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1 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE CDH Conselho de Direitos Humanos

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Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

CDHConselho de Direitos Humanos

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03, 04, 05 e 06 de junho de 2015São Paulo

[email protected]

(11) 3662-7262

GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

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CONSELHO DE CURADORES

PresidenteSra. Celita Procopio de Carvalho

IntegrantesDr. Benjamin Augusto Baracchini Bueno

Dr. Octávio Plínio Botelho do AmaralDr. José Antonio de Seixas Pereira Neto

Sra. Maria Christina Farah Nassif FioravantiEmbaixador Paulo Tarso Flecha de Lima

DIRETORIA EXECUTIVA

Diretor-PresidenteDr. Antonio Bias Bueno Guillon

ASSESSORIA DA DIRETORIA

Assessor Administrativo e FinanceiroSr. Tomio Ogassavara

Assessor de Assuntos AcadêmicosProf. Rogério Massaro Suriani

Diretor do Conselho de EnsinoProf. Victor Mirshawka

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ORGANIZADORES

SecretariadoVictor Dias Grinberg – Secretário-Geral Acadêmico

José Victor Rosa Vilches – Secretário-Geral Administrativo

STAFF ADMINISTRATIVO

André de Melo Reis Bueno Filho – Diretor FinanceiroHenrique Tilelli de Almeida Anacleto – Diretor de Estrutura

Julia Pereira Borges – Diretora de Comunicação

STAFF ACADÊMICO

Agência Internacional de Energia AtômicaRaquel Pereira Silva Dell’Agli

Taís Duarte GreccoIsabela de Oliveira Maia

Assembleia Geral das Nações UnidasLeticia Astolfi Santana

Madalena Rodrigues DerziCarolina Andreosi

Rachel Naddeo GomesGabriele Sampaio

Comitê de ImprensaJulia Pereira Borges

Priscila Tiemo Lopes KawakamiVictoria Junqueira F. Ribeiro

Conselho de Direitos HumanosJúlio César Bardini Cuginotti

Bethânia KopkeCarolina de Faveri Siqueira

Conselho EuropeuThayná Mesquita de AbreuYann Lucas Siqueira SeveroVictoria Fontes Rodrigues

Corte Internacional de JustiçaLuana Assunção Teodoro Souza

Marcela da Costa ValenteNatália Brazinski de Andrade

Gabriella Caterina Longobrado

Counter-Terrorism CommitteeGuilherme de Pinho Vieira Silva

Renato Gonzales Raposo de MelloMatheus D`Agostino Martins

Gabinete RussoThaís Mingoti DutraRafael Facuri Villela

Thiago Godoy

Organização Internacional do TrabalhoGabriela Lotaif

Manoela Meirelles V. de Azevedo

Organização Mundial da SaúdeGuiliano Guidi Braga

Maiara Mayumi Ribeiro ShimoteRayanne C. Morales

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

Bárbara Ilana Molitor PeriniFernanda Alves de Oliveira

Jéssica Tozatti

Terceiro SetorFernanda Cardoso de Oliveira

Bruno RossettoCarolina Comitre

União das Nações Sul-AmericanasGiovanni de Oliveira Furlani

Heitor P. FelippeMarcos Vinícius Alexandre Santos

United Nations Security CouncilRenan Yukio Nakano

Gabriella Lemos BrackmanLuiza Oliveira Damasceno

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CARTA DE APRESENTAÇÃO

Prezados delegados, sejam bem-vindos ao XI Fórum FAAP!

A partir da primeira sessão, os senhores serão oficialmente delegados do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH). Aqui os senhores terão a importante missão de garantir a segurança de pesso-as que vivem em duas das zonas de conflito mais conturbadas do mundo: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

Em um dos conflitos mais longos da história, Israel e Palestina protagonizaram novos enfrentamentos em julho de 2014, com ataques mútuos e ambos alegando ter o direito de atacar ou contra-atacar. Em meio a este conflito político e militar entre as partes, quem mais sofre são os povos dos dois lados. Ao longo de semanas, o número de civis mortos alcançou índices extremamente preocupantes, o que re-quer ações imediatas da comunidade internacional para prevenir que tais casualidades não se repitam.

As discussões acerca deste objetivo e de como alcançá-lo serão supervisionadas pela mesa diretora, que será composta pelos diretores:

•Júlio César Bardini Cuginotti, aluno do sétimo semestre de Relações Internacionais.

•Bethânia Kopke, aluna do terceiro semestre de Relações Internacionais.

•Carolina De Faveri Siqueira, aluna do sétimo semestre de Relações Internacionais.

Esperamos que os senhores estejam preparados para enfrentar este grande desafio, tão importante para a estabilidade política da região, e que estejam tão empolgados para os debates quanto nós, da mesa diretora.

Aguardamos vocês no CDH!

Atenciosamente,

Júlio Cuginotti, Bethânia Kopke e Carolina Siqueira

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HISTÓRICO DO COMITÊ

O Conselho de Direitos Humano (CDH) é um órgão subsidiário da Assembleia Geral (AG) da Organiza-ção das Nações Unidas (ONU) que surgiu em 2006 para substituir um órgão que existia anteriormente, também sobre Direitos Humanos e que se chamava Comissão das Nações Unidas para os Diretos Huma-nos1. O CDH possui como finalidade reforçar a ques-tão dos Direitos Humanos nos Estados e no mundo, englobando qualquer questão atrelada a violações dos Direitos Humanos e tendo como competência a solução da questão e o encaminhamento dessas de-savenças à AG, que, por sua vez, terá como respon-sabilidade o repasse do problema para o Conselho de Segurança2. O CDH aborda qualquer tema que se conecte com os direitos dos civis e situações as quais esses direitos estão ameaçados. Além disso, sua sede está localizada em Genebra, Suíça, e o organismo possui quarenta e sete (47) membros,3 que são elei-tos na AG e estão alocados por disposições geográfi-cas, das quais são cedidas treze vagas para Estados da África, treze vagas para Estados asiáticos, oito vagas para países latino-americanos e caribenhos, sete as-sentos para Europa Ocidental e outros Estados e seis lugares para Europa Oriental. Além disso, os países--membro do Conselho de Segurança (CS) da ONU são presentes por um período de três anos e não podem ser reescalados após terem sido escolhidos duas ve-zes e o corpo administrativo é composto por um pre-sidente e quatro vice-presidentes que representam cada um, uma região do mundo, para auxiliar na re-presentatividade global no comitê4. Deste modo, foi também estabelecido em sua criação que a revisão do funcionamento do conselho seria revisada a cada cinco anos, e com isso, neste período é que são desig-nados os países que irão compor o comitê5.

Embora o CDH seja parte de um complexo arranjo dentro do sistema ONU, é importante relembrar que cada dia mais a sua importância se destaca tanto no que diz respeito ao comportamento dos

Estados como na disseminação dos conceitos hu-manitários pelo mundo, pois enquanto os conflitos continuarem existindo, e os civis forem seus princi-pais prejudicados, os Direitos Humanos terão que ser mantidos como um dos guias condutores do Direito Internacional e das sociedades democráticas.

Além do conselho, é de extrema importância a ressalva sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) que foi redigida em 1948 por di-versas lideranças globais6 e está em vigor desde então, estabelecendo os princípios que norteiam os Direitos Humanos no mundo e uma série de va-lores que devem ser mantidos como fios conduto-res para todas as políticas estatais e pelos povos e mantém integrado todo o regime dos Direitos Humanos vigente no Sistema Internacional atual7.

Com isso, é essencial que a DUDH seja utilizada como base dos fundamentos utilizados pelo Con-selho dos Direitos Humanos da ONU, tendo em vista que ambos têm por objetivo a proteção dos direitos da população mundial.

HISTÓRICO DO PROBLEMA

A região que atualmente é conhecida por Oriente Médio é considerada por muitos o berço da socieda-de ocidental tal qual conhecemos hoje, com os pri-meiros registros de organização social estando na re-gião conhecida como Mesopotâmia, localizada entre as margens dos rios Tigre e Eufrates, no atual Iraque.

Com o advento da civilização egípcia, o território que compõe o atual Estado de Israel passou a ter crescentes conflitos com os mesmos. É acerca deste período que, supostamente, ocorrem os eventos do Antigo Testamento (ou do livro sagrado judai-co, a Torá), vistos por alguns como a origem deste conflito. Os constantes embates ocorridos entre o povo egípcios e os hebreus8 acarretaram na migra-

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ção deste último para um território “prometido”, Canaã, na qual se instalaram.

Por séculos, o povo hebreu estabelecido nesta região teve interações com diversos outros povos, passando pelos assírios, que se instalaram ao norte, os persas e afins. Com a ascensão de Alexandre, o Grande, na Hélade e devido a sua postura expansionista, o Orien-te Médio foi anexado por seu império, cuja sede era Babilônia (na Mesopotâmia). Com o esfacelamento do império após a morte de Alexandre, logo parte da região foi integrada ao Império Romano. Neste período, Roma exerceu seu domínio pela força, com rebeliões sucessivas na região e diversos judeus sendo exilados de sua terra, espalhando-se pelo Império. O território foi renomeado pelos romanos, chamando--se a partir de então de Palestina9. Com a integração promovida por este povo, o território passou a ser ocupado por diversos povos da região.

Com o fim do Império Romano, a região passou a integrar diversos impérios ao longo do tempo, até, na Idade Média, passar a ser alvo de investidas católicas, nos episódios conhecidos como Cruza-das, em movimentações que perduraram ao longo de quase um século10.

A partir do século XVI, após a tomada de Constan-tinopla pelos otomanos, o Oriente Médio passou a integrar o Império Otomano, com a Palestina sendo composta, majoritariamente, por cidadãos de origem árabe, porém, com presença de população judia11.

Após a Primeira Guerra Mundial, a região passou a ser um protetorado britânico sob o nome de Pales-tina, de acordo com determinação da Liga das Na-ções, em um período que ficou marcado pela assina-tura de documentos que realçavam a necessidade de delimitação dos territórios do Oriente Médio, como o Acordo de Sykes-Picot12, e a necessidade de atri-buir um território fixo à comunidade judaica, como a Declaração Balfour13. Após a Declaração Balfour, ára-

bes e judeus sionistas passaram a buscar o controle da região sob a chancela britânica.

Com a Segunda Guerra Mundial e as atrocidades co-metidas por Adolf Hitler e o regime nazista na Euro-pa, ficou clara a necessidade de atribuir à comunida-de judaica um território próprio. Após a Conferência de São Francisco, foi criada a Organização das Na-ções Unidas (ONU). Em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) votou pela partição do terri-tório da Palestina em duas partes: uma a ser contro-lada pelos árabes palestinos, e uma a ser controlada por judeus sionistas14. Sendo uma cidade sagrada para ambas as religiões (e pelo catolicismo também), a sugestão era de que Jerusalém fosse declarada en-clave internacional sob regência da própria ONU15.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

O conflito entre Israel e Palestina teve entre julho e agosto do ano de 2014 um de seus capítulos mais polêmicos e sangrentos, sendo necessário caute-la para identificar suas origens, que remontam a junho. No dia 12 daquele mês, três adolescentes israelenses, na cidade de Gush Etzion, na Cisjor-dânia, foram sequestrados, desencadeando mais uma crise entre Israel e Palestina, com trocas de acusações entre as principais autoridades de am-bos os lados.16

Após busca executada por um contingente militar israelense, os adolescentes foram dados como mor-tos. Esta operação de busca foi duramente criticada pelas autoridades palestinas e pelas organizações de direitos humanos do terceiro setor, alegando abusos por parte dos militares israelenses de uso da força17. De acordo com os israelenses, tais ações – além das 150 prisões supostamente arbitrárias e das 10 mor-tes de civis palestinos – poderiam ser explicadas pela busca aos adolescentes e pela tentativa de enfra-quecer o grupo palestino Hamas18.

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No dia 8 de julho, Israel colocou em prática uma ação militar conhecida por seu nome controver-so: a Operação Protective Edge.19 Esta iniciativa se deu como resposta aos sucessivos ataques aéreos lançados do território palestino da Cisjordânia, que, por sua vez, eram tidos como represália pela atuação israelense na busca pelos adolescentes sequestrados. A operação consistia no uso de me-canismo de defesa israelense mais célebre: o Iron Dome. Parte de um complexo sistema de defesa ainda por completar, o Iron Dome consiste em ba-terias antiaéreas estrategicamente posicionadas ao logo do território israelense, visando intercep-tar quaisquer mísseis que adentrem seu espaço aé-reo.20 A instalação deste mecanismo se deu frente às novas ameaças representadas pelos constantes ataques com mísseis e morteiros provenientes da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, cujo alcance é no-ticiado por ser cada vez maior. Instalado em 2011, até 27 de outubro de 2014 foram noticiadas as in-terceptações de cerca de 1.200 mísseis palestinos pelo Iron Dome, todos eles tendo como destino o solo israelense21 e com alcance chegando a até cerca de 160km, como vemos na imagem ao lado.

No dia 9 de julho de 2014, o Iron Dome foi noticia-do como tendo interceptado 53 mísseis vindos da Faixa de Gaza. Porém, cerca de 40 palestinos fo-ram mortos pelos mísseis da ferramenta israelen-se.22 Até 15 de julho, 209 palestinos foram mortos, sendo mais de 80% civis, de acordo com organiza-ções de direitos humanos palestinas.23

Tentativas de firmar acordos de cessar-fogo ocorre-ram ao longo do conflito, com o objetivo de encerrar as ocorrências de mortes de civis inocentes em am-bos os lados. Elaborada pelo Egito, uma proposta de cessar-fogo foi feita em 15 de julho, estabelecendo uma trégua temporária entre os lados. Autoridades egípcias afirmaram à época que “o Egito não pode-ria permanecer inerte e assistir às mortes em Gaza, [...] por isso era necessário demonstrar o interesse em

colocar um fim a este banho de sangue”. 24 O acordo foi bem recebido pelo governo de Israel e pela Auto-ridade Palestina, mas excluiu o grupo Hamas das ne-gociações, o que fez o acordo não entrar em prática. Em contrapartida, no dia 17 de julho, após ser deixa-do de fora das negociações do primeiro cessar-fogo, proposto pelo governo egípcio, o Hamas propôs um acordo diferente às autoridades israelenses. Esta nova proposta previa um cessar-fogo com duração de dez anos, com a condição de Israel libertar mem-bros do Hamas presos, abrir as fronteiras com a Faixa de Gaza e encerrar o bloqueio aos portos palestinos. Este acordo, porém, não foi aceito.25

Alcance dos mísseis do grupo Hamas. Fonte: BBC.

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Dois dias depois, em 17 de julho, a Organização das Nações Unidas (ONU) negociou um novo cessar-fo-go, desta vez com duração pré-estabelecida de 5 horas. O objetivo desta nova trégua era dar aber-tura para ações humanitárias na Faixa de Gaza em meio à troca de mísseis. Até aquele momento, pelo menos 226 palestinos foram mortos e cerca de mais 1.600 ficaram feridos em meio ao conflito, que até então possuía nove dias de duração. Os hospitais em Gaza consumiram rapidamente seus estoques, acabando por ficar sem remédios e medicamentos em geral para destinar à população civil, enquanto a Cruz Vermelha anunciava aos habitantes da área que em breve ocorreria falta de água potável.26 Dois dias antes, um dos foguetes lançados pelo Ha-mas fez a única vítima fatal israelense do conflito até então, contra as 226 vítimas palestinas.27

A questão humanitária se aprofundou após a morte do primeiro soldado israelense no conflito, levando o exército de Israel (Forças de Defesa de Israel – FDI) a programar bombardeios em localidades estraté-gicas em Gaza, visando atingir membros do alto escalão do Hamas. Para tanto, a armada israelense notificou através de flyers e avisos por mensagem de texto cerca de 100.000 pessoas da população palestina na região para que deixassem suas casas e buscassem abrigo. Parte da população buscou re-fúgio em escolas administradas pela ONU. Porém, a

grande maioria dos destinatários deste aviso não o acatou pela dificuldade em locomover seus feridos, principalmente nos hospitais.28

Antes de o cessar-fogo entrar em vigor, a FDI encon-trou 13 militantes do Hamas em um túnel ligando Gaza a Israel. Frente a este fato, as forças israelen-ses bombardearam o túnel, matando um dos mili-tantes.29 No dia 20 de julho, as ofensivas israelenses aos túneis cavados na fronteira com Gaza foram re-tomadas, com intensa troca de tiros, em um episó-dio conhecido como “batalha de Shuja’iyya”.30 Esta operação da FDI gerou protestos na Cisjordânia. No dia 24 de julho, cerca de 10.000 palestinos foram às ruas protestar contra a ofensiva israelense. O evento se encerrou com dois manifestantes palestinos mor-tos.31 O Secretário-Geral da ONU Ban-Ki Moon con-denou a iniciativa israelense, enquanto o porta-voz do Hamas considerou o ato um “crime de guerra”.32

O dia 26 de julho viu o anúncio de um novo cessar--fogo humanitário acordado entre as partes a pe-dido das Nações Unidas, utilizado pela população para estocar suprimentos ou, para aqueles que tiveram seus lares destruídos ao longo do confli-to, buscar refúgio. Ao término do período, Israel estendeu unilateralmente a trégua por mais 24 horas, o que foi mal recebido pelos líderes do Ha-mas.33 Até aquele momento, o saldo total do con-flito consistia em mais de 1.000 mortos palestinos – sendo muitos dos quais parte da população civil – e 42 israelenses – dos quais apenas dois civis.34

Este anúncio veio após o fracasso da tentativa de es-tabelecer um cessar-fogo mais duradouro na região. Após semanas de conflito, o Secretario de Estado dos Estados Unidos da América, John Kerry, fez o primei-ro esforço de uma nação do grupo dos membros per-manentes do Conselho de Segurança das Nações Uni-das (CSNU) para tentar frear a escalada do conflito. A proposta de Kerry, apresentada em conjunto com o Secretário-Geral da ONU Ban-Ki Moon, consistia em

Criança palestina com aviso de evacuação israelense. Fonte: The Digital Journal.

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um cessar-fogo com duração total de uma semana. Rejeitada por Israel, o único fruto desta proposta foi a negociação para a trégua do dia 2635, estendida posteriormente por pressão internacional.

No dia 1º de agosto, as partes consentiram em es-tabelecer um novo cessar-fogo, desta vez com dura-ção total de 72 horas, para fins humanitários. Porém, esta nova trégua acabou por durar apenas algumas horas. Nos primeiros momentos efetivos do acordo, o porta-voz da FDI, o tenente-coronel Peter Lerner, confirmou que as operações militares em solo volta-ram a ocorrer. Posteriormente, foram reportadas 40 mortes palestinas, vítimas de um tanque israelense, enquanto, simultaneamente, soava nas cidades israe-lenses o alarme avisando a população sobre ataques aéreos, indicando que mísseis teriam supostamente sido lançados de solo palestino.36 A comunidade in-ternacional, apesar de ambos os lados culparem um ao outro pela quebra do acordo, urgiu às autorida-des palestinas que respeitassem o cessar-fogo.

Em 3 de agosto, a FDI iniciou uma retirada gradual de suas forças de solo palestino. Isto não significou o fim das operações militares, porém. A retirada foi o curso tomado por Israel após a prisão do prin-cipal suspeito do sequestro dos três adolescentes israelenses que desapareceram em julho na Cisjor-dânia. Hussam Kawasme foi preso por militares da FDI ainda em julho, mas o anúncio foi feito37 apenas após a confirmação do seu envolvimento através de interrogatório israelense. Outra razão noticiada como motivadora para o início da retirada seria o fato de a FDI ter encontrado e destruído todos os túneis construídos por militantes do Hamas que li-gariam a Faixa de Gaza ao território israelense.38

Em 10 de agosto, um novo cessar-fogo foi propos-to pelo governo do Egito em negociação com Isra-el e Palestina ocorrida em Cairo, capital do Egito. A duração total acordada desta trégua seria de 72 horas, para fim de ações humanitárias. Ao término

deste período, o acordo foi renovado por mais 120 horas com os mesmos propósitos. Porém, ainda nos primeiros momentos deste acordo que repre-sentava grande progresso a caminho de uma reso-lução duradoura para o conflito, foram lançados pelo Hamas 29 mísseis em direção a Israel em um período de 20 minutos. A resposta do governo is-raelense foi rápida e dura: ataques da Força Aérea Israelense (FAI) foram lançados em Gaza, matan-do nove palestinos, e a delegação israelense que participava das negociações de paz em Cairo foi ordenada a voltar a Tel Aviv imediatamente.39

As hostilidades continuaram, com operações da FDI e da FAI tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia – matando três dos líderes do grupo Hamas40. Ataques vindo de Gaza também foram executados, com o surpreendente número de 700 mísseis sendo lançados em direção ao território is-raelense entre 22 e 26 de agosto.

Neste mesmo dia, o décimo-segundo cessar-fogo em 50 dias de conflito foi noticiado, este negocia-do com duração por tempo indefinido. Novamente sugerido por governo egípcio, o acordo foi aceito por Israel e Palestina. Com a notícia, a população palestina foi às ruas celebrar o fim do conflito, enquanto as autoridades israelenses acataram o cessar-fogo por acreditarem que a Operação Pro-tective Edge cumpriu seu objetivo, que era desfe-rir um golpe que desestabilizasse a alta cúpula do Hamas.41 Assim, o saldo total do conflito até o mo-mento deste último acordo foi de 2.145 civis pales-tinos mortos – dentre os quais 578 crianças42 - e 72 israelenses – totalizando 66 militares e seis civis.43

Além de muita repercussão entre os países da co-munidade internacional por conta do histórico do conflito, uma das principais causas de controvérsias nestes 50 dias de trocas de hostilidades entre Israel e Palestina foram as violações às normas de direito in-ternacional e, principalmente, de direitos humanos.

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As acusações de desrespeito aos direitos humanos durante o conflito não vieram apenas de países, mas de muitas organizações não-governamentais de direitos humanos. A Anistia Internacional clas-sificou como crimes de guerra os ataques de Israel a localidades civis na Palestina, dentre as quais es-colas, hospitais e casas de família. Em resposta, o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, citou violações promovidas pelo Hamas em uma crí-tica às organizações de direitos humanos. A Anistia Internacional se defendeu alegando que noticiou

violações nos ataques com foguetes feitos pelo Ha-mas a áreas com grandes populações em Israel.44

A entidade Human Rights Watch – bem como demais organizações não-governamentais de di-reitos humanos – também noticiou as diversas in-frações cometidas por ambos os lados, afirmando que “não importa quem deu início a esta mais re-cente rodada de ataques, quaisquer ofensivas que tenham civis entre seus alvos constituem violações básicas das normas de direitos humanos”.45

Total dos ataques israelenses à Faixa de Gaza. Fonte: UNITAR.

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Outra grande questão relacionada ao debate so-bre violações dos direitos humanos é a do uso dos chamados escudos humanos. Foram noticiados ca-sos de prisões executadas pelo exército israelense sem confirmação da culpa dos presos, que foram, posteriormente, usados como forma de escudo hu-mano. Um caso específico noticiado afirmava que um adolescente palestino civil de 17 anos foi preso por suspeita de ligação ao Hamas, o que se provou um julgamento equivocado da parte israelense. O adolescente foi torturado e utilizado como escudo humano antes de ser libertado por seus captores.46

Não apenas ataques a civis, mas também a profis-sionais a serviço de veículos de mídia internacio-nais também sofreram em meio ao conflito, com diversos casos de mortes de jornalistas e cinegra-fistas trabalhando para canais de comunicação de diversas partes do planeta, mesmo havendo estes um conjunto de regras específicas que os protege para que possam cumprir sua função de levar in-formação às pessoas.47

As violações de direitos humanos ao longo deste conflito foram tema de debate, principalmente, nos organismos de direitos humanos da Organiza-ção das Nações Unidas. Navi Pillay, Alta Comissá-ria das Nações Unidas para os Direitos Humanos à época do conflito, condenou as ofensivas aéreas e militares israelenses, bem como os ataques de foguetes promovidos pelo Hamas.

PANORAMAS

AMÉRICAS

CanadáEm 1947 houve uma aproximação nas relações do Canadá com Israel. Neste contexto o Canadá foi um dos 33 países que ficaram a favor da resolução de 1947, que levou a criação do Estado de Israel,

assim começou uma relação de compartilhamento de valores democráticos, respeito e compreensão entre os dois países.

MéxicoDesde 1950 México tem relações diplomáticas com Israel, e desde então eles mantêm relações diplo-máticas um com o outro, e no ano de 2000 foi fei-to um acordo de livre comércio entre eles. Armas também são compradas por parte do México, de Israel e dentre todos os países no continente da América, o México é o mais próximo de Israel.

Estados UnidosEm 1948 foi criada um relação de Israel com os Es-tados Unidos a partir do apoio americano na estru-turação de um Estado judeu. Esta relação entre os dois países faz com que tente-se um equilíbrio nos interesses dos Estados Unidos na região do Orien-te Médio. Os Estados Unidos para Israel é um dos maior poderosos aliados que se pode ter, pois são também o maior parceiro comercial de Israel, além disso o suporte financeiro que os americanos dão para o militarismo de Israel é muito forte.

Brasil O Brasil realizou, em 1947, a Presidência da Assem-bleia Geral das Nações Unidas, que dividiu a região da Palestina. Menos de um ano após a Declaração de Independência de Israel, o Brasil também foi um dos primeiros países a reconhecer o Estado de Israel, em 7 de fevereiro de 1949. O Brasil juntamente com Israel mantêm estreitos laços políticos, econômicos e mili-tares. O Brasil é um importante comprador de armas israelenses e tecnologia militar e também o Brasil é o maior parceiro comercial de Israel na América Latina.

ColômbiaNos anos de 1950, Colômbia e Israel estabeleceram re-lações. Nos últimos anos, a Colômbia compra aviões, drones, armas e sistemas de inteligência de Israel.

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VenezuelaA relação de cooperação entre esses dois países já foi mais forte, depois que Hugo Chavez entrou no poder a população judaica começou a ir embora do territó-rio venezuelano, isso tudo por causa da instabilidade em que o país se encontra. Após o ataque israelense na Faixa de Gaza, em dezembro de 2008, a Venezuela cortou relações diplomáticas com Israel. O presiden-te venezuelano Hugo Chavez chamou o ataque “ge-nocida”, e pediu que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert fosse julgado por crimes de guerra.

ÁFRICA

AngolaAs relações entre Angola e Israel foram, em seu início, marcadas pelo apoio ao processo de inde-pendência angolano, com ajuda em fornecimen-to de armas e treinamento de soldados em solo israelense.48 Em agosto de 2012, tratados foram firmados entre os dois países nos âmbitos econô-mico, de segurança e de pesquisa em tecnologia.49 Em relação à Palestina, o embaixador palestino na Angola Najah Al Rhman classifica as relações entre ambos como “excelente”, afirmando que estas se baseiam em respeito, amizade e solidariedade.50

CongoApós a Guerra dos Seis Dias, o Congo foi uma das pri-meiras nações africanas a reestabelecer relações di-plomáticas com Israel, no ano de 1983. Apesar disto, a postura do país africano tem sido de apoio à exis-tência de um estado palestino, tendo inclusive votado a favor do status de membro observador garantido à Palestina pela Assembleia Geral da Nações Unidas.

EgitoAs relações entre Egito e Israel sempre foram tema de controvérsia, com episódios conturbados como a Crise do Canal de Suez e a Guerra do Yom Kippur. Após a revolução ocorrida no Egito no contexto da

Primavera Árabe, o primeiro-ministro israelense Ben-jamin Netanyahu se manteve otimista que os futu-ros governantes egípcios manteriam os acordos de paz entre os países, o que foi confirmado pela junta militar que assumiu o poder no Egito em 2011.51 Em relação à Palestina, as relações bilaterais se iniciaram em 1952, contando com o apoio à existência de um Estado palestino e tentativas de mediação por parte do Egito entre Israel e o grupo Hamas. Em relação ao conflito de junho de 2014, o governo egípcio emitiu uma nota expressando preocupação com a situação.52 O grupo Hamas afirmou dias depois o compromisso egípcio em intermediar uma trégua entre as partes.53

LíbiaEm 2011, no contexto da morte do antigo líder líbio Muamar Gadafi, o Comitê de Transição Na-cional líbio manifestou o desejo de contar com o apoio da comunidade internacional para seu re-conhecimento como autoridade representante do Estado líbio na ONU. Em setembro do mesmo ano, Israel votou a favor de tal reconhecimento na As-sembleia Geral das Nações Unidas.54

MarrocosAs relações entre Marrocos e Israel se iniciaram de modo conturbado, com forças marroquinas atuan-do em uma coalisão árabe contra Israel na Guerra do Yom Kippur. Porém, seguinte a isto, as relações foram marcadas por cordialidade e respeito entre as partes. Apenas em 2000 foram fechados os pos-tos diplomáticos destes países em virtude da dis-cordância acerca da Segunda Intifada.

NigériaAs relações diplomáticas entre Nigéria e Israel se ini-ciaram em 1960. Ao longo desta década e do início da década de 1970, a presença israelense na África Subsaariana foi marcante, com cooperação nos planos econômico e politico. Com a Guerra do Yom Kippur em 1973, os laços diplomáticos foram rompidos, sen-do reatados em 1992. Em junho de 2014, em face do

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sequestro das adolescentes nigerianas pelo grupo ter-rorista Boko Haram, o presidente nigeriano Goodluck Johnson escreveu uma mensagem ao primeiro minis-tro israelense Benjamin Netanyahu se solidarizando com Israel por conta dos adolescentes sequestrados que deram início ao conflito com a Palestina.55

República Democrática do CongoAs relações entre RDC e Israel se iniciaram em 1960, sendo posteriormente rompidas no contexto da Guerra do Yom Kippur.56 Em 2012, a RDC foi uma das nações que se absteve na votação que concedeu à Palestina o status de membro observador na Assembleia Geral das Nações Unidas.57

RuandaAs relações entre Ruanda e Israel foram estabele-cidas primeiramente no contexto da independên-cia do país africano, sendo rompidas pelo governo de Ruanda com o início da Guerra do Yom Kippur. Atualmente, as relações entre ambos se caracteri-za pelo respeito mútuo e pelo reconhecimento de questões que os aproximam, como paralelos entre o holocausto e o genocídio em Ruanda na década de 1990.58 Em 2012, Ruanda foi um dos cinco países africanos que se absteve da votação que garantiu à Palestina o status de membro observador.59

SomáliaNo presente momento, Israel e Somália não man-têm relações diplomáticas, dado o fato de o go-verno somali não reconhecer o Estado de Israel. Em abril de 2012, as relações diplomáticas entre Somália e Palestina foram reestabelecidas.60

EUROPA

AlemanhaAlemanha e Israel, apesar da demora e resistência por parte do governo israelense em estabelecer re-lações diplomáticas com os alemães, mantém hoje

uma relação “especial baseada em crenças comuns, valores ocidentais e uma combinação de perspecti-vas históricas comuns”.61 A Alemanha apresentou voto contrário ao reconhecimento da Palestina como membro observador na Assembleia Geral das Nações Unidas, não reconhecendo a autoridade palestina e evitando até mesmo empreendimentos que possam passar por áreas delimitadas do território palestino.62

ArmêniaIsrael e Armênia mantêm relações diplomáticas desde o fim da União Soviética em 1992, que le-vou à independência armênia. Apesar das relações serem pacíficas e cordiais, o único foco de desa-cordos entre ambos é o reconhecimento por parte de Israel do genocídio armênio na década de 1940 – o que, de acordo com a comunidade armênia em Israel, seria por medo de prejudicar as relações do governo israelense com a Turquia.63 A Armênia não reconhece o Estado palestino e não mantém relações com a autoridade palestina.

ChipreAs relações diplomáticas entre Israel e Chipre se inicia-ram em 1948, com a independência de Israel, quan-do o Chipre ainda era um protetorado britânico, e se expandiram a partir da independência cipriota em 1960. As relações entre os países são pacíficas, com cooperação nas áreas econômica e política. Em rela-ção à Palestina, o governo cipriota anunciou em fe-vereiro de 2013 seu reconhecimento como Estado.64

Federação RussaAs relações entre Rússia e Israel têm seu início data-do da época da criação do Estado de Israel, contan-do com voto favorável da União Soviética. Em 1967, o bloco soviético cortou relações diplomáticas com Israel em face aos acontecimentos da Guerra dos Seis Dias. Após a dissolução da União Soviética em 1991, as relações entre Rússia e Israel foram esta-belecidas, apesar de, ao longo dos anos seguintes, o governo russo ter sido reconhecido por fornecer

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armas a países inimigos de Israel, como a Síria.65 A Rússia tem demonstrado apoio ao reconhecimento palestino, tendo em julho de 2014 emitido comuni-cado oficial pedindo negociações para um cessar--fogo relativo ao conflito ocorrido à época.66

FrançaAs relações entre França e Israel se iniciaram logo quando se deu a criação do Estado israelense. Ao longo deste período, a postura de ambas as partes se mantém focada em preservar relações de res-peito e cooperação, principalmente nos âmbitos econômico, político e militar. Quanto à Palestina, a França considera a autoridade palestina como a personificação do Estado palestino, e, portanto, deve ter o apoio dado a Estados plenipotenciários. As relações entre as partes são consideradas pelo governo francês como “normais e frutíferas”.67

PolôniaAs relações entre Polônia e Israel foram pacíficas até 1967, quando foram rompidas por parte do go-verno polonês em face aos eventos da Guerra dos Seis Dias, de acordo com a postura adotada pelos demais países da chamada “cortina de ferro” do Leste Europeu. Em 1986, a Polônia foi o primeiro país a normalizar as relações com Israel, voltando a ter relações diplomáticas em 1990.68 Em relação à Palestina, a Polônia reafirmou em 2013 seu apoio à independência do território.69

Reino UnidoDesde a criação do Estado de Israel, as relações en-tre as partes são fortes e caracterizadas pelo respeito mútuo. Apesar disto, ao longo de sua história tam-bém houve episódios de tensão entre ambos, porém nada que viesse a danificar de modo duradouro o bom andamento dos diálogos e a cooperação entre ambos. Quanto à Palestina, em 2011 o Reino Unido afirmou ter disposição para reconhecer a Palestina

como membro observador nas Nações Unidas.70 Em 2014, o governo escocês pressionou as autoridades do Reino Unido a reconhecer o Estado da Palestina.71

TurquiaA Turquia foi o primeiro país de maioria muçulma-na a reconhecer o Estado de Israel, o que ocorreu em 1949. Apesar disto, o apoio turco ao reconhe-cimento do Estado palestino sempre foi foco de discórdia entre os dois países.

ÁSIA

AfeganistãoApesar de ser um aliado dos EUA, o Afeganistão não possui nenhuma relação diplomática com Is-rael e condena sua existência. O país e sua popu-lação tem dado apoio à Palestina, pois acreditam que o massacre causado por Israel em palestinos deve ser condenado.72 Em 2009 mais de dez mil palestinos assinaram uma petição declarando que irão apoiar palestinos lutando contra Israel. Além disso milhares de civis têm se voluntariado em cau-sas e doado sangue para os palestinos feridos. 73

Arábia SauditaA Arábia Saudita declara apoio total aos palestinos desde o começo do conflito. Ela deplora e condena totalmente os atos de Israel. A Arábia Saudita en-fatiza que seus atos para a busca da paz é baseada no Direito Internacional e nas resoluções das Nações Unidas. Seu objetivo é a autodeterminação dos pa-lestinos e a retirada dos israelenses em territórios ára-bes. Além disso, a Arábia Saudita é um dos maiores contribuintes financeiros à autoridade palestina. A posição da Arábia Saudita pode ser resumida na fa-mosa frase do rei Abdul-Aziz : ‘’The sons of Palestine are like my sons - and so, spare no effort to help them liberate their land.’’ 74

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ChinaIsrael e China possuem um bom relacionamento diplomático desde 1992. Com a avançada tecnolo-gia militar de Israel, China fortaleceu suas relações. Ambos os países possuem acordos bilaterais em acordos econômicos e em troca militar. No gover-no de MaoTse-tung, a China tomou o lado da Pa-lestina, porém após o fortalecimento das relações entre China e Israel, ela tornou-se neutra. Apesar da China tentar manter uma relação diplomática balanceada entre Israel e Palestina, ela vem rece-bendo ameaças de grupos extremistas e terroristas. A opinião publica na China esta dividida, os que são a favor da palestina quer dar uma cobertura maior para o desastre em Gaza, já os que são a favor de Israel argumenta que as ameaças sofridas pela Chi-na são causada pelo grupo terrorista Hamas e que elas tem uma parceria com as células terroristas chi-nesas. Caso a China tome posição a favor de Israel, isso pode interferir negativamente nos interesses econômicos e políticos com países muçulmanos. 75

Emirados Árabes UnidosOs Emirados Árabes Unidos não possuem nenhum tipo de relação diplomática ou econômica com Isra-el. Ela condena totalmente o bombardeamento de Israel em gaza causando milhares de mortes de civis e suas demais práticas violentas contra palestinos. O país afirma que os ataques são uma clara afirma-ção da recusa de tentativa de paz entre israelenses e palestinos. Os Emirados Árabes Unidos tem coope-rado com a  Agência das Nações Unidas de Assistên-cia aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNWRA) e assinou um acordo em que contribui com US $ 41 milhões para a recontrustrução de Gaza. 76

IêmenO Iêmen é considerado o país árabe mais pobre, onde água e petróleo são escassos. Sua relação com Israel é muito conturbada, não envolvendo nenhuma afinidade ou aliança política e econômi-

ca. Em 2008 na capital de Iêmen, Sanaa, parte da população marchou em protesto à exterminação de palestinos, onde eles chamaram o ato de ‘’silên-cio árabe’’.77 No mesmo ano o presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh condenou os ataques de Israel contra palestinos como ‘’agressões barbáricas’’. 78

ÍndiaA Índia tem uma política pró-palestina desde 1947, porém após o fim da guerra fria, Israel e Índia esta-belecem relações diplomáticas desde 1992. Israel é o maior fornecedor de armas da Índia assim como a Ín-dia é o maior mercado de armamento de Israel. Con-tudo, a Índia tem se mantido imparcial em relação ao conflito e desde o começo dos bombardeamentos o governo da Índia lançou apenas um comunicado, onde pede que ambos os lados evitem tomar ações que possam prejudicar a segurança da região. Em 2014 houve protestos por parte da população a fa-vor aos palestinos. Segundo Kavita Krishnan, a secre-tária do All India Progressive Women’s Association, “a causa palestina não é apenas sobre as pessoas da Palestina, mas também sobre o espírito que compar-tilha com a Índia sua similar história anticolonial, bem como tem sido um líder no terceiro mundo.”79

IrãAtualmente o Irã não possui nenhuma relação com diplomática com Israel, apesar de no passado ter sido o primeiro país muçulmano a reconhecer Isra-el. O presidente iraniano Hassan Rouhani declarou que a nação iraniana apoia a ‘’corajosa resistência de palestinos e às pessoas de Gaza’’ e que os pa-lestinos saíram com vitória do conflito. Rouhani também declarou que sempre apoiará nações opri-midas, incluindo palestinos, iraquianos e sírios. 80

IraqueO Iraque tem uma relação conturbada com o Estado de Israel desde a sua criação em 1948, em que lutou com outros países para recuperar o território perdido

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definido pela Organização das Nações Unidas. Em 2012, o Primeiro Ministro do Iraque Nuri al-Maliki de-clarou que não descrimina nenhum país porém rejei-ta qualquer tipo de aliança com Israel81. Sendo assim, Iraque tem condenado os ataques de Israel em Gaza.

IsraelSendo um dos participantes do conflito, o Estado de Israel foi criado em 1948 pela Organização das Nações Unidas no contexto pós Segunda Guerra Mundial e com o Holocausto, aumentando a pres-são internacional para a criação do Estado judeu. Originalmente Jerusalém seria uma cidade interna-cional controlada pela ONU para evitar conflitos. Porém, a Liga Árabe rejeitou a proposta esperando um reajuste na mesma, o que não aconteceu. Após a criação do Estado de Israel, a palestina fez uma intervenção armada contra Israel. Derrotada após a guerra, a Palestina teve seu território reduzido pela metade do proposto originalmente. Em 1967 houve a Guerra dos Seis Dias, em Israel saiu vitorio-so e ocupando novos territórios, entre elas: Faixa de Gaza; Jerusalém Oriental; Cisjordânia; Península do Sinai e as Colinas de Golã. Desde então a pa-lestina não tem um estado ‘’fixo’’. O principal alia-do de Israel é os Estados Unidos da América, com quem possuí uma forte aliança militar. O conflito de 2014 começou em 12 de junho, após o sequestro e assassinato de três israelenses. Desde então, mais de 2 mil palestinos foram mortos, entre eles civis. Os fortes ataques por Israel são justificados para se garantir a paz contra o grupo palestino Hamas.

JapãoO Japão apoia a criação de um estado palestino e acredita que o conflito Israel-Palestina deve ser resolvido apenas por negociações com base nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Japão afirma que não reconhece ações unilaterais e que a ocupação de Israel em Jeru-salém Oriental não tem o apoio do Japão. Japão acredita que a solução são as fronteiras definidas

em 1967. Além disso, Japão tem contribuido finan-ceiramente para a assistência aos palestinos. 82

JordâniaIsrael e Jordânia possuem uma relação diplomática desde 1994, após seu acordo de paz. Porém, a Jor-dânia tem recusado a proposta de Israel de unificar a Cisjordânia com a Jordânia. Nas palavras do Rei Abdullah II: “Jordan is Jordan and Palestine is Pales-tine”. Além disso, a população jordaniana tem feito protestos nos últimos meses clamando o fim das re-lações diplomáticas com Israel após os ataques aos palestinos, apesar de atualmente possuírem acor-dos de paz e cooperações bilaterais em energia e água. Sendo fronteira de Israel, a Jordânia tem abri-gado cerca de 2 milhões de palestinos refugiados. 83

LíbanoO Líbano possui uma relação conturbada com Isra-el desde a Guerra do Líbano de 2006, que resultou na morte de 1.200 libaneses contra cerca de 150 israelenses. O Primeiro Ministro do Líbano Fouad Siniora declarou que o país será o último país ára-be a assinar acordos de paz com Israel. Em suas pa-lavras: “O Líbano será o último país árabe a assinar o acordo de paz com Israel depois de 300 milhões de cidadãos árabes já terem assinado. Não haverá mais acordo com Israel antes de haver um acordo de paz que é justo e duradouro”.84

PalestinaA Palestina tem sofrido fortes ataques de Israel, onde a força militar israelense é desproporcionalmente maior que a força militar da Palestina. Isso acontece devido ao apoio dos Estados Unidos da América à Israel. Desde a ocupação dos palestinos na Faixa de Gaza, em 2005, as tensões entre israelenses e palesti-nos cresceram. O controle israelense na Faixa de Gaza tem sido considerado exagerado, pois Israel bloqueou as passagens de terra e mar na Faixa de Gaza. Desde o começo dos bombardeios, a morte de civis pales-tinos é inevitavelmente maior que a de israelenses.

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Tais mortes tem causado grande repercussão interna-cionalmente e consequentemente o apoio à Palestina aumentou, especialmente de países árabes. Porém alguns países do ocidente consideram o grupo Hamas como um grupo terrorista, então a opinião pública internacional está bem dividida.

QatarQatar tem dado assistência humanitária aos pa-lestinos e ajudado na reconstrução da região. Se-gundo o Ministro das Relações Exteriores Khalid Bin Mohammed Al-Attiyah, Qatar tem se mantido imparcial sobre o conflito. A política externa de Qatar é focada na construção de bons relaciona-mentos e mediação de conflitos. Qatar apoia a criação de um Estado Palestino e que as negocia-ções devem ser realizadas pelo diálogo. 85

República da CoreiaApesar da República da Coreia possuir relações diplo-máticas com Israel desde 1962, a maior parte da opi-nião pública da Coreia do Sul está a favor da pales-tina. Segundo o The Sidney Morning Heral, 62% da população da República da Coreia é contra Israel.86

SíriaAs relações entre Síria e Israel são marcadas, prin-cipalmente, pela hostilidade existente entre am-bos. Desde o surgimento destes países, nenhum deles reconhece a existência do outro, tendo am-bos participado em lados distintos de conflitos mi-litares na região, como a invasão das Colinas de Golã por Israel e a Guerra dos Seis Dias.

DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL

O Documento de Posição Oficial (DPO) tem como função prover um primeiro olhar da posição do país em questão sobre o assunto debatido no Con-selho de Direitos Humanos. Ele deverá apresentar, essencialmente, a posição oficial do país em rela-

ção ao conflito entre Israel e Palestina ocorrido em julho de 2014. São pertinentes para o debate infor-mações como pronunciamentos oficiais em relação ao tema, ações concretas tomadas no período e assim por diante; não são pertinentes informações como apresentações, dados quantitativos sobre o país ou quaisquer informações que não possuam relevância para o tema tratado pelo comitê.

Em se tratando de um documento oficial, ele de-verá ser elaborado de acordo com as normas bá-sicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o que consiste em:

•Fonte Times New Roman tamanho 12.

•Recuo de primeira linha de 1,25.

•Parágrafo justificado.

•Espaçamento entre linhas 1,5.

•Notas de rodapé com fonte Times New Roman ta-manho 10, com espaçamento simples.

A linguagem empregada deverá ser formal, à qual não se aplicam verbos em primeira pessoa nem atos como negritar, sublinhar, utilizar itálico e sombrear.

O DPO deverá se limitar a uma lauda, contento no canto superior direito o símbolo do CDH, enquan-to o campo superior esquerdo deverá apresentar o brasão de armas ou emblema nacional do país de representação. Entre o brasão/emblema e o logo do comitê, em caixa alta, deve estar o nome completo do país e, na linha de baixo, o nome do comitê apenas com a primeira letra da palavra em caixa alta. Ao final do documento, no canto infe-rior direito, o delegado deverá assiná-lo.

Mantenha em mente o caráter diplomático do DPO, sendo ele um componente de avaliação por parte

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da mesa diretora. É vital ater-se à politica externa de seu país, que terá como introdução o seu DPO.

O DPO será recolhido pela mesa na primeira sessão do XI Fórum FAAP, sendo válida a utilização de notí-cias que datem até o dia anterior à mesma.

CONSIDERAÇÕES

Apesar de ser um dos protagonistas do conflito que serve de tema para as discussões do CDH nesta edição do Fórum FAAP, a Palestina é tida aqui como mem-bro observador, como reconhecido pela Organização das Nações Unidas em novembro de 2012.87 Sua mar-gem de atuação, portanto, é mais limitada do que as das demais delegações. Como membro observador e protagonista da questão debatida, é de fundamen-tal importância sua participação ativa nas discussões ao longo das sessões. Porém, seu status não lhe ga-rante poderes de votação em questões substanciais do comitê, como votações e propostas de resolução. Vale lembrar também que as decisões tomadas no âmbito do CDH, assim como nos demais organismos do sistema ONU, possuem caráter recomendatório.

A mesa recomenda que os delegados que se apro-fundem no tema das discussões e nas posições oficiais de seus respectivos países, de modo que a discussão possa ser produtiva desde seu início. Para tanto, a mesa recomenda que os senhores façam uso de fontes de pesquisa que se caracterizem por pos-suírem caráter primordialmente oficial – ligados às administrações de seus países e ao CDH – e acadêmi-co – através da leitura de artigos científicos que tra-tem de temas como direitos humanos, refúgio, e do histórico do conflito entre israelenses e palestinos.

NOTAS

1. http://www.humanrights.com/pt/what-are-human-

rights/brief-history/the-united-nations.html

2. http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/HRC/Pages/AboutCouncil.aspx

3. idem.

4. http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/HRC/Pages/Membership.aspx

5. idem.

6. http://www.dudh.org.br/definicao/documentos/

7. http://www.dudh.org.br/declaracao/

8. REDFORD, Donald. Egypt, Canaan, and Israel in Ancient Times, p.53, Princeton University Press, 1992.

9. LEWIS, Bernard. The Middle East, p. 31, Scribner, 1995

10. http://israelipalestinian.procon.org/view.resource.php?resourceID=000635

11. BICKERTON, Ian e KLAUSNER, Carla. A Concise History of the Arab-Israeli Conflict p. 26, fourth edition, Prentice Hall, 2002.

12. http://israelipalestinian.procon.org/view.answers.php?questionID=496

13. http://israelipalestinian.procon.org/view.answers.php?questionID=493

14. FRIEDMAN, Thomas. From Beirut to Jerusalem, p. 14, Anchor Books, 1995

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15. Idem.

16. http://www.washingtonpost.com/world/middle_east/israel-searches-for-teens-who-went-missing-in-the-west-bank-on-thursday/2014/06/14/d60a0778-f3df-11e3-a4a8-8ac203a4c406_story.html

17. http://www.theguardian.com/world/2014/jun/26/hunt-missing-israeli-boys-recriminations

18. http://english.ahram.org.eg/NewsContent/2/8/105345/World/Region/Israel-commited-serious-violations-in-West-Bank-op.aspx

19. http://www.timesofisrael.com/name-protective-edge-doesnt-cut-it/

20. http://www.army-technology.com/projects/irondomeairdefencemi/

21. http://www.defensenews.com/article/20141027/DEFREG04/310270011/Israeli-Firm-Adapts-Iron-Dome-Intercepts-Sea

22. http://www.nytimes.com/2014/07/10/world/middleeast/israel-gaza-missiles-iron-dome.html?_r=0

23. http://www.digitaljournal.com/news/world/new-israeli-air-strikes-bring-gaza-toll-to-200-medics/article/390129

24. http://www.reuters.com/article/2014/07/18/us-palestinians-israel-egypt-hamas-idUSKBN0FN1LY20140718

25. http://www.jpost.com/Operation-Protective-Edge/What-are-Hamass-conditions-for-a-cease-fire-363011

26. http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2014/07/israel-temporarily-halt-fire-gaza-strip-201471620212427540.html

27. Idem.

28. http://www.digitaljournal.com/news/world/new-israeli-air-strikes-bring-gaza-toll-to-200-medics/article/390129

29. http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4545029,00.html

30. Idem.

31. http://www.washingtonpost.com/world/israel-hamas-show-no-signs-of-bowing-to-pressure-for-truce/2014/07/24/90213d90-1305-11e4-8936-26932bcfd6ed_story.html

32. Idem.

33. http://america.aljazeera.com/articles/2014/7/26/gaza-israel-hamas.html

34. Idem.

35. http://america.aljazeera.com/articles/2014/7/25/gaza-death-toll-kerry.html

36. http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2014/08/ceasefire-gaza-strip-20148145731196790.html

37. http://www.reuters.com/article/2014/08/05/us-mideast-gaza-arrests-idUSKBN0G529N20140805

38. http://bigstory.ap.org/article/israeli-begins-redeploying-along-gaza-border

39. http://en.wikipedia.org/wiki/2014_Israel%E2%80%93Gaza_conflict

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40. http://www.reuters.com/article/2014/08/21/us-mideast-gaza-idUSKBN0GI12O20140821

41. http://www.jpost.com/Arab-Israeli-Conflict/Palestinian-sources-Gaza-cease-fire-to-be-announced-on-Tuesday-evening-372386

42. http://www.imemc.org/article/68969

43. http://america.aljazeera.com/articles/2014/11/5/amnesty-report-saysisraelguiltyofwarcrimes.html

44. http://america.aljazeera.com/articles/2014/11/5/amnesty-report-saysisraelguiltyofwarcrimes.html

45. http://www.hrw.org/news/2014/07/09/palestineisrael-indiscriminate-palestinian-rocket-attacks

46. http://www.nytimes.com/2014/08/25/world/middleeast/gaza-strip-palestinian-teenager-cites-ordeal-as-captive-of-israelis-soldiers.html?_r=2

47. http://www.cbsnews.com/news/ap-journalist-others-killed-in-gaza-by-leftover-ordinance/

48. Beit-Hallahmi, Benjamin (1988). The Israeli Connection: Whom Israel Arms and Why. p. 65.

49. http://www.cadenagramonte.cu/english/index.php?option=com_content&view=article&id=11738:angola-and-israel-advocate-to-strengthen-cooperation

50. http://www.portalangop.co.ao/angola/en_us/noticias/politica/2012/11/50/Relations-between-Angola-and-Palestine-excellent,69bae70b-badd-4e1b-85e7-b3070295dac2.html

51. http://www.nytimes.com/2011/02/13/world/middleeast/13egypt.html?_r=0

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