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Data: 09:45 de 04/05/2010 Assunto: Fórum Brasileiro de Segurança Pública 1. Folha de S. Paulo - SP Nº de homicídios é o mais alto desde 2005 ...ano, uma queda de 17%. Os outros tipos de roubos também diminuíram, de 2.181 para 1.837. Para Guaracy Mingardi, cientista social e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública , a contradição entre os números pode ser explicada pelo fator "cobertor curto", ou seja, a prioridade ao combate ... 2. Folha de S. Paulo - SP Números da violência são "auspiciosos", diz chefe da Polícia Civil ...e furtos, entre outros). Segundo o delegado, esses crimes vinham em alta e foram colocados como prioridade pela cúpula da Secretaria de Estado da segurança pública . No Estado, houve um decréscimo de roubos (13%), furtos (5%), furtos de veículos (10%), roubos de veículos (12%) e roubos de cargas ... 3. Folha de S. Paulo - SP Violência está "sob controle", diz delegado-geral ...ERNESTO CREDENDIO DA REPORTAGEM LOCAL O aumento de 7% nos homicídios no Estado de São Paulo e de 23%, na capital, no primeiro trimestre deste ano não é uma tendência e esse tipo de crime está "sob controle", ... 4. DCI - SP Brasil e Paraguai reforçam segurança para conter violência na fronteira ...nesta segunda-feira (3) que serão implementados projetos que unem as forças da Polícia Especializada de Fronteira, Polícia Federal e secretarias de segurança pública . A ideia é manter 46 homens da Força Nacional de prontidão na região. Segundo ele, a medida será estendida às 11 fronteiras do ... 5. Folha de S. Paulo - SP Editoriais ...23% -no Estado a alta foi de 7%. Os sequestros e roubos a banco também aumentaram na capital, enquanto os roubos e latrocínios caíram. A cúpula da segurança pública , aparentemente surpreendida pelos números, classificou-os como uma oscilação compreensível após "longo período de redução dos ... 6. Folha de S. Paulo - SP Rua calma nas zonas sul e oeste concentra sequestro relâmpago ...de R$ 7.000 em uma loja de artigos esportivos. A polícia não soube informar o montante

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Page 1: Fórum Brasileiro de Segurança Pública · 2010-04-05  · Escolas públicas municipais do Rio de Janeiro sofrem com problemas de violência ... Folha de S. Paulo - SP Bope do Rio

Data: 09:45 de 04/05/2010 Assunto: Fórum Brasileiro de Segurança Pública

1. Folha de S. Paulo - SP Nº de homicídios é o mais alto desde 2005 ...ano, uma queda de 17%. Os outros tipos de roubos também diminuíram, de 2.181 para 1.837. Para Guaracy Mingardi, cientista social e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública , a contradição entre os números pode ser explicada pelo fator "cobertor curto", ou seja, a prioridade ao combate ... 2. Folha de S. Paulo - SP Números da violência são "auspiciosos", diz chefe da Polícia Civil ...e furtos, entre outros). Segundo o delegado, esses crimes vinham em alta e foram colocados como prioridade pela cúpula da Secretaria de Estado da segurança pública . No Estado, houve um decréscimo de roubos (13%), furtos (5%), furtos de veículos (10%), roubos de veículos (12%) e roubos de cargas ... 3. Folha de S. Paulo - SP Violência está "sob controle", diz delegado-geral ...ERNESTO CREDENDIO DA REPORTAGEM LOCAL O aumento de 7% nos homicídios no Estado de São Paulo e de 23%, na capital, no primeiro trimestre deste ano não é uma tendência e esse tipo de crime está "sob controle", ... 4. DCI - SP Brasil e Paraguai reforçam segurança para conter violência na fronteira ...nesta segunda-feira (3) que serão implementados projetos que unem as forças da Polícia Especializada de Fronteira, Polícia Federal e secretarias de segurança pública . A ideia é manter 46 homens da Força Nacional de prontidão na região. Segundo ele, a medida será estendida às 11 fronteiras do ... 5. Folha de S. Paulo - SP Editoriais ...23% -no Estado a alta foi de 7%. Os sequestros e roubos a banco também aumentaram na capital, enquanto os roubos e latrocínios caíram. A cúpula da segurança pública , aparentemente surpreendida pelos números, classificou-os como uma oscilação compreensível após "longo período de redução dos ... 6. Folha de S. Paulo - SP Rua calma nas zonas sul e oeste concentra sequestro relâmpago ...de R$ 7.000 em uma loja de artigos esportivos. A polícia não soube informar o montante

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dos roubos. A Folha pediu ao delegado e à Secretaria da segurança pública os números, registrados mês a mês, de sequestros relâmpagos. O policial disse que dependeria de autorização da secretaria -o que não ... 7. O Globo - RJ PM vai criar comando especial para fortalecer o projeto das UPPs ...cidadão poderá acionar o MP (Ministério Público) para exigir do gestor o seu cumprimento — comentou a fonte. Ficará a cargo do Instituto de segurança pública (ISP) a criação de uma metodologia de avaliação semestral das UPPs. A ideia é ter um controle de qualidade, com indicadores ... 8. O Globo - RJ Cerco à Faixa de Gaza ...da unidade perto da Maré vai dar segurança a quem passa pelas linhas Vermelha, Amarela e pela Avenida Brasil, contribuindo ainda para o combate à criminalidade durante a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016: — Vamos para Ramos ainda este ano. Antes mesmo da Copa, vamos ... 9. Estado de Minas - MG Clima ainda tenso na Maré ...Batalhão da Maré informaram que a ação tinha o objetivo de desarticular o grupo criminoso chefiado por Pitoco, responsável por roubos de veículos e homicídios nas Linhas Amarela e Vermelha. Além do fotógrafo, Pitoco também é suspeito da morte de quatro policiais. Ronaldo Oliveira, chefe da ... 10. O Povo - CE É possível identificar fatores condicionantes da criminalidade ...Mai 2010 - 01h29min Na avaliação do professor da Unifor e autor do livro Tecnologia e Gestão de Tecnologia na segurança pública , Vasco Furtado, a tecnologia da informação (TI) fornece hoje todas as condições para que as polícias possam agir de forma mais ... 11. Zero Hora - RS Um plano sério e fértil ...empregada atualmente no Rio de Janeiro?’. Permite-me responder à tua pergunta, feita na coluna de sábado. Veio do Pronasci, o Programa Nacional de segurança pública com Cidadania. Criado por um grupo de especialistas do Ministério da Justiça e da sociedade civil, implantamos o Pronasci ainda em ... 12. Diário Catarinense - SC Narcotráfico no Paraguai está com os dias contados ...Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Polícia Militar. O objetivo é fazer ações integradas com as forças policiais do país vizinho no combate à criminalidade de fronteira. A primeira base será instalada (ainda em data indefinida) em Ponta Porã (MS). O nome das bases deverá ser PFron. A gota ... 13. Zero Hora - RS Segurança redobrada na fronteira ...Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Polícia Militar. O objetivo é fazer ações integradas com as forças policiais do país vizinho no combate à criminalidade de fronteira. A primeira base será instalada (ainda em data indefinida) em Ponta Porã (MS). O nome das base deverá ser PFron. A gota ... 14. O Povo - CE Cobrança da sociedade

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...governos se veem obrigados a adotar determinadas tecnologia``, destaca Felipe Zilli, coordenador de pesquisa do Centro de Estudos de Criminalidade e segurança pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo ele, uma grande dificuldade do combate à criminalidade é a ... 15. O Povo - CE "Sem tecnologia não se soluciona um crime" ...chega a 50% e o principal motivo é a falta de instrumentos tecnológicos que garantam a descoberta do autor do crime. ``Eu acho que a Secretaria da segurança pública e Defesa Social (SSPDS) tem tentado corrigir os erros do passado, buscando fazer mais investimentos em tecnologia, não só pela ... 16. Gazeta do Povo - PR Quando a justiça é comunitária ...aos moradores que somente pela construção de redes sociais, por meio do esforço coletivo e cooperativo, poderemos mudar esse quadro de violência e criminalidade crescentes nas periferias e nas grandes cidades. Essa rede social já está sendo construída, com as parcerias preestabelecidas entre o ... 17. Gazeta do Povo - PR Curitiba e RMC têm fim de semana menos violento do ano ...mortes foram registradas entre sexta e segunda-feira. Nove homicídios foram registrados na capital e dois em municípios da região metropolitana 03/05/2010 | 21:29 | Felippe Aníbal Com 11 mortes registradas ... 18. O Globo - RJ Ações coordenadas contra o terror ...de Times Square na noite de sábado. Fumaça escapa do veículo. Eis Nova York novamente em meio ao pesadelo de um atentado terrorista. Felizmente a polícia neutralizou a tempo os explosivos. A tentativa de causar uma tragédia no coração cultural e turístico de Manhattan permitiu descobrir que ... 19. O Globo - RJ IPM inocenta acusados de matar engenheira ...em junho de 2008, só poderão sofrer punições administrativas se o Ministério Público Militar pedir novas investigações. Ontem, o corregedor da polícia Militar, coronel Ronaldo Antônio Menezes, argumentou que a conclusão do IPM não inocentou nem culpou PMs, também acusados de ameaçar os ... 20. O Globo - RJ Menina agredida terá apoio de psicólogos ...aposentada também é acusada de denúncia falsa contra mãe de outra criança A menina de 2 anos que, segundo a polícia teria sido torturada pela procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia Gomes, de 66 anos, começa a ser acompanhada hoje por psicólogos da ... 21. O Globo - RJ Lula: narcotráfico tem braço político ... O único jeito de combater esse narcotráfico é estando de corpo presente — disse Lula. — É hora de uma luta frontal contra toda essa ilegalidade, violência e tráfico de droga — endossou Lugo. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que foi iniciada campanha para que países do bloco ... 22. O Globo - RJ

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Comandante do Bope anuncia ocupação do Morro da Formiga ...a presença dos policiais para fazer as queixas. Uma mãe, que não quis se identificar, disse que o filho levou dois tapas no rosto, dados por um policial que estava sem a identificação na farda. Moradores também perguntaram sobre distribuição de internet e TV a cabo. Os policiais explicaram ... 23. O Globo - RJ UPP não inibe ação de vândalos no Cantagalo ...acusam jovens de atirar pedras em janelas Anna Luiza Magalhães A chegada de uma Unidade de polícia Pacificadora (UPP) à comunidade do Cantagalo, na Zona Sul, em dezembro de 2009, não conseguiu inibir a ação de vândalos no local. Moradores de ... 24. Reporter de Crime - RJ Mesmo sem querer, Beltrame ajuda Cabral na disputa por votos ...simples motivo de que Garotinho é professor de escola bíblica, e pode ser convidado para falar de qualquer púlpito, assim como as ações na área da segurança pública são emergenciais e podem ajudar a salvar vidas. Só o eleitor poderá julgar se alguma das partes está agindo em causa própria. No ... 25. Folha de S. Paulo - SP Tiroteio fere 1 e leva pânico a shopping na zona sul ...cerca de dez minutos. A loja assaltada e um estabelecimento que vende tênis e teve sua vitrine atingida por um tiro fecharam as portas. Segundo a polícia Civil, o tiroteio começou porque, durante o assalto à Kiw, os três criminosos suspeitaram que um PM, cliente da loja, estivesse armado. "Os ... 26. DCI - SP Projeto de criação da Comissão da Verdade será enviado ao Congresso ...que institui a Comissão Nacional da Verdade até o final desta semana, para o Congresso Nacional. O objetivo da comissão é investigar e trazer à tona crimes e abusos cometidos durante o período do regime militar (1964-1985) no Brasil. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (3) pelo ... 27. Globo Online - RJ Escolas públicas municipais do Rio de Janeiro sofrem com problemas de violência ...os serviços de atendimento psicológico aos alunos e não responder às agressões deles também de forma violenta, chamando a guarda municipal e a polícia - considerou. Edna Félix lembrou que na última semana a Secretaria de Educação chamou 300 agentes educadores (antigos inspetores) ... 28. A Gazeta - ES Tio acusa: garoto ficou preso com 2 assassinos. Polícia nega ...noiva do policial, que tem 18 anos, a brincar com a moto. O tio do garoto, Patrício Lopes da Silva, explicou que o menino não tem passagem pela polícia e que a prisão foi arbitrária. “A menina chamou meu sobrinho para brincar com a moto. Ele disse que ela ainda colocou um funk para eles ... 29. O Liberal - PA Operação policial retira quatro criminosos das ruas de Igarapé -Miri ...polícia Civil prendeu, nos dois últimos dias, durante operação em Igarapé-Miri, nordeste do Estado, quatro criminosos e recuperou diversos objetos ... 30. Folha de S. Paulo - SP Bope do Rio será vizinho de área de conflito

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...SUCURSAL DO RIO Um dia após seis pessoas morrerem durante uma operação policial em duas favelas do Complexo da Maré, na zona norte do Rio, o governo anunciou que a sede do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM) será ... 31. Folha de S. Paulo - SP ZONA NORTE: AVENIDA É BLOQUEADA E MOTORISTAS SÃO VÍTIMAS DE ARRASTÃO ...das vítimas, as chaves dos veículos foram jogadas em um matagal. Ninguém foi preso. No momento do arrastão, ocorria troca de turno dos PMs, diz a polícia Civil. ...

1. Folha de S. Paulo - SP Nº de homicídios é o mais alto desde 2005

De janeiro a março, foram registradas 73 mortes violentas na região; só o último trimestre de 2005 teve mais casos: 88 Crimes contra o patrimônio, em especial os roubos de veículos, caíram na região; especialista em segurança diz que "cobertor é curto" JEAN DE SOUZA DA FOLHA RIBEIRÃO Som alto, discussão entre vizinhos e dois tiros. Esse foi o roteiro da morte de Gildemar Rodrigues, 27, em 22 de fevereiro em Ribeirão Preto. Ele foi uma das vítimas de homicídio do primeiro trimestre deste ano, que foi o mais violento desde 2005 na região. Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública mostram que à morte de Rodrigues se somaram 72 casos semelhantes na área do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), que abrange Ribeirão e mais 92 cidades da região. Há 16 trimestres não havia, na região, tantas homicídios dolosos, ou seja, em que há a intenção de matar. Segundo estatísticas da secretaria, nesse tipo de crime, o trimestre passado só perde para os últimos três meses de 2005, que tiveram 88 mortes. Se a ameaça à vida registrou alta, os crimes contra o patrimônio, que vinham subindo, seguiram na direção contrária. Furtos e roubos caíram. O destaque foi o roubo de veículos: passou de 205 no primeiro trimestre de 2009 para 171 no mesmo período deste ano, uma queda de 17%. Os outros tipos de roubos também diminuíram, de 2.181 para 1.837. Para Guaracy Mingardi, cientista social e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a contradição entre os números pode ser explicada pelo fator "cobertor curto", ou seja, a prioridade ao combate de um determinado tipo de crime deixa descoberta a ação contra outros -no caso da região, os homicídios. Outras razões, no entanto, podem ser encontradas ao longo da investigação das mortes violentas, diz Mingardi. "Homicídio é o tipo de crime que depende de investigação e não de prevenção. É preciso verificar quem são as vítimas, o que fazem, onde moram para saber se há uma tendência de aumento generalizado." Representantes das polícias Civil e Militar dizem ter identificado em fatores isolados as causas desse aumento e, por isso, os dados não apontam para um aumento da criminalidade. "Um dos pontos que colaboraram com esse aumento são os homicídios ocorridos dentro de casa. Você percebe envolvimento grande de trabalhadores rurais, está ligado a um problema social", diz Valmir Granucci, diretor do Deinter 3. De fato, boa parte da alta dos homicídios foi registrada em municípios canavieiros da região, como Guariba (de zero no 1º trimestre de 2009 para quatro de janeiro a março deste ano), Serrana (de zero para três), Viradouro (de um para três) e Pontal (de um para três).

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Para Granucci, no entanto, a imprevisibilidade dos crimes não exime o Estado da responsabilidade de combatê-los. "Muitas vezes você registra um boletim de ocorrência por ameaça que, se não vier a dar atenção amanhã, vai gerar um homicídio", disse o delegado. A tenente Lilian Caporal Nery, porta-voz da PM em Ribeirão, disse que a análise da corporação mostra que boa parte dos crimes ocorreu dentro de casa e o agressor conhecia a vítima. "Tem mais natureza social que de segurança." Um dos meios para combater esses crimes é retirar retirar armas das ruas, diz a tenente. No primeiro trimestre, a PM apreendeu 357 armas.

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2. Folha de S. Paulo - SP Números da violência são "auspiciosos", diz chefe da Polícia Civil

Antes em alta, crimes contra o patrimônio, definidos como prioridade pelo governo, registraram queda no 1º trimestre Apesar do aumento de 23% dos homicídios na capital de SP, delegado-geral diz que esse tipo de crime está sob controle e que taxa é pequena JOSÉ ERNESTO CREDENDIO DA REPORTAGEM LOCAL Apesar do aumento dos homicídios em SP no primeiro trimestre, o delegado-geral da Polícia Civil, Domingos de Paulo Neto, disse ontem à Folha que os números são "auspiciosos" porque houve queda geral nos crimes contra o patrimônio (roubos e furtos, entre outros). Segundo o delegado, esses crimes vinham em alta e foram colocados como prioridade pela cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública. No Estado, houve um decréscimo de roubos (13%), furtos (5%), furtos de veículos (10%), roubos de veículos (12%) e roubos de cargas (7%), o que ele atribui às investigações da Polícia Civil e à ação ostensiva da PM nos pontos mais críticos. Também lembrou que os latrocínios (roubos seguidos de morte) caíram 21,5%. "Estou muito satisfeito. Como profissional de segurança, digo que os números são auspiciosos." Ele ainda relativizou o aumento de homicídios, dizendo que não é uma tendência e que esse tipo de crime está "sob controle". Na capital, após nove anos consecutivos de queda nos assassinatos, no primeiro trimestre houve um salto de 23% em comparação com igual período do ano passado- no Estado, o crime subiu 7%. "Os homicídios vêm caindo há uma década, chegando ao patamar em que é normal uma variação. Até porque muitos desses crimes são cometidos entre quatro paredes", disse. Ele comparou os índices da capital, que chegou a ter 15 homicídios por dia em 2000 e, agora, registrou, em média, quatro por dia. "Se você for ver entre cidades do mundo, São Paulo tem 11,7 mortes por 100 mil habitantes, Detroit [EUA] tem 47,3, Memphis tem 21,6." Segundo ele, como boa parte das mortes é de difícil controle -vinganças, desentendimentos e brigas familiares-, a Polícia Civil passou a combater as tentativas de assassinato, pois, quando não consegue cometer o crime, o matador volta a tentar. "O DHPP [departamento especializado em homicídios] já está atacando as tentativas." Inteligência Sobre novas estratégias de combate ao crime, Paulo Neto diz ser necessário investir em meios cibernéticos e na inteligência. "Estamos inaugurando o datacenter da Polícia Civil, que será ligado a pelo menos um ponto de todas as cidades do Estado. Ali vão operar nossos investigadores virtuais." A integração de dados, diz ele, vai permitir acelerar a investigação e conhecer melhor os hábitos dos criminosos e mapear locais problemáticos. Outra medida é a fixação dos novos policiais civis em suas cidades -quem passa no concurso em uma cidade fica morando lá. "O policial conhece a comunidade, é cobrado por ela."

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3. Folha de S. Paulo - SP Violência está "sob controle", diz delegado-geral

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO DA REPORTAGEM LOCAL O aumento de 7% nos homicídios no Estado de São Paulo e de 23%, na capital, no primeiro trimestre deste ano não é uma tendência e esse tipo de crime está "sob controle", avalia o delegado-geral da Polícia Civil, Domingos de Paulo Neto. "Os homicídios vêm caindo há uma década, chegando ao patamar em que é normal uma variação. Até porque muitos desses crimes são cometidos entre quatro paredes", disse Paulo Neto à Folha. O delegado-geral comparou os índices da capital, que chegou a ter 15 homicídios por dia em 2000 e, agora, registrou, em média, 4 por dia no primeiro trimestre deste ano. "Está muito longe de 15. Se você for ver entre cidades do mundo, São Paulo tem 11,7 mortes por 100 mil habitantes, Detroit [EUA] tem 47,3, Memphis tem 21,6." Além de relativizar o salto de homicídios no primeiro trimestre, o delegado-geral disse que o trabalho da polícia conseguiu reduzir os chamados crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos, que vinham em alta e foram colocados à frente entre as prioridades da Secretaria da Segurança. Paulo Neto também citou que os latrocínios (roubos seguidos de morte), que acabaram sendo relacionados ao patrimônio, caíram 21,5%. "Estou muito satisfeito, como profissional de segurança, digo que os números são auspiciosos." Segundo o delegado, como boa parte das mortes passa a ser de difícil controle -como em vinganças, desentendimentos e brigas familiares-, a Polícia Civil já começou a combater as tentativas de assassinato, porque, quando não consegue cometer o crime, o matador volta. "O DHPP [departamento especializado em homicídios] já está atacando as tentativas." Sobre novas estratégias de combate ao crime, Paulo Neto diz ser necessário investir em meios cibernéticos e na inteligência. "Estamos inaugurando o datacenter da Polícia Civil, que será ligado a ao menos um ponto de todas as cidades do Estado. Ali vão trabalhar nossos investigadores virtuais."

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4. DCI - SP Brasil e Paraguai reforçam segurança para conter violência na fronteira

BRASÍLIA – Os governos do Brasil e do Paraguai intensificarão o esquema de segurança na fronteira entre os dois países para tentar conter o avanço da violência na região. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto, anunciou nesta segunda-feira (3) que serão implementados projetos que unem as forças da Polícia Especializada de Fronteira, Polícia Federal e secretarias de Segurança Pública. A ideia é manter 46 homens da Força Nacional de prontidão na região. Segundo ele, a medida será estendida às 11 fronteiras do Brasil e seus vizinhos. No total, serão dispostos 46 homens em cada uma das 11 fronteiras. O objetivo, segundo Teles Barreto, é investir no total cerca de R$ 56 milhões. De acordo com ele, cada uma dessas regiões de fronteira tem suas peculiaridades – do crime organizado às ações transacionais. “A partir daí, uma integração nacional inédita que vamos começar, então a um combate mais sistemático, envolvendo inteligência com relação a estes delitos”, disse o ministro. Teles Barreto está em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, na fronteira do Brasil com o Paraguai, acompanhando as reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente paraguaio, Fernando Lugo. Ambos discutem medidas emergenciais para conter o avanço da violência e das ações conjuntas do Primeiro Comando da Capital (PCC) – facção criminosa brasileira – com o Exército do Povo Paraguaio (EPP) e as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc).

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Segundo o ministro, a parceria com o Paraguai é a resposta rápida às expectativas das sociedade brasileira e paraguaia. “Com isso, vamos dar uma resposta muito concreta à entrada de ilegais nas nossas fronteiras. E aí, com as bases, o nosso interesse é em como empreender a cooperação com o país vizinho, a fim de combatermos, em conjunto, estes crimes que atingem os dois países”, disse. Na semana passada, o senador paraguaio Roberto Acevedo, do Partido Liberal, foi alvo de um atentado na cidade de Pedro Juan Caballero, que fica na fronteira entre o Paraguai e o Brasil. Ele conseguiu escapar apenas com alguns ferimentos, mas dois de seus assessores morreram. Dois brasileiros foram presos sob suspeita de envolvimento no episódio. A visita de Lula à região está cercada por um forte esquema de segurança mantido por militares brasileiros e paraguaios. São integrantes do Exército e da Polícia Militar do Brasil e do Paraguai. A maior parte das reuniões realizadas hoje ocorre em ambientes fechados. Agência Brasil

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5. Folha de S. Paulo - SP Editoriais

[email protected] Violência em São Paulo A VIOLÊNCIA na capital paulista voltou a crescer. Após nove anos em queda, o número de assassinatos na cidade de São Paulo subiu 23% -no Estado a alta foi de 7%. Os sequestros e roubos a banco também aumentaram na capital, enquanto os roubos e latrocínios caíram. A cúpula da Segurança Pública, aparentemente surpreendida pelos números, classificou-os como uma oscilação compreensível após "longo período de redução dos homicídios". Mas o fato é que as estatísticas de criminalidade divulgadas no início de fevereiro já apontavam uma inflexão na curva dos assassinatos no Estado -com um aumento então concentrado no interior, que agora se estende à capital. Na época, o delegado-geral da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto, atribuiu a piora nos índices à crise pela qual o país passou no final de 2008 e no início de 2009. O diagnóstico -repetido pelo ex-governador José Serra- mostrou-se precipitado, já que o aumento da violência no primeiro trimestre do ano ocorreu num contexto de crescimento acelerado do país. Talvez o raciocínio pudesse explicar a diminuição dos crimes contra o patrimônio, mas é insuficiente para iluminar a evolução da taxa de homicídios. As estratégias de prevenção precisam levar em conta fatores que escapam a esse esquema simplório, como, por exemplo, as disputas territoriais entre bandidos, a ação de grupos de extermínio e os crimes passionais. O governo tem reequipado as forças de segurança com mais carros e helicópteros e, de fato, conseguiu diminuir os roubos e furtos. Mas precisará investir em inteligência e aumentar ainda mais a capacidade de rápida identificação dos focos emergentes da violência no Estado. Elevar a taxa de elucidação de crimes, ainda muito baixa, também é imperativo.

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6. Folha de S. Paulo - SP Rua calma nas zonas sul e oeste concentra sequestro relâmpago

Vítima está sozinha e, no horário do rush, decide parar o carro em vias próximas à marginal Pinheiros, aponta perfil traçado pela polícia São pessoas que saem do trabalho ou da academia, ou que param para falar ao celular, diz delegado; crimes ocorrem de manhã e à noite

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ROGÉRIO PAGNAN DA REPORTAGEM LOCAL Sozinho no carro, o motorista -pode ser homem ou mulher- que para seu carro na hora do rush em ruas aparentemente calmas de bairros próximos à marginal Pinheiros é a principal vítima de sequestro relâmpago na capital paulista. O perfil foi traçado com base nas centenas de casos registrados nos últimos três anos na cidade, segundo o delegado Wagner Giudice, da Delegacia Antissequestro. "São pessoas que estão saindo ou chegando ao trabalho, à academia, que param para falar ao celular, que estão esperando a namorada." Até então, a polícia acreditava que os alvos preferenciais dos criminosos eram os motoristas que paravam em um semáforo ou caixa eletrônico ou que saíam de shoppings. "Não é nada disso. A vítima está parada em ruas de pouco movimento e então é levada para a marginal Pinheiros. Por isso, eles escolhem esses bairros [das zonas sul e oeste]." O sequestro relâmpago é aquele em que a vítima é mantida refém dentro do carro, em geral do próprio veículo, enquanto os ladrões sacam dinheiro de sua conta bancária em caixas eletrônicos ou fazem compras com seu cartão de crédito. Na lista dos bairros campeões de casos estão, segundo a polícia, Moema, Brooklin, Morumbi, Chácara Santo Antônio e Pinheiros. Também há registro desse tipo de crime em Santo Amaro, Perdizes, Lapa e próximo à av. Luiz Carlos Berrini. Os crimes ocorrem das 7h às 10h e das 17h às 21h. De acordo com a Polícia Civil, são registradas entre 50 e 60 ocorrências por mês na capital. Há três anos, no entanto, o número chegou a cerca de 150 casos. Dois por dia Ontem, o delegado Giudice apresentou uma dupla especializada em sequestro relâmpago que, segundo ele, agia havia pelo menos um ano na região da marginal Pinheiros e tinha no currículo mais de 20 crimes. Para o delegado, esse número pode ser muito maior. "Eles chegaram a praticar mais de dois sequestros relâmpagos no mesmo dia. Um cedo, e outro à noite", disse. Os suspeitos, Rafael Alves dos Santos e Elton Rodrigues Assunção, agiam nesses bairros onde se concentram os sequestros relâmpago. Com eles, a polícia apreendeu armas e cartões de vítimas. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos acusados. De acordo com a polícia, funcionários de lojas são suspeitos de envolvimento com a dupla. Em uma das compras feitas pelos criminosos com o cartão de uma das vítimas, eles chegaram a gastar cerca de R$ 7.000 em uma loja de artigos esportivos. A polícia não soube informar o montante dos roubos. A Folha pediu ao delegado e à Secretaria da Segurança Pública os números, registrados mês a mês, de sequestros relâmpagos. O policial disse que dependeria de autorização da secretaria -o que não ocorreu até a conclusão desta edição.

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7. O Globo - RJ PM vai criar comando especial para fortalecer o projeto das UPPs

Decreto do governador dificultará fechamento de unidades em favelas Gustavo Goulart Como forma de blindar o aclamado programa de ocupação de favelas, está em gestação na Polícia Militar o Comando de Polícia Pacificadora (CPP), unidade que será diretamente ligada ao comandante da corporação e que constará do decreto governamental para regulamentar as UPPs que deve ser assinado em junho pelo governador Sérgio Cabral. Na agenda da PM também está a classificação das unidades por tamanho, carimbandoas de “A”, “B” ou “C”. O Complexo de favelas do Alemão, por exemplo, tem tudo para receber o “A”. Já se sabe que a futura UPP do Alemão terá pelo menos 2.000 policiais e será comandada por um tenente-coronel, por causa de seu tamanho, no lugar de capitães, como ocorre hoje

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nas sete unidades em operação. ISP fará avaliação semestral das unidades Os morros Pavão-Pavãozinho/ Cantagalo, Dona Marta, Tabajaras, Babilônia/Chapéu Mangueira, na Zona Sul, da Providência, no Centro, do Borel/Formiga, na Tijuca, e a favela do Batan, em Realengo, são considerados pequenos pela Polícia Militar e receberiam a classificação “C”. Os maiores terão um tenentecoronel no comando da UPP. Hoje, o programa está regulamentado por um ato normativo da PM. O CPP vai substituir o atual Comando de Polícia Comunitária (CPCOM). — A diferença é que o CPCOM é subordinado ao comando operacional e o CPP vai subir de nível, ficando ligado ao comandantegeral. O que o secretário (de Segurança, José Mariano Beltrame) quer é elevar o status ao nível de decreto de governador para que nem a Polícia Militar nem a Secretaria de Segurança possam acabar com o projeto por conta própria — informou uma fonte na polícia. Do decreto vão constar a missão, os objetivos, as etapas, os níveis hierárquicos e o número de cargos de chefia, entre outras informações, nas UPPs. — Qualquer cidadão poderá acionar o MP (Ministério Público) para exigir do gestor o seu cumprimento — comentou a fonte. Ficará a cargo do Instituto de Segurança Pública (ISP) a criação de uma metodologia de avaliação semestral das UPPs. A ideia é ter um controle de qualidade, com indicadores qualitativos e quantitativos. No modelo sugerido pelo projeto de lei do deputado estadual Alexandre Molon (PT), as UPPs existiriam pelo prazo mínimo de 25 anos. A proposta da secretaria é não fixar prazos para não causar desperdícios de recursos futuramente.

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8. O Globo - RJ Cerco à Faixa de Gaza

Além do Bope, governo planeja transferir Core e Academia de Polícia para a região Ana Cláudia Costa Depois de decidir transferir o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Grupamento Aeromarítimo (GAM) da PM para um quartel do Exército desativado em Ramos, perto do Complexo da Maré, uma das regiões mais perigosas da cidade, a Secretaria de Segurança planeja fechar ainda mais o cerco ao tráfico na Faixa de Gaza carioca, na Zona Norte. O próximo passo, em estudo, é levar para Guadalupe as sedes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e da Academia de Polícia. O secretário José Mariano Beltrame confirmou que a ideia é que as duas unidades da Polícia Civil ocupem o antigo quartel do 1oBatalhão de Forças Especiais do Exército, perto da Avenida Brasil. Outra medida, já em andamento, é a instalação da Cidade da Polícia da Civil perto da Favela do Jacarezinho. — Necessitamos de um espaço maior para a sede da Core, um espaço onde os policiais possam treinar tiros e até mesmo com o helicóptero, sem fazer grandes deslocamentos. O estande de tiros no Caju já está ficando pequeno para o treinamento dessas equipes — disse o secretário. Operação combaterá a ação do tráfico

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Nessa nova estratégia de ir aonde o crime está, a Polícia Civil começa hoje a Operação Abutre, que promete ser um duro golpe na ação de traficantes que, afugentados das favelas ocupadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), abrigaram-se em comunidades dos complexos da Penha e do Alemão, deixando esses locais para praticar roubos. Segundo o chefe do Departamento de Polícia Especializada, delegado Rodrigo Oliveira, cerca de 200 policiais de sete unidades especializadas e da Core montarão um cinturão de segurança em bairros próximos a esses complexos, onde o roubo de veículos e os assaltos a transeuntes aumentaram nos últimos meses. A operação vai acontecer diariamente entre 17h e 23h, por um período mínimo de 90 dias. Enquanto equipes das delegacias especializadas ficarão baseadas em pontos fixos, agentes da Core farão rondas para evitar que os traficantes saiam das favelas em comboios para roubar. De acordo com Rodrigo Oliveira, a ideia é fazer blitzes para abordar carros e motocicletas. O cinturão de segurança vai abranger principalmente Penha, Vila da Penha, Penha Circular, Brás de Pina, Vista Alegre, Vicente Carvalho, Olaria e Bonsucesso. Em março, O GLOBO mostrou que as polícias Civil e Militar identificaram pelo menos 15 ruas e avenidas onde motoristas poderiam encontrar “bondes” de traficantes armados. Uma das áreas mais perigosas era próxima à Vila Cruzeiro, na Penha, onde a Polícia Civil promete atuar. Além de fazer patrulhamento, policiais vão colher informações sobre a movimentação dessas quadrilhas. Com os dados, poderão desencadear operações em favelas. Rodrigo Oliveira ressaltou que as informações para montar a Operação Abutre partiram de delegacias distritais da região. — Desde a implantação das UPPs, sabemos que os cabeças do tráfico migraram para a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão. Os bandidos costumam sair para roubar e retornam para esses locais porque acreditam que a polícia não vai até essas favelas. Vamos fazer o cerco para evitar que eles saiam — disse Rodrigo. A operação que começa hoje busca evitar crimes como o que aconteceu na manhã de ontem na Avenida Martin Luther King Jr, no Engenho da Rainha. Por volta das 5h, homens armados em dois carros atravessaram um Toyota e um Gol na avenida, assaltando motoristas e passageiros de pelo menos três carros. À noite, um tiroteio na Favela de Manguinhos terminou com duas pessoas feridas por balas perdidas e um suspeito morto. Antonio Alves do Espírito Santo, de 50 anos, e o guarda municipal Rodrigo de Ciro de Oliveira, de 33, foram atingidos num ponto de ônibus na Avenida dos Democráticos. Outro homem, não identificado, morreu em confronto com policiais. Ele estava com uma pistola calibre 45. De acordo com a PM, os dois inocentes foram baleados durante um tiroteio entre traficantes da favela. Segundo Beltrame, o serviço de inteligência da secretaria e da Polícia Civil vai continuar monitorando os bandidos que buscaram refúgio em outras favelas. O secretário afirmou que o bando do traficante Ivanildo Francelino dos Santos, o Pitoco, morto anteontem numa operação policial no Complexo da Maré, costumava ficar durante a semana na Vila Cruzeiro, no Morro da Fé e na Chatuba, indo para o conjunto de favelas passar o sábado e o domingo. A quadrilha acreditava que a polícia não faria operações na Maré nos fins de semana. Rodrigo Oliveira informou que o grupo de Pitoco costumava pedir resgate por veículos

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roubados e por reféns mantidos nas favelas. Hoje, o governador Sérgio Cabral participa de uma solenidade no Comando Militar do Leste, durante a qual deve ser formalizada a transferência de três áreas do Exército para o estado: uma em Ramos (onde ficarão o Bope e o GAM) e duas em São Gonçalo, para casas populares. Ontem, num café da manhã com moradores do Morro do Borel, na Tijuca, o comandante do Bope, tenentecoronel Paulo Henrique Moraes, disse que o batalhão será transferido para Ramos assim que as obras no local forem concluídas. O oficial acrescentou que a instalação da unidade perto da Maré vai dar segurança a quem passa pelas linhas Vermelha, Amarela e pela Avenida Brasil, contribuindo ainda para o combate à criminalidade durante a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016: — Vamos para Ramos ainda este ano. Antes mesmo da Copa, vamos resgatar o direito de ir e vir por essas vias. O cidadão terá mais segurança. Amanhã, o comandante do Bope vai se reunir com moradores da Favela Tavares Bastos, no Catete, onde fica hoje a sede do batalhão, para explicar a transferência. Segundo o oficial, a intenção é explicar que, mesmo com a saída do Bope, outra unidade militar, como a sede das UPPs, deve ser montada no local. A presença militar no topo da Tavares Bastos, segundo ele, vai evitar o retorno de traficantes.

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9. Estado de Minas - MG Clima ainda tenso na Maré

wilton júnior/ae Policiais ainda ocupam o Complexo da Maré para evitar novos confrontos Rio de Janeiro – Um dia após a morte de seis pessoas durante uma operação da Polícia Civil no complexo da Maré, o clima ainda foi tenso ontem no conjunto de favelas, que estava com alguns comércios fechados por causa da morte de um dos líderes do tráfico local – Alessandro Francelino dos Santos – conhecido como Pitoco. A PM reforçou o policiamento no início da manhã nas favelas Nova Holanda e Parque União, focos da ação de domingo. Além de chefiar o tráfico, Pitoco também é apontado como o assassino do repórter fotográfico André Alexandre Azevedo, o André AZ, do jornal O Dia, morto em fevereiro de 2009, na avenida Brasil. Também foi morto – vítima de bala perdida – durante o tiroteio, o morador Márcio Marinho de Souza, que saía de um baile funk. Ontem, não foi registrado novo tiroteio e ninguém foi preso. Policiais do Batalhão da Maré contaram com o auxílio de carros blindados nas favelas. Policiais do Batalhão da Maré informaram que a ação tinha o objetivo de desarticular o grupo criminoso chefiado por Pitoco, responsável por roubos de veículos e homicídios nas Linhas Amarela e Vermelha. Além do fotógrafo, Pitoco também é suspeito da morte de quatro policiais. Ronaldo Oliveira, chefe da delegacia de polícia da capital, coordenou a ação contra os criminosos, que teve a participação de 15 delegacias e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Cerca de 250 homens estiveram na operação, que teve início às 6h e contou com auxílio de veículos blindados e de um helicóptero. Roberto Vasconcelos Brum e Marco Antônio dos Santos Tavares foram presos. Eles são apontados como integrantes da quadrilha. Também foram apreendidos 24 motos e dez carros, além de máquinas usadas para prensar drogas e arrumar armas, 1,5 mil trouxinhas de maconha, três pistolas, um fuzil, quatro granadas, cinco carregadores e 192 munições. De acordo com a polícia, a ação ocorreu em um domingo, pois as investigações demonstraram que a quadrilha se reunia neste dia. Fotógrafo André Azevedo, o André AZ, foi morto a tiros quando passava pela altura do número 10.500 da Avenida Brasil, no Rio, por volta das 19h30 de 25 de fevereiro de 2009.

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Informações do 22º Distrito Policial (Penha) apontam que ele havia saído do jornal em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e voltava para casa, no Rio, quando foi atingido. Segundo o boletim de ocorrência, ele estava em uma moto Honda Tornado quando foi atingido. Após ser baleado, Azevedo perdeu o controle da direção da moto, bateu em uma mureta e foi atropelado por veículos que passavam no local. Bope O Batalhão de Operações Especiais (Bope) terá a sede transferida para o quartel desativado do 24º BIB (Batalhão de Infantaria Blindada) do Exército, em Ramos, entre o complexo de favelas da Maré e a comunidade Roquete Pinto, na Zona Norte do Rio. Segundo o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, a mudança será feita por questões estratégicas que englobam treinamentos e posições de segurança. "Um dos principais aspectos positivos dessa transferência é ter uma capacidade maior de mobilização por estar próximo a vias importantes da cidade como as Linhas Vermelha e Amarela e Avenida Brasil, além de ser ao lado do aeroporto do Galeão", afirmou o comandante. De acordo com Moraes, as comunidades próximas da unidade serão usadas como locais de treinamento para a tropa. "A princípio, teremos que fazer ações por questões de segurança nossa naquelas comunidades mais coladas aos muros da unidade. Depois, vamos retomar os treinamentos que já fazem parte da nossa preparação", disse. Moraes afirmou ainda que o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), deve assinar hoje o documento de compra do terreno do Exército, que será a sede do batalhão. O comandante disse que a nova sede poderá ser inaugurada ainda no fim deste ano – se o local estiver em boas condições ao passar por vistoria da PM.

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10. O Povo - CE É possível identificar fatores condicionantes da criminalidade

04 Mai 2010 - 01h29min Na avaliação do professor da Unifor e autor do livro Tecnologia e Gestão de Tecnologia na Segurança Pública, Vasco Furtado, a tecnologia da informação (TI) fornece hoje todas as condições para que as polícias possam agir de forma mais inteligente e eficaz. ``O uso de sistemas de informática para identificação automática de impressões digitais e outros tipos de biometria, como automatização do reconhecimento e identificação de pessoas pelo computador a partir de características físicas, são exemplos``, disse. Ele ressalta que não só a Polícia pode se beneficiar da TI para fazer segurança, mas também outros órgãos, pois existe um conjunto de sistemas de informações que podem ajudar a identificar e operacionalizar ações de prevenção. ``É possível Identificar e mapear fatores condicionantes da criminalidade como má iluminação, áreas degradadas, por exemplo. A aproximação da população da Polícia pode ser conseguida com o uso de TI na Internet``, reforça. Furtado lembra o projeto Delegacia Eletrônica em 2000, do qual foi diretor, quando os cidadãos passaram a fazer boletins de ocorrência de casa. ``Foi um projeto pioneiro e super reconhecido pela população``. Além disso, Furtado explica que o policiamento ostensivo pode fazer uso de TI para, por exemplo, agilizar atendimento de ocorrência e realizar planejamento otimizado das patrulhas.

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11. Zero Hora - RS Um plano sério e fértil

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Recebo de Tarso Genro resposta: “Caro Sant’Ana. ‘De onde veio essa luminosa ideia da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) empregada atualmente no Rio de Janeiro?’. Permite-me responder à tua pergunta, feita na coluna de sábado. Veio do Pronasci, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Criado por um grupo de especialistas do Ministério da Justiça e da sociedade civil, implantamos o Pronasci ainda em 2006. Já deu muitos frutos. Reproduzo aqui o que disse o governador Sérgio Cabral, no dia 10 de dezembro último, em entrevista coletiva logo após seminário do Pronasci que realizamos no Rio de Janeiro. Governador Sérgio Cabral, em entrevista coletiva após Seminário de Prevenção à Violência: ‘O Pronasci já está ajudando. Já tem verba do Pronasci em toda a nossa política de segurança pública, influenciando desde o início. O Pronasci é uma espécie de pai e mãe da UPP. A filosofia do Pronasci é que nos guiou e ao mesmo tempo os recursos do Pronasci, desde o início, têm sido fundamentais. Quando você investe em Bolsa-Formação, quando você investe em infraestrutura, quando você investe em outra concepção de segurança pública, desemboca em uma política onde, por exemplo, na Zona Oeste, nós já desbaratamos a milícia, o índice de homicídio caiu em 55%. Na Cidade de Deus, o aumento da frequência em sala de aula, segundo a secretária de Educação, Claudia Costin, aumentou em mais de 30%. O índice de homicídios, o chamado auto de resistência, que é o confronto, que é o que provoca esses dados ainda assustadores do Rio, cai a praticamente zero nas comunidades onde já tem a Unidade de Polícia Pacificadora. Porque não é apenas o policiamento novo, com policiais formados para um policiamento comunitário. É também a ação cívica do Estado. No Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, por exemplo, estaremos combinando um policiamento comunitário com investimentos que chegarão a mais de R$ 100 milhões em novas unidades habitacionais, novas vias, novas áreas de lazer. Então é uma combinação fantástica, porque a comunidade se sente digna, do ponto de vista da infraestrutura, com nova iluminação, com saneamento, com abastecimento de água, e ao mesmo tempo com tranquilidade e paz para que seus filhos circulem. Essa é uma combinação fantástica. Por que o ministro Tarso está lançando o Território da Paz na segunda-feira, na Cidade de Deus? Porque lá entramos com o tema da segurança. No Dona Marta, por exemplo, já tínhamos um programa de revitalização que combinou com o policiamento pacificador. São programas complexos, como disse o Tarso, mas muito melhores, porque vão dando à população a sensação de que não há mais polícia subindo, atirando e voltando. É polícia que fica, preparada para lidar comunitariamente. E não é só segurança, são ações sociais, em parceria com o governo federal e com a prefeitura. Sem dúvida, o Pronasci é um programa que veio para ficar, e que nós adotamos no Rio de Janeiro como uma filosofia. Em cada UPP, já há investimento do Pronasci, do governo federal, do governo estadual e da prefeitura, sempre dando alicerce para que a população sinta, e para que o próprio policial sinta, que ele está numa comunidade, ele se sente respeitado enquanto agente de segurança pública. É a autoestima da comunidade. Serão cerca de 200 unidades pacificadoras. A preocupação que o Pronasci tem é formar uma cultura nova. Até abril, formaremos mais 1,2 mil policiais para o policiamento comunitário e até julho estaremos formando mais dois mil homens. É um trabalho que está começando, como disse o Tarso, e que vai levar muitos anos, não é uma coisa que se resolva de uma hora para a outra. E a ansiedade que vocês [jornalistas] demonstram, mas quem mais me cobra são os mais humildes, os que mais precisam dessa política. ‘Governador, quando é que vai pra minha comunidade?’ Os prefeitos também me cobram. Mas temos que ter uma lógica e uma estratégia dentro dessa linha...”.

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12. Diário Catarinense - SC Narcotráfico no Paraguai está com os dias contados

Encontro de Lula e Lugo em Ponta Porã definiu criação de rede de bases policiais entre os países O reinado dos narcotraficantes brasileiros no Paraguai está com os dias contados. O Brasil não só irá se envolver mais na luta que o presidente do paraguai, Fernando Lugo, trava pela retomada do território da fronteira, como irá montar uma rede de bases policiais na região, a fim de ajudar a fechar o cerco aos criminosos. Com investimento de R$ 60 milhões até o final do ano, o Brasil deve erguer 11 bases. Cada uma terá efetivo de 46 policiais – oriundos da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Polícia Militar. O objetivo é fazer ações integradas com as forças policiais do país vizinho no combate à criminalidade de fronteira. A primeira base será instalada (ainda em data indefinida) em Ponta Porã (MS). O nome das bases deverá ser PFron. A gota d’água para a adoção dessas medidas foi o atentado, na semana passada, contra o senador paraguaio Roberto Acevedo, próximo da avenida que divide Pedro Juan Caballero, capital do departamento de Amambay, e Ponta Porã. O anúncio foi feito no encontro entre os dois presidentes, em Ponta Porã. Lula procurou fazê-lo com tom de voz forte, que lembrou aqueles velhos filmes do Velho Oeste quando o xerife chegava para limpar dos malfeitores a cidade. A autoria do crime seria, segundo as investigações, do Primeiro Comando da Capital (PCC), que controla fatia do tráfico de cocaína na região. Há quatro brasileiros presos sob suspeita de envolvimento no atentado. Lugo decretou estado de exceção em Amambay e outros quatro departamentos, para combater os narcotraficantes e o Exército do Povo Paraguaio (EPP). Lula e Lugo apertaram a mão do senador durante a solenidade, protegida por um forte esquema de segurança, envolvendo policiais, militares e agentes de inteligência dos dois países. Depois, Lula disse: – Em São Paulo, falaram que eu estava louco vindo aqui. Vim porque acho importante que os bandidos, sejam eles quais forem, saibam que estamos aqui. E agindo. Lugo afirmou que os narcotraficantes estão ramificados pela política, economia e outros setores da sociedade paraguaia. Ao ouvir isso, Lula disse – e Lugo concordou, balançando a cabeça – que só será possível vencer a guerra contra os traficantes da fronteira combinando ação policial forte e medidas de inclusão social para as pessoas que vivem na área. Brasil deve financiar linha de transmissão de energia Em reunião fechada, os presidentes também trataram de medidas econômicas, como a construção de uma linha de transmissão de energia elétrica no território paraguaio, no valor de US$ 400 milhões (R$ 690 milhões), a ser financiada pelo Brasil. Ainda no final da noite de ontem, Lula desembarcaria em Buenos Aires para a reunião de cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que será realizada hoje, na capital argentina. A Casa Rosada dá como certa a escolha do ex-presidente argentino Néstor Kirchner (2003-2007), que pretende usar o cargo como trampolim para melhorar sua imagem junto ao eleitorado de seu país e reforçar sua candidatura à presidência argentina em 2011. CARLOS WAGNER | Enviado especial/Ponta Porã

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13. Zero Hora - RS Segurança redobrada na fronteira

Encontro entre Lula e o paraguaio Lugo em Ponta Porã (MS) definiu criação de uma rede de bases policiais entre os países O reinado dos narcotraficantes brasileiros no Paraguai está com os dias contados. O Brasil não só irá se envolver mais na luta que o presidente do paraguaio, Fernando Lugo, trava pela retomada do território da fronteira, como irá montar uma rede de bases policiais na região, a fim de ajudar a fechar o cerco aos criminosos. Com investimento de R$ 60 milhões até o final do ano, o Brasil deve erguer 11 bases. Cada uma terá efetivo de 46 policiais – oriundos da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Polícia Militar. O objetivo é fazer ações integradas com as forças policiais do país vizinho no combate à criminalidade de fronteira. A primeira base será instalada (ainda em data indefinida) em Ponta Porã (MS). O nome das base deverá ser PFron. A gota d’água para a adoção dessas medidas foi o atentado, na semana passada, contra o senador paraguaio Roberto Acevedo, próximo da avenida que divide Pedro Juan Caballero, capital do departamento (Estado) de Amambay, e Ponta Porã. O anúncio foi feito no encontro entre os dois presidentes, em Ponta Porã. Lula procurou fazê-lo com tom de voz forte, que lembrou aqueles velhos filmes do Velho Oeste quando o xerife chegava para limpar dos malfeitores a cidade. A autoria do crime seria, segundo as investigações, do Primeiro Comando da Capital (PCC), que cont rola fatia do tráfico de cocaína na região. Há quatro brasileiros presos sob suspeita de envolvimento no atentado. Lugo decretou estado de exceção em Amambay e outros quatro departamentos, para combater os narcotraficantes e o Exército do Povo Paraguaio (EPP). Lula e Lugo apertaram a mão do senador durante a solenidade, protegida por um forte esquema de segurança, envolvendo policiais, militares e agentes de inteligência dos dois países. Depois, Lula disse: – Em São Paulo, falaram que eu estava louco vindo aqui. Vim porque acho importante que os bandidos, sejam eles quais forem, saibam que estamos aqui. E agindo. Brasil deve financiar linha de transmissão de energia Lugo afirmou que os narcotraficantes estão ramificados pela política, economia e outros setores da sociedade paraguaia. Ao ouvir isso, Lula disse – e Lugo concordou, balançando a cabeça – que só será possível vencer a guerra contra os traficantes da fronteira combinando ação policial forte e medidas de inclusão social para as pessoas que vivem na área. Em reunião fechada, os presidentes também trataram de medidas econômicas, como a construção de uma linha de transmissão de energia elétrica no território paraguaio, no valor de US$ 400 milhões (R$ 690 milhões) a ser financiada pelo Brasil. Ainda no final da noite de ontem, Lula desembarcaria em Buenos Aires para a reunião de cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que será realizada na terça-feira, na capital argentina. A Casa Rosada dá como certa a escolha do ex -presidente argentino Néstor Kirchner (2003-2007), que pretende usar o cargo como trampolim para melhorar sua imagem junto ao eleitorado local e reforçar sua candidatura à presidência argentina em 2011. CARLOS WAGNER | Enviado especial/Ponta Porã

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14. O Povo - CE Cobrança da sociedade

04 Mai 2010 - 01h29min O investimento em tecnologia para a solução de crimes atende a uma cobrança da própria sociedade. ``A população não atura mais uma polícia que não seja profissional, eficiente. Por isso, os governos se veem obrigados a adotar determinadas tecnologia``, destaca Felipe Zilli, coordenador de pesquisa do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo ele, uma grande dificuldade do combate à criminalidade é a punição. ``As polícias militares têm um efetivo até condizente, com bom poder de atuação, mas o processo de investigação precisa melhorar. Para aqueles crimes que não foram prevenidos (com presença da polícia) e têm que se investigar, o processo é muito precário``, lamenta Zilli. ``Dizem que o judiciário é lento e estimula a criminalidade, mas isso tem origem num processo muito precário de investigação``. Na opinião dele, durante muito tempo a segurança pública foi muito atrelada à Polícia. ``A população cobrava policiais nas ruas e os governos investiam, pensando na Polícia Militar e esquecendo de investir na Civil, no processo de investigação``.

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15. O Povo - CE "Sem tecnologia não se soluciona um crime"

04 Mai 2010 - 01h29min A criminalidade foi se aperfeiçoando, ao longo dos anos, e as técnicas de investigação policial não acompanharam o ritmo. Os métodos continuaram arcaicos, até artesanais. ``A tecnologia é uma necessidade. Sem ela, é não dá para você solucionar um crime, punir os criminosos e, de fato, fazer com que as pessoas se sintam seguras``, adverte o sociólogo e membro do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC), Élcio Batista. De acordo com ele, estudos indicam que a média nacional de inquéritos policiais com autoria desconhecida chega a 50% e o principal motivo é a falta de instrumentos tecnológicos que garantam a descoberta do autor do crime. ``Eu acho que a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) tem tentado corrigir os erros do passado, buscando fazer mais investimentos em tecnologia, não só pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce), mas também pela Divisão de Homicídios, com uma estrutura mais adequada. Existe um esforço``, afirma Batista. Desafio Segundo o professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), autor do livro Tecnologia e Gestão de Tecnologia na Segurança Pública, Vasco Furtado, desde 1997 a polícia cearense tem se destacado pelo uso de modernas tecnologias, muitas delas pioneiras. Cada vez mais, novas tecnologias estão à disposição. ``O grande desafio é fazê-las ser realmente úteis, pois exige um grande esforço gerencial e qualificação de pessoal``, assevera Vasco, que é membro do conselho de leitores do O POVO. Para ele, tecnologia potencializa as capacidades gerenciais e individuais. Mas, para isso, é preciso ter gente qualificada que possa se apropriar dos instrumentos. Conforme Batista, somente quando a tecnologia anunciada pela SSPDS estiver disponível, será possível avaliar os resultados. ``Reduziram os inúmeros inquéritos arquivados por falta de provas? As provas estão mais bem elaboradas? A tecnologia está levando a descobrir o criminoso?``, questiona, acrescentando que esses fatores aumentam as possibilidades de punir os autores dos crimes. Ainda assim, Batista cita que o desafio é manter os investimentos em tecnologia.

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``Hoje, a tecnologia é facilmente superada. Há um ritmo frenético na produção de tecnologia. Isso gera uma defasagem cada vez maior num tempo cada vez menor. Então a secretaria tem que continuar fazendo investimentos``, argumenta. Na avaliação dele, as estatísticas de criminalidade no Estado podem ainda ser aproveitadas pela inteligência policial, ajudando em investigações. RESUMO DA SÉRIE O POVO iniciou ontem uma série de matérias sobre as tecnologias adotadas pela Secretaria da Segurança. O laboratório de DNA já é uma realidade e, agora, a secretaria trabalha na sistematização de um banco de impressões digitais. O novo prédio da Perícia Forense também abrigará equipamentos modernos que darão mais agilidade às investigações criminais. E-MAIS Sobre o preparo dos profissionais, o perito geral da Perícia Forense do Ceará, Maximiano Leite Barbosa, afirma que a Secretaria tem enviado peritos para Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Brasília, o que vai permitir o treinamento do pessoal voltado para o uso das tecnologias. Ele ressalta que, nesta área, os peritos precisam estar em constante formação. ``Precisamos sensibilizar peritos para que se preparem tecnicamente, porque você não faz perícia só com equipamento. Queremos fazer cursos de educação continuada``, afirma, acrescentando que os cursos serão realizados pela Academia de Segurança Pública (Aesp). Para o coordenador de pesquisa do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Felipe Zilli, o Governo Federal tem sido um catalizador desse processo de investimento em tecnologia, adotando uma diretriz nacional. Para ele, essa preocupação que parte do Governo Federal é necessária. ``Algumas modalidades criminosas, como tráfico de drogas, contrabando, não respeitam fronteiras estaduais. É preciso ter uma diretriz nacional para dar conta desses fenômenos. Essa diretriz é muito positiva e saudável. Os estados têm aderido a esse modelo de forma interessante``, explica.

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16. Gazeta do Povo - PR Quando a justiça é comunitária

Publicado em 04/05/2010 | Roberto Portugal Bacellar O bairro do Sítio Cercado, na zona sul de Curitiba, é considerado o segundo mais violento da região, ficando atrás somente da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Apenas nos dois primeiros meses do ano 14 pessoas morreram assassinadas na região. Quem conhece o bairro sabe que é formado por pessoas trabalhadoras e que têm forte sentimento de pertencimento, gostam do local onde vivem porque sentem-se integrantes da comunidade. A violência, entretanto, em Curitiba é uma realidade. A ausência do Estado, a falta de atenção à população gera uma situação de anomia (ausência de cumprimento da ordem legal em determinado agrupamento social), e agora a ordem dos bandidos para que a população não saia de casa depois de determinado horário tem se tornado comum, segundo matéria divulgada na Gazeta do Povo no dia 22 de abril. Com altos números de furtos, roubos e homicídios, aliados ao crescente tráfico de drogas, além de ações sociais da prefeitura e pontuais ações de polícia, uma das alternativas para enfrentar essa realidade é envolver e comprometer a comunidade nesse sentimento de pertencimento, motivando a busca de soluções comunitárias. O Projeto Justiça Comunitária do Ministério da Justiça e desenvolvido pelo Instituto Desembargador Alceu Conceição Machado (IDAM) desde 2009 no bairro Sítio Cercado, com ações integradas, pretende

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modificar esse quadro. A despeito da violência, basta lembrar que somente em 2009 quando iniciou o projeto, 25 pessoas foram mortas no Sítio Cercado. O principal objetivo do projeto é ajudar a comunidade a refletir, pensar sobre alternativas viáveis. Para isso promove-se a capacitação dos moradores para a mediação e conciliação de desavenças e disseminação da cultura de pacificação social. Para alcançar essa finalidade, o projeto é organizado em três eixos: educação para os direitos, mediação comunitária e animação das redes sociais. A base desse modelo é proporcionar uma justiça mais acessível e participativa, pois não é possível construir uma justiça mais próxima da sociedade sem a participação da comunidade que melhor conhece os problemas locais. As discussões em torno de uma justiça mais acessível à população, que atenda as demandas sociais, estão se transformando em uma nova realidade. E isso também já pode ser visto no Sítio Cercado, por meio de projetos e políticas sócio-jurídicas, apoiados pelo Ministério da Justiça, com apoio do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Escola da Magistratura, que visam atender à promessa de democratização do acesso à Justiça (ordem jurídica justa) e a promoção da igualdade de oportunidades para aceder aos serviços públicos com eficiência e com qualidade. A proposta da Justiça Comunitária é dar conhecimento aos cidadãos sobre os direitos, sobre justiça, ética, cidadania, utilizando-se de material de apoio e facilitar a conciliação/mediação entre as partes envolvidas em conflitos. Para isso, o conhecimento da realidade social local é fundamental. Por isso o projeto é desenvolvido por meio da aproximação com os líderes comunitários e o incentivo ao conhecimento de métodos não adversariais e autocompositivos de solução das controvérsias (como a negociação a conciliação e a mediação). Além disso, é possível com ações de justiça comunitária disseminar direitos sociais, direitos humanos, noções básicas sobre a prevenção do alcoolismo e do uso de drogas. Realizar, desenvolver e construir uma cultura de paz, por meio da participação comunitária na resolução de conflitos (empoderamento), visando à emancipação social e redução da violência e das condutas antissociais. Nesse modelo de justiça, a sociedade civil irá exercer participação direta na resolução dos conflitos, uma vez que os mediadores comunitários foram escolhidos entre os membros da comunidade, privilegiando-se aqueles que mostraram interesse, aptidão e legitimação perante o grupo. Dessa forma, contribuímos para a construção de um sentimento de pertencer a uma causa em prol dos interesses da comunidade, que está relacionado também ao fato assumir responsabilidades conjuntamente, de forma cooperativa, visando ao bem-estar coletivo. Um dos pontos fortes do Justiça Comunitária é ressaltar aos moradores que somente pela construção de redes sociais, por meio do esforço coletivo e cooperativo, poderemos mudar esse quadro de violência e criminalidade crescentes nas periferias e nas grandes cidades. Essa rede social já está sendo construída, com as parcerias preestabelecidas entre o Ministério da Justiça, o Eurosocial, o IDAM e a própria comunidade do Sítio Cercado. O projeto piloto poderá ser levado a outros bairros da cidade. Estamos todos comprometidos com a construção de uma sociedade melhor e mais pacífica. Uma comunidade empoderada, esclarecida de seus direitos e deveres, ciente de suas responsabilidades e livre para buscar seu desenvolvimento sustentável local. Roberto Portugal Bacellar, associado-fundador do Instituto Desembargador Alceu Conceição Machado (IDAM), é juiz de Direito

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17. Gazeta do Povo - PR Curitiba e RMC têm fim de semana menos violento do ano

Onze mortes foram registradas entre sexta e segunda-feira. Nove homicídios foram

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registrados na capital e dois em municípios da região metropolitana 03/05/2010 | 21:29 | Felippe Aníbal Com 11 mortes registradas entre as 20 horas de sexta-feira (30) e as 8 horas desta segunda-feira (3), Curitiba e região metropolitana tiveram o fim de semana menos violento de 2010. Do total de mortes violentas ocorridas no período, nove foram causadas por ferimentos de armas de fogo e duas ocorreram por agressões físicas. Em abril, a média foi de 17 registros violentos por fim de semana. Em março, o índice foi de 19 casos por período. Do total de mortes violentes ocorridas neste fim de semana, nove foram em Curitiba e duas em municípios da região metropolitana. O primeiro caso aconteceu por volta das 21 horas de sexta-feira, no bairro Pinheirinho, em Curitiba. Segundo a Polícia Militar (PM), Josimar Galvão Fernandes, de 23, foi assassinado a tiros em um bar localizado na Rua Pedro Zavaski. A vítima da última ocorrência do período foi localizada às 6h45 desta segunda, em um gramado às margens da Avenida Juscelino Kubistchek, no CIC. Segundo a Delegacia de Homicídios, Evandro Piragibe da Graça, de 25 anos, foi executado com três tiros: dois na nuca e um na boca. Um vizinho do local relatou à polícia que ouviu seis disparos por volta das 21 horas de domingo (2) e que encontrou o corpo ao amanhecer, quando saiu de casa. De acordo com familiares de Graça, na noite de domingo, o rapaz discutiu com usuários de droga em frente a casa onde morava. Ele teria saído da residência e não retornou. Segundo a polícia, a vítima era usuária de crack e já esteve internada em clínica de reabilitação. Crime em Pinhais Um outro crime ocorrido em Pinhais, na região metropolitana, fora do período do fim de semana chamou a atenção pela brutalidade dos assassinos. Por volta das 13h15 desta segunda-feira, uma mulher ainda não identificada, com idade entre 20 e 25 anos, com trajes menores, foi encontrada morta em um barracão abandonado. O rosto da vítima estava desfigurado e o corpo apresentava sinais de espancamento e estrangulamento. Na boca da garota, foi introduzido um pedaço de madeira de cerca de 50 centímetros. Informações repassadas à PM dão conta de que a mulher se chama Jaqueline e que era garota de programa. Segundo a delegacia do município, o local onde o corpo foi encontrado é usado como ponto de consumo de drogas. No local, os policiais encontraram latas que teriam sido utilizadas para uso de crack e várias camisinhas usadas.

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18. O Globo - RJ Ações coordenadas contra o terror

Um furgão parado numa movimentada esquina de Times Square na noite de sábado. Fumaça escapa do veículo. Eis Nova York novamente em meio ao pesadelo de um atentado terrorista. Felizmente a polícia neutralizou a tempo os explosivos. A tentativa de causar uma tragédia no coração cultural e turístico de Manhattan permitiu descobrir que Hakimullah Mehsud, um dos líderes do Talibã no Afeganistão, está vivinho da silva. O Pentágono acreditava tê-lo matado num ataque em janeiro. Mas um vídeo no YouTube após o atentado frustrado de sábado exibiu-o em meio a outros militantes, prometendo atacar cidades americanas. As autoridades dos EUA não confirmaram a ligação do Talibã com a caminhonete-bomba, mas não custa lembrar que o Pentágono está em meio a uma grande ofensiva no Afeganistão contra esse grupo islâmico radical, que tem importantes ramificações no

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Paquistão. Ainda é cedo para apontar culpados. A polícia segue pistas, algumas domésticas, outras externas. Lembremo-nos que, antes do 11 de Setembro, o maior atentado nos EUA foi praticado por um americano, Timothy McVeigh, um veterano da Guerra do Golfo. Em abril de 1995, ele detonou um carro-bomba diante de um prédio federal em Oklahoma City, matando 168 pessoas e ferindo mais de 500. Já a ousada ação contra o World Trade Center, em 1993, quando a detonação de uma van com 680 quilos de explosivos matou seis pessoas e feriu mais de mil, foi praticada por extremistas islâmicos. Ainda está obscura a motivação por trás do carro-bomba em Times Square. No entanto, foi possível verificar, como lembrou o “Washington Post”, que mesmo com materiais simples e difíceis de detectar — neste caso foram botijões de gás, recipientes de gasolina, fogos de artifício, baterias e fios elétricos — é possível causar uma tragédia numa grande cidade. O episódio realça, por outro lado, a importância da coesão internacional contra a proliferação nuclear. É enorme o risco de grupos fanáticos religiosos em guerra contra o Ocidente, como a alQaeda, um dia usarem em atentados material nuclear recebido dos chamados Estados marginais, como o Irã e a Coreia do Norte. Daí a necessidade das sanções contra o Irã que estão sendo discutidas, já que o país se recusa a abrir seu programa nuclear às inspeções da ONU. Até agora, o Brasil é um dos poucos a discordar das sanções, premiando com o benefício da dúvida o Irã, que insistenos fins pacíficos do programa. Mas, evidentemente, não dá para confiar no regime de Ahmadinejad e dos aiatolás. A ameaça no coração de Manhattan realça a necessidade de as ações de segurança serem cada vez mais articuladas entre os países, para atuar preventivamente contra fanáticos dispostos a morrer para matar o maior número possível de inocentes. Mostra, também, a ajuda cada vez mais poderosa dos modernos meios eletrônicos na elucidação de crimes. São os vídeos gravados por câmeras de segurança da própria polícia e/ou de estabelecimentos comerciais; e filmes feitos por passantes ou turistas em suas câmeras ou celulares. Em Times Square, a principal pista foi obtida a partir de câmeras de segurança que filmaram um homem em atitude suspeita e está sob exame um vídeo feito por um turista. A participação cidadã será cada vez mais importante para neutralizar o terrorismo. Filmes feitos por cidadãos com câmeras ou celulares ajudam trabalho policial

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19. O Globo - RJ IPM inocenta acusados de matar engenheira

Inquérito da corporação não achou provas contra PMs, que respondem por homicídio na Justiça comum Ronaldo Braga Inocentados por um inquérito policial-militar (IPM), os quatro policiais do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) acusados de matar a engenheira Patrícia Amieiro Branco de Franco e ocultar seu corpo, em junho de 2008, só poderão sofrer punições administrativas se o Ministério Público Militar pedir novas investigações. Ontem, o corregedor da Polícia Militar, coronel Ronaldo Antônio Menezes, argumentou que a conclusão do IPM não inocentou nem culpou PMs, também acusados de ameaçar os peritos Marcos Luiz Gonçalves e Liu Tsun Yaei do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que atuaram no caso. Segundo o corregedor, o IPM não encontrou provas das duas denúncias que permitissem punir administrativamente os policiais, que estão trabalhando em serviço interno. Agora, o IPM, cujos autos estão mantidos em segredo, será analisado pelo MP Militar, que

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poderá arquivar o inquérito ou pedir mais investigações. — A abertura do IPM, que durou cerca de um ano, começou quando chegaram denúncias de que os PMs teriam feito ameaças de mortes aos peritos do ICCE, segundo telefonemas para o Disque Denúncia. Aproveitamos e juntamos as investigações que tinham sido feitas dez meses antes (dia do desaparecimento de Patrícia) pelo 31oBPM. O IPM não encontrou nenhuma prova contra os policiais — disse o corregedor. Perícia mostrou que tiro saiu da arma de PM O IPM não tem relação com o processo criminal que tramita no 1° Tribunal do Júri, no qual serão ouvidas, no dia 9 de junho, testemunhas arroladas pela defesa dos policiais. O inquérito feito pela Polícia Civil concluiu que os PMs foram responsáveis pela morte e o desaparecimento da engenheira. Os policiais Willian Luis do Nascimento e Marcos Paulo Nogueira Maranhão respondem por homicídio e ocultação de cadáver, e Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos, por ocultação. Patrícia Amieiro Branco de Franco, de 24 anos, desapareceu no dia 14 de junho de 2008, na Barra da Tijuca, quando voltava de um show no Morro da Urca, na Zona Sul. Seu carro foi encontrado dentro do Canal de Marapendi, na entrada da Barra, depois de despencar de uma altura de 15 metros, com o vidro traseiro quebrado e o porta-malas aberto. Foi a família da engenheira que descobriu marcas de tiros no veículo. A perícia dos projéteis encontrados dentro do carro indicou que as balas partiram da arma do PM William Luiz do Nascimento.

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20. O Globo - RJ Menina agredida terá apoio de psicólogos

Procuradora aposentada também é acusada de denúncia falsa contra mãe de outra criança A menina de 2 anos que, segundo a polícia teria sido torturada pela procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia Gomes, de 66 anos, começa a ser acompanhada hoje por psicólogos da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). O objetivo é ouvir a menina e saber o que aconteceu no período em que ela estava sob a guarda provisória da procuradora. Ontem, o Ministério Público estadual recebeu o inquérito que pede a prisão preventiva de Vera Lúcia Gomes pelos crimes de tortura qualificada e racismo contra duas ex-empregadas domésticas. A promotora Marisa Paiva, titular da 15° Promotoria de Justiça, vai analisar e decidir esta semana se encaminha ou não o pedido de prisão à Justiça. Em 2008, Vera Lúcia Gomes teria cometido um crime de denunciação caluniosa. Conforme reportagem apresentada no “Fantástico”, a procuradora teria acusado uma mulher de tráfico de órgãos e pedofilia, após uma tentativa frustrada de adotar uma criança. A procuradora teria agido quando a mãe, que pretendia dar o bebê para a adoção, mudou de ideia, após a menina ser hospitalizada. O caso foi registrado na DCAV, onde as investigações concluíram que as denúncias eram falsas. Vera Lúcia Gomes continuou tentando adotar uma criança até que, depois do carnaval, foi apresentada à menina de 2 anos. Em pouco mais de um mês, ela conseguiu a guarda provisória e levou a criança para casa. No último dia 15, a menina foi retirada pelo Conselho Tutelar do apartamento da procuradora depois de uma denúncia. A criança estava com várias escoriações no rosto e precisou ficar internada no hospital.

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O inquérito do caso foi concluído na sexta-feira da semana passada, quando a delegada Monique Vidal, titular da 13° DP (Ipanema), encaminhou o pedido de prisão preventiva. No inquérito, além das fotos da menina com os ferimentos no rosto, consta também uma análise feita por peritos do Instituto Médico-Legal (IML) que mostrou que as agressões foram realizadas em datas diferentes, o que comprovaria que a criança sofria constantes maus-tratos. Em seu depoimento, a procuradora negou as agressões e admitiu apenas que chamou a menina de “cachorra”, mas que era um termo carinhoso, porque ela gosta de animais.

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21. O Globo - RJ Lula: narcotráfico tem braço político

Presidente diz que fronteiras ganharão bases da PF e da Força Nacional Flávio Freire Enviado especial PONTA PORÃ (MS). Após declarar que o narcotráfico é hoje uma poderosa indústria com braço na política e no Judiciário, o presidente Lula anunciou ontem, em sua visita à região de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, medidas para combater o tráfico de drogas nos 11 estados que fazem divisa com países da América do Sul. Segundo ele, o governo brasileiro instalará, até o fim de 2010, 11 bases da PF e da Força Nacional de Segurança nas regiões de fronteira. Serão 45 policiais em cada unidade, com investimento de R$ 144 milhões até 2012, incluindo compra de helicópteros, barcos e armamento. Ao lado do presidente paraguaio Fernando Lugo, Lula inaugurou um monumento na linha divisória entre os dois países. Cercados por atiradores de elite nos prédios, do lado paraguaio, os presidentes estiveram com o senador Robert Acevedo, vítima de atentado semana passada. Mais tarde, no seminário que discutia a situação dos dois países, Lula prometeu a construção de nova ponte ligando o Paraná ao Paraguai e afirmou que o BNDES analisa financiar a criação de linha de transmissão de energia, produzida na Usina de Itaipu. No evento, indagado sobre a falta de iniciativa do Brasil para resolver o problema do narcotráfico, uma vez que drogas e armas continuam passando de um país para o outro, Lula disse: — O narcotráfico não é mais uma microempresa de tráfico de droga e de armas, apenas. É uma indústria poderosa com braço na política, na indústria, no Parlamento e no Judiciário. A indústria do narcotráfico é uma multinacional poderosa. Caso contrário, os Estados Unidos e os países da Europa já tinham conseguido banir. O Brasil tem hoje 16 mil quilômetros de fronteira seca. Só em Mato Grosso do Sul, uma das principais portas de entrada de drogas e contrabando, são mais de 700 quilômetros. — Disseram que eu era louco de vir para cá. Não sou louco. O único jeito de combater esse narcotráfico é estando de corpo presente — disse Lula. — É hora de uma luta frontal contra toda essa ilegalidade, violência e tráfico de droga — endossou Lugo. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que foi iniciada campanha para que países do bloco permitam a expedição de mandados de captura sem interferência do país onde está

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o foragido. — São muitos os trâmites, e a burocracia impede trazer um criminoso de volta ao país para pagar pela sua pena. Estamos em negociação com países do Mercosul para tentar melhorar essa situação.

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22. O Globo - RJ Comandante do Bope anuncia ocupação do Morro da Formiga

Tropa de elite vai substituir policiais do 6° BPM em comunidade na Tijuca Ediane Merola A música “Dias melhores”, do grupo J Quest, traduz o que a população do Morro do Borel, na Tijuca, espera da ocupação realizada desde quarta-feira, pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope): “Dias melhores/ Dias de paz, dias a mais/Dias que não deixaremos para trás”. Ontem, a canção serviu de trilha sonora para o encerramento de uma reunião entre policiais da unidade de elite e mais de 300 moradores, que puderam fazer perguntas ao comandante do Bope, tenente coronel Paulo Henrique Moraes. Ele também falou sobre a implantação da UPP no lugar e informou que sua tropa ocupará esta semana o Morro da Formiga, na Tijuca, atualmente monitorado pelo 6° BPM (Tijuca). A relação do Bope com os moradores ficou ainda mais estreita, ontem, depois que policias da unidade ajudaram a intermediar uma reunião entre desabrigados da chuva e representantes da Defesa Civil. Quase um mês depois do temporal, pelo menos 256 moradores reclamam que não receberam a visita de técnicos e, por isso, não podem pedir o aluguel social. De acordo com o sargento Max, do Bope, a partir de hoje haverá dez vistorias por dia. As duas reuniões ocorreram no Ciep Doutor Antônio Margarinos Torres Filho, na Rua São Miguel, principal via de acesso à comunidade. Presidente da Associação de Moradores do Borel, Roberta Ferreira disse que, por enquanto, a situação dos desabrigados é a mais urgente. Além do papel social, o Bope lembra que sua missão no Borel é resgatar a segurança. Segundo o coronel Paulo Henrique, o primeiro momento da ocupação será marcado por muitas abordagens, que tendem a diminuir ao longo do processo. — A aceitação da população está bem melhor, porque já existem UPPs produtivas. A primeira reunião desse tipo ocorreu no Pavão-Pavãozinho e elas são necessárias para criar uma relação. Entramos nas comunidades pensando no confronto, no meliante. Depois mudamos. Eles reclamam que estamos entrando nas casas para fazer buscas. Vamos receber denúncias e as ações serão mais focadas — disse o comandante. Durante a reunião, o Bope divulgou um e-mail ( [email protected] ) e um telefone de contato (2334-3983), para que os moradores possam fazer denúncias e tirar dúvidas sobre a ocupação. Alguns aproveitaram a presença dos policiais para fazer as queixas.

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Uma mãe, que não quis se identificar, disse que o filho levou dois tapas no rosto, dados por um policial que estava sem a identificação na farda. Moradores também perguntaram sobre distribuição de internet e TV a cabo. Os policiais explicaram que serviços ilegais serão combatidos.

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23. O Globo - RJ UPP não inibe ação de vândalos no Cantagalo

Moradores acusam jovens de atirar pedras em janelas Anna Luiza Magalhães A chegada de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) à comunidade do Cantagalo, na Zona Sul, em dezembro de 2009, não conseguiu inibir a ação de vândalos no local. Moradores de um prédio da Rua Alberto de Campos, em Ipanema, reclamam que adolescentes do morro estariam lançando pedras contra suas janelas, que ficam de frente para a comunidade. Uma moradora do décimo andar, que preferiu não se identificar, teve os vidros da janela da sala quebrados há cerca de um mês, durante a madrugada. O porteiro do prédio, Antônio Carlos Delfino, conta que, na ocasião, chegou a encher uma sacola plástica com pedras. No último sábado, por volta das 14h, a cena se repetiu, mas nenhum prédio foi atingido. — Esse episódio já tinha acontecido há uns oito anos. Não entendo como, depois de tanto tempo, com o morro já pacificado, isso voltou a acontecer. Pagamos um IPTU altíssimo para conviver com isso? Uma pedrada dessa pode matar alguém — disse a moradora. O comandante da UPP do complexo Cantagalo-PavãoPavãozinho, capitão Leonardo Nogueira, disse que desconhece os atos de vandalismo: — Nunca recebi esse tipo de reclamação do pessoal da Rua Alberto de Campos. Se eu receber algum dado, vou procurar saber o que houve. A única coisa que chegou até nós até hoje foi que jogaram lixo em um prédio da rua. Conversei com o presidente da associação e a questão foi resolvida.

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24. Reporter de Crime - RJ Mesmo sem querer, Beltrame ajuda Cabral na disputa por votos

Sem pedir um só voto ao seu chefe, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, se transformou no maior avalista da candidatura à reeleição de Sérgio Cabral ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Basta Beltrame continuar a seguir a cartilha da política de pacificação das favelas para Cabral ter pavimentado seu caminho com menos pedras na intenção de voltar ao Palácio Guanabara. Sobretudo enquanto seu grande adversário político, Anthony Garotinho, continuar buscando o voto de rebanho em comícios disfarçados de cultos. Um dos problemas da disputa eleitoral no estado é justamente esse. Vai ficar muito difícil para a fiscalização do TRE comprovar tant o que Garotinho está fazendo uso de propaganda eleitoral em cultos religiosos como o fato de que as ações da Secretaria de Segurança podem beneficiar a candidatura do governador. Pelo simples motivo de que Garotinho é professor de escola bíblica, e pode ser convidado para falar de qualquer púlpito, assim como as ações na área da segurança pública são emergenciais e podem ajudar a salvar vidas. Só o eleitor poderá julgar se alguma das partes está agindo em causa própria.

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No caso da segurança, que é o tema deste blog, devo dizer que, com o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, o governo Sérgio Cabral saiu do limbo e conseguiu cavar um lugar na história da luta contra o crime no Rio. Isso não ocorreu da noite para o dia, é bom que se diga. Foi resultado também de uma metralhadora de críticas disparadas por adversários, mas também por parceiros, como o secretário nacional de segurança Púlica, Ricardo Balestreri, que tornou-se um dos grandes promotores da política de policiamento comunitário nas favelas do Rio, patrocinado pelo Ministério da Justiça e pelo governo Lula. Mesmo este blogueiro não se cansou de criticar a política de confronto nas favelas, que marcou os dois primeiros anos da gestão de Cabral na área da segurança pública. Com o sucesso das UPPs, ainda por cima sem disparar um tiro sequer em favelas antes consideradas perigosas como os morros da Providência e do Borel, a tendência dos marqueteiros políticos de plantão será cada vez mais aproximar Cabral de seu secretário de Segurança, José Maria Beltrame, que também norteia suas ações com base em pesquisas de opinião pública. No sábado, Beltrame ganhou mais um troféu que foi o fato de ter-se tornado o secretário que mais tempo ocupou a pasta da segurança, num total de 1.213 dias. Desde a primeira grande operação no Alemão - quando foram mortos 19 supostos bandidos, dois dos quais teriam sido executados - Beltrame tem a popularidade em alta por sua capacidade de gestão de várias crises ocorridas na área da segurança e, sobretudo, por seu estilo discreto e politicamente correto. Quando decidiu que continuaria no cargo, aparentando não ter sido picado pela mosca azul da política, Beltrame deu ao governador Cabral a carta na manga que pode ajudar na hora de o eleitor ir às urnas: continuidade das políticas públicas de segurança, sobretudo as que estão dando certo, como a da pacificação de favelas. Tanto assim que Beltrame tem apresentado um calendário de metas para implantação de UPPs que prevêem sua continuidade 2011 a dentro, e até as olimpíadas de 2016, embora o governo Cabral termine em 31 de dezembro deste ano, se não conseguir a reeleição. Preocupado em preservar o projeto da UPP, Beltrame leva ao governador esta semana uma minuta na qual propõe que o projeto torne-se uma política de Estado e não apenas do atual governo. Independentemente do resultado das urnas, Beltrame acertou na mosca - embora o deputado Alexandre Molon (PT) já tenha apresentado projeto semelhante na Alerj. Afinal, um dos problemas mais graves da área de segurança pública no país é a descontinuidade dos projetos e a falta de compromisso dos gestores com metas, além do uso da máquina pública para a eleição de xerifes. Post Scriptum: Lembrete: o blogueiro continua de férias, mas tem gente que continua falando mal dele pelas costas, na caixa de comentários. Que injustiça!

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25. Folha de S. Paulo - SP Tiroteio fere 1 e leva pânico a shopping na zona sul

Assaltantes trocaram tiros com PM que estava de folga DA REPORTAGEM LOCAL Um tiroteio ontem de manhã no shopping Campo Limpo (zona sul de SP) deixou um cliente ferido e gerou pânico entre lojistas e frequentadores. A troca de tiros ocorreu por volta das 11h, entre um policial militar que estava de folga e três ladrões durante roubo à loja Kiw, de roupas e acessórios. A confusão provocou correria -comerciantes fecharam suas lojas e pessoas abandonaram as mesas de uma cafeteria. De acordo com lojistas, o clima de tensão durou cerca de dez minutos. A loja assaltada e um estabelecimento que vende tênis e teve sua vitrine atingida por um tiro fecharam as portas. Segundo a Polícia Civil, o tiroteio começou porque, durante o assalto à Kiw, os três criminosos suspeitaram que um PM, cliente da loja, estivesse armado. "Os ladrões o mandaram levantar a camisa, viram que ele estava armado e atiraram. Mas o tiro "picotou" [falhou]", disse o delegado Gilberto Ferreira.

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Na sequência, o PM atirou nos suspeitos, que revidaram. Um cliente da loja foi atingido na nádega. Internado no Pronto-Socorro do Campo Limpo, ele não corre risco de morte. Levando óculos de sol roubados na Kiw, os ladrões fugiram em duas motos que estavam no estacionamento. Entre a loja e a saída do shopping, os criminosos percorreram cerca de cem metros com as armas à mostra. "Foi um susto e tanto ver três homens correndo com armas na mão", disse uma vendedora. Segundo comerciantes, esse foi o segundo tiroteio no shopping neste ano. O outro, conforme a polícia, ocorreu há cerca de um mês, após uma discussão na praça de alimentação. Até a noite de ontem, ninguém tinha sido preso. A polícia analisa as imagens do circuito interno do shopping para tentar identificar os ladrões. Na semana passada, um homem foi baleado quando entrava em seu carro no estacionamento do shopping Santa Cruz (zona sul). (AFONSO BENITES)

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26. DCI - SP Projeto de criação da Comissão da Verdade será enviado ao Congresso

RIO DE JANEIRO - A Presidência da República deve enviar o projeto de lei que institui a Comissão Nacional da Verdade até o final desta semana, para o Congresso Nacional. O objetivo da comissão é investigar e trazer à tona crimes e abusos cometidos durante o período do regime militar (1964-1985) no Brasil. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (3) pelo ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito apenas quatro dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicionar a favor da Lei de Anistia e, com isso, manter o perdão a policiais e militares que cometeram crimes de tortura durante a ditadura. Segundo Vannuchi, a decisão do STF não prejudicará a tramitação do projeto da Comissão da Verdade, no Congresso. Ao contrário, o ministro acredita que o posicionamento da Corte até ajudará na aprovação da criação da comissão. “A decisão do Supremo, de se pronunciar contra a punição dos torturadores, de alguma forma abre sinal verde para que o Legislativo tramite e aprove, com mais facilidade, o projeto de lei que o presidente da República encaminhará esta semana, para que se crie, finalmente, no Brasil, uma Comissão Nacional da Verdade, para oficialmente saber tudo o que aconteceu, em que todas as vítimas poderão ser ouvidas”, disse Vannuchi. O ministro acredita que o relatório final da Comissão da Verdade poderá permitir que os meios de comunicação tenham um material “palpável de tudo o que ocorreu” naquele período. Com esse relatório nas mãos, também será possível provocar o Supremo Tribunal Federal novamente, para que a Lei de Anistia seja revista. O ministro explicou ainda que, no final deste mês, a Corte Int eramericana de Direitos Humanos, vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), deve julgar abusos cometidos durante o regime militar no Brasil. “Talvez haja alguma referência, como no caso do Peru e do Chile, no sentido de que as leis de anistia não podem seguir valendo como um escudo para a não verificação e não apuração das violações de direitos humanos ocorridas”, disse Vannuchi. Segundo ele, a partir de decisão de Corte internacional, entidades de direitos humanos brasileiras também poderão provocar o Supremo mais uma vez. Vanucchi espera, no entanto, que a suprema corte brasileira só seja chamada a reavaliar a Lei de Anistia depois da aprovação da Comissão da Verdade pelo Congresso. Agência Brasil

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27. Globo Online - RJ Escolas públicas municipais do Rio de Janeiro sofrem com problemas de violência

Plantão | Publicada em 03/05/2010 às 10h38m Agência Brasil RIO - A maior rede de escolas públicas de ensino fundamental da América Latina, com 1.062 unidades, enfrenta também o maior problema de gestão para conter a violência que se dissemina dentro dos colégios nos horários de aulas. Com a crescente divulgação na mídia de casos de violência em escolas, a secretária de Educação do município do Rio, Cláudia Costin, criou no último dia 15 de abril o Regimento Escolar Básico do Ensino Fundamental, estabelecendo normas de conduta para os alunos da rede e prevendo punição para os estudantes que danificarem a escola ou agredirem de forma física, verbal ou eletrônica seus próprios colegas, professores ou funcionários. O documento, no entanto, não foi discutido com os diretores das escolas, conforme disseram muitos deles, sem querer se identificar, temendo represálias. A diretora de uma escola em Campo Grande, na zona oeste da cidade, afirmou que somente na próxima quarta-feira (5), durante o centro de estudos, é que o regimento será discutido com os professores, para então fazer as adaptações à realidade da escola. Em outra unidade, na zona sul, a diretora informou que soube do documento pela imprensa e que ainda não teve tempo de ler as novas determinações. Na Tijuca, zona norte da cidade, diretoras de três escolas avaliaram o documento como positivo, mas admitiram que terão dificuldades para implantá-lo. Para elas, a secretária Cláudia Costin deveria ter promovido encontros com as diretoras de escolas e com as coordenadorias regionais de Educação (CREs) para discutir o regimento antes de ele ser fechado e publicado no Diário Oficial do município. A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Rio não respondeu às solicitações de entrevista com Cláudia Costin feitas por e-mail e por telefone. Para o Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe), a atitude do órgão demonstra descaso com o problema cada vez maior da violência nas escolas. A coordenadora da entidade, Edna Félix, enfatiza que há relatos de diretores de escolas que dizem ser ameaçados com a exoneração do cargo caso divulguem ou deem sequência à apuração de denúncias feitas por professores que sofrem agressões de alunos. - As CREs ameaçam os diretores, inclusive com a abertura de inquérito administrativo contra eles. Mas nossa orientação é para que os diretores não se sintam acuados e denunciem todas as situações de violência. Só assim poderemos dar sequência a um planejamento para o enfrentamento do problema - destacou Edna Félix. A coordenadora do Sepe acredita, porém, que a onda de violência nas escolas é fruto da falta de investimentos na área educacional. - O esvaziamento de profissionais qualificados nas escolas acirra o conflito, a revolta dos alunos e dos professores. Isso porque o número de adolescentes nas escolas é cada vez maior e não há adultos para orientá-los - disse a coordenadora. Ela lembrou as salas dos extintos serviços de Orientação Educacional (SOEs) e de Orientação Pedagógica (SOP), cujos profissionais atendiam aos alunos com problemas emocionais e/ou familiares que prejudicavam o desempenho escolar e o relacionamento com os colegas e professores. - Chegamos ao ponto de ter escolas com apenas um inspetor e nenhum orientador

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educacional. Precisamos reativar os serviços de atendimento psicológico aos alunos e não responder às agressões deles também de forma violenta, chamando a guarda municipal e a polícia - considerou. Edna Félix lembrou que na última semana a Secretaria de Educação chamou 300 agentes educadores (antigos inspetores) concursados, mas disse que esse número é irrisório para repor o quadro nas 1.062 escolas da rede.

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28. A Gazeta - ES Tio acusa: garoto ficou preso com 2 assassinos. Polícia nega

04/05/2010 - 00h00 (Outros - A Gazeta) São Mateus Um garoto de 12 anos foi preso no domingo à noite, em Montanha, Norte do Estado, por suspeita de furto. A família alega que ele passou a noite numa cela com dois homicidas. Ele só foi liberado ontem, às 16h. O menino teria sido preso, após tentar levar a moto do policial militar Cristian Cristo. A noiva do PM teria visto o garoto e um amigo, também de 12 anos, no quintal da casa, tentando roubar a moto, e ligou para o noivo. O garoto disse que não foi uma tentativa de roubo, e que ele teria sido convidado pela noiva do policial, que tem 18 anos, a brincar com a moto. O tio do garoto, Patrício Lopes da Silva, explicou que o menino não tem passagem pela polícia e que a prisão foi arbitrária. “A menina chamou meu sobrinho para brincar com a moto. Ele disse que ela ainda colocou um funk para eles dançarem. O menino passou quatro horas no DPM e depois foi levado para a delegacia, onde ficou a noite toda preso com dois homens acusados de assassinato.Isso é um absurdo”, reclamou o tio. O menino foi liberado ontem, por volta de 16h, por orientação do Ministério Público. O promotor João Manoel Gagno não quis se manifestar sobre o caso. O comandante da Polícia Militar de Montanha, tenente Coimbra, informou que vai abrir procedimento interno, caso o Ministério Público alegue que a prisão foi arbitrária. Já o delegado titular da delegacia de Montanha, Gervani Souza Araújo, disse que o menino ficou preso na cela com outros dois adolescentes de 16 e 17 anos, acusados de tráfico de drogas, e não com homicidas, como teria informado a família. O policial Cristian Cristo alega que os meninos são usuários de drogas e estavam rondando sua casa com a intenção de roubar sua moto, desde o último sábado. “Minha noiva me avisou sobre o roubo e fui atrás deles, mas só encontrei um e prendi por tentativa de furto. Tudo dentro da lei”, salientou. (Sânnie Rocha)

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29. O Liberal - PA Operação policial retira quatro criminosos das ruas de Igarapé -Miri

A Polícia Civil prendeu, nos dois últimos dias, durante operação em Igarapé-Miri, nordeste do Estado, quatro criminosos e recuperou diversos objetos roubados de residências no município. Dois dos presos, Paulo do Socorro de Souza Sena e Madson Magno Corrêa, o "Sapato Velho", foram presos por tráfico de drogas. Os demais - Adilson Machado Ferreira, conhecido como "Muçum", e Ronaldo Machado Monteiro, o "Cigarrinha" - vão responder por roubo. Fabrício Rodrigues de Sousa, conhecido por "Bió", vai responder por consumo de

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drogas. Em poder de Paulo Sena foram apreendidas 83 "trouxinhas" de pasta base de cocaína e cinco pedras de óxi. Madson Corrêa e Ronaldo Monteiro eram foragidos da Justiça de Abaetetuba. Sob comando do delegado Samuelson Igaki, do GCCO (Grupo de Combate ao Crime Organizado), as ações contaram com o trabalho dos investigadores Elias Silva Rocha e Manoel Gilson Ferreira da Silva, e escrivã Rosilene Sousa da Rocha, da DPI (Diretoria de Polícia do Interior), com apoio da Polícia Militar sob comando do capitão Ericles de Araujo Silva e ainda os investigadores Nelson Costa, do GCCO, e Ezequiel de Jesus Rego, de Igarapé-Miri. Os traficantes foram flagrados na sexta-feira, por volta de 18h. Com Fabrício, foram apreendidas três "trouxinhas" de pasta base de cocaína. Os assaltantes foram presos no sábado, dia 1º, no bairro das Cinco Bocas. Um comparsa dos bandidos, o "Bará", conseguiu furar o cerco policial. Adilsom e Ronaldo são integrantes de uma quadrilha de criminosos acusada de diversos assaltos no município. Eles foram reconhecidos por três vítimas de assaltos diferentes. Titular do GCCO, o delegado Alberto Teixeira explica que inúmeros objetos roubados em residências, por um grupo responsável em invadir casas, foram recuperados. Um alicate utilizado para cortar cadeados e arames também foi encontrado. Os objetos recuperados foram devolvidos aos donos. MOSQUEIRO Uma tentativa de assalto no distrito de Mosqueiro terminou com uma pessoa baleada. O crime ocorreu na madrugada de ontem, quando quatro assaltantes invadiram a residência do primeiro-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, Otoniel Gustavo Oliveira Martins, de 52 anos. De acordo com informações policiais, os bandidos entraram na casa do sargento com a intenção de praticar o assalto, mas quando perceberam que a vítima era um militar, efetuaram os disparos e fugiram em seguida. O militar foi atingido por dois tiros. Ele foi levado por parentes e amigos para o hospital de Mosqueiro, onde recebeu os primeiros socorros e, em seguida, foi encaminhado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua. De acordo com informações do hospital, o paciente está consciente e não corre risco de morte. O sargento trabalha no Quartel de Cametá e estava na ilha de Mosqueiro de folga passando o feriado com a família. Testemunhas contam que os bandidos estavam fortemente armados, mas demonstraram muito nervosismo. O tenente Armando Jofre, da unidade policial do distrito, informou que tratava-se de uma quadrilha formada por quatro assaltantes, entre eles um bandido conhecido apenas como Rogério, um fugitivo da polícia, e um menor de idade com várias passagens pela Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data). Os demais acusados ainda não foram identificados. Os policiais iniciaram buscas pelas ruas do distrito à procura dos acusados. Até o final da tarde de ontem a polícia de Mosqueiro não tinha nenhuma informação sobre o paradeiro dos bandidos.

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30. Folha de S. Paulo - SP Bope do Rio será vizinho de área de conflito

DA SUCURSAL DO RIO Um dia após seis pessoas morrerem durante uma operação policial em duas favelas do Complexo da Maré, na zona norte do Rio, o governo anunciou que a sede do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM) será transferida para um quartel desativado vizinho à área. A transferência, porém, não foi motivada pela operação, segundo o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes. Ele diz que a mudança vai facilitar o treinamento e o deslocamento dos PMs e havia sido definida antes de anteontem. O Bope, que hoje funciona em Laranjeiras, na zona sul, passará a ocupar o quartel desativado do 24º Batalhão de Infantaria Blindada do Exército, em Ramos, entre o Complexo

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da Maré e a comunidade Roquete Pinto. A área está sendo comprada pelo governo do Rio. A transferência deve ocorrer até o fim do ano, mas vai depender da situação do quartel.

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31. Folha de S. Paulo - SP ZONA NORTE: AVENIDA É BLOQUEADA E MOTORISTAS SÃO VÍTIMAS DE ARRASTÃO

Pelo menos cinco motoristas foram assaltados ontem de manhã durante um arrastão na av. Pastor Martin Luther King, zona norte do Rio. Segundo a PM, os criminosos bloquearam a pista com dois veículos. Houve ameaças de morte e, para dificultar a fuga das vítimas, as chaves dos veículos foram jogadas em um matagal. Ninguém foi preso. No momento do arrastão, ocorria troca de turno dos PMs, diz a Polícia Civil.

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