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Fundamentos básico da Sociologia

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Page 1: Fundamentos básico da Sociologia

Fundamentos básico da Sociologia

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• No século XVIII, a Europa vivia um dos mais importantes momentos de sua história. A Revolução Francesa e Industrial provocaram mudanças que até hoje são refletidas na nossa geração. Toda conjuntura política, econômica e cultural passava por modificações: os novos métodos de produção geravam o aumento da produtividade e vários trabalhadores foram substituídos por máquinas. Além disso, ocorria o intenso êxodo rural, ocasionando uma explosão demográfica e conseqüentemente, uma falta de infra-estrutura capaz de comportar esses excedentes populacionais. A falta de empregos aliada à falta de infra-estrutura levou a um relativo estado de caos social: aumento da miséria, fome, criminalidade, doenças, prostituição, suicídio, etc.

De certa forma, a sociologia surgiu como uma resposta intelectual para tentar analisar, explicar e melhorar essa nova estruturação, sobretudo social, que o mundo vivia. Portanto, sociologia é a ciência que, através de seus métodos de investigação científica, estuda o comportamento humano perante seu meio social e busca compreender as estruturas e as relações da sociedade.

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Revolução Industrial• A Revolução Industrial provocou mudanças profundas nos meios de

produção humanos até então conhecidos, afetando diretamente nos modelos econômicos e sociais de sobrevivência humana. O modelo feudal, essencialmente agrário - e que caracterizou o período medieval - começa a entrar em decadência, cedendo lugar, paulatinamente, ao modelo industrial - primeiramente em nível local, regional, para, logo em seguida, dar início à Revolução Industrial: em nível internacional de larga escala.

A grande Revolução Industrial começou a acontecer a partir de 1760, na Inglaterra, no setor da indústria têxtil, a princípio, por uma razão relativamente fácil de se entender: o rápido crescimento da população e a constante migração do homem do campo para as grandes cidades acabaram por provocar um excesso de mão-de-obra nas mesmas. Isto gerou um excesso de mão-de-obra disponível e barata - que permitiria a exploração e a expansão dos negócios que proporcionarão a acumulação de capital (Capitalismo) pela então burguesia emergente. Isto tudo, aliado ao avanço do desenvolvimento científico - principalmente com a invenção da máquina à vapor e de inúmeras outras inovações tecnológicas - proporcionou o início do fenômeno da industrialização mundial – ocorrido, primeiramente, na Inglaterra.

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• Ao lado das grandes invenções e inovações no campo da indústria têxtil, surgiu uma outra grande invenção: a máquina a vapor, de James Watts, em 1763. Segundo alguns historiadores, foi essa combinação das invenções no campo da indústria têxtil e a máquina a vapor, principalmente na indústria de mineração, dos transportes ferroviários e marítimos, que, num período de 100 anos (1770 a 1870), caracterizaram e promoveram a grande Revolução Industrial.

O rápido crescimento da população no continente europeu e nas colônias, principalmente entre 1800 e 1850, fizeram com que, também, em outros países da Europa, se construísse um clima favorável à proliferação industrial.

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• PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO

Antes de examinarmos as conseqüências da Revolução Industrial, é importante registrar que, nos séculos XVI e XVII, a Europa vivia um enorme contraste entre o luxo dos palácios, a riqueza dos nobres aristocratas; e a pobreza, a miséria em que vivia a maior parte do povo. Já nessa época existia uma ascendente classe de burgueses que enriqueceram, principalmente, com o comércio nas novas colônias. Não havia trabalho para todos e, mesmo os que trabalhavam, ganhavam salários mínimos, muitas vezes insuficientes para sua subsistência.

Ao lado desses pobres trabalhadores, convivia uma multidão de mendigos, que representava o resultado dos custos das prolongadas guerras e da inflação que assolou a Europa a partir da entrada de ouro e prata vindos da América

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• O excesso de população - seguida pelo êxodo rurual - é que respondia pela grande massa dos desempregados concentrados nas maiores cidades, o que proporcionava ao empresário capitalista burguês um grande contingente de mão-de-obra por um preço irrisório. A conseqüência disto, como todos sabemos, é o começo da fase do "Capitalismo Selvagem", onde existe uma intensificação generalizada da exploração humana por parte dos detentores emergentes dos novos meios de produção - fato que, por sua vez, gerará inúmeras reações violentas em todo continente europeu por parte dos trabalhadores explorados e desempregados (miseráveis).

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• O excesso de mão-de-obra nas cidades industriais fez com que baixassem tremendamente os salários dos trabalhadores. É verdade que alguns trabalhadores especializados, nas novas fábricas, melhoravam seus padrões de vida. Mas a maioria ganhava o suficiente apenas para se alimentar e sobreviver. Segundo a "História da Civilização Ocidental", de Edward Burns e outros, na cidade industrial de Bolton, na Inglaterra, no ano de 1842, um tecelão manual não conseguia ganhar mais do que cerca de três xelins, enquanto, nessa época, estimava-se necessário pelo menos 20 xelins semanais para manter uma família de cinco pessoas um pouco acima do limite da miséria.

Na área da habitação, a situação era igualmente constrangedora. Em muitas das grandes cidades, homens e velhos viviam em casa de cômodos, separados de suas famílias que haviam deixado no campo. Os trabalhadores mais pobres, em quase todas as cidades européias, moravam em horríveis quartos de porão, muitas vezes destituídos de luz, de água e de esgotos.

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• É no contexto da Revolução Industrial, da deterioração das condições de vida dos trabalhadores, do desemprego e da miséria, que a Europa vai se aproximando da Revolução francesa de 1789. Agravou a situação uma sucessão de más colheitas, resultando na escassez de alimentos e na elevação de seus preços. A fome e a miséria são os principais ingredientes da revolta do povo que levou à Revolução Francesa. As últimas décadas do século XVIII registraram esse quadro doloroso na Europa, onde desemprego e fome multiplicavam incrivelmente o número dos mendigos e vagabundos.

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Revolução FrancesaO que foi a revolução francesa?• Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos

que entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799 alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime e a autoridade do Clero e da Nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776).

• A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais em França e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité).

RESULTADO INICIALLuis XVI se vê obrigado a submeter-se à nova ordem estabelecida (Monarquia Constitucional).

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ETAPAS DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO

ERA DAS INSTITUIÇÕES (1789-1792)• Abolição dos privilégios feudais• Divulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do

Cidadão• Tentativas de limitação ao poder real• Submissão do clero não-refratário e confisco de seus bens

(Constituição Civil do Clero, 1790)• Elaboração da Constituição de 1791 com exclusão popular:

voto censitário• Apoio de Luis XVI à contra revolução no exterior, culminando

com sua prisão; ameaça concreta de invasão da Áustria.• Após um período de indefinições, há um predomínio político

dos Girondinos, os representantes da alta burguesia, (moderados)

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ERA DAS ANTECIPAÇÕES (1792-1795)

• Foi a fase republicana e mais radical. Os Girondinos detém o poder (1792-1793) e depois os Jacobinos (1793-1794, apoiados pelos Sans-Cullotes), quando Luis XVI é guilhotinado

• Abole-se a escravidão nas colônias; é lançada a Lei do Máximo;

• Criação do Comitê de Salvação Pública e do Tribunal Revolucionário para neutralizar a 1ª Coligação européia contra a França; a Constituição do Ano I (1793) cria o sufrágio universal masculino.

• Líderes como Marat, Danton, Robespierre ganham destaque; chega a fase do Terror

• “Reação Termidoriana”: os girondinos tomam a Convenção.

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ERA DAS CONSOLIDAÇÕES (1794-1815)

• Os Girondinos remodelam a república e desejam consolidar a revolução; o capitalismo ganha força e as massas mais humildes vão sendo marginalizadas; a Constituição do Ano III restabelece o voto censitário.

• No Diretório (1794-1799), as instabilidades política e econômica levam os girondinos a buscarem apoio no Exército; ocorre a “Insurreição dos Iguais” com Babeuf (1796). Napoleão Bonaparte assume o controle do Diretório em 18 de Brumário de 1799.

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• A França nos fins do século XVIII era ainda um país agrário. A introdução de novas técnicas de

• cultivo e de novos produtos permitiu a melhoria da alimentação e, com isso, o aumento da

• população. A industrialização incipiente nos grandes centros urbanos, com Pais, já era suficiente

• para reduzir o preço de alguns produtos, estimulando o consumo. O desenvolvimento econômico

• fortaleceu a burguesia, que passou a aspirar ao poder político e a discutir os privilégios da nobreza.

• Os camponeses possuidores de terras queriam, por sua vez, libertar-se das obrigações feudais que deviam aos senhores.

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Positivismo

• o positivismo teve impulso, graças ao desenvolvimento dos problemas econômico-sociais, que dominaram o mesmo século XIX.

• o positivismo admite, como fonte única de conhecimento e critério de verdade, a experiência, os fatos positivos, os dados sensíveis. Nenhuma metafísica, portanto, como interpretação, justificação transcendente ou imanente, da experiência. A filosofia é reduzida à metodologia e à sistematização das ciências. A lei única e suprema, que domina o mundo concebido positivisticamente, é a evolução necessária de uma indefectível energia naturalista, como resulta das ciências naturais.

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• O espírito humano, em seu esforço para explicar o universo, passa sucessivamente por três estados:

• a) O estado teológico ou "fictício" explica os fatos por meio de vontades análogas à nossa (a tempestade, por exemplo, será explicada por um capricho do deus dos ventos, Eolo). Este estado evolui do fetichismo ao politeísmo e ao monoteísmo.

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• b) O estado metafísico substitui os deuses por princípios abstratos como "o horror ao vazio", por longo tempo atribuído à natureza. A tempestade, por exemplo, será explicada pela "virtude dinâmica"do ar . A explicação dita teológica ou metafísica é uma explicação ingenuamente psicológica. A explicação metafísica tem para Comte uma importância sobretudo histórica como crítica e negação da explicação teológica precedente. Desse modo, os revolucionários de 1789 são "metafísicos" quando evocam os "direitos" do homem - reivindicação crítica contra os deveres teológicos anteriores, mas sem conteúdo real.

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• c) O estado positivo é aquele em que o espírito renuncia a procurar os fins últimos e a responder aos últimos "por quês". A noção de causa é por ele substituída pela noção de lei. Contentar-nos-emos em descrever como os fatos se passam, em descobrir as leis (exprimíveis em linguagem matemática) segundo as quais os fenômenos se encadeiam uns nos outros. Tal concepção do saber desemboca diretamente na técnica: o conhecimento das leis positivas da natureza nos permite, com efeito, quando um fenômeno é dado, prever o fenômeno que se seguirá e, eventualmente agindo sobre o primeiro, transformar o segundo. ("Ciência -previsão, previsão -ação").