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Informativo da Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo Ano 2 • Edição 5 • 2007 Servidor Desrespeito ao do Judiciário SPPREV: vitórias pontuais Funcionalismo: Defasagem salarial ignorada, Data Base comunicada pelo Diário Oficial e a não efetivação dos Lei 500 Magistrados e desembargadores: R$ 5 mil para a compra de livros, notebooks e 125 carros novos Páginas 6 e 14 Páginas 10 e 11 Entrevista com Maria Kill, a tesoureira da Assojubs Páginas 12 e 13 Página 8 Projeto Fim do Mes: ^ Sucesso de público 03.p65 13/9/2007, 14:42 1

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Informativo da Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo • Ano 2 • Edição 5 • 2007

ServidorDesrespeito ao

do Judiciário

SPPREV:vitóriaspontuais

Funcionalismo:Defasagem salarial

ignorada, Data Basecomunicada pelo

Diário Oficial e a nãoefetivação dos Lei 500

Magistrados edesembargadores:

R$ 5 mil para acompra de livros,notebooks e 125

carros novos

Páginas 6 e 14

Páginas 10 e 11

Entrevistacom

Maria Kill,a tesoureirada Assojubs

Páginas 12 e 13

Página 8

Projeto Fim do Mes:^

Sucesso depúblico

03.p65 13/9/2007, 14:421

Ediçăo 5 - 2007 Página 2 ASSOJUBS

COLUNA DO LEITOR

EXPEDIENTE DiretoriaHugo Coviello - presidentePaulo Pompeu - vice-presidenteAdelson Gaspar - secretárioMaria Kill Castro- tesoureiraMarcio Paiva - atividades sociais e culturaisLaércio Armesto - atividades esportivasPaulo Sampaio - patrimônioAlexandre dos Santos - convênios

ASSOJUBS – Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São PauloEndereço: Av. São Francisco, 276 / 278 – Centro – Santos – S. P. Cep: 11013-202

telefone: 3223-2377 • e-mail: [email protected] • internet: www.assojubs.com.br

Conselho Deliberativo

Mário Rosa - comarca de Santos

Reginaldo Ramos - comarca de Santos

Ana Lucia Grijó - comarca de Santos

Marcus Thomaz - comarca de Santos

Eduardo Requejo - comarca de São Vicente

Riberto Cacheiro - comarca de Praia Grande

Diretor Responsável:Paulo Rogério Pompeu (vice-presidente,acumulando a Diretoria de Comunicações)Jornalista responsável: Camila Marques MTB 34.448Redação e edição: Camila Marques e Hugo CovielloRevisão: Camila MarquesDiagramação: www.cassiobueno.com.brTiragem: 2000 exemplaresImpressão: Gráfica Diário do Litoral

Mais uma vez o Tribunal de Justiça deSão Paulo ignorou a data base dos servi-dores do Judiciário, que era em março e sófoi paga em julho (atrasados) e agosto (re-gularmente).

Mais uma vez o TJSP desrespeita seusservidores comunicando o índice de repo-sição pelo Diário Oficial, sem nenhuma reu-nião ou discussão com os servidores.

Mais uma vez o TJ demonstra a poucavontade em alterar a remuneração dos ser-vidores do Judiciário, pois no esboço da pro-posta orçamentária para 2008, encaminhadaao Legislativo em julho, consta apenas a re-posição salarial do ano de 2007, baseada emuma perspectiva de inflação de 4,5%.

Mais uma vez temos motivos para não acre-ditar, pois na proposta orçamentária de 2007também foi enviado 4,5% e só foi pago 3,12%.

Mais uma vez somos obrigados a en-golir o argumento da falta de verbas, mas oTJSP gasta atualmente 4,33% do orçamen-to total do Estado e pela própria Lei de Res-ponsabilidade Fiscal poderia gastar 6%,sendo 5,7% o limite prudencial.

Mais uma vez vemos um presidente doTJSP apenas balançar a cabeça e demons-trar que não consegue fazer valer para oGoverno do Estado a autonomia do poderque preside.

Mais uma vez querem que acreditemosque não há um acerto político que impede

que o TJSP efetivamente tenha sua auto-nomia assegurada, e a direção do TJ pou-co utiliza de seus poderes para mudar essequadro, provavelmente porque para a ma-gistratura as coisas vão bem.

Mais uma vez a contradição é esfrega-da na nossa cara, pois para o pagamentode reposição salarial e reajuste dos auxíli-os a desculpa é a falta de verbas, mas paraa compra de livros - R$ 5 mil para cadamagistrado - e de carros novos - 125 car-ros de luxo da GM - existe dinheiro e até"justificativa".

Mais uma vez o TJSP se nega a discutira defasagem salarial passada que é de22,75% (IGPM-FGV).

Mais uma vez a injustiça prevalece naCasa onde deveria se fazer justiça, onde to-dos deveriam ser iguais perante as leis, masno Brasil, e em São Paulo, entre os “homensde preto”, parece valer a velha e irônica má-xima de George Orwell (A revolução dos bi-chos): "São todos iguais, mas uns maisiguais que os outros".

Mais uma vez cabe a pergunta para cadaservidor do Judiciário de São Paulo: atéquando vamos agüentar essa situação?

Mais uma vez cabe um alerta para oTJSP em relação ao futuro, ao futuro dojudiciário, mas também ao futuro da nossasociedade: em jogo onde não há juiz, nãohá jogada fora da lei.

Visando dar espaço às opiniões de seus leitores, O Processo desenvolveu um espaço em seuinformativo para divulgação dos e-mails e cartas recebidos pelos associados. A partir da próximaedição, dúvidas, críticas e sugestões de pauta - que constantemente a Assojubs acolhe - serão

veiculadas e respondidas no periódico.A seção Coluna do Leitor visa estreitar ainda mais o relacionamento entre a entidade e seus

associados, fortalecendo a comunicação entre eles e possibilitando a livre expressão de suas idéias.Os e-mails podem ser enviados para [email protected].

As cartas devem ser enviadas para Av. São Francisco 276/278 - Centro - Santos.

"O Poder Judiciário é uma arena onde se joga a luta de classes. Por exem-plo: a greve no setor privado é uma disputa de mais-valia. A greve no setorpúblico é uma disputa de classe. Sempre faço algumas coisas mostrando a

minha preocupação com o social."Eros Grau, ministro do Supremo e ex-militante do PCB, em entrevista no blog de Ricardo

Noblat, mostrando seu conhecimento sobre a Constituição do Brasil e ‘O Capital’, deKarl Marx - Maio de 2007

"Sou de Salvador e no meu seminário80% são de origem africana e são inteligentes."

Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador, ao justificarque não é racista. - Maio de 2007

"O que não é possível, e nenhum brasileiro pode aceitar, é alguém fazernoventa dias de greve e receber os dias parados, porque, aí, deixa de ser

greve e passa a ser férias."Do presidente Lula, criticando as greves no serviço público, em sua segunda coletiva de

imprensa desde que assumiu o poder, em 2003 - Maio de 2007

"Somos um partido sério, sem ladrões, sem mensaleiros. Temos um problemi-nha com matadores de aluguel, mas isso dá para contornar."

Ratinho Júnior, deputado federal (PSC-PR), fazendo humor com a denúncia contrao colega Mário de Oliveira (PSC-MG), suspeito de ter contratado um matador para

dar cabo do deputado Carlos Willian (PTC-MG), plano descoberto a tempo pelapolícia - Julho de 2007

"Se precisar, despacho, eu dou atéem papel de pão. O que vale é o documento."

José Xavier de Aquino, desembargador do TJSP, respondendo porque deu despacho empedaço de papel - uma folha de caderno - reconduzindo ao cargo o prefeito de Bertioga

que havia sido afastado. - Agosto de 2007

Mais uma vezo desrespeitoao servidor FRASES

EDITORIAL

03.p65 13/9/2007, 14:422

Página 3 Ediçăo 5 - 2007ASSOJUBS

Repressăo asgreves: novaforma de ditadura

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A recente paralisação dos metroviários de São Paulo e o protesto dosmetalúrgicos de Santos, na porta da

Cosipa, serviram para demonstrar de formaclara como os governos, federal e estadual, eos patrões, empresários e banqueiros, preten-dem encarar os movimentos reivindicatóriosdos trabalhadores num futuro muito próximo:criminalizando-os e penalizando-os financei-ramente.

Assim a propalada liberdade de expres-são e manifestação, e também o direito de gre-ve, vão de fato para o ralo, vão de fato deixarde ser possíveis. "Democraticamente" cami-nhamos para um novo tipo de ditadura, a dita-dura virtual ou moral.

Explica-se. Com a decisão da Justiça doTrabalho de multar em R$ 1 milhão e 800 mil oSindicato dos Metroviários de São Paulo, alémdas 61 demissões seguintes ao ato por partedo governo de São Paulo, há uma clara tenta-tiva de "criminalizar" o movimento dos traba-lhadores do metrô.

Essa "criminalização" ocorre com o apoiotradicional da mídia brasileira, sempre prontaa torpedear qualquer movimento paredista ede trabalhadores.

A dramatização de que a paralisação trazprejuízos à população chega ao ponto detransformar a paralisação quase que em umnoticiário de guerra, onde grevistas são colo-cados com se fossem terroristas. E segundo amídia, a população vira refém dos grevistas.

Primeiro: o caos do transporte público emSão Paulo não é culpa dos metroviários. Eleexiste diariamente há pelo menos três déca-das.

Segundo: uma greve só tem sentido quan-do chama a atenção da população para a faltaque faz o trabalho de determinados profissio-nais para executarem um tipo de função. Se agreve não alterasse nada na rotina diária, nin-guém se importaria com ela e os patrões nãonegociariam.

A mídia brasileira tenta inverter a lógica e,

propositadamente, exige que o movimentogrevista se transforme em movimento cívico,sem gerar prejuízos aos patrões.

A preocupação não é com a populaçãoespremida em ônibus e trens, porque isso ocor-re todos os dias há mais de trinta anos e nãosai todo dia no Jornal Nacional. Tão pouco osgovernos e as empresas de transporte sãomultadas pelo sofrimento diário da populaçãonos meios de transporte.

A preocupação é que uma paralisação dometrô afeta a produção, com o atraso, ou faltados trabalhadores, e aí ela prejudica o setorempresarial, os amigos dos empresários damídia.

Quando ocorreu o desmoronamento dacratera do metrô, ninguém viu a mídia espu-mando de raiva e cobrando punição às em-preiteiras responsáveis pela obra - privatiza-da no governo Alckmin -, as maiores emprei-teiras do Brasil.

Chegou-se ao cúmulo de argumentar, atra-vés da mídia, que a chuva da época seria umdos fatores, como se a capital do Estado fos-se um deserto onde a chuva não é esperada.

A criminalização e penalização dos traba-lhadores quando lutam pelos seus legítimosdireitos não é nova. O que mudou foi a forma.

Na ditadura era repressão, porrada, tortu-ra e sumiço, dos mais "atrevidos", pelas for-ças militares. Na chamada democracia, Fernan-do Henrique Cardoso, o intelectual a serviçodo capital, inaugurou a "penalização financei-ra" com a greve dos petroleiros em 1994. Aidéia é asfixiar financeiramente os sindicatospara evitar que façam movimentos prejudicaisao capital.

Claro que a justiça brasileira, elitista e con-servadora, com seu histórico de "imparciali-dade", topa sempre fazer parte do jogo de mí-dia, atuando nesses casos - e ao que pareceapenas nesses casos - para "garantir os direi-tos da população".

Mas a greve também é um direito, e quema faz também é parte da população.

Na nossa greve em 2004 a OAB seguiu oexemplo de FHC, e na gestão de D'Urso, lide-rança da campanha do "Cansei", entrou comação para cobrar R$ 50 mil por dia de paralisa-ção das associações dos judiciários. O Sindi-cato dos Lixeiros de São Paulo, recentemente,foi condenado a pagar uma multa de R$ 800mil pela greve de dois dias, ocorrida em abrildesse ano.

Agora a multa sobre os metroviários, naCapital, e as multas para impedir manifesta-ções em porta de fábrica e nas rodovias.

Foi o que ocorreu no caso dos metalúrgi-cos da Cosipa, em que foi concedida uma limi-nar, por um juiz de Cubatão, estabelecendomulta de R$ 50 mil por manifestações realizadasna porta da Cosipa, e multa de R$ 10 mil porhora de paralisação nas rodovias administra-das pela concessionária privada Ecovias.

Fica a pergunta: aonde o trabalhador podese manifestar?

Para a elite brasileira, empresários, ban-queiros, governos e boa parte dos profissio-nais liberais, a resposta é: não pode.

A repressão policial na manifestação daCosipa, foi um desses recados claros e sinto-máticos que servem de aviso para o futuro.

"Não incomodem os patrões". "Não atra-palhem os lucros", parece querer dizer o Esta-do e seu aparato repressivo. Os lucros extra-ordinários do "espetáculo" patético do cres-cimento, do deslumbrado governo Lula.

"Não desafiem o governador Serra", emsua gananciosa caminhada para satisfazer sua

vaidade pessoal de ser presidente da Repú-blica.

O mesmo Serra, que tão preocupado coma população, entregou para uma concessio-nária particular a exploração de pedágio, nãoprevisto originalmente, no trecho oeste doRodoanel.

Para Serra, quem não quiser pagar essepedágio e optar pelo congestionamento daMarginal Pinheiros é "imbecil" (literalmenteusou essa palavra durante entrevista sobre oassunto, ao vivo, pela Rádio Eldorado).

Quer dizer, ele implanta um pedágio quenão era previsto e a população, que precisausar a pista, ou paga, ou é imbecil e então vaipara o congestionamento. Realmente devemexistir muitos imbecis no Brasil para elegergovernantes deste tipo.

O governo Lula prepara a regulamentaçãoda lei de greve e, entre outras coisas artima-nhas, quer definir que a greve não pode para-lisar mais que 40% de um serviço público, porexemplo. Alguém acredita que seja possíveluma greve ter suas reivindicações atendidas,paralisando apenas 40% do trabalho?

Lula sabe que não, mas em sua cruzadapara agradar os empresários elaborou um pro-jeto de lei de greve, que se existisse em suaépoca, os movimentos grevistas de 1978/79jamais teriam alcançado a importância queconquistaram, tão pouco Lula teria consegui-do a projeção que conseguiu.

Mas para Lula e para Serra trabalhador sóexiste durante a campanha eleitoral.

EDITORIAL II

Repressão policial contra osmetalúrgicos na frente da Cosipa

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r Bue

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03.p65 13/9/2007, 14:423

Ediçăo 5 - 2007 Página 4

MODERNIZAÇĂO

Em 14 de agosto o presidenteda Assojubs, Hugo Coviello, e al-guns companheiros oficiais de jus-tiça da Capital foram conhecer oFórum Digital - Fórum Regional daFreguesia do Ó - inaugurado dia02 de julho pelo Tribunal de Justi-ça de São Paulo.

A concepção deste Fórum éradicalmente diferente de todos osdemais fóruns em funcionamentono Estado. No amplo - e muito con-fortável - edifício da Freguesia doÓ, um antigo convento, três varascíveis, uma vara de família e umade conciliação estão em funciona-mento. Há, no entanto, apenas umofício para atender a demanda detodas essas varas, o Ofício Judici-al do Fórum Regional XII.

Portanto, o trabalho que emfóruns normais seria realizado emcinco ofícios, neste modelo digitalé exercido por apenas um, dividi-do atualmente em três setores: ci-vil, família e atendimento ao públi-co. Existe um chefe para o setorcivil e outro para o de família.

O atendimento ao público reú-ne o protocolo - executado porapenas um funcionário -, a distri-buição (interna, pois só há um ofí-cio) e a recepção (esclarecimentode informações e dúvidas).

O ofício não possui prateleirase, praticamente, não há atendimen-to no balcão, pois na entrada doprédio estão instalados terminaisdigitais - os denominados totens -para a consulta das partes ou dosadvogados. São seis totens digi-tais que disponibilizam o acompa-nhamento dos andamentos dosprocessos que lá tramitam e noschamados "expressinhos".

Os terminais, até o momento,não permitem acesso aos outrosfóruns, pois o programa e a basede dados que servem o Fórum Re-gional da Freguesia do Ó são doSistema de Automação Judiciária(SAJ), desenvolvido pela empre-sa Softplan, de Santa Catarina. Osdemais fóruns de São Paulo utili-zam o software desenvolvido pelaProdesp. Os programas não são

interligados, não havendo interfa-ce entre eles.

Como o TJ determinou que osistema SAJ será adotado em to-dos os fóruns, há a necessidadeda conclusão desta implantaçãopara que terminais de consultapossam informar sobre o anda-mento de processos em todo oEstado.

No Fórum da Freguesia do Ósobra espaço, não há filas e nemacúmulo de pessoas pelos corre-dores, geralmente evidenciado nosdemais fóruns. Sobram móveis ecomputadores para os funcionári-os. Os equipamentos de informá-tica são de alta tecnologia, commodernas impressoras a laser. Oespaço funcional é adequado e noOfício Judicial pode-se desfrutarde uma vista panorâmica extraor-dinária da cidade de São Paulo.

Dúvidas para os servidoresInegavelmente o Fórum Regi-

onal da Freguesia do Ó representaum modelo em termos de condi-ções físicas oferecidas para otrabalho.O atendimento ao públi-co apresenta avanços, mas tam-bém gera questionamentos. Osterminais certamente facilitarão avida dos advogados.

Mas e a população? Consegui-rá ter o entendimento próprio aoseu caso, dado que o tipo de es-clarecimento disponibilizado é pa-dronizado e suas informaçõescontêm termos técnicos processu-ais?

Para os servidores, é evidentea eliminação de postos de serviço.No Fórum da Freguesia do Ó há 31escreventes e três oficiais de jus-tiça para o trabalho de cinco varasjudiciais, além do diretor de divi-são. Não há auxiliares judiciários.

Segundo informações obtidas, acomparação feita é que em uma si-tuação normal, como nos fórunsatuais, esse mesmo trabalho ne-cessitaria de cerca de 150 funcio-nários.

Assim, a diminuição no quadrofuncional é de quase 75%. Fica apergunta: é possível imaginar que aprovável ampliação dessa concep-ção de trabalho - e restrição da quan-tidade de funcionários - poderá re-sultar na redução de jornada de tra-balho sem redução de salários?

É óbvio que em um lugar ondetrabalhariam 150 pessoas, se onúmero caísse para 30 funcionári-os, haveria aumento da carga detrabalho para esses 30, pois nãoocorreria uma redução de rotinasna ordem dos 75%. Não se podedesconsiderar que também ocor-reria o aumento da responsabili-dade desses servidores, que pas-sariam a realizam o trabalho paravárias varas ao mesmo tempo.

E como ficaria o salário deles?Continuaria sendo o mesmo? Ondeo TJ utilizaria os atuais diretores?A ampliação desse sistema digital,inegavelmente, acarretaria na eli-minação de parte consideráveldesses cargos e, como conseqü-ência, a reagrupação dos diversosofícios em ofícios judiciais quepoderiam atender até oito varas,como acontece com o planejamen-to do Fórum Digital da Freguesiado Ó.

Não somos contrários à im-plantação de novas tecnologias,mas entendemos que a tecnologiadeve servir para melhorar a condi-ção do ser humano. Nesse caso,de todos os envolvidos, como opúblico, os advogados, os magis-trados e os servidores.

Pela amostra atual no TJSP, os

magistrados terão melhorias enor-mes com esse sistema, pois pode-rão trabalhar e atuar, inclusive des-pachando, de qualquer lugar viainternet. Os advogados tambémterão mais agilidade para acompa-nhar os processos. O público, apa-rentemente, ganhará por um lado,com mais rapidez no andamentoprocessual, mas parece que per-derá o contato mais humanizadoque o servidor pode apresentar - oque o computador não tem. Issosignifica muitas vezes não conse-guir entender o grau de andamen-to de seus processos, haja vistaas dificuldades educacionais queo país apresenta.

Para os servidores é que o ce-nário parece mais prejudicial, poissignifica uma diminuição, em lon-go prazo, de postos de trabalho,diminuição da memória processu-al, pois cada servidor torna-semultifuncional e a divisão do tra-balho não acompanha mais a nu-

meração dos processos ou sua di-visão em cotas para cada um.

Isso significa aumento de pro-dutividade - cada um tem que rea-lizar mais -, embora os salários si-gam sendo os mesmos. Significatambém aumento de responsabili-dade, sem aumento salarial, já queo trabalho passa a ser para váriasvaras ao mesmo tempo.

Esse é o futuro planejado peloTJSP? Será esse o futuro da cate-goria?

O objetivo da consultoria con-tratada pelo TJ para modernizaçãode suas atividades é aumentar aprodutividade e diminuir custos.Isto claramente é fazer cada um tra-balhar mais e, gradativamente, di-minuir o número de funcionários(através da não contratação ou deuma contratação proporcional-mente menor que a reposição doquadro atual.).

Este processo, com certeza, jácomeçou.

Fórum Digital:O futuro da categoria?

JUDICIÁRIO

Luiz Milito (à esquerda) e Hugo Coviello verificam o funcionamento doterminal digital de consultas no Forum da Freguesia do Ó

03.p65 13/9/2007, 14:424

Página 5 Ediçăo 5 - 2007JUDICIÁRIO

por Luiz Milito

No dia 24 de agosto foi inau-gurada mais uma Vara da Família noFórum Regional da Freguesia do Óe transferidos mais três colegas ofi-ciais de justiça do Fórum de Santa-na para o Fórum da Freguesia doÓ, que ficou com seis oficiais dejustiça no total.

O que ainda é pouco para aten-der uma demanda, por enquanto,de mais de 3000 processos ao mês,lembrando que no Fórum da Fre-guesia do Ó, ou Fórum Digital, fun-cionam seis varas com apenas umofício judicial para atendê-las e umacentral de mandados.

É de se supor que haverá umacúmulo de mandados bem maiorque a possibilidade de cumprimen-to pelos oficiais de justiça.

Assim mal começou a "moder-nização" e já aumentou o excessode trabalho, além do que a transfe-rência dos oficiais de justiça desfal-cou ainda mais o quadro de oficiaisde justiça do Fórum de Santana.

"Vestir um santo e descobriroutro", é uma prática constante doTribunal de Justiça!

"Mas não sejamos tão rigoro-sos, vamos esperar um pouco", se-gundo disse um funcionário da Fre-guesia do Ó: "As coisas ainda es-tão sendo acertadas".

Desse modo? Até quando?Apesar de faltar resposta para

essa indagação em nossa visita aolocal como servidores do judiciáriointeressados nas transformaçõespor que passa nossa profissão, foipossível notar que algumas mudan-ças ocorreram no serviço dos ofici-ais de justiça. Vamos abaixo assina-lar algumas:

1) Os mandados são produzi-dos na central de mandados, que aliestá centralizada no computador dodiretor do Ofício que por sua vez é ocoordenador da central de manda-dos do Fórum Digital, os oficiaiscumprem mandados misturados doCível e da Família.

2) Os oficiais têm um cartão mag-nético e uma senha de acesso, osquais podem imprimir os mandados,que saem da impressora com o nomedo oficial de justiça, geralmente emduas vias, sendo uma contra fé, que

entrega nas diligências para o cita-do, intimado, notificado etc..O rostodo mandado, onde é dada a ciênciano ato fica com o oficial, as certidõese baixas, por enquanto, tem que serfeitas nos próprios computadores doFórum (no horário de expediente éclaro, com todas as dificuldades).

3) Os mandados positivos coma devida assinatura são "scannea-dos" e também vão para o sistemaonde serão incluídos no processopelos escreventes. Vamos lembrarque não fica papel nenhum no fó-rum, então os oficiais, por cautela,acabam guardando em suas casasas vias dos mandados cumpridospor um tempo em suas prateleirascaseiras, as quais, juntando com osmandados a cumprir, compõem "asretrógradas e estressantes exten-sões do trabalho".

4) A "central" terá num futuropróximo um diretor ou chefe de se-ção próprio, que irão coordená-la, adistribuição dos mandados será fei-ta por CEPs restritos e já divididospara cada oficial. Vejam que os ofici-ais perdem o vínculo com um Cartó-

ARTIGO

Oficiais de Justiça:Modernizaçăo e Central de Mandados

rio ou Ofício específico e ficam"como que subordinados", não maisao juiz, mas sim ao diretor ou escre-vente chefe.

Colegas, essa maneira "moder-na" de cumprir mandados não temmuita coisa a acrescentar aos ofici-ais, que no dia-a-dia de suas dili-gências, enfrentam os mesmos pro-blemas e dificuldades que todos nósjá conhecemos, entre as principaisestão o excesso de trabalho, a cu-mulatividade e a existência de maisde 3500 cargos vagos, só de oficiaisde justiça, já que o TJ não realizaconcurso há mais de nove anos.

O que o TJ acrescenta (para suaprópria direção) é o controle do tra-balho do oficial on-line, e, com isso,pode aumentar as pressões, as co-branças exageradas e exigir a padro-nização das certidões (como se issofosse possível, cada caso é um caso,cada mandado é diferente do outro).E ainda nas futuras avaliações de pro-dutividade e desempenho que entra-rão em vigor assim que o famigeradoPCC (Plano de Cargos e Carreira) foraprovado na Assembléia Legislativa.

Fica aqui a possibilidade de cada

colega analisar e participar dos de-bates e reuniões que a Comissãode Oficiais de Justiça está fazendo- apoiada pela divulgação da As-sojubs - já que essa experiência daFreguesia do Ó servirá de exemplopara a implantação, num futuropróximo, desse sistema de funcio-namento em todos os fóruns doEstado. Aguardem nossos bole-tins convocatórios e propostasque estão sendo veiculadas nosite da Assojubs.

Luiz Milito, 53 anos, é oficialde justiça da Vara de ExecuçõesFiscais do Fórum Vergueiro - SP(desde 1979) e associado da As-sojubs. Foi professor comunitáriode geografia na Escola OperáriaSupletivo Nova Cultura (atualCentro Cultural - Ceteac), no bair-ro do Belém, São Paulo (1970 -2003), e no Supletivo do Sindica-to dos Metalúrgicos de Santos(1978/1979). É um dos idealiza-dores do Cetraj (Coletivo Estadu-al dos Trabalhadores do Judiciá-rio) e membro da Comissão de Pré-dio do Fórum Vergueiro e da Co-missão de Oficiais de Justiça.

• LUTA EM DEFESA DA CATEGORIA• CONVÊNIOS MÉDICOS (PARTICIPATIVO UNIMED - EXCLUSIVO)

• CHEQUE CONVÊNIO• AMBULATÓRIO ODONTOLÓGICO

• DEPARTAMENTO JURÍDICO - AÇÕES COLETIVAS E PARTICULARES• INTEGRAÇÃO - ATIVIDADES SOCIAIS E CULTURAIS

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Tel.: (013) 3223-2377

03.p65 13/9/2007, 14:425

Ediçăo 5 - 2007 Página 6

Limongi recebecríticas noPalácio da Justiça

Na pauta asreivindicações da

categoria; criticasfizeram parte do

repertório dosrepresentantes dos

servidores.

A Presidência do Tribunal deJustiça de São Paulo, após um lon-go período de solicitações, resol-veu ceder espaço na agenda decompromissos de seu gestor parareceber as diversas entidades re-presentativas dos servidores noEstado, no dia 27 de agosto, e abrira discussão sobre a pauta de rei-vindicações da categoria.

O Gabinete Presidencial do Pa-lácio da Justiça foi o local do en-contro, que contou com a presen-ça do desembargador Celso Limon-gi, o juiz assessor João Omar Mar-çura e Lílian Salvador, a secretáriade recursos humanos. Por parte dasentidades estiveram presentes,além da Assojubs, a AOJESP,AASPTJ-SP, ASJCOESP, AFFI,APATEJ, ASSEJT e AECOESP.

Para que essa aproximação pu-desse ser realizada foi necessáriauma mobilização por parte das en-tidades em conjunto com um gru-po de aposentados, que aguardama restituição do FAM (Fundo deAtualização Monetária). Somenteapós essa pressão, ocorrida nosdias 19 e 23 de julho, o juiz asses-sor Ronnie Hebert estabeleceu adata.

Essa dificuldade em promoverdiscussões com a cúpula do Tribu-nal foi um dos pontos criticadospelo presidente da Assojubs, HugoCoviello. "Foi dito pelo senhor,quando assumiu, que as portas daCasa estariam abertas, pois seriauma gestão democrática. Manda-mos dois ofícios, estivemos com as-sessores em duas ocasiões e espe-ramos quase cinco meses para teressa reunião. Que democracia éessa?". Mediante a crítica, que teve

o apoio dos demais integrantes,Limongi acordou a realização deencontros mensais com a catego-ria até o final de seu mandato.

A reunião foi marcada pelo ex-pressivo descontentamento dosrepresentantes dos servidores, quecobraram uma postura mais concre-ta do presidente do TJ acerca daspendências que envolvem a cate-goria e se arrastam por anos, comoa reposição salarial, a defasagemdos auxílios e o Plano de Cargos eCarreiras foram incessantementecolocadas em debate.

Em resposta às colocações dasentidades, Limongi explicou quesua intenção é quitar esses débi-tos, mas a solução fica inviável de-vido às "limitações orçamentárias",pois depende das verbas enviadaspelo Governo do Estado.

A liberação de verbas fez Covi-ello indagar sobre a quantia de R$5 mil destinada aos juízes para acompra de livros, a qual ele consi-dera insensata, pois ao mesmo tem-po o TJ confirma não haver dinhei-ro e concede benefícios deste tipoaos magistrados: "É imoral. Nãoentendo como um juiz, que recebepor volta de R$ 20 mil, necessita deuma verba suplementar tão altapara a aquisição de livros", desfe-riu.

Considerando a premissa im-procedente, Limongi refutou o usodo termo imoral, considerado "mui-to forte". Em sua defesa explicou:

"Eu preciso melhorar as condiçõese trabalho dos juízes, senão depoisnão terei como cobrá-los". HugoCoviello, então, lembrou o presi-dente do TJ que "os servidores,igualmente, não recebem as condi-ções adequadas de trabalho e, noentanto, são cobrados todos osdias".

Outro fator importante levan-tando pelas entidades foi sobre anão inclusão da reposição salarialna proposta orçamentária de 2008.O presidente da Assojubs criticoua insistência do Tribunal em nãoreconhecer a defasagem salarial,apesar dos cálculos matemáticos eestatísticos (Dieese/Assojubs)mostrarem o contrário. Atualmenteessa defasagem chega a 22,75%,

pelo IGPM (de março de 2002 até ojulho de 2007, incluindo os 3,12%comunicados pelo TJ em junho). Oparecer do desembargador foi omesmo: "a falta de verbas". De acor-do com ele, os valores são pleitea-dos, mas o Governo do Estado nãolibera. É o que acontece - a maioriadas vezes - com o texto da propos-ta orçamentária, cujo montante ésolicitado, mas vetado pelo Execu-tivo.

Para Coviello, o TJ, nesse mo-mento, não pode utilizar a argumen-tação dos problemas orçamentári-os, porque nem ao menos requereuessas verbas ao Governo do Esta-do - no esboço de 2008. "A Casanão pode jogar a culpa no gover-nador, pois sequer fez a solicitação.Então, não é que não vem, não foi é

pedido", disse.Sobre esse repasse e o corte por

parte do Executivo, Coviello citouo exemplo utilizado no Rio de Ja-neiro, em que o Tribunal enviou oprojeto e o governador também nãoefetuou o pagamento. "O TJ veicu-lou em um jornal de grande circula-ção (O Globo) - meia página - o cor-te feito pelo Estado, afirmando queo Judiciário do Rio de Janeiro temdinheiro para pagar. "O TJRJ seposicionou contra o governadornesse caso e exigiu sua autonomia.A gente não vê isso em São Pau-lo".

O presidente da Assojubs re-forçou a cobrança para reajustesimediatos dos auxílios aos servido-res, já que essa importância não éligada à verba de pessoal e, por-

DATA BASE

Limongi recebe as críticas dos representantesdos servidores; Coviello questiona o presidente do TJSP

JUDICIÁRIO

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Página 7 Ediçăo 5 - 2007JUDICIÁRIO/LEGISLAÇĂO

Pouco tempo depois de suaaprovação pela Assembléia Le-gislativa, o projeto da instalaçãode Cipa - Comissão Interna dePrevenção de Acidentes - em ór-gãos dos poderes Executivo, Le-gislativo e Judiciário do Estadode São Paulo foi vetado pelo go-vernador José Serra, no dia 02 deagosto.

A propositura, de autoria dodeputado Hamilton Pereira (PT),prevê a organização de Cipa eminstituições que contenham nomínimo 20 servidores, com o ob-jetivo de zelar pelo estado emoci-onal e físico dos trabalhadores,revelando situações de perigoeminente e atuando na precauçãoe solução dos decorrentes proble-mas .

O projeto, quando aprovadopela Casa, em 28 de junho, teveparecer da Comissão de Consti-tuição e Justiça como sendo de"caráter oportuno", tendo em vis-ta o "resguardo da saúde e da vidado trabalhador, funcionário públi-co estadual, detectando riscos eelaborando ações preventivas nasolução de problemas de seguran-ça e saúde no trabalho". Agora, oparlamentar espera pela derruba-da do veto no plenário da Assem-bléia Legislativa.

Funcionamento - Regulamen-tada pelo Ministério do Trabalhoe Emprego em 1978, a constitui-ção de Cipa é uma importante con-quista dos trabalhadores, poisrepresenta um significativo avan-ço na luta pela garantia de segu-rança e saúde no ambiente de tra-balho.

Ela é uma comissão compostapor representantes do emprega-dor - por ele designado - e dosrepresentantes eleitos pelos em-pregados. Sua missão é a preser-

vação da saúde e da integridade fí-sica dos trabalhadores e de todosaqueles que interagem em empre-sas privadas, públicas, sociedadesde economia mista, órgãos da ad-ministração direta e indireta, insti-tuições beneficentes, associaçõesrecreativas, cooperativas, bemcomo outras instituições que ad-mitam trabalhadores como empre-gados.

Entre suas atribuições, a Cipavisa:

· Identificar os riscos do pro-cesso de trabalho;

· Elaborar plano de trabalhoque possibilite a ação preventivana solução de problemas de segu-rança e saúde no trabalho;

· Participar da implementaçãoe do controle da qualidade das me-didas de prevenção necessárias,bem como da avaliação das priori-dades de ação nos locais de traba-lho;

· Realizar, periodicamente,verificações nos ambientes e con-dições de trabalho visando a iden-

tificação de situações que venhama trazer riscos para a segurança esaúde dos trabalhadores;

· Realizar, a cada reunião,avaliação do cumprimento das me-tas fixadas em seu plano de traba-lho e discutir as situações de ris-co que foram identificadas;

· Divulgar aos trabalhadoresinformações relativas à seguran-ça e saúde no trabalho;

· Divulgar e promover ocumprimento das Normas Regu-lamentadoras, bem como cláusu-las de acordos e convenções co-letivas de trabalho, relativas à se-gurança e saúde no trabalho;

· Requisitar ao empregadore analisar as informações sobrequestões que tenham interferidona segurança e saúde dos traba-lhadores;

· Promover, anualmente aSemana Interna de Prevenção deAcidentes do Trabalho - SIPAT;

· Participar, anualmente, emconjunto com a empresa, de Cam-panhas de Prevenção da AIDS.

FUNCIONALISMO

Serra veta instalaçăo deCIPA no serviço público

tanto, seria possível aumentar osvalores: "Na Justiça Federal o vale-refeição é de R$ 16,00. Aqui, o va-lor é só de R$ 6,00. Eu desafio opresidente a sair pelos arredores doPalácio da Justiça e conseguir en-contrar um almoço razoável, e deboa qualidade, por esse preço". Li-mongi reconheceu que o valor émuito baixo e solicitou à secretáriade recursos humanos, Lílian Salva-dor, que elaborasse estudos nessesentido.

O magistrado declarou estar fa-zendo o possível para dar anda-mento às reivindicações, mas evi-tou se comprometer insistindo natese de falta de verbas.

Hugo Coviello ressaltou queem termos salariais a administra-ção Tâmbara (Luiz Tâmbara, ante-cessor na Presidência do Tribunalde Justiça) foi melhor que a de Li-mongi: "Na questão estritamentesalarial, sem entrarmos na discus-são dos fatores que levaram a gre-ve de 2004, a gestão Tâmbara foimelhor. Tivemos, no total, 22% de

reposição salarial. Na sua gestãoesse mesmo índice não chega nema 8%".

Um consenso entre os repre-sentantes foi a respeito da partici-pação das entidades na elaboraçãodos textos das propostas orçamen-tárias posteriores, o que garantiriamaior transparência em sua execu-ção.

De concreto apenas a certezade outra reunião, em 21 de setem-bro, para dar continuidade às dis-cussões. Aspectos como o cálculocorreto da defasagem salarial, o re-ajuste dos auxílios, a inclusão deum possível parcelamento dessadefasagem na proposta orçamen-tária para 2008 - e a forma de colo-cá-la em prática - ficaram de ser ana-lisados por parte da assessoria daPresidência do TJ.

"Sou transparente e leal e, porisso, espero poder resolver essasquestões", foi o máximo que con-seguiu argumentar Limongi em de-fesa de sua gestão perante a cate-goria.

Cálculo deDefasagem Salarial

AtualizadaASSOJUBS / DIEESE

Período:Março de 2002 à julho de 2007

IGPM (FGV): 22,75%

OUTROS ÍNDICESINPC (IBGE):10,54%

ICV (DIEESE): 8,77%

GESTÃO 2006/2008"ORGANIZAÇÃO E TRABALHO"

03.p65 13/9/2007, 14:427

Ediçăo 5 - 2007 Página 8 LEGISLAÇĂO

Em 28 de maio foi aprovado naAssembléia Legislativa de São Pau-lo o Projeto de Lei 30/05 instituindoo novo sistema previdenciário doEstado, a SPPREV, ou São Paulo Pre-vidência. Com a aprovação, foi pro-mulgada a Lei 1010/07.

A Assojubs participou de todasas etapas das discussões da SPPREVjuntamente com as demais entidadesrepresentativas do funcionalismo pú-

blico - nas discussões com os depu-tados estaduais, na audiência públi-ca realizada na Assembléia Legislati-va e durante a votação do projeto.

Durante a audiência pública, oplenário da Assembléia Legislativa- lotado com mais de 200 servidorese com outras cinco mil pessoas dolado de fora, barradas pela PM -vaiou e fustigou incessantementeos deputados da base governista

(PSDB, DEM, PTB e PPS).O motivo das vaias: a SPPREV,

de maneira geral e a longo prazo, seráruim para os servidores públicos deSão Paulo, principalmente porquepossibilitará aumentar os descontosprevidenciários, a título de manter oequilíbrio financeiro do sistema.

Parlamentares da oposição e re-presentantes das associações e sin-dicatos dos servidores públicos tam-bém lutaram pela definição no proje-to do índice de desconto, para que,ao menos, tivéssemos a garantia dapermanência do índice atual, 11%. Po-rém, a base governista durante todoo tempo de negociação, e discussão,não aceitou a inclusão desse item.

Os deputados governistas tam-bém rechaçaram qualquer possibili-dade de alterar pontos importantís-simos para os servidores, como oreconhecimento e definição, porparte do governo, do passivo atua-rial, e o pagamento da dívida quetem com o Ipesp - que superaria R$50 bilhões - antes do início do funci-onamento da SSPPREV.

Esses fatores reunidos corrobo-ram a perspectiva negativa para osservidores de que, em curto prazo,haja um aumento dos descontosprevidenciários. Apenas comoexemplo, em estados como Amazo-nas e Paraná, onde o sistema pró-prio de previdência dos servidorespúblicos, em conformidade com a lei

federal, foi adotado, o descontopassou para 14%, chegando a 17%na Bahia.

Efetivação dos Lei 500As vitórias conquistadas pelos

servidores, através da emenda aglu-tinativa 42, encaminhada pelo go-verno, após a discussão com os re-presentantes das entidades de ser-vidores públicos e a sonora e cons-trangedora vaia - seguida de xinga-mentos - durante a audiência públi-ca de maio, possibilitou a incorpo-ração dos servidores lei 500 que fa-ziam parte do quadro funcional doEstado - nos três poderes - até a datada promulgação da lei 1010.

Com essa fundamental vitória,os servidores públicos estaduais -mais de 800 mil em todo o estado -conseguiram impedir que cerca de225 mil servidores da lei 500, fossemmandados para o INSS. E mais, oparágrafo 2°, do artigo 2°, capítulo1, trouxe uma consideração sobre oslei 500 que os transformam em servi-dores de cargo efetivo.

Apesar de o Governo do Esta-do negar essa consideração, o en-tendimento para a diretoria da As-sojubs é de que: "O texto aprovadoé claro e diz que são titulares de car-go efetivo os servidores da lei 500,admitidos até a data da publicaçãoda lei 1010. O problema é que, se-gundo informações passadas peloTribunal de Justiça, a Procuradoriado Estado entende que essa consi-deração é só para fins previdenciá-rios. Infelizmente, e mais uma vez,teremos uma longa batalha judicialpara consolidar os efeitos dessa lei"afirmou Hugo Coviello, presidente.Segundo ele, a Assojubs, inclusive,protocolou - com exclusividade atéo momento - um requerimento admi-nistrativo "para que o TJ informe so-bre a efetivação dos lei 500. Se a res-posta for negativa, entraremos comas medidas judiciais para garantiresse direito aos nosso associadosassim admitidos.".

Outra vitória conquistada foi aparidade de representantes dos ser-vidores no Conselho de Adminis-tração, órgão gestor da SPPREV. Na

proposta original do governo, apoi-ado por sua base, seriam seis con-selheiros, sendo quatro indicadospelo Estado e dois pelos servido-res.

Após as manifestações e as pres-sões do conjunto de entidades re-presentativas do funcionalismo, ogoverno cedeu e aceitou a parida-de. Na lei aprovada, serão 14 conse-lheiros sendo sete do Estado e seterepresentantes dos servidores.

Ainda que pontuais, a Diretoriada Assojubs acredita que o signifi-cado dessas vitórias traz um alentopara o futuro dos trabalhadores doserviço público estadual: "Os servi-dores estão começando a se cons-cientizar da importância de caminharjunto nas lutas. Chegamos a fazerreuniões semanais na sede da enti-dade, com representantes dos pro-fessores e da saúde na Baixada San-tista, sobre a SPPREV. Fizemos umseminário com esses companheirose eles afirmaram que foi a Assojubsque trouxe a discussão da SPPREVpara a Baixada Santista", explicouCoviello.

A regulamentação da SPPREVAtualmente as entidades repre-

sentativas dos servidores, inclusi-ve a Assojubs, discutem, toda ter-ça-feira, na Assembléia Legislativa,a regulamentação do funcionamen-to da SPPREV. O ponto mais polêmi-co diz respeito à forma de indicaçãodos representantes dos ServidoresEstaduais no Conselho de Adminis-tração da SPPREV.

No âmbito do Judiciário e do Le-gislativo, a discussão se encaminhapara um consenso - o Legislativo podeeleger um representante, e o Judiciá-rio e o Ministério Público, em conjun-to, têm direito a um representante -,mas no Executivo a discussão serámais complicada, pois existem trêsvagas para serem escolhidas por ser-vidores de 23 secretarias de Estado.

A Lei da SPPREV 1010/07está disponível na íntegra na pá-gina da Assojubs na internet, nolink Judiciário/Legislação.

O site é www.assojubs.com.br

SPPREV:vitóriaspontuais

PREVIDENCIA^

Vitória pontual: servidores impediram que os Lei 500 fossem para o INSSVitória pontual: servidores impediram que os Lei 500 fossem para o INSS

03.p65 13/9/2007, 14:428

Página 9 Ediçăo 5 - 2007LEGISLAÇĂO

A Assojubs, representada porseu presidente, Hugo Coviello, es-teve presente nas discussões deduas frentes parlamentares na As-sembléia Legislativa de São Paulo.

Em sua primeira participação,em 28 de junho, o tema do encon-tro com membros da Casa, repre-sentantes do Tribunal de Justiça eentidades defensoras dos servido-res foi o funcionamento da FrenteParlamentar em Defesa da Autono-mia do Poder Judiciário. De iniciati-va do deputado estadual RodolfoCosta e Silva (PSDB), a idéia bási-ca propõe fazer alterações na arre-cadação do Estado possibilitandoa destinação autônoma dos recur-sos financeiros ao Judiciário, assimcomo já é feito no Rio de Janeiro.

Entre as opiniões discutidas naoportunidade, alguns integrantescitaram o conceito adotado pelasuniversidades paulistas comoexemplo a ser adotado, ou seja, adefinição de um percentual da arre-cadação do ICMS, a ser destinadaao TJ.

A transparência na destinaçãodas verbas orçamentárias foi o focodos comentários do presidente daAssojubs. Esse fator condiciona oapoio da entidade à questão: "So-mos favoráveis à autonomia desdeque haja transparência e tenha tam-bém a participação dos servidorese da população na elaboração dadestinação das verbas".

Da reunião ficou acordado umpróximo encontro para andamentoà discussão da autonomia financei-ra do judiciário, dentro do poder le-gislativo.

O Presidente da Assojubs fezparte, também, do lançamento daFrente Parlamentar em Defesa dosServidores e do Poder Judiciário,no dia 2 de julho, uma criação dodeputado José Bittencourt (PDT).

A frente tem a proposta de - se-gundo seu mentor - "promover avalorização dos servidores do Ju-diciário" e de amenizar a situaçãodos funcionários da Casa, segun-do declarou Major Olímpio (PV),outro parlamentar presente à As-sembléia Legislativa na data.

O lançamento foi marcado peladivergência de pareceres entre osrepresentantes da categoria e Ron-nie Herbert, juiz assessor da Presi-dência do TJ.

Hugo Coviello, por exemplo, en-fatizou o fato de que a mentalidadedo Tribunal em relação aos servi-dores segue a mesma conduta, in-diferente das mudanças administra-tivas ocorridas, principalmente emtermos salariais. "Se compararmosessa questão nas gestões LuizTâmbara e Celso Limongi, o trata-mento, até por causa da greve de2004, foi melhor com Tâmbara, poishouve 22% de reposição, enquan-

to com Limongi não chegou nem a8%".

Com a palavra, Ronnie Herbertresponsabilizou a falta de verbaspelos problemas na gerência de re-cursos humanos e nas defasagenssalariais da categoria, para ele aquestão salarial na gestão Tâmba-ra atingiu 22% de reposição em fun-ção do cenário daquele momento,pois os servidores saíam de umagreve de 91 dias "que chamou aatenção da sociedade, quando hou-ve cortes e descontos na folha, queacarretou na formação de um caixa,o que possibilitou esses reajustes".

Questionado por Coviello se talopinião significava então o enten-dimento de que o TJ só atende asreivindicações com as paralisaçõesdos servidores, Herbert se esqui-vou: "Não sei se o caminho é a gre-ve. Talvez sim, talvez não". Sobre acriação do Plano de Cargos e Car-reiras, ele comentou que, segundo

suas informações, sua aplicaçãoprovocaria um impacto de 5,4% nafolha de pagamento. Herbert reco-nheceu que as dívidas indenizató-rias do TJ com o funcionalismo su-peram R$ 2 bilhões.

Em sua conclusão, a Frente Par-

AUTONOMIA FINANCEIRA

lamentar em Defesa dos Servido-res e do Poder Judiciário estabele-ceu encontros bimestrais, para aná-lises orçamentárias do Tribunal deJustiça, visando melhorar as con-dições dos servidores do judiciá-rio.

Assojubs presente nas discussoesparlamentares do Judiciário

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Presidente a Assojubs participa da discussão da Frente Parlamentar em Defesa dos Servidores do Judiciário

Frente Parlamentar pela autonomia financeira do Judiciário

03.p65 13/9/2007, 14:429

Ediçăo 5 - 2007 Página 10

Arraial Jubs é atraçăodo mes de junho

PROJETO FIM DO MES

INTEGRAÇĂO

Ressaltando o clima de feste-jos juninos, a Assojubs realizouem 29 de junho o Arraial Jubs,evento integrante do Projeto Fimdo Mês, mensalmente promovidopela entidade. A ocasião reuniudiversos associados, seus famili-ares e amigos, proporcionando

uma noite extremamente animada edescontraída, características mar-cantes das nossas confraterniza-ções.

"É ótimo para sair da rotina", ex-plicou a associada Isaura HelenaDuarte Pimentel. Funcionária do Fó-rum Criminal de Santos, ela vê nes-

sas festividades uma forma de seestreitar o relacionamento com oscolegas de ofício. "É a oportunida-de de conhecer um outro lado daspessoas, sem ser o profissional."Recentemente transferida do Gua-rujá para Santos, Maria do Carmode Jesus Monteiro, compartilha damesma opinião. "Pude me aproximarmais da turma que trabalha comigo.Além de ver alguns funcionários,geralmente mais fechados no coti-diano, se divertindo", revelou.

O ambiente cordial e amistososão os principais aspectos citadospelos freqüentadores da casa.Isso é evidente no primeiro con-tato, como destacou Vanessa dePaula: "É um excelente lugar e, in-dependente de não ser sócia, fuibem recebida. Com certeza preten-do voltar." Também contente coma recepção, o convidado Luiz Car-los Mesquita já incluiu as festasda Assojubs no seu calendário so-cial. "Gosto muito daqui. Quandominha amiga servidora me convi-da, venho com satisfação", disse.

E mesmo em um evento volta-do ao entretenimento, as conver-sas citam as injustiças sofridaspelo funcionalismo e o trabalhoque a entidade faz visando melho-rar essa situação. Para Isaura Pi-mentel, a diretoria atual, presididapor Hugo Coviello, é bem atuantee costuma deixar os judiciários ci-entes sobre suas ações. "O Hugocorre atrás dos nossos interesses,nos informa e sempre orienta noque é melhor para a categoria. Porisso foi eleito."

A seleção musical foi produzi-da pelo DJ César, que animou anoite. Os participantes invadirama pista e dançaram bastante aosom sucessos atuais e clássicos,dos mais variados estilos. Comi-das típicas da época aguçaram opaladar dos presentes.

JULHO

Feijoada esamba na Assoju

Em terras brasileiras, feijoada esamba é a mistura que deu certo. Nãohá quem resista ao suíngue de uma boabatucada e, muito menos, aos encan-tos dessa suculenta especialidadegastronômica.

Devido a esse sucesso, o projetoFim do Mês selecionou a dupla como

referência para o 1º Feijão Jubs, ocor-rido em 23 de julho na Assojubs. E oevento, excepcionalmente ocorridoem um sábado, foi aprovado pelospresentes, que curtiram essa realiza-ção tipicamente nacional.

Pela primeira vez em uma festivi-dade da entidade, o sócio Everaldo

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Servidores prestigiarama festa junina da

Assojubs

Judiciários no embalo de samba e feijoada

03.p65 13/9/2007, 14:4210

Página 11 Ediçăo 5 - 2007INTEGRAÇĂO

da eAssojubs

Cruz Almeida, do 3º Ofício de Famíliade Santos, aprovou a realização, prin-cipalmente pelo ambiente familiar, quegerou a "oportunidade de fazer um pro-grama com a namorada e a mãe e tam-bém dispor da companhia dos ami-gos".

"É um espaço bom e com uma re-ceptividade excelente", destacou Lu-ciene Batista, funcionária da Seção deProtocolo (Fórum de Santos). Para ela,as festas da Assojubs contribuem paraaliviar e amenizar o ritmo acelerado,provocados por uma semana de traba-lho intenso. "Um pouco de distraçãosempre é bom."

O som do 1º Feijão Jubs ficou a cargodo Grupo Fundamental, uma ótima esco-lha de acordo com Gilda da Conceição.Presente ao evento com um grupo deamigos, ela adorou o local, a organiza-ção e o clima amistoso. "Gostei muito.Quando puder venho de novo e aindatrago outros colegas para conhecer."

Além do êxito em promover a do-bradinha samba-feijoada, uma outrajunção foi muito comentada entre osassociados: a união social-sindical.Essa forma de atuação da Assojubs,que mescla a luta pelos direitos dosservidores com a promoção de entre-tenimento cultural e esportivo, é váli-da porque "trabalha os dois lados",destacou Everaldo Cruz Almeida. Deolho no serviço prestado pela entida-de, uma das ações que chamou suaatenção foi a alteração no plano desaúde. "Foi uma boa, pois era precisoatualizar. Vejo que a Assojubs está ca-minhando para melhorar."

Para Luciene Batista, um ponto forteda gestão atual é o dinamismo do presi-dente, Hugo Coviello. "Ele possui de-senvoltura nas questões que envolvema categoria." Os elogios também citam afacilidade em contatar alguns membrosda diretoria, primordial no relacionamen-to entre a entidade e seus sócios. "Emcerta ocasião, O Adélson (Pereira Gas-par - secretário geral) resolveu minha so-licitação com agilidade", relembrou.

NOITE ITALIANA

Italian Jubs é sucesso deagosto no Projeto Fim do Mes

O Projeto Fim do Mês deagosto da Assojubs foi sucessode público. Intitulado ItalianJubs - Uma Noite Italiana, o even-to, realizado no dia 31, contoucom a presença maciça de asso-ciados, familiares e uma extensaleva de convidados, que curti-ram uma noite agradabilíssima,num ambiente amistoso e acon-chegante.

A festa proporcionou aosparticipantes degustarem pratosda tradicional cozinha italiana,com o acompanhamento de mo-lhos especiais - preparados gra-ciosamente por membros da LojaMaçônica Príncipe do Líbano -,para o deleite dos apreciadoresde mais saborosa gastronomia.

Entre os presentes, o secre-tário de segurança de Praia Gran-de, José Marques Trovão Neto,desfrutou de sua primeira visitaà Assojubs. "É um local muitolegal e aconchegante, pretendo

retornar", avisou. Acompanhadode sua esposa, Márcia ValériaMarques Trovão, chegou à sedeatravés de amigos em comum dojudiciário, em que sua ligação ébem próxima, pois é bacharel emdireito. Para Trovão, a promoçãode atividades festivas em uma en-tidade, seja ela qual for sua repre-sentação, "é fundamental, poisreunir os associados mantém umprocesso de relacionamento po-sitivo".

Leandro Taconi, do 3º OfícioCriminal de Santos, também com-pareceu à Italian Jubs, e o seuprimeiro contato em um dos even-tos da Assojubs foi proveitoso eteve total aprovação. "Adorei. Éuma forma de sair da rotina e co-nhecer gente nova." O oficial dejustiça, mesmo não sendo asso-ciado, se diz interado com asações executadas pela atual ges-tão da entidade - está em cons-tante atualização, pois sua com-

panheira de trabalho, Miriam Ara-újo é conselheira -, apesar da pou-ca integração devido à falta detempo. "A associação é a nossavoz e sei que eles (administrado-res) correm atrás. Por saber que adiretoria é competente fico tran-quilo, porque vão sempre fazer oque é melhor para nós." SegundoTaconi, duas das qualidades deHugo Coviello, presidente, são asimplicidade e a comunicativida-de. "Ele é humano. E isso faz adiferença", explicou.

Outra participação, semprequerida, foi a de Sérgio AugustoCrochemore, do 10º Ofício Cível.O associado é extremamente par-ticipativo e faz parte da históriada Assojubs. Ele é frequentadordos eventos e, quando necessá-rio, auxilia na preparação. Comigual disposição, contribui na es-truturação - e até colaborou paraa formação da equipe - para asprovas do Campeonato Santista

de Pedestrianismo. Como estáenvolvido na evolução da as-sociação - foi um dos fundado-res do sindicato -, acredita nosprincípios adotados pela dire-toria em exercício, pois ressaltaque os setores político e admi-nistrativo estão bem geridos. "OHugo representa bem nossasopiniões e possui jogo de cin-tura.". Para Crochemore, o fatorrelevante da condução da As-sojubs é "trazer a categoria paraa entidade", e tanto a questãosindical, quanto as realizaçõesde atividades esportivas e even-tos sociais são importantes.

A Italian Jubs - Uma NoiteItaliana teve apresentações demúsica ao vivo, com GaetanoDue e o DJ Césare. Na festa tam-bém foram registradas as pre-senças dos integrantes da Polí-cia Civil, Polícia Militar e umgrande grupo da Loja Maçôni-ca Príncipe do Líbano.

Massas, vinho e muita alegria na Noite Italiana

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03.p65 13/9/2007, 14:4211

Ediçăo 5 - 2007 Página 12 ENTREVISTA

Lidar com o próprio dinheiro, emdiversas ocasiões, é um fator com-plicado, pois implica em - visandoresultados positivos posteriores -saber os momentos oportunos paraos investimentos ou aquisições. Re-presentar um órgão e trabalhar como montante de diversos contribuin-tes é uma tarefa que, no mínimo,acarreta responsabilidade e preocu-pação dobradas. Essa é a função deMaria Kill Damy Castro, a atual te-soureira da Assojubs, gestão 2006/2008.

Sua participação na entidade jávem da administração anterior, ondeHugo Coviello e Adelson PereiraGaspar, respectivamente presiden-te e secretário geral do mandato emvigência, também atuaram. A parce-ria entre eles virou uma grande ami-zade sem deixar de lado os objeti-vos administrativos executados naAssojubs, que cresceu e se tornoumais representativa e atuante nasquestões que envolvem os direitosda categoria judiciária.

Sob o aval de Kill, como é graci-osamente conhecida, a associaçãopercorreu um processo de desenvol-vimento, gerando crescimento físi-co, estrutural e financeiro, ocasio-nando significativas melhorias, sem-pre em prol de seus associados.Essa ascensão foi motivada pelamodernização dos equipamentos,que proporcionou agilidade no aten-dimento aos associados, reforma dacantina e escritório, já quitados, ins-talação da sub-sede de São Vicentee revitalização dos setores sociais eesportivos, com a promoção deeventos e incentivos à prática deatividades, entre outras implanta-ções e mudanças.

A competência de Kill é eviden-te desde 1979, quando ingressou noserviço público estadual e passou acompor o quadro funcional do Fó-rum de Santos. Atuou como escre-vente, chefe, oficial maior e diretoratécnica de serviço, quando se apo-sentou. Após essa caminhada pro-fissional de 24 anos na área pública,passou a se dedicar à Assojubs, cujopapel desempenha brilhantemente.

É o que o leitor de O Processo podeconferir na entrevista abaixo.

O Processo - Qual era a situa-ção financeira da Assojubs quandoessa gestão que você integra iniciouo trabalho?

Maria Kill Damy Castro - Eu,Hugo e Adelson iniciamos nossa 1ªgestão em meados de junho de 2004.A Assojubs registrava no balance-te do ano anterior um patrimôniototal de R$ 314.254,46. A entidadenão tinha dívidas, havia uma deman-da trabalhista pendente de julga-mento. O disponível em caixa - detodas as contas correntes, poupan-ça e aplicação em FDI - do escritórioe cantina, nos bancos NCNB e BA-NESPA, juntas, totalizavam aproxi-madamente R$ 34.000,00.

Com menos de 15 dias na direto-ria, deu-se a greve histórica do Judi-ciário do Estado de São Paulo, quedurou 91 dias, e os gastos geradospara custeio dessa greve ultrapas-saram, em muito, o montante dispo-nível. Com dados disponíveis naépoca, observamos que havia débi-to no importe de R$ 110 mil, aproxi-madamente, entre associados e ex-associados. No segundo semestrede 2004, ainda em razão da greve,principalmente devido aos descon-tos ocorridos no pagamento dosassociados, registramos mais estor-nos, que acarretaram mais débitos,bem acima de R$ 100 mil.

Os imóveis do escritório e dacantina eram alugados e, não raro,necessitavam de reparos. No escri-tório tínhamos quatro funcionáriase quatro ou cinco computadores - jábem antigos -, sendo que um eradestinado à confecção dos "chequi-nhos". Muitos trabalhos eram fei-tos manualmente, inclusive, haviauma funcionária para escrituraçãodos livros caixa do escritório, con-tratada como auxiliar de contabili-dade, hoje cargo vago ou inexisten-te, sendo dispensado na época tam-bém um trabalhador da cantina. Asreceitas, oriundas de mensalidadesdos associados, de contratos e con-

vênios, basicamente se destinavamà folha de pagamento de funcioná-rios e encargos fiscais, contas deluz, água e telefones, manutençãodos imóveis e afins, veículo, barra-ca de praia, aluguéis e coisas dogênero. A cantina não era auto-su-ficiente, sendo necessário o repas-se de verbas do escritório, além doarrecadado na venda das refeições.

Aí, bateu o desespero. Não tí-nhamos dinheiro, as diretorias elei-tas precisavam trabalhar e, para pio-rar a situação, foi decidido que osassociados mereciam ter uma sedeprópria, a qual seria entregue naquelagestão.

Fiquei em pânico...já pensou?Faça as contas...

Com pouco dinheiro, a soluçãofoi arregaçar as mangas e trabalharas receitas para as metas traçadaspela diretoria.

Na área da Secretaria, a reduçãode custos com material e a melhoriado atendimento ao público foi à tonana 1ª gestão.

A comunicação recebeu o seuprimeiro computador próprio. O Jor-nal da Assojubs recebeu um nome:O Processo. E passou a ser feito pelopróprio diretor de comunicação epelo vice-presidente, sendo discu-tido com toda a diretoria. A páginado site foi reformulada e ambos ve-ículos passaram a ter uma expres-são mais sindical e política. A comu-nicação ganhou um enfoque maiscombativo e aumentou o interesseda categoria em se associar.

Depois, disponibilizamos com-putador e internet gratuita para osassociados e seus dependentes. Nacantina, passamos a utilizar toalhas,melhorando em muito o visual.

Foram admitidos uns 150 novosassociados naquela gestão. Contra-tos e convênios foram renegociadose realizados, visando atrair novosassociados.

Foram celebrados acordos quepossibilitaram a arrecadação no se-mestre, de mais ou menos 35% domontante dos créditos.

Novos horizontes desponta-vam.

MARIA KILL - TESOUREIRA DA ASSOJUBS "Opatrimôniolíquido daAssojubsmais do quetriplicou"

Maria Kill exercendo a função de tesoureira

A meta alcançada é o resultado do bomtrabalho realizado pela diretoria da entidade;

sob o aval da tesoureira Kill, a associaçãocresceu e ficou mais atuante e representativa

03.p65 13/9/2007, 14:4212

Página 13 Ediçăo 5 - 2007ENTREVISTA

OP - Qual a sua intenção ao che-gar à Diretoria da Assojubs?

Kill - Quando me lanço em algu-ma empreitada, quero poder fazer omelhor e atender as expectativas da-queles que dependem do trabalho aser realizado. Mas, francamente, nãoimaginava o quanto trabalho meaguardava e as dificuldades pelasquais passaríamos.

OP - Qual a integração entre atesouraria e a secretaria?

Kill - A Diretoria Financeira de-pende do trabalho do escritório, queestá afeto à Diretoria da Secretaria,no que diz respeito à parte contábil,incluindo pagamentos e cobranças.Assim, é de vital importância essaintegração. Eu e Adelson já havía-mos trabalhado juntos por quasedez anos. Temos uma boa sincroniade pensamentos e trabalho, o quefacilita bastante.

OP - Qual o balanço do 1º ano dagestão atual (2006/2008)?

Kill - Foi um ano de transição.2/3 da Diretoria tomou posse em me-ados de junho de 2006, pronta paracolocar em execução as propostasde campanha e, assim como haviaocorrido conosco em 2004 (Adel-son, Hugo e eu), esbarraram na faltade dinheiro. O prédio foi entregueem maio de 2006, mas restava pagarvalores contratados que perduraramaté recentemente, valendo dizer queem 2006 o montante pago foi de maisde R$ 200.000,00.

As despesas com o pessoal - sa-lários, férias, 13º, vale-transporte,auxílios refeição, saúde e creche,cesta básica -, encargos previdenci-ários, PIS e FGTS dos funcionáriosdo escritório e da cantina, ajuda decusto da Diretoria e dos Conselhos,entre outros custos, ultrapassaramR$ 280.000,00.

Ainda assim, instalamos a sub-sede na Comarca de São Vicente, to-talmente equipada, inclusive comcomputador e internet gratuita parauso dos associados e criamos e equi-pamos o Departamento Jurídico.Contratamos uma profissional para

atender as necessidades jurídicas daAssojubs, dar consultas - segun-das, quartas e sextas-feiras na sedede Santos e às terças-feiras na sub-sede de São Vicente - e defender gra-ciosamente os associados em pro-cedimentos administrativos decor-rentes do exercício da função. Nasações particulares dos associados,os valores praticados são mínimos.

Reformamos todo o equipamen-to do consultório odontológico e, pormais de três meses, além dos atendi-mentos agendados, oferecemos ser-viços gratuitos, como limpeza e flúoraos associados e seus dependentes.Ainda na área da saúde a Assojubstrouxe para a sede e para a Comarcade Cubatão, e sem nenhum custo ex-tra, também para os associados e seusdependentes, o Dia de AvaliaçãoMédica, com exames de glicemia, afe-rição de pressão arterial e acuidadevisual. Contratamos novos planos desaúde junto à Unimed, inclusive, deco-participação (UNIPART), com pre-ços acessíveis a todas as categoriasde funcionários públicos em geral.

Para a cantina, contratamos aconsultoria de uma nutricionista,que, por conseqüência, levou à con-tratação de um profissional para ogerenciamento geral da mesma. Acantina oferece hoje alimento de pri-meiríssima qualidade e um excelen-te atendimento aos seus freqüenta-dores. A área destinada aos funcio-nários da cantina também conta comótimas instalações.

O escritório recebeu novos equi-pamentos de informática, nova má-quina de xérox, novo PABX e ar con-dicionado em todas as salas. Escri-tório e cantina estão uniformizados.

Nos convênios, predominou aeducação de qualidade, com contra-tos de descontos junto aos melho-res colégios e faculdades. Nos es-portes e lazer, mantivemos as qua-dras para as práticas esportivas defutsal e voleibol e apoio para reali-zação de torneios, inclusive nas co-marcas vizinhas de São Vicente ePraia Grande. Apoio também na par-ticipação da Assojubs em torneiosde futebol society e futebol de Areia

e para eventos como os 10 Km ATribuna.

Na área social realizamos con-fraternizações em dias comemorati-vos, o caso do Dia do FuncionárioPúblico e Dia das Crianças. Manti-vemos as barracas de praia funcio-nando o ano inteiro, durante os fi-nais e semana - com preços baixos eótimos serviços. Os eventos do Pro-jeto Fim do Mês ganharam uma in-jeção de criatividade, jamais vista,com festas típicas. O patrimônio lí-quido da Assojubs mais que tripli-cou, conforme balanço patrimonialdo ano de 2006, estando hoje em R$964.078,35. Então, acho que o traba-lho realizado foi excelente.

OP -Quais as mudanças signi-ficativas e implementações desen-volvidas envolvendo setor financei-ro?

Kill - Elaboramos relatórios fi-nanceiros distintos, diários e men-sais, de todas as receitas e gastosem todas as áreas, o que possibilitauma análise pormenorizada de cadasetor e de qualquer realização. Elesnos fornecem informações precisase espelham o trabalho de cada dire-toria. Todas as realizações envolvemo setor financeiro. Os relatórios fi-nanceiros informam e auxiliam osconselhos Fiscal e Deliberativo, queexercem com eficácia o seu traba-

lho.OP - O patrimônio líquido da

Assojubs triplicou. Qual o caminhopara o crescimento?

Kill - Trabalho, muito trabalho.Para ser poética, só conseguimosgrandes realizações quando nos em-penhamos e corremos alguns riscos.

Para ser realista, é necessáriomuito trabalho e união da diretoria.Todo setor tem sua importância den-tro da associação. Assim, todas asdiretorias devem ser prestigiadas.Nem sempre o dinheiro faz a dife-rença, mas o crédito do trabalho aser realizado. Esse, sim, deve estarem primeiro lugar.

Quando assumimos as diretori-as, tínhamos conhecimento de queo prédio ainda não estava pago ecaberia a nós, nestes dois anos, fazê-lo. Exploramos ao máximo as depen-dências da Assojubs, com locaçõespara exposições, desfiles, festas eeventos. Mais uma vez, renegocia-mos contratos, convênios, celebra-mos novos, e, principalmente, ne-gociamos com nossos associados,que sabem, pela divulgação do ba-lanço anual de 2006, que o patrimô-nio da Assojubs triplicou, como jádisse, e que este patrimônio precisaser conservado. Conseguimos im-portantes patrocínios para ativida-des e eventos, que cobriram custos,anteriormente pagos por nós. Então,

eu diria que a competência é neces-sária e a consciência é fundamental,e o nosso associado é o principalexecutor de qualquer trabalho parao caminho do crescimento.

OP - Quail foi o resultado maisimportante desse trabalho, em suaopinião?

Kill - A confiança do associadoem nosso trabalho.

OP - E a expectativa nesse 2º anode gestão?

Kill - Expansão da Assojubspara outras comarcas do Estado.A Assojubs hoje é reconhecidacomo uma das associações maisatuantes em favor dos funcionári-os do Judiciário e dos funcionári-os públicos em geral. Particular-mente, entendo que é necessáriouma revisão do Estatuto Social,que intimida certas ações da dire-toria. Por enquanto, só fala empunição para o que a diretoria nãocumprir, mas não dá liberdade deação. Temos que ter um estatutoque possa coibir determinadosatos, mas, para isso, não devemosatravancar o crescimento da enti-dade com medo de ferir o estatuto.A Criação do FAMES também éuma prioridade. É um compromis-so de campanha ainda não execu-tado.

Em entrevista à jornalista Camila Marques (à esquerda),Maria Kill explica o trabalho à frente das finanças da Assojubs

03.p65 13/9/2007, 14:4213

Ediçăo 5 - 2007 Página 14 JUDICIÁRIO

Parece incrível, mas o mesmoTribunal de Justiça de São Pauloque alega não ter verbas para, porexemplo, aumentar o auxílio refei-ção dos servidores - que é pagonormalmente com verbas de cus-teio e não com a de pessoal - gas-tou R$ 4,8 milhões para comprar 125carros (o que daria R$ 38.400 cada)para servir aos desembargadorespaulistas.

A licitação, vencida pela Gene-ral Motors através de pregão ele-trônico, foi alvo de questionamen-to pelo desembargador Luiz Panta-leão, da 3ª Câmara Criminal, queencaminhou ofício ao presidente doTJSP, Celso Limongi, pedindo ex-plicações para o valor gasto comautomóveis.

Pantaleão questionou a utiliza-ção das verbas do Fundo Especialdo Tribunal, as quais, segundo oofício encaminhado à Presidência,deveriam servir para "expansão eaperfeiçoamento da atividade juris-dicional" em conformidade com alei que criou o Fundo Especial doTribunal. Segundo o documento dodesembargador, o dinheiro do fun-do deveria ser usado para o desen-volvimento de programas internose aquisição de equipamentos deinformática e aperfeiçoamento deservidores e juízes.

Carros para desembargadoresou FAM para servidores

Luiz Pantaleão foi mais fundocom sua insatisfação. Com emba-samento legal questionou porqueos valores não foram usados parapagar o FAM devido aos servido-res: "A verba empregada na com-pra dos veículos de representaçãotinha de ser dirigida ao pagamentodas indenizações de natureza ali-mentar devidas, com chancela ad-ministrativa, aos senhores funcio-

nários do Poder Judiciário, incluin-do-se o principal e o montante de-corrente da aplicação do Fator deAtualização Monetária (FAM). É deconhecimento geral que a Lei Esta-dual nº 12.395, de 21 de julho de2006, introduziu alteração na Lei nº8.876, de 2 de setembro de 1994,exatamente para que o Fundo Es-pecial de Despesa pudesse bancarindenizações administrativas".

Leia o ofício do desembargadorLuiz Pantaleão

São Paulo, 27 de agosto de2007

Assunto: Carros de "represen-tação" versus Legalidade

Senhor PresidenteVossa Excelência e seu delega-

do ordenador de despesa, Juiz As-sessor, este representando o Egré-gio Tribunal de Justiça do Estadode São Paulo na formalização ne-gocial, gastaram R$ 4.818.750,00(quatro milhões, oitocentos e de-zoito mil e setecentos e cinqüentareais), adquirindo cento e vinte ecinco veículos de "representação"para uso dos Senhores Desembar-gadores (Contrato nº 000.006/07com aditamento - SAD 4.2). O ônusrecaiu nos recursos do Fundo Es-pecial de Despesa do Tribunal deJustiça do Estado de São Paulo.

A Lei Estadual nº 8.876, de 2 desetembro de 1994, que instituiu oFundo Especial de Despesa do Tri-bunal de Justiça do Estado de SãoPaulo, estabeleceu no artigo 2º:"Sem prejuízo das dotações consig-nadas no orçamento, o Fundo aque se refere o artigo anterior tempor finalidade assegurar recursospara expansão e aperfeiçoamentoda atividade jurisdicional, visan-do ampliar o acesso à Justiça.".

Acontece que causa grandeperplexidade que o Fundo tenha

sido onerado com despesa decor-rente de compra de automóveis de"representação" dos Desembarga-dores. Tais carros não implicam ex-pansão e aperfeiçoamento da ati-vidade jurisdicional, como aconte-ceria, por exemplo, com despesaspara aquisição de equipamentos deinformática e treinamento de ser-vidores. Também, por óbvio, nãoimplicam ampliação do acesso àJustiça. - Como sustentar que aqui-sição de carros de "representação"tem por finalidade aperfeiçoamen-to da atividade jurisdicional ouampliação do acesso à Justiça?Aliás, veículo automotor de "repre-sentação" não é nem deve ser prio-ridade. Os Senhores Desembarga-dores têm mesmo, em princípio,meios próprios de locomoção.

Observe-se que os carros de "re-presentação" já estão a comporuma frota de aproximadamente du-zentos e oitenta unidades. Ao queparece, a pretensão é de atingir amarca de trezentos e sessenta veí-culos de "representação", ou seja,um para cada Desembargador. Evi-dentemente, uma frota dessa pro-porção acarreta grandes despesasde manutenção e compra de com-bustível, além de exigir o concursode muitos agentes de segurança(motoristas). Vossa Excelência bemsabe que, considerando-se o usorestrito que o chamado carro de"representação" deve ter, uma pe-quena frota bastaria para o aten-dimento dos Senhores Desembar-gadores. Suficiente seria algumaadequação administrativa na or-ganização do serviço. O que se nãopode afirmar é que o carro de "re-presentação" influi na proficiênciafuncional do Desembargador nodesempenho da específica ativida-de jurisdicional. Também, é claro,não amplia acesso à Justiça.

Referentemente a esse ônus querecaiu sobre o Fundo Especial deDespesa, já formalizei, conformeprotocolo de 23.8.2007 e na formada Lei Complementar Estadual nº709, de 14 de janeiro de 1993, ocabível expediente perante o Egré-gio Tribunal de Contas do Estadode São Paulo.

Outrossim, a verba empregadana compra dos veículos de "repre-sentação", tinha de ser dirigida aopagamento das indenizações denatureza alimentar devidas, comchancela administrativa, aos Se-nhores Funcionários do Poder Ju-diciário, incluindo-se o principale o montante decorrente da apli-cação do Fator de Atualização Mo-netária ("FAM"). É de conhecimen-to geral que a Lei Estadual nº12.395, de 21 de julho de 2006, in-troduziu alteração na Lei nº 8.876,de 2 de setembro de 1994, exata-mente para que o Fundo Especialde Despesa pudesse bancar inde-nizações administrativas (parágra-fo único, do art. 2º). Na mesma or-dem de idéia, não se perca de vistaque, para efeito da apuração doslimites estabelecidos nos arts. 19,20, 22, parágrafo único, e 71, to-dos da Lei Complementar Federalnº 101, de 4 de maio de 2000 (Leide Responsabilidade Fiscal), de-vem ser desconsideradas as despe-sas de pessoal decorrentes de di-reito reconhecido pela via admi-nistrativa, cujo fato gerador sejaanterior ao período de apuraçãoda despesa total de pessoal esta-belecido no parágrafo 2º, do art.

18, do citado Diploma.Em face do exposto, - e já notifi-

cando essa Presidência que dirigirepresentação aos eminentes inte-grantes do Colendo Órgão Especi-al para apuração da regularidadeda licitação e aquisição dos menci-onados carros de "representação" -, requeiro que Vossa Excelência leveurgentemente ao Colendo ÓrgãoEspecial, as seguintes propostas: a)imediato pagamento, na proporçãodos recursos existentes no FundoEspecial de Despesa, das indeniza-ções devidas aos Senhores Funcio-nários; b) prévia autorização do Co-lendo Órgão Especial para a reali-zação de quaisquer gastos que one-rem o Fundo Especial de Despesa;c) indicação, no momento da ins-crição eleitoral da candidatura doDesembargador para o cargo dire-tivo de Presidente do Tribunal deJustiça do Estado de São Paulo, dosnomes dos Juízes que integrarão anumerosa equipe de Assessores,para o conhecimento do ColendoTribunal Pleno da identidade dosMagistrados que, delegados orde-nadores de despesa, representarãoa Corte perante terceiros.

Ao ensejo, apresento protestosde elevado apreço e consideração.

Luiz Pantaleão, Desembarga-dor

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR

DESEMBARGADOR

CELSO LUIZ LIMONGI

DD. PRESIDENTE DO EGRÉGIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULO

TJSP gasta R$ 4,8 milhoespara comprar carros

DESEMBARGADORES

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Pátio da GM: montadora venceu a licitação para o TJ

03.p65 13/9/2007, 14:4214

Página 15 Ediçăo 5 - 2007ASSOJUBS

Veja abaixo a relação das ações funcionaispatrocinadas pelo Departamento Jurídico:AÇÕES FUNCIONAIS MAIS PROCURADAS:

- COBRANÇA DO F.A.M. (FUNDO DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA)Quem tem direito: todos os que ainda tiverem fundo a receberDocumentos necessários:1. Cópia da funcional;2. Certidão ORIGINAL expedida pelo DEPE onde conste o valor a receber de FAM(não precisa ser nova, pode ser antiga, mas não pode ser anterior a 2003).Custo inicial: R$ 20,00

- RECÁLCULO DA SEXTA PARTE SOBRE A TOTALIDADE DE VENCIMENTOSQuem tem direito: todos os que recebem a sexta parteDocumentos necessários:1. Cópia da funcional;2.Último holerite onde conste o pagamento da sexta parte;Custo inicial: R$ 20,00

- EQUIPARAÇÃO DO SALÁRIO BASE AO MÍNIMO LEGALQuem tem direito: todos cujo salário-base seja menor que R$ 380,00Documentos necessários:1.Cópia da funcional;2.Cópia do último holerite.Custo inicial: R$ 20,00

Assistencia Jurídica nasaçoes individuais e coletivas

INFORMATIVO

O Departamento Jurídico da As-sojubs, criado pela atual diretoria,encontra-se em plena atuação pe-rante o Tribunal de Justiça, defen-dendo as reivindicações da catego-ria através de ações coletivas e aten-dendo os interesses privados dosassociados que buscam a tutela ju-risdicional individualmente (como,por exemplo, para solucionar ques-tões familiares, consumeiristas ouindenizatórias, entre outras).

A Assojubs impetrou, em 26 dejulho deste ano, a AÇÃO JUDICI-AL COLETIVA, ou seja, em nomede todos os associados, visando opagamento da defasagem salarialdo período compreendido entre1999 e 2005, com base no INPC,

publicado mensalmente pelo IBGE.O processo tramita perante a 13ªVara da Fazenda Pública da Comar-ca de São Paulo, sob o nº583.53.2007.121069, e seu andamen-to pode ser consultado no site dopróprio TJ/SP.

Além da referida ação judicial,a associação aguarda posiciona-mento formal do TJ/SP acerca dosrequerimentos administrativos queversam sobre a EFETIVAÇÃO DOSSERVIDORES CONTRATADOSSOB O REGIME DA LEI 500/74(protocolizado em 05/07/2007), so-bre a DEVOLUÇÃO DOS VALO-RES DESCONTADOS EM RAZÃODA GREVE DE 2004, MEDIANTECOMPENSAÇÃO DAS HORAS

CREDORAS (protocolizado em 16/08/2007), bem como sobre a EQUI-PARAÇÃO DO SALÁRIO-BASEAO SALÁRIO MÍNIMO NACIO-NAL (protocolizado em 16/08/2007), para futura propositura dedemandas judiciais, caso os reque-rimentos não sejam atendidos.

Vale ressaltar que o Departamen-to Jurídico proporciona descontosaos associados no patrocínio deações de interesse privado (50% dedesconto sobre os honorários fixa-dos na tabela editada pela OAB/SP),bem como nas ações de interesseprofissional (honorários de 10% so-bre o valor apurado em liquidaçãode sentença e devidos somente emcaso de sucesso da ação).

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03.p65 13/9/2007, 14:4215

Ediçăo 5 - 2007 Página 16 CULTURA

A obra Ensaio sobre a ceguei-ra, do escritor português José Sa-ramago, contraditoriamente é umlivro sobre a visão. A visão sobreo que somos de verdade, mas queraras vezes demonstramos, ou avisão com a qual nos deparamosem poucas ocasiões, cegos peloque aparentemente é nosso po-der de enxergar.

A partir de uma súbita e inex-plicável epidemia de cegueira, umacegueira leitosa, completamentebranca, Saramago nos guia para asituação de desorganização e aomesmo tempo superação dos va-lores mais básicos da sociedade.

Partindo dessa inexplicávelepidemia, a qual tem início comum motorista, que subitamentefica cego enquanto está paradoem um sinal vermelho, o autor tra-ça uma narrativa em que a molés-tia vai contaminando outras pes-soas e transformando seus per-sonagens em animais egoístas,desesperados na luta pela própriasobrevivên-cia.

D e p o i sdo motorista,todas as pes-soas que tive-ram contatocom ele tor-nam-se aco-metidas pelac e g u e i r a ,desde o seumédico, pas-sando pelamulher dele eos pacientes,até se tornaruma epidemia misteriosa. Os per-sonagens vão se tornando cegosem um ritmo vertiginoso, sem terpausa.

Quase dois irmăosFILME/DVD

Um mundo branco e preto. Ummundo rico e pobre. Um mundoamistoso e violento. Um lugar ondeopostos se atraem, se misturam ese repelem. Um lugar onde opos-tos passam a ser pares, se encon-tram e desencontram.

"Quase dois irmãos" é um be-líssimo filme brasileiro, que mostraum país no qual as contradições esemelhanças convivem o tempotodo, se cruzam, se misturam e seseparam na mesma proporção dealegria, esperança e violência.

O filme tem duas histórias con-dutoras. Uma é a história do Brasildos anos 60 até os dias de hoje,tendo como cenário o presídio daIlha Grande (RJ), para onde umaparte dos presos políticos que lu-tavam contra a ditadura militar eram

levados. A outra história mostra asdesigualdades e a convivência deuma sociedade que se distância emduas, por diferenças de classe so-cial, raça, cultura e história.

Os encontros e desencontrosdessa sociedade marcam o destinoe a vida de dois homens: Miguel,branco, deputado federal, ex-presopolítico, oriundo de uma família declasse média alta, e Jorge, negro, umdos líderes do Comando Vermelho,ex-presidiário na Ilha Grande, filhode um sambista. O ponto comum aunir a vida dos dois personagens éa música popular brasileira e o tem-po de convivência no presídio daIlha Grande, litoral do Rio de Janei-ro.

Dois mundos se encontram eeste episódio passa a ser parte im-

portante da história de violênciaque o país enfrenta hoje - essa ar-gumentação do filme é baseada emfatos reais e suas conseqüênciasfazem parte da realidade atual.

O filme demonstra como esserelacionamento entre dois mundostão opostos converge e diverge,num misto de tolerância e violên-cia, conflito e aprendizado, que deuorigem ao Comando Vermelho, aprimeira organização criminosa acontrolar o tráfico de drogas.

Ficha Técnica

Título Original: Quase Dois Irmãos

Tempo de Duração: 102 minutos

Ano de Lançamento (Brasil): 2005

Direção: Lúcia Murat

Roteiro: Lúcia Murat e Paulo Lins

Música: Naná Vasconcellos

LIVRO

Ensaio Sobrea Cegueira(José Saramago)

Percebemos, então, que o au-tor não deu nome à cidade, nãodatou os acontecimentos e man-teve seus personagens anôni-mos, conhecidos apenas como "amulher do médico", "o homem davenda preta" ou "a rapariga dosóculos escuros".

Os cegos são confinados emlocais abandonados e fechados,sob as ordens dos que ainda con-servam a sua visão. Quem enxer-ga torna-se uma autoridade, im-pondo qual forma de comporta-mento os cegos devem obedecer.

Mas um dos "encarcerados",a mulher do médico, mantém a vi-são e passa a registrar todo o hor-ror e provação que os cegos en-frentam. O dilema da mulher domédico é compreender se a per-manência de sua visão em umaterra de cegos é uma dádiva ouum castigo.

Como ninguém mais vê o queo outro faz, a convivência setransforma em uma disputa na

qual as re-gras são que-bradas pelas e g u r a n ç aque não se-rão notadas.Os mais for-tes abusamdo poderpara imporsua vontade.Os instintosde sobrevi-vência huma-na vão to-mando contadas ações.

Será necessário que estejamtodos cegos para que enfim sejapossível enxergar a essência decada um?

"Temos todos duas vidas:uma, a que sonhamos;outra, a que vivemos..."

Cena do filme dirigido por Lúcia Murat

03.p65 13/9/2007, 14:4216

Página 17 Ediçăo 5 - 2007CULTURA

A V I S O SATIVIDADE

Coral Assojubs: música, vozes e arte

Ela está entre as três artis-tas britânicas estreantes queconquistaram a primeira coloca-ção nas paradas inglesas emseus álbuns de estréia.

Com 26 anos, muito talentoe beleza, Corinne Bailey Rae -que cursou faculdade de litera-tura inglesa e pratica intensa-mente violino e guitarra - escre-ve suas músicas demonstrandoautocrítica e habilidade.

O álbum de estréia, auto-inti-tulado - Corinne Bailey Rae(foto) -, mistura, com maestria,baladas simples e suaves, faixasotimistas, um pouco de Funk e

A Assojubs está implementan-do um projeto da área da Diretoriade Atividades Culturais, Sociais eEducacionais, que há tempos erarequisitado: o coral da entidade.

O projeto teve inicio no últimodia 30 de agosto, com a aula inicialministrada na sede.

A intenção de formar o Coral As-sojubs foi efetuada após uma pes-quisa de interesse, realizada entre osfuncionários do Fórum de Santos -ao qual foram solicitadas opiniões detrabalhadores de 37 setores, entrecartórios e administração, do prédiocentral, fórum civil e anexo.

Entre os pesquisados, muitosmanifestaram o desejo de partici-par da atividade. O responsávelpelo coral é o associado Mário Sér-gio Soares que, juntamente com aAssojubs, está envolvido no de-senvolvimento do projeto.

Além dos judiciários em ativi-

dade, os aposentados também es-tão convidados - inclusive os quefizeram parte do antigo Coral doFórum - a integrarem o grupo.

Além dos ensaios, que já estãoocorrendo semanalmente, Soarestem o propósito de ingressar o pes-soal em apresentações futuras, nos

diversos eventos de corais vocaisque a região costuma promover aolongo do ano.

Outras informações sobre oCoral Assojubs podem ser obtidasna Secretaria da Associação, pelo3223-2377, ou através do [email protected].

MÚSICA

CorinneBailey Rae

um Blues hipnotizantes em fun-ção de sua voz.

A crítica a considerou "estre-la feminina de 2006" e seu traba-lho trouxe influências de váriosartistas de Jazz e Soul. Por tudoisso, Corinne chegou a ser com-parada a grandes cantoras comoBillie Holiday e Norah Jones.

Em seu álbum destacam-se asfaixas de abertura do álbum,"Like a Star", "I'd Like To" e "CallMe When You Get This".A faixa"Put Your Records On", ficou co-nhecida do público brasileiroatravés da telenovela "Páginas daVida".

Quadro de Permutas

Para anunciar sua permuta, entre em contato com a Assojubs: [email protected] ou pelo telefone: (013) 32232377

SERVIÇO

CorinneBailey Rae

Nome Cargo Comarca origem Seção Permuta para ContatoRomualdo Escrevente Técnico Judiciário S.R.H. São Paulo (Capital) Arquivo Santos,São Vicente ou P. Grande (011) 3231-0770Elizabeth Rei Valente Auxiliar Judiciário VI São Vicente 1°Oficio Cível Santos (013) 3467-6650 Ramal 262

03.p65 13/9/2007, 14:4217

Ediçăo 5 - 2007 Página 18 ESPORTES

PEDESTRIANISMO

Equipe Assojubsparticipa doCampeonato

SantistaIncentivados pela Diretoria de Esportes

e Lazer da Assojubs, alguns associados for-maram uma equipe de pedestrianismo, a qualvem integrando as etapas do CampeonatoSantista de Pedestrianismo 2007, estimulan-do a atividade física mais antiga do conhe-cimento humano: a corrida.

A largada para a competição se deu em21 de abril, com a Prova 6º BPMI - PolíciaMilitar, disputada nas imediações da Ave-

nida Cel. Joaquim Montenegro, o Canal 6.A 2ª etapa foi em 24 de junho, com a Provados Bombeiros, que usufruiu dos arredo-res da Avenida Conselheiro Nébias. Já a 3ªetapa ocorreu em 19 de agosto, nas proxi-midades da Praça Rui Barbosa, pela Provada Polícia Federal/GM/SEMES.

Abaixo, a relação dos atletas participan-tes das três etapas e os resultados obtidosem suas respectivas categorias:

ATLETA 1ª ETAPA 2ª ETAPA 3ª ETAPA CATEGORIA

Alessandro M. Barreto 92º 72º 65º Sênior - 35/39 anos

Alexandre Viscome 145º - - Pré-veterano - 40/44 anos

Ana Cristina Ribeiro 14ª - - Veterana - 45/49 anos

Edvaldo Gonçalves da Silva 144º 153º 120º Pré-veterano - 40/44 anos

Fabiana dos Santos - 29ª - Sênior - 35/39 anos

Giovano de Angelo 45º - - Sênior - 35/39 anos

José Inácio da Silva 59º - 79º Veterano I - 45/49 anos

José Roberto Ribeiro 36º - - Pré-veteraníssimo

55/59 anos

Lygia Pereira Mendes 13ª 12ª 8ª Máster - 25/29 anos

Odair de Paula Conceição 79 - - Sênior - 35/39 anos

Paulo Ary Dias Ribeiro 102º - - Sênior - 35/39 anos

Priscila Ribeiro Santos 38ª - - Sênior - 35/39 anos

Regiane Oliveira Manzano 28ª 26ª 23ª Sênior - 35/39 anos

Sergio Augusto Crochemore 152º 152º 106º Pré-veterano - 40/44 anos

Simone Carvalho dos Santos 30ª 30ª 34ª Sênior - 35/39 anos

William Lauer 29º 28º 42º Veterano II - 50/54 anos

A V I S O SCarteirinhasdisponíveis

A Assojubs informa aos associados usuários dos pla-nos de saúde "A", "D" e Seguradora da Unimed Santos,que as novas carteirinhas devem ser retiradas na entidade.

Outras informações podem ser obtidas na Secretaria daAssojubs, pelo 3223-2377.

Visitas asComarcas

A Diretoria da Assojubs pretende, nesse segundo se-mestre, intensificar as visitas nas comarcas da região. Ointuito é fortalecer os laços entre a entidade e seus associ-ados, esclarecendo dúvidas, divulgando os assuntos queenvolvem a categoria e promovendo a integração atravésda realização de eventos esportivos e sociais.

Site AssojubsPara adequar as solicitações feitas pelos as-

sociados, o site da Assojubs vem passando porpequenas alterações com o objetivo de tornar-semais dinâmico e de fácil acesso.

As informações são constantemente atualiza-das, tanto com matérias internas, quanto notíciasveiculadas em periódicos de grande circulação.Registros de festas e atividades promovidas pelaentidade também estão disponíveis, bem como umespaço reservado para as dúvidas e sugestões.

Vale lembrar que o endereço do site éwww.assojubs.com.br

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Da esquerda para a direita: Laércio Armesto e Alexandre Santos(diretores da Assojubs), Alessandro, Willian, Lygia e Sérgio (competidores)

William Lauer na 3ª etapa do Campeonato Santista

03.p65 13/9/2007, 14:4218

Página 19 Ediçăo 5 - 2007CONVENIOS

SAÚDE

Assojubs promove o Diada Avaliaçăo Médica no

Fórum de SantosA Diretoria de Convênios da Assojubs,

em parceria com a Unimed Santos, promo-verá em 21 de setembro, no Fórum de San-tos, mais um Dia da Avaliação Médica. Aação visa a prevenção e o diagnóstico pre-coce de doenças.

Na ocasião, profissionais qualificadosrealizarão a aferição da pressão arterial etestes de glicemia e acuidade visual. Alémdas análises, será ministrada pela psicólo-ga Maria Cláudia Correa Colombi, uma pa-lestra sobre depressão, que abordará seussintomas, tratamentos e tipos de medica-mentos utilizados no processo de recupe-ração.

Todos os funcionários do judiciário,associados ou não, poderão participar des-

se mutirão da saúde, que tem o intuito deconscientizar as pessoas para a importân-cia de realizar exames de rotina, evitando,assim, descobertas tardias de males e ge-rando a oportunidade de efetuar os cuida-dos adequados.

O Dia da Avaliação Médica aconteceráno Salão do Tribunal do Júri, das 13h30 às16h30.

Praia Grande - E Praia Grande será apróxima comarca a receber o Dia da Avalia-ção Médica, em novembro. Assim como emSantos, serão igualmente realizados os tes-tes de glicemia e acuidade visual e aferiçãoda pressão arterial.

A data será posteriormente agendada edivulgada pela Assojubs.

PLANOS MÉDICOS

Cobertura total:Assojubs regulamenta

planos da UnimedA Assojubs regulamentou os planos

"D", "A" e Seguradora da Unimed Santosvisando garantir total cobertura, confor-me o rol de procedimentos instituídos pelaAgência Nacional de Saúde (ANS), e comisenção de carências para os beneficiári-os já inscritos nos referidos planos.

Essa regulamentação foi aprovadaapós uma criteriosa análise frente às pro-postas apresentadas pela Unimed e con-siderando o objetivo da entidade em con-tinuar prestando serviços aos associados,onde prevaleça a melhor relação custo-benefício.

NOVOS CONVÊNIOSACADEMIAPrime Fitness

Avenida Rodrigues Alves, 359 -

Macuco - Santos

3021-3720 / 3019-0054

CALÇADOS/ACESSÓRIOS M. Bagaiolo

Rua Oswaldo Cruz, 319, loja 52/53 -

Super Centro do Boqueirão - Santos

Tel.: 3223-3232

CONFECÇÃOTela Flor - Hering

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Rua Campos Melo, 43

Vila Nova - Santos

Tels.: 3232-1022 / 3232-1508

DENTISTAS Dr. Augusto César Santos Barbosa

Endodontia

Avenida Epitácio Pessoa, 702 - Ponta

da Praia - Santos

Tels.: 3238-0152 / 3238-0184

Dr. Márcio Braga

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reabilitação oral

Rua Governador Pedro de Toledo, 87 -

Boqueirão - Santos

Tels.: 3288 - 1467 / 9704- 7801

DROGARIA Drogaria Kallu

Cubatão - Praia Grande

Tel.: 0800-772-4399 - entrega gratuita

ENSINO Casa Branca Idiomas

Rua Machado de Assis, 410 -

Boqueirão - Santos Tel.: 3233-5258

Casa Branca School

Educação infantil bilíngüe - berçário -

jardim - pré - ensino fundamental

Rua Maçado de Assis, 372

Boqueirão - Santos

Tel.: 3233-5258

Instituto Santista de Ensino

Curso Aprovação

preparatório para concursos

Avenida Afonso Pena, 312/314, loja 75

Embaré - Santos

Tel.: 3238-8327

Unisantos

Graduação - pós-graduação -

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Santos

Tel.: 3205-5555

Escola Santista de Futsal

Professor Amadeu Sérgio

Crianças e adolescentes

masculino e feminino

Rua Júlio de Mesquita (Ginásio da

Unimonte), 210 - Vila Mathias - Santos

Tel.: 3222-8890 / 9128-5290

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Avenida Conselheiro Nébias, 580, loja

91 - Boqueirão - Santos

Tel.: 3235-6838 / 3223-5292

PSICÓLOGAFlávia Gutierrez de Almeida

Rua Particular Aliança, 13 - Gonzaga -

Santos

Tel.: 3284-5057 / 9147-5094

PSICOPEDAGOGAProfessora Valnete Oliveira Soares

Rua Euclides da Cunha, 248, sala 06 -

Pompéia - Santos

Tel.: 3022-0128 / 9714-1318

SOM Impact Equipamentos - DJ Rodrigo

Iluminação - som - telão - DJs

Rua Gonçalves Ledo, 165 - Campo

Grande - Santos

Tel.: 3252-1138 / 3021-2434

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03.p65 13/9/2007, 14:4219

Ediçăo 5 - 2007 Página 20 PROGRAMAÇĂO

Jogos em Santos, São Vicente e Praia GrandeConfira a tabela com horários dos jogos no site www.assojubs.com.brPrestigie os atletas com sua presença

Início: 15/09Término: 01/12

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