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Fundado em 24 de fevereiro de 2007 Registrado na ABIM sob nº 005-JV

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Page 1: Fundado em 24 de fevereiro de 2007 Registrado na ABIM sob ... · estamos comemorando aniversário, uma oportuna matéria sobre o Dia Internacional do Maçom, extraída do ... A coluna

Fundado em 24 de fevereiro de 2007 Registrado na ABIM sob nº 005-JV

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EditorialEditorial____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

“Você não poderá resolver os problemas que tem hoje pensando da mesma maneira que pensava quando os provocou.”

Albert Einstein

ascido e criado na cidade do Rio de Janeiro e tendo construído, inclusive, minha vida maçônica naquela cidade, que acostumamos a chamar de maravilhosa, vi-me, em meados de 2006, forçado, pela

péssima qualidade de vida de um centro urbano, a procurar um lugar mais digno de se viver em qualidade de vida. Confesso que meu coração, em parte, ficou lá. Enfim, intuitivamente, escolhi a sacrossanta cidade de São Lourenço, no Sul de Minas, que me acolheu calorosamente, e aqui estou muito feliz, salvo a saudade de uma vida inteira de amizades; dos Irmãos e de tantas realizações.

N

Falando em realizações, em aqui chegando, nascia, em 24 de fevereiro, o ARTE REAL, atendendo a pedidos de alguns Irmãos que já conheciam nosso trabalho junto ao Informativo INFORMAÇONS, o qual continuo a editar com uma competente equipe que me dá grande suporte.

Em um ano ininterrupto de edições mensais, nossa Revista Virtual Maçônica caiu nas graças do leitor. Sempre se pautando por uma escolha criteriosa das matérias a serem publicadas, o Arte Real, pela seriedade, pelo respeito ao leitor, pelo incentivo à cultura, pelo estímulo ao estudo e à pesquisa, conquistou seu espaço.

Hoje, nossa Revista está sendo distribuída para mais de 7.800 e-mail´s de Irmãos do Brasil e do exterior, além de vasta distribuição por vários sites, listas de discussões maçônicas e listas particulares dos Irmãos. São inúmeras as manifestações de reconhecimento por esse trabalho de grande sucesso, que, apenas completa um ano, o que nos deixa muito orgulho.

Coroando seu primeiro ano de existência, nossa Revista recebeu seu registro junto à egrégia ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, sob o nº 005-JV, o que nos deixou muitíssimo honrado.

Esta edição de aniversário é um presente para você, que muito o tem prestigiado.Na coluna destaque, atendendo à solicitação de nossos leitores, publicamos mais um texto sobre o tema “Sinarquia”, de autoria do

Irmão Leo Cinezi-SP; a matéria “O Hábito da Leitura” conscientiza-nos de sua importância e do nosso descaso com o “amigo livro”. E já que estamos comemorando aniversário, uma oportuna matéria sobre o Dia Internacional do Maçom, extraída do site www.pedreiroslivres.com.br.

A coluna Trabalhos apresenta, dentre outras, uma matéria para reavaliarmos nossos valores nos dias atuais, de autoria do Irmão Rodrigo de Oliveira-SC - “Missão, Metas e Rumos das Lojas na Atualidade; “O Poder da Palavra e as Palavras Sagradas na Maçonaria”, de autoria de Marcelo Sidoti-SP, explana, com propriedade, a importância do som; O Irmão Antonio Saliba, através de sua matéria “A Função Social dos Iniciados na Maçonaria”, dá-nos a exata medida de um desgastado sistema político, a utópica democracia brasileira, que já não mais atende às necessidades de uma nova Era; o Irmão João Camanho nos brinda com uma belíssima e elucidativa matéria – “Percepção de Minha Iniciação”.

Ninguém mais do que o insigne e saudoso historiador José Castellani para falar sobre o Rito Adonhiramita. E, na coluna Os Grandes Iniciados, mais um presente de aniversário aos nossos leitores, Hermés – o Trismegisto, sua vida e Obra.

O Arte Real sente-se muitíssimo feliz por estar cumprindo, ao longo de um ano, seu trabalho de divulgador e conscientizador da cultura maçônica, cujos valores devem ser inerentes a um Iniciado Maçom. Esse altaneiro patamar, alcançado, em breve tempo de existência, mostra-nos que estamos no caminho certo. Devemos tudo isso a você, que nos recebe carinhosamente e faz de cada matéria uma Peça de Arquitetura em suas Lojas.

As quase que diárias mensagens de apoio e as diversas solicitações de adesão à lista de recebimento de nossa Revista traduzem, de forma muito cristalina, que vale muito a pena divulgar boas matérias, com temas sérios e com enfoque altruístico. Devemos isso aos nossos colaboradores que, a cada edição, muito nos ajudam a construir uma Revista digna de seu nome – ARTE REAL.

Feliz aniversário para todos nós!

Arte RealArte Real________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Arte Real é uma Revista maçônica virtual , de publicação mensal, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para mais de 7500 e-mail´s de Irmãos de todo o Brasil e,

também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores.O

Editor Responsável: Francisco Feitosa da Fonseca.Diagramação e Editoração Gráfica: Francisco Feitosa da Fonseca.Revisão: João Geraldo de Freitas CamanhoColaboradores nesta edição: Antônio Saliba – João Geraldo Camanho - José Castellani – Leo Cenizi – Marcelo Sidoti – Rodrigo de Oliveira – Rosa Maria Inojose – Sílvio Piantino.

Contatos: [email protected] ou [email protected] Empresas Patrocinadoras: Arte Real Software – Condomínio Recanto dos Carvalhos - CHDedetizadora – CONCIV Construções Civis - CFC Objetiva Auto Escola - Empório Bacellar -Flávio Vasques – Jorge Vicente - Lider Rio - Maqtem – Maurílio Advocacia - Santana Pneus – Sul Minas Laboratório Fotográfico – Walmir Battu.Distribuição gratuita via Internet.

Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários.

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Nesta EdiçãoNesta Edição________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto da Capa – Feliz Aniversário...................................CapaEditorial...................................................................................2Destaque - O Dia Internacional do Maçom...........................3Destaque - Sinarquia II..........................................................4Destaque - O Hábito da Leitura.............................................5Ritos Maçônicos – O Rito Adonhiramita............................6Os Grandes Iluminados – Hermés – O Trismegisto..........8

Trabalhos – Percepção da Minha Iniciação.........................10Trabalhos - A Função Social dos Iniciados na Maçonaria...11Trabalhos - Missão, Metas e Rumos das Lojas na Atualidade....12Trabalhos – O Poder da Palavra e as Palavras Sagradas na Maç.13Reflexões – A Solução é Manter o Diálogo!.........................14Boas Dicas – E-book /sites /Indicação de Livros /Edições Anteriores....................................................14

DestaquesDestaques______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O Dia Internacional do MaçomO Dia Internacional do Maçomos dias 20, 21 e 22 de fevereiro de 1.994, realizou-se, em Washington, nos Estados Unidos, a

Reunião Anual dos Grão-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México).

NNa ocasião, estiveram presentes, como Obediências

Co-Irmãs (Sister Jurisdictions), a Grande Loja Unida da Inglaterra, a Grande Loja Nacional Francesa, a Grande Loja Regular de Portugal, a Grande Loja Regular da Itália, O Grande Oriente da Itália, a Grande Loja Regular da Grécia, a Grande Loja das Filipinas, a Grande Loja do Irã, no exílio; além do Grande Oriente do Brasil, com uma delegação chefiada por seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, que ali estava como observador.

Ao encerramento dos trabalhos, o Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Ir∴ Fernando Paes Coelho Teixeira, apresentou uma sugestão encampada pelos Grão-Mestres de todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos e mais as do México e Canadá, no sentido de fixar o dia 22 de fevereiro como o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM, a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi totalmente aprovado.

E por que 22 de fevereiro? Porque foi no dia 22 de fevereiro de 1.732, em Bridges

Creek, Na Virginia (EUA), que nasceu GEORGE WASHINGTON, o principal artífice da independência dos Estados Unidos. Nascido pouco depois do início da Maçonaria nos Estados Unidos - o que ocorreu em 23 de abril de 1.730, no estado de Massachussets - Washington foi iniciado a 4 de novembro de 1.752, na "Loja Fredericksburg nº 4", de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1.753, e exaltado a Mestre em 4 de agosto de 1.754.

Representante da Virginia no 1º Congresso Continental (1.774) e Comandante-geral das forças coloniais (1.775), dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1.776. Ao ser firmada a paz em 1.783, renunciou à chefia do Exército, dedicando-se então aos seus afazeres particulares. Em 1.787, reunia-se, em

Filadélfia, a Assembléia Constituinte, para redigir a Constituição Federal, e Washington, que era um dos Delegados da Virginia, foi eleito, por unanimidade, para presidi-la. E, depois de aprovada a Constituição, havendo a necessidade de se proceder à eleição de um Presidente, figura nova na política norte-americana, Washington, pelo seu passado, pela sua liderança, e pelo prestígio internacional de que desfrutava, era o candidato lógico e foi eleito por unanimidade, embora desejasse retornar à vida privada e dedicar-se às suas propriedades.

Como Presidente da República norte-americana, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em abril de 1.789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da "Loja Alexandria nº 22", da qual fora Venerável Mestre em 1.788; em 18 de setembro de 1.783, como Grão-Mestre “pro-tempore” da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio - o Congresso norte-americano - apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom. Falecido em 14 de dezembro de 1.799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, em sua propriedade de Mount Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da "Loja Alexandria nº 22", e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma Oficina.

Como se vê, a criação do DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM representou uma homenagem mais do que justa a um grande maçom, além de também ser historicamente pertinente.

O Grande Oriente do Brasil, através do Decreto nº 003, de 10/02/95, do seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, atendeu à recomendação da reunião das mais importantes potências Maçônicas do mundo, e passou a comemorar o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM a 22 de fevereiro, com plenas justificativas maçônicas e históricas.

No Brasil, comemoram-se, também, o DIA NACIONAL DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL em dezessete de Junho e, o DIA (NACIONAL) DO MAÇOM, em vinte de agosto.

*extraído do site www.pedreiroslivres.com.br

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DestaquesDestaques______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Sinarquia IISinarquia IILeo Cinezi

isposto e com atenção aos infinitos comentários que os IIr∴ tecem em favor de nossa Subl∴ Inst∴, deparei-me

com um mar turbulento e com ondas que chegam a encobrir nossas cabeças. Esse mar em fúria que tentamos, incomensuráveis vezes, atravessar com nossas pequenas braçadas, não está assim por acaso. Ele reflete o que está ocorrendo nessa nova Era de Aquário, onde nos encontramos hoje, e faz referência direta com a turbulência em que todos os corpos, astrais ou não, estão.

D

A Era de Aquário é caracterizada, também, por uma época de transição. Transformações fantásticas que são, antes de mais nada, necessárias em dado momento.

O céu azulado, refletido diretamente na água salgada do mar, remete-nos, mais uma vez, a compreender melhor o que, há anos, é ensinado pela Tábua das Esmeraldas de Thoth: “O que está em cima é como o que está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima”.

Visto desta forma, ouso afirmar que, assim como o mar, o céu também se encontra em fúria. Está desordenado, quase em um caos, mas crescendo exponencialmente a cada segundo, sem sequer se preocupar com o tempo.

A relação de Cronos (o Tempo) não é a mesma que a nossa, e, portanto, fica inviável tentarmos acompanhar o crescimento e a transformação nessa relação Macrocosmo e Microcosmo. Basta-nos que atinemos para uma preocupação específica: a reordenação, a reorganização, que podemos traduzir como sendo ORIENTAÇÃO.

Orientar = Levar ao oriente (sempre lembrando onde fica o V∴M∴), dirigir, corrigir, auxiliar em benefício. É, em suma, uma privilegiada missão que, aliada a tantas outras, completa o círculo de obrigações do ser e do M∴.

Justamente, acerca desse tema, é que tal Trab∴ transcorre. A forma pela qual podemos optar e opinar nessa Orientação e qual poder temos para tal.

Primeiramente, é necessário trazer, à tona, um discernimento que, muitas vezes, é dúbio: PODER.

Para muitos, cegamente equivocados e imersos no lamaçal dos costumes mundanos e heranças profanas, que ainda existem em demasia, o PODER fica facilmente camuflado no conceito que dão à AUTORIDADE.

PODER, em nada se iguala à AUTORIDADE.“Poder (do latim potere) é o direito de deliberar e

agir. Ter a faculdade ou a possibilidade de algo ou o império de dada circunstância. Ter o domínio, a influência ou a força. Deter o direito de posse ou de jurisdição. Possuir os recursos e os meios. É ter a capacidade ou a aptidão para algo.”

Já a Autoridade transmite a mensagem de ordem sem dar razões ou algum argumento de justificação, e os indivíduos subordinados a essa autoridade aceitam e obedecem sem questionar.

Temos o PODER de auxiliar, de Orientar, oposto à AUTORIDADE, que INTERFERE outrem, filosófica ou praticamente.

Falando em INTERFERIR, um adendo: Inter+ferir, ou

Ferir internamente. Definitivamente, não tem a mesma conotação que poder. Quem pratica a AUTORIDADE nesses casos subjetivos, em questões de pensamentos e filosofia, de práticas e costumes, não somente interfere no inter-relacionado, mas fere a si próprio.

Já, nosso poder não pode ser dispersivo, tampouco disseminado ao léu. Tem que haver uma centralização do mesmo. Canalizá-lo em uma só senda, como bem fazemos na Cad∴ de Un∴.

Existem muitas maneiras de coordenar essa ação conjunta orientadora. Duas delas, opostas, devem ser ressaltadas: Anarquia e Sinarquia.

“Anarquismo é uma palavra que deriva da raiz grega αναρχία — an (não, sem) e archê (governo) — e designa um

termo amplo, abrangendo desde teorias políticas a movimentos sociais e advogando a abolição do Estado, enquanto autoridade imposta e detentora do monopólio do uso da força. Exemplificando, Anarquismo é a teoria libertária baseada na ausência do Estado. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica, que não seja livremente aceita, defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias. Para os anarquistas, Anarquia significa ausência de coerção, e não ausência de ordem. Uma das visões do senso comum sobre o tema é, na verdade, o que se considera "anomia", ou seja, ausência de leis. O anarquismo não se relaciona com a prática da anomia. Os anarquistas rejeitam essa denominação, e o anarquismo, enquanto teoria política, nada tem a ver com o caos ou a bagunça. As diferentes vertentes do

anarquismo têm compreensões diferentes quanto aos meios para a abolição dos governos e quanto à forma de organização social, que disso resultaria.” Por isso, é tão confuso falar de um sem descrever o outro. A Anarquia, muitas vezes, é acoplada à Maç∴ no conceito de liberdade. Mas só!

Sinarquia é o Governo simultâneo de um Estado. É o Poder coletivo. Convém falar acerca de Sinergia, que é a simultaneidade de forças concorrentes; na Fisiologia, é a ação simultânea de diversos órgãos ou músculos, na realização de uma função; em Sociologia, cabe dizer que é a cooperação entre grupos ou pessoas, que contribuem para constituição ou manutenção de determinada ordem. Existe, também, uma Teoria de Sistemas que diz ser a capacidade de realizar trabalho cooperativo.

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A palavra 'sinarquia' surgiu em 1882, quando Joseph Alexandre Saint Yves D'alveidre (Marquês de Alveydre) escreveu "Missão dos Soberanos" e "Missão dos Operários". Com uma forma inédita e conceitual, sua idéia de Sinarquismo era dedicada à história da era cristã. Pretendia mostrar os defeitos da usurpação do temporal pelo espiritual. Aos olhos de Saint Yves, a vontade popular traduz apenas os sentimentos, as reações instintivas da massa social. Em oposição a isso, a Autoridade, semelhante à consciência humana, faz eco dos princípios eternos da razão.

Finalmente, o poder é aquilo que os romanos chamavam de “o Imperium”, isto é, a balança da justiça e o gládio que fere.

O poder não deve ser confundido com Autoridade. Saint Yves propõe a forma ideal de governo a que ele chama sinárquico, de harmonia com os princípios eternos, pretende substituir a oposição do Poder e da Autoridade, pela síntese dos dois.

A proposta é conhecida e compõe a teoria da Maç∴ desde sua fundação. Mas, sempre, na teoria, é muito mais simples. Já, na prática, muitas vezes, esquecemo-nos desse rudimentar ensinamento de amalgamar o espiritual com o material, governando, orientadamente, nosso universo particular, com resultantes universais e, portanto, macrocósmicas.

Resumindo, o que quero dizer é que a Maç∴ tem o PODER de ORIENTAR não só os que hoje se encontram IInic∴, mas também todos os que habitam nosso sistema e estão em nosso meio, diariamente. Basta que, para isso, cada um eleve seu grau de consciência e atinja esse prismático sentimento, que por nós é conhecido como fraternidade.

Não uma fraternidade intelectual ou social, imposta pelo capitalismo selvagem, que assola a humanidade, mas uma fraternidade branca, que religa nossos corpos etéreos, amalgamando-nos em um só corpo e encaminhando-nos para

uma senda ímpar e transparente, mas com conteúdo valiosíssimo: nossa essência.

O pensamento individualizado é a maior erva daninha dessa nossa lavoura MACROCÓSMICA. Enquanto, ainda, existirem pensamentos em nós, que nos individualizem, seremos os perenes, que sofrerão e arcarão com essa involutiva e cabal síntese do que chamamos de VIDA. É muito melhor VIVER do que SOBREVIVER.

Para que essa idéia nunca decline, necessário é que nós, HHom∴ LLiv∴ e de BB∴ CCost∴, trabalhamos com

afinidade, comprometimento e regularidade. Em Loj∴, criamos um egrégora singular e cintilante, que tem o poder de se elevar no mais alto do imaginável e, assim, encontrar-se com outros formados, amalgamando-se. Por esse fato, em todas as LLoj∴, há o costume de se reunir no mesmo horário, às 20h para que, nesse momento, todos os que estiverem com seus TTrab∴ AAb∴ e promulgando a mais pura energia da egrégora, propiciem-lhes tomar forma e força com os pares e sobrevoarem os demais lugares, contagiando, assim, todos os Obreiros.

Somos dínamos (vê-se pelo giro em Loj∴), produzindo ENERGIA PURA para fortalecer o universo todo. Somos, também, as

baterias sempre recarregadas com esse próprio dínamo e, por isso, sentimo-nos melhor após a Sess∴. Sempre que o oposto ocorre, saímos mais cansados (ou, ainda, piores) de uma Sess∴. Pode-se ter a certeza de que um elo está faltando ou, ainda, uma das sementes da romã não está tão saudável assim, podendo, com isso, contaminar as demais e apodrecer o fruto como um todo.

Pensemos coletivo, pensemos grande e sejamos um só. Eu sou você e você sou eu. Somos todos partículas de um mesmo corpo. Cabe a nós não deixarmos nunca essa idéia se esvair. E nunca se esqueça de que o que procura, meu Ir∴, nunca esteve mais distante que um palmo de você. VITRIOL.

DestaquesDestaques______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O Hábito da Leitura!O Hábito da Leitura!Francisco Feitosa

hábito da leitura é fator importante para o desenvolvimento social e econômico de um país.

Para termos uma idéia, no Brasil, cada pessoa consume, em média, cerca de 2 livros por ano. Nos Estados Unidos, Japão e Taiwan, a média é de cerca de 10 livros por habitante por ano.

O

O brasileiro gasta em média 5,2 horas por semana, lendo livros, e mais de 18 horas por semana, assistindo televisão. A média mundial é de 6,5 horas por semana dedicadas ao livro. Lembremos que nessa média mundial encontram-se países miseráveis.

Temos, no Brasil, cerca de 5.000 bibliotecas, quando se estima que seriam necessárias pelo menos 11.000. Cerca de

17% dos municípios no Brasil não têm nenhuma biblioteca.Especialistas chegaram à conclusão de que o maior problema, no Brasil, está relacionado à falta de hábito de leitura, seguido da precária e cara rede de

distribuição (transportadoras e livrarias).Não dá para resolver o problema todo de uma vez, mas

poderemos dar uma contribuição através de nosso círculo de amizade ("círculo de influência"), adotando algumas ações relativamente simples:

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1) Leia - dar o exemplo já é um bom começo;2) Recomende e empreste livros aos seus amigos;3) Dê livros de presente - de aniversário, Natal, amigo

oculto, etc... A pessoa fica feliz de saber que você teve o trabalho de escolher um título que seja útil para ela;

4) Doe livros para bibliotecas ou venda para um sebo - Livros empoeirando em estantes em casa não são úteis;

5) Ao invés de dar esmolas em dinheiro na rua, dê livros ou faça doações em dinheiro a instituições que promovam o hábito de leitura;

6) Crie e incentive o hábito de leitura nas crianças a sua volta;

7) Divulgue e debata esse problema da falta de hábito de leitura com seus amigos, familiares, colegas de trabalho, etc.;

8) Interaja com editoras e escritores, através de e-mails, exigindo qualidade de conteúdo e forma;

9) Junte-se aos amigos para comprar livros em quantidade e obter descontos, talvez, criando um clube de leitura;

10) Sugira, na empresa onde trabalha, a distribuição de livros de brinde para os clientes, ao invés de canetas, calendários, bloquinhos, agendas etc.;

11) Promova, em seu trabalho, no clube que freqüenta, na instituição de que você participa, um concurso de Redação ou Poesia;

12) Estimule, em sua casa, o hábito da leitura, em substituição à programação, quase sempre inútil, da televisão;

13) Divulgue essa matéria em suas Lojas, em suas listas de discussões de que você participa, na Internet. Imprima e distribua aos Irmãos e Amigos.

14) Sugira, junto à Secretaria de Educação de sua cidade, a criação de atividades ligadas ao hábito de ler;

Quando nos deparamos com a programação da televisão, oferecendo Big Brother, Casseta e Planeta, Zorra Total e algo do gênero, percebemos que a leitura é muito mais

que uma opção. É a SOLUÇÂO! Tornou-se tradição aguardar o

período após as provas de vestibular, para recebermos, pela Internet, as lamentáveis “Pérolas do Vestibular”, arrancando de nós “gargalhadas de lágrimas”.

Certa vez, em conversa com um amigo, Juiz de Direito, o mesmo me confessou que, por inúmeras vezes, solicitou a alguns advogados que refizessem suas petições, pois as mesmas, em sua interpretação,

concorriam, em muito, para a prisão de seus próprios clientes.Precisamos fazer do Brasil um país desenvolvido e a

criação do hábito da leitura é uma das ações que, urgentemente, deve ser incrementada.

A leitura, processo intrinsecamente ligado à escrita, faz parte do desenvolvimento humano. Além disso, aglomera aspectos ideológicos, culturais e filosóficos que irão compor o pensamento humano, exigindo, conseqüentemente, uma posição crítica do “ser” leitor.

Quem não lê, fala, escreve e se comunica mal, mal ouvindo e vendo!

Ritos MaçônicosRitos Maçônicos__________________________________________________________________________________________________________________________________

O Rito AdonhiramitaO Rito AdonhiramitaJosé Castellani

belo Rito Adonhiramita, hoje, só praticado no Brasil, também chamado de Maçonaria Adonhiramita, nasceu de

uma controvérsia, na França do século XVIII, em torno de Hiram Abif ("Hiram, meu pai"), chamado de Adon-Hiram (senhor Hiram"), e Adonhiram, que, segundo os textos bíblicos, era um preposto às corvéias, por ocasião da construção do templo de Jerusalém (1).

O

Ocorreu que, em 1744, Louis Travenol, sob o pseudônimo de Leonard Gabanon, em sua obra "Cathécisme des Francs Maçons” ou “Le Secret des Francs Maçons", confundiu Adonhiram com Hiram Abif, o que fez com que os ritualistas se dividissem, pois, para uns, Adonhiram e Hiram eram a mesma pessoa, enquanto outros sustentavam uma teoria dualista, divergindo quanto à ação de cada um dos personagens: um grupo sustentava que Adonhiram não havia sido mais do que um subalterno, ao passo que o outro via, nele, o verdadeiro protagonista do terceiro grau.

Nasceria, assim, uma Maçonaria dita Adonhiramita, que seria, segundo seus teóricos, oposta à Maçonaria "Hiramita". E ela se tornaria conhecida através da publicação do "Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite", publicado em 1782, por Louis

Guillemain de Saint-Victor, e que Ragon, sem nenhum fundamento, atribuiu, erradamente, ao barão de Tschoudy. Essa

primeira compilação envolvia os quatro primeiros graus e foi completada, em 1785, pelo mesmo Louis Guillemain, com

uma compilação complementar abordando oito Altos Graus, completando os doze do rito.

Depois de 1785, Saint-Victor publicou a tradução de um artigo alemão, sobre um grau dito "Noachita" (alusivo a Noah, ou Noé), ou

"Cavaleiro Prussiano", tratando-o, ironicamente, em trabalho estampado no "Journal de Trévoux". O mesmo Ragon,

novamente sem nenhum fundamento, "viu", aí, um décimo-terceiro grau

adonhiramita, embora Saint-Victor só tenha apresentado o artigo como uma

curiosidade (2). Ao lado do Rito Moderno,

o Rito Adonhiramita foi um dos primeiros introduzidos no Brasil,

precedendo, por pouco tempo, o primeiro, no início do século

XIX. O Grande Oriente do Brasil --- inicialmente Grande Oriente Brasílico

--- criado em 1822, todavia, adotou o Rito Moderno. E isso é comprovado, através de atas do Grande Oriente, em 1822, as quais se referem ao "sistema dos sete graus" (3).

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Embora, no início do século XIX, o rito tenha tido muita aceitação, ele acabaria, logo,sendo praticamente ignorado, pois, quando, depois do fechamento do Grande Oriente Brasílico - a 25 de outubro de 1822 - foi reerguida a Maçonaria brasileira, em 1830 e 1831, através de dois troncos, o Grande Oriente Brasileiro e o Grande Oriente do Brasil, respectivamente, nenhuma Loja adotou o rito. Ele só seria reintroduzido em 1837, quando foi fundada a Loja "Sabedoria e Beneficência", de Niterói, regularizada a 16 de janeiro de 1838, na jurisdição do Grande Oriente do Brasil, vindo a abater colunas em 1850.

A segunda Loja - "Firmeza e União" - surgiria em 1839, ano em que a Constituição do Grande Oriente do Brasil instituía o Grande Colégio de Ritos, para abrigar os Altos Graus dos ritos, então, praticados: Moderno, Adonhiramita e Escocês Antigo e Aceito. Este último havia sido introduzido em 1829, e seu Supremo Conselho, fundado em 1832, sendo Obediência independente, começava a criar suas próprias Lojas. Em 1842, com a promulgação de uma nova Carta Magna do Grande Oriente do Brasil, foi reorganizado o Grande Colégio dos Ritos, com os três ritos, então, praticados, o que mostra como foi extemporânea a comemoração, em 1992, no Rio de Janeiro, do "sesquicentenário" da Oficina Chefe do Rito Moderno (4).

A incorporação, em 1854, do Supremo Conselho do Rito Escocês ao Grande Oriente do Brasil teria de provocar uma modificação no Grande Colégio de Ritos, do qual já não faria parte o Escocês. Assim, de acordo com a Constituição de 1855, foi criado, apenas, para atender aos Ritos Moderno e Adonhiramita, o Sublime Grande Capítulo dos Ritos Azuis (5).

Em 1863, ocorreria uma dissidência, no Grande Oriente do Brasil, liderada por Joaquim Saldanha Marinho, sendo criado o Grande Oriente do Vale dos Beneditinos --- que, depois de uma fracassada tentativa de reunificação, passou a se denominar Grande Oriente "Unido" --- em alusão ao seu local de funcionamento. Nesse Grande Oriente, o Rito Adonhiramita floresceu, chegando o número de suas Lojas a suplantar o do Grande Oriente do Brasil: neste, foram fundadas as Lojas "Aliança", em 1869, e "Redenção", em 1872, perfazendo três Lojas do rito, contra cinco, existentes, na mesma época, no Grande Oriente dos Beneditinos.

Com essas três Lojas, o Grande Oriente do Brasil criou, pelo Decreto nº 21, de 2 de abril de 1873, o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noachitas, ligado, como Supremo Conselho Escocês, ao Grande Oriente, que era uma Obediência mista (simbólico-filosófica), numa situação que iria perdurar até 1951. Nesse ano, a 23 de maio, pelo Decreto nº 1641, o Grão-Mestre do GOB, Joaquim Rodrigues Neves, promulgava a nova Constituição, a qual passava a reger, apenas, a Maçonaria Simbólica, fazendo com que o Grande Oriente voltasse a ser uma Obediência estritamente simbólica, separando-se das Oficinas Chefes de Rito. A Constituição esclarecia que o Grande Oriente, "com elas, mantém relações da mais estreita amizade e tratados de reconhecimento, mas não divide com elas o governo dos três primeiros graus, baseados na lenda de Hiram, que exerce na mais completa independência em toda a sua vasta jurisdição" (o grifo é meu).

A partir daí, assim como o Supremo Conselho do Rito Escocês, o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noachitas passava a ser uma Obediência independente, separada do GOB, passando, de acordo com os seus estatutos, elaborados em 1953, a se denominar Muito Poderoso e Sublime Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil (já modernizada a grafia de "noachita", termo alusivo a Noha, ou Noé).

A 15 de abril de 1968, era assinado, entre o Grão-Mestre do Grande Oriente, Álvaro Palmeira, e o, então, Grande Inspetor do Sublime Grande Capítulo, Josué Mendes, um Tratado de Aliança e Amizade entre as duas Obediências. Com a morte, em 1969, de Josué Mendes, Aylton de Menezes assumiu o cargo de Grande Inspetor, tratando de alterar, totalmente, a estrutura administrativa do rito, que, há muito, não era mais praticado em qualquer outro país do mundo. Com isto, de acordo com sua Constituição, promulgada a 2 de junho de 1973, o Sublime Grande Capítulo passou a se denominar Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita, enquanto o Grande Inspetor assumia o título de Magnífico Patriarca Regente. Conforme os termos da Constituição, os poderes e autoridades do Sublime Grande Capítulo eram transmitidos ao Excelso Conselho, embora o tratado de 1968, com o GOB, tivesse sido feito em nome do Grande Capítulo. Além da alteração administrativa, os graus adonhiramitas eram, então, aumentados de treze para trinta e três.

Em 1973, por uma cisão no Grande Oriente do Brasil, surgiram os Grandes Orientes estaduais independentes, ou autônomos. Alguns criaram Lojas adonhiramitas, mas não promoveram essa modificação estrutural, surgida no âmbito do Grande Oriente do Brasil. Foi o caso da pujante Maçonaria Adonhiramita do Grande Oriente de Santa Catarina --- depois transformada em Oficina Chefe do rito, em âmbito nacional, para todos os Grandes Orientes Independentes --- que já promoveu diversos encontros estaduais e nacionais, com pleno sucesso. Ali, a Oficina Chefe do Rito continua sendo o Sublime Grande Capítulo; é dirigida por um Grande Inspetor e adota o Rito Adonhiramita original, sem o acréscimo de graus.

Não foram feitos muitos rituais adonhiramitas dos graus simbólicos, no Brasil (menos, ainda, nos Altos Graus). Os primeiros utilizados, na primeira metade do século XIX, eram, simplesmente, uma tradução feita - e malfeita - da "Compilação Preciosa". Somente em 1873, diante da iminente criação do Grande Capítulo Noachita, é que o Grande Oriente do Brasil editaria o Regulamento dos Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre (o Grande Oriente dos Beneditinos já possuía esses rituais). Esse regulador dos três graus simbólicos seria reeditado em 1916 e em 1938. Depois disso, surgiriam novas edições, com mais freqüência.

As práticas ritualísticas do Rito Adonhiramita são, seguramente, das mais belas, entre as dos diversos ritos praticados em nosso país. Se o Rito Schroeder é, sem dúvida nenhuma, o mais simples e objetivo, o Adonhiramita é o mais complexo e o de maior riqueza cênica, não só nas cerimônias magnas de iniciação, elevação e exaltação, mas até nas sessões mais simples, quando nenhuma das práticas próprias do rito é omitida.

E essas práticas são, por exemplo, a cerimônia de incensação --- que tem sido imitada, indevidamente, por outros ritos --- o cerimonial do fogo (reavivamento da Chama Sagrada, tirada do Fogo Eterno) e as doze badaladas argentinas, também copiadas, erradamente, por outros ritos, em todas as sessões. E, no cerimonial de iniciação, a cena da "traição", de grande beleza cênica, profundo conteúdo dramático e alto teor educativo, pois, além de mostrar quão execrável é o traidor de seus próprios princípios, ainda ensina uma lição moral e uma verdade social: ninguém pode ser condenado, sem um julgamento imparcial. A cerimônia final da câmara ardente - também muito copiada, inclusive em algumas edições de rituais escoceses --- é decorrência da cena inicial da "traição", que os demais ritos não possuem. Todas essas imitações, apenas, confirmam a beleza cênica do rito.

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Adonhiramita ou Adoniramita? Na apresentação da edição francesa do "Recueil Précieux",

esclarece-se que, para o autor, Saint-Victor, Adonhiram era um patronímico de Hiram, composto, portanto, dos termos Adon e Hiram (Adon-Hiram), e não o preposto às corvéias, Adonhiram.

No idioma português, a letra "h", inicial da segunda palavra, de termos compostos, é mantida quando há hífen. O hífen serve para ligar elementos de palavras compostas, que mantêm sua própria acentuação, ou seja, sua independência fonética, quando o conjunto constitui uma identidade semântica, mesmo que os seus elementos percam a identificação, desde que considerados isoladamente ; serve, também, para a formação de palavras, a partir da aglutinação dos

prefixos com outros elementos (exemplos : anti, extra, intra). Em outros casos de palavras compostas, ou com outros prefixos (como, por exemplo, o prefixo "in"), o "h" da segunda palavra desaparece. Exemplos: inabitável, desarmonia, desidratado, hiperemia, lobisomem, desumano, coonestar, reabilitação, etc.).

Como o termo composto "adonhiramita" é escrito sem o hífen, ele perderia, portanto, segundo as regras gramaticais, o "h". Para manter a letra, como pretendem muitos, só se a grafia fosse adon-hiramita, com hífen.

Isso, salvo melhor juízo, pois não é minha intenção transformar uma simples questão gramatical num "casus belli".

1. O personagem Adonhiram, ou Adoram, ou Hadoram, citado em Reis I, Samuel II e Crônicas II, era encarregado dos impostos e

dos prepostos às corvéias. Preposto é o auxiliar encarregado de certos negócios e que age em nome e por conta de um patrão, um preponente. Corvéia era o trabalho ou o serviço gratuito --- praticamente um trabalho escravo --- que as pessoas tinham de prestar ao rei (também, presente no feudalismo europeu). Adonhiram, portanto, era o contratante dessa atividade servil, como preposto de Salomão e, depois, de Roboão. Ele foi apedrejado, até à morte, pelos hebreus de dez tribos, os quais, a partir desse dia, foram considerados infiéis à casa de David, como consta em Reis I, 12 - 18 e 19 (a referência é ao cisma de 920 a C., quando os hebreus se dividiram em dois Estados : Israel e Judá). A apresentação da edição francesa do "Recueil", todavia, situa que Adonhiram é nome composto do hebraico "Adon" e "HIram", de acordo, inclusive, com o próprio autor. A lenda do 4º grau confirma isso.

2. Esses dados são unanimemente citados por respeitáveis pesquisadores franceses, como Paul Naudon, Alec Mellor e Bayard. 3. Da ata da sessão do 22º dia, do 4º mês maçônico, do Ano da Verdadeira Luz 5822 (12 de julho de 1822), do Grande Oriente,

consta a discussão de proposta de elevação ao grau de Eleito Secreto (o quarto grau do Rito Moderno), dos Irmãos Zimmerman, Sertório, Ícaro, Castor e Vasco da Gama (nomes simbólicos, costume da época, hoje, só mantido pelo Rito Adonhiramita).

Mais adiante, na mesma ata, em resposta ao pedido de elevação ao mestrado, de outros obreiros, consta que ficaram na espera os Irmãos Curius, Procion, Celso, Lycurgo e Baudeloque, mandando recomendar, a Grande Loja (órgão executivo do Grande Oriente), a esses obreiros, que se lembrassem de que, adotada a Maçonaria dos sete graus, o grau de Mestre tornava-se muito respeitável e que, se eles tinham verdadeiro amor pela Ordem, deveriam querer que fosse mais lenta essa concessão de graus, para torná-los mais valiosos (uma verdadeira lição para os afoitos, que querem subir a jato, sem conhecimentos suficientes).

4. O Grande Capítulo do Rito Moderno, na realidade, só surgiria em novembro de 1874, depois da criação do Grande Capítulo Noachita e a conseqüente saída deste do Capítulo dos Ritos Azuis. O atual título da Oficina Chefe, Supremo Conselho do Rito Moderno para o Brasil, é bem mais recente, de 1976.

5. Isso porque os ritos Moderno e Adonhiramita são azuis; embora o Escocês, tenha várias cores, é, predominantemente, vermelho.

Os Grandes IniciadosOs Grandes Iniciados__________________________________________________________________________________________________________

Hermés – O TrismegistoHermés – O TrismegistoFrancisco Feitosa

e tempos em tempos, um Ser Divino toma forma física e habita entre os homens. Esses seres recebem o nome de

Avataras ou a Descida da Lei. A tradição nos conta que, toda vez que vai ocorrer um nascimento de tal Ser, sua mãe é avisada por um anjo. Nota-se que a Divindade joga a semente para fazer a colheita, mas as mentes, ainda, dominadas pelo emocional, não percebem o privilégio com que foram agraciadas por viver na mesma época da manifestação de um Avatara, tendo a oportunidade de ouvirem, diretamente da boca da Divindade manifestada na Terra, o conhecimento em sua pureza original. Preferem entregar-se aos prazeres dos sentidos e, com isso, perdem a oportunidade de serem felizes.

D

Portanto, a ganância dos doutores da lei e a ignorância dos homens não permitem que a Boa Nova seja implantada, fazendo com que o Espírito de Verdade, ao se manifestar, tenha que recorrer a aspectos fenomênicos relacionados com o emocional, tais como milagres de cura, manifestações e outros

fenômenos sensoriais, para atrair o seu grupo - aqueles que lhe vão dar cobertura -, em vez de adentrar triunfante, com toda pompa e gala a que tem direito. Cada vez que o Avatara se manifesta, é dado um novo impulso na evolução da humanidade, embora a mesma não o reconheça em sua época. Os seus ensinamentos, como têm vida e energia, concretizam-se e perduram através dos séculos, ficando incorporados no mental instintivo da humanidade.

Enquanto a humanidade não reconhecer o valor dos Avataras, não será feliz. Assim, dizia o Professor Henrique José de Souza – fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose - nos últimos dias de sua longa trajetória pela face da terra.

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Quinhentos anos antes de nossa Era, Heródoto – o Pai da História – que viajou todo o mundo conhecido daquela época, esteve no Egito, e, lá, alguns sacerdotes lhe mostraram as estátuas de seus reis humanos e de seus Pontífices – Piromis. Estes, como diz Blavatsky em sua monumental “Doutrina Secreta”, foram arquiprofetas, que reinaram antes de Menés, seu primeiro rei humano. As estátuas, diz Heródoto, eram enormes colossos de madeira em número de trezentos e quarenta e cinco. Cada um dos arquiprofetas estava representado com o seu nome, sua história e seus anais.

Os sacerdotes afirmaram a Heródoto que ninguém poderia compreender ou escrever a história verdadeira daqueles reis supra-humanos, a não ser que tivesse estudado e compreendido a história de três dinastias de Deuses, Semideuses e Heróis, que dantes governaram a Terra. É uma alusão clara e positiva à Atlântida, o continente tão discutido, mas cuja existência está provada por Platão, por Bailly e confirmada pelo competente e autorizado homem da ciência, o Padre Kircher, notável jesuíta, que escreveu:

“Confesso que, durante muito tempo, considerei tudo aquilo (as Dinastias da Atlântida) como puras fábulas, até o dia, em que melhor familiarizado com as línguas orientais, compreendi que todas essas lendas não deviam ser, senão, o desenvolvimento de uma grande verdade”.

Dentre os fundadores, digamos assim, do Egito, figura Thot-Hermés, entidade tão antiga, que se tornou mística, mas cuja existência é confirmada pelo grande e imortal livro da Tradição, e mencionada nos livros escritos. Hermés ensinou, no Egito, a Magia, então, ciência universal que compreendia tudo, mesmo porque, até hoje, cada descoberta científica não deixa de ser uma maravilhosa magia, já que, com elas, dominamos forças naturais, colocando-as a serviço do homem.

Ensinou aos egípcios e aos gregos, gregos antigos, que nem helenos ainda eram – alusão perfeitamente clara aos pelasgos ou outra gente ainda mais remota. Hermés fundou os princípios básicos de toda a filosofia, de toda a metafísica, que veremos, mais tarde, impregnar o pensamento de Pitágoras. Se imaginarmos quantos milênios e milênios durou a civilização egípcia e o quanto de ostentosos foram muitos dos seus ciclos, se fixarmos bem a perpetuidade de seus monumentos – a Esfinge e as Pirâmides – brados eloqüentes da Sabedoria Tradicional, fácil avaliar o impulso dado por Thot-Hermés, deus em forma de homem. Até hoje, e por todo sempre, seus aforismos estarão vivos, alicerçando o pensamento metafísico da humanidade. Thot-Hermés, o magno hierofante, o Deus humanizado!

A história dessa civilização, em seu princípio, é muito confusa, só tendo uma seqüência lógica a partir da dinastia dos Ptolomeus. Segundo conta a lenda, Hermés viveu na mesma época de Abraão. Possivelmente, teria vindo do Egito, chefiando um grupo de emigrantes atlantes que teria abandonado a ilha (Atlântida) antes da catástrofe.

Outros dizem que ele é o mesmo Deus Thoth da tradição egípcia, o mais misterioso e incompreendido dos deuses. Hermés foi, para a nossa civilização, o pai das ciências e dos conhecimentos ocultos que chegaram até nossos dias. Ensinou ao povo o que estava ao alcance de sua compreensão, guardando para os eleitos os conhecimentos mais profundos da verdadeira natureza das coisas. Esses conhecimentos eram tão bem guardados, que deram origem ao termo "hermético" significando tão bem fechado, que nem o ar entra.

As doutrinas por Hermés são tantas e tão variadas, que se chega a considerar como sendo o trabalho de um grupo de seres iniciados. Jâmblico diz que Manetom, o sacerdote egípcio do tempo de Ptolomeu I, atribuiu-lhe 2.326 livros. Não se pode precisar a época em que foram escritos, mas sabe-se que foi bem anterior às primeiras ocasiões em que foram mencionados. Clemente de Alexandria cita 42 de suas obras; nem todas chegaram aos nossos dias. Entre seus principais livros, podemos citar, "Poemander" ou "Pimandro", "Asclépios" ou "Discurso de Iniciação" e a "Tábua das Esmeraldas".

Dentre os vários santuários egípcios, um permanece desafiando a compreensão do homem: a Grande Pirâmide, chamada pelos egípcios de KUT (A Luz), o mais alto Templo de iniciação do Egito. Nele, Thot, mais tarde chamado de Hermés, deu início ao culto egípcio dos deuses e restaurou os mistérios anteriores à catástrofe atlante.

Na mitologia egípcia, Thot-Hermés era representado como um deus lunar nas primeiras dinastias, mestre do Cinocéfalo – o mono com cabeça de cão, que existia no Egito como símbolo da terceira Raça-Mãe. Diz-nos Blavatsky que Thot “é o mais misterioso e menos compreendido de todos os deuses cujo caráter pessoal é inteiramente distinto de todas as demais divindades antigas. (...) É o deus da sabedoria e da autoridade sobre todos os deuses restantes. É o registrador e o juiz. Sua cabeça de Íbis, a pena e a tabuinha de escrivão celestial, que anota os pensamentos, palavras e ações dos homens e os pesa na balança, assemelham-lhe aos Lípikas”.

Assim, Thot-Hermés assumiu diferentes significados ao longo da tradição, conforme o momento histórico a que nos referirmos. A esse respeito, afirma Edward Schuré ser Hermés “um nome genérico” como os de Manu e Buda. Designa, simultaneamente, um homem, uma casta e um deus. Homem, Hermés é o primeiro grande iniciador do Egito; casta, é o sacerdócio, depositário das tradições ocultas; deus, é o planeta Mercúrio, comparado com sua esfera a uma categoria de espíritos, de iniciador divino. Em uma palavra, Hermés preside as regiões supraterrestres da iniciação celestial.

Thot-Hermés ensinou a doutrina da luz aos sacerdotes dos templos, que formavam a poderosa hierarquia dos sacerdotes do Egito, chefiada pelo Faraó. Dos mais preciosos legados, deixados por Thot-Hermés, encontram-se cerca de quarenta e dois tratados de ciência oculta. Nesses livros, Ele deixou organizados para os egípcios os mistérios que velavam toda a sabedoria atlante.

Esses mistérios, que serviram de base para os Mistérios de Ísis e Osíris, eram revelados ao iniciado no interior das criptas e santuários, em rituais, que envolviam uma série de provas duríssimas a fim de preparar o indivíduo, psíquica e moralmente, para conhecer e usar as forças ocultas.

O Corpus Hermeticum, uma coletânea de textos, formada pela Tábua das Esmeraldas e dos Discursos de Iniciação, descoberto na Grécia no século III a.C., encerra parte do legado das revelações deixadas por Thot-Hermés e que se constituíram na síntese do Hermetismo – o movimento ocultista – surgido desde então. Assim, os gregos, discípulos dos egípcios, chamavam Hermés Trismegisto (três vezes grande), por considerá-lo rei, legislador e sacerdote.

Platão associa o nome Hermés a hermeneys, que significa intérprete e mensageiro, transformando-o no patrono de todas as artes que dependem da escrita, inclusive, medicina e magia, que, a partir, do neo-hermetismo, tornaram-se a gênese da ciência moderna.

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Hermés para os gregos, Thot para os egípcios ou deus Mercúrio para os romanos, segundo a mitologia, Ele era filho de Zeus e de Maia. O nome Hermés vem de Hermata ou coluna típica da época, que era colocada nas encruzilhadas para indicação dos caminhos, pois ele era o deus dos viajantes por ser considerado Mensageiro dos Deuses.

Ainda, segundo a lenda, Hermés teve vários filhos. O de maior destaque foi hermafrodito, filho de Hermes e Afrodite, belo como Narciso, que despertou o amor de Salmácis, uma ninfa. Vendo-o banhar-se em uma lagoa e não sendo correspondida, a ninfa se jogou na água e o abraçou solicitando a Zeus que nunca os separasse. Zeus, comovido, atendeu ao seu pedido, e Hermafrodito ficou unido à Salmácis para sempre.

Esse mito simboliza a natureza dupla de Hermés, Thot ou

Mercúrio, o Andoginismo, a união da mente e emoção e suas relações através das duas serpentes Píngala e Ida, enroscadas no Bastão de Arauto, o Caduceu, o sistema nervoso central. É o jogo do voluntário (mente) e involuntário (emoção) influindo no cérebro e na medula espinhal ou em Sushumna.

As asas, no símbolo, representam a inteligência superior que pode ser despertada. O Caduceu, antigo símbolo oculto chamado de Kerykeion ou Bastão de Arauto, revela os três nâdis, dos três sistemas nervosos, jogo da Vontade-Mente-Emoção, da paz universal, do poder adivinhatório e do ocultismo e da magia.

Em nossa próxima matéria sobre os Grandes Iniciados, falaremos sobre mais um Avatara, Moisés – o nascido das águas – libertador e legislador de Israel.

*Compilações de vários estudos

TrabalhosTrabalhos____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Percepção da Minha IniciaçãoPercepção da Minha Iniciação“Ser ou não ser... eis a questão.”

João Geraldo Camanhouero crer que os Irmãos já ouviram falar ou leram tal citação, uma tradução do inglês: “To be or not to be...

that is question”. Ela é curta, mas profunda e eterna. E não poderia haver síntese mais adequada, para exprimir a dúvida humana, diante da qual tem que se tomar uma decisão. Contudo, a grande maioria dos seres humanos não a toma, mergulhando em crises existenciais profundas, como Hamlet, o jovem príncipe da Dinamarca, o personagem imortal de Willian Shakespeare, o qual se tornou a consubstanciação da dúvida eterna. Via de regra, assim se comporta a humanaidade em face dos dilemas que a vida lhe apresenta.

Q

Embora não tenha os mesmos motivos do indeciso Hamlet, pois, para ele, “Ser ou não Ser” era um problema de viver ou morrer, e, para mim, quer dizer “viver ou existir”, comecei meu discurso com a parte mais enfática do célebre monólogo da peça “HAMLET”, Ato III, Cena Primeira, do citado dramaturgo inglês. Com efeito, ninguém viveu ou consiguirá viver sem dúvidas; só os irresponsáveis não hesitariam. Todavia, em tais encruzilhadas, o pior é não se decidir. Assim, diante do exposto, resolvi tomar uma decisão entre “viver ou existir”. Meus Irmãos, “a nossa vã filosofia não perceberia diferença entre viver e existir. Explico-me: até os seres mais brutos, como as pedras, existem. Ao homem, cabe-lhe viver. Erich From, na sua obra “Análise do Homem”, diz que “ a pessoa não nasce quando sai do ventre materno, mas quando sai de si mesmo”. Tendo em vista a argumentação delineada, a minha escolha só poderia incidir sobre o “VIVER”. Para tal, busquei a Maçonaria, onde, através da Iniciação, que é simbólica, por ser coletiva, tento alcançar a “VERDADEIRA INICIAÇÃO”, que é individual. Um dos seus fundamentos é permitir ao ser humano auto-realizar-se (ligando-se ao seu interior, para desapegar-se dos aspectos mundanos, que são transitórios, e cultuar os valores espirituais, que são perenes.) É o mais perfeito sinal de se ter colocado o pé na senda da evolução, sem, contudo, estar preso a crenças religiosas. Até porque, como livre-pensador, só entendo RELIGIÃO no sentido etimológico, do latim religare, religar, tornar a unir o homem a Deus. Há uma só verdade, amados Irmãos, ainda que os intolerantes religiosos lhe dêem nomes diferentes. Esse reencontro do homem com seu Deus Interior, é, verdadeiramente, o SEGREDO sem segredos, conhecido há milênios pelos Mestres de Sabedoria, detentores da Sabedoria Iniciática das Idades ou Doutrina Esotérica.

Essa concentração no Eu Superior, Consciência Crística, Cristo Interno, Espírito, ou qualquer outro nome, que expresse essa Divina Presença Interior, é que nos ajudará a canalizar essa Energia Poderosíssima do Plano Metafísico (Mente Abstrata, Quinto Princípio) para o plano físico (Mente Concreta, Quarto Princípio), permitindo-nos a conquista de riquezas espirituais e materiais abundantes e de poderes sem limites. Como dizia Paulo de Tarso: “Não sabeis que sois um Templo de Deus e que o Espírito da Divindade habita em vós?”. Adquirir esse estado de perfeição é, certamente, o maior combate que as humanas criaturas têm de travar dentro de si mesmas, uma vez que, para tal aquisição, devem

transcender as suas próprias limitações. Esse é o caminho; não há outro para a realização individual. Os discípulos cônscios de suas responsabilidades perante a “LEI, que a tudo e a todos rege”, têm de trilhá-lo. E tudo começa, como se transpõe o portal de um Templo Maçônico. Foi o que se deu comigo. Busquei a A∴R∴B∴L∴M∴ Perfeita União 8 nº 70, do Oriente do Rio de Janeiro, cuja denominação já revela um “Templo do Saber”, pois a perfeita união entre pessoas tão diferentes em suas origens e visões de vida só pode ser conseguida onde se busca a LUZ e o AMOR. E, atualmente, na A∴R∴L∴S∴ Rui Barbosa, do Oriente de São Lourenço-MG, continuo a

pretender, principalmente, estas dádivas do G∴A∴D∴U∴, que, de certo, virão, porque quero, e o universo conspirará a meu favor.

Tal preâmbulo me leva à Câmara de Reflexões, lugar escuro, uma caverna, representando um dos elementos da natureza: a Terra. Ali, como candidato à Iniciação, fui colocado a fim de me auto-analizar, ou no dizer do iluminado Sócrates: “conhecer-me a mim mesmo”. Esse local é um símbolo de alta transcendência, revelando um mergulho no interior do iniciando, apontando-lhe que deve morrer para as superstições do vulgo profano a fim de renascer pela Iniciação.

E foi assim, meus ilustres Irmãos, que percebi a minha Iniciação nessa Sacrossanta Ordem, onde, até o presente momento, como Maçom, isto é, “Pedreiro Livre”, venho procurando desbastar a Pedra Bruta, para edificação do templo Vivo (a Pedra Bruta e o Templo Vivo simbolizam o próprio maçom). Neste trabalho cosntante, por ser humano e viver na polaridade (bem x mal, luz x trevas, matéria x espírito), tenho-me preocupado com a “fachada exterior”, mas, sobretudo, busco a “arquitetura interior”, onde se efetivará uma nova vida.

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TrabalhosTrabalhos____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Função Social dos Iniciados na MaçonariaA Função Social dos Iniciados na MaçonariaAntônio Saliba

empre que ouvimos um Irmão com mais experiência, maçonicamente falando, afirmar que, aos iniciados na

Sublime Ordem, é compatível a sua liderança no seu meio social, somos levados a pensar seriamente sobre o tema. E, concluímos que o fato em si implica uma grande responsabilidade para todos aqueles que, de uma forma ou outra, não se satisfazem, apenas, com o fato de, na teoria, se dizer eu sou um maçom.

S

Isto colocado, meus Irmãos, leva-nos de repente à expressão Responsabilidade Social, e descobrimos que tal expressão está ganhando muita relevância na mídia, nas Universidades, nas listas de discussões pela Internet. Fala-se em empresas socialmente responsáveis. Mas, afinal, o que significa Responsabilidade Social? Quais os conceitos, quais as atitudes, quais os projetos, quais os movimentos comunitários, enfim, que definem Responsabilidade Social?

A Responsabilidade Social engloba o nosso compromisso pessoal com a sociedade e com o planeta em vivemos, ou seja, está intima e inexoravelmente ligada à busca de um desenvolvimento sustentável, algo muito diferente da visão de conquista, apenas, do crescimento econômico. As atitudes, que assumimos ou não, enquanto, indivíduos, empresas, governos legisladores bitolam a vida dos outros, onde, também, incluem-se as futuras gerações, expressam se estamos de fato comprometidos em transformar nossas comunidades em ambientes fraternos e solidários, capazes de gerar distribuição de riquezas, felicidade e bem-estar social a todos. Para agir com responsabilidade Social, devemos, portanto, possuir a capacidade de ouvir nem sempre nos é muito fácil, assim, agirmos os diferentes interesses dos interagentes sociais com os quais nos relacionamos, para conseguirmos incorporá-los ao planejamento de nossas atividades, buscando atender às demandas de todos, e não, apenas, os nossos interesses pessoais. É necessário compreendermos, que para intervir na comunidade com Responsabilidade Social, devemos reaprender o sentido de construção de parcerias, buscar ideais humanitários, éticos e republicanos, além de nos apropriarmos do conceito real de fraternidade e praticá-lo.

Não podemos mais nos conformar com a mera atitude assistencialista e filantrópica, que nos lava a alma e nos proporciona

a sensação de remissão de todos os nossos pecados. Ainda que campanhas em do agasalho todos os invernos evite a dor, o frio e até a morte de milhares de pessoas, o assistencialismo e o filantropismo não selam um compromisso, tampouco transformam uma realidade. Somente com Responsabilidade Social, conseguiremos romper o paradigma do clientelismo, da troca de favores, herança do Estado cartorial, patrimonialista e paternalista, especialista em propor alternativas, que apagam incêndios, mas não alteram a dimensão real dos problemas sociais.

Programas emergenciais, diante da dimensão da pobreza e da miséria, que enfrentamos hoje no mundo, não podem deixar de vir acompanhadas de reformas sociais estruturais profundas. É aí que entra a Responsabilidade Social. Ao contrário da filantropia, que se propõe, basicamente, a ações materiais, a Responsabilidade Social pressupõe decisões e atitudes lastreadas na ética e na ponderação da cidadania. Requer planejamento de ações, definição de indicadores, de metas e o acompanhamento junto ao público e a realidade que estamos desejando transformar.

Foi, nesse contexto, por exemplo, que Organizações não-Governamentais, no mundo inteiro, começaram por pressionar empresas e governos, para que fossem evitadas as emissões de poluentes. A partir de então, o ambientalismo passou a ser tema permanente, revolucionando as condutas e legislações. Estava, assim, lançada uma semente que passaria a ser cultivada por defensores dos direitos humanos, de gênero, de inclusão digital e de democracia participativa. Enfim, por uma infinidade de movimentos, aos poucos, formando o ambiente para a necessária

consciência socialmente responsável, que, agora, queremos transformar numa prática diária e contínua.

A luta por mais Responsabilidade Social se manifesta pelo mundo afora, e graças às redes de comunicações formais ou não e à velocidade de acesso às informações, contamina de tal maneira, que passa a ser impossível ficar indiferentes à cobrança, que a própria sociedade nos faz quanto ao nosso papel como agentes políticos. Nesse sentido, não estamos procurando, somente, mudar o mundo. Estamos, efetivamente, promovendo uma mudança de comportamentos, que será refletida numa sociedade civil, conseqüentemente, no Mundo empresarial e na própria gestão do Estado.

“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante em que o livro fala e a alma responde!”autor desconhecido

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O cientista político português, Boaventura Santos, indica-nos que a sociedade civil é o local da solidariedade, da busca coletiva do diálogo entre interesses e dos valores éticos. A reforma democrática do Estado deve reconhecer e garantir o poder da sociedade civil. As políticas públicas devem valorizar a legitimidade dos postos eletivos, a capacidade política dos governantes, a responsabilidade pública dos servidores e o trabalho comunitário. Os usuários dos serviços públicos não devem ser definidos e tratados como clientes, mas como cidadãos com direitos , inclusive o de participação. Desses posicionamentos, deve decorrer o conceito de qualidade total dos serviços públicos. A adoção de atitudes socialmente responsáveis ilumina e agrega a sociedade civil.

Democracia sem justiça social é utópica. No essencial, o Brasil venceu a luta pela democracia e liberdade, mas estamos muito distantes de viver em um país com a desejada justiça social. A distância, ainda, é incomensurável, e corremos o risco de trilhar o perigoso caminho do retrocesso democrático. As desigualdades sociais começam a pesar sobre nossos ombros e ameaçam a relativa estabilidade em que vivemos. Assim, é chegado o momento de reconhecermos o paradoxo, gerador de imensas desigualdades sociais, ao lado de um crescimento econômico, que, por sua vez, trouxe, em seu bojo, avanços tecnológicos, científicos e das comunicações. Somente aquele, que reconhece suas responsabilidades sociais perante esse é capaz de interferir nos seus destinos, utilizando, por mais estranho que pareça, a globalização, para a conscientização das comunidades locais.

Esse novo entendimento traz ao nosso dia-a-dia, meus Irmãos,

a compreensão de que, segundo nos alerta Augusto de Franco, coordenador da Agência de Educação para o Desenvolvimento, o fenômeno global, que chamamos de Globalização, não só oferece o surgimento de novas condições, sem as quais seria impossível o fluxo interativo de informação e conhecimento, que tem permitido, inclusive, que os poderosos complexos financeiros e comerciais possam internacionalizar-se e tentar dominar o mundo, mas também permite a percepção compartilhada de problemas e perspectivas globais e o surgimento de novos partícipes, como nova sociedade civil mundial, emergindo na atualidade.

Graças a esse novo ângulo de visão sobre os rumos da humanidade, começa a ser valoriza - do e requerido um novo estilo de liderança, dedicado à transformação pessoal e coletiva, totalmente comprometida com os valores e princípios éticos e morais, baseados na busca da verdade, inspirados por um sentido de transcendência e orientados por um ideal do serviço para o bem comum. Essa nova liderança deve dedicar-se a promover o que chamamos de capital social, um conjunto de concepções e ações em torno da coesão e da confiança social. Ela pode e deve, por certo, manifestar-se no dirigente de uma empresa, que passará a adotar as premissas da responsabilidade social não somente para com seus acionistas e colaboradores, mas também para com a sua comunidade, no voluntariado, no terceiro setor, nas agremiações não-governamentais, enfim, em todo o campo, onde um ser humano terá a oportunidade única de relacionar-se com outro igual. Diante desse novo quadro, meus Irmãos, deixo-lhes esse questionamento: o que a Maçonaria e os Maçons podem e devem fazer?

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Missão, Metas e Rumos das lojas na AtualidadeMissão, Metas e Rumos das lojas na AtualidadeRodrigo de Oliveira

uito se discute sobre qual seria o verdadeiro papel da Maçonaria nos dias de hoje. Não mais se admite apenas

viver de glórias do passado.M

Devemos, sim, olhar o passado, mas, somente, para aprendermos com ele e projetarmos um futuro melhor, como disse M.Gandhi. E, não, para ficarmos, nostalgicamente, glorificando mártires, fatos e atos pretéritos, em inércia de atuação na Humanidade, que tanto necessita de nós, e cada vez mais, pois, ainda, encontra-se mergulhada na escravidão da ignorância, da corrupção e de outros males, cujos desdobramentos devem combatidos pelos Maçons, embora seja sabido que a Maçonaria está longe de dar a última palavra sobre o assunto.

Por isso, acredito que, como nos elucidou o Ir.'. Anatoli Oliynik Dyn, desenvolver um claro Projeto de Metas e Missões das Lojas e dos seus OObr.'. representa apresentar uma metodologia, que nos oriente e nos prepare, para enfrentarmos os desafios existentes, preparando as bases para disseminação de uma nova filosofia de atuação, pois, "Quando a Loja tem um senso claro do seu objetivo, do seu rumo e da posição desejada para o futuro, e quando essa imagem é amplamente compartilhada, o Maçom torna-se capaz de encontrar o seu próprio papel dentro da Loja e da Maçonaria", o que certamente contagia e motiva para se estudar, compreender e cumprir com os desígnios de nossa Sub.'.Ord.'., que não pode ser vista, apenas, como sendo de filantropia ou beneficência, muito menos como um Clube Social ou de Serviço, pois, certamente, é muito mais que isso.

Talvez, esteja, na prática e no desenvolvimento de um Projeto, a verdadeira Motivação, com Claros Objetivos e Orientações que faltam aos IIr.'. que se deixam abater pela "perda de tempo" e reuniões "desmotivadoras" e "sem conteúdo", cujo desenrolar os leva a deixar a Ordem e o nosso Frat.'. convívio.

Cultura Maçônica é muito importante e deve ser disponibilizada a todos, pelo bem da própria Instituição e de seus

Membros. Mas a prática dos nossos desígnios não deve ficar relegada ao distante passado. Podemos não mais viver uma Ditadura no Governo, mas é certo que ainda temos muitos Coronéis e Ditadores, Políticos, Empresários e Patrões, usurpadores do povo, que sugam a Humanidade e a mantém na escravidão, a bem de seus mesquinhos

interesses.E o que nos falta para sermos melhores

Maçons? Verdadeiros Líderes? Ou Orientadores mais preparados, bem dispostos e mais organizados?

Assim, para a necessária Transformação e Evolução da Maçonaria, das Lojas e dos OObr.'., adequando-os às necessidades atuais da Humanidade e os preparando para cumprirem o seu papel, penso que devemos meditar e refletir sobre o assunto, considerando:

Valores = Quem somos? Visão = Para onde estamos indo? Missão = Em que negócio estamos? Diretrizes = Como nos orientamos? Estratégias = Como faremos e que caminho seguiremos? Objetivos e Metas = Em que temos que nos concentrar?

Nesse contexto, Caríssimos IIr.'., qual é o Perfil do Novo Maçom e da Maçonaria Atual ?

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O Poder das Palavras e as Palavras Sagradas na MaçonariaO Poder das Palavras e as Palavras Sagradas na Maçonaria“Disse Deus: Faça-se a Luz, e a Luz se fez.”

Marcelo Sidotio abordar, ainda que timidamente, o tema do poder da palavra, deparo-me com a história da Criação, com os muitos mistérios

contidos nos símbolos, passo pela abordagem ocultista dos campos de vibração e simultaneamente com a eficácia dos rituais, meto-me na tradição do longínquo Oriente e suas formas manifestas através dos mantras, vindo, pouco a pouco, a entender um pouco mais das palavras sagradas na Maçonaria Cósmica.

A

Talvez, seja impossível, para nós Ocidentais, iniciar um estudo pequeno que seja, sobre o poder da palavra, sem nos remetermos imediatamente ao “Fiat Lux”, contido no Gênesis. E começo por Ele, porém não posso parar por aí. Para aqueles, fiéis ou estudiosos do Antigo Testamento, o Gênesis, do início ao fim, trata de um diálogo, conversa, entre o Deus Manifesto (GADU) e seus agentes.

A Obra da Criação, de forma alguma, é realizada no silêncio absoluto, senão que este silêncio primordial é o pano de fundo que possibilita ouvir a Voz do Criador, do Geômetra. Note que a única Voz é a de Deus, sendo que Ele manifesta a criação através de algo (Elohim) além dele próprio, senão que sentido haveria em dizer: Faça-se a Luz, Ele, simplesmente, pensaria a criação e ela estaria criada. E não haveria ruído algum...

Posso tentar entender isso da seguinte forma:1. O pensamento (vibração potencial) necessita ser Verbalizado

(vibração dinâmica) caso contrário não existe a Manifestação.2. A verbalização, para que possa ser entendida, necessita de

quem A Escute. A Primeira atitude do Criado, portanto, é Escutar.No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo

era Deus. Nessa passagem, retrata-se a possibilidade, o potencial, porém, efetivamente, nada havia sido realizado. O Verbo só pode manifestar-se no momento da Diferenciação Divina, onde o Um torna-se Dois e nesse instante, materializa-se. Concluo que a verbalização é o ato de Criar e, nele, nesse processo, existe um Emissor e um Receptor. Sem os Dois, o Um não Verbaliza e, portanto, nada Cria.

Seguindo pelos campos da Vibração, rememoro o poder contido nos símbolos sagrados.

Os antigos, sabedores que eram do imenso poder contido na Palavra e, a fim de, por um lado, levar aos profanos a Sabedoria Divina e, por outro, velar as palavras para que não pudessem ser utilizadas de maneira leviana, criaram os símbolos.

Em linhas gerais, os símbolos são representações (vibração) de grandes verdades e possuem um poder oculto (vibração), que é manifestado pelo Iniciado através do uso de palavras adequadas. Todo e qualquer Rito utiliza-se dos símbolos, formas brandas do verdadeiro conhecimento, e das palavras e tons adequados gerando grande energia e Poder.

Muito comum, por exemplo, o uso do tom “Fá” nas Orações e Preces.

Os rituais, símbolos e signos, que são do Poder do Mais Alto, têm sua eficácia garantida quando, através de postura adequada, palavras certas e tom apropriado, são vibrados. Aliás, talvez, existam poucos exemplos mais belos e antigos do que os mantras do hinduísmo

ou bramanismo. Estes se constituem em verdadeira chave de poder, induzindo a um estado de consciência em particular e desenvolvendo características no estudante ou devoto.

Os Mantras, fórmulas repetitivas, justamente, unem em si três elementos formidáveis: a vibração, a repetição da vibração e a atitude mental. Com eles, pode o ser humano retrabalhar, inclusive, traços do que considera “seu jeito de ser” e que, na verdade, trata-se apenas, de sua personalidade corrente. Atualmente, os mantras são utilizados largamente em muitas escolas e/ou religiões, com outras palavras diferentes. Não obstante o uso de palavras antigas terem uma eficácia fantástica, podemos utilizar, por exemplo, uma curta oração que atinja nosso coração e enleve nossa alma e repeti-la, bem baixinho, na nota “Fá”, durante algum tempo. O efeito, ao longo do tempo, será sem dúvida maravilhoso.

A Maçonaria, talvez, mais do que qualquer outra Ordem, possui, em sua essência e formação, a Palavra e a Divina Vibração oriunda dela.

Na História, que conta a morte do Mestre Hiram, os assassinos, os profanadores, tentaram tomar-lhe, a todo custo, a Palavra. Mestre Hiram morreu sem revelá-la. Notemos aqui o Poder de quem detém a Palavra e a angústia daqueles, que, fracos de caráter, nunca poderão obtê-la. E, não, podendo obtê-la (pois, na verdade não sabem onde procurá-la) desejam matar quem a detém. Morre porem o detentor da Palavra, mas nunca a Palavra!

Nessa história, o Mestre de Todos os Maçons, cioso do poder da Palavra, deu-a como Perdida e recria o Mito de posse de outras, mais humanas, mais comuns. Lembremos que, nossa mística missão é recuperar a Palavra Perdida e dá-la, nesse novo ciclo, que ora se inicia, à verdadeira Humanidade.

Outro exemplo da cerimônia, que encerra a Palavra na real Ordem, é o Ritual de Instalação da Loja, antecedendo todas as nossas sessões. Do Venerável, guardião do Delta Luminoso, emana a Palavra, que, de Irmão a Irmão, por ele designado, chega até o Segundo Vigilante, que retorna aclamando: “Tudo está Justo e Perfeito”. Só após isso é que o Venerável invoca o Grande Arquiteto do Universo, pois a Palavra criou “o pano de fundo” apropriado a um trabalho de Ordem Superior.

O uso dos malhetes e sua peculiar vibração, também, é exemplo de Palavra e Poder. Desta feita, a palavra não é dita com os lábios, mas, sim, vibradas nos ritmos apropriados do “bater dos martelos”.

A Palavra de Passe do Grau de Companheiro, por outro lado, cumpre duas funções, sendo a primeira, a mais importante, a de criar, sonoramente, uma certa predisposição mental no Irmão, que a profere, e, em segundo lugar, por sua peculiar forma de ser pronunciada, remete-nos ao Livro dos Juizes, no Velho Testamento, na Batalha entre os Efraimitas e os Galeaditas.

Inúmeros são os exemplos que, aqui, poderíamos colocar, porém exigem outro espaço, em outro momento.

O importante e fundamental é termos claro que a vibração, tornada palavra, torna o Mundo, que conhecemos, tal qual ele é. Vejam só a nossa imensa responsabilidade. Sem dúvida, por isso mesmo, é que a primeira Lei Oculta seja: Calar e Escutar.

Sondagem Geotécnica - EstaqueamentoProjetos e Obras Civis – Laudos Periciais

Ir∴HAMILTON S. SILVEIRAENGENHEIRO CIVIL GEOTÉCNICO

CREA 35679/D-RJ( (35) 3332-2353 / [email protected]

Rua Andradas 240/12 – S. Lourenço - MG

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ReflexõesReflexões__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Solução é Manter o Diálogo!A Solução é Manter o Diálogo!Rose Maria Inojose

odos nós sabemos quando estamos em estado de PAZ e quando não estamos. E, mais, conseguimos distinguir entre a paz interior, muitas

vezes percebida como equilíbrio; a paz com o outro, na harmonia das relações; a paz com a natureza, quando nos sentimos parte dela.

TApesar da dificuldade de se conceituar PAZ, assim como é

difícil conceituar felicidade, tristeza, alegria, temos conseguido alguns consensos, como o de que a paz não é, apenas, a ausência de guerras ou de conflitos violentos.

A PAZ é um caminho, como ensinou Ghandi. É um processo. E a violência também.

Tanto a PAZ como a violência, como processos, nascem da diversidade, riqueza extraordinária do Planeta Terra, da natureza de que fazemos parte e da sociedade humana que construímos.

Nessa diversidade de seres, de necessidades e de interesses afloram conflitos pelo uso e a apropriação de recursos de toda sorte – naturais, construídos, econômicos, afetivos, de poder.

A sociedade humana engendrou uma desigualdade interna estrutural de acesso à riqueza e ao poder, desigualdade, que é fonte de conflitos e de violência.

Alguns estudiosos nos dizem que o conflito é natural; outros, que é bom, pois promove mudanças internas e externas.

O fato é que temos de lidar, cotidianamente, com conflitos no caminho da construção da paz. E é tênue o véu que separa o conflito da violência.

O verbo, a palavra estruturada, que distingue os homens das demais espécies, é o instrumento que nos permite resolver conflitos

pacificamente. A mesma palavra, que pode ser usada como arma, para eclodir a violência.

Qual é, então, o umbral da violência? Qual é o passo que leva para a violência? Como parar antes de deslizar para esse abismo?

Talvez, seja naquele momento penumbroso em que, em conflito aberto ou oculto, as pessoas param de conversar, de dialogar,

deixar de ver o outro como sujeito, como interlocutor, para vê-lo como algo a eliminar.

Não é verdade que lutamos contra as causas, contra as idéias. A guerra, o conflito violento não apaga idéias, elimina pessoas. Essa falácia de lutar contra causas tem estado presente no imaginário dos grupos e povos, como desculpa, para agredir, para matar.

É essencial considerar que, quando agredimos, quando lutamos, estamos agredindo pessoas, estamos eliminando-as, não idéias. As idéias sobrevivem a elas e continuam dando causa e desculpas para guerras.

A única maneira de não ultrapassar o umbral da violência é manter o diálogo, a

conversa, porque o diálogo pode mudar as pessoas - as duas partes. O diálogo as mantém como sujeitos, vestidos com a sua humanidade, com a sua dignidade, com seu bornal de onde idéias podem entrar e serem descartadas.

Manter o diálogo é sinal de confiança, de fraternidade. Onde há confiança pode haver conflito, mas não agressão, não violência.oi amor!

O diálogo sinaliza e restaura a confiança na humanidade do outro.

Boas DicasBoas Dicas______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Salomãohttp://www.culturabrasil.org/os_templarios.htm

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www.estantevirtual.com.br - a maior rede de sebos e livreiros do Brasil. O lugar certo para encontrar raridades literárias ewww.entreirmaos.net visite o site da Família Maçônica.

Indicação de Livros Indicação de Livros Vivenciando a Maçonaria de autoria do escritor e acadêmico maçônico Jorge Tavares Vicente editado pela Editora Marques Saraiva.

Escritos Maçônicos I de autoria do escritor e acadêmico maçônico Flávio Vasques.

Arte Real – Edições Anteriores Arte Real – Edições Anteriores Já se encontram disponíveis para download as edições anteriores do Arte Real no site www.entreirmaos.net

Obrigado por prestigiar nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!