agregadas de acordo com a

    rea funcional (marketing, finanas, recursos humanos, entre outras). Esse

    tipo de departamentalizao pode ser usado em qualquer organizao, mas

    as funes mudam, de forma a refletir os objetivos finais da organizao.

    Figura 4: Modelo de organograma funcional.

    Por produto: a departamentalizao por produto agrupa as tarefas em

    unidades organizacionais responsveis por tipos de produtos ou servios da

    empresa. Cada linha de produto ou servio tem como gerente um especialista

    nesse setor.

    Figura 5: Departamentalizao por produto.

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  • 6

    Esse tipo de departamentalizao mais adequado quando cada produto ou

    servio demanda uma tecnologia de produo diferente e formas de comercializao

    diferenciadas.

    Por cliente: consiste em agrupar atividades e recursos de acordo com o tipo

    de cliente. mais utilizada quando a empresa atende setores com

    necessidades muito distintas, como, por exemplo, operadoras de telefonia

    que podem ser departamentalizadas em clientes corporativos e clientes

    individuais. Grande parte das lojas de departamentos tambm adota esse tipo

    de departamentalizao.

    Figura 6: Departamentalizao por cliente.

    Essa forma de departamentalizao possibilita aos gestores e funcionrios

    conhecerem bem as expectativas e demandas de seus clientes, podendo _tende-los

    de forma personalizada, e, ainda permite avaliao de desempenho por setor.

    Geogrfica ou territorial: agrupa tarefas e recursos organizacionais com

    base em reas geogrficas, por exemplo, pode ser dividido em regio sul,

    sudeste e nordeste do pas. Para as empresas que comercializam seus

    produtos para outros pases, essas reas geogrficas podem ser

    representadas da seguinte forma: Amrica do Norte, Amrica Latina, Europa,

    etc., sempre de acordo com as reas atendidas pela empresa.

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  • 7

    Figura 7: Departamentalizao geogrfica ou territorial.

    Os administradores e funcionrios de cada regio tornam-se especialistas nas

    caractersticas do territrio sob sua responsabilidade. Alm disso, esse tipo de

    departamentalizao possibilita a avaliao de desempenho para cada rea

    geogrfica.

    Por processo: agrega atividades e recursos com base nos processos-chave

    da organizao, conforme visualiza-se na figura 7. Cada unidade

    organizacional rene as habilidades especficas demandadas em cada

    processo.

    Figura 8: Diviso por processo de uma confeco de jeans.

    1. Centralizao e descentralizao: na centralizao, a autoridade para tomar

    decises est centrada no topo. No que se refere descentralizao, h

    distribuio de autoridade em outros nveis e no apenas no topo da pirmide

    hierrquica.

    2. Formalizao: se refere ao grau de controle da organizao sobre o indivduo

    e se materializa em manuais, cdigos de conduta, padronizao de processos

    de trabalho, horrios de trabalho, etc. O grau de formalizao de

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  • 8

    uma empresa definido pelo volume de normas e procedimentos que ela

    utiliza para lidar com os fatores ambientais.

    Dentre os fatores que afetam o grau de formalizao encontram-se:

    tecnologia, tradio e processo decisrio.

    Exemplos

    Com base no que foi discutido sobre os tipos de departamentalizao e

    organogramas, observe um segundo exemplo de departamentalizao por cliente.

    Figura 9: Exemplo de departamentalizao por cliente.

    Esse organograma representa uma organizao ou empresa que tem seus

    setores organizados por departamentos: infantil e feminino e que cada departamento

    tem sees especficas. Desse modo, a empresa consegue organizar com maior

    eficincia e eficcia as tarefas e atividades a serem desempenhadas diariamente

    para o alcance dos objetivos organizacionais.

    Agora, observe outro caso, mais especificamente, relacionado com a

    distribuio de funes e responsabilidades nas organizaes. Utiliza-se aqui como

    exemplo uma empresa de mveis sob medida.

  • 9

    Distribuio de funes e responsabilidades (resumido)

    Cargo Funes/Responsabilidades

    Gerente/Projetista Projetos do ambiente; apresentar projeto para o cliente. Fazer oramentos.

    Marceneiro Estudar o plano de corte do mvel. Fabricar o mvel.

    Ajudante de marceneiro

    Realizar acabamento no mvel. Limpeza do mvel. Montagem de gavetas. Colocao de corredias e pequenos trabalhos.

    Secretria Atendimento telefnico. Agendamento de oramentos e entregas . Atualizar site da empresa. Emisso de boleto bancrio. Cadastro dos clientes.

    Sntese

    A organizao da vida pessoal pode at parecer uma tarefa simples, mas,

    depois dessa aula, percebe-se que a funo organizao no to fcil quando se

    trata de uma empresa.

    Observou-se, na aula de hoje, que a organizao est baseada em como

    fazer as coisas na organizao. Diante disso, necessria a distribuio de cargos,

    funes e tarefas, a fim de que haja organizao do trabalho e melhor distribuio

    de recursos nos departamentos e setores da empresa.

    A funo organizao preocupa-se em reunir e organizar os recursos humanos

    e materiais da empresa, buscando alcanar de modo eficaz as metas e os objetivos

    organizacionais.

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  • 10

    Atividades

    1. O que mostra um organograma?

    2. Com base nas formas de departamentalizao estudadas nessa aula, tente

    identificar: qual o tipo de departamentalizao da empresa onde voc

    trabalha (ou conhece)?

    3. Agora pense em um grande restaurante e descreva:

    a. Quais so as atividades dirias realizadas em um estabelecimento como

    esse?

    b. Quais so os cargos/funes que existem nesse tipo de empresa.

    c. Quais so as tarefas desempenhadas por cada funcionrio? Relacione as

    tarefas de acordo com o cargo exercido.

  • 11

    Referncias

    MAXIMIANO, A. C. A. Fundamentos de administrao: manual compacto para as

    disciplinas TGA e introduo administrao. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2007.

    PECI, A.; SOBRAL, F. Fundamentos de administrao. So Paulo: Pearson Brasil,

    2012.

  • 1

    Cincias Contbeis

    Fundamentos da Administrao

    Aula 4

    Profa. Cristiane Marques de Mello

  • 2

    Introduo

    Normalmente, as notcias polticas so sobre pessoas que detm o poder.

    Nessa aula, ser analisado o poder nas organizaes e os tipos de poder e

    autoridade nas estruturas formais e informais.

    Poder e Estrutura Organizacional

    A estrutura organizacional tem o objetivo de controlar as atividades da

    empresa. Dessa maneira, ser identificado alguns tipos de estruturas mais

    tradicionais e outras estruturas novas, a fim de que haja maior compreenso sobre a

    relao entre poder e estruturas organizacionais.

    Tipos de autoridade

    A autoridade se fundamenta em regras e normas estabelecidas por um

    regulamento aceito por todos os membros da organizao.

    As estruturas organizacionais especificam as fontes formais do exerccio de

    poder na empresa.

    Nas organizaes existem autoridades de linha e as de assessoria, conforme

    descries a seguir.

    Autoridade de linha: relativa aos gestores; so as que desempenham as

    tarefas e que refletem a meta principal e a misso da empresa. No existe

    interferncia entre chefe e subordinados. Pelo fato de as atividades de linha

    serem dependentes dos objetivos organizacionais, podem variar de uma

    organizao para a outra. Ou seja, os departamentos de linha de uma

    universidade (responsveis pelo ensino e pesquisa) se diferem de uma

    indstria, onde, comumente, os departamentos de linha so os responsveis

    pela produo e venda do que produzido.

  • 3

    Autoridade de assessoria: refere-se autoridade dos departamentos,

    grupos ou indivduos que apoiam os gestores de linha em reas especficas.

    O chefe recebe auxlio de uma funo de apoio, ao lado da linha de comando.

    medida que uma empresa cresce, cargos e departamentos so

    naturalmente acrescentados, a fim de apoiar os departamentos de linha.

    Observe, a seguir, a ilustrao das autoridades de linha e de assessoria.

    Figura 1: Organizao de linha.

    Figura 2: Organizao de linha e assessoria.

  • 4

    Figura 3: Exemplo prtico de organizao com autoridades de linha e assessoria.

    Tipos e fontes de poder

    O conceito de poder refere-se capacidade de exercer influncia sobre uma

    pessoa ou grupo e de alterar seu comportamento. preciso compreender que

    nenhum indivduo ou grupo tem poder de modo isolado, mas quando se relacionam

    com um ou mais indivduos, isso ocorre na interao.

    Falando em tipos de poder, o que difere um do outro a relao de

    dependncia entre aquele que detm o poder e aquele que recebe as ordens.

    A fim de deixar isso mais claro, apresenta-se, no Quadro 1, os tipos mais

    comuns de poder e suas caractersticas.

    Quadro 1

    Tipos de poder Definio Exemplos

    Poder coercitivo

    Resulta da capacidade, daquele que detm o poder, de punir ou recomendar sanes.

    Os indivduos podem modificar seu comportamento por receio de serem castigados.

    Ditadores (de todos os tipos), chefes de gangues, entre outros.

    Poder de recompensa

    Variante positiva do poder coercitivo.

    As pessoas agem motivadas pelas recompensas que

    Diretores de uma empresa e funcionrios agem em funo do pagamento de bnus ou de outros tipos de

  • 5

    recebem. recompensas.

    Poder legtimo

    Decorre da posio hierrquica, ou seja, da posse de autoridade formal.

    Administradores de empresas, gestores, governadores, etc.

    Poder carismtico

    associado a uma imagem altamente favorvel, o que faz com que os outros acreditem e admirem suas ideias.

    Nesse caso, podemos citar como exemplos: os polticos (Nelson Mandela, Ex- presidente do Brasil Lula, Presidente dos Estados Unidos Obama), lderes religiosos, entre outros. Alm disso, tambm podemos encontrar esse tipo de poder nas empresas.

    Poder de

    competncia

    Resulta de competncias, conhecimentos e aptides distintivas.

    Um consultor ou gestor com competncias tcnicas e administrativas que possam ajudar a organizao.

    Fonte: Adaptado de Peci e Sobral (2012, p. 62).

    A questo : como algum consegue obter o poder?

    As fontes mais comuns de poder, so:

    Cargo ou posio que uma pessoa ocupa em uma organizao;

    Carisma e caractersticas pessoais da pessoa;

    Conhecimento especfico, que est vinculado com a tcnica e/ou capacidade

    para desempenhar determinada funo ou tarefa especfica na organizao;

    Acesso informao privilegiada;

    Controle sobre as fontes de incerteza;

    Posse dos recursos escassos.

    O poder pode se manifestar na estrutura informal (relaes interpessoais na

    organizao), mas nem sempre so representadas no organograma. Um exemplo

    disso o poder que as secretrias ou assistentes tm em relao ao acesso

    executivos de uma empresa.

  • 6

    Pode-se, ento, perceber que a manifestao de poder pode ocorrer tanto

    nas estruturas informais quanto nas formais das organizaes.

    Sero apresentadas, agora, as diferentes estruturas. H trs tipos tradicionais

    de estruturas organizacionais: funcional, divisional e matricial. Alm dessas, temos

    tambm a estrutura em rede.

    Desenho Estrutural de Organizaes

    Estrutura funcional

    Refere-se agregao de tarefas, de acordo com a rea funcional atendida

    (marketing, finanas, recursos humanos, etc.). As atividades da organizao so

    coordenadas de modo vertical, por meio de uma superviso hierrquica, com regras,

    normas e planos.

    Esse tipo de estrutura pode ser encontrado em organizaes: (a) que possui

    uma reduzida dimenso, que oferecem uma limitada linha de produtos ou servios;

    (b) que esto na fase inicial de atividade; (c) que tm uma pequena diversificao

    tecnolgica ou de produtos; (d) que vendem ou distribuem produtos pelos mesmos

    canais de distribuio; (e) que atuam em uma nica rea geogrfica e que operam

    em uma indstria caracterizada por um ambiente externo estvel.

    Estrutura divisional

    Rene as tarefas em diferentes unidades semiautnomas, de acordo com seu

    objetivo: produtos, mercados ou clientes. Esse tipo de estrutura produz melhores

    resultados quando os objetivos da organizao necessitam de uma ao

    coordenada para satisfazer os clientes e/ou inovar. Cada diviso possui os recursos

    necessrios (produo, marketing, logstica, etc.) para realizar suas atividades

    relacionadas aos produtos ou servios oferecidos aos clientes.

  • 7

    Figura 4: Representao de uma estrutura funcional ou divisional.

    Estrutura matricial

    usada para lidar com projetos ou negcios que precisem de equipes

    multidisciplinares temporrias. A estrutura matricial permite coordenar pessoas de

    diferentes reas funcionais, participantes de um projeto. Essas pessoas podem

    trabalhar em diferentes projetos, simultaneamente. Nesse caso, sero coordenadas

    por diversos gerentes de projetos.

    Figura 5: Representao de uma estrutura matricial.

  • 8

    Figura 5A: Representao de uma estrutura matricial.

    Fonte: .

    Estrutura em rede

    Proporciona maior flexibilidade e inovao. So chamadas de organizaes

    em redes, clusters, organizaes baseadas na informao ou ps-industriais.

    Clusters, no contexto empresarial, quer dizer a reunio de empresas de

    mesma natureza que cooperam de alguma forma entre si.

    Figura 6: Representao de uma estrutura em rede.

  • 9

    Alguns fatores impulsionaram o surgimento das estruturas em rede, entre

    eles: mudanas das caractersticas ambientais e necessidade de adaptao a elas;

    impacto da globalizao - que elevou a competitividade; necessidade de inovao

    em processos, produtos e servios - para competir em um ambiente que muda com

    grande frequncia; e a natureza da tarefa da organizao - na qual existe,

    atualmente, uma tendncia para a descentralizao de poder e foco no cliente.

    As estruturas em rede so encontradas em indstrias de biotecnologia, moda,

    msica, cinema, entre outras.

    Saiba Mais

    O maior exemplo de clusters na indstria conhecido

    mundialmente o do Vale do Silcio, na Califrnia.

    Esse modelo envolve empresas de microeletrnica,

    tecnologia da informao e biotecnologia. No Brasil,

    temos os polos caladistas no Rio Grande do Sul e a

    indstria txtil, em Cianorte no Paran.

    Para conhecer um pouco mais sobre o Vale do Silcio

    e sobre alguns brasileiros que fazem sucesso por l,

    acesse o link:

    .

    Ser estudada, agora, a aplicao prtica dessas estruturas nas

    organizaes.

  • 10

    Estrutura funcional

    Figura 7: Exemplo prtico de uma estrutura funcional.

    Estrutura divisional

    Figura 8: Exemplo prtico de uma estrutura divisional.

  • 11

    Estrutura matricial

    Figura 9: Exemplo prtico de uma estrutura matricial.

    Sntese

    Existem diferentes tipos de poder que podem ser identificadas no apenas

    dentro de uma estrutura formal. Ou seja, no existe apenas a autoridade, que

    formalizada dentro de uma estrutura organizacional, mas possvel encontrar

    tambm o exerccio do poder fora de uma estrutura formal - o que denominamos de

    estrutura informal.

    H diferentes tipos de estruturas e cada uma se ajusta melhor a um tipo

    especfico de empresa.

    Nesta aula, foram apresentadas as formas mais tradicionais de estruturas:

    funcional, divisional e matricial. Alm disso, h estruturas menos tradicionais como

    as redes, que funcionam bem em ambientes externos dinmicos.

  • 12

    Esperamos que todos esses conceitos tenham sido entendidos por voc. E

    no esquea de voltar aos conceitos sempre que for necessrio.

    Bons estudos!

  • 13

    Atividades

    Observe os desenhos das estruturas e responda:

    1. Quais as vantagens e desvantagens de cada um dos tipos de desenho

    estrutural representados pelas figuras a seguir? Considere que se trata de

    uma mesma empresa com 3 linhas de produtos. Apresente pelo menos 3

    vantagens e 3 desvantagens para a utilizao de cada uma das estruturas -

    funcional e divisional.

    a) Estrutura funcional

    Presidente da

    Info-Tech

    P&D Produo Contabilidade Marketing

    b) Estrutura divisional por produto

    Presidente da

    Info-Tech

    Editorao Eletrnica Automao de Escritrios Realidade Virtual

    P&D Fabr Cont Mkt P&D Fabr Cont Mkt P&D Fabr Cont Mkt

    2. Suponhamos que voc resolva abrir um negcio e escolha um desenho

    estrutural como o que est apresentado na figura a seguir. Desse modo,

    responda, conforme solicitado.

  • 14

    a) Apresente sua empresa, indicando reas, departamentos, cargos e

    composio. Analise brevemente como esto estruturados os sistemas de

    autoridade e indique as autoridades de linha e de assessoria.

    Sua Empresa

    b) Voc acha que essa estrutura adequada para sua empresa? Por qu?

    c) Voc utilizaria outro tipo de desenho estrutural? Justifique sua resposta.

    3. Cite dois critrios que servem de base para a estrutura funcional.

  • 15

    Referncias

    MAXIMIANO, A. C. A. Fundamentos de administrao: manual compacto para as

    disciplinas TGA e introduo administrao. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2007.

    PECI, A.; SOBRAL, F. Fundamentos de administrao. So Paulo: Pearson Brasil,

    2012.

  • 1

    Cincias Contbeis

    Fundamentos da Administrao

    Aula 5

    Profa. Cristiane Marques de Mello

  • 2

    Introduo

    A direo responsvel pelas atividades organizacionais que envolvem a

    interao entre os administradores e os funcionrios. Essa uma funo muito

    pessoal, pois visa conduzir pessoas ao alcance de objetivos especficos dentro das

    organizaes.

    Dirigir significa orientar os esforos individuais para um propsito comum.

    Para isso, o gestor precisa conhecer o comportamento das pessoas no ambiente de

    trabalho e a forma como se relacionam na interao com os outros membros do

    grupo e da organizao como um todo.

    Fundamentos de Direo

    A direo a nica funo administrativa que envolve, diretamente, um

    processo interpessoal de relacionamento entre o gestor e os seus subordinados.

    Alm disso, a direo envolve a orientao, a motivao, a comunicao e a

    liderana dos trabalhadores. Essa funo implica em transmitir aos colaboradores as

    atividades que devem ser realizadas e conseguir a contribuio dos mesmos para o

    alcance dos objetivos organizacionais, buscando utilizao adequada dos recursos

    disponveis.

    Contribuies da abordagem comportamental

    A teoria que deu incio a uma srie de estudos sobre as pessoas nas

    organizaes ficou conhecida como escola comportamental.

    Foi a partir da abordagem comportamental nas organizaes que o indivduo

    passou a ser observado no local de trabalho. Com isso, deu-se maior importncia

    aos aspectos relacionados conduo dos indivduos no desenvolvimento do seu

    trabalho, ou seja, o foco estava na funo direo.

    e y.

    Um dos estudos que foram realizados resultou no desenvolvimento da teoria x

  • 3

    A teoria x e a teoria y de McGregor pressupem a existncia de dois tipos de

    trabalhadores.

    Teoria x as pessoas so preguiosas, evitam o trabalho e no gostam de

    assumir responsabilidades.

    Nesse caso, os administradores tendem a dirigir e a controlar com maior

    rigidez.

    Teoria y os trabalhadores obtm satisfao em suas atividades. No caso da

    teoria y, os administradores tendem a administrar de forma participativa e a oferecer

    novas responsabilidades e desafios aos funcionrios.

    A teoria de McGregor no foi validada na prtica, ou seja, no foi comprovado

    que um administrador que aceita a teoria y dirige seus subordinados de uma forma

    mais eficaz do que aquele que assume a teoria x.

    A escola comportamental deu origem a uma nova rea - o comportamento

    organizacional.

    Comportamento organizacional

    O principal foco do comportamento organizacional est na anlise das aes

    e dos comportamentos das pessoas nas organizaes.

    O administrador deve procurar entender:

    Por que as pessoas respondem a algumas situaes e no a outras;

    O que as motiva;

    Por que tm determinados comportamentos;

    Quais os estilos de liderana mais adequados em situaes especficas.

    Os conceitos anteriores enfatizam a importncia de o administrador precisa estar

    atento ao comportamento dos indivduos, a fim de que consiga liderar sua equipe

    com maior eficincia e eficcia, procurando alocar, de modo mais acertado, cada

    membro da organizao nas suas devidas funes.

  • 4

    Bases do comportamento individual e em grupo

    O comportamento organizacional compreende:

    Comportamento individual envolve: atitudes, personalidade, percepo e

    aprendizagem e pode ser entendido sob a perspectiva da psicologia;

    Comportamento em grupo engloba os papis, as normas, o status e a

    coeso do grupo. As principais contribuies para o desenvolvimento do

    estudo sobre comportamento em grupo vm da sociologia e da psicologia

    social.

    Apresenta-se na figura a seguir os principais assuntos abordados pela

    psicologia e sociologia no que se refere ao estudo sobre indivduos e grupos.

    Figura 1: Contribuies da psicologia e sociologia para o estudo do comportamento de grupos e de indivduos.

    Fonte: Adaptado de Maximiano (2007).

    Sobre as bases do comportamento individual, tem-se:

    Atitudes - com relao ao trabalho, como o envolvimento e

    comprometimento. Representam predisposies dos indivduos em relao a

  • 5

    objetivos, pessoas, situaes e eventos. Os tipos de atitudes mais analisados

    so: (a) satisfao no trabalho, (b) envolvimento no trabalho e (c)

    comprometimento organizacional.

    Personalidade refere-se s caractersticas psicolgicas de um indivduo

    que o diferenciam de outros indivduos, as quais iro se refletir na sua

    conduta. A compreenso da personalidade dos colaboradores dentro das

    organizaes pode ajudar os gestores no processo de seleo e ajustamento

    aos cargos.

    Muitas pesquisas sobre a personalidade (ou perfil psicolgico) do indivduo

    partiram dos estudos de Carl Jung. Jung apresenta quatro dimenses

    bipolares da personalidade, conforme ilustra a figura a seguir.

    Figura 2: Quatro dimenses bsicas da personalidade.

    Fonte: Maximiano (2007).

    Percepo da realidade por meio do qual as pessoas atribuem significado

    aos ambientes. Pesquisas tm demonstrado que a experincia do

    administrador influencia sua percepo seletiva, direcionando sua ateno

    para informaes relacionadas com sua rea funcional e que isso pode

    causar distores.

  • 6

    A percepo pode ser ajustada a variaes no comportamento dos estmulos.

    A percepo pode ser seletiva, na qual apenas uma pequena parte dos

    estmulos percebida e onde pode-se produzir julgamentos apressados.

    Aprendizagem est relacionada forma como as pessoas aprendem.

    Entender o modo como os indivduos aprendem, contribui para o

    entendimento sobre como eles se comportam.

    O comportamento individual produto de diferentes fatores, ou seja, a

    biografia do indivduo, a sociedade, a convivncia em grupo iro exercer forte

    influncia na sua forma de agir e se comportar, conforme demonstra a figura

    a seguir.

    Figura 3: Influncias no comportamento individual.

    Fonte: Maximiano (2007).

    Alm das caractersticas individuais, tambm necessrio compreender o

    comportamento das pessoas quando estas fazem parte de um determinado grupo,

    especialmente no ambiente de trabalho.

    Passaremos agora anlise das bases do comportamento em grupo.

    Um grupo pode ser criado de modo intencional ou de modo espontneo,

    dentro ou fora das organizaes.

  • 7

    Comumente, um grupo se forma quando dois ou mais indivduos interagem a

    fim de alcanar objetivos comuns.

    Grupos formais so estruturados para realizar tarefas e objetivos

    especficos, com distribuio de autoridades e responsabilidades. Peci e

    Sobral (2012) ressaltam que existem diferentes tipos de grupos formais nas

    organizaes: os comits, comisses e conselhos so permanentes e criados

    para resolverem problemas e tomarem decises rotineiras da empresa.

    Tambm encontramos foras-tarefa e equipes que so formadas para

    realizao de um projeto especfico por um determinado perodo de tempo.

    Grupos informais surgem naturalmente nas organizaes, por razes no

    formais, como convvio social, amizades ou interesses. Os grupos informais

    aparecem de modo espontneo nas organizaes sociais por meio das

    interaes entre as pessoas que participam dos grupos formais. Esses grupos

    so criados por iniciativa de seus prprios integrantes, com a finalidade de

    defenderem seus interesses ou ainda de atenderem a necessidade de

    convivncia social. Os grupos informais encontram-se dentro dos grupos

    formais e exercem forte influncia no funcionamento e no andamento das

    atividades formais da organizao.

    Os grupos apresentam suas particularidades, entretanto, h caractersticas

    que so semelhantes nos mais diferentes grupos no que se referem, por exemplo,

    aos papis desempenhados, normas, status e coeso. Na sequncia, examina-se

    esses aspectos.

    Caractersticas dos grupos

    1. Papis desempenhados so padres esperados de comportamento.

    importante conhecer o papel desempenhado por cada membro da

    organizao e no grupo de trabalho.

    2. As normas que guiam seu comportamento referem-se aos padres

    aceitveis e desejveis de comportamento. Podem ser representadas por

    regras (implcitas ou explcitas), que foram criadas por grupos e que

    determinam o comportamento dos indivduos.

  • 8

    3. O status se refere ao nvel ou posio de seus membros. O status est

    vinculado a um cargo especfico, e normalmente, est relacionado ao nvel de

    escolaridade, ao conhecimento, experincia etc. importante salientar que

    cada cargo tem um papel correspondente a ser desempenhado. necessrio

    buscar coerncia entre a distribuio formal da autoridade e o status.

    4. A coeso da equipe refere-se ao grau de unio e compartilhamento de

    objetivos. uma medida de solidariedade e um importante indicador sobre a

    influncia que o grupo exerce em seus membros. Representa o grau em que

    os membros do grupo so atrados entre si e motivados a permanecer como

    grupo.

    Saiba Mais

    Veja o vdeo O problema no meu. Esse vdeo trata do comportamento

    dos indivduos dentro de uma organizao, que esto preocupados apenas

    com suas atividades rotineiras e que no esto dispostos a solucionar um

    problema que no est ligado ao seu setor. At que percebem que se no

    colaborarem um com o outro, todos sero prejudicados pela maximizao do

    problema. tambm possvel concluir (a partir desse vdeo) o quanto a

    funo direo importante e que se no houver um lder que conduza o

    grupo, os problemas da organizao acabam ficando bem mais difceis de

    serem resolvidos.

    Disponvel em: .

    Aplicaes Prticas nas Organizaes

    Papel dos gerentes

    Papel de um diretor de escola. Qual o papel desempenhado por um diretor?

    Papel de um proprietrio de uma empresa.

    A funo principal desses dirigentes o de orientar os colaboradores, e

    conduzi-los ao alcance dos objetivos organizacionais.

  • 9

    Veja tambm a dica a seguir para entender melhor como os indivduos podem

    se comportar quando esto em grupo em busca de um objetivo comum.

    Dica

    Fazendo uma analogia com as prticas organizacionais no que se

    refere ao comportamento em grupo. Veja o vdeo que est disponvel

    em: .

    Sntese

    Observou-se que a direo a funo mais pessoal da administrao. Por isso,

    o gestor exerce um papel muito importante no exerccio dessa funo.

    Tambm foi abordado o comportamento individual que pode afetar o

    comportamento em grupo. A partir dessa afirmao, entende-se que

    extremamente necessrio compreender como as pessoas se comportam

    individualmente e em grupo nas organizaes.

    primordial que o gestor compreenda o comportamento organizacional para que

    consiga dirigir as pessoas de modo eficiente e eficaz, rumo ao alcance das metas e

    dos objetivos da organizao.

  • 10

    Atividades

    1. Voc acredita que as interaes sociais que ocorrem nos grupos informais

    podem de algum modo, contribuir para o alcance dos objetivos

    organizacionais, que foco dos grupos formais?

    2. Descreva as principais atividades desenvolvidas pela funo direo, a partir

    do contedo que foi abordado nesta aula.

    3. De acordo com o que foi abordado nesta aula e com seus conhecimentos

    prticos, responda: qual a importncia de os gestores em conhecer os

    comportamentos individuais e em grupo para exercer a funo direo?

  • 11

    Referncias

    MAXIMIANO, A. C. A. Fundamentos de administrao: manual compacto para as

    disciplinas TGA e Introduo Administrao. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2007.

    PECI, A.; SOBRAL, F. Fundamentos de administrao. So Paulo: Pearson Brasil,

    2012.

  • 1

    Cincias Contbeis

    Fundamentos da Administrao

    Aula 6

    Profa. Cristiane Marques de Mello

  • 2

    Introduo

    O que motivao? Em primeiro lugar pense no sentido dessa palavra, ou

    seja, pode-se dizer que a motivao implica um motivo para a ao.

    O que desperta em voc a motivao? Pense naquilo que motiva para a

    ao.

    Qual o papel de um lder, no que se refere conduo das pessoas para se

    mover na direo do alcance das metas? Entendemos que um lder precisa

    ser tambm um motivador.

    Em sua opinio, quais so as habilidades necessrias para ser um lder?

    Nesta aula sero tratadas as principais habilidades de um lder e os principais

    elementos motivacionais comeando pela motivao.

    Motivao

    Pode ser definida como algo que nos leva a realizar alguma coisa com

    vontade. Na organizao, a motivao pode ser definida como a predisposio para

    exercer esforos que busquem o alcance de metas organizacionais.

    Os motivos para a ao podem vir, especialmente, de duas fontes: internas e

    externas. Veja a representao na figura a seguir.

    Figura 1: Motivos internos e externos.

  • 3

    As fontes internas esto relacionadas com a automotivao, ou seja, aquilo

    que prprio do indivduo, enquanto que as fontes externas referem-se aos motivos

    e estmulos que provm do ambiente, o que externo ao indivduo.

    Quando falamos em motivos externos no contexto organizacional, podemos

    considerar que bnus, benefcios, promoes, premiaes, incentivos financeiros e a

    liderana so fatores que funcionam como propulsores para a ao dos membros da

    organizao.

    Na figura a seguir, h a representao dos elementos da motivao que

    envolve as metas organizacionais, o esforo e as necessidades.

    Analise o que a figura a seguir pode nos dizer:

    Figura 2: Elementos da motivao.

    Fonte: Sobral e Peci (2008, p. 208) apud Peci e Sobral (2012, p. 99).

    A motivao est relacionada a um esforo do indivduo, que precisa ser

    aproveitado para atingir os objetivos organizacionais.

    O desafio do administrador canalizar os esforos individuais para o alcance

    das metas da organizao, buscando melhorias do desempenho dos funcionrios.

    A motivao almeja satisfazer alguma necessidade, ou seja, normalmente, os

    indivduos se esforam por causa de algum desconforto criado por uma necessidade

  • 4

    ainda no satisfeita. Ser tratado mais sobre esse assunto na teoria das

    necessidades de Maslow.

    Teorias de motivao

    Existem diversas teorias que abordam a motivao de modo diferenciado,

    algumas focam no contedo, outras focam no processo.

    Figura 3: Resumo das teorias da motivao.

    Na figura 3, possvel visualizar um resumo das principais teorias que tratam

    da motivao.

    As teorias sobre a motivao dividem-se em dois grandes blocos:

    Teoria de processo;

    Teoria de contedo.

    De modo tambm resumido, ser descrito os pontos principais de duas

    teorias que fazem parte da teoria de processo.

    A teoria da expectativa entende que o esforo de trabalho de um indivduo

    para alcanar um objetivo ou um melhor nvel de desempenho est relacionado

  • 5

    expectativa que se tem do resultado a ser alcanado. A pergunta a ser feita : a

    recompensa vale todo o esforo despendido?.

    Pensando na prtica de um esporte, por exemplo, as expectativas que se tem

    a respeito do resultado influenciam as decises dos indivduos. O comportamento

    afetado por uma combinao de fatores individuais e ambientais.

    A teoria da equidade foi desenvolvida por Stacey Adams; essa teoria

    defende a ideia de que, na motivao, deve-se avaliar a percepo do colaborador

    acerca da equidade (justia) da recompensa recebida pelos resultados alcanados,

    quando comparado com seus colegas.

    Quando as pessoas avaliam o modo como so tratadas no ambiente de

    trabalho, elas consideraro dois fatores: as recompensas (refere-se ao que o

    indivduo recebe: pagamento, reconhecimento, benefcios, entre outros) e os

    insumos (refere-se contribuio da pessoa organizao: tempo, esforo,

    comprometimento etc.). A equidade pode ser definida como a relao entre os

    insumos e as recompensas.

    Sucintamente, sero explicadas, a seguir, duas teorias vinculadas teoria de

    contedo.

    A teoria dos dois fatores foi desenvolvida por Frederick Herzberg - os

    fatores que influenciam o desempenho so divididos em dois grupos: os que se

    relacionam ao contedo e os que se relacionam ao contexto do trabalho.

  • 6

    Os fatores motivacionais referem-se a fatores que influenciam a satisfao no

    trabalho: realizao, reconhecimento, exerccio de responsabilidade, possibilidade

    de crescimento e possibilidade de aprendizagem.

    J os fatores higinicos so aqueles responsveis pela insatisfao no

    trabalho, ou seja, quando fatores como salrios, condies de trabalho, segurana e

    relacionamentos interpessoais no so suficientes, podem gerar insatisfao do

    trabalhador.

    Na teoria das necessidades, Maslow apresenta uma pirmide, na qual

    podemos visualizar diferentes tipos de necessidades do ser humano. De acordo com

    a teoria de Abraham Maslow, o comportamento dos indivduos est relacionado s

    suas necessidades e que servem como estmulos para a ao dos mesmos.

    Segundo Maslow, as necessidades humanas so organizadas em um sistema

    de hierarquia, conforme apresentado na figura 4.

    Figura 4: Pirmide de Maslow.

    A partir da dcada de 1950, teorias de motivao mais amplas comearam a

    ser desenvolvidas. Tais teorias procuravam identificar os fatores que poderiam afetar

    a motivao.

    Ainda temos a teoria do reforo de motivao, que busca compreender

    como as consequncias de condutas anteriores influenciam as aes futuras. Essa

  • 7

    teoria enfatiza que os comportamentos reforados positivamente tendem a se

    repetir.

    As prticas motivacionais baseadas em recompensa e punio dominam o

    cenrio organizacional e so muito utilizadas.

    Viso contempornea da motivao

    A motivao influenciada pelas caractersticas dos funcionrios, das tarefas

    e do ambiente de trabalho polticas, sistemas de recompensas e cultura

    organizacional.

    Algumas tcnicas motivacionais contemporneas podem ser aplicadas

    com o intuito de aumentar a produtividade e a satisfao dos trabalhadores, tais

    como: rotatividade de cargo, expanso de cargo e enriquecimento de cargo.

    Outra tendncia contempornea est relacionada descentralizao das

    estruturas organizacionais - o empowerment - que consiste na delegao de

    autoridade para os subordinados. O objetivo aumentar o comprometimento dos

    funcionrios e a motivao como consequncia disso.

    Dica

    Um bom exemplo de motivao foi retratado no filme De Porta em

    Porta, que relata a histria real de um homem com algumas limitaes

    neurolgicas, mas com objetivos na sua vida profissional. uma bela

    histria que ir motivar voc a no desistir de seus sonhos e objetivos

    em qualquer rea da sua vida.

    Liderana

    Capacidade de convencer outros a obterem resultados desejados e

    esperados. o processo social de dirigir e influenciar o comportamento dos

    membros da organizao, levando-os realizao de determinados objetivos.

    Observe, na figura 5, os elementos da liderana.

  • 8

    Figura 5: Elementos da liderana.

    A liderana envolve pessoas com disposio para seguir as orientaes de

    um lder. O poder se concentra nas mos de poucas pessoas. A liderana a

    capacidade de usar o poder para influenciar o comportamento dos seguidores.

    Os lderes possuem caractersticas diferentes, com estilos de liderana que

    se diferenciam entre si. Na sequncia, sero abordados os estilos mais comuns

    encontrados nas organizaes, conforme apontam Peci e Sobral (2012).

    Estilos de lderes (Lewin e Lippitt)

    Autocrtico: centralizao de autoridade no chefe.

    Democrtico: h a participao dos funcionrios nas decises.

    Laissez-faire (ou liberal): o gestor d liberdade aos funcionrios para tomarem

    decises. Lderes com esse estilo, por vezes, so chamados de lderes de

    rdea solta. Esse tipo de liberdade pode passar a impresso de que no

    existe, de fato, liderana.

    A seguir apresentamos um quadro com o resumo das principais

    caractersticas referentes aos estilos autocrtico e democrtico.

  • 9

    Quadro 1: Estilos bsicos de liderana.

    Fonte: Maximiano (2006).

    So vrias as teorias que tratam da liderana.

    A teoria caminho-meta (Evans e House), por exemplo, prope que o lder

    ajude os funcionrios a obterem recompensas individuais, mostrando o caminho a

    ser percorrido.

    Essa teoria trabalha com os seguintes estilos de liderana:

    Lder diretivo: especifica as tarefas e define as metas;

    Lder compreensivo: amigvel e preocupado com as necessidades dos

    funcionrios;

    Lder participativo: democrtico e consulta os funcionrios,

    descentralizando a tomada de deciso;

    Lder realizador: desafia os subordinados com objetivos ambiciosos.

    O lder eficaz algum cujos seguidores fazem as coisas certas e do modo

    correto. O lder influencia os comportamentos e as aes dos liderados, com o

    intuito de atingir objetivos preestabelecidos de interesse comum.

  • 10

    Aplicao exemplos de lderes nas organizaes

    Visionrio - capacidade de inspirar aqueles que trabalham com ele e que o

    seguem, pela viso que possui diante do negcio. Ele tambm se encaixa no

    perfil de lder estressado, agressivo, exigente e rpido.

    Steve Jobs (Apple).

    Socivel (carismtico) - esse lder costuma ser adorado por todos;

    carismtico, animado, valoriza o trabalho em equipe e traz resultados pelo

    poder do discurso.

    Em termos prticos, pode pecar por atrasos, falta de organizao e

    esquecimentos.

    Slvio Santos (SBT).

    Perfeccionista - costuma ser obsessivo por detalhes. Geralmente mais

    voltado rea tcnica do que propriamente gesto de pessoas. Pode ser

    metdico e centralizador, o que pode prejudicar o ritmo de crescimento da

    empresa.

  • 11

    Bill Gates (Microsoft).

    Veja outros exemplos em: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/7-exemplos-

    de-lideranca-para-os-empreendedores?page=1

    Sntese

    Tanto a motivao quanto a liderana fazem parte da funo administrativa

    direo.

    Para dirigir, o gestor precisa saber motivar e conduzir a equipe, exercendo a

    liderana. A motivao afeta diretamente o comportamento e o desempenho dos

    indivduos.

    Alm disso, para ser lder necessrio desenvolver habilidades interpessoais,

    a fim de conseguir a colaborao de todos nas suas prticas dirias, para o alcance

    dos objetivos organizacionais. papel do lder conhecer sua equipe, para saber

    como motiv-los.

    Dica

    Para a visualizao do papel de um lder, bem como as dificuldades

    enfrentadas por ele na conduo de uma equipe ao alcance de um

    objetivo comum, assista ao filme Desafiando Gigantes.

  • 12

    Atividades

    1. Provavelmente voc j ouviu, determinadas vezes, algum dizer que estava sem

    motivao para realizar seu trabalho, que seu desempenho j no era o mesmo e

    que acreditava que merecia mais recompensas e maior reconhecimento. Baseado

    no que foi estudado nessa aula, explique com suas palavras:

    a) O que motivao?

    b) Qual a relao entre recompensas e desempenho? Explique.

    2. Ao estudar os estilos de liderana, percebe-se que cada estilo apresenta

    diferentes caractersticas. Considerando os estilos autocrtico, democrtico e

    laissez-faire, descreva em que situaes (no contexto das organizaes) cada um

    desses estilos funcionariam melhor?

    Descreva uma situao para cada estilo. Voc pode responder essa questo com

    um exemplo prtico, seja em uma situao da sua organizao ou de outra

    organizao que voc conhea.

  • 13

    Referncias

    MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administrao: da revoluo urbana

    revoluo digital. 6 ed. So Paulo: Editora Atlas, 2006.

    PECI, A.; SOBRAL, F. Fundamentos de administrao. So Paulo: Pearson Brasil,

    2012.

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