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Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
Arquitetura Moderna
Bibliografia Básica
Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 1992BENÉVOLO, Leonardo. A Cidade e o Arquiteto. Tradução Attilio Cancian. 2.ed 1.reimpr. São Paulo: Perspectiva, 2001.BENÉVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. Tradução Ana M. Goldberger. São Paulo: Perspectiva, 1998.BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. Tradução Sílvia Mazza. São Paulo: Editora Perspectiva, 1983.BRUAND, Yves. Arquitetura contemporânea no Brasil. São Paulo, Perspectiva, 1981. CHOAY, Françoise. O Urbanismo. Tradução Dafne Nascimento Rodrigues. 5.ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.LEMOS, Carlos. Arquitetura Brasileira. São Paulo: Melhoramentos; EDUSP, 1979SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil 1900-1990. 2.ed 1.reimpr.- São Paulo: EDUSP, 2002.
Régua Cronológica
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.1784- TEAR A VAPOR EDMUND CARTWRIGHT.1789- REVOLUÇÃO FRANCESA
.1799- NAPOLEÃO BONAPARTE É IMPE-RADOR DA FRANÇA.1822- INDEPENDÊN-CIA DO BRASIL.1825-PRIMEIRO SER-VIÇO FERROVIÁRIO NA INGLATERRA
.1848- REVOLUÇÕES BURGUESAS.1850-FRANÇA É A PRI-MEIRA NAÇÃO A RE-DUZIR AS BARREIRAS ALFANDEGÁRIAS.1852-NAPOLEÃO III IMPERADOR DA FRANÇA
.1856-PROCEDIMEN-TO BESSEMER: AÇO .1863- METRÔ DE LONDRES.1867- INAUGURAÇÃO DA SÃO PAULO RAILWAY LIGANDO SANTOS Á JUNDIAÍ
.1874- EXPOSIÇÃO IMPRESSIONISTA EM PARIS..1876- G. BELL PATENTEIA O TELEFONE.1879- ÉDSON: LÂM-PADA ELÉTRICA.1884- SURGE O BONDE ELÉTRICO
.1777- THOMAS FARNOLLS PRITCHARD E JOHN WILKINSON:PONTE DO SEVERN , COALBROOKDALE
.1803-DE CESSART E DILLION: PONT DES ARTS, PARIS
.1846- JOHN RUSKIN PUBLICA MODERN PAINTERS.1849- RUSKIN PUBL-CA THE SEVEN LAMPS OF ARCHITECTURE.1851- JOSEPH PAXTON: PALÁCIO DE CRISTAL.1854- E. GRAVES OTIS: INVENÇÃO DO ELEVADOR
1853-HAUSSMANNÉ NOMEADO PRE-FEITO DO SENA1859- ILDEFONS CERDÁ: EIXAMPLE DE BARCELONA.1860- H. LABROUSTE BIBLIOTECA NACIONAL, PARIS.1867-J.B. KRANTZE GUSTAVE EIFFELEXPOSIÇÃO UNIVER-SAL DE PARIS
.1883- NASCE WALTER GROPIUS.1886-NASCE MIES VAN DER ROHE.1883/926-GAUDI: TEMPLO DE LA SAGRADA FAMILIA.1887- NASCE LE CORBUSIER.1889- EXPOSIÇÃO UNIVERSAL PARIS .1892- FRANÇOIS HEANNEBIQUE: PA-TENTE CONCRETO ARMADO COM VER-GALHÕES DE SEC-ÇÃO CILÍNDRICA.1899- HECTOR GUIMARD: METRÔ DE PARIS
1775 1799 1825
1855 1874 1900
Introdução
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No final do século XVII a cultura iluminista age contemporaneamente sobre o controle técnico e sobre o controle artístico. Acelera o desenvolvimento tecnológico e muda, portanto, radicalmente as bases materiais da projeção. Ao mesmo tempo, critica o valor permanente dos modelos formais até então vigentes (os do classicismo antigo repropostos no Renascimento) e deixa subsistir apenas a possibilidade de uma imitação deliberada do repertório clássico como de todo outro repertório, deduzido de outros períodos do passado.
Leonardo Benévolo
Partenon – 447/ 432 AC
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Donato Bramante - San Pietro in Montorio, o “Tempietto” 1502
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Thomas Farnolls Pritchard e John WilkinsonPonte do Rio Severn em Coalbrookdale 1777
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Henri Labrouste – Biblioteca Nacional - 1860
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Eng. Victor Contamin e Arq. C.-L.-F. DutertGaleria das Máquinas – Exposição Universal Paris - 1889
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Eng. Victor Contamin e Arq. C.-L.-F. DutertGaleria das Máquinas – Exposição Universal Paris - 1889
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Antoni Gaudi – Sagrada Família – 1883/1926
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Hector Guimard – Metrô de Paris - 1899
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Ildefons Cerdà – Eixample de Barcelona - 1855 - 1863
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Régua Cronológica
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1884- SURGE O BONDE ELÉTRICO.1900- FREUD: A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
.1905- EINSTEIN: TEO-RIA DA RELATIVIDADE.1907- PICASSO: LES DEMOISELLES D’AVIGNON.1914/1918- PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
.1917- REVOLUÇÃO BOLCHEVIQUE NA RÚSSIA. 1929- QUEBRA DA BOLSA NY.1930- REVOLUÇÃO DE 1930 (BRASIL)
.1933- HITLER ASSU-ME A CHANCELARIA ALEMÃ.1939/1945- SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
.1957- TRATADO DE ROMA:CRIAÇÃO DA UNIÃO EUROPÉIA.1959- REVOLUÇÃO CUBANA
.1883- NASCE WALTER GROPIUS.1886-NASCE MIES VAN DER ROHE.1883/926-GAUDI: TEMPLO DE LA SAGRADA FAMILIA.1887- NASCE LE CORBUSIER.1889- EXPOSIÇÃO UNIVERSAL PARIS .1892- FRANÇOIS HEANNEBIQUE: PATENTE DO CONCRETO AR-MADO COM VER-GALHÕES DE SEC-ÇÃO CILÍNDRICA.1899- HECTOR GUIMARD: METRÔ DE PARIS
.1903- E. HOWARDCIDADE-JARDIM DE LETCHWORTH.1903- A. PERRET:ED. RUA FRANKLIN.1904- T. GARNIER- A CIDADE INDUSTRIAL.1905- V. DUBUGRAS: EST. DE MAIRINQUE.1907- R. UNWIN E B. PARKER: BAIRRO DE HAMPSTEAD GARDEN EM LONDRES.1908- P. BEHRENS: FÁBRICA AEG.1908/10- F. L. WRIGHTCASA ROBIE.1910- ADOLF LOOS:CASA STEINER
.1919- GROPIUS: CRI-AÇÃO DA BAUHAUS.1924- G. RIETVELD:CASA SCHRÖDER.1925/26- GROPIUS: ED. DA BAUHAUS.1925- ERNST MAY: BRUCHFELDSTRASSE.1928-PRIMEIRO CON-GRESSO INTERNACIONAL DE ARQUITE-TURA MODERNA -CIAM.1929- LE CORBUSIERVILA SAVOYE.1929- MIES: PAVILHÃO DE BARCELONA.1931- LE CORBUSIERCIDADE RADIOSA
1930- WARCHAVCHICKCASA DA RUA BAHIA.1933- A CARTA DE ATENAS.1934- F. L. WRIGHTCASA KAUFMANN.1936- A. VITAL BRASIL E A. MARINHO: ED.ESTHER.1936- M.M. ROBERTO:EDIFÍCIO DA ABI.1936/42- EDIFÍCIO DO MES NO R. JANEIRO.1938- L. COSTA E O. NIEMEYER: PAVILHÃO DO BRASIL.1943- NIEMEYER: IGREJA DA PAMPULHA.1943- F. L. WRIGHT: MUSEU GUGGENHEIM.1946- A. E. REIDY: C. R. PEDREGULHO
.1946/50-MIES:CASA FARNSWORTH.1947- CORBUSIERUNIDADE MARSELHA.1949- F. BOLONHA: C. R. DE PAQUETÁ.1950- CORBUSIERCAP. RONCHAMP.1951- CORBUSIERCHANDIGARH.1957- L. COSTA- PLANO PILOTO DE BRASÍLIA.1959- J. B. VILANOVA ARTIGASGINÁSIO DE ITANHAÉM
1875 1900 1915
1930 1946 1960
Modernismo
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Sob o termo genérico Modernismo resumem-se as correntes artísticas que, na última década do século XIX e na primeira do século XX, propõem-se a interpretar, apoiar e acompanhar o esforço progressista, econômico-tecnológico, da civilização industrial. São comuns às tendências modernistas:
1) a deliberação de fazer uma arte em conformidade com sua época e a renúncia à invocação de modelos clássicos, tanto na temática como no estilo;
2) o desejo de diminuir a distância entre as artes "maiores" (arquitetura, pintura e escultura) e as "aplicações" aos diversos campos da produção econômica (construção civil corrente, decoração, vestuário etc.)
3) a busca de uma funcionalidade decorativa4) a aspiração a um estilo ou linguagem internacional ou européia5) o esforço em interpretar a espiritualidade que se dizia (com um pouco
de ingenuidade e um pouco de hipocrisia) inspirar e redimir o industrialismo.
Giulio Carlo Argan
Modernismo
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Por isso, mesclam-se nas correntes modernistas, muitas vezes de maneira confusa, motivos materialistas e espiritualistas, técnico-científicos e alegórico-poéticos, humanitários e sociais. Por volta de 1910, quando ao entusiasmo pelo progresso industrial sucede-se a consciência da transformação em curso nas próprias estruturas da vida e da atividade social, formar-se-ão no interior do Modernismo as vanguardas artísticas preocupadas não mais apenas em modernizar ou atualizar, e sim em revolucionar radicalmente as modalidades e finalidades da arte..
Giulio Carlo Argan
Auguste Perret – Edifício na Rua Franklin 25 bis1903
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Victor Dubugras – Estação Ferroviária de Mairinque1905/08
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Peter Behrens – Fábrica de Turbinas AEG – 1908/09
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Frank Lloyd Wright – Casa Robie – 1908/10
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Adolf Loos – Casa Steiner - 1910
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Walter Gropius – Bauhaus - 1919
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Walter Gropius foi um dos Arquitetos interessados em reformular o sistema de ensino artístico. Ele elaborou um programa pedagógico que seria a base teórica para a criação da escola que viria revolucionar, não só o ensino das Artes e Arquitetura, mas também o próprio desenvolvimento destas: a BAUHAUS.
Esta nova pedagogia consistia de um esforço em integrar o Artista à máquina, ao processo produtivo industrial.
“pois o artista possui a capacidade de insuflar uma alma ao produto inanimado da máquina... Sua colaboração não é luxo, não é um suplemento voluntário, mas deve se transformar em um componente imprescindível de toda a obra da indústria moderna.”
Walter Gropius
Walter Gropius – Edifício da Bauhaus - 1926
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Walter Gropius – Edifício da Bauhaus - 1926
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Gerrit Rietveld – Casa Schröder - 1924
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Le Corbusier –Por uma Arquitetura - 1924
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Em 1924 Le Corbusier publica “ Por uma Arquiteura”, verdadeiro manifesto pela arquitetura moderna. Com linguagem veemente o autor busca a criação de uma nova arquitetura que superasse o anacronismo representado pelo Ecletismo e seus estilos. Era necessário corresponder às necessidades da era da máquina: “ A casa é uma máquina de morar”.
Le Corbusier –Por uma Arquitetura - 1924
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Olhos que não Vêem...1. Os Transatlânticos
Uma grande época começa. Um espírito novo existe. Existe uma multidão de obras de espírito novo; são encontradas particular-mente na produção industrial. Os hábitos sufocam a arquitetura. Os "estilos" são uma mentira. O estilo é uma unidade de princípios que anima todas as obras de uma época e que resulta de um estado de espírito caracterizado.Nossa época fixa cada dia seu estilo. Nossos olhos, infelizmente, não sabem discerni-lo ainda.
Le Corbusier. Por uma arquitetura. Trad. Ubirajara Rebouças. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Le Corbusier –Por uma Arquitetura - 1924
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Olhos que não Vêem... 2. Os AviõesO avião é um produto de alta seleção.A lição do avião está na lógica que presidiu ao enunciado do problema e à sua realização.O problema da casa não está colocado.As coisas atuais da arquitetura não respondem mais às nossas necessidades.No entanto os padrões da habitação existem.A mecânica traz consigo o fator de economia que seleciona.A casa é uma máquina de morar.
Le Corbusier. Por uma arquitetura. Trad. Ubirajara Rebouças. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Le Corbusier –Por uma Arquitetura - 1924
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Olhos que não Vêem...3. Os Automóveis
É necessário tender para o estabelecimento de padrões para poder enfrentar o problema da perfeição.O Parthenon é um produto de seleção aplicada a um padrão.A arquitetura age sobre. os padrões.Os padrões são coisa de lógica, de análise, de estudo escrupuloso; são estabelecidos a partir de um problema bem colocado. A experimentação fixa definitivamente o padrão.
Le Corbusier. Por uma arquitetura. Trad. Ubirajara Rebouças. São Paulo: Perspectiva, 1998.
Os Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna CIAM
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CIAM I - La Sarraz 1928 – Declaração de La Sarraz
CIAM II – Frankfurt 1929 – O problema da habitação mínima
CIAM III – Bruxelas 1930 – O loteamento racional
CIAM IV – Patris II 1933 – A cidade funcional: A Carta de Atenas
CIAM V - Paris 1937 - Moradia e Lazer
CIAM VI – Bridgewater 1947 – Necessidades emocionais e matreriais
CIAM VII – Bérgamo 1949
CIAM VIII – Hoddesdon 1951 – O coração da cidade
CIAM IX - Aix-en-Provence 1953 – Primeiras críticas à Carta de Atenas
CIAM X – Dubrovnik 1956 – Team X
Declaração de La SarrazCongrès Internationaux d’Architecture Moderne - CIAM - 1928
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1. A idéia de arquitetura moderna inclui o vínculo entre o fenômeno da arquitetura e o do sistema econômico geral.
2. A idéia de "eficiência econômica" não implica a oferta, por parte da produção, de um lucro comercial máximo, mas a exigência, por parte da produção, de um mínimo esforço funcional.
3. A necessidade de uma eficiência econômica máxima é o resultado inevitável do empobrecimento da economia geral.
4. O método mais eficiente de produção é o que decorre da racionalização e da padronização. A racionalização e a padronização agem diretamente sobre os métodos de trabalho, tanto na arquitetura moderna (concepção) quanto na indústria da construção (realização).
Declaração de La SarrazCongrès Internationaux d’Architecture Moderne - CIAM - 1928
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5. A racionalização e a padronização agem de três modos diversos:
a) exigem da arquitetura concepções que levem à simplificação dos métodos de trabalho no lugar e na fábrica;
b) significam para as construtoras uma redução da mão-de-obra especializada; levam ao uso de uma mão-de-obra menos especializada que trabalhe sob a direção de técnicos da mais alta habilitação;
c) esperam do consumidor (ou seja, do consumidor que encomenda a casa na qual vai viver) uma revisão de suas exigências em termos de uma readaptação às novas condições da vida social. Essa revisão irá manifestar-se na redução de certas necessidades individuais, doravante desprovidas de uma verdadeira justificativa; as vantagens dessa redução irão estimular a máxima satisfação das necessidades da maioria, as quais se acham no momento restringidas.
Le Corbusier – Vila Savoye - 1929
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Le Corbusier – Vila Savoye - 1929
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Le Corbusier – Vila Savoye - 1929
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Le Corbusier – Vila Savoye - 1929
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Ludwig Mies van der Rohe – Pavilhão Barcelona1929
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Ludwig Mies van der Rohe – Pavilhão Barcelona1929
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Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann – 1934/37
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Planta 1º Pavimento
Planta Térrea
Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann–1934/37
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Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann – 1934/37
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Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann – 1934/37
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Frank Lloyd Wright – Casa Kaufmann – 1934/37
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Urbanismo
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A disciplina que estuda a cidade e planeja seu desenvolvimento, o urbanismo, formou-se nos séculos XIX e XX; como ciência moderna, resultante da convergência entre diversas disciplinas (sociologia, economia, arquitetura), não deve ser confundida com a antiga arquitetura urbana. Ela nasceu da necessidade de enfrentar metodicamente os graves problemas determinados pela modificação do fenômeno urbano, devido à "Revolução Industrial", e pela conseqüente transformação da estrutura social, da economia e do modo de vida. O que antes parecia ser uma questão basicamente quantitativa (o rápido crescimento demo gráfico) revela-se uma questão qualitativa e estrutural; já os primeiros urbanistas reconhecem que a cidade pré-industrial não é capaz de se adequar às exigências de uma sociedade industrial. Giulio Carlo Argan
B. Parker / R. Unwin – Cidade de Letchworth - 1903
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Ernst May e C. H. Rudolf Bairro de Bruchfeldstrasse em Frankfurt - 1925
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Le Corbusier - Vile Radieuse1931
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A Carta de Atenas
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Em 1933, a bordo do navio Patris II, reuniu-se o o quarto Congresso Internacional de Arquitetura Moderna. Ali foram analisadas 33 cidades, que serviram de base para a elaboração de um dos principais documentos do urbanismo moderno: A Carta de Atenas. Este texto, de autoria de Le Corbusier, trazia além de reflexões a respeito das 33 cidades estudadas, 25 pontos de doutrina. Neles se reafirmava que as cidades eram a “imagem do caos”, revelando o predomínio dos interesses privados em detrimento do público e a ausência de controle. A cidade moderna se caracterizava por suas quatro funções: habitar, trabalhar, recrear-se e circular. A partir da liberação total do solo, através do uso de pilotis, um novo tecido urbano surge dissolvendo a tradicional estrutura da rua-corredor. O principal exemplo de aplicação destes princípios é a cidade de Brasília.
A Carta de Atenas
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O urbanismo tem quatro funções principais que são: primeiramente, assegurar aos homens moradias saudáveis, isto é, locais onde o espaço, o ar puro e o sol, essas três condições essenciais da natureza, lhe sejam largamente asseguradas; em segundo lugar, organizar os locais de trabalho, de taI modo que este, ao invés de ser uma sujeição penosa, retome seu caráter de atividade humana natural; em terceiro lugar, prever as instalações necessárias à boa utilização das horas livres, tornando-as benéficas e fecundas; em quarto lugar, estabelecer o contato entre essas diversas organizações mediante uma rede circulatória que assegure as trocas, respeitando as prerrogativas de cada uma.
Le Corbusier. A Carta de Atenas – versão de Le Corbusier. Trad. Rebeca Scherer. São Paulo: Hucitec: Edusp, 1993.
Modernidade Brasileira
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A década dos anos 20 terminou já tendo havido alguns fatos que viriam a influir na formação dos primeiros e raros adeptos da arquitetura moderna então praticada na Europa, mas, verdadeiramente sem terem tido repercussão popular. Já em 1925, em 15 de outubro, o jovem paulista Rino Levi publicava no "O Estado de S. Paulo" uma carta clamando sobre a necessidade de nós brasileiros providenciarmos planos modernos de urbanização, pois nossas cidades cresciam ao sabor dos desejos e caprichos dos especuladores imobiliários. No mesmo ano, uns quinze dias depois, no "Correio da Manha", do Rio, o arquiteto russo radicado em São Paulo Gregori Warchavchik escrevia seu célebre artigo "Acerca da arquitetura moderna", em que fazia a apologia dos novos conceitos sobre a "máquina de morar", demonstrando estar bem enfronhado nos postulados de Le Corbusier. Carlos Lemos
Modernidade Brasileira
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Aliás, esse arquiteto francês já era na época muito respeitado nos meios intelectuais, tendo sido recebido no Rio e em São Paulo, em 1929, com muitas honras, inclusive pelos políticos, que talvez não conhecessem seus escritos, mas que sabiam-no importante como teórico de planejamento. Essa visita acompanhada de conferências do arquiteto funcionalista, que retornava de Buenos Aires e Montevidéu, realmente abriu os olhos de alguns jovens arquitetos e deu impulso a outros já conhecedores de sua obra, como Lúcio Costa que, logo depois, foi nomeado diretor da Escola Nacional de Belas-Artes, onde, em brevíssima gestão, introduziu reformas de base e, com seu poder carismático, influenciou os alunos para sempre, inclusive, levando-os a uma importante greve em busca de reivindicações ligadas aos métodos obsoletos de ensino. Carlos Lemos
Gregori Warchavchick – Casa da Rua Bahia - 1930
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Álvaro Vital Brazil e Adolho Marinho – Edifício Esther 1936
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M. M. Roberto – Edifício ABI1936
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M. M. Roberto – Edifício ABI1936
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Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Sempre declaramos, e consta da placa comemorativa da inauguração daquele edifício, ser ele um projeto de Le Corbusier, sem darmos ênfase às modificações que no seu desenvolvimento fomos obrigados a fazer. Mas agora, ao revê-Ias, sinto que a nossa colaboração não foi assim tão pequena.
Oscar Niemeyer
Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Mudamos a localização do bloco principal, levando-o para o centro do terreno. Com isto, o salão de exposições e o auditório passaram a abrir diretamente para a praça, e esta, a atravessar o edifício de lado a lado. E as altas colunas, antes escondidas pelas vidraças do edifício, ficaram soltas, como verdadeiros pilotis, e mais imponentes, com certeza. No projeto de Le Corbusier, todas as colunas externas tinham apenas quatro metros de altura. No bloco principal, fomos obrigados também a criar o corredor central, substituindo a galeria lateral antes prevista no projeto. Oscar Niemeyer
Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Neste existiam fachada principal e secundária, mas, com a solução adotada, foi possível mantê-Ias iguais, inclusive sem os balanços destinados a sanitários, que desmereciam a fachada posterior. Quanto ao brise-soleil, que Le Corbusier costumava usar com placas fixas horizontais de concreto armado, preferimos fazê-Ias de amianto, basculantes, para melhor proteção interior. Essas alterações, quase todas, estavam nos croquis que apresentei. A meu ver, contudo, elas influíram muito pouco na importância do projeto elaborado por Le Corbusier. Oscar Niemeyer
Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Cobertura Pav. Típico
Edifício do Ministério da Educação e Cultura Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcelos a partir de Croquis de Le Corbusier - 1937
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Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
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Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
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Com a obra da Pampulha o vocabulário plástico da minha arquitetura - num jogo inesperado de retas e curvas - começou a se definir. As grandes coberturas em curvas passaram a descer em retas, dando-Ihes um aspecto diferente que o problema do empuxo estrutural justificava. Outras vezes elas se desdobravam nas curvas repetidas e imprevisíveis que a minha imaginação de arquiteto criava.
Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
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Para mim Pampulha foi o começo da minha vida de arquiteto. O projeto me interessava vivamente. Era a oportunidade de contestar a monotonia que cercava a arquitetura contemporânea, a onda de um funcionalismo mal compreendido que a castrava, dos dogmas de "forma e função" que surgiam, contrariando a liberdade plástica que o concreto armado permitia.A curva me atraía. A curva livre e sensual que a nova técnica sugeria e as velhas igrejas barrocas lembravam. Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
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Planta :1. Nártex2. Nave3. Altar4. Padre5. Sacristia6. Campanário
Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
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Oscar Niemeyer – Igreja da Pampulha - 1943
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