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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA
CAMPUS DE JI-PARANAacute
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA
ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE CASO
NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO
Ji-Paranaacute
2014
DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA
ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE CASO
NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado
ao Departamento de Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia
Campus de Ji-Paranaacute como parte dos requisitos
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em
Engenharia Ambiental
Orientador Igor Georgios Fotopoulos
Ji-Paranaacute
2014
Sousa Danilo Wallace Ferreira
S725e
2014
Estimativa da vida uacutetil do aterro controlado estudo de caso no
municiacutepio de Ji-Paranaacute - RO Danilo Wallace Ferreira Sousa
orientador Igor Georgios Fotopoulos -- Ji-Paranaacute 2014
65 f 30cm
Trabalho de conclusatildeo do curso de Engenharia Ambiental ndash
Universidade Federal de Rondocircnia 2014
Inclui referecircncias
1 Gestatildeo ambiental 2 Meio ambiente - Conservaccedilatildeo 3 Resiacuteduos
soacutelidos - Gestatildeo 4 Aterro sanitaacuterio - Rondocircnia I Fotopoulos Igor
Georgios II Universidade Federal de Rondocircnia III Titulo
CDU 6284723(8111)
Bibliotecaacuteria Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11 601
4
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA
CAMPUS DE JI-PARANAacute
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
TIacuteTULO ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE
CASO NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO
AUTOR DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA
O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso foi defendido como parte dos requisitos
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Engenharia Ambiental e aprovado pelo Departamento
de Engenharia Ambiental Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Campus de Ji-Paranaacute
no dia 10 de Marccedilo de 2014
_____________________________________
Diogenes Ricierri Grings
Assessor Teacutecnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ji-Paranaacute
_____________________________________
Joatildeo Paulo Papaleo Moreira Costa
Engenheiro Ambiental Prefeitura Municipal de Cacoal
_____________________________________
Prof Orientador Igor Georgios Fotopoulos
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia - UNIR
Ji-Paranaacute 10 de Marccedilo de 2014
5
Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa
que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter
estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e
compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a
Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus
ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar
colherei muitos frutos dessa jornada
Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me
incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse
estudar
Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais
pude contar durante toda a graduaccedilatildeo
Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais
estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e
perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar
Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar
interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse
trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse
trabalho
Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson
Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses
anos
Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a
realizaccedilatildeo desse trabalho
Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos
conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo
E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante
a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos
ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci
obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe
Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo
-Augusto Cury
RESUMO
O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades
significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem
despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves
discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como
objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os
possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para
tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e
entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente
a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo
satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no
municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem
impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico
da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda
poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no
municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui
uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos
quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA
Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66
anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de
acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro
sanitaacuterio
Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente
ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA
ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE CASO
NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado
ao Departamento de Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia
Campus de Ji-Paranaacute como parte dos requisitos
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em
Engenharia Ambiental
Orientador Igor Georgios Fotopoulos
Ji-Paranaacute
2014
Sousa Danilo Wallace Ferreira
S725e
2014
Estimativa da vida uacutetil do aterro controlado estudo de caso no
municiacutepio de Ji-Paranaacute - RO Danilo Wallace Ferreira Sousa
orientador Igor Georgios Fotopoulos -- Ji-Paranaacute 2014
65 f 30cm
Trabalho de conclusatildeo do curso de Engenharia Ambiental ndash
Universidade Federal de Rondocircnia 2014
Inclui referecircncias
1 Gestatildeo ambiental 2 Meio ambiente - Conservaccedilatildeo 3 Resiacuteduos
soacutelidos - Gestatildeo 4 Aterro sanitaacuterio - Rondocircnia I Fotopoulos Igor
Georgios II Universidade Federal de Rondocircnia III Titulo
CDU 6284723(8111)
Bibliotecaacuteria Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11 601
4
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA
CAMPUS DE JI-PARANAacute
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
TIacuteTULO ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE
CASO NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO
AUTOR DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA
O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso foi defendido como parte dos requisitos
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Engenharia Ambiental e aprovado pelo Departamento
de Engenharia Ambiental Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Campus de Ji-Paranaacute
no dia 10 de Marccedilo de 2014
_____________________________________
Diogenes Ricierri Grings
Assessor Teacutecnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ji-Paranaacute
_____________________________________
Joatildeo Paulo Papaleo Moreira Costa
Engenheiro Ambiental Prefeitura Municipal de Cacoal
_____________________________________
Prof Orientador Igor Georgios Fotopoulos
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia - UNIR
Ji-Paranaacute 10 de Marccedilo de 2014
5
Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa
que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter
estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e
compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a
Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus
ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar
colherei muitos frutos dessa jornada
Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me
incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse
estudar
Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais
pude contar durante toda a graduaccedilatildeo
Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais
estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e
perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar
Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar
interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse
trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse
trabalho
Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson
Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses
anos
Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a
realizaccedilatildeo desse trabalho
Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos
conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo
E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante
a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos
ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci
obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe
Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo
-Augusto Cury
RESUMO
O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades
significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem
despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves
discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como
objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os
possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para
tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e
entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente
a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo
satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no
municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem
impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico
da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda
poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no
municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui
uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos
quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA
Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66
anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de
acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro
sanitaacuterio
Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente
ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
REFEREcircNCIAS
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ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 13896 Aterros de resiacuteduos
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Sousa Danilo Wallace Ferreira
S725e
2014
Estimativa da vida uacutetil do aterro controlado estudo de caso no
municiacutepio de Ji-Paranaacute - RO Danilo Wallace Ferreira Sousa
orientador Igor Georgios Fotopoulos -- Ji-Paranaacute 2014
65 f 30cm
Trabalho de conclusatildeo do curso de Engenharia Ambiental ndash
Universidade Federal de Rondocircnia 2014
Inclui referecircncias
1 Gestatildeo ambiental 2 Meio ambiente - Conservaccedilatildeo 3 Resiacuteduos
soacutelidos - Gestatildeo 4 Aterro sanitaacuterio - Rondocircnia I Fotopoulos Igor
Georgios II Universidade Federal de Rondocircnia III Titulo
CDU 6284723(8111)
Bibliotecaacuteria Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11 601
4
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA
CAMPUS DE JI-PARANAacute
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
TIacuteTULO ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE
CASO NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO
AUTOR DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA
O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso foi defendido como parte dos requisitos
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Engenharia Ambiental e aprovado pelo Departamento
de Engenharia Ambiental Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Campus de Ji-Paranaacute
no dia 10 de Marccedilo de 2014
_____________________________________
Diogenes Ricierri Grings
Assessor Teacutecnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ji-Paranaacute
_____________________________________
Joatildeo Paulo Papaleo Moreira Costa
Engenheiro Ambiental Prefeitura Municipal de Cacoal
_____________________________________
Prof Orientador Igor Georgios Fotopoulos
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia - UNIR
Ji-Paranaacute 10 de Marccedilo de 2014
5
Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa
que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter
estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e
compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a
Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus
ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar
colherei muitos frutos dessa jornada
Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me
incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse
estudar
Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais
pude contar durante toda a graduaccedilatildeo
Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais
estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e
perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar
Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar
interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse
trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse
trabalho
Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson
Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses
anos
Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a
realizaccedilatildeo desse trabalho
Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos
conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo
E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante
a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos
ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci
obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe
Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo
-Augusto Cury
RESUMO
O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades
significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem
despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves
discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como
objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os
possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para
tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e
entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente
a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo
satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no
municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem
impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico
da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda
poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no
municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui
uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos
quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA
Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66
anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de
acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro
sanitaacuterio
Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente
ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
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em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
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Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
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BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
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Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
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soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
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Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
REFEREcircNCIAS
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transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva
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4
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA
CAMPUS DE JI-PARANAacute
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
TIacuteTULO ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE
CASO NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO
AUTOR DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA
O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso foi defendido como parte dos requisitos
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Engenharia Ambiental e aprovado pelo Departamento
de Engenharia Ambiental Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Campus de Ji-Paranaacute
no dia 10 de Marccedilo de 2014
_____________________________________
Diogenes Ricierri Grings
Assessor Teacutecnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ji-Paranaacute
_____________________________________
Joatildeo Paulo Papaleo Moreira Costa
Engenheiro Ambiental Prefeitura Municipal de Cacoal
_____________________________________
Prof Orientador Igor Georgios Fotopoulos
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia - UNIR
Ji-Paranaacute 10 de Marccedilo de 2014
5
Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa
que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter
estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e
compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a
Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus
ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar
colherei muitos frutos dessa jornada
Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me
incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse
estudar
Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais
pude contar durante toda a graduaccedilatildeo
Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais
estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e
perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar
Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar
interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse
trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse
trabalho
Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson
Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses
anos
Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a
realizaccedilatildeo desse trabalho
Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos
conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo
E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante
a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos
ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci
obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe
Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo
-Augusto Cury
RESUMO
O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades
significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem
despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves
discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como
objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os
possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para
tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e
entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente
a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo
satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no
municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem
impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico
da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda
poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no
municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui
uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos
quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA
Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66
anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de
acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro
sanitaacuterio
Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente
ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
REFEREcircNCIAS
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5
Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa
que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter
estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e
compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria
AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a
Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus
ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar
colherei muitos frutos dessa jornada
Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me
incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse
estudar
Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais
pude contar durante toda a graduaccedilatildeo
Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais
estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e
perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar
Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar
interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse
trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse
trabalho
Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson
Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses
anos
Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a
realizaccedilatildeo desse trabalho
Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos
conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo
E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante
a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos
ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci
obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe
Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo
-Augusto Cury
RESUMO
O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades
significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem
despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves
discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como
objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os
possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para
tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e
entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente
a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo
satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no
municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem
impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico
da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda
poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no
municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui
uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos
quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA
Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66
anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de
acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro
sanitaacuterio
Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente
ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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AGRADECIMENTOS
Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a
Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus
ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar
colherei muitos frutos dessa jornada
Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me
incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse
estudar
Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais
pude contar durante toda a graduaccedilatildeo
Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais
estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e
perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar
Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar
interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse
trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse
trabalho
Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson
Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses
anos
Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a
realizaccedilatildeo desse trabalho
Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos
conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo
E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante
a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos
ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci
obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe
Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo
-Augusto Cury
RESUMO
O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades
significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem
despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves
discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como
objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os
possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para
tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e
entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente
a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo
satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no
municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem
impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico
da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda
poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no
municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui
uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos
quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA
Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66
anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de
acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro
sanitaacuterio
Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente
ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci
obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe
Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo
-Augusto Cury
RESUMO
O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades
significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem
despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves
discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como
objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os
possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para
tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e
entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente
a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo
satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no
municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem
impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico
da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda
poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no
municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui
uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos
quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA
Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66
anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de
acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro
sanitaacuterio
Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente
ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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RESUMO
O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades
significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem
despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves
discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como
objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os
possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para
tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e
entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente
a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo
satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no
municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem
impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico
da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda
poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no
municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui
uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos
quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA
Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66
anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de
acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro
sanitaacuterio
Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente
ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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ABSTRACT
The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts
of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate
solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance
This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and
infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the
residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and
interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste
generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were
of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of
collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste
should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste
occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of
downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by
COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful
life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2
2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in
landfill
Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
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geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro
controlado 44
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 45
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro
controlado de Ji-ParanaacuteRO 49
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
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1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
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Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
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accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
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geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
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Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
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FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada
nas regiotildees do Brasil 21
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva
implantada 22
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta
seletiva implantada 23
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica
das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
REFEREcircNCIAS
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transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva
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de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013
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ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-
Paranaacute
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede
EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual
IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal
GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
NBR Norma Brasileira
PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria
PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos
RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede
SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-
Paranaacute)
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
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geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
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o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
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As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
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Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
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valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 15
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18
111 Conceitos 18
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33
22 AMOSTRAGEM COLETADA 34
221 Coolpeza 34
222 Catadores 35
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35
3 RESULTADOS 41
31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41
331 Coleta Seletiva 44
332 Ecoponto e Pev 46
333 Reciclagem 47
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54
381 Vala de RSS 55
382 Vala de RSU 55
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56
14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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14
4 DISCUSSOtildeES 58
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62
REFEREcircNCIAS 64
INTRODUCcedilAtildeO
Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se
necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos
uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO
espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade
e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes
Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que
acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo
de saneamento
Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final
adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das
cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de
precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem
de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui
para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)
Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve
durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo
governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para
ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo
do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste
territoacuterio
De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados
proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A
forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo
cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento
crescente dos resiacuteduos
Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
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Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
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Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta
destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais
de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo
problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e
nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros
sanitaacuterios (IBGE 2010)
No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute
feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo
de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito
um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro
sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil
A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de
disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave
seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de
engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental
importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma
adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro
controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar
e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo
final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova
aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO
Objetivos Especiacuteficos
17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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17
I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-
Paranaacute
II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados
anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute
III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada
18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
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geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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18
1 REFERENCIAL TEOacuteRICO
11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
111 Conceitos
O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos
soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem
corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido
Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes
por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos
seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o
gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)
A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como
materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades
naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente
A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee
que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da
comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de
varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de
aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como
determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica
de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis
em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo
De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material
substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja
destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados
soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas
particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos
drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor
tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)
112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos
19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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19
De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de
acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores
por intermeacutedio de normas
1111 Quanto a origem
Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser
conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo
A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo
quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira
Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias
urbanas
Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e
vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana
Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana
Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os
de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil
serviccedilos de transporte
Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas
atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos
Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais
Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e
demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de
terrenos para obras civis
Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas
incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades
Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais
alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras
Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e
beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)
De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute
um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva
20
em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A
origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
(FUNASA 2004)
1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil
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1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg
10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos
de acordo com as classes I II e III sendo
Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que
tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade
e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica
Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos
soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos
podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua
Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de
resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash
Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos
113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a
sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto
na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de
comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde
ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)
A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo
de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento
e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e
na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)
Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos
urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas
especiais (MONTEIRO 2001)
21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
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Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
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BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
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Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
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reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
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evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
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Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
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accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
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2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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21
114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos
No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de
maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por
falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos
aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo
atmosfeacuterica (ELK 2007)
De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares
eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo
Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees
do Brasil
REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA
Norte 14 639
Nordeste 47 206
Centro Oeste 16 120
Sul 37 342
Sudeste 68 181
BRASIL 183 488
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
1131 Coletas seletivas
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem
trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em
Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta
assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias
e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal
A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem
coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo
CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser
adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em
recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura
1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos
22
Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis
Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas
que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio
do local (IBAM 2004)
A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no
abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de
resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios
De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos
municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com
cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)
O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual
representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de
coleta seletiva
Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada
REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Norte 21
Nordeste 80
Centro Oeste 31
Sul 454
Sudeste 408
23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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23
BRASIL 994
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em
nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir
Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva
implantada
REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA
Rondocircnia Ausente
Acre 1
Amazonas 6
Roraima 1
Amapaacute Ausente
Paraacute 11
Tocantins 2
TOTAL 21
FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa
Nacional de Saneamento Baacutesico 2008
114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede
Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas
meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede
consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins
A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre
o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias
o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e
municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o
gerenciamento dos RSS resolve
Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento
agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de
trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios
funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as
de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de
controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades
moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre
outros similares
24
Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem
seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves
induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do
seu licenciamento ambiental
O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo
RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos
de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de
Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos
legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando
todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)
Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos
de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e
legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos
gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores
a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente
115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada
De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo
final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a
reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees
admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo
final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)
1151 Usinas de triagem
A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos
resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis
rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente
25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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25
reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para
comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)
Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados
enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio
dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos
em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em
huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA
2009)
11511 Reciclagem
Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um
processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades
fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos
produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do
Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)
De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de
volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser
reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas
O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento
acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos
previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser
recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de
componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo
acondicionados (IPT 2008)
A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados
em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os
resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)
Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para
separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis
metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a
destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos
Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima
reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser
26
evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o
miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios
(AMBIENTEBRASIL 2013)
11512 Compostagem
A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um
composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua
acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um
destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim
(AMBIENTEBRASIL 2013)
Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo
microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado
soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio
denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o
estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge
a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do
solo e fertilizante
A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a
quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material
orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a
aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se
absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade
econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e
suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)
116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a
recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para
captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental
desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)
Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos
resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos
27
soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima
controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto
estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios
O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU
Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma
teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede
puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios
de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for
necessaacuterio
1161 Lixatildeo
O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada
inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas
especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes
ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando
deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a
contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar
uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)
No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio
teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a
proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido
carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos
(BELI 2005)
Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo
visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo
para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de
insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)
O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado
deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e
do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI
2005)
28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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28
1162 Aterro controlado
A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera
o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo
uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro
controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos
soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de
resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo
De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de
elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a
qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo
localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e
das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por
infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos
depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta
cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados
em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)
O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao
aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee
de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem
sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute
primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo
a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)
1163 Aterro sanitaacuterio
De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas
Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por
intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o
meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel
aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a
conclusatildeo de cada trabalho
29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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29
Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes
elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)
a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais
b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos
c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos
d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados
e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases
f) Sistema de drenagem superficial
g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados
h) Sistema de monitoramento
Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para
que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser
registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e
planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas
posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)
A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os
criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de
Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em
consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de
preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no
miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10
anos depois do encerramento das atividades
O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas
pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra
de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico
possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros
sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a
reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma
de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada
uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se
considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias
substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais
utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO
PAULO 2010)
30
117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de
Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades
fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta
de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina
a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta
seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta
destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de
reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo
tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede
etc)
Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que
constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil
1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos
A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em
seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de
resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os
resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e
social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)
Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal
qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a
carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos
tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada
(ROMANI e SEGALA 2007)
1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e
Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute
o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das
31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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31
accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos
e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos
Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a
Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece
a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no
gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos
puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra
estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final
do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a
fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos
Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)
1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos
De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental
municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)
tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem
estar fiacutesico social e mental da comunidade
Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e
disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de
controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como
mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees
administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no
municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo
dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade
destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a
serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a
respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos
devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal
Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento
que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave
32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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32
geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e
disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica
33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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33
2 MATERIAIS E MEacuteTODOS
A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo
adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo
foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose
deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo
Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na
literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem
disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema
que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)
21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO
O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas
margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e
uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2
no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes
vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)
Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute
situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda
para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha
e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2
34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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34
Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa
responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE
22 AMOSTRAGEM COLETADA
Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute
foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em
documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos
do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da
COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo
221 COOLPEZA
Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees
a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem
LEGENDA
___ Esstradas
___ Aacuterea do aterro
Rondocircnia
Ji-Paranaacute
35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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35
o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas
na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de
RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412
toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute
222 CATADORES
Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a
respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso
conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados
De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-
Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo
coletados diariamente pelo associados
23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO
Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o
meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por
veiacuteculo) e peso e o volume
Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma
importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas
de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final
Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos
produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado
Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material
coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento
de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram
fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)
Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas
(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas
utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos
36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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36
As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do
municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m
(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente
Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5
metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos
caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com
as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m
(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel
calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da
Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo
Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)
onde
Vv = volume das valas
L = comprimento
B = largura
H = profundidade
AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)
Sendo
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
L = comprimento
B = largura
Dx = distacircncia deixada entre as valas
Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado
o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte
abaixo
Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)
Onde
37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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37
Nv = quantidade de valas
At = aacuterea total disponiacutevel
AUV = aacuterea utilizada por cada vala
As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo
compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)
Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos
coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para
obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA
DE OBRAS PUacuteBLICAS
Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das
caccedilambas coletoras compactadoras existentes
Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU
msup3 6 8 10 12 15 17 20 25
Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006
A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e
aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma
VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)
Sendo que
VC = volume da caccedilamba
CC = capacidade da caccedilamba
Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de
caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo
NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)
Onde
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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38
FC = fator de compressividade
Vv = volume das valas
VC = volume da caccedilamba
Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou
a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo
trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um
quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)
O valor de compressividade adotado eacute de 13
De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores
utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de
transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo
compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba
existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o
volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela
possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas
Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e
sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o
nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a
quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade
de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a
seguir
NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)
Sendo
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala
NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala
RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem
Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem
como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de
39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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39
valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de
acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo
TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)
Sendo
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala
Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel
Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que
dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de
dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo
TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)
Onde
TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos
TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias
De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da
semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado
o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no
caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano
contendo 12 meses ou 365 dias
Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos
por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na
Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana
do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram
tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por
Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado
Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta
de resiacuteduos soacutelidos urbano
40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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40
Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade
Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05
Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08
Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10
Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10
Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10
Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do
IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim
no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo
GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)
Onde
GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)
GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute
POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana
A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade
com a Tabela 5 e outros estudos
Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem
relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo
X a seguir
CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)
Onde
CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos
Nv = quantidade de valas
Vv = volume das valas
41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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41
3 RESULTADOS
31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO
O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma
aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente
(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos
de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute
instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa
uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2
Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos
soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra
32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS
Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro
Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os
resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala
33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS
A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos
satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)
equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo
e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para
realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de
unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo
ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007
ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca
no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p
ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do
Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011
SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de
Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC
2004
CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano
Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p
Disponiacutevel em
lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-
Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em
lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management
New York MacGraw-Hill 1993
VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade
ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira
2000
WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002
42
Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial
Fonte COOLPEZA 2013
A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as
1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o
trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois
ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no
municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo
43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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43
Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios
modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do
fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8
toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada
veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo
totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio
A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo
compactador foi calculado com base na tabela 4
Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o
volume aproximadamente de 14 msup3
Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos
produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo
presidente da COOCAMARJI
Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito
de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana
pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro
controlado
44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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44
331 Coleta Seletiva
No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos
materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea
do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte
da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme
a Figura 5 logo abaixo
Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado
A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)
associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz
No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo
realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento
famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo
coletados pelos catadores
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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Disponiacutevel em
lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-
Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em
lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management
New York MacGraw-Hill 1993
VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade
ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira
2000
WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002
45
Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e
acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma
como os materiais satildeo acondicionados
Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI
46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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46
Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma
renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs
Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees
compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos
332 Ecoponto e PEV
No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e
armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um
galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura
8 que segue abaixo
Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do
Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa
PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta
abaixo
47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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47
Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos
333 Reciclagem
Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD
(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para
a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo
A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia
afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo
Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo
Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs
Pet 24
PEAD 11
Plaacutestico Filme 10
PP 6
Ferro 20
Alumiacutenio 15
Cobre 05
Papelatildeo 20
Total 93
Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)
O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute
encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado
48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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48
Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para
reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20
nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento
34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE
Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor
branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de
carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados
de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos
de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg
(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde
a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)
Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS
Fonte COOLPEZA 2013
49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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49
Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e
transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)
especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos
A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)
x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma
das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado
O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute
1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS
tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que
segue abaixo
Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-
ParanaacuteRO
Fonte COOLPEZA 2013
A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial
sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os
resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos
e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou
por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura
da vala
50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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50
Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal
Fonte COOLPEZA 2013
35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS
Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de
tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete
de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de
autofossas do municiacutepio
O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um
sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas
sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)
conforme exposto na figura 11 logo abaixo
51
Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas
36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO
A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2
poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de
137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo
que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das
autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final
dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo
Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal
AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2
Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de
Resiacuteduos
137591
Sistema tratamento de autofossas 17000
Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro
Controlado
95409
Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000
TOTAL 450000
Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das
aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13
52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
REFEREcircNCIAS
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52
Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado
361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala
No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira
ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade
posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos
resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala
3611 Descarga dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo
lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute
perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o
ponto de descarga
Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao
lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala
de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais
Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de
desmoronamento das valas
53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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53
3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo
A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os
resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo
com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura
aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos
equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos
A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento
de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas
sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado
ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo
ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala
3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas
Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute
iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com
cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente
e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas
Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio
de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os
processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo
54
Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda
37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO
De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e
619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de
resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1
(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas
Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada
levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados
4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo
mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de
729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422
toneladas
38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO
A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas
construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees
12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m
55
(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
56
coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma
vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de
veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De
acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x
55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m
(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea
de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2
381 Vala de RSS
A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3
Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento
da trincheira eacute de 3205 dias
382 Vala de RSU
As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x
50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas
um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam
com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)
Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2
As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos
Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo
necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o
preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado
do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para
serem totalmente preenchidas
383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores
Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas
de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da
COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material
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coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
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Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de
aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas
39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO
De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa
e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS
respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no
municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano
a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e
encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim
restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593
msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a
quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para
acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2
Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas
compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de
4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem
reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de
resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os
RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem
na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea
de 2848507 msup2
A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que
corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede
Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala
construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa
forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs
coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2
Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea
do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero
de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano
57
Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio
de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2
A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)
quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116
toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados
Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela
estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas
compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67
toneladas
A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do
aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela
COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea
de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os
resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma
eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332
anos
Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta
16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil
58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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58
4 DISCUSSOtildeES
O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-
se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985
da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como
uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os
impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente
os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o
tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos
O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem
eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual
riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees
costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas
em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados
A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de
resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de
Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim
descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado
O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78
pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins
sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da
COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo
a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)
Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses
automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada
com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior
quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos
caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga
(ABES-CE 2006)
Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma
populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas
pela coleta
A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que
totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995
LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002
Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02
fevereiro de 2014
LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo
Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB
2001
KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba
SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998
67
MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In
International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v
1 1996
MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute
Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro
IBAM 2001
MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos
de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma
gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade
Federal de Uberlacircndia 2006
PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de
unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo
ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007
ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca
no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p
ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do
Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011
SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de
Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC
2004
CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano
Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p
Disponiacutevel em
lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-
Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em
lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management
New York MacGraw-Hill 1993
VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade
ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira
2000
WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002
59
onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa
contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de
resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar
cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados
era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de
resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos
A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a
estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas
compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo
da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com
cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a
quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo
de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos
Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo
de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos
coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos
veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o
trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo
transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste
possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo
A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em
horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos
ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo
dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas
aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros
De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no
municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela
prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute
2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no
municiacutepio de Ji-Paranaacute
A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente
sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala
onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o
que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim
60
a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
REFEREcircNCIAS
ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006
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natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil
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projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985
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ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final
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1 1996
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WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002
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a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de
2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos
RSS
O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-
Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou
reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio
cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos
resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute
com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem
reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais
possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio
consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria
de uma maior demanda de matildeo de obra
Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela
COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671
(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo
plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de
resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal
faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa
realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)
No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-
Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e
com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela
COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas
O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66
anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela
COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do
aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do
nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos
De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do
municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de
14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
REFEREcircNCIAS
ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006
AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em
lthttpambientesambientebrasilcombrresiduoscoleta_e_disposicao_do_lixolixao_
_residuoshtmlgt Acesso em14 dezembro de2013
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 8419 Apresentaccedilatildeo de
projetos de aterros sanitaacuterios de resiacuteduos soacutelidos urbanos Rio de Janeiro ABNT 1992
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 13896 Aterros de resiacuteduos
natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil
1997
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de
projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 Resiacuteduos soacutelidos ndash
classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004
AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e
impactos ambientais Uma Anaacutelise da Relaccedilatildeo entre as Caracteriacutesticas dos Espaccedilos
Urbanos e a Poluiccedilatildeo Hiacutedrica na Regiatildeo do Meacutedio Rio Doce (MG) VII Encontro da
Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ANAIS) Fortaleza 2007
BAASCH S S N Um sistema de suporte multicriteacuterio aplicado na gestatildeo dos resiacuteduos
soacutelidos nos municiacutepios catarinenses 1995 120 p Tese (Doutorado Engenharia da
Universidade Federal de Santa Catarina) ndash Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Florianoacutepolis 1995
BARROSO M M CHERUBINI K V CORDEIRO J S Anaacutelise criacutetica da
sustentabilidade ambiental saneamento e sauacutede puacuteblica no municiacutepio de Porto Velho
Porto velho 2005
BELI Euzebio et al Recuperaccedilatildeo da aacuterea degradada pelo lixatildeo Areia Branca de Espiacuterito
Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2
2005
BRASIL Avaliaccedilatildeo de impacto na sauacutede das accedilotildees de saneamento marco conceitual e
estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da
Sauacutede 2004
BRASIL Lei ndeg 114452007 Poliacutetica Nacional de Saneamento Disponiacutevel em
lthttpwwwportalresiduossolidoscomlei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico gt acesso 12
de dezembro de 2013
BRASIL Lei nordm 1230510 Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos Disponiacutevel em
lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores
para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e
transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias
CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a
operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte
FEAM 2006
COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e
Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio
de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013
ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001
FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev
Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-
govbrWeb20Funasapubmanusanemanual_saneamentopdfgt Acesso em 08 dez 2013
FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do
municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia
Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004
66
FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria
De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos
Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De
Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006
Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua
aplicaccedilatildeo IBAM 2004 Disponiacutevel em
ltwwwibamorgbrpubliquemediaGirs_finalPDFgt Acessado em 10 de dezembro de 2013
GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos
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Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Indicadores de
desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de
Janeiro 2010 Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-
parana acessado em 30 de novembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de
gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de
Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em
lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt
acesso em 11de dezembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo
Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009
JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em
lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13
aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013
LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por
resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual
do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009
LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995
LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002
Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02
fevereiro de 2014
LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo
Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB
2001
KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba
SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998
67
MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In
International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v
1 1996
MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute
Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro
IBAM 2001
MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos
de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma
gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade
Federal de Uberlacircndia 2006
PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de
unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo
ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007
ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca
no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p
ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do
Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011
SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de
Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC
2004
CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano
Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p
Disponiacutevel em
lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-
Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em
lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management
New York MacGraw-Hill 1993
VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade
ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira
2000
WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002
61
fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo
dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida
Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma
medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66
anos para desempenha essa atividade
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
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_residuoshtmlgt Acesso em14 dezembro de2013
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projetos de aterros sanitaacuterios de resiacuteduos soacutelidos urbanos Rio de Janeiro ABNT 1992
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natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil
1997
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de
projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 Resiacuteduos soacutelidos ndash
classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004
AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e
impactos ambientais Uma Anaacutelise da Relaccedilatildeo entre as Caracteriacutesticas dos Espaccedilos
Urbanos e a Poluiccedilatildeo Hiacutedrica na Regiatildeo do Meacutedio Rio Doce (MG) VII Encontro da
Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ANAIS) Fortaleza 2007
BAASCH S S N Um sistema de suporte multicriteacuterio aplicado na gestatildeo dos resiacuteduos
soacutelidos nos municiacutepios catarinenses 1995 120 p Tese (Doutorado Engenharia da
Universidade Federal de Santa Catarina) ndash Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Florianoacutepolis 1995
BARROSO M M CHERUBINI K V CORDEIRO J S Anaacutelise criacutetica da
sustentabilidade ambiental saneamento e sauacutede puacuteblica no municiacutepio de Porto Velho
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Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2
2005
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estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da
Sauacutede 2004
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lthttpwwwportalresiduossolidoscomlei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico gt acesso 12
de dezembro de 2013
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lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores
para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e
transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias
CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a
operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte
FEAM 2006
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Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio
de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013
ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001
FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev
Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-
govbrWeb20Funasapubmanusanemanual_saneamentopdfgt Acesso em 08 dez 2013
FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do
municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia
Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004
66
FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria
De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos
Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De
Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006
Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua
aplicaccedilatildeo IBAM 2004 Disponiacutevel em
ltwwwibamorgbrpubliquemediaGirs_finalPDFgt Acessado em 10 de dezembro de 2013
GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos
soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e
Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997
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desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de
Janeiro 2010 Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-
parana acessado em 30 de novembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de
gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de
Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em
lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt
acesso em 11de dezembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo
Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009
JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em
lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13
aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013
LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por
resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual
do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009
LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995
LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002
Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02
fevereiro de 2014
LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo
Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB
2001
KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba
SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998
67
MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In
International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v
1 1996
MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute
Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro
IBAM 2001
MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos
de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma
gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade
Federal de Uberlacircndia 2006
PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de
unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo
ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007
ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca
no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p
ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do
Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011
SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de
Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC
2004
CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano
Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p
Disponiacutevel em
lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-
Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em
lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management
New York MacGraw-Hill 1993
VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade
ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira
2000
WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde
foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo
de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte
do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade
satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo
ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina
e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse
que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso
Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS
produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria
A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior
longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas
realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam
diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo
de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma
ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro
Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um
grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos
apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar
O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a
estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa
da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo
de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute
Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de
planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel
ambientalmente exigido
REFEREcircNCIAS
ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006
AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em
lthttpambientesambientebrasilcombrresiduoscoleta_e_disposicao_do_lixolixao_
_residuoshtmlgt Acesso em14 dezembro de2013
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 8419 Apresentaccedilatildeo de
projetos de aterros sanitaacuterios de resiacuteduos soacutelidos urbanos Rio de Janeiro ABNT 1992
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 13896 Aterros de resiacuteduos
natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil
1997
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de
projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 Resiacuteduos soacutelidos ndash
classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004
AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e
impactos ambientais Uma Anaacutelise da Relaccedilatildeo entre as Caracteriacutesticas dos Espaccedilos
Urbanos e a Poluiccedilatildeo Hiacutedrica na Regiatildeo do Meacutedio Rio Doce (MG) VII Encontro da
Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ANAIS) Fortaleza 2007
BAASCH S S N Um sistema de suporte multicriteacuterio aplicado na gestatildeo dos resiacuteduos
soacutelidos nos municiacutepios catarinenses 1995 120 p Tese (Doutorado Engenharia da
Universidade Federal de Santa Catarina) ndash Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Florianoacutepolis 1995
BARROSO M M CHERUBINI K V CORDEIRO J S Anaacutelise criacutetica da
sustentabilidade ambiental saneamento e sauacutede puacuteblica no municiacutepio de Porto Velho
Porto velho 2005
BELI Euzebio et al Recuperaccedilatildeo da aacuterea degradada pelo lixatildeo Areia Branca de Espiacuterito
Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2
2005
BRASIL Avaliaccedilatildeo de impacto na sauacutede das accedilotildees de saneamento marco conceitual e
estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da
Sauacutede 2004
BRASIL Lei ndeg 114452007 Poliacutetica Nacional de Saneamento Disponiacutevel em
lthttpwwwportalresiduossolidoscomlei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico gt acesso 12
de dezembro de 2013
BRASIL Lei nordm 1230510 Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos Disponiacutevel em
lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores
para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e
transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias
CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a
operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte
FEAM 2006
COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e
Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio
de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013
ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001
FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev
Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-
govbrWeb20Funasapubmanusanemanual_saneamentopdfgt Acesso em 08 dez 2013
FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do
municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia
Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004
66
FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria
De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos
Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De
Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006
Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua
aplicaccedilatildeo IBAM 2004 Disponiacutevel em
ltwwwibamorgbrpubliquemediaGirs_finalPDFgt Acessado em 10 de dezembro de 2013
GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos
soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e
Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Indicadores de
desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de
Janeiro 2010 Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-
parana acessado em 30 de novembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de
gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de
Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em
lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt
acesso em 11de dezembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo
Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009
JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em
lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13
aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013
LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por
resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual
do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009
LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995
LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002
Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02
fevereiro de 2014
LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo
Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB
2001
KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba
SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998
67
MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In
International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v
1 1996
MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute
Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro
IBAM 2001
MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos
de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma
gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade
Federal de Uberlacircndia 2006
PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de
unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo
ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007
ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca
no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p
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Disponiacutevel em
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significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
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VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade
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2000
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Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-
Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma
satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e
cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os
disponibilizam para a coleta de forma correta
A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a
contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao
lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem
em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo
a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados
(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados
Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco
favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave
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planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o
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REFEREcircNCIAS
ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006
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_residuoshtmlgt Acesso em14 dezembro de2013
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projetos de aterros sanitaacuterios de resiacuteduos soacutelidos urbanos Rio de Janeiro ABNT 1992
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 13896 Aterros de resiacuteduos
natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil
1997
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de
projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 Resiacuteduos soacutelidos ndash
classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004
AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e
impactos ambientais Uma Anaacutelise da Relaccedilatildeo entre as Caracteriacutesticas dos Espaccedilos
Urbanos e a Poluiccedilatildeo Hiacutedrica na Regiatildeo do Meacutedio Rio Doce (MG) VII Encontro da
Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ANAIS) Fortaleza 2007
BAASCH S S N Um sistema de suporte multicriteacuterio aplicado na gestatildeo dos resiacuteduos
soacutelidos nos municiacutepios catarinenses 1995 120 p Tese (Doutorado Engenharia da
Universidade Federal de Santa Catarina) ndash Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Florianoacutepolis 1995
BARROSO M M CHERUBINI K V CORDEIRO J S Anaacutelise criacutetica da
sustentabilidade ambiental saneamento e sauacutede puacuteblica no municiacutepio de Porto Velho
Porto velho 2005
BELI Euzebio et al Recuperaccedilatildeo da aacuterea degradada pelo lixatildeo Areia Branca de Espiacuterito
Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2
2005
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estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da
Sauacutede 2004
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lthttpwwwportalresiduossolidoscomlei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico gt acesso 12
de dezembro de 2013
BRASIL Lei nordm 1230510 Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos Disponiacutevel em
lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores
para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e
transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva
BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias
CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a
operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte
FEAM 2006
COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e
Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio
de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013
ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001
FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev
Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-
govbrWeb20Funasapubmanusanemanual_saneamentopdfgt Acesso em 08 dez 2013
FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do
municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia
Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004
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FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria
De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos
Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De
Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006
Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua
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GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos
soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e
Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Indicadores de
desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de
Janeiro 2010 Disponiacutevel em
httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-
parana acessado em 30 de novembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de
gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de
Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em
lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt
acesso em 11de dezembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo
Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009
JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em
lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13
aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013
LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por
resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual
do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009
LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995
LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002
Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02
fevereiro de 2014
LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo
Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB
2001
KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba
SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998
67
MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In
International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v
1 1996
MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute
Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro
IBAM 2001
MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos
de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma
gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade
Federal de Uberlacircndia 2006
PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de
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ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007
ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca
no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p
ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do
Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011
SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de
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2004
CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano
Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p
Disponiacutevel em
lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-
Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
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lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
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New York MacGraw-Hill 1993
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natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil
1997
ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de
projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985
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para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e
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BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e
a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias
CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a
operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte
FEAM 2006
COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e
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Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004
66
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De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos
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Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006
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Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009
JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em
lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13
aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013
LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por
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do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009
LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995
LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002
Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02
fevereiro de 2014
LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo
Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB
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1 1996
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do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009
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MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In
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Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011
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Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC
2004
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Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p
Disponiacutevel em
lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-
Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
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lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
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New York MacGraw-Hill 1993
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2000
WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002
66
FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria
De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos
Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De
Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006
Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua
aplicaccedilatildeo IBAM 2004 Disponiacutevel em
ltwwwibamorgbrpubliquemediaGirs_finalPDFgt Acessado em 10 de dezembro de 2013
GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos
soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e
Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Indicadores de
desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de
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parana acessado em 30 de novembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de
gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de
Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em
lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt
acesso em 11de dezembro de 2013
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo
Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009
JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo
dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em
lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13
aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013
LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por
resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual
do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009
LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995
LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002
Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02
fevereiro de 2014
LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo
Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB
2001
KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba
SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998
67
MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In
International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v
1 1996
MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute
Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro
IBAM 2001
MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos
de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma
gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade
Federal de Uberlacircndia 2006
PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de
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ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007
ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca
no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p
ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do
Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011
SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de
Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC
2004
CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano
Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p
Disponiacutevel em
lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-
Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em
lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-
significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014
TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management
New York MacGraw-Hill 1993
VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade
ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira
2000
WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002
67
MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In
International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v
1 1996
MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute
Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro
IBAM 2001
MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos
de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma
gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade
Federal de Uberlacircndia 2006
PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de
unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo
ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007
ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca
no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p
ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental
Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de
desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)
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Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental
Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011
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Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC
2004
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Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p
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Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013
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New York MacGraw-Hill 1993
VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade
ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira
2000
WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002